Você está na página 1de 97

SISTEMA

FILATÉLICO
NACIONAL
Análise crítica de sua necessidade.

Oswaldo Parreiras
06/2009
oswaldo.parreiras@predialnet.com.br
P – Prólogo

O selo tem sido utilizado para ilustrar textos.


textos Neste
trabalho ressaltaremos o uso dos selos para nos orientar
na escolha dos textos.
Ao custo de 4 euros e oitenta centavos (em torno de 14
reais)) a Espanha emitiu, no ano 2.000, 24 selos que
contam a história de 1 milhão de anos daquele país, cuja
contribuição à formação do patrimônio cultural brasileiro
é matéria a ser protegida pelo Estado (Constituição,
art.215, §1°). São os seguintes os temas enfocados:
1. O Homem de Atapuerca (sitio arqueológico próximo a
Granada) onde foram encontrados vestígios de
humanóides em 800.000
800 000 anos a.C
aC
2. Pinturas de Altamira (Santander) cultura pictórica em
12.000 anos a.C.
3. Chegada dos Fenícios (1.100 anos a.C.)
4. Tartessos (proximidades da Gibraltar) – 800 anos a.C.
5. Iberos e Celtas (500 anos a.C.)
6. Dama de Elche (480 anos a.C.)
7. Cartagineses (231 a.C.) derrotados em 206 pelos
romanos – Aníbal.
8. Romanos (a partir de 147 a.C.) falar em Mérida.
9. Viriato (147 a.C.)
10. Numância (133 a.C.) bacia do Rio Duero (res. De 153
a 133 a.C.)
11. Segóvia – aqueduto (ano 50 E.C.) – melhoramentos,
objetivos.
12 Invasões
12. I õ bá b
bárbaras (S
(Suevos, Vâ d l
Vândalos e Álanos)
Ál ) –
409 E.C.
13. Conquista pelos visigodos (415 E.C.).
14. Conversão de seu rei Recaredo à fé cristã, 589 E.C.
15. Domínio árabe (711-1492 E.C.).
16. Rei Pelayo (Astúrias, do Cantábrico, da França à
Galícia) 722 E.C.
17. Caminho de Santiago – 818 EC
18. Diluição do califado de Córdoba em Taifas.
19. Surgimento de “El Cid” (Rodrigo Diaz Del Vivar) em
1.099 da E.C.
20 Las
20. L Navas
N d Tolosa
de T l (1212 da
d E.C.).
EC)
21/22. Governos de Alfonso X (1252 E.C.) e da dinastia
Trastámara (1369 E.C.).
23. A Inquisição Espanhola (1478 E.C.) e
24. Reinado de Isabel e Fernando (1479 E.C.) –
descobrimentos 7%.
• 01 – Perfil do colecionador

O presente perfil do filatelista americano foi feito


por amostragem e não se destina a fixar
parâmetros para a filatelia brasileira, mesmo
porque as disparidades, em números, das
economias
i ded ambos
b os países
í são
ã extremamente
t t
heterogêneas. Mas, reportando-se a meados da
década de 90 dos anos 1900, em que a população
dos E.U.A. era de 257.800.000 habitantes,
registrava-se a existência de 6.830.000 filatelistas,
que correspondiam a 0,027% do primeiro total.
Assinale-se que as emissões anuais (em torno de
90), eram de 3.780.945.000 selos e blocos,
representando 14,67 unidades por habitante e
553,57 por filatelista. Ocioso afirmar-se que a
filatelia americana raciocinava em termos de
mercado
d mundial
di l e não
ã apenas nacional.
i l Os
O selos
l
temáticos tinham tiragens em torno de 32 milhões,
as grandes séries de 11 milhões por selo e os
natalinos de 500 milhões. A estrela do ano de 1992
foi o selo do “dia dos namorados”, com tiragem de
805 milhões de unidades.
• 02 – A Razão de ser do Selo

No ano anterior ao surgimento do primeiro selo


(1839) circularam na Inglaterra 76 milhões de
correspondências. Em 1840 (o selo foi lançado em
maio) esse número havia subido para 169 milhões.
Dez anos após (1850), esse total havia ascendido a
347 milhões. De 11 de abril de 1840 a 3 de fevereiro
de 1841, foram emitidos 68 milhões de selos.
• 03 – Folhas do primeiro selo

O primeiro selo emitido (na realidade foram dois,


um de um penny e outro de dois pences) o foi em
folhas com 240 selos, 12 na horizontal e 20 na
vertical, com duas letras diferentes na quina
inferior de cada selo (de AA até TL).
• 04 – Detalhes do primeiro selo

Podemos constatar q
que cada p
primeira letra de A à T
da primeira coluna vertical à esquerda, era, na
quina oposta, associada à série de A à L sendo a
ultima coluna da direita formada pelas
combinações
bi õ AL à TL,
TL resultando,
lt d em 1840,
1840 480
selos diferentes para serem colecionados.
• 05 – Catalogação do primeiro selo

Passados 160 anos do surgimento do 1º selo,


parece não haver uma consciência de suas
características, mesmo no Reino Unido (Inglaterra).
Em algumas emissões comemorativas da primeira
emissão (da própria Inglaterra, da União Soviética e
de Santa Helena), aparecem combinações de SW,
TP, AP e VK, que mostram a fragilidade da direção
da filatelia em todo o mundo.
• 06 – Variações dos primeiros selos

As primeiras emissões sofriam variações em cada


nova tiragem, uma vez esgotadas as emissões
anteriores. Algumas possuíam picotagem, outras
não. Eram usadas novas cores nas suas
i
impressões.
õ A 2 letras
As l t d
das quinas
i i f i
inferiores
passaram a ser 4, em todas as quinas. Também
variavam as linhas d’água dos papéis usados em
suas impressões.
• 07 – Os pioneiros

As nove primeiras emissões mundiais compreendem


15 selos, alguns muito valorizados, outros não.
Vejamos:

Ordem Denominação
ç Data País R$ 06/2009
1A Penny Black 01/05/1840 GB 15.000,00

1B Two pences 01/05/1840 GB 33.000,00


2A 4 Zurich 01/03/1843 Suíça 51.000,00
2B 6 Zurich 01/03/1843
/ / S í
Suíça 5.100,00
3A 30 Olho de Boi 01/08/1843 Brasil 7.500,00
3B 60 Olho de Boi 01/08/1843 Brasil 2.250,00
3C 90 Olho de Boi 01/08/1843 Brasil 13.500,00
4 2x5 Genebra 30/09/1943 Suíça 165.000,00
5 2,5 Basiléia 01/07/1845 Suíça 36.000,00
6 Mc Leod 24/04/1847 Trindade 105.000,00
7A 5E
E.Unidos
Unidos 01/07/1847 E Unidos
E. 18 000 00
18.000,00
7B 10 E. Unidos 01/07/1847 E. Unidos 82.500,00

8 2p Maurícias 21/09/1847 Maurícias 3.000.000,00


9 Hamilton 01/08/1848 Bermudas 750.000,00
Total 4.283.850,00
• 08 – Carimbagem

A inutilização dos selos apostos no envio de


mensagens ou outros implementos, originariamente
feita com rubrica do agente postal do local de
remessa, seguiu-se a feita por carimbos simples,
comemorativos ou simples. Nas coleções
competitivas, valorizava-se a carimbagem com
carimbos completos, com referência ao local da
remessa e a data da ocorrência, como se vê neste
selo da Suíça. Carimbos parciais, de cantos de
páginas, ilegíveis ou borrados, ou, ainda, as ondas
ou bandeletas que acompanhavam os carimbos
eram depreciativos de uma coleção.
coleção Durante muito
tempo, utilizaram-se carimbos sobre fragmentos,
onde se preservava a beleza do selo, ao mesmo
tempo em que se assegurava a beleza do carimbo.
O uso do carimbo completo sempre dificultou a
obtenção de uma boa peça, principalmente quando
eles saiam borrados, nas aplicações em papel
brilhante (Couchê).
• 09 – Picotagem

Um dos elementos diferenciadores da emissão de


um mesmo selo era a existência ou não de
picotagens em uma ou mais (inclusive todas) as
suas laterais. De acordo com o tipo de picotagens,
variava-se a cotação de um selo, igual ao de todos
de uma emissão, mas com picotagem diferente do
lançamento padrão. Algumas emissões revelavam-
se insuficientes e logo eram seguidas por uma
outra, com tiragem maior, as duas diferenciadas
pela picotagem. A tiragem menor, era mais rara,
por isso mais valiosa. Também ocorriam emissões
com picotagens em apenas 1,
1 2 ou três de suas
laterais. Usa-se uma cartelinha, chamada
odontômetro, para identificação das picotagens
dos selos.
• 10 – Filigranagem

Outro fator de diferenciação das emissões era a


filigranagem ou linha d’água do papel em que eram
impressos, visíveis contra a luz ou quando
embebidos em benzina. Funcionavam como as
picotagens. Ocorriam selos sem filigranas, ou
impressos em papel com outra filigrana. Quando
se achava um selo diferente,
diferente a raridade,
raridade o valor e a
pontuação numa coleção, aumentavam
extraordinariamente.
• 11 – Mudanças no tempo
No seu começo, a filatelia consistia em se tirar os
selos usados das correspondências (com uma
pequena margem da carta de onde eram tirados),
mergulhando-os em água limpa para soltá-lo do
papel e para limpá-los dos resíduos de goma
fazendo-os secar, em seguida. O passo seguinte
era imergi-los em benzina, afixando-os, após, nas
folhas da coleção em papéis gomados em uma de
suas faces,
faces denominados “charneiras”
charneiras . Nos dias de
hoje, os selos, com ou sem goma são colocados
numa tira de plástico (ou celulóide), negra, cinza ou
colorida (às vezes brancas transparentes ou
opacas), presas pela base à outra tira transparente.
As tiras são recortadas ao redor dos selos,
individualizando-os, podendo caber, numa mesma
tira, uma quantidade variável de selos (2,3,4,5,6
etc.). Preferencialmente, deve-se colocar em seu
verso (preto, que coincide com o verso do selo),
uma etiqueta gomada, e o conjunto assim obtido é,
por sua vez,
vez colocado no álbum,
álbum ou em livros
especiais, com sacolas transparentes, chamados
classificadores. Tais tiras, especiais para a filatelia,
chamam-se “Hawid”.
• 12 – Pioneiros da Temática

Em fins do Século XIX além das emissões usuais


até então (efígies, brasões, números etc.), foram
emitidos selos que tratavam de determinado
acontecimento histórico ou da realização de evento
relevante.
e e a te As
spprincipais
c pa s de
delas
as foram
o a as sé
séries:
es 1 –
de 1892, com 16 selos, dos Estados Unidos,
comemorando o quarto centenário do
descobrimento da América, Por Cristóvão
Colombo 2 - de 1896,
Colombo; 1896 com 12 selos,
selos da Grécia,
Grécia
registrando a realização em Atenas, sua capital,
dos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna.
Tais selos foram usados livremente em sua
destinação original (pagamento de postagem), mas,
também, um número expressivo deles foi
guardado, sem obliteração, como lembrança de um
fato relevante, sendo tais selos chamados, com o
correr dos tempos de “temáticos”, por tratarem de
um “tema ou acontecimento”. Em 1965 quando os
selos postais comuns perderam o seu grande
significado,
i ifi d o desenvolvimento
d l i t do
d colecionismo
l i i d
de
selos temáticos assegurou, não só a sua
sobrevivência, como o seu significativo progresso.
• 13 – Quando errar dá lucro

Alguns
g selos se notabilizaram,, alcançando
ç
extraordinária cotação, por terem gerado erros ou
por apresentarem tais erros. Vejamos:
1. O selo de 2 reais da Espanha, de 1851, vermelho,
alcançou
l a extraordinária
t di á i cotação
t ã ded 55 mil
il e
quinhentos reais (Euro a 3 reais), porque deles
foram emitidos exemplares na cor verde (apenas
carimbados), a variedade estando cotada a 420.000
reais.
2. O selos de 24 cents, aéreo dos E.Unidos, com o
centro invertido tem a cotação de 480 mil reais. Um
exemplar usado
usado, encontrado recentemente
recentemente,
alcançou a cotação de 2 milhões de reais (dólar a
dois reais).
3. O selo de 2 cents de 1901, dos E.Unidos, está
cotado, novo, em 150 mil reais. Tais selos
dificilmente são expostos por exigirem um aparato
de segurança dos mais sofisticados.
• 14 – Antevisão

Esta série da então colônia portuguesa de Angola


(1953) vale apenas 150 reais, e possui inestimável
valor histórico, por antever a linha de beleza que
caracterizaria as emissões dos selos temáticos de
fauna na virada dos anos 60.
• 15 - Para guardar no cofre

Alguns selos alcançaram expressivo valor ao longo


dos tempos e tornaram-se mais investimentos (de
imediata liquidez, assinale-se) do que filatelia.
Vejamos alguns exemplos:
1 – Da França (parte superior à esquerda) a dupla
invertida de 1 franco (República), cotada a 600.000
reais: logo abaixo os selos de 20 cents, também em
dupla invertida,
invertida cotada em 180.000
180 000 reais; à direita
os selos republicanos de 20 cents (idem, idem)
com o valor de 810.000 reais. O pequeno quadrado
negro vale um milhão, seiscentos e oitenta mil
reais;
2 – O selo sextavado do centro da página o famoso
“magenta” (por causa de sua cor), emitido pela
Guiana Britânica,, não tem cotação
ç ((há um único
exemplar conhecido e vale quanto puderem pagar
por ele – ignora-se quem seja o seu atual
proprietário);
3 – O selo de 2 cents do hawai (dos “missionários”
tem a cotação de três milhões de reais;
4 – O “Post
Post Office
Office” avermelhado, das Maurícias,
está cotado em quatro milhões e quinhentos mil
reais;
5 – O selo de jornais da Áustria, famoso por ter
aparecido no filme “Charada” é baratinho, custa
apenas 180.000 reais;
6 – Finalmente, o selo “Post Paid” azul da
Maurícias custa três milhões de reais.
• 16 – O Universo Filatélico

A estrutura filatélica mundial é a mais completa


p que
q
se poderia desejar, para uma atividade, hoje
considerada um instrumento inestimável de
direcionamento da educação e cultura. Seu
comércio é o seu instrumento mais efetivo de
difusão, e, apenas na França, são 1.500 grandes
firmas filatélicas de grande porte. (No Brasil,
estima-se que eles sejam apenas 80). Os clubes
filatélicos são locais de encontros, trocas e
comercialização de peças, palestras e consultas a
catálogos atualizados de todo o mundo (No Brasil,
o mais tradicional dentre eles é o Clube Filatélico
do Brasil, no Rio de Janeiro, que já teve mais de
850 associados, mas que, hoje, registra apenas
300). Tais clubes estão divididos em duas
entidades diretoras
diretoras, uma delas reconhecida
internacionalmente. As exposições são
internacionais, nacionais, regionais, estaduais e
locais e nelas, com base numa regulamentação
internacional, são premiadas as coleções que
melhor se apresentarem.
A área de identificação, catalogação dos selos e
peças (com seus valores atualizados) é o melhor
suporte
p que
q poderia
p se desejar.
j Existem
atualizações mensais, anuais, periódicas,
mundiais, continentais e locais, além de catálogos
especiais de temas. Em alguns paises, como
Estados Unidos e Canadá,
Canadá os catálogos nacionais
são emitidos pelo próprio serviço dos correios. O
Brasil possui o excelente catálogo nacional de
emissão da RHM. Para aumentar sua tiragem e
torná-lo mais abrangente, os Correios brasileiros
poderiam torná-lo bi ou multilíngüe, através de
parceria para iniciar a sua penetração no mercado
g
estrangeiro.
• 17 – Implementos Filatélicos

Não só de selos vive a filatelia.


filatelia Ela pede folhas
avulsas e álbuns, onde selos, depois da
“Hawidados”, são fixados. Existem livros de
grandes e pequenas dimensões onde os selos são
guardados, organizadamente, em tiras horizontais
transparentes. E mais: lupas, pinças especiais,
cantoneiras e parafusos avulsos para prender
folhas em capas.
p
• 18 – Os Envelopes de Primeiro Dia

Junto com cada selo emitido é lançado um


envelope artístico, com carimbo de primeiro dia
aposto no selo, quase sempre de confecção dos
serviços postais, mas, em alguns países, por
associações especializadas, com ou sem parceria
do Governo. O ideal é que os envelopes tenham
dimensões que os acomode,
acomode facilmente,
facilmente numa
página A-4. As medidas ideais seriam de 16,5 cm x
10 cm. O modelo brasileiro, durante anos, foi de 19
cm x10cm.
• 19 – Blocos e Painéis

Uma das inovações mais relevantes da filatelia foi a


emissão de blocos e painéis. Os primeiros cercam
o(s) selo(s) e complementam e/ou ampliam o visual
dos próprios selos. Já os painéis formam um
quadro integrado formado por todos os selos que
os compõem. Como têm dimensões pouco
adequadas
q para p
p postagem
g de correspondências,
p ,
são para produzir receitas (sem contraprestação de
serviços) nas organizações postais.
• 20 – Blocos (2)

Alguns blocos, de utilização recomendada em


folhas de álbuns ou para figurar em mostras, fazem
um conjunto integrado de vários selos (no caso, 12
selos 10 dos quais sobre os Mandamentos da Lei
selos,
de Deus – Lesotho) que, só mesmo uma pessoa
totalmente insensível iria desmanchar para postar
correspondências.
• 21 – Blocos-cartelas

Alg mas administrações – a americana,


Algumas americana neste caso
– emitem cartelas com uma quantidade de selos
(entre 10 e 25) ao lado da reprodução, em tamanho
maior, do tema do selo utilizado. Normalmente
quem as compra, guarda-as intactas.
• 22 – Editais

Os Editais, exceto quando distribuídos apenas com


a reprodução do selo e não com o próprio selo com
o carimbo de lançamento
lançamento. São distribuídos
graciosamente. São as certidões dos nascimentos
dos selos, com os históricos de seus motivos ou
temas e com os dados tipográficos que lhes dizem
respeito, como tiragens, dimensões, picotagem,
autoria, quantitativos, papel e impressão utilizados
e outros dados pertinentes. São um excelente
material para o uso didático do selo, e mesmo para
consultas sobre o assunto abordado.
• 23 – Máximos postais

São cartões impressos e selados na face (ao


contrário dos cartões postais, que o são no verso),
com disciplina internacional sobre dimensões,
carimbagem, motivos (coerência do cartão com o
selo e o carimbo). Podem ser utilizados em
coleções autônomas (só de máximos postais), ou
para enriquecer uma coleção comum. Ganharam
autonomia total como componente filatélico em
1988 em Essen (Alemanha). Em 1988, só na França,
existiam
i ti quase 3.000
3 000 associações
i õ especializadas
i li d
em máximafilia.
• 24 – Máximos (2)

Um mesmo selo pode ser utilizado em vários


máximos sobre o assunto. No caso, vários lances
de uma partida,
partida várias equipes,
equipes e visual da efígie de
atletas diversos, desde que compatíveis com os
selos utilizados (No caso a equipe de Cuba nos
Jogos Olímpicos de Montreal). Num selo das
“Conquistas do Voleibol do país tal”, podem ser
utilizados lances, equipes e atletas de várias
épocas.
• 25 – Os cartões máximos postais

A emissão de cartões postais (para que tenham


mercado internacional) tem que estar atentos para
algumas (e são muitas) regras básicas. Vejamos
algumas:
1. O cartão pode ser igual ao selo quando se tratar
de obra de arte (pintura, escultura, arquitetura,
etc...); 2. Não podem ser utilizados selos que não
sejam
j comemorativos ((são excluídos os correntes,,
de taxas, de encomendas, telégrafos etc...);
3. Selo e cartão não podem ser rigorosamente
idênticos;
4. Tem que ser utilizada, pelo menos 75% da área
impressa;
5. Lindo, mas condenado, por ser igualzinho ao
selo;
6. Um exemplo perfeito de adequação do cartão ao
selo.
• 26 – Ilustração e direcionamento

Os selos se aprestam a ilustrar um trabalho escrito,


ou que, transposto para “slides”, valorizem as
palestras. O que poucos sabem é a dinâmica de
orientação de um trabalho a partir da utilização dos
selos existentes sobre o assunto.
assunto Exemplificando
utilizamos o tema II Guerra Mundial. As Ilhas
Marshall emitiram 170 selos sobre o conflito em
ordem cronológica entre 1989 e 1995 (Yvert
243/591), os Estados Unidos 5 blocos e 50 selos, e
a Alemanha nazista 2 séries. A bibliografia
existente é precária e o material de “internet”
numeroso, mal escrito, mal traduzido, cansativo e
tendencioso. Uma coleção a partir dos selos
começa com o selo sobre o “fato”, e o filatelista
escolhe a sua linha de raciocínio.
• 27 – Apoio escolar

Países como Estados Unidos, França, Austrália e


Israel subsidiam de forma eficiente o seu mundo
escolar. Os americanos possuem, padronizadas, as
efígies de seus presidentes, as bandeiras,
pássaros, faunas, flores, flora, centenários de
todos os seus Estados,, além de seus
acontecimentos épicos, como a Guerra da
Secessão e os essenciais de todas as décadas do
Século XX.
• 28 – Apoio escolar – 2

No Brasil,
Brasil não se atingiu,
atingiu ainda,
ainda uma visão do
assunto. Trinta e oito pessoas presidiram o Brasil
desde o advento da República em 1889. Não temos
selos de Francisco de Assis Rosa e Silva, Delfim
Moreira, Francisco Álvaro
Á Bueno Pereira, da junta
militar composta por Almir José Isaias de Noronha,
Augusto Tasso Fragoso e João Mena Barreto, de
José Linhares, João Café Filho, Carlos Coimbra da
Luz, Nereu de Oliveira Ramos, Jânio Quadros, João
Goulart, Ranieri Mazzilli, Artur da Costa e Silva,
Garrastazu Médici, da junta militar formada por
Augusto Rademarker,
Rademarker Márcio de Souza e Melo e
Aurélio Lima Tavares. Foram ignorados todos que
ocuparam a presidência na ausência dos titulares.
• 29 – Escolha do selo na Alemanha

Os temas dos selos da Alemanha são escolhidos,


por seleção, entre artistas e ilustradores (entre 9 e
12 deles), e uma comissão composta por
especialistas, escolhe, dentre eles, o vencedor,
considerando, entre outras coisas, a adequação
aos meios de impressão. E para que haja
transparência nas escolhas, o resultado, com todas
as propostas apresentadas, é impresso e colocado
à disposição dos filatelistas.
• 30 – Preferência Pública

O selo em homenagem ao cantor americano,


lançado em 8 de janeiro de 1983, foi um pedido do
público
úbli americano,
i a partir
ti de
d sua morte
t em 1977,
1977
através de mais de 60.000 cartas. Foram enviadas
mais de 40 projetos, sendo selecionados 2
projetos, seguindo-lhe uma consulta pública com
851.200 votos para o modelo afinal escolhido e
277.723 para o seguinte. Foram vendidos 500
milhões de selos.
• 31 – Senso de oportunidade

Para que receitas especiais (às vezes)


significativas ocorram, é preciso que a estrutura do
organismo emissor seja capaz de emitir selos
sobre eventos significativos em curtíssimo prazo,
com os seus próprios
ó recursos e sem entraves
burocráticos. A Argentina, quando campeã mundial
de 1986, emitiu uma quantidade imensa
(desconhecida) de peças alusivas ao título
conquistado a baixo preço, o que lhe assegurou
uma vendagem histórica. Quando do ataque
terrorista às torres gêmeas de Nova York, os
Estados Unidos lançaram,
lançaram de uma só tacada,
tacada SETE
BILHÕES DE SELOS, e há quem assevere que eles
foram vendidos, para todo o mundo, em menos de
48 horas.
• 32 – Oportunismo

Nos 18 campeonatos mundiais até hoje realizados,


com exceção da Argentina, ninguém publicou a
imagem das equipes vencedoras.
vencedoras Mas,
Mas pequenas e
inexpressivas (filatelicamente falando) ganharam
rios de dinheiro, fazendo-o. Existem outros países
que embarcaram nessa “mina”, mas na
demonstração atual, temos: Angola (1930 e 1938),
Butão (1934, 1954, 1962 e 1978), Gâmbia (1950,
1970 e 1990), Azerbaijão (1966 e 1986), Maldivas
(1958 e 1994), Grenada (1974, 1982 e 1998), mais as
de 2002(Mali) e 2006(Congo).
• 33 – Legendas do Beisebol

Os Estados Unidos,
Unidos cuja filatelia tem sido,
sido em
períodos alternados, inteligentemente bem dirigida,
procura oferecer selos atualizados e que
correspondem aos gostos populares. Excluídas as
pessoas vivas, focaliza 20 de seus principais astros
de beisebol, o mais difundido esporte nacional.
• 34 – O Esporte favorito dos brasileiros

Já o primo-pobre (Brasil), tirando 3 selos de 1970,


prefere deixar que os países mais pobres que ele
lucrem com a mercadoria altamente vendável dos
seus grandes astros de futebol. Focalizam: o Niger
(Pelé, Amarildo, Dunga e Jairzinho); a Guiné Bissau
(Aldair, Rivaldo, Giovanni e Rivelino);
A Serra Leoa (Romário); o Quirguistão (Ronaldinho
Gaúcho); o Zâmbia (Bebeto); a Maldivas (Ronaldo
Fenômeno); Ajman (Garrincha) e a Centroafrica
(
(Sócrates);
);
• 35 – Temáticas

É infindável o número de temas colecionáveis,


mundialmente: temos as flores e a fauna em todas
as suas variantes, com catálogos internacionais
especializados; a música clássica (operística e
orquestral) e popular; jogos olímpicos
olímpicos, pan-
americanos, campeonatos mundiais, ferrovias,
navegação, aviões, escotismo, Prêmio Nobel,
militarismo, besteirol, etc...
• 36 – Temática esportiva

Porque na França se proíbe selos sobre pessoas


vivas, muitos países, inclusive o Brasil seguem a
França. Alguns países contornam a proibição, com
figuras e medalhas,
medalhas quando seus atletas e equipes
venceram. No Brasil, tal artifício seria falsidade
ideológica (artigo 299 do Código Penal). No Brasil
não existe lei que regule a filatelia. Ela é objeto de
um Decreto e duas Portarias, que não são os
instrumentos adequados para tal regulamentação
(Constituição, art.5°, Inciso II). Por outro lado, é
proibida a reprodução
p p ç da imagem
g ou da voz
humana, inclusive nas atividades esportivas. O art.
20 do Código Civil Brasileiro, mantém a proibição.
Os direitos do focalizado duram 70 anos (art. 41)
para o focalizado e mais 70 para seus sucessores
(art.44), ambos da Lei Federal 9.610 de 19 de
fevereiro de 1998. Trocados em miúdos: selos do
Kaká no Brasil, daqui a 140 anos. Tal proibição é
contornada com autorização escrita e, para
eliminar todas as possibilidades de conflitos, todos
os acordos devendo prever que se desse ao
focalizado 5% do total obtido com a venda da peça.
peça
Albert Speer, ministro do Armamento do III Reich,
registra que Adolf Hitler recebia um percentual dos
selos vendidos com a sua imagem.
• 37 – A natureza miniaturizada

O maior e mais valorizado segmento da filatelia é o


de fauna: mamíferos, insetos (borboletas,
principalmente), aves, peixes, animais pré-
históricos espécies em extinção,
históricos, extinção etc.
etc Cada um
deles fracionando-se, como, por exemplo, os
mamíferos, em que se colecionam, isoladamente,
os canídeos, cervídeos, felídeos, eqüinos,
domésticos etc. Quase todos esses segmentos e
sub-segmentos possuem catálogos especializados
mostrando todos os selos, de todos os países, de
p , de cada uma das divisões e seus
todos os tempos,
desdobramentos.
• 38 – Memória do selo

Diante da impossibilidade de uma grande massa de

filatelistas de colecionarem selos dos quais existem


poucos remanescentes, ou que esses últimos
possuam valor aquisitivo ao alcance de algumas
dezenas de adquirentes, a filatelia vem
reproduzindo nos dias de hoje, como memória do
passado,
d um segmento
t d
do “ l
“selo-que-trata-dos-
t t d
selos” ou, simplificando, de “selo-sobre-selo”, em
que se pode adquirir, nos dias de hoje, reproduções
dos selos caros e raros. Exemplificando:
Selo -
Valor em
Item Selo caro ou raro País sobre
reais
- selo
1 Penny Black G. Bert. 15.000,00 0,75
2 Two pences G. Bret. 33.000,00 0,90
3 Magenta Guyana Brit. ???? 0,45
4 Missionário 2 c Hawai 3.000.000,00 0,90
5 Mc Leod T. Tobago 105.000,00 2,70
6 Post Office 1p Maurícias 4.500.000,00 3,00 *nc
7 Olhos de Boi Brasil 23 250 00
23.250,00 22 50
22,50
8 Post Office 2p Maurícias 3.000.000,00 3,00
9 Duplo Genebra Suíça 165.000,00 4,80
10 Cisne negro Austrália 12.000,00 1,50
• 39 – Besteirol esportivo

Aos erros, equívocos, e tudo mais que distorça


uma realidade ou regra filatélica, convencionou-se
chamar “erros filatélicos” ou “besteirol”. Sobre o
assunto, temos uma obra com 735 páginas,
bilíngüe (Inglês e Francês), da dupla Jean-Pierre e
Marie Alyette Mangin, editada pela Yvert & Tellier.
Deve ter mais de 12.000 selos errados e recebe o
nome de
d “des
“d Ti b
Timbres E
Erronés”.
é ” Tem
T um defeito:
d f it
só é errado o que é errado sob a ótica francesa, e
se restringe ao aspecto selo, sem levar em conta
outros valores. Assim, considera errada a série
francesa sobre os “VIII Jogos Olímpicos”, porque a
Olimpíada de 1916 não foi realizada, ficando, pois,
apenas 7 olimpíadas até 1924. Contudo, o COI não
excluiu a numeração das Olimpíadas não
realizadas (1916, 1940 e 1944) e a série francesa
não está errada. Vejamos os besteiróis desta
página:
1. No máximo, o cartão está igual ao selo;

2. Pelé fez o seu milésimo gol com a camisa do


Santos contra o Vasco;
3. Nas provas de pugilismo dos JO a cabeça do
atleta é protegida por um capacete (Cuba certa,
EUA errada);
4. Não existe arco sem corda;
5. O atirador tem duas mãos direitas.
• 40. Besteirol Filatélico

Reportando-nos
Reportando nos ao “Besteirol
Besteirol Esportivo”,,
Esportivo
acrescentamos, aqui, mais umas pérolas do direito
de errar exaustivamente utilizado pelas
administrações filatélicas:
1 – Os alemães homenageiam Schumann com uma
efígie sobre uma peça de Schubert;
2 – Nos Estados Unidos, o vento leva a fumaça da
locomotiva para um lado e drapeja uma bandeira
para outro;
3- O presidente Roosevelt tem seis dedos na mão
direita;
4 – O “carteiro” deste selo entregou a carta na casa
e foi embora;
5 – Wagner era “Richard” e não Adolf, as datas não
tem nada a ver com ele,
ele muito menos o balé
enfocado;
6 – Colombo foi o primeiro a usar, em 1494, uma
luneta inventada no inicio dos anos 1600;
7 – No Congo,
Congo locomotiva não usa rodas;
8 – Esta locomotiva é de 1825 e não de 1925;
9 – Berlioz termina com Z e não com X.
• 41 – A beleza do selo brasileiro

O selo brasileiro é sério, vistoso, muito abrangente,


mas é muito mal programado, escolhido por
pessoas com a visão limitada de Brasil e não de
“mundo” como é necessário que se faça; não tem
velocidade
e oc dade para
pa a explorar
e po a oportunidades
opo tu dades
excepcionais. Não utiliza adequadamente os
máximos e FDC (Os últimos precisam ser
redimensionados em suas dimensões). Está solto
dentro de um
m sistema de comercialização
comerciali ação privada
pri ada e
carece de uma disciplina de sua relação com seus
parceiros associativos (associações civis e
universo escolar, principalmente). A única lei que
trata da filatelia é a que a considera “atividade
cultural” (Lei Federal 8313, Inciso V do art.25). O
fisco a massacra porque não havendo Lei não há
limites ao arbítrio dos fiscais. Falta uma lei que
torna a filatelia um instituto jurídico, que lhes
outorgue favores fiscais (1), que direcione (1), que
direcione os seus atributos educacionais e
culturais (2), que profissionalize a escolha e os
seus tipos de emissões (3), que estabeleça os
parâmetros
p da parceria
p Empresas-atividades
p
privadas (4), que lhe dê uma política fiscal
protecionista para selos e implementos filatélicos
(5), que entre em harmonia com os valores, gostos
e interesses nacionais (6),
(6) que permita a sua
atualização e oportunismo, tirando o amadorismo
com que querem usar a figura humana (7).
• 42 – Iniciação filatélica

Como iniciativa que independe de qualquer outra


medida, o Universo Filatélico (Correios,
associações e comércio) deveria estimular o
colecionismo de um selo de cada país do mundo
(inicialmente carimbados ou novos, depois, só
novos e, finalmente, sobre determinado tema).
) Os
Correios, isoladamente ou em parceria, trataria de
fornecer as folhas coloridas com as bandeiras de
todos os países do mundo.

Você também pode gostar