NTS 194
Especificação
São Paulo
Novembro/2021: Revisão 4
NTS 194: 2021 – Rev. 4 Norma Técnica SABESP
SUMÁRIO
1. OBJETIVO................................................................................................................ 1
2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS ............................................................................... 1
3. DEFINIÇÕES ............................................................................................................ 3
4. REQUISITOS GERAIS ............................................................................................. 6
4.1 REQUISITOS DO COMPOSTO DE POLIETILENO ............................................... 6
4.2. CARACTERIZAÇÃO DO COMPOSTO DE POLIETILENO ................................... 7
4.3 TUBOS ................................................................................................................... 8
4.3.1 COR..................................................................................................................... 9
4.3.2 LISTRAS .............................................................................................................. 9
4.3.3 CLASSIFICAÇÃO E DESIGNAÇÃO DE TUBOS DE POLIETILENO ................... 9
4.3.4 TENSÃO DE DIMENSIONAMENTO .................................................................. 10
4.3.5 DIMENSÕES, TOLERÂNCIAS E OVALIZAÇÃO................................................ 10
4.3.6 MARCAÇÃO, ACONDICIONAMENTO, EMBALAGEM E FORMAS DE
FORNECIMENTO ....................................................................................................... 13
5. ENSAIOS ............................................................................................................... 14
5.1 ASPECTOS VISUAIS ........................................................................................... 14
5.2 EFEITO SOBRE A ÁGUA .................................................................................... 14
5.3 ÍNDICE DE FLUIDEZ ............................................................................................ 14
5.4 DENSIDADE......................................................................................................... 14
5.5 ESTABILIDADE TÉRMICA .................................................................................. 15
5.6 DISPERSÃO DE PIGMENTOS............................................................................. 15
5.7 COMPOSTOS DE PE COM NEGRO-DE-FUMO .................................................. 15
5.8 COMPOSTOS DE PE COM PIGMENTOS DE COR AZUL .................................. 15
5.9 RESISTÊNCIA À PRESSÃO HIDROSTÁTICA .................................................... 15
5.9.1 RESISTÊNCIA À PRESSÃO HIDROSTÁTICA INTERNA DE CURTA DURAÇÃO
A 20°C 16
5.9.2 RESISTÊNCIA À PRESSÃO HIDROSTÁTICA INTERNA DE CURTA DURAÇÃO
A 80°C 16
5.9.3 RESISTÊNCIA À PRESSÃO HIDROSTÁTICA INTERNA DE LONGA DURAÇÃO
A 80°C 17
5.10 REVERSÃO LONGITUDINAL ............................................................................ 17
5.11 RETRAÇÃO CIRCUNFERENCIAL..................................................................... 18
5.12 RESISTÊNCIA AO ESMAGAMENTO ................................................................ 18
5.13 ALONGAMENTO ATÉ A RUPTURA .................................................................. 18
5.14 ENVELHECIMENTO E ALONGAMENTO ATÉ A RUPTURA ............................ 19
5.15 ENSAIOS PÓS-ENVELHECIMENTO DOS TUBOS ........................................... 20
5.16 RESISTÊNCIA À TRAÇÃO EM SOLDA DE TOPO (SOLDABILIDADE E
COMPATIBILIDADE DO COMPOSTO) ..................................................................... 20
5.17 PROPAGAÇÃO LENTA DE TRINCA EM TUBO ENTALHADO ........................ 20
6. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA.................................................................................... 21
7. QUALIDADE NA FABRICAÇÃO ............................................................................ 21
7.1 ENSAIOS E REQUISITOS PARA O COMPOSTO E TUBOS DE POLIETILENO 21
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1. OBJETIVO
Estabelecer os requisitos mínimos para a fabricação e fornecimento à Sabesp de tubos
de polietileno, PE 80 ou PE 100 para aplicação em redes de distribuição de água, adu-
toras, linhas de esgoto pressurizadas e emissários.
Esta Norma se aplica a tubos de DE 63 mm a DE 1.600 mm nas classes de pressão
nominal PN 4 (0,4 MPa) a PN16 (1,6 MPa).
Para aplicações a temperaturas superiores a 25ºC e até 40ºC, a pressão máxima de
operação deve ser corrigida conforme o Anexo A.
Os tubos produzidos de acordo com esta Norma devem ter uma vida útil esperada de
50 anos, a uma temperatura de operação de até 25°C, ser classificado conforme o MRS
– Resistência Mínima Requerida, e não podem ser aplicados expostos a intempéries,
salvo condições excepcionais após a aprovação da Sabesp.
2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não
datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emen-
das):
NTS 060: Execução de solda em tubos e conexões de polietileno por termofusão (solda
de topo).
NTS 189: Projeto de redes de distribuição de água, adutoras, linhas de esgotos pressu-
rizadas e emissários em polietileno PE 80 ou PE 100.
NTS 325: Execução de solda em tubos e conexões de polietileno por eletrofusão.
ABNT NBR 5426: Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos.
ABNT NBR 8415: Tubos e conexões de polietileno – Verificação da resistência à pres-
são hidrostática interna.
ABNT NBR 9023: Termoplásticos - Determinação do índice de fluidez.
ABNT NBR 9058: Tubos de polietileno – Determinação do teor de negro-de-fumo.
ABNT NBR 14300: Sistemas de ramais prediais de água - Tubos, conexões e composto
de polietileno PE - Determinação do tempo de oxidação induzida.
ABNT NBR 14302: Sistemas de ramais prediais de água – Tubos de polietileno PE –
Determinação da retração circunferencial.
ABNT NBR 14303: Sistemas de ramais prediais de água – Tubos de polietileno PE –
Determinação da resistência ao esmagamento.
ABNT NBR 14304: Sistemas de ramais prediais de água – Tubos e conexões de PE –
Determinação da densidade de plásticos por deslocamento.
ABNT NBR 14464: Tubos e conexões de polietileno PE 80 e PE 100 – Execução de
solda de topo.
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ABNT NBR 14465: Tubos e conexões plásticas – União por solda de eletrofusão em
tubos e conexões de polietileno PE 80 e PE 100 - Procedimento.
ABNT NBR ISO 18553: Método para avaliação do grau de dispersão de pigmentos ou
negro-de-fumo em tubos, conexões e compostos poliolefínicos.
ABNT NBR ISO 2505: Tubos termoplásticos – Reversão longitudinal – Parâmetros e
métodos de ensaio.
ABNT NBR ISO 3126: Sistemas de tubulações de plásticos – Componentes plásticos –
Determinação das dimensões.
ABNT NBR ISO 6259-1: Tubos termoplásticos — Determinação das propriedades de
tração - Parte 1: Método geral de ensaio.
ABNT NBR ISO 6259-3: Tubos termoplásticos - Determinação das propriedades de
tração - Parte 3: Tubos poliolefínicos.
ISO 4427-2: Plastics piping systems for water supply, and for drainage and sewerage
under pressure – Polyethylene (PE) - Part 2: Pipes.
ISO 9080: Plastics piping and ducting systems - Determination of the long-term hydro-
static strength of thermoplastics materials in pipe form by extrapolation.
ISO 11357-6: Plastics - Differential scanning calorimetry (DSC) - Part 6: Determination
of oxidation induction time (isothermal OIT) and oxidation induction temperature
(dynamic OIT).
ISO 12162: Thermoplastics materials for pipes and fittings for pressure applications –
Classification, designation and design coefficient.
ISO 1133-1: Plastics - Determination of the melt mass-flow rate (MFR) and melt volume-
flow rate (MVR) of thermoplastics - Part 1: Standard method.
ISO 1183-1: Plastics - Methods for determining the density of non cellular plastics - Part
1: Immersion method, liquid pycnometer method and titration method.
ISO 1183-2: Plastics - Methods for determining the density of non-cellular plastics – Part
2: Density gradient column method.
ISO 13479: Polyolefin pipes for the conveyance of fluids – Determination of resistance
to crack propagation – Test method for slow crack growth on notched pipes (notch test).
ISO 13953: Polyethylene (PE) pipes and fittings - Determination of the tensile strength
and failure mode of test pieces from a butt-fused joint.
ISO 13954: Plastics pipes and fittings - Peel decohesion test for polyethylene (PE) elec-
trofusion assemblies of nominal outside diameter greater than or equal to 90 mm.
ISO 15512: Plastics - Determination of water content.
ASTM D4703: Standard Practice for Compression Molding Thermoplastic Materials into
Test Specimens, Plaques, or Sheets.
ASTM G154: Standard Practice for Operating Fluorescent Ultraviolet (UV) Lamp Appa-
ratus for Exposure of Nonmetallic Materials
ASTM G155: Standard Practice for Operating Xenon Arc Light Apparatus for Exposure
of Nonmetallic Materials.
EN 12099: Plastics piping systems. Polyethylene piping materials and components. De-
termination of volatile content.
ANSI/NSF 61: Components of the drinking water system - Health effects.
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INMETRO NIT DICLA 35: Princípios das boas práticas de laboratório – BPL.
Portaria da Potabilidade da Água Vigente.
3. DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta norma, aplicam-se as seguintes definições:
AMOSTRA:
Quantidade de bobinas ou barras, estipulada por plano de amostragem, escolhidas de
forma aleatória como representativas do lote.
CO-EXTRUSÃO:
Processo contínuo de produção, que utiliza duas ou mais extrusoras conectadas a um
jogo de matrizes, para produção de um corpo monolítico com duas ou mais camadas de
materiais distintos.
COMPOSTO DE POLIETILENO:
Material fabricado com polímero base de polietileno contendo os aditivos (anti UV, anti-
oxidantes, estabilizantes e pigmento na cor azul ou preta) necessários à fabricação de
tubos de polietileno conforme esta Norma. O composto deve ser fornecido necessaria-
mente pelo próprio fabricante do polímero base de polietileno, de tal forma que o fabri-
cante do tubo nada acrescente à matéria–prima adquirida.
CORPO-DE-PROVA:
Cada segmento de tubo extraído das bobinas ou barras que compõem a amostra, ou
material dela retirado, preparado na forma e nas dimensões exigidas pelo método de
ensaio ao qual deve ser submetido.
CURVA DE REGRESSÃO:
Definida pelo método de extrapolação padrão ISO 9080, resulta num gráfico di-log a
diferentes temperaturas, resultando na curva de tensão de ruptura pelo tempo de ruptura
de amostras de tubos, tal que se possa determinar o tempo de ruptura de um tubo em
função da tensão circunferencial aplicada no tubo através de pressão hidrostática in-
terna a determinada temperatura. Através dela é possível estabelecer o tipo de ruptura
esperado, conforme explicitado na Figura 1, a seguir. As indicações: I, II e III dessa
figura são explicadas nas definições de ruptura: dúctil, mista e frágil desta Norma.
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DENSIDADE:
É a relação entre a massa do composto de polietileno ou do corpo de prova do tubo, e
seu volume correspondente, à temperatura especificada para o ensaio, expressa em
g/cm3.
EXTRUSÃO:
Extrusão é um processo mecânico contínuo de produção de tubos, onde o material é
forçado através de uma matriz de forma pré-determinada.
INDELÉVEL:
Que não se pode apagar, eliminar, que é durável, permanente, que não se pode destruir
suprimir ou fazer desaparecer.
LOTE DE FABRICAÇÃO:
Quantidade de tubos de mesmo diâmetro externo nominal (DE) e espessura, que te-
nham as mesmas características, produzidos na mesma máquina, com um mesmo lote
de composto.
Qualquer não conformidade nos ensaios ou processo produtivo é motivo suficiente para
mudança de designação do lote.
OVALIZAÇÃO DO TUBO:
Diferença entre os valores máximo e mínimo do diâmetro externo, medida em milíme-
tros, em uma mesma seção normal do tubo.
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RAMAL PREDIAL:
Trecho de ligação de água, compreendido entre o colar de tomada ou tê de serviço
integrado, inclusive, situado na rede de abastecimento de água, e o adaptador locali-
zado na entrada da unidade de medição de água ou adaptador do cavalete.
REDE DE ÁGUA:
Tubulação, ou malha de tubos, destinada à distribuição de água, donde se faz a deriva-
ção para o ramal predial de água.
RUPTURA DÚCTIL:
Ruptura que ocorre no período de tempo correspondente à inclinação suave da curva
de regressão, anteriormente à sua mudança de direção. A ruptura dúctil se caracteriza
por grandes elongações. Ver Região I, da Figura 1 e Figura 2 a seguir:
RUPTURA FRÁGIL:
Ruptura que ocorre no período de tempo correspondente à inclinação acentuada da
curva de regressão, após a mudança de sua direção. A ruptura frágil se caracteriza por
pequenas fissuras e/ou micro poros, sem que ocorra escoamento do material. Ver Re-
gião III, da Figura 1.
RUPTURA MISTA:
Ruptura que ocorre em período de tempo posterior à inclinação suave da curva de re-
gressão, caracterizando-se por apresentar simultaneamente pequenos alongamentos e
pequenas fissuras e/ou micro poros. Ver Região II, da Figura 1.
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TUBO DE POLIETILENO:
Tubo fabricado com composto de polietileno, conforme esta Norma.
TUBO ENTALHADO:
Corpo-de-prova tubular em cuja superfície externa é feito um entalhe, com profundidade
definida pela norma ISO 13479.
ZONA CRÍTICA:
Região do tubo tamponado sob ensaio, denominada de “zona de influência da fixação”,
conforme a norma ABNT NBR 8415. A zona crítica é referenciada para todos os ensaios
de resistência à pressão hidrostática do item 5.9.
4. REQUISITOS GERAIS
4.1 Requisitos do composto de polietileno
O composto de polietileno, em sua formulação final, deve conter apenas os aditivos e
pigmentos necessários à fabricação dos tubos, incluindo processabilidade e homoge-
neidade, e deve ser fornecido apenas pelo fabricante do polímero base, de tal forma
que o fabricante do tubo nada acrescente à matéria-prima adquirida.
Para a fabricação de tubos destinados ao transporte de água potável, por adutoras e
redes de distribuição, o processamento do composto por extrusão ou co-extrusão não
pode interferir nos padrões de potabilidade da água, não podendo produzir efeitos tóxi-
cos ou propiciar o desenvolvimento de microrganismos, nem transmitir gosto, odor ou
opacidade à água, conforme estabelecido na Portaria da Potabilidade da Água vigente.
O fabricante deve apresentar relatório de ensaios, emitido por laboratório acreditado
junto ao INMETRO, atestando essas características.
Essa conformidade deve ser verificada toda vez em que houver mudança do composto
termoplástico, do processo de fabricação ou do fabricante do composto.
Caso não haja mudança, essa verificação terá validade pelo período de dois anos; no
entanto, a qualquer momento e a critério único e exclusivo da Sabesp pode ser solicitado
que essa verificação seja refeita.
O composto deve ser classificado como PE 80 ou PE 100, conforme a norma ISO 12162,
utilizando-se o método de extrapolação da norma ISO 9080, onde:
PE 80: MRS = 8 MPa, quando 8 ≤ LPL < 10 MPa;
PE 100: MRS = 10 MPa, quando LPL 10 MPa.
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De acordo com a norma ISO 9080, a curva de regressão a 80ºC do composto selecio-
nada para a fabricação dos tubos não pode apresentar joelho antes de 5000 h de ensaio.
O fabricante do tubo deve fornecer um certificado onde conste a curva de regressão e
demais características do composto.
O fabricante do tubo deve apresentar certificados, fornecidos por laboratórios especiali-
zados, de reconhecida competência e idoneidade, atestando a adequação da matéria-
prima utilizada na fabricação dos tubos, para uso em contato com água potável, aten-
dendo à legislação.
NÃO É PERMITIDO O USO DE MATERIAL REPROCESSADO OU RECICLADO NA
FABRICAÇÃO DOS TUBOS.
ABNT NBR
14304 ou ISO
Densidade b ≥ 0,930 g/cm³ Temperatura 23 °C
1183-1 ou ISO
1183-2
Tempo de Oxida- ABNT NBR
ção Induzida 20 min Temperatura 200 °C 14300 ou ISO
(OIT) 11357-6
Dispersão de ne-
Conforme ABNT NBR ISO ABNT NBR ISO
gro de fumo Grau 3
18553 18553 C
(composto preto)
Dispersão de
Conforme ABNT NBR ISO ABNT NBR ISO
Pigmentos Grau 3
18553 18553 C
(composto azul)
Conteúdo na massa do
Teor de composto: (2,0 a 2,5) % (650 ± ABNT NBR
Temperatura
negro-de- fumo Tamanho médio das partí- 50 °C) 9058
culas: 25 ƞm
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Método de en-
Característica Requisito Parâmetros de ensaios
saio
a O desvio admitido para o valor da fluidez deve ser para a mesma condição de ensaio.
b Os corpos-de-prova devem ser obtidos a partir de uma placa prensada conforme a norma
ASTM D4703: 07 – Método C Anexo A1. Alternativamente, os corpos-de-prova podem ser ob-
tidos a partir dos grânulos do composto ou extraídos do extrudado obtido a partir do ensaio
do índice de fluidez. Em caso de dúvida, deve ser considerado o mesmo método de ensaio.
c Em caso de divergência, os corpos-de-prova para ensaio de dispersão de negro de fumo e
Em caso de dúvida, o requisito de teor de água deve ser decisivo. O requisito aplica-se à pe-
troquímica na fase de fabricação do composto e para o usuário do composto na fase de pro-
cessamento para a fabricação dos tubos (se o teor de água exceder ao limite, é necessária a
secagem antes de iniciar o processamento).
através do ensaio de resistência à tração de uma solda de termofusão de topo em tubos fabri-
cados a partir do mesmo composto, conforme as normas ABNT NBR 14464 e NTS 060.
b A petroquímica fabricante do composto deve demonstrar a compatibilidade dos seus compos-
tos, através do ensaio de tração de uma solda de termofusão de topo entre um tubo fabricado
com seu composto, soldado com tubo fabricado com composto de outro fabricante, conforme
as normas ABNT NBR 14464 e NTS 060.
4.3 Tubos
Os tubos devem ser fabricados com composto de polietileno por processo de extrusão
ou co-extrusão, tal que assegure a obtenção de um produto que satisfaça as exigências
desta Norma.
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4.3.1 Cor
Conforme sua aplicação, os tubos devem ser fabricados com compostos pigmentados
na petroquímica, nas seguintes cores:
• Tubos produzidos com composto de PE de cor azul, destinados à execução de
redes de distribuição de água e adutoras;
• Tubos produzidos com composto de PE de cor preta listrados longitudinalmente
na cor ocre, destinados à execução de linhas de esgoto pressurizadas e emis-
sários.
4.3.2 Listras
As listras, de cor ocre, devem ser inseridas nos tubos através de processo de co-extru-
são e serem equidistantes entre si ao longo do comprimento, conforme a Tabela 3.
Tabela 3 - Quantidade e dimensões das listras.
DE Espaçamento entre Largura das listras Profundidade das listras
mm as listras mm (% da espessura)
63 a 315 90 ° (4 listras) >2
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Dimensões em milímetros
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As bobinas devem ser amarradas camada a camada, de maneira a permitir que o usu-
ário desenrole somente a quantidade necessária ao uso sem ter que desmontar toda a
bobina e, devem ter seu comprimento marcado nas extremidades.
Os tubos podem ser fornecidos em:
• Barras ou bobinas: DE ≤ DE 110 mm
• Barras: DE > DE 110 mm
Somente tubos de SDR 17 podem ser adquiridos em bobinas.
Os tubos em barras devem ser fornecidos e acondicionados de tal forma que não ocorra
sua ovalização durante o transporte e o manuseio.
Os diâmetros internos mínimos das bobinas devem obedecer ao especificado na
Tabela 7.
As demais dimensões das bobinas devem constar das especificações do fabricante de
tubos, com tolerância de 5%.
5. ENSAIOS
5.1 Aspectos visuais
As superfícies dos tubos devem ser lisas, e apresentar-se com cor e aspecto uniformes,
isentas de corpos estranhos, ondulações, bolhas, estrias, rachaduras, trincas, escama-
ções ou outros defeitos que indiquem descontinuidade do composto e/ou do processo
de extrusão, que comprometam o seu desempenho e durabilidade.
5.2 Efeito sobre a água
Os tubos de polietileno destinados ao transporte de água potável, por adutoras e redes
de distribuição, não podem alterar a qualidade da água e nem oferecer risco à saúde
segundo critérios da norma ANSI/NSF 61 – Componentes do sistema de água potável
– Efeitos na saúde.
Análises sensoriais para verificação do potencial do produto em conferir gosto e odor à
água potável devem ser realizadas via painel sensorial multiprodutos, dedicados ou
ainda via sensores do tipo língua eletrônica.
O planejamento de amostragem, a extração, normalização e análises específicas para
o tipo de material utilizado devem ser relatados utilizando-se como referência a NIT DI-
CLA 35 – rev.03 do INMETRO.
Caso não ocorram alterações de matéria prima, fornecedor, ou processo produtivo, essa
verificação terá validade pelo período de dois anos; no entanto, a qualquer momento e
a critério único e exclusivo da Sabesp pode ser solicitado que essa verificação seja
refeita mediante fundamentação técnica.
5.3 Índice de fluidez
O índice de fluidez deve ser medido conforme as normas ABNT NBR 9023 ou ISO 1133-
1.
Para a determinação do índice de fluidez medido em amostras retiradas da extremidade
do tubo ou bobina, admite-se uma tolerância de 25% quando comparado ao índice
medido em amostras do composto.
5.4 Densidade
O ensaio deve ser realizado conforme as normas ABNT NBR 14304 ou ISO 1183-1 ou
ISO 1183-2.
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2* * e
P=
(dem − e)
onde:
= tensão circunferencial do ensaio em MPa;
P = pressão a ser aplicada (MPa);
dem = diâmetro médio;
e = espessura mínima da parede do corpo-de-prova em milímetros.
Nota: A pressão de ensaio deve ser calculada individualmente para cada corpo-de-prova, de tal
forma que a tensão aplicada na parede do corpo-de-prova seja a especificada no respectivo
ensaio.
Em todos os ensaios, caso haja rompimento do corpo-de-prova dentro da zona crítica,
o ensaio deve ser refeito e o resultado inicial desconsiderado.
5.9.1 Resistência à pressão hidrostática interna de curta duração a 20°C
O ensaio deve ser realizado conforme o método prescrito na norma ABNT NBR 8415.
Os corpos-de-prova dos tubos devem resistir, no mínimo, a 100 horas, na temperatura
de (202) °C quando submetidos à pressão hidrostática calculada pela fórmula do item
5.9 com os valores de tensão circunferencial apresentados na Tabela 9 e para os valo-
res de diâmetro externo médio (dem) e espessura mínima (e) do corpo-de-prova.
Qualquer tipo de ruptura, dentro da zona crítica e a qualquer tempo, invalida o ensaio e
o mesmo deve ser refeito.
A ocorrência de ruptura, dúctil ou frágil, fora da zona crítica e antes das 100 horas cons-
titui defeito grave e todo o material deve ser reprovado.
Tabela 9 - Valores de tensão circunferencial para ensaio de pressão hidrostática
interna de curta duração a 20°C.
Composto (MPa)
PE 80 10
PE 100 12
PE 80 4,5
PE 100 5,4
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Qualquer tipo de ruptura, dentro da zona crítica e a qualquer tempo, invalida o ensaio e
o mesmo deve ser refeito.
A ocorrência de ruptura frágil fora da zona crítica e a qualquer tempo, constitui defeito
grave e todo o material deve ser reprovado.
A ocorrência de ruptura dúctil fora da zona crítica e antes de 165 horas, implica na rea-
lização de um novo ensaio, com pressão inferior e com o correspondente tempo mínimo
de ensaio, conforme a Tabela 12.
Caso nessas novas condições ocorra nova ruptura, todo o material deve ser reprovado.
5.9.3 Resistência à pressão hidrostática interna de longa duração a 80°C
O ensaio deve ser realizado conforme o método prescrito na norma ABNT NBR 8415.
Os corpos-de-prova dos tubos devem resistir no mínimo a 1000 horas na temperatura
de (801) °C, quando submetidos à pressão hidrostática calculada pela fórmula do item
5.9 com os valores de tensão circunferencial apresentados na Tabela 11 e para os va-
lores efetivamente medidos do diâmetro externo médio (dem) e da espessura mínima (e)
do corpo-de-prova.
Tabela 11 - Valores de tensão circunferencial para ensaio de pressão hidrostá-
tica interna de longa duração a 80°C.
Composto (MPa)
PE 80 4,0
PE 100 5,0
Qualquer tipo de ruptura, dentro da zona crítica e a qualquer tempo, invalida o ensaio e
o mesmo deve ser refeito.
A ocorrência de ruptura frágil fora da zona crítica e a qualquer tempo constitui defeito
grave e todo o material deve ser reprovado.
5.10 Reversão longitudinal
Os corpos-de-prova dos tubos devem apresentar variação longitudinal 3 %, quando
submetidos à temperatura de (1102) °C, conforme a norma ABNT NBR ISO 2505.
Caso o corpo-de-prova seja incompatível com a capacidade dimensional da estufa,
este ensaio pode ser executado em segmento longitudinal do corpo-de-prova.
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6. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA
Para efeito de qualificação técnica, o fabricante deve produzir uma quantidade de tubos
em bobinas ou em barras que permitam a amostragem, conforme as Tabelas 19 e 20.
Devem ser então realizados todos os ensaios e verificações constantes da Tabela 16,
de acordo com os parâmetros e métodos de ensaio citados em cada um dos itens refe-
renciados.
7. QUALIDADE NA FABRICAÇÃO
7.1 Ensaios e requisitos para o composto e tubos de polietileno
O fabricante dos tubos deve manter os certificados de cada lote de composto de polie-
tileno utilizado na fabricação. Para verificação da qualidade durante a fabricação, o pro-
duto deve ter suas propriedades verificadas através dos ensaios indicados na Tabela
16.
7.2 Fornecimento de resultado de ensaios
Para cada lote de produção, o fabricante deve fornecer um relatório dos ensaios previs-
tos na Tabela 16, além das seguintes informações:
a) diâmetro externo nominal do tubo (DE);
b) pressão nominal (PN);
c) código de produção;
d) data de início da fabricação do lote;
e) identificação do composto de polietileno utilizado;
f) quantidade do lote de produção em metros, barras ou bobinas;
g) quantidade do lote fornecido ao comprador em metros, barras ou bobinas;
h) código de rastreabilidade do lote produzido;
i) declaração de que o lote fornecido ao comprador atende às especificações desta
Norma.
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Dispersão de pig-
mentos 1 amostra com 3 corpos-
Itens 4.2 e de-prova do lote de fabri-
Método de Ensaio 1 ensaio
5.6 cação por DE / máquina /
ABNT NBR ISO turno
18553
Teor de negro- 1 amostra com 3 corpos-
de-fumo Itens 4.2 e de-prova do lote de fabri-
1 ensaio
Método de Ensaio 5.7 cação por DE / máquina /
ABNT NBR 9058 turno
Compostos com
pigmento azul 1 amostra com 3 corpos-
Itens 4.2 e de-prova do lote de fabri-
Portaria da Potabi- 1 ensaio
5.8 cação por DE / máquina /
lidade da Água vi- turno
gente
Estabilidade tér-
mica (OIT) 1 amostra com 1 corpo-de-
Itens 4.2 e prova no início da produ-
Método de Ensaio 1 ensaio
5.5 ção e a cada novo lote de
ABNT NBR 14300 composto recebido
ou ISO 11357-6
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11. RESPONSABILIDADES
O fato de os tubos terem a marcação com o número desta Norma, não responsabiliza a
Sabesp pela qualidade, desempenho, e a vida útil dos mesmos.
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Tabela A.2 – Fatores de redução (Ft) da pressão nominal para temperaturas entre
25°C e 40°C.
Composto PE 80 ou PE 100
Temperatura °C 25 30 35 40
Ft 1,0 0,87 0,80 0,74
Válidos somente para os tubos com as espessuras definidas nesta Norma
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Considerações finais:
32 páginas.
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