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Norma Técnica SABESP

NTS 194

Tubos de polietileno para redes de distribui-


ção de água, adutoras, linhas de esgoto pres-
surizadas e emissários

Especificação

São Paulo
Novembro/2021: Revisão 4
NTS 194: 2021 – Rev. 4 Norma Técnica SABESP

SUMÁRIO

1. OBJETIVO................................................................................................................ 1
2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS ............................................................................... 1
3. DEFINIÇÕES ............................................................................................................ 3
4. REQUISITOS GERAIS ............................................................................................. 6
4.1 REQUISITOS DO COMPOSTO DE POLIETILENO ............................................... 6
4.2. CARACTERIZAÇÃO DO COMPOSTO DE POLIETILENO ................................... 7
4.3 TUBOS ................................................................................................................... 8
4.3.1 COR..................................................................................................................... 9
4.3.2 LISTRAS .............................................................................................................. 9
4.3.3 CLASSIFICAÇÃO E DESIGNAÇÃO DE TUBOS DE POLIETILENO ................... 9
4.3.4 TENSÃO DE DIMENSIONAMENTO .................................................................. 10
4.3.5 DIMENSÕES, TOLERÂNCIAS E OVALIZAÇÃO................................................ 10
4.3.6 MARCAÇÃO, ACONDICIONAMENTO, EMBALAGEM E FORMAS DE
FORNECIMENTO ....................................................................................................... 13
5. ENSAIOS ............................................................................................................... 14
5.1 ASPECTOS VISUAIS ........................................................................................... 14
5.2 EFEITO SOBRE A ÁGUA .................................................................................... 14
5.3 ÍNDICE DE FLUIDEZ ............................................................................................ 14
5.4 DENSIDADE......................................................................................................... 14
5.5 ESTABILIDADE TÉRMICA .................................................................................. 15
5.6 DISPERSÃO DE PIGMENTOS............................................................................. 15
5.7 COMPOSTOS DE PE COM NEGRO-DE-FUMO .................................................. 15
5.8 COMPOSTOS DE PE COM PIGMENTOS DE COR AZUL .................................. 15
5.9 RESISTÊNCIA À PRESSÃO HIDROSTÁTICA .................................................... 15
5.9.1 RESISTÊNCIA À PRESSÃO HIDROSTÁTICA INTERNA DE CURTA DURAÇÃO
A 20°C 16
5.9.2 RESISTÊNCIA À PRESSÃO HIDROSTÁTICA INTERNA DE CURTA DURAÇÃO
A 80°C 16
5.9.3 RESISTÊNCIA À PRESSÃO HIDROSTÁTICA INTERNA DE LONGA DURAÇÃO
A 80°C 17
5.10 REVERSÃO LONGITUDINAL ............................................................................ 17
5.11 RETRAÇÃO CIRCUNFERENCIAL..................................................................... 18
5.12 RESISTÊNCIA AO ESMAGAMENTO ................................................................ 18
5.13 ALONGAMENTO ATÉ A RUPTURA .................................................................. 18
5.14 ENVELHECIMENTO E ALONGAMENTO ATÉ A RUPTURA ............................ 19
5.15 ENSAIOS PÓS-ENVELHECIMENTO DOS TUBOS ........................................... 20
5.16 RESISTÊNCIA À TRAÇÃO EM SOLDA DE TOPO (SOLDABILIDADE E
COMPATIBILIDADE DO COMPOSTO) ..................................................................... 20
5.17 PROPAGAÇÃO LENTA DE TRINCA EM TUBO ENTALHADO ........................ 20
6. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA.................................................................................... 21
7. QUALIDADE NA FABRICAÇÃO ............................................................................ 21
7.1 ENSAIOS E REQUISITOS PARA O COMPOSTO E TUBOS DE POLIETILENO 21
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7.2 FORNECIMENTO DE RESULTADO DE ENSAIOS ............................................. 21


8. INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DE TUBOS ......................................................... 22
8.1 TAMANHO DO LOTE DE INSPEÇÃO ................................................................. 23
8.2 AMOSTRAGEM PARA EXAME VISUAL E DIMENSIONAL ................................ 24
8.3 AMOSTRAGEM PARA ENSAIOS DESTRUTIVOS.............................................. 25
8.4 ACEITAÇÃO OU REJEIÇÃO ............................................................................... 25
8.4.1 PRIMEIRA AMOSTRAGEM ............................................................................... 25
8.4.2 SEGUNDA AMOSTRAGEM............................................................................... 25
8.4.3 LIBERAÇÃO DO LOTE ...................................................................................... 25
9. RESUMO DOS ENSAIOS ...................................................................................... 26
10. RELATÓRIO DE INSPEÇÃO ............................................................................... 28
11. RESPONSABILIDADES....................................................................................... 29
12. OBSERVAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 29
ANEXO A – TENSÕES ADMISSÍVEIS DO MATERIAL E CONDIÇÃO DE OPERAÇÃO
DO TUBO ................................................................................................................... 30
ANEXO B – IMAGENS PARA AVALIAÇÃO VISUAL DA DISPERSÃO DE
PIGMENTOS .............................................................................................................. 31
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Tubos de polietileno para redes de distribuição de água,


adutoras, linhas de esgoto pressurizadas e emissários

1. OBJETIVO
Estabelecer os requisitos mínimos para a fabricação e fornecimento à Sabesp de tubos
de polietileno, PE 80 ou PE 100 para aplicação em redes de distribuição de água, adu-
toras, linhas de esgoto pressurizadas e emissários.
Esta Norma se aplica a tubos de DE 63 mm a DE 1.600 mm nas classes de pressão
nominal PN 4 (0,4 MPa) a PN16 (1,6 MPa).
Para aplicações a temperaturas superiores a 25ºC e até 40ºC, a pressão máxima de
operação deve ser corrigida conforme o Anexo A.
Os tubos produzidos de acordo com esta Norma devem ter uma vida útil esperada de
50 anos, a uma temperatura de operação de até 25°C, ser classificado conforme o MRS
– Resistência Mínima Requerida, e não podem ser aplicados expostos a intempéries,
salvo condições excepcionais após a aprovação da Sabesp.

2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não
datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emen-
das):
NTS 060: Execução de solda em tubos e conexões de polietileno por termofusão (solda
de topo).
NTS 189: Projeto de redes de distribuição de água, adutoras, linhas de esgotos pressu-
rizadas e emissários em polietileno PE 80 ou PE 100.
NTS 325: Execução de solda em tubos e conexões de polietileno por eletrofusão.
ABNT NBR 5426: Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos.
ABNT NBR 8415: Tubos e conexões de polietileno – Verificação da resistência à pres-
são hidrostática interna.
ABNT NBR 9023: Termoplásticos - Determinação do índice de fluidez.
ABNT NBR 9058: Tubos de polietileno – Determinação do teor de negro-de-fumo.
ABNT NBR 14300: Sistemas de ramais prediais de água - Tubos, conexões e composto
de polietileno PE - Determinação do tempo de oxidação induzida.
ABNT NBR 14302: Sistemas de ramais prediais de água – Tubos de polietileno PE –
Determinação da retração circunferencial.
ABNT NBR 14303: Sistemas de ramais prediais de água – Tubos de polietileno PE –
Determinação da resistência ao esmagamento.
ABNT NBR 14304: Sistemas de ramais prediais de água – Tubos e conexões de PE –
Determinação da densidade de plásticos por deslocamento.
ABNT NBR 14464: Tubos e conexões de polietileno PE 80 e PE 100 – Execução de
solda de topo.

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ABNT NBR 14465: Tubos e conexões plásticas – União por solda de eletrofusão em
tubos e conexões de polietileno PE 80 e PE 100 - Procedimento.
ABNT NBR ISO 18553: Método para avaliação do grau de dispersão de pigmentos ou
negro-de-fumo em tubos, conexões e compostos poliolefínicos.
ABNT NBR ISO 2505: Tubos termoplásticos – Reversão longitudinal – Parâmetros e
métodos de ensaio.
ABNT NBR ISO 3126: Sistemas de tubulações de plásticos – Componentes plásticos –
Determinação das dimensões.
ABNT NBR ISO 6259-1: Tubos termoplásticos — Determinação das propriedades de
tração - Parte 1: Método geral de ensaio.
ABNT NBR ISO 6259-3: Tubos termoplásticos - Determinação das propriedades de
tração - Parte 3: Tubos poliolefínicos.
ISO 4427-2: Plastics piping systems for water supply, and for drainage and sewerage
under pressure – Polyethylene (PE) - Part 2: Pipes.
ISO 9080: Plastics piping and ducting systems - Determination of the long-term hydro-
static strength of thermoplastics materials in pipe form by extrapolation.
ISO 11357-6: Plastics - Differential scanning calorimetry (DSC) - Part 6: Determination
of oxidation induction time (isothermal OIT) and oxidation induction temperature
(dynamic OIT).
ISO 12162: Thermoplastics materials for pipes and fittings for pressure applications –
Classification, designation and design coefficient.
ISO 1133-1: Plastics - Determination of the melt mass-flow rate (MFR) and melt volume-
flow rate (MVR) of thermoplastics - Part 1: Standard method.
ISO 1183-1: Plastics - Methods for determining the density of non cellular plastics - Part
1: Immersion method, liquid pycnometer method and titration method.
ISO 1183-2: Plastics - Methods for determining the density of non-cellular plastics – Part
2: Density gradient column method.
ISO 13479: Polyolefin pipes for the conveyance of fluids – Determination of resistance
to crack propagation – Test method for slow crack growth on notched pipes (notch test).
ISO 13953: Polyethylene (PE) pipes and fittings - Determination of the tensile strength
and failure mode of test pieces from a butt-fused joint.
ISO 13954: Plastics pipes and fittings - Peel decohesion test for polyethylene (PE) elec-
trofusion assemblies of nominal outside diameter greater than or equal to 90 mm.
ISO 15512: Plastics - Determination of water content.
ASTM D4703: Standard Practice for Compression Molding Thermoplastic Materials into
Test Specimens, Plaques, or Sheets.
ASTM G154: Standard Practice for Operating Fluorescent Ultraviolet (UV) Lamp Appa-
ratus for Exposure of Nonmetallic Materials
ASTM G155: Standard Practice for Operating Xenon Arc Light Apparatus for Exposure
of Nonmetallic Materials.
EN 12099: Plastics piping systems. Polyethylene piping materials and components. De-
termination of volatile content.
ANSI/NSF 61: Components of the drinking water system - Health effects.

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INMETRO NIT DICLA 35: Princípios das boas práticas de laboratório – BPL.
Portaria da Potabilidade da Água Vigente.

3. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta norma, aplicam-se as seguintes definições:
AMOSTRA:
Quantidade de bobinas ou barras, estipulada por plano de amostragem, escolhidas de
forma aleatória como representativas do lote.

CO-EXTRUSÃO:
Processo contínuo de produção, que utiliza duas ou mais extrusoras conectadas a um
jogo de matrizes, para produção de um corpo monolítico com duas ou mais camadas de
materiais distintos.

COMPOSTO DE POLIETILENO:
Material fabricado com polímero base de polietileno contendo os aditivos (anti UV, anti-
oxidantes, estabilizantes e pigmento na cor azul ou preta) necessários à fabricação de
tubos de polietileno conforme esta Norma. O composto deve ser fornecido necessaria-
mente pelo próprio fabricante do polímero base de polietileno, de tal forma que o fabri-
cante do tubo nada acrescente à matéria–prima adquirida.

CORPO-DE-PROVA:
Cada segmento de tubo extraído das bobinas ou barras que compõem a amostra, ou
material dela retirado, preparado na forma e nas dimensões exigidas pelo método de
ensaio ao qual deve ser submetido.

CURVA DE REGRESSÃO:
Definida pelo método de extrapolação padrão ISO 9080, resulta num gráfico di-log a
diferentes temperaturas, resultando na curva de tensão de ruptura pelo tempo de ruptura
de amostras de tubos, tal que se possa determinar o tempo de ruptura de um tubo em
função da tensão circunferencial aplicada no tubo através de pressão hidrostática in-
terna a determinada temperatura. Através dela é possível estabelecer o tipo de ruptura
esperado, conforme explicitado na Figura 1, a seguir. As indicações: I, II e III dessa
figura são explicadas nas definições de ruptura: dúctil, mista e frágil desta Norma.

Figura 1 - Curva de regressão – Tipos de Ruptura.

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DENSIDADE:
É a relação entre a massa do composto de polietileno ou do corpo de prova do tubo, e
seu volume correspondente, à temperatura especificada para o ensaio, expressa em
g/cm3.

DIÂMETRO EXTERNO MÉDIO (dem):


Razão entre o perímetro externo do tubo, em mm, e o número 3,142, com o valor arre-
dondado para o 0,1 mm mais próximo.

DIÂMETRO EXTERNO NOMINAL (DE):


Simples número que serve para classificar, em dimensões, os elementos de tubulação
(tubos, juntas, conexões e acessórios) e que corresponde aproximadamente ao diâme-
tro externo do tubo em milímetros, não devendo ser objeto de medição nem ser utilizado
para fins de cálculo.

ESPESSURA MÍNIMA DA PAREDE (e):


Menor valor da espessura da parede do tubo, medida em milímetros, no perímetro de
uma seção qualquer.

EXTRUSÃO:
Extrusão é um processo mecânico contínuo de produção de tubos, onde o material é
forçado através de uma matriz de forma pré-determinada.

FATOR DE SEGURANÇA (FS):


É o número adimensional obtido através da razão entre a tensão circunferencial () e a
tensão de dimensionamento (d).

ÍNDICE DE FLUIDEZ (MFI):


Em procedimento experimental, é a vazão mássica de material plástico em g/min que
flui por um determinado orifício.

INDELÉVEL:
Que não se pode apagar, eliminar, que é durável, permanente, que não se pode destruir
suprimir ou fazer desaparecer.

LOTE DE FABRICAÇÃO:
Quantidade de tubos de mesmo diâmetro externo nominal (DE) e espessura, que te-
nham as mesmas características, produzidos na mesma máquina, com um mesmo lote
de composto.
Qualquer não conformidade nos ensaios ou processo produtivo é motivo suficiente para
mudança de designação do lote.

MÁXIMA PRESSÃO DE OPERAÇÃO (MPO):


Pressão máxima especificada em MPa, que a tubulação deve suportar em serviço con-
tínuo.

OVALIZAÇÃO DO TUBO:
Diferença entre os valores máximo e mínimo do diâmetro externo, medida em milíme-
tros, em uma mesma seção normal do tubo.

PRESSÃO HIDROSTÁTICA INTERNA:


Pressão hidrostática aplicada pelo fluido conduzido, ao longo de toda a parede da tubu-
lação.

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PRESSÃO NOMINAL (PN):


Máxima pressão, especificada em bar, a que os tubos, conexões e respectivas juntas
podem ser submetidos em serviço contínuo, em temperaturas de até 25°C.

RAMAL PREDIAL:
Trecho de ligação de água, compreendido entre o colar de tomada ou tê de serviço
integrado, inclusive, situado na rede de abastecimento de água, e o adaptador locali-
zado na entrada da unidade de medição de água ou adaptador do cavalete.

REDE DE ÁGUA:
Tubulação, ou malha de tubos, destinada à distribuição de água, donde se faz a deriva-
ção para o ramal predial de água.

RUPTURA DÚCTIL:
Ruptura que ocorre no período de tempo correspondente à inclinação suave da curva
de regressão, anteriormente à sua mudança de direção. A ruptura dúctil se caracteriza
por grandes elongações. Ver Região I, da Figura 1 e Figura 2 a seguir:

Figura 2 - Configuração de ruptura dúctil.

RUPTURA FRÁGIL:
Ruptura que ocorre no período de tempo correspondente à inclinação acentuada da
curva de regressão, após a mudança de sua direção. A ruptura frágil se caracteriza por
pequenas fissuras e/ou micro poros, sem que ocorra escoamento do material. Ver Re-
gião III, da Figura 1.

RUPTURA MISTA:
Ruptura que ocorre em período de tempo posterior à inclinação suave da curva de re-
gressão, caracterizando-se por apresentar simultaneamente pequenos alongamentos e
pequenas fissuras e/ou micro poros. Ver Região II, da Figura 1.

STANDARD DIMENSIONAL RATIO (SDR):


Simples número que serve para classificar, em dimensões, os elementos de tubulações
(tubos, juntas, conexões e acessórios). Corresponde à relação entre diâmetro externo
nominal (DE) e a espessura nominal (e).

TEMPO DE OXIDAÇÃO INDUZIDA (OIT – Oxidation Induction Time):


Ensaio que avalia a resistência oxidativa do polímero base, em função de sua estabili-
dade térmica ao longo do tempo.

TENSÃO CIRCUNFERENCIAL ():


Tensão tangencial à parede do tubo, normal à sua seção longitudinal, decorrente da
pressão interna do fluido.

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TENSÃO CIRCUNFERENCIAL DE DIMENSIONAMENTO (d):


Valor de tensão utilizado para dimensionamento da espessura de parede do tubo, que
corresponde ao valor da tensão mínima requerida (MRS) dividida por um fator de segu-
rança (FS) maior do que 1, arredondado para baixo, segundo a série R10 de Renard.

TENSÃO MÁXIMA ADMISSÍVEL (a):


É a máxima tensão admissível considerada para o projeto de redes de distribuição, adu-
toras ou linhas de esgoto pressurizadas, em função do (MRS - Minimum Required Stren-
gth) do material.

TENSÃO MÍNIMA REQUERIDA (MRS):


Propriedade do composto que corresponde à tensão circunferencial, em MPa, represen-
tada pela reta do limite de confiança (LPL) de 97,5 %, a partir da curva de regressão na
temperatura de 20 °C, extrapolada para 50 anos.

TUBO DE POLIETILENO:
Tubo fabricado com composto de polietileno, conforme esta Norma.

TUBO ENTALHADO:
Corpo-de-prova tubular em cuja superfície externa é feito um entalhe, com profundidade
definida pela norma ISO 13479.

ZONA CRÍTICA:
Região do tubo tamponado sob ensaio, denominada de “zona de influência da fixação”,
conforme a norma ABNT NBR 8415. A zona crítica é referenciada para todos os ensaios
de resistência à pressão hidrostática do item 5.9.

4. REQUISITOS GERAIS
4.1 Requisitos do composto de polietileno
O composto de polietileno, em sua formulação final, deve conter apenas os aditivos e
pigmentos necessários à fabricação dos tubos, incluindo processabilidade e homoge-
neidade, e deve ser fornecido apenas pelo fabricante do polímero base, de tal forma
que o fabricante do tubo nada acrescente à matéria-prima adquirida.
Para a fabricação de tubos destinados ao transporte de água potável, por adutoras e
redes de distribuição, o processamento do composto por extrusão ou co-extrusão não
pode interferir nos padrões de potabilidade da água, não podendo produzir efeitos tóxi-
cos ou propiciar o desenvolvimento de microrganismos, nem transmitir gosto, odor ou
opacidade à água, conforme estabelecido na Portaria da Potabilidade da Água vigente.
O fabricante deve apresentar relatório de ensaios, emitido por laboratório acreditado
junto ao INMETRO, atestando essas características.
Essa conformidade deve ser verificada toda vez em que houver mudança do composto
termoplástico, do processo de fabricação ou do fabricante do composto.
Caso não haja mudança, essa verificação terá validade pelo período de dois anos; no
entanto, a qualquer momento e a critério único e exclusivo da Sabesp pode ser solicitado
que essa verificação seja refeita.
O composto deve ser classificado como PE 80 ou PE 100, conforme a norma ISO 12162,
utilizando-se o método de extrapolação da norma ISO 9080, onde:
PE 80: MRS = 8 MPa, quando 8 ≤ LPL < 10 MPa;
PE 100: MRS = 10 MPa, quando LPL  10 MPa.
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De acordo com a norma ISO 9080, a curva de regressão a 80ºC do composto selecio-
nada para a fabricação dos tubos não pode apresentar joelho antes de 5000 h de ensaio.
O fabricante do tubo deve fornecer um certificado onde conste a curva de regressão e
demais características do composto.
O fabricante do tubo deve apresentar certificados, fornecidos por laboratórios especiali-
zados, de reconhecida competência e idoneidade, atestando a adequação da matéria-
prima utilizada na fabricação dos tubos, para uso em contato com água potável, aten-
dendo à legislação.
NÃO É PERMITIDO O USO DE MATERIAL REPROCESSADO OU RECICLADO NA
FABRICAÇÃO DOS TUBOS.

4.2. Caracterização do composto de polietileno


A petroquímica fabricante do composto deve comprovar a classificação do seu produto
mediante a apresentação da curva de regressão, bem como certificar o atendimento a
todos os requisitos das Tabelas 1 e 2.
A curva de regressão do composto utilizado deve estar disponível pela petroquímica,
para consulta a qualquer tempo, bem como os certificados de qualidade emitidos pelo
fabricante do composto, e devem ser utilizados como referência para avaliação das ca-
racterísticas constantes das Tabelas 1 e 2.
Para esta caracterização deve ser utilizado 1 corpo-de-prova para cada ensaio.

Tabela 1 - Caracterização do composto.


Método de en-
Característica Requisito Parâmetros de ensaios
saio

0,2 a 1,4 g/10 min Temperatura 190 °C ABNT NBR


Índice de fluidez a Desvio máximo de ± 25 % 9023 ou ISO
em relação ao valor nomi- 1133-1
nal do composto Carga 5 Kg

ABNT NBR
14304 ou ISO
Densidade b ≥ 0,930 g/cm³ Temperatura 23 °C
1183-1 ou ISO
1183-2
Tempo de Oxida- ABNT NBR
ção Induzida  20 min Temperatura 200 °C 14300 ou ISO
(OIT) 11357-6
Dispersão de ne-
Conforme ABNT NBR ISO ABNT NBR ISO
gro de fumo Grau  3
18553 18553 C
(composto preto)
Dispersão de
Conforme ABNT NBR ISO ABNT NBR ISO
Pigmentos Grau  3
18553 18553 C
(composto azul)
Conteúdo na massa do
Teor de composto: (2,0 a 2,5) % (650 ± ABNT NBR
Temperatura
negro-de- fumo Tamanho médio das partí- 50 °C) 9058
culas:  25 ƞm

Teor de água d ≤ 300 mg/kg - - ISO 15512

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Método de en-
Característica Requisito Parâmetros de ensaios
saio

Teor de voláteise ≤ 350 mg/kg - - EN 12099

a O desvio admitido para o valor da fluidez deve ser para a mesma condição de ensaio.
b Os corpos-de-prova devem ser obtidos a partir de uma placa prensada conforme a norma
ASTM D4703: 07 – Método C Anexo A1. Alternativamente, os corpos-de-prova podem ser ob-
tidos a partir dos grânulos do composto ou extraídos do extrudado obtido a partir do ensaio
do índice de fluidez. Em caso de dúvida, deve ser considerado o mesmo método de ensaio.
c Em caso de divergência, os corpos-de-prova para ensaio de dispersão de negro de fumo e

dispersão de pigmentos devem ser preparados pelo método de compressão.


d/e Aplicáveis apenas se o composto estiver não conforme com o requisito de teor de voláteis.

Em caso de dúvida, o requisito de teor de água deve ser decisivo. O requisito aplica-se à pe-
troquímica na fase de fabricação do composto e para o usuário do composto na fase de pro-
cessamento para a fabricação dos tubos (se o teor de água exceder ao limite, é necessária a
secagem antes de iniciar o processamento).

Tabela 2 - Caracterização do composto em forma de tubo.


Método
Característica Requisito Parâmetros de ensaios
de ensaio
Diâmetro do tubo DE 110 mm
SDR 11
Temperatura 80°C
ISO
Propagação lenta de Pressão de ensaio
0,8 MPa 13479 e
trinca em tubo enta-  500 h (PE 80)
lhado ABNT
Pressão de ensaio NBR 8415
0,92 MPa
(PE 100)
Água em
Ambiente do ensaio
Água
Resistencia à tração Diâmetro do tubo 110 mm
Tipo de ruptura:
em solda de topo SDR 11
Dúctil - Aprovada ISO
(Soldabilidade) a Temperatura 23ºC
Frágil - Repro- 13953
(Compatibilidade de Número de corpos-de-prova
vada
solda) b conforme ISO 13953
Efeito na qualidade
Portaria da Potabilidade da Água vigente
da água
a A petroquímica fabricante do composto deve demonstrar a soldabilidade do seu composto,

através do ensaio de resistência à tração de uma solda de termofusão de topo em tubos fabri-
cados a partir do mesmo composto, conforme as normas ABNT NBR 14464 e NTS 060.
b A petroquímica fabricante do composto deve demonstrar a compatibilidade dos seus compos-

tos, através do ensaio de tração de uma solda de termofusão de topo entre um tubo fabricado
com seu composto, soldado com tubo fabricado com composto de outro fabricante, conforme
as normas ABNT NBR 14464 e NTS 060.

4.3 Tubos
Os tubos devem ser fabricados com composto de polietileno por processo de extrusão
ou co-extrusão, tal que assegure a obtenção de um produto que satisfaça as exigências
desta Norma.

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4.3.1 Cor
Conforme sua aplicação, os tubos devem ser fabricados com compostos pigmentados
na petroquímica, nas seguintes cores:
• Tubos produzidos com composto de PE de cor azul, destinados à execução de
redes de distribuição de água e adutoras;
• Tubos produzidos com composto de PE de cor preta listrados longitudinalmente
na cor ocre, destinados à execução de linhas de esgoto pressurizadas e emis-
sários.
4.3.2 Listras
As listras, de cor ocre, devem ser inseridas nos tubos através de processo de co-extru-
são e serem equidistantes entre si ao longo do comprimento, conforme a Tabela 3.
Tabela 3 - Quantidade e dimensões das listras.
DE Espaçamento entre Largura das listras Profundidade das listras
mm as listras mm (% da espessura)
63 a 315 90 ° (4 listras) >2

355 a 630 60 ° (6 listras) >6 5 a 10

> 630 45 ° (8 listras) > 10

4.3.3 Classificação e designação de tubos de polietileno


Os tubos são designados pelo diâmetro externo nominal (DE) e pela pressão nominal
(PN).
O número relativo à pressão nominal (PN), expresso em bar, corresponde à máxima
pressão de operação (MPO) para a temperatura de até 25°C, com vida útil esperada de
50 anos.
A pressão nominal do tubo também pode ser identificada pelo SDR – Standard Dimen-
sion Ratio, que corresponde à relação entre o diâmetro externo nominal (DE) e a espes-
sura nominal (e).
SDR = DE / e

A pressão nominal (PN) é calculada através da fórmula:


2 .  d .e
PN =
DE − e
A correspondência aproximada entre a pressão nominal (PN) do tubo e o número SDR
é dada pela equação:
2  d
PN 
SDR − 1
As relações entre o diâmetro do tubo e sua espessura estabelecem as seguintes desig-
nações:
DE = DI + 2e
DI = DE – 2e
Dm = DE – e = DI + e

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Dim = DE + 0,5 * TDE – 2 *(e + 0,5 * Te)


Onde:
d = tensão de dimensionamento

DE = diâmetro externo nominal


DI = diâmetro interno
e = espessura da parede
Dm = diâmetro médio
Dim = diâmetro interno médio
Te = tolerância admitida para a espessura (Tabela 5)
TDE = tolerância admitida para o diâmetro externo (Tabela 6)
O peso médio dos tubos é calculado com a espessura média (e + 0,5 * Te) e o diâmetro
externo nominal (DE) considerando-se, para efeito de cálculo a densidade do composto
de 0,930 g/cm3, arredondado para três casas decimais.
4.3.4 Tensão de dimensionamento
A tensão de dimensionamento dos tubos para vida útil de 50 anos a uma temperatura
de trabalho de 20°C, é obtida aplicando-se um Fator de Segurança (FS) de 1,25 sobre
a tensão hidrostática circunferencial de longa duração (MRS).
As tensões de dimensionamento padrão são definidas como  d = MRS / FS, conforme
a Tabela 4.
Tabela 4 - Tensão de dimensionamento.
MRS, 20°C Fator segurança Tensão de dimensiona-
Composto
MPa (FS) mento (MPa)
PE 80 8,0 1,25 6,3
PE 100 10,0 1,25 8,0

4.3.5 Dimensões, tolerâncias e ovalização

4.3.5.1 Diâmetros e espessuras


Dimensionalmente, os tubos produzidos conforme esta Norma, devem atender as Ta-
belas 5, 6 e 7, não sendo admitidos tubos produzidos com dimensões ou classes de
pressão diferentes das definidas nessas tabelas.
Nota: A seleção do Diâmetro do Tubo, sua Classe de Pressão e, portanto, o seu SDR deve seguir
obrigatoriamente o estabelecido na norma NTS 189. As Tabelas 5, 6, e 7 foram elaboradas em
conformidade com a norma ISO 4427-2.

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Tabela 5 - Dimensões de tubos para redes de água, adutoras, linhas de esgoto


sob pressão e emissários – PE 80 e PE 100, FS = 1,25.
SDR 32,25 SDR 26 SDR 21 SDR 17 SDR 13,6 SDR 11
PE 80 PN 4 PN 5 PN 6 a PN 8 PN 10 PN 12,5
PE 100 PN 5 PN 6 a PN 8 PN 10 PN 12,5 PN 16 b
e e e e e e e e e e e e
DE
min máx min máx min máx min máx min máx min máx
63 3,8 4,3 4.7 5.3 5,8 6,5
90 5,4 6,1 6,7 7,5 8,2 9,2
110 6,6 7,4 8,1 9,1 10,0 11,1
160 7.7 8,6 9,5 10,6 11.8 13,1 14,6 16,2
180 8,6 9,6 10,7 11,9 13,3 14,8 16,4 18,2
200 9,6 10,7 11,9 13,2 14,7 16,3 18,2 20,2
225 10,8 12,0 13,4 14,9 16,6 18,4 20,5 22,7
250 11,9 13,2 14,8 16,4 18,4 20,4 22,7 25,1
280 13,4 14,9 16,6 18,4 20,6 22,8 25,4 28,1
315 15,0 16,6 18,7 20,7 23,2 25,7 28,6 31,6
355 13,6 15,1 16,9 18,7 21,1 23,4 26,1 28,9 32,2 35,6
400 15,3 17,0 19,1 21,2 23,7 26,2 29,4 32,5 36,3 40,1
450 17,2 19,1 21,5 23,8 26,7 29,5 33,1 36,6 40,9 45,1
500 15,3 17,0 19,1 21,2 23,9 26,4 29,7 32,8 36,8 40,6 45,4 50,1
560 17,2 19,1 21,4 23,7 26,7 29,5 33,2 36,7 41,2 45,5 50,8 56,0
630 19,3 21,4 24,1 26,7 30,0 33,1 37,4 41,3 46,3 51,1 57,2 63,1
710 21,8 24,1 27,2 30,1 33,9 37,4 42,1 46,5 52,2 57,6 64,5 71,1
800 24,5 27,1 30,6 33,8 38,1 42,1 47,4 52,3 58,8 64,8 72,6 80,0
900 27,6 30,5 34,4 38,3 42,9 47,3 53,3 58,8 66,2 73,0 81,7 90,0
1000 30,6 33,5 38,2 42,2 47,7 52,6 59,3 65,4 73,5 79,9 90,2 99,4
1200 36,7 40,5 45,9 50,6 57,2 63,1 71,1 74,8 88,2 97,2
1400 42,9 47,3 53,5 59,0 66,7 73,5 83,0 90,8 102,8 113,3
1600 49,0 54,0 61,2 67,5 76,2 84,0 94,8 103,7 117,5 129,5

Dimensões em milímetros

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Tabela 6 - Tolerância do diâmetro externo (DE) e ovalização máxima.


Ovalização máxima dos
DE Tolerância (-0 + t)
tubos em barras
mm mm
mm
63 0,4 1,5
90 0,6 1,8
110 0,7 2,2
160 1,0 3,2
180 1,1 3,6
200 1,2 4,0
225 1,4 4,5
250 1,5 5,0
280 1,7 9,8
315 1,9 11,1
355 2,2 12,5
400 2,4 14,0
450 2,7 15,6
500 3,0 17,5
560 3,4 19,6
630 3,8 22,1
710 6,4
800 7,2
900 8,1
1000 9,0
1200 10,8
1400 12,6
1600 14,4

Tabela 7 - Diâmetro interno mínimo de bobinas e ovalização de tubos bobinados.


Diâmetro interno mínimo da bobina Ovalização máxima dos tubos
DE (mm) bobinados
mm
SDR 11 SDR 13,6 SDR 17 (mm)
63 1.300 1300 1300 3,8
90 2500 1800 1800 5,4
110 2500 2200 2200 6,6

4.3.5.2 Perpendicularidade das extremidades dos tubos


As extremidades dos tubos devem ser cortadas em modo perpendicular e sem rebarbas,
com ferramentas projetadas especificamente para essa finalidade.
A perpendicularidade deve ser medida conforme a norma ABNT NBR ISO 3126.
4.3.5.3 Comprimento dos tubos
Os tubos devem ser fornecidos em bobinas com comprimento preferencial mínimo de
100 m, ou submúltiplos deste, ou em barras com comprimento preferencial mínimo de
6 m, podendo também serem fornecidas em barras de no mínimo 12 m, 18 m ou 24m.
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O comprimento especificado dos tubos deve ser considerado à temperatura de 20°C, e


não pode ser menor do que o declarado pelo seu fabricante.
Nota: Como método alternativo para a medição do comprimento das bobinas, pode-se comparar
o seu peso com o peso de um segmento de tubo de 01 m de comprimento. O peso da bobina
dividido pelo peso desse segmento será o valor correspondente ao comprimento total da bobina,
em metros.
4.3.5.4 Fator de correção do comprimento dos tubos
Para medidas de comprimento efetuadas à temperatura diferente de 20°C, deve-se mul-
tiplicar o fator de correção da Tabela 8 pelo comprimento total do tubo medido como
segue:
Cr = Cm*Fc
Sendo:
Cr=comprimento real a ser considerado, se fosse medido a 20°C.
Cm=comprimento medido durante a inspeção, à temperatura de medição.
Fc=fator de correção em função da temperatura, que corrige a medida para 20°C.
Tabela 8 - Fator de correção do comprimento do tubo em função da temperatura.
Temperatura (°C) 20 25 30 35 40

Fator 1 0,999 0,998 0,997 0,996


Nota: para se encontrar o fator de correção de temperaturas dentro da faixa da tabela e diferen-
tes das fixadas, aceita-se interpolação linear, subtraindo-se (0,00025) do fator de correção, a
cada acréscimo de 1°C a partir da temperatura de 20°C até 40°C.

4.3.6 Marcação, acondicionamento, embalagem e formas de fornecimento


4.3.6.1 Marcação
Os tubos devem ser marcados, de metro em metro, de forma visível, através de marca-
ção indelével e em cor contrastante com a do tubo, com as seguintes informações:
a) nome e marca de identificação do fabricante;
b) identificação comercial do composto;
c) classificação do composto utilizado no tubo (PE 80 ou PE 100);
d) número desta Norma;
e) os dizeres: água ou esgoto, conforme o caso;
f) diâmetro externo nominal (DE), SDR e pressão nominal (PN);
g) N° do lote, mês e ano de fabricação do tubo;
Tolera-se a ocorrência de um trecho de tubo sem marcação, decorrente do processo de
impressão, e que a falha não ultrapasse 1/3 do comprimento dos tubos em barras ou
10m para tubos em bobina.
Nota: O N° do lote deve possuir rastreabilidade para identificar a matéria prima utilizada na fa-
bricação do tubo, ensaios de fabricação, e demais informações sobre o processo produtivo que
comprovem o atendimento aos requisitos desta Norma.
4.3.6.2 Acondicionamento, embalagem e formas de fornecimento
As bobinas devem ser fornecidas com suas extremidades tamponadas, de forma a im-
pedir a entrada de corpos estranhos, durante o transporte, armazenamento e o manu-
seio na obra.
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As bobinas devem ser amarradas camada a camada, de maneira a permitir que o usu-
ário desenrole somente a quantidade necessária ao uso sem ter que desmontar toda a
bobina e, devem ter seu comprimento marcado nas extremidades.
Os tubos podem ser fornecidos em:
• Barras ou bobinas: DE ≤ DE 110 mm
• Barras: DE > DE 110 mm
Somente tubos de SDR  17 podem ser adquiridos em bobinas.
Os tubos em barras devem ser fornecidos e acondicionados de tal forma que não ocorra
sua ovalização durante o transporte e o manuseio.
Os diâmetros internos mínimos das bobinas devem obedecer ao especificado na
Tabela 7.
As demais dimensões das bobinas devem constar das especificações do fabricante de
tubos, com tolerância de 5%.

5. ENSAIOS
5.1 Aspectos visuais
As superfícies dos tubos devem ser lisas, e apresentar-se com cor e aspecto uniformes,
isentas de corpos estranhos, ondulações, bolhas, estrias, rachaduras, trincas, escama-
ções ou outros defeitos que indiquem descontinuidade do composto e/ou do processo
de extrusão, que comprometam o seu desempenho e durabilidade.
5.2 Efeito sobre a água
Os tubos de polietileno destinados ao transporte de água potável, por adutoras e redes
de distribuição, não podem alterar a qualidade da água e nem oferecer risco à saúde
segundo critérios da norma ANSI/NSF 61 – Componentes do sistema de água potável
– Efeitos na saúde.
Análises sensoriais para verificação do potencial do produto em conferir gosto e odor à
água potável devem ser realizadas via painel sensorial multiprodutos, dedicados ou
ainda via sensores do tipo língua eletrônica.
O planejamento de amostragem, a extração, normalização e análises específicas para
o tipo de material utilizado devem ser relatados utilizando-se como referência a NIT DI-
CLA 35 – rev.03 do INMETRO.
Caso não ocorram alterações de matéria prima, fornecedor, ou processo produtivo, essa
verificação terá validade pelo período de dois anos; no entanto, a qualquer momento e
a critério único e exclusivo da Sabesp pode ser solicitado que essa verificação seja
refeita mediante fundamentação técnica.
5.3 Índice de fluidez
O índice de fluidez deve ser medido conforme as normas ABNT NBR 9023 ou ISO 1133-
1.
Para a determinação do índice de fluidez medido em amostras retiradas da extremidade
do tubo ou bobina, admite-se uma tolerância de 25% quando comparado ao índice
medido em amostras do composto.
5.4 Densidade
O ensaio deve ser realizado conforme as normas ABNT NBR 14304 ou ISO 1183-1 ou
ISO 1183-2.
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O fabricante do tubo deve apresentar o certificado de qualidade do composto indicando


sua densidade.
Ao final de cada ensaio, é admitida uma tolerância de ± 0,003 g/cm³ em relação ao valor
nominal informado pelo fabricante, não podendo ser inferior a 0,930 g/cm³ em nenhum
corpo de prova.
5.5 Estabilidade térmica
O ensaio deve ser realizado conforme a norma ABNT NBR 14300 ou ISO 11357-6 e as
amostras devem ser extraídas da superfície interna do tubo.
A estabilidade térmica do composto e do tubo, medida através do ensaio de determina-
ção do tempo de oxidação induzida (OIT), deve ser de no mínimo 20 minutos, ensaiado
a 200°C.
5.6 Dispersão de pigmentos
A avaliação do grau de dispersão dos pigmentos no composto deve ser feita conforme
a norma ABNT NBR ISO 18553 e deve ser ≤ 3.
A avaliação visual deve estar conforme o item 4.2.2 daquela norma, através da análise
comparativa da dispersão apresentada nas lâminas dos corpos-de-prova com as ima-
gens do Anexo B desta Norma.
São consideradas aprovadas as dispersões apresentadas nas imagens A1, A2 e A3,
imagens essas reproduzidas da norma ABNT NBR ISO 18553.
No caso de dúvida quanto à avaliação da dispersão pelo método comparativo, deve
ser utilizado, na integra, o método apresentado na norma ABNT NBR ISO 18553.
5.7 Compostos de PE com negro-de-fumo
A pigmentação dos compostos de PE na cor preta deve ser feita pela petroquímica fa-
bricante do composto, com negro de fumo de qualidade certificada e em conformidade
com a Portaria da Potabilidade da Água vigente.
O tamanho médio das partículas deve ser ≤ 25 m.
O teor em massa deve ser de (2,0 a 2,5) %, medido de acordo com a norma ABNT NBR
9058.
A petroquímica fabricante do composto de PE deve entregar cópia dos certificados re-
ferentes às exigências normativas acima.
5.8 Compostos de PE com pigmentos de cor azul
A petroquímica fabricante do composto de PE com pigmento da cor azul deve aditivar o
composto com proteção anti UV e apresentar cópia do certificado de que esse composto
atende às exigências da Portaria da Potabilidade da Água vigente.
5.9 Resistência à pressão hidrostática
Caso qualquer um dos ensaios a seguir especificados seja interrompido pela ocorrência
de ruptura mista ou ruptura frágil (Regiões II e III da Figura 1 e definições), todo o lote
de tubos deve ser reprovado, sem levar em consideração o Plano de Amostragem.
Trata-se de uma evidência de que o composto utilizado é inadequado para a fabricação
de tubos conforme esta Norma.
A execução do ensaio de reteste citado no item 5.9.2 somente pode ser efetuada se
ocorrer uma ruptura dúctil do corpo-de-prova. (ver Figura 1, Região I).
Fórmula básica para determinação da pressão hidrostática (MPa) a ser aplicada nos
ensaios dos tubos:
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2*  * e
P=
(dem − e)
onde:
 = tensão circunferencial do ensaio em MPa;
P = pressão a ser aplicada (MPa);
dem = diâmetro médio;
e = espessura mínima da parede do corpo-de-prova em milímetros.
Nota: A pressão de ensaio deve ser calculada individualmente para cada corpo-de-prova, de tal
forma que a tensão aplicada na parede do corpo-de-prova seja a especificada no respectivo
ensaio.
Em todos os ensaios, caso haja rompimento do corpo-de-prova dentro da zona crítica,
o ensaio deve ser refeito e o resultado inicial desconsiderado.
5.9.1 Resistência à pressão hidrostática interna de curta duração a 20°C
O ensaio deve ser realizado conforme o método prescrito na norma ABNT NBR 8415.
Os corpos-de-prova dos tubos devem resistir, no mínimo, a 100 horas, na temperatura
de (202) °C quando submetidos à pressão hidrostática calculada pela fórmula do item
5.9 com os valores de tensão circunferencial apresentados na Tabela 9 e para os valo-
res de diâmetro externo médio (dem) e espessura mínima (e) do corpo-de-prova.
Qualquer tipo de ruptura, dentro da zona crítica e a qualquer tempo, invalida o ensaio e
o mesmo deve ser refeito.
A ocorrência de ruptura, dúctil ou frágil, fora da zona crítica e antes das 100 horas cons-
titui defeito grave e todo o material deve ser reprovado.
Tabela 9 - Valores de tensão circunferencial para ensaio de pressão hidrostática
interna de curta duração a 20°C.
Composto  (MPa)
PE 80 10
PE 100 12

5.9.2 Resistência à pressão hidrostática interna de curta duração a 80°C


O ensaio deve ser realizado conforme o método prescrito na norma ABNT NBR 8415.
Os corpos-de-prova dos tubos devem resistir, no mínimo, a 165 horas, na temperatura
de (801) °C, quando submetidos à pressão hidrostática calculada pela fórmula do item
5.9 com os valores de tensão circunferencial apresentados na Tabela 10 e para os va-
lores efetivamente medidos do diâmetro externo médio (dem) e da espessura mínima (e)
do corpo-de-prova.
Tabela 10 - Valores de tensão circunferencial para ensaio de pressão hidrostá-
tica interna de curta duração a 80°C.
Composto  (MPa)

PE 80 4,5

PE 100 5,4

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Qualquer tipo de ruptura, dentro da zona crítica e a qualquer tempo, invalida o ensaio e
o mesmo deve ser refeito.
A ocorrência de ruptura frágil fora da zona crítica e a qualquer tempo, constitui defeito
grave e todo o material deve ser reprovado.
A ocorrência de ruptura dúctil fora da zona crítica e antes de 165 horas, implica na rea-
lização de um novo ensaio, com pressão inferior e com o correspondente tempo mínimo
de ensaio, conforme a Tabela 12.
Caso nessas novas condições ocorra nova ruptura, todo o material deve ser reprovado.
5.9.3 Resistência à pressão hidrostática interna de longa duração a 80°C
O ensaio deve ser realizado conforme o método prescrito na norma ABNT NBR 8415.
Os corpos-de-prova dos tubos devem resistir no mínimo a 1000 horas na temperatura
de (801) °C, quando submetidos à pressão hidrostática calculada pela fórmula do item
5.9 com os valores de tensão circunferencial apresentados na Tabela 11 e para os va-
lores efetivamente medidos do diâmetro externo médio (dem) e da espessura mínima (e)
do corpo-de-prova.
Tabela 11 - Valores de tensão circunferencial para ensaio de pressão hidrostá-
tica interna de longa duração a 80°C.
Composto  (MPa)
PE 80 4,0
PE 100 5,0

Tabela 12 - Ensaio de pressão hidrostática: Requisitos para o reteste.


PE 80 PE 100
Tempo mínimo Tensão Tempo mínimo
Tensão (MPa)
sem falha (h) (MPa) sem falha (h)
4,5 165 5,4 165
4,4 233 5,3 256
4,3 331 5,2 399
4,2 474 5,1 629
4,1 685 5,0 1000
4,0 1000

Qualquer tipo de ruptura, dentro da zona crítica e a qualquer tempo, invalida o ensaio e
o mesmo deve ser refeito.
A ocorrência de ruptura frágil fora da zona crítica e a qualquer tempo constitui defeito
grave e todo o material deve ser reprovado.
5.10 Reversão longitudinal
Os corpos-de-prova dos tubos devem apresentar variação longitudinal  3 %, quando
submetidos à temperatura de (1102) °C, conforme a norma ABNT NBR ISO 2505.
Caso o corpo-de-prova seja incompatível com a capacidade dimensional da estufa,
este ensaio pode ser executado em segmento longitudinal do corpo-de-prova.

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5.11 Retração circunferencial


O ensaio deve ser realizado conforme o método da norma ABNT NBR 14302.
A ovalização e o diâmetro externo médio (dem) dos corpos-de-prova dos tubos devem
ser medidos em linhas circunferenciais, traçadas a uma distância a partir da extremidade
entre (1,0*DE e 1,1*DE).
A ovalização e a média das medições dos diâmetros externos médios devem estar den-
tro das dimensões e tolerâncias definidas no item 4.3.5, desta Norma.
5.12 Resistência ao esmagamento
O ensaio deve ser realizado nos tubos com diâmetros até DE 315 mm, conforme o mé-
todo da norma ABNT NBR 14303.
Os corpos-de-prova devem ser submetidos ao esmagamento, seguido do ensaio de re-
sistência à pressão interna de curta duração a 20°C, conforme o item 5.9.1, e do ensaio
de resistência à pressão interna de longa duração a 80ºC, conforme o item 5.9.3.
5.13 Alongamento até a ruptura
O ensaio de alongamento deve atender aos requisitos definidos na Tabela 13 e de
acordo com os métodos citados nas normas ABNT NBR ISO 6259-1 e ABNT NBR ISO
6259-3.
O ensaio pode ser interrompido quando o requisito de alongamento de 350% for ultra-
passado, não sendo necessário continuar até a ruptura do corpo de prova, sendo con-
siderado aprovado.
A tensão no limite de escoamento não é definida.
Durante a extração dos corpos-de-prova para a execução deste ensaio, deve ser reti-
rada uma quantidade correspondente ao dobro dos corpos-de-prova definidos nas nor-
mas acima citadas, sendo 50% deles destinados ao ensaio de alongamento até a rup-
tura e os outros 50 % para a execução do ensaio descrito no item 5.14.

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Tabela 13 - Requisitos do ensaio de alongamento.


Método do
Características Requisitos Parâmetros dos ensaios
Ensaio
Formato do corpo-de-prova Tipo 2
100
Velocidade ABNT NBR
mm/min
Alongamento ISO 6259-1
Con-
até ruptura para ≥ 350 % forme e
e ≤ 5 mm Número de corpos-de- ABNT ABNT NBR
prova NBR ISO 6259-3
ISO
6259-1
Formato do corpo-de-prova Tipo 1
50
Velocidade ABNT NBR
Alongamento mm/min
ISO 6259-1
até ruptura para Con-
≥ 350 % e
5  e ≤ 12 forme
Número de corpos-de- ABNT ABNT NBR
(mm)
prova NBR ISO 6259-3
ISO
6259-1
Formato do corpo-de-prova Tipo 1 a
25
Velocidade
mm/min
Con-
forme
Número de corpos-de- ABNT
prova NBR
ISO ABNT NBR
Alongamento 6259-1 ISO 6259-1
até ruptura para ≥ 350 % ou e
e 12 mm Formato do corpo-de-prova Tipo 3 a ABNT NBR
ISO 6259-3
10
Velocidade
mm/min
Con-
forme
Número de corpos-de- ABNT
prova NBR
ISO
6259-1
aOpcionalmente, para os corpos-de-prova tipo 1 ou 3, a parede do tubo pode ser usinada
para espessuras ≤ 25 mm.

5.14 Envelhecimento e alongamento até a ruptura


Os corpos-de-prova obtidos conforme o item 5.13 devem ser envelhecidos conforme a
norma ASTM G154 ou ASTM G155 até atingir um valor de exposição ≥ 3,5 Gj/m2 para
depois serem submetidos ao ensaio de alongamento até a ruptura, conforme a Tabela
13.
Os corpos-de-prova assim envelhecidos devem reter uma capacidade mínima de alon-
gamento correspondente a 50% do alongamento dos corpos-de-prova sem envelheci-
mento, ensaiados conforme o item 5.13.

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5.15 Ensaios pós-envelhecimento dos tubos


Os corpos-de-prova dos tubos devem ser envelhecidos por exposição solar conforme a
norma ASTM G154 ou ASTM G155, até atingirem um valor ≥ 3,5 GJ/m2.
Posteriormente devem ser submetidos aos ensaios da Tabela 14.
Tabela 14 - Ensaios pós envelhecimento.

Ensaio Parâmetros do ensaio Norma


Temperatura
23 º C
ISO 13954
Resistencia coesiva da Ruptura frágil
solda de eletrofusão ≤ 33,3 %
ABNT NBR 14465 e
Procedimento de solda
NTS 325
ABNT NBR ISO
6259-1
Alongamento até a ruptura Conforme item o 5.13 desta Norma
ABNT NBR ISO
6259-3
Conforme os itens 5.9.2 e 5.9.3 desta
Pressão hidrostática a 80º C ABNT NBR 8415
Norma
Efeito sobre a água Conforme Portaria da Potabilidade da Água vigente

5.16 Resistência à tração em solda de topo (Soldabilidade e compatibilidade do


composto)
Para essas duas avaliações, deve ser produzido um tubo de 6 m de comprimento, diâ-
metro DE 110 mm, SDR 11.
A soldabilidade deve ser comprovada através da realização de três soldas de topo por
termofusão, conforme as normas ISO 13953, ABNT NBR 14464 e NTS 060, retirando-
se os corpos-de-prova do mesmo tubo.
A compatibilidade deve ser comprovada soldando-se três corpos-de-prova obtidos do
tubo acima mencionado, com outros três corpos-de-prova de um outro tubo com as
mesmas especificações citadas acima, produzido com um outro composto já qualificado
conforme esta Norma.
As amostras assim obtidas devem ser submetidas ao ensaio de pressão hidrostática de
longa duração a 80ºC, conforme o item 5.9.3.
Este ensaio se aplica durante a fase de qualificação do composto e do fabricante do
tubo, não havendo necessidade de ser repetido enquanto não houver mudança do com-
posto, da petroquímica fabricante do composto, do processo produtivo ou do fabricante
do tubo.
5.17 Propagação lenta de trinca em tubo entalhado
Este ensaio deve ser realizado conforme a Tabela 15 e se aplica durante a fase de
qualificação do composto e do fabricante do tubo, não havendo necessidade de ser
repetido enquanto não houver mudança do composto, da petroquímica fabricante do
composto, do processo produtivo ou do fabricante do tubo.

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Tabela 15 - Propagação lenta de trinca.


Característica Requisito Parâmetros de ensaio Método
DE 110 mm ou
Diâmetro do tubo
DE 125 mm
SDR 11

Propagação Número de corpos-de-prova 3


lenta de trinca ISO 13479 e
 500 h Temperatura 80°C
em tubo enta- ABNT NBR
lhado 8415
Pressão de ensaio (PE 80) 0,8 MPa

Pressão de ensaio (PE 100) 0,92 MPa

Ambiente do ensaio Água Em Água

6. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA
Para efeito de qualificação técnica, o fabricante deve produzir uma quantidade de tubos
em bobinas ou em barras que permitam a amostragem, conforme as Tabelas 19 e 20.
Devem ser então realizados todos os ensaios e verificações constantes da Tabela 16,
de acordo com os parâmetros e métodos de ensaio citados em cada um dos itens refe-
renciados.

7. QUALIDADE NA FABRICAÇÃO
7.1 Ensaios e requisitos para o composto e tubos de polietileno
O fabricante dos tubos deve manter os certificados de cada lote de composto de polie-
tileno utilizado na fabricação. Para verificação da qualidade durante a fabricação, o pro-
duto deve ter suas propriedades verificadas através dos ensaios indicados na Tabela
16.
7.2 Fornecimento de resultado de ensaios
Para cada lote de produção, o fabricante deve fornecer um relatório dos ensaios previs-
tos na Tabela 16, além das seguintes informações:
a) diâmetro externo nominal do tubo (DE);
b) pressão nominal (PN);
c) código de produção;
d) data de início da fabricação do lote;
e) identificação do composto de polietileno utilizado;
f) quantidade do lote de produção em metros, barras ou bobinas;
g) quantidade do lote fornecido ao comprador em metros, barras ou bobinas;
h) código de rastreabilidade do lote produzido;
i) declaração de que o lote fornecido ao comprador atende às especificações desta
Norma.

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Tabela 16 - Ensaios do composto e dos tubos de polietileno.


Propriedade Requisitos
Resistência mínima requerida – MRS Conforme o item 4.1
Índice de fluidez Conforme os itens 4.2 e 5.3
Densidade Conforme os itens 4.2 e 5.4
Estabilidade térmica (OIT) Conforme os itens 4.2 e 5.5
Dispersão de pigmentos Conforme os itens 4.2 e 5.6
Teor de negro-de-fumo Conforme os itens 4.2 e 5.7
Compostos com pigmento azul Conforme os itens 4.2 e 5.8
Soldabilidade e compatibilidade do composto Conforme os itens 4.2 e 5.16
Resistência à pressão hidrostática de curta dura-
Conforme o item 5.9.1
ção a 20°C
Resistência à pressão hidrostática de curta dura-
Conforme o item 5.9.2
ção a 80°C
Resistência à pressão hidrostática de longa dura-
Conforme o item 5.9.3
ção a 80°C (apenas na qualificação técnica)
Alongamento até a ruptura Conforme o item 5.13
Dimensões Conforme o item 4.3.5
Comprimento dos tubos Conforme o item 4.3.5.3
Conforme os itens 4.3.1, 4.3.2, 4.3.6 e
Aspectos visuais/ Cor/ Listras/ Marcação
5.1
Reversão longitudinal Conforme o item 5.10
Retração circunferencial Conforme o item 5.11
Resistência ao esmagamento Conforme o item 5.12
Envelhecimento e alongamento até a ruptura Conforme o item 5.14
Ensaios pós envelhecimento dos tubos Conforme o item 5.15
Propagação lenta de trinca Conforme os itens 4.2 e 5.17
Ovalização Conforme o item 4.3.5
Perpendicularidade das extremidades Conforme o item 4.3.5.2
Acondicionamento, embalagem e formas de forne-
Conforme o item 4.3.6.2
cimento
Efeito sobre a água Conforme o item 5.2

8. INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DE TUBOS


Nos ensaios de recebimento de tubos de polietileno devem ser efetuadas as verificações
das Tabelas 17 e 18.
Quando a marcação for executada em baixo relevo, ao menos uma das medidas efetu-
adas para se verificar a espessura da parede do tubo deve ser feita no local da marca-
ção do tubo.
Os relatórios de inspeção devem apresentar de forma discriminada todos os resultados
efetivamente obtidos nos ensaios realizados. A aprovação ou reprovação do produto no
exame visual deve ser justificada por escrito.
Nos ensaios de recebimento dos tubos, devem ser seguidos todos os critérios do item
8, tendo como referência a norma ABNT NBR 5426.

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8.1 Tamanho do lote de inspeção


O lote de recebimento pode ser formado por um ou mais lotes de fabricação de tubos
de mesmo diâmetro externo nominal (DE) e espessura, de mesmas características e de
um mesmo composto de polietileno PE, fabricado em um intervalo de produção de no
mínimo 6h e no máximo 168h, limitado a 500 bobinas ou 500 barras de tubos.
Os planos de amostragem constam respectivamente das Tabelas 19 e 20.
Para os ensaios previstos nas Tabelas 17 e 18, a quantidade de corpos-de-prova para
a 1ª e 2ª amostragem deve ser selecionada em função do tamanho do lote, de acordo
com as Tabelas 19 e 20, respectivamente, tendo como referência a norma ABNT NBR
5426.
Caso o lote seja aprovado nos ensaios não destrutivos, os corpos-de-prova utilizados
nesses ensaios, serão utilizados para a execução dos ensaios destrutivos previstos na
Tabela 18.
Desses corpos-de-prova devem ser selecionados tantos corpos-de-prova quanto os ne-
cessários para atender a amostragem da Tabela 20.
Tabela 17 – Ensaios para recebimento de tubos (visual e dimensional).
Propriedade Requisitos Método Amostragem
Resistência mínima reque- Certificado de cada
Item 4.1 ISO 9080
rida - MRS lote do Composto
Aspectos visuais/ Cor/ Lis- Itens 4.3.1,
Itens 4.3.1, 4.3.2 e 5.1
tras 4.3.2 e 5.1
Marcação Item 4.3.6 Item 4.3.6
ABNT NBR
Dimensões Itens 4.3.5
ISO 3126
Comprimento dos tubos Item 4.3.5.3 Item 4.3.5.3
ABNT NBR
Perpendicularidade Item 4.3.5.2 Plano de amostra-
ISO 3126
gem da Tabela 19
ABNT NBR
Ovalização Item 4.3.5
ISO 3126
Acondicionamento, embala-
gem e formas de forneci- Item 4.3.6.2 Item 4.3.6.2
mento.

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Tabela 18– Ensaios para recebimento de tubos (ensaios destrutivos).


Propriedade Requisitos Método Amostragem
Certificado do com-
Efeito sobre a água Item 5.2 ANSI/NSF 61
posto e do tubo
ABNT NBR ISO
Dispersão de pigmentos Itens 4.2 e 5.6
18553
Teor de negro-de-fumo Itens 4.2 e 5.7 ABNT NBR 9058
Portaria da Potabili-
Compostos com pig-
Itens 4.2 e 5.8 dade da Água vi-
mento azul
gente
Estabilidade térmica ABNT NBR 14300
Itens 4.2 e 5.5
(OIT) ou ISO 11357-6
ABNT NBR 9023 ou
Índice de Fluidez Itens 4.2 e 5.3
ISO 1133-1
ABNT 14304 ou ISO
Densidade Itens 4.2 e 5.4 1183-1 ou ISO 1183- Plano de amostra-
2 gem da Tabela 20
Resistência à pressão
hidrostática interna de Item 5.9.1 ABNT NBR 8415
curta duração a 20ºC
Resistência à pressão
hidrostática interna de Item 5.9.2 ABNT NBR 8415
curta duração a 80ºC
Alongamento até a rup- ABNT NBR ISO
Item 5.13
tura 6259-1 e 6259-3
ABNT NBR ISO
Reversão longitudinal Item 5.10
2505
Retração circunferencial Item 5.11 ABNT NBR 14302

8.2 Amostragem para exame visual e dimensional


De cada lote são retiradas aleatoriamente amostras conforme Tabela 17 (Nível De Qua-
lidade Aceitável - NQA 2,5, nível de inspeção II; regime normal; amostragem dupla –
ABNT NBR 5426). Para que uma unidade do produto seja considerada não defeituosa,
esta deve atender a todos os critérios contidos na Tabela 19.
Tabela 19 – Plano de amostragem para exame visual e dimensional (nível II).
Tamanho da amostra Bobinas ou barras defeituosas
Tamanho do lote 1ª amostra 2ª amostra
(bobinas ou bar-
ras) 1ª amostra 2ª amostra Aceitação Rejeição Aceitação Rejeição
   
26 a 90 8 8 0 2 1 2
91 a 150 13 13 0 3 3 4
151 a 280 20 20 1 4 4 5
281 a 500 32 32 2 5 6 7
Nota: Independentemente da quantidade de lotes aprovados, o critério de amostragem a ser
utilizado nesta Norma é o estabelecido nesta Tabela.

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8.3 Amostragem para ensaios destrutivos


Caso as amostras sejam aprovadas conforme critério do item 8.2, devem ser submeti-
das aos ensaios destrutivos previstos na Tabela 18 (NQA 2,5; nível de inspeção I; re-
gime normal; amostragem dupla – ABNT NBR 5426). Para que uma unidade do produto
seja considerada não defeituosa, esta deve atender a todos os critérios da Tabela 20.
Quando dois ou mais lotes subsequentes tiverem menos de 26 unidades cada, a quan-
tidade de cada lote deve ser somada e, quando este valor for igual ou superior a 26, o
último lote será amostrado usando o critério da Tabela 20, sendo esta amostra limitada
a 20% da quantidade de bobinas ou barras do último lote.
Tabela 20 – Plano de amostragem para os ensaios destrutivos (nível I).
Tamanho da amostra Bobinas ou barras defeituosas
Tamanho do
1ª amostra 2ª amostra
Lote (bobinas ou
barras) 1ª amostra 2ª amostra Aceitação Rejeição Aceitação Rejeição
   
26 a 90 3 3 0 2 1 2
91 a 150 3 3 0 2 1 2
151 a 280 8 8 1 4 4 5
281 a 500 8 8 1 4 4 5
Nota: Nos ensaios de densidade e índice de fluidez não será tolerado nenhum resultado diferente
do especificado, independentemente do critério de aceitação e rejeição da Tabela 20.

8.4 Aceitação ou rejeição


Os lotes devem ser aprovados ou rejeitados de acordo com os itens 8.4.1 e 8.4.2, e
liberados de acordo com o item 8.4.3.
8.4.1 Primeira amostragem
Os lotes serão aceitos quando o número de corpos-de-prova defeituosos for igual ou
menor do que o 1° número de aceitação.
Os lotes devem ser rejeitados quando o número de corpos-de-prova defeituosos for
igual ou maior do que o 1° número de rejeição.
8.4.2 Segunda amostragem
Os lotes, cujo número de corpos-de-prova defeituosos for maior do que o 1º número de
aceitação e menor do que o 1º número de rejeição, devem ser submetidos a uma se-
gunda amostragem.
Quando utilizada a segunda amostragem, considera-se para o critério de aceitação/re-
jeição a soma do número de amostras defeituosas da primeira e da segunda amostra-
gem.
Os lotes são aceitos quando o número de corpos-de-prova defeituosos for igual ou me-
nor do que o 2º número de aceitação.
Os lotes devem ser rejeitados quando o número de corpos-de-prova defeituosos for
igual ou maior do que o 2º número de rejeição.
8.4.3 Liberação do lote
Caso o lote seja aprovado, este deve ser condicionado, conforme o item 4.3.6, e receber
um selo de inspeção Sabesp. No caso de bobinas, adicionalmente, estas devem receber
um filme e serem devidamente lacradas.

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9. RESUMO DOS ENSAIOS


A Tabela 21 apresenta as propriedades, amostragem, métodos de ensaios e requisitos
necessários para o composto e tubos, na qualificação técnica e qualidade na fabricação.
Tabela 21 – Resumo dos Ensaios para Qualificação Técnica e Qualidade na Fa-
bricação.
Amostragem
Qualificação Técnica e Qualificação Técnica e
Propriedades Requisitos
Qualidade na Fabricação Qualidade na Fabricação
(Composto) (Tubo)
Resistência mí-
nima requerida –
MRS Certificado de cada lote do Certificado de cada lote do
Item 4.1
composto composto
Método de Ensaio
ISO 9080
Efeito sobre a 1 amostra com 3 corpos-de-
água Item 5.2 1 ensaio/composto/fabri-
prova/composto/fabri-
cante/a cada dois anos ou
Método de Ensaio cante/a cada dois anos ou
mudança de processo
ANSI/NSF 61 mudança de processo
Dimensões
Método de Ensaio 1 amostra / 1 h / DE / má-
Item 4.3.5 —
ABNT NBR ISO quina
3126
Aspectos visuais/ Itens 4.3.1,
1 amostra / 1 h / DE / má-
Cor/ Listras/ Mar- 4.3.2, 4.3.6 —
quina
cação e 5.1
Resistência à
pressão hidrostá- 1 amostra com 3 corpos-de-
tica de curta Dura- prova no início de cada lote
ção a 200C Item 5.9.1 —
de fabricação por DE/má-
Método de Ensaio quina
ABNT NBR 8415
Resistência à
pressão de curta 1 amostra com 3 corpos-de-
duração a 800C prova no início de cada lote
Item 5.9.2 —
de fabricação por DE/má-
Método de Ensaio quina
ABNT NBR 8415
Resistência à
pressão de longa 1 amostra com 3 corpos-de-
duração a 800C prova no início de cada lote
Item 5.9.3 —
de fabricação por DE/má-
Método de Ensaio quina
ABNT NBR 8415
Resistência ao es- 1 amostra com 3 corpos-de-
magamento prova no início de cada lote
Item 5.12 —
Método de Ensaio de fabricação por DE/má-
ABNT NBR 14303 quina
/continua

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Tabela 21 – Resumo dos Ensaios para Qualificação Técnica e Qualidade na Fabricação


(continuação).
Amostragem
Qualificação Técnica e Qualificação Técnica e
Propriedades Requisitos
Qualidade na Fabricação Qualidade na Fabricação
(Composto) (Tubo)
Reversão longitu-
dinal 1 amostra com 3 corpos-de-
Método de Ensaio Item 5.10 — prova do lote de fabricação
ABNT NBR ISO por DE / máquina / turno
2505
Retração circunfe-
rencial 1 amostra com 3 corpos-de-
Item 5.11 — prova do lote de fabricação
Método de Ensaio por DE / máquina / turno
ABNT NBR 14302
Alongamento até
a ruptura 1 amostra com 3 corpos-de- 1 amostra com 3 corpos-de-
prova no início da produção, prova no início da produ-
Método de Ensaio Item 5.13
por composto/lote de fabrica- ção, por composto/lote de
ABNT NBR ISO ção fabricação
6259-1 e 6259-3
Envelhecimento e
alongamento até a 1 amostra com 3 corpos-de- 1 amostra com 3 corpos-de-
ruptura prova no início da produção, prova no início da produ-
Item 5.14
Método de Ensaio por composto/lote de fabrica- ção, por composto/lote de
ASTM G154 ou ção fabricação
ASTM G155
Ensaios pós enve-
lhecimento dos 1 amostra com 3 corpos-de- 1 amostra com 3 corpos-de-
tubos prova no início da produção, prova no início da produ-
Item 5.15
Método de Ensaio por composto/lote de fabrica- ção, por composto/lote de
ASTM G154 ou ção fabricação
ASTM G155
Soldabilidade e 1 amostra com 3 corpos-de-
compatibilidade 1 amostra com 3 corpos-de-
prova na qualificação, por
do composto Itens 4.2 e prova na qualificação, por
composto/mudança de pro-
5.16 composto/mudança de pro-
Método de Ensaio cesso/mudança de fabri-
cesso/mudança de fabricante
ISO 13953 cante
Propagação lenta 1 amostra com 3 corpos-de-
de trinca 1 amostra com 3 corpos-de-
prova na qualificação, por
Itens 4.2 e prova na qualificação, por
Método de Ensaio composto/mudança de pro-
5.17 composto/mudança de pro-
ISO 13479 e cesso/mudança de fabri-
cesso/mudança de fabricante
ABNT NBR 8415 cante
/continua

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NTS 194: 2021 – Rev. 4 Norma Técnica SABESP

Tabela 21 – Resumo dos Ensaios para Qualificação Técnica e Qualidade na Fa-


bricação (continuação).
Amostragem
Qualificação Técnica e Qualificação Técnica e
Propriedades Requisitos
Qualidade na Fabricação Qualidade na Fabricação
(Composto) (Tubo)
Densidade
1 amostra com 3 corpos-
Método de Ensaio Itens 4.2 e de-prova do lote de fabri-
ABNT NBR 14304 1 ensaio
5.4 cação por DE / máquina /
ou ISO 1183-1 ou turno
ISO 1183-2

Índice de fluidez 1 amostra com 3 corpos-


Método de Ensaio Itens 4.2 e de-prova do lote de fabri-
1 ensaio
ABNT NBR 9023 5.3 cação por DE / máquina /
ou ISO 1133-1 turno

Dispersão de pig-
mentos 1 amostra com 3 corpos-
Itens 4.2 e de-prova do lote de fabri-
Método de Ensaio 1 ensaio
5.6 cação por DE / máquina /
ABNT NBR ISO turno
18553
Teor de negro- 1 amostra com 3 corpos-
de-fumo Itens 4.2 e de-prova do lote de fabri-
1 ensaio
Método de Ensaio 5.7 cação por DE / máquina /
ABNT NBR 9058 turno
Compostos com
pigmento azul 1 amostra com 3 corpos-
Itens 4.2 e de-prova do lote de fabri-
Portaria da Potabi- 1 ensaio
5.8 cação por DE / máquina /
lidade da Água vi- turno
gente
Estabilidade tér-
mica (OIT) 1 amostra com 1 corpo-de-
Itens 4.2 e prova no início da produ-
Método de Ensaio 1 ensaio
5.5 ção e a cada novo lote de
ABNT NBR 14300 composto recebido
ou ISO 11357-6

10. RELATÓRIO DE INSPEÇÃO


O relatório de inspeção deve apresentar de forma discriminada todos os resultados efe-
tivamente obtidos nos ensaios de cada um dos corpos-de-prova.
A aprovação ou reprovação do produto no exame visual deve ser justificada por escrito.
Quando houver necessidade de arredondamento, este somente poderá ser efetuado no
resultado final.
Em caso de ocorrência de falhas futuras, o Relatório mencionado neste item será utili-
zado como parâmetro de referência para verificação da qualidade do material.

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NTS 194: 2021 – Rev. 4 Norma Técnica SABESP

11. RESPONSABILIDADES
O fato de os tubos terem a marcação com o número desta Norma, não responsabiliza a
Sabesp pela qualidade, desempenho, e a vida útil dos mesmos.

12. OBSERVAÇÕES FINAIS


A Sabesp reserva-se o direito de a qualquer momento retirar amostras no fornecedor ou
em materiais já entregues e armazenados em seus Almoxarifados ou canteiros de
obras, para realização de todos os ensaios previstos nesta Norma, principalmente para
checagem da origem da matéria prima identificada nos tubos.
Os ensaios serão realizados em laboratórios independentes escolhidos pela Sabesp.
A Sabesp não aceitará nenhuma justificativa para não conformidades encontradas em
materiais já entregues e inspecionados, principalmente com relação à adulteração da
matéria-prima utilizada na fabricação dos tubos. Caso seja encontrada qualquer não
conformidade, a empresa fornecedora pode ter todos os materiais em poder da Sabesp
devolvidos, ser responsabilizada por todos os custos decorrentes, e estar sujeita à perda
do Atestado de Pré-Qualificação, além da aplicação das penalidades cabíveis.

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NTS 194: 2021 – Rev. 4 Norma Técnica SABESP

ANEXO A – TENSÕES ADMISSÍVEIS DO MATERIAL E CONDIÇÃO DE


OPERAÇÃO DO TUBO

A.1 TENSÃO ADMISSÍVEL DE PROJETO


A tensão admissível para o projeto do tubo é obtida aplicando-se um coeficiente não
inferior a 1,25 ao valor da resistência mínima requerida (MRS: Minimum Required Stren-
gth) do material, resultando os valores da Tabela A.1:
Tabela A.1 – Tensão máxima admissível.
Material MRS(ª)
Tensão máxima admissível (MPa)
ISO 12162 (MPa)
PE 80 8,0 6,3

PE 100 10,0 8,0


(a) MRS conforme norma ISO 9080 (50 anos a 20°C)

A.2 MÁXIMA PRESSÃO DE OPERAÇÃO (MPO)


Os tubos de polietileno, objeto desta Norma e, suas respectivas juntas são fabricados
para serem utilizados na execução de redes de distribuição, adutoras, linhas de esgoto
e emissários, e as suas espessuras aqui estão definidas para uma máxima pressão de
operação (MPO), com classes de pressão nominal de PN 4, PN 5, PN 6, PN 8, PN 10,
PN 12,5, e PN 16, para tubos fabricados com composto PE 80 ou PE 100, considerando
uma vida útil de 50 anos na temperatura de operação de até 25°C.
Para a operação do tubo com temperaturas compreendidas entre 25°C e 40°C, a má-
xima pressão de operação (MPO) deve ser considerada como sendo a pressão nominal
(PN) multiplicada por um fator de redução de pressão (Ft), em função da temperatura,
cujos valores são indicados na Tabela A.2.
Assim, MPO = PN. Ft

Tabela A.2 – Fatores de redução (Ft) da pressão nominal para temperaturas entre
25°C e 40°C.
Composto PE 80 ou PE 100
Temperatura °C 25 30 35 40
Ft 1,0 0,87 0,80 0,74
Válidos somente para os tubos com as espessuras definidas nesta Norma

Nota: para se encontrar o fator de redução de temperaturas intermediárias, em cada intervalo,


aceita-se interpolação linear.

Nov/2021 30
NTS 194: 2021 – Rev. 4 Norma Técnica SABESP

ANEXO B – IMAGENS PARA AVALIAÇÃO VISUAL DA DISPERSÃO DE


PIGMENTOS

Nov/2021 31
NTS 194: 2021 – Rev. 4 Norma Técnica SABESP

ANEXO B – IMAGENS PARA AVALIAÇÃO VISUAL DA DISPERSÃO DE


PIGMENTOS (continuação)

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NTS 194: 2021 – Rev. 4 Norma Técnica SABESP

Tubos de polietileno para redes de distribuição de água,


adutoras, linhas de esgoto pressurizadas e emissários

Considerações finais:

A presente Norma é titularidade exclusiva da Companhia de Saneamento Básico do


Estado de São Paulo – Sabesp, de aplicação interna na Sabesp, devendo ser usada
pelos seus fornecedores de bens e serviços, conveniados ou similares conforme as con-
dições estabelecidas em Licitação, Contrato, Convênio ou similar. A utilização desta
Norma por outras empresas/entidades/órgãos governamentais e pessoas físicas é de
responsabilidade exclusiva dos próprios usuários.
Esta norma técnica pode ser revisada ou cancelada sempre que a Sabesp julgar neces-
sário. Sugestões e comentários devem ser enviados ao Departamento de Acervo e Nor-
malização Técnica da Sabesp (nts@sabesp.com.br).

Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo


Diretoria de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente – T
Superintendência de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação – TX
Departamento de Acervo e Normalização Técnica – TXA

Rua Costa Carvalho, 300 – CEP 05429-900 – Pinheiros


São Paulo – SP – Brasil
E-MAIL: nts@sabesp.com.br

Palavras-chave: adutoras, emissários, linhas de esgoto, polietileno, redes de água, re-


des de distribuição, tubo, tubo de polietileno.

32 páginas.

Nov/2021

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