Geometria: Conceitos
Básicos
1. OBJETIVOS
• Rever conceitos básicos sobre noções primitivas e axiomas.
• Identificar e reconhecer ângulos.
• Rever conceitos de paralelismo e perpendicularismo.
• Conceituar polígonos, circunferência, semelhança de
triângulos e triângulos retângulos.
2. CONTEÚDOS
• Noções e proposições primitivas.
• Segmento, ângulo, triângulo.
• Paralelismo e perpendicularismo.
• Polígonos e circunferência.
40 © Geometria I
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Nesta primeira unidade, revisaremos conceitos básicos de
Geometria, seus axiomas e noções primitivas, segmentos, ângu-
los, triângulos, polígonos, circunferência, paralelismo, perpendicu-
larismo, semelhança de triângulos e o Teorema de Tales.
Você deve compreender que tais conceitos são fundamen-
tais para um bom entendimento das unidades subsequentes. Fi-
que atento, portanto, às revisões realizadas.
5. NOÇÕES PRIMITIVAS
Plano
Letras gregas minúsculas: , ,
Os postulados ou axiomas são aceitos sem demonstração.
Entre os filósofos gregos antigos, um postulado ou axioma era
uma afirmação que poderia ser vista como verdadeira, sem ne-
nhuma necessidade de prova.
Postulado da existência
• Existe uma reta e numa reta, bem como fora dela, há infi-
nitos pontos (tantos pontos quantos quisermos).
• Existe plano e num plano, bem como fora dele, há infini-
tos pontos.
A.
A e B são distintos (A B)
.B
__________________ r
O ponto não está na reta r P r
.P
Postulado da determinação
• Dois pontos distintos determinam uma única reta que
eles (Figura 2). Escrevemos: (A B, Ar, Br)
passa por
r = AB .
Figura 2 Determinação de uma reta AB .
Postulado da inclusão
• Se uma reta tem dois pontos distintos num plano,
então ela está contida no plano (Figura 4). Então,
( A B, r AB, A , B ) r .
Retas concorrentes
Duas retas são concorrentes se, e somente se, elas têm um
único ponto comum (Figura 5). A interseção entre as retas é um
ponto P, ou seja, r s P .
Retas paralelas
Duas retas são paralelas se, e somente se, são coincidentes
ou coplanares e não têm ponto comum (Figura 6). Podemos escre-
ver:
(a , b , a b ) a / / b
Segmento de reta
Dados dois pontos distintos A e B. A reunião desses dois pon-
tos com o conjunto dos pontos que estão entre eles é um segmen-
to de reta (Figura 7).
Portanto:
AB { A, B} {x / x está entre A e B}
Semirreta
Dados dois pontos
distintos A e B (Figura 8), a reunião do
segmento de reta AB com o conjuntodos pontos x, tais que B
está entre A e x, é chamada semirreta AB .
Portanto, AB { A, B} {x / B está entre A e x} .
Figura 8 Semirreta AB .
O ponto A é a origem da semirreta AB .
Segmentos consecutivos
Dois segmentos de reta são consecutivos (Figura 9) se, e somen-
te se, uma extremidade de um deles é também extremidade do outro.
© U1 - Geometria: Conceitos Básicos 45
Segmentos colineares
Dois segmentos de reta são colineares se, e somente se, es-
tão em uma mesma reta s. Portanto, os segmentos MN e NP
(Figura 10) são colineares consecutivos.
Segmentos adjacentes
Dois segmentos consecutivos e colineares são adjacentes se,
e somente se, apresentam em comum apenas uma extremidade
(não têm pontos internos comuns). Portanto, os segmentos MN e
NP (Figura 11) são colineares consecutivos adjacentes, pois têm
em comum apenas o ponto N.
Exemplo 1
No esquema da Figura 14 a seguir, determine PQ , sendo
AB 31 ; AP x 1 ; AQ 2 x e QB x 1 .
Figura 14.
AB AQ QB 31 2 x x 1 31 1 3 x x 10
© U1 - Geometria: Conceitos Básicos 47
Exemplo 2
No esquema da Figura 15 a seguir, determine o segmen-
to AB , sendo M ponto médio de AB , AM x , BP x 7 e
AP 4 x 5 .
Figura 15.
Exemplo 3
P, Q e R são três pontos distintos, nesta ordem, de uma reta
qualquer. Se o comprimento de PQ é igual a um terço de QR e
PR 12 cm , determine as medidas dos segmentos PQ e QR .
Para resolvermos a questão, é preciso determinar o valor do
segmento QR ou do segmento PQ . Para isso, devemos observar
se P, Q e R são três pontos distintos de uma reta, conforme o es-
quema da Figura 16:
Figura 16.
6. ÂNGULOS E TRIÂNGULOS
Faremos, a seguir, uma revisão dos conceitos e definições de
ângulos e triângulos.
Ângulos
Denomina-se ângulo à reunião de duas semirretas de mes-
ma origem, não contidas
numa mesma reta (não colineares). Na
OA OB .
Figura 17, AOB
Ângulos consecutivos
Dois ângulos são consecutivos se, e somente se, um lado de
um deles é também lado do outro (possuem um lado comum).
Então, na Figura 19, AÔB e AÔC são ângulos consecutivos e OA
é lado comum.
Ângulos adjacentes
Dois ângulos consecutivos são adjacentes se, e somente se,
não têm pontos internos comuns.
Na Figura 20, AÔB e BOC são
ângulos adjacentes. Note que OB é lado comum, e os ângulos
AÔB e BOC não possuem pontos internos comuns.
Bissetriz de um ângulo
Uma semirreta OC interna a um ângulo AÔB é bissetriz do
ângulo (Figura 22) se, e somente se, AÔC BÔC .
Ângulo reto
Ângulo reto é todo ângulo congruente a seu suplementar
adjacente. Na Figura 24, a seguir, AÔB é um ângulo reto.
Ângulo agudo
Ângulo agudo é um ângulo menor que um ângulo reto. Na
Figura 25, AÔB é um ângulo agudo.
Ângulo obtuso
Ângulo obtuso é um ângulo maior que um ângulo reto. O
ângulo AÔB da Figura 26 é um ângulo obtuso.
Região convexa
Um conjunto de pontos é convexo (ou é uma região con-
vexa) se, e somente se, dois pontos distintos quaisquer A e B de
são extremidades de um segmento AB contido em .
Veja que, na Figura 27, temos uma região convexa, pois
AB :
© U1 - Geometria: Conceitos Básicos 53
Exemplo 1
Determine o valor de x no esquema da Figura 29.
4x-250
Figura 29.
© U1 - Geometria: Conceitos Básicos 55
Exemplo 2
Determine o valor de x no esquema da Figura 30.
Figura 30.
Exemplo 3
Determine o valor de â no esquema da Figura 31.
Figura 31.
Exemplo 4
Se OP é bissetriz de AÔB , determine AÔB na Figura 32, a
seguir.
Figura 32.
Se OP é bissetriz de AÔB , então AÔP PÔB , e podemos
escrever que 3 x 5 2 x 10 x 15 .
Neste caso, se x 15º , podemos escrever que o ângulo
AOP
AOB POB , o que resulta AOB 3 x 5 2 x 10 . Então,
5 x 5 5(15º ) 5º 80º .
AOB
Exemplo 5
Dado um ângulo de medida x, indique:
© U1 - Geometria: Conceitos Básicos 57
Triângulos
Definição: dados três pontos A, B e C não colineares, à reu-
nião dos segmentos AB , AC e BC chama-se triângulo ABC (Fi-
gura 33).
Indicamos: triângulo ABC = ABC e ABC AB AC BC .
Elementos do triângulo:
• vértices: os pontos A, B e C;
• lados: os segmentos AB (de medida c), AC (de medida
b) e BC (de medida a);
Equilátero
É o triângulo que possui três lados e três ângulos congruen-
tes. Todo triângulo equilátero é também um equiângulo, ou seja,
possui três ângulos congruentes e iguais a 60o (Figura 34).
Isósceles
Possui dois lados congruentes e os ângulos da base também
congruentes. Os lados congruentes opõem-se aos ângulos con-
gruentes (Figura 35).
Escaleno
Possui dois quaisquer de seus lados não congruentes, ou
seja, os três lados possuem medidas diferentes (Figura 36).
Congruência de triângulos
Um triângulo é congruente (símbolo ) a outro se, e somen-
te se, for possível estabelecer uma correspondência (Figura 38)
entre seus vértices, de modo que:
• seus lados são ordenadamente congruentes aos lados do
outro. Portanto, AB A´B´ , AC A ' C ' e BC B ' C ' .
• seus ângulos são ordenadamente congruentes aos ângu-
los do outro, ou seja,
A B
A' , B ' e C C' .
Mediana de um triângulo
Mediana de um triângulo é um segmento com extremidades
num vértice e no ponto médio do lado oposto. Então, no triângulo
ABC (Figura 43), se o ponto M é ponto médio do segmento BC ,
temos que BM MC . Logo, o segmento AM é mediana relativa
ao lado BC ou AM é mediana relativa ao vértice A.
© U1 - Geometria: Conceitos Básicos 63
Exemplo 1
Se o triângulo ABC é isósceles de base BC , determine BC ,
sendo AB 3 x 10 , BC 2 x 6 e AC x 4 .
© U1 - Geometria: Conceitos Básicos 65
Exemplo 2
Se o ABC é isósceles de base BC , determine x e y.
Figura 46.
Exemplo 3
Na Figura 47, o triângulo CBA é congruente ao triângulo
CDE. Determine o valor de x e y e a razão entre os perímetros des-
ses triângulos, sabendo que AB 35 , AC 2 x 6 , CE 22 e
DE 3 y 5 .
Figura 47.
Exemplo 4
Na Figura 48, o triângulo PDC é congruente ao triângulo PAB.
Determine o valor de x e y e a razão entre os perímetros dos triân-
gulos PCA e PBD, sabendo que AB 15 , CD x 5 , AP 2 y 17 ,
PD 3 y 2 e PC PB .
Figura 48.
© U1 - Geometria: Conceitos Básicos 67
7. PARALELISMO E PERPENDICULARISMO
Vamos estudar algumas particularidades e conceitos de re-
tas paralelas e perpendiculares.
Paralelismo
Duas retas são paralelas (Figura 49) (símbolo: //) se, e so-
mente se:
• são coincidentes (iguais); ou
• são coplanares e não têm nenhum ponto comum.
Então, (a , b , a b ) a / / b :
Existência da paralela
Se duas retas coplanares distintas e uma transversal deter-
minam ângulos alternos (ou ângulos correspondentes destacados
na Figura 51) congruentes, então essas duas retas são paralelas
(Figura 51).
Ângulo externo
Em todo triângulo, qualquer ângulo externo é igual à soma
dos dois ângulos internos não adjacentes a ele.
Hipótese: ê é ângulo externo adjacente a Ĉ .
Tese: ê A B
Demonstração: por Ĉ conduzimos a reta CD paralela à reta
AB , determinando os ângulos a e b̂ caracterizados na Figura 52.
Então,
AB / / CD aˆ
A (ângulos alternos) e
(ângulos correspondentes).
AB / / CD bˆ B
Somando as duas relações, obtemos:
â bˆ ê
A B A B
180 .
• ê e Ĉ são ângulos suplementares ê C
• Teorema anterior ê Aˆ Bˆ .
• Resulta Aˆ Bˆ Cˆ 180 .
Exemplo 1
No esquema da Figura 55, as retas r e s são paralelas. Deter-
mine o valor de x e y.
© U1 - Geometria: Conceitos Básicos 71
Figura 55.
Exemplo 2
No esquema (Figura 56), as retas r e s são paralelas. Deter-
mine o valor de x e y.
Figura 56.
Exemplo 3
No esquema (Figura 57), as retas r e s são paralelas intercep-
tadas por uma transversal. Determine o valor de x e y.
Figura 57.
Exemplo 4
No esquema (Figura 58), as retas r e s são paralelas intercep-
tadas por uma transversal. Determine o valor de x e y.
Figura 58.
Exemplo 5
A soma dos quatro ângulos agudos formados por duas retas
paralelas cortadas por uma reta transversal é igual a 80°. Determi-
ne o ângulo obtuso.
Neste caso, devemos nos lembrar de que os ângulos agudos
formados por duas retas paralelas cortadas por uma reta transver-
sal são todos congruentes, pois são opostos pelo vértice ou cor-
respondentes. Considerando x o ângulo agudo, podemos escrever:
4 x 80º x 20º , ou seja, cada ângulo agudo possui medida
20º .
Lembrando que o ângulo obtuso y é o suplemento do ângulo
agudo x, escrevemos: x y 180º .
Como o ângulo agudo mede 20º , temos:
20º y 180º y 160º .
Exemplo 6
Na Figura 59, temos os ângulos â e b̂ de lados, respectiva-
mente, paralelos. Sendo aˆ 8 x e bˆ 2 x 30º , determine o su-
plemento de b̂ .
Figura 59.
Perpendicularidade
Retas perpendiculares
Duas retas são perpendiculares (Figura 60) (símbolo ) se,
e somente se, são concorrentes e formam ângulos adjacentes su-
plementares congruentes.
a Pb
Portanto, a b (a b) {P} e a1 Pb , em que a
1 1 2 1
e a2 são semirretas de a, com origem em P; b1 e b2 são semirretas
opostas de b, com origem em P.
Consequências:
• Duas semirretas são perpendiculares se, e somente se,
estão contidas em retas perpendiculares e têm um ponto
comum.
© U1 - Geometria: Conceitos Básicos 75
Retas oblíquas
Se duas retas são concorrentes e não são perpendiculares,
diz-se que estas retas são oblíquas. De outra forma, se r s {P}
e r não é perpendicular a s, então r e s são oblíquas.
Unicidade da perpendicular
• Em um plano, por um ponto P de uma reta r existe uma
única reta s perpendicular a r.
• Por um ponto P fora de uma reta r passa uma única reta s
perpendicular a r.
Altura de um triângulo
Altura de um triângulo é o segmento de reta perpendicular à
reta suporte de um lado do triângulo com extremidades nesta reta
e no vértice oposto ao lado considerado.
• Nas Figuras 61 e 62, H é a intersecção do segmento BC
com o segmento perpendicular AB .
• AH é a altura relativa ao lado BC , ou AH é a altura
relativa ao vértice A e H é dito pé da altura.
A altura de um triângulo retângulo (Figura 61) é o próprio
cateto. No triângulo retângulo ABC, AH é a altura relativa ao lado
BC .
Mediatriz de um segmento
A mediatriz m de um segmento AB (Figura 64) é a reta
perpendicular ao segmento pelo seu ponto médio M. Portanto,
AM MB .
Exemplo 1
Sendo AH a altura relativa ao lado BC do ABC (Figura
eC
71), determine B nos casos:
Figura 71.
Exemplo 2
Determine o valor de x na Figura 72.
Figura 72.
Exemplo 3
No triângulo ABC (Figura 73), AH é altura e AS é bissetriz
relativa ao lado BC do triângulo ABC. Se B 70 e HAS
ˆ 15 ,
determine C .
Figura 73.
8. POLÍGONOS E CIRCUNFERÊNCIA
Estudaremos a seguir algumas importantes propriedades e
conceitos sobre polígonos e circunferência.
Quadriláteros
Sejam A, B, C e D quatro pontos de um mesmo plano, todos
distintos e três não colineares. Se os segmentos AB , BC , CD e
DA interceptam-se apenas nas extremidades, a reunião desses
quatro segmentos é um quadrilátero (Figura 74).
No quadrilátero ABCD AB BC CD DA , AB , BC ,
ABC
CD e DA são lados; A D AB , B ,C
BCD
e D C DA
são ângulos e AC e BD são diagonais do quadrilátero ABCD.
Um quadrilátero possui 2 diagonais e a soma dos ângulos
internos e externos é 360o.
Quadriláteros notáveis
Um quadrilátero plano convexo é trapézio se, e somente se,
possui dois lados paralelos.
Um quadrilátero ABCD é trapézio se, e somente se, AB / / CD
ou AD / / BC , e os lados paralelos são as bases do trapézio. De
acordo com os outros dois lados não paralelos, vemos, na Figura
75, os diversos tipos de trapézios:
© U1 - Geometria: Conceitos Básicos 83
Polígonos
Dada uma sequência de pontos de um plano ( A1 , A2 , ...., An ),
com n 3 , todos distintos, em que três pontos consecutivos não são
colineares, considerando-se consecutivos An 1 , An e A1 , assim como
An , A1 e A2 , chama-se polígono à reunião dos segmentos A1 A2 , A2 A3
,....., An 1 An , An A1 .
Na Figura 80, vemos exemplo de um polígono ABCDE:
Elementos
No polígono da Figura 80, os pontos A, B, C, D, E são vérti-
ces do polígono, e os segmentos AB, BC , CD, DE , EA são lados
ˆ , BCD
do polígono. Então, são ângulos do polígono: ABC ˆ , CDE
ˆ ,
, EAB
DEA ˆ .
Polígono regular
Um polígono que possui os lados congruentes é equilátero.
Se possuir os ângulos congruentes, é equiângulo. Um polígono é
regular se, e somente se, possui todos os lados congruentes e to-
dos os ângulos congruentes.
O número de diagonais de um polígono de n lados n 3
n (n 3)
é dado por: d , em que d é o número de diagonais do
2
polígono e n é o número de lados do polígono.
A soma dos ângulos internos de um polígono convexo de n
lados n 3 é dada por: Si (n 2) 180 .
A soma dos ângulos externos de um polígono convexo é:
Se 360 .
Os ângulos internos de um polígono regular são congruentes
(n 2) 180
e têm medida: ai .
n
© U1 - Geometria: Conceitos Básicos 89
Exemplo 1
Calcule as medidas de um ângulo interno e de um ângulo
externo dos polígonos regulares:
• Pentágono:
É um polígono de 5 lados. Portanto, o ângulo interno é
(n 2) 180 (5 2) 180
dado por: ai 108º .
n 5
A medida do ângulo externo é dada por
360 360
ae 72º .
n 5
• Dodecágono:
É um polígono de 12 lados. A medida do ângulo interno é:
(n 2) 180 (12 2) 180
ai 150º .
n 12
360 360
A medida do ângulo externo é: ae 30º .
n 12
Exemplo 2
O polígono ABCDE (Figura 83) é um pentágono regular ins-
crito em uma circunferência de centro O. Determine a medida, em
graus, do ângulo C
AD .
Figura 83.
• Icoságono:
É um polígono de 20 lados. Então, o ângulo interno é:
(n 2) 180 (20 2) 180
ai 162º .
n 20
360 360
A medida do ângulo externo é: ae 18º .
n 20
n(n 3) 20(20 3)
O número de diagonais é: d 170 .
2 2
Circunferência
Circunferência é um conjunto dos pontos de um plano cuja
distância a um ponto dado desse plano é igual a uma distância
(não nula) dada. O ponto dado é o centro e a distância dada é o
raio da circunferência.
Dado um plano , um ponto O de e uma distância r,
(O, r ) {P d P ,O r} , em que (O, r ) representa a circunfe-
rência de centro O e raio r.
Na Figura 84, os segmentos AB, CD, OP representam, res-
pectivamente, corda, diâmetro e raio da circunferência.
Círculo
Círculo é um conjunto dos pontos de um plano cuja distância
a um ponto dado desse plano é menor ou igual a uma distância
(não nula) dada.
Dados um plano , um ponto O de e uma dis-
tância r, o círculo de centro O e raio r é representado por:
c(O, r ) {P d P ,O r} .
O círculo (Figura 85) é a reunião da circunferência com seu interior.
Secante
Uma reta s secante (Figura 86) a uma circunferência é uma
reta que intercepta a circunferência ( ) em dois pontos dis-
tintos. A reta e a circunferência são secantes se, e somente se,
s { A, B} .
© U1 - Geometria: Conceitos Básicos 93
Figura 86 Circunferência .
Tangente
Uma reta tangente a uma circunferência (Figura 88) é uma
reta que intercepta a circunferência em um único ponto. O ponto
comum entre a reta e a circunferência é denominado ponto de
tangência.
Na Figura 88, vemos t {T } .
Propriedade da tangente
Toda reta perpendicular a um raio na sua extremidade da
circunferência é tangente à circunferência e toda tangente a uma
circunferência é perpendicular ao raio no ponto de tangência.
Posições
Considere uma reta s, uma circunferência (O, r ) e d a
(d dO , s )
distância do centro O à reta s . Há três possibilidades
para s e :
d r : s { A, B} , isto é, s e são secantes.
d r : s {T } , isto é, s e são tangentes.
d r : s , isto é, s e são externas ou não se
interceptam.
Ângulos na circunferência
Ângulo central relativo a uma circunferência é o ângulo que
tem o vértice no centro da circunferência (Figura 96). Se em uma
circunferência de centro O um ângulo central determina um arco
AB (ou AB ), podemos afirmar que:
•
AB é o arco correspondente ao ângulo central AÔB.
•
AB é arco subentendido por AÔB.
• A medida de um arco de circunferência é igual à medida
do ângulo central correspondente.
Exemplo 1
Considere duas circunferências de raios r 4 cm e R 6 cm
(Figura 99), com centros distantes 12 cm . Calcule o raio da menor
circunferência tangente externamente às duas circunferências da-
das e faça um esboço (desenho).
Para resolver este problema, devemos considerar que se a
distância entre os centros das circunferências é 12 cm e se a soma
dos raios das duas circunferências resulta 10 cm, deduz-se que estas
circunferências são externas entre si e, portanto, sobram dois centí-
metros entre elas. Podemos, então, construir uma circunferência de
raio 1 cm que seja tangente as outras duas circunferências.
Figura 99.
Exemplo 2
Determine a medida do ângulo x nas Figuras 100 e 101, con-
siderando O como centro da circunferência.
Na Figura 100, o ângulo BÔC é central e corresponde ao ân-
gulo inscrito BÂC. Portanto, BÂC é metade de BÔC:
ˆ
BOC 121º
BAC x
ˆ 60,5º
2 2
© U1 - Geometria: Conceitos Básicos 101
Figura 100.
Figura 101.
Exemplo 3
Calcule x nas Figuras 102 e 103, sendo O centro da circunfe-
rência.
Na Figura 102, o triângulo BOC é isósceles e, portanto, a
soma dos ângulos internos é igual a 180°. Assim, os ângulos CBO e
BCO são congruentes de medida 42°.
Portanto, obtemos: 180 42 42 BÔC BÔC 96 .
Figura 102.
Figura 103.
9. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Sugerimos que você procure responder, discutir e comentar
as questões a seguir que tratam da temática desenvolvida nesta
unidade, ou seja, dos conceitos básicos de Geometria.
© U1 - Geometria: Conceitos Básicos 103
2 x 10
6) Se o ABC é isósceles de base BC , determine x, sabendo que B
eC 30 .
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
© U1 - Geometria: Conceitos Básicos 105
4) 120o.
5) x 10 e y 50 .
o o
6) 20.
7) 10 e 10.
9) O raio é 3 cm.
10) 92o.
10. CONSIDERAÇÕES
Com o estudo desta unidade, você teve a oportunidade de
revisar conceitos e conteúdos relacionados às noções e às proposi-
ções primitivas, segmento, ângulo, triângulo, paralelismo, perpen-
dicularismo, polígonos e circunferência.
Na Unidade 2, estudaremos os conceitos matemáticos re-
ferentes aos conteúdos do Teorema de Tales, da semelhança de
triângulos, triângulos retângulos, polígonos regulares, além da
equivalência plana, figuras equivalentes, áreas de superfícies pla-
nas, áreas de polígonos, área do círculo e razão entre áreas.
11. EͳREFERÊNCIAS
NOÉ, M. Geometria plana. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/matematica/
geometria-plana.htm>. Acesso em: 19 set. 2013a.
______. Paralelismo. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/matematica/
paralelismo-1.htm>. Acesso em: 19 set. 2013b.