REDAÇÃO

PROF. THIAGO BRAGA

TEMA PROVÁVEL
Com base na leitura dos textos motivadores abaixo e nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo
em norma padrão da língua portuguesa, com no mínimo 20 e no máximo 30 linhas,
sobre o tema A relação entre o bullying e os atos de violência nas escolas
brasileiras, oferecendo proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coesa e coerente, argumentos e fatos para
a defesa de seu ponto de vista.
Redação para análise:

Tema: A relação entre o bullying e os atos de violência nas escolas brasileiras

O Estatuto da Criança e do Adolescente, criado em 1990, prevê o direito ao

desenvolvimento sadio e harmonioso da criança e do adolescente tanto no
âmbito social como familiar. Entretanto, ao observar os crescentes números de
casos de intimidação e violência no ambiente escolar, percebe-se o não
cumprimento das garantias estabelecidas pelo ECA para essa parcela da
população. Nesse sentido, percebe-se que a relação entre os casos de bullying
e de agressões nas escolas brasileiras se dá devido à dificuldade de convivência
com as diferenças e à falta de preparo das escolas para combater os conflitos.
Em primeira análise, observa-se nas instituições de ensino a dificuldade de
direcionamento dos jovens para uma convivência harmoniosa com as
diferenças. Isso ocorre porque as escolas, em grande parte, privilegiam o
desenvolvimento de competências acadêmicas e técnicas visando ao preparo
dos alunos para a entrada no mercado de trabalho ou no ensino superior.
Dessa forma, os alunos não são sensibilizados durante a vida escolar a conviver
e aceitar aqueles considerados divergentes dos padrões impostos pela
sociedade, fato que faz com que casos de violência e de humilhação sejam
recorrentes nesse ambiente. Esse impacto pode acarretar consequências
psicológicas e físicas na vida adulta, muitas vezes configurando traumas sérios.
Outrossim, o despreparo das escolas para combater e prevenir ações violentas
corroboram a problemática. Isso se justifica, pois as iniciativas governamentais
existentes para o preparo do corpo escolar, a fim de mitigar atos coercitivos nas
instituições de ensino, ainda são insuficientes. De acordo com uma pesquisa do
IBGE de 2016, dez em cada dez estudantes já praticaram bullying ou agressões,
o que demonstra a atuação ainda ineficaz das escolas para o seu combate. Com
isso, pode-se perceber a existência da “violência simbólica”, termo criado por
Bourdieu, que reforça a ideia de uma forma de coação imposta social ou
institucionalmente frente às diferenças dos comportamentos dominantes. Esse
cenário promove a inferiorização das vítimas, reafirmando o cenário de medo,
preconceito, intolerância e o ciclo de violência no contexto escolar.
Evidencia-se, portanto, que a violência presente nas escolas brasileiras envolve
o despreparo das instituições de ensino e a dificuldade de acolher o diferente.
Nesse contexto, cabe ao MEC incluir nas grades curriculares dos cursos de
formações de professores disciplinas que os preparem para atuar da mediação
de conflitos e no respeito às diferenças. Isso pode ocorrer por meio de cursos
de capacitação com psicólogos e pedagogos da área, a fim de que os docentes
sejam capazes de identificar e lidar com os atos de violência em âmbito escolar.
Assim, as agressões nos colégios diminuirão e as garantias estabelecidas pelo
ECA poderão ser finalmente usufruídas pelos jovens.
 A PROPOSTA DE INTERVENÇÃO:
ESTRUTURA
A. CARACTERÍSTICAS
• tentativa de amenizar a problemática desenvolvida pelo tema
• correlação direta com os argumentos expostos

ATENÇÃO! Intervenção ≠ “Solução”

B. ESTRUTURA
(ALGUÉM) deve fazer (ALGUMA COISA), por meio de (ISSO), a fim de (AQUILO).
OBRIGADX!