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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

CÂMPUS LONDRINA
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

VICTOR KÔUTARO MIMA

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais


Trabalho Discente Efetivo

LONDRINA
2021

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VICTOR KÔUTARO MIMA

Trabalho Discente Efetivo – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais


Trabalho apresentado à disciplina
Métodos Numéricos do Curso de
Graduação em Engenharia de
Produção da Pontifícia Universidade
Católica do Paraná.

Prof. Ms. Marcio Moreira

LONDRINA
2021
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O que é o LGPD?

Sobre o que entendi sobre a entrevista é que a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
(LGPD) é a Lei nº 13.709, publicada em agosto de 2018 e em vigor desde 18 de setembro
de 2020

Ela regula o tratamento de dados de pessoas físicas no Brasil, tendo como objetivo proteger
a privacidade e autonomia dos consumidores em relação às informações pessoais.

Basicamente, a LGPD veio para devolver aos cidadãos o controle sobre seus dados
pessoais.

A lei define os direitos do titular dos dados e obriga as empresas a pedirem o consentimento
do cidadão para utilizar suas informações

Além disso, especifica como, por quem e com quais finalidades os dados pessoais podem
ser utilizados nas organizações.

Tudo para evitar que as informações pessoais sejam usadas indevidamente e sem
autorização, além de impedir que empresas compartilhem (ou até vendam) dados de
clientes a terceiros.

A LGPD também reforça a importância da segurança de dados nas empresas,


principalmente após os sucessivos casos de vazamentos de dados divulgados pela mídia e
o crescimento contínuo dos cibercrimes.

Como surgiu a LGPD?

A LGPD surgiu em um período de crescente preocupação com a segurança dos dados


pessoais e uso comercial dessas informações.

Na época da publicação da lei, em 2018, duas grandes motivações foram os escândalos de


vazamento de dados na mídia e o crescimento assustador dos cibercrimes.

Um dos episódios mais marcantes foi o vazamento de dados de 50 milhões de usuários do


Facebook para a consultoria Cambridge Analytica, usados para influenciar a opinião política
de eleitores nos Estados Unidos.

Esse e outros casos acenderam o alerta dos países para a necessidade de


uma regulamentação mais forte sobre o uso de dados pessoais.

Afinal, os dados se tornaram os ativos mais valiosos da nossa era digital, e precisamos ter o
direito de decidir quem pode usar nossas informações e para quais fins.

No mesmo ano, entrou em vigor o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GPDR)
da União Europeia, que serviu como referência para a criação da LGPD e outras leis de
proteção de dados no mundo.

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A lei LGPD está em vigor?

A LGPD entrou em vigor em setembro de 2020 e já pode ser aplicada em todo o


território nacional.

A publicação original da lei é de 2018, mas a vigência foi adiada devido à pandemia


para que as empresas tivessem mais tempo para se adaptarem às normas.

Da mesma forma, o governo adiou a validade das multas e sanções para agosto de
2021.

Qual o objetivo da LGPD?

O objetivo da LGPD é regulamentar o tratamento de dados pessoais realizado por


empresas em todo o país, de modo que os titulares tenham seus direitos preservados.

No caso, tratamento significa qualquer ação realizada com uma informação pessoal,
como coleta, classificação, transmissão, armazenamento, alteração, etc.

Tudo sobre a LGPD gira em torno dos seguintes fundamentos:

 Respeito à privacidade;
 Autodeterminação informativa;
 Liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião;
 Inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem;
 Livre iniciativa, livre concorrência e defesa do consumidor;
 Direitos humanos, livre desenvolvimento da personalidade, dignidade e exercício da
cidadania pelas pessoas naturais.

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Argumentação
Primeiramente cabe ser pontuado que a LGPD (lei Geral de Proteção de
Dados) nasceu devido aos vazamentos de informações por empresas que expõem a
privacidade das pessoas, e assim, acompanhando o que aconteceu na União
Europeia em 2018, com a entrada em vigor do GDPR (General Data Protection
Regulation - Regulamento Geral de Proteção de Dados), o Brasil criou a sua própria
lei de Proteção de Dados, a LGPD (lei Geral de Proteção de Dados).

O presidente Jair Bolsonaro sancionou no dia 17/09/20 a Medida Provisória


959, que tratava do prazo da LGPD; e como o Senado havia determinado vigência
imediata, a lei começou a valer no dia 18/09/20.

A mencionada lei veio regulamentar o uso de dados pessoais por parte das
empresas ampliando as garantias de privacidade de pessoas naturais na web e fora
dela, afetando todas as empresas (brasileiras e estrangeiras) que coletam,
armazenam ou processam dados pessoais de indivíduos residentes ou localizados
no Brasil.

Assim, para dar continuidade as explanações e poder possibilitar chegarmos


juntos à identificação dos pontos críticos a serem observados no ato da implantação
da LGPD.

A LGPD é aplicada aos dados pessoais de indivíduos que estão em solo


nacional – Brasil, e inclui na tutela da lei todas as informações contidas em meios
físicos (folha de papel) ou em meios digitais (sistemas, arquivos nos computadores).

Todas as empresas estão sujeitas as seguintes multas e sanções a partir de


agosto de 2021, caso descumpram as diretrizes da lei:

SANÇÕES E MULTAS (ART. 52)

I) advertência, com indicação de prazo para adoção de medidas corretivas;

II) multa simples, de até 2% do faturamento da pessoa jurídica de direito


privado, grupo ou conglomerado no Brasil no seu último exercício, excluídos
os tributos, limitada ao total de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais)
por infração;

III) multa diária, observado o limite total a que se refere o inciso II;

IV) publicização da infração, após devidamente apurada e confirmada a sua


ocorrência;

§7º Os vazamentos individuais ou os acessos não autorizados de que trata o


caput do Art. 46 desta Lei poderão ser objeto de conciliação direta entre o
controlador estará sujeito à aplicação das penalidades de que trata este
artigo.

A LGPD demanda esforços para garantir a proteção e a confidencialidade de


seus dados sensíveis

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Se a proteção e confiabilidade dos dados já são prioridades, com a vigência
da LGPD isso se torna ainda mais importante.

Transparência, privacidade e segurança são exigências com as quais as empresas


necessitam estar comprometidas para garantir um bom uso dos dados de maneira
inteligente e segura.

O primeiro motivo é que, por ser uma lei em vigor, devemos seguir, contudo,
não é só isso, a adequação pode trazer benefícios que você nem pode imaginar.

O que muitas empresas não sabem é que, mesmo se não tivéssemos a lei,
ainda assim, valeria muito a pena realizar a adequação, pois possibilita ao Corpo
Diretivo conhecer melhor os processos e Gaps de Segurança da Informação de sua
empresa, além de tornar a imagem da marca mais forte no mercado.

Pois não existe adequação à LGPD sem Segurança da Informação e isso por
si só já faz valer a pena para aqueles que tem visão de futuro e se preocupam com o
crescimento de sua empresa.

São vários os benefícios que a adequação traz para a empresa, mapeamento


dos processos, governança, Segurança da Informação, além de notoriedade, pois a
cada dia que se passa, mais o usuário busca empresas que demostrem respeito e
preocupação com a segurança de seus dados e que respeitem seu espaço.

Busque um profissional de confiança e respeito no mercado para que você


possa entender um pouco mais sobre todas as fases de uma verdadeira adequação
e saiba todos os benefícios que sua empresa pode ter.

Conclusão

A LGPD foi criada especificamente para o controle e proteção de dados


pessoais, sendo assim, ela busca garantir todos os direitos possíveis dos titulares,
além de dar o máximo de autonomia possível, não excluindo situações específicas.
Ou seja, os direitos dos titulares são maiores mas ainda não são absolutos.

Embora seja difícil regulamentar a internet, esforços como a LGPD – Lei


Geral de Proteção de Dados é necessária para dar mais transparência à maneira
como os dados pessoais dos usuários são tratados.

Os cidadãos têm o direito à privacidade de suas informações mais íntimas e


de saber como seus dados são utilizados.

Se você administra ou trabalha em uma empresa que mantém dados


pessoais de clientes, convém se informar sobre as regras, que entram em vigor em
agosto de 2020.

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Discuta a LGPD com profissionais do departamento jurídico, marketing e de
tecnologia e planeje ações para se adaptar no que for possível.

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