Na antiguidade clássica, os gregos eram amantes do corpo jovem e

saudável, sendo a velhice, tratada com desdém. Sendo assim, é importante

desconstruir a visão estereotipada quanto a velhice, associando essa faixa etária a
aspectos negativos e problemáticos. Diante disso, é preciso discutir como esses
desafios devem ser trabalhados para que uma sociedade integrada seja alcançada.
Em primeiro lugar, é notório que o alto custo cobrado pelos convênios para a
terceira idade, bem como a precariedade da saúde pública para os mesmos
segregam e infringem seus direitos humanos. Isso acontece porque há negligência
nas políticas públicas que protejam e garantam o acesso a saúde de forma digna.
Por consequência, o alto custo social corrobora para contínua segregação dos
mesmos na sociedade.
Além disso, nota-se ainda que há um despreparo social e governamental em
respeitar e reconhecer a velhice como um processo natural e dinâmico. Isso
acontece porque além da precarização da saúde existem também altos índices de
violências contra os idosos, principalmente as domésticas. Exemplo disso, em 2016
foram registradas cerca de 12 mil denúncias através do disque 100 - Ouvidoria de
Direitos Humanos - contra pessoas idosas. Dessa forma, fica claro que é preciso
priorizar a saúde e a segurança dos idosos frente às políticas públicas.
Fica evidente, portanto, que é preciso desconstruir a visão estereotipada do
idoso de forma eficaz. Em razão disso, o MEC em parceria com as escolas devem
promover programas educacionais que atuem no desenvolvimento da criticidade
dos educandos, integrando jovens e idosos nas relações sociais, como por exemplo:
oficinas de contação de história, corpo e movimento e cine debates dentro do
ambiente escolar. Ademais, o Ministério da Saúde junto ao Ministério da Justiça e
Cidadania devem realizar ações sociais que priorizem saúde coletiva e gratuita,
conjuntamente com garantia de integridade física e psicológica. Dessa forma, o
empoderamento social tornará a sociedade brasileira mais justa.