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ENFERMAGEM
2021
PESQUISA EM CME – CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
2021
RESUMO
No referente trabalho acadêmico foi realizada uma pesquisa acerca da Central de Material e
Esterilização (CME). O presente estudo aborda os objetivos da CME como setor destinado à
limpeza, acondicionamento, esterilização e distribuição de todos os artigos médicos
hospitalares. Sabe-se que a infecção hospitalar representa a quarta maior causa de óbitos em
todo o mundo. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, fungos, vírus e bactérias
matam cerca de cem mil pessoas todos os anos. Assim, a prevenção contra esse grave
problema pode ser feita através de atitudes simples, como a correta higienização de
instrumentos e utensílios médicos. Por isso, em hospitais de médio e grande porte, há um
setor específico para isso, sendo a Central de Material e Esterilização. Nesta pesquisa, o foco
será na abordagem do papel da equipe de enfermagem no contexto da CME quanto a sua
importância, suas atribuições e dificuldades em desempenhar a assistência necessária.
In this academic work, a research about the Central Material and Sterilization Station (CME)
was carried out. The present study approaches the objectives of the CME as a sector destined
to the cleaning, conditioning, sterilization, and distribution of all hospital medical articles. It
is known that hospital infection represents the fourth leading cause of death worldwide.
According to the Ministry of Health, in Brazil, fungi, viruses and bacteria kill about one
hundred thousand people every year. Thus, the prevention against this serious problem can be
done through simple attitudes, such as the correct cleaning of medical instruments and
utensils. For this reason, in medium and large hospitals, there is a specific sector for this, the
Central Material and Sterilization Center. In this research, the focus will be on approaching
the role of the nursing team in the context of the CME as to its importance, its attributions,
and difficulties in performing the necessary assistance.
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................06
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................20
6
INTRODUÇÃO
- Inventário do arsenal;
• Bancada inox;
• Lavadora;
• Recipiente descarte perfuro-cortante e biológico;
• Pistola água e ar comprimido;
• Água potável ou purificada;
• Monitoramento processo, equipamentos e insumos.
autoclaves objetivando confinar o calor irradiado pela autoclave e pelos seus dutos;
possibilitar manutenção sem obrigar à invasão do ambiente de esterilização; abrigar todos os
equipamentos, controles e dutos de água, vapor, condensado, exaustão, drenagem e
eletricidade; confinar vazamentos e ruídos (BRASIL, 2002b).
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Como foi visto anteriormente, temos algumas principais resoluções que dispõe sobre a
normatização do trabalho no Centro de Material Esterilizado, para que ocorra um padrão no
funcionamento desse setor dentro das Instituições de unidades hospitalares. Abaixo temos as
principais leis, resoluções, recomendações e normas técnicas que abrangem a normatização do
CME:
• RDC nº 307 de 14 de novembro de 2002, que considera a CME uma unidade de apoio
técnico, que tem como finalidade o fornecimento de artigos médico-hospitalares
adequadamente processados;
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depósito de material de limpeza; uma copa para os funcionários do setor; sala administrativa
e sala para descanso de funcionários em plantões noturnos (SOBECC, 2017).
Segue abaixo o disposto quanto a legislação RDC/ANVISA n° 15 Seção IV
que trata sobre a Infraestrutura.
Art. 44 O CME Classe I deve possuir, minimamente, os seguintes ambientes:
I - Área de recepção e limpeza (setor sujo);
II - Área de preparo e esterilização (setor limpo);
III - Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo);
IV - Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo); e
V - Área de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor limpo).
Art. 45 O dimensionamento das áreas do CME Classe I deve ser efetuado em função da
demanda e dos métodos de processamento utilizados.
Art. 46 O CME Classe I deve possuir, no mínimo, barreira técnica entre o setor sujo e os
setores limpos.
Art. 47 O CME Classe II e a empresa processadora devem possuir, minimamente, os
seguintes ambientes:
I - Sala de recepção e limpeza (setor sujo);
II - Sala de preparo e esterilização (setor limpo);
III - Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo);
IV - Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo); e
V - Sala de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor limpo).
Parágrafo único. A empresa processadora não poderá utilizar a desinfecção química líquida
por imersão como processo de desinfecção.
O Artigo 15 fala sobre o processamento de produtos deve seguir um fluxo
direcionado sempre da área suja para a área limpa. Dessa forma, destaca-se a necessidade de
manter neste setor um fluxo contínuo e unidirecional do artigo evitando o cruzamento de
artigos sujos com os limpos e esterilizados como também evitar que o trabalhador escalado
para a área contaminada transite pelas áreas limpas e vice-versa.
um grupo estável e em sincronia. Para reverter ou prevenir essa situação, devem ser
desenvolvidos programas contínuos de treinamento e aperfeiçoamento dos trabalhadores
(LONDRINA, 2016).
Enfermeiro Supervisor:
• Atua na coordenação do setor;
• Prever os materiais necessários para prover as unidades consumidoras;
• Elaborar relatórios mensais estatísticos, tanto de custo quanto de produtividade;
• Planejar e fazer anualmente o orçamento do CME com antecedência de 04 a 6 meses;
• Elaborar e manter atualizado o manual de normas, rotinas e procedimentos do CME, que
deve estar disponível para a consulta dos colaboradores;
• Desenvolver pesquisas e trabalhos científicos que contribuam para o crescimento e as boas
práticas de Enfermagem, participando de tais projetos e colaborando com seu andamento;
• Manter-se atualizado acerca das tendências técnicas e científicas relacionadas com o
controle de infecção hospitalar e com o uso de tecnologias avançadas nos procedimentos
que englobem artigos processados pelo CME;
• Participar de comissões institucionais que interfiram na dinâmica de trabalho do CME.
Dessa forma, em suma, podemos definir que as atividades exercidas pelo enfermeiro
dentro de uma Central de Material e Esterilização são: a supervisão, planejamento e
coordenação de ações técnico administrativas (COSTA et all, 2014).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
MACHADO, RR.; GELBKE, FL. Que brumas impedem a visibilização do centro de material
e esterilização? Texto Contexto Enferm. 2009 Abr-Jun; 18(2):347-54.
SILVA, Arlete. Organização do trabalho na unidade centro de material. Rev. esc. enferm.
USP, vol.32 n°2 São Paulo Aug. 2013. [acesso 2021 set 02]. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-
2341998000200010. Acesso em 10/08/2018. SOBECC, Práticas Recomendadas >.
SOBECC. 6 ed. Ver. E atual. São Paulo, SP: SOBECC: Associação Brasileira de
Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Materiais e
Esterilização; São Paulo: Manole, 2013.