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GRAMÁTICA MUSICAL
INICIANTES
Música
Música é a arte dos sons que transmitimos através do nosso sentimento. Temos 03 elementos principais, a saber:
melodia, harmonia e ritmo.
Melodia: É a seqüência dos sons formando um sentido musical. Ex.um violino solando uma peça musical.
Harmonia: É o agrupamento de sons ordenados de forma que nosso ouvido possa apreciar e entender, uma vez que
são executados ao mesmo tempo.
Ex. um teclado acompanhando um solista.
Ritmo: É o movimento dos sons de acordo com as variações de duração. Ora mais rápido, ora mais lento.
Os sons musicais são entendidos através da notação musical, ou seja, os sons são representados através de notas
musicais.
Pauta ou Pentagrama
Temos 5 (cinco) linhas e 4 (quatro) espaços, que têm por nome Pauta ou Pentagrama, é nela que escrevemos as
notas musicais e todos os sinais musicais. As linhas e espaços são contados de baixo para cima.
2ª aula - Claves
As Claves
Para que as notas tenham nomes e sua altura definida na escala, coloca-se no inicio da pauta um sinal conhecido
como CLAVE.
Clave de Sol:
Clave de Fá:
Clave de Dó:
Observe que os 2 pontinhos (:) colocados ao lado da clave de Fá e de Dó, servem para indicar a linha em que se acha
assinada a clave.
A clave de Sol é usada para os instrumentos solistas e mais agudos, nos sons intermediários usamos a clave de Dó e
nos sons médios para grave usamos a clave de Fá.
A clave de Sol
A clave de Fá na quarta linha
A clave de Dó na terceira linha (que é própria para a Viola Clássica)
Como já foi dito, a Clave de Sol é escrita na segunda linha, ou seja, a nota SOL é escrita na segunda linha. A partir
dai sabemos no nome das demais notas no pentagrama.
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A clave de Fá pode ser escrita na terceira ou quarta linha. Vejamos o exemplo mais comum que é na quarta linha.
Portanto a nota FÁ estará escrita na quarta linha.
A clave de Dó pode ser escrita na primeira, segunda, terceira ou quarta linha. Veremos a seguir o caso mais usado
que é na terceira linha. Portando a nota DÓ estará escrita na terceira linha.
3ª aula - Valores
Valores
Nem todas as notas tem a mesma duração. Para entendermos a duração dos sons musicais é necessário que as notas
apareçam sobre formas diferenciadas.
Temos então na seqüência abaixo as figuras mais usadas e que representam os sons, elas aparecem em sete formas
diferentes:
Pausas
As pausas são figuras que indicam duração de silêncio entre sons. Cada figura de som tem sua respectiva pausa que
lhe corresponde o mesmo tempo de duração, ou seja, temos a pausa da semibreve, da mínima, da semínima, da
colcheia, da semicolcheia, da fusa e da semifusa.
Quando se escreve duas ou mais colcheias, semicolcheias, fusas e semifusas consecutivas os colchetes são
substituídos por barra horizontais, ficando as notas unidas em grupos.
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A semibreve é a figura que representa maior duração e é tomada como unidade da Divisão Proporcional dos Valores,
em resumo, todas as demais figuras são desmembradas da semibreve.
Abaixo temos a comparação real dos valores de acordo com o que explicamos acima. Temos a semibreve e em
seguida os valores das demais em relação a semibreve.
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Ligadura
A ligadura é uma linha curva que se estiver colocada sobre ou sob dois ou mais sons da mesma entonação, indica que
os sons não devem ser repetidos, isto é, somente o primeiro som é emitido, os demais serão apenas uma
prolongação do primeiro.
Ponto de aumento
O ponto de aumento é um ponto colocado à direita de uma figura servindo para aumentar a metade de seu valor de
duração
No exemplo abaixo a mínima pontuada está valendo uma mínima e um semínima (metade da mínima), uma vez que
o ponto serve para aumentar o valor da figura.
5ª aula - Compassos
Definição
No final de um trecho musical usa-se o "travessão duplo" e na terminação de uma obra usa-se a "pausa final".
Os compassos simples são aqueles indicados por um valor simples, dando uma subdivisão binária em seus tempos.
Passaremos a estudar os compassos simples, deixando os compassos compostos para as próximas aula.
Em qualquer compasso a figura que preenche um tempo do compasso chama-se "unidade de compasso".
Os compassos são representados por uma fração ordinária colocada no princípio da pauta, depois da clave.
Atualmente encontra-se, em trechos de autores modernos, a indicação dos compassos da seguinte forma:
Analisemos pois os termos fracionários (2/4, 2/2, 3/2, etc.) que representam os compassos simples.
O numerador indica o número de tempos do compasso. Nos compassos simples os números que temos como
numeradores são: 2 para o binário, 3 para o ternário e 4 para o quaternário.
O denominador indica a figura que representa a U.T. (unidade de tempo). Os números que servem como
denominadores são:
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2/4
O número 2, que é o numerador, indica o número de tempos do compasso, logo temos o compasso de dois tempos
ou binário.
O denominador, que é o número 4, indica a U.T. (unidade de tempo) a figura que representa a quarta parte da
semibreve, ou seja, a semínima.
Conclusão:
2/4 quer dizer que teremos 2 semínimas para cada compasso, ou valor correspondente a 2 semínimas. Colocaremos
uma seqüência de compassos simples com as devidas U.T. e U.C.
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Para marcarmos os compassos indicando a divisão dos tempos através de movimento com a mão, usaremos o
seguinte sistema:
Esta regra deve ser rigorosamente observada. Para isso deve-se cantar guiados pelos movimentos regulares das
mãos (que serve então de metrônomo) e não guiar os movimentos das mãos pelo canto.
Semitom: é o menor intervalo, entre dois sons, que podemos perceber e o classificar.
Escala diatônica: é a sucessão de oito sons conjuntos conservando de um para o outro intervalo de tom ou semitom.
Exemplo:
A cada uma das escalas, de acordo com a sua função na própria escala, dá-se o nome de grau, uma escala é uma
sucessão de sons em graus conjuntos.
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A escala diatônica tem 8 graus, sendo que o oitavo é a repetição do primeiro (uma oitava acima). Os graus tem as
seguintes denominações:
1º grau - Tônica
2º grau - Supertônica
3º grau - Mediante
4º grau - Subdominante
5º grau - Dominante
6º grau - Superdominante
7º grau - Sensível
8º grau - Repetição da Tônica
Os tons são encontrados do 1º para o 2º, do 2º para o 3º, do 4º para o 5º, do 5º para o 6º e do 7º para o 8º.
Exemplo:
Os graus das escalas também se classificam como conjuntos ou disjuntos. São conjuntos quando sucessivos.
Exemplo:
São disjuntos quando entre ambos vem intercalados um ou mais graus. Exemplo:
Alteração é um sinal que é colocado antes de uma nota que muda sua entonação.
Bequadro: anula qualquer dos quatro acidentes anteriores, fazendo a nota voltar a altura primitiva.
A nota com acidente conserva seu nome, ao qual se acrescenta o nome do acidente. Por exemplo:
Ré dobrado- sustenido
Lá bemol
Mi dobrado-bemol
As alterações em sustenido são consideradas ascendentes, já as alterações em bemol são consideradas descendentes.
As alterações serão usadas de acordo com a mudança de tonalidade de uma determinada peça musical.
O acidente ocorrente é válido apenas no compasso em que aparece, se quiser que ele continue alterando a nota no
compasso seguinte é necessário repeti-lo.
No primeiro exemplo, todo SI da música será bemol, no segundo todo FÁ, DÓ e SOL serão sustenidos, e assim por
diante.
Armadura de clave
A formação da tonalidade depende do grau tonal (I, IV e V graus) da escala, por serem estes os mais importantes e
caracteriza o tom da escala.
De forma mais prática e convencional segue abaixo a colocação dos acidentes (sustenidos e bemóis, dobrados-
sustenidos e dobrados-bemóis).
Sustenido e dobrado-sustenido
1º em FÁ - 2º em DÓ - 3º em SOL - 4º em RÉ - 5º em LÁ - 6º em MI - 7º em SI
Bemóis e dobrados-bemóis
1º em SI - 2º em MI - 3º em LÁ - 4º em RÉ - 5º em SOL - 6º em DÓ - 7º em FÁ
Os acidentes fixos, aqueles que aparecem no início da pauta, são grafados (escritos) junto à clave. Por convenção os
acidentes fixos sempre serão escritos após a clave e antes da forma de compasso.
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Acidentes ocorrentes
Os acidentes ocorrentes são aqueles que, como diz o nome, aparecem no decorrer da música e não necessariamente
fazem parte da tonalidade. Estes acidentes têm a função de alterar trechos da música e sucessivamente a escala em
questão no tempo ou período no qual aparecem.
Semitom
Semitom diatônico
É formado por duas notas diferentes, mas com sons sucessivos ou sons com denominação diferente
Semitom cromático
É formado por duas notas do mesmo nome, mas com entonação diferente.
Escala cromática
A escala diatônica intercalada de semitons chama-se "escala cromática". Todas as escalas podem ser transformadas
em cromáticas, tanto as maiores como as menores.
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Sabe-se que o intervalo de um tom se divide em 9 pequeníssimas partes chamadas "comas", sendo que o semitom
diatônico e o cromático diferem entre si por uma coma.
Tonalidade - É o resultado de um conjunto de sons que formam uma escala em relação à sua tônica (1º grau).
Quando uma música está, por exemplo, no tom de Dó Maior ou Lá Menor, na armadura de clave não terá sustenido
nem bemol, será natural.
Com sustenidos - Nas armaduras de clave com sustenidos (#) dos tons maiores, a tônica está um semitom acima
do último sustenido.
Com bemois - Nas armaduras de clave com bemois (b) dos tons maiores, a tônica corresponde ao penúltimo bemol.
De forma mais prática, pode-se contar uma quarta abaixo do último bemol.