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ROMANO

A VELHA ALIANÇA
Para Crianças

40 MILHEIROS

EDIÇÕES PAULINA~
Caixa 8.107 - S. PAULO R. Major Maragliano, 287
PORTO-ALEGRE---=-CURITffiA - BELO - HO-
RIZONTE - PELOTAS -
FORTALEZA- RIO DE JA-
NEIRO - CAXIAS DO SUL
AO
REVMO. PE. DR. TIAGO ALBERIONE
fundador da Pia Sociedade de São Paulo
e
GRANDE AMIGO DA INFANCIA
GRATO, DEDICO
NihU obstat
Pela Pia Sociedade de São Paulo
Pe. Luiz Lenta
São Paulo, 15 de junho de 1952

NihU obstat
Con. Lafa;ete Alvares
Censor
São Paulo, 10 de Abril de 1952

IMPRIMA-SE
t Paulo. Bispo Auxiliar
São Paulo, 26 de Abril de 1952
IRA UMA VEZ ...

J•:m uma vez ... assim começam tôdas as histórias.


A minha não. E, apesar disso, é uma história bela
" lliUito interessante.
Velha é a minha história. É dos tempos passados,
CJIIItrHlo os animais falavam ainda, e começa assim:
"Uma vez, não havia nada".
Nada existia, nem o formoso céu e as estrêlas fais-
f'llntes, nem o sol e a lua de prata que brinca no céu.
o nosso belo planeta, coberto de flores e de rios que
luu·cecm fios de seda branca, ainda não existia. Os ma-
n•M, os montes, as aves, as plantas e todos os seres da
1111 t.urcza deviam ainda vir.
Nem a voz de uma criança repercutia.
A beleza do mundo devia ainda ser criada.
Fechando os olhos, eu nada vejo; em torno de mim
h(L s6 trevas.
E uma vez havia só trevas.
Mas nessas trevas imensas no silêncio profundo,
pntrava o espirito de Deus.
Somente Deus existia: eis o comêço da minha his-
tória.
E Deus, que é todo poderoso, tirou do nada tôdas
u coisas.


Crianças, dizei: Meu Deus, eu vos pertenço, eu vo51
adoro.

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A GRANDE PALAVRA

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A Gl~ANDE PALAVRA

A voz criadora de Deus ecoou no silêncio do abi&-


11111 c• pwnunciou:
Haja luzi
J•: h ou ve luz. Um raio luminoso brilhou pela pri-
tndra vez nas trevas, dissipando a eterna escuridão.
Despontou o primeiro dia.
Deus viu que a luz era boa, e separou o dia da
lllllt.t·.
Depois disse: Apareça o firmamento. Logo as águas
qur• t>nchiam o espaço se dividiram. As nuvens ficaram
1111 ulto e a água em baixo. No meio a atmosfera.
Deus deu o nome de céu à abóbada celeste, e man-
clou que a águas se reunissem nos lugares baixos e apa-
t·c·c·c·ssc a terra.
Mas a terra era árida, deserta e de aspecto deso-
lu.clor.
- Brotem as ervas, árvores e flôres de tôdas as co-
n·s, disse o bom Deus. A terra, então, cobriu-se de um
rnnv,nffico tapete verde.
No céu não h a via estrêlas. A voz criadora de Deus
l1dou e as estrêlas brilharam no céu.
o sol já iluminava a terra e aquecia o mar; mas
nCio havia ainda seres vivos nem na terra nem no mar.
Deus, portanto, disse: Povoem-se o mar de peixes e
n terra de aves. Então o ar perfumado encheu-se do
wnto de amor dos passarinhos. Era o primeiro hino de
ugradecimento a Deus.


Crianças, sêde gratas ao bom Deus pelas belezas da
n'1tureza.

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ADÃO E EVA

No meio das nuvens ecoou, de novo, a voz majesto-


HU de Deus. Desta vez para criar os animais da terra.
- Haja na terra animais de tôdas as espécies, dis--
Hc o Senhor. Aos milhares os animais, grandes e pe--
quenos, apareceram à chamada de Deus e, obedientes,
ouviram a ordem do Criador: crescei e multiplicai-vos.
Mas êles não falavam e não tinham a razão.
Disse, então, Deus:
- Façamos o homem à nossa imagem e semelhan-
ça, para que domine sôbre todos os seres da terra.
Com o barro da terra Deus formou a figura do ho-
mem com a cabeça erguida, diferente da dos animais e,
depois, soprando-lhe no rosto deu-lhe uma alma imortal.
A vida entrou naquele corpo, e logo começou a fa ..
lar, andar, mexer-se, ver, comer.
Deus deu-lhe o nome de Adão.
Assim foi criado o primeiro homem.
O bom Deus não quis que êle vivesse sozinho e deu~
-lhe uma companheira. Enquanto Adão dormia, Deus
tirou-lhe uma das costelas, e daí fêz a companheira d&
Adão: Eva.
Eva foi a primeira mulher.
Deus colocou Adão e Eva num lugar de delícias
chamado paraíso terrestre. Nada aí faltava.
Plantas aromáticas e flôres esplêndidas enfeitavam
o ameno lugar.


Crianças, amai aos vossos pais.

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A PR~TIRA FALTA

-lO-
A PIUMEIRA FALTA

O perfume das flores suavisava as encantadoras


wnnhãs e as mornas tardes do Paraíso terrestre. Passa-
llllhns de voz maviosa esvoaçavam cantando sôbre as
mpaclas árvores. Entre luzes e sombras, dois rios desli-
IIIIVam refletindo o azul claro do céu e o verde do ar-
voredo.
Adão e Eva viviam felizes nêsse recanto do céu.
Nt•nhuma melancolia turvava a sua alegria.
Um dia Deus disse-lhes: Comereis o fruto das ár-
vores do paraíso, menos o fruto da árvore que está no
meio do jardim. Porque no dia em que dêle comerdes.
morrereis.
Era a árvore da ciência do bem e do mal.
Uma vez, Eva pass~m sob a bela árvore e contem-
plava os frutos sàiõtíádós, côr de ouro. Nisso, do meio
do. folhagem, fêz-se ouvir a voz do maligno tentador.
- Por que não comes? disse-lhe.
O demônio invejava a felicidade de Adão e Eva.
- Não posso! Deus proibiu-nos. Se o fizermos mor-
reremos, - respondeu Eva.
- Nada disso ... redarquiu o demônio. Não mor-
rereis: antes, comendo, chegareis a conhecer o bem e o
mal. Sereis sábios como Deus.
Eva hesitou um pouco. Depois, seduzida pela men-
tirosa promessa, colheu o f1uto, saboreou-o e ofereceu-o
a Adão.
Adão comeu. Assim desobedeceram a Deus. Logo,
vorém, sentiram a infelicidade entrar-lhes na alma.
Foi o primeiro pecado que a terra viu .


Crianças, não presteis fé aos maus conselheiros.

-- 11-
TRISTE CASTIGO!

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TRISTE CASTIGO!

Depois do pecado os olhos de Adão e Eva encher~­


de lágrimas. As coisas não mais lhes pareciam tão
·t.t·
Iludas como no tempo da inocência.
Tendo medo e vergonha, esconderam-se debaixo (ias
llrvorcs. Mas logo ouviram a voz do Senhor que cha-
muva: Adão, onde estás?
Tomado de pânico, Adão, tremendo, respondeu:
- Escondi-me porque tive medo de ti.
E Deus: Infeliz Adão! Tens medo porque comeste
o fruto proibido.
- Senhor, desculpou-se Adão, a mulher que me
c!Pstc ofereceu-me o fruto e eu comi.
- Eva! exclamou o Senhor, por qué desobedeceste?
- A serpente enganou-me, murmurou Eva, enver-
~:nnhada.
Então Deus pronunciou terríveis sentenças. Disse à.
flerpente: Serás maldita entre todos os animais; arras-
tar-te-ás sôbre o teu ventre e comerás o pó da terra du...
IUnte a tua vida.
E a Eva: Tu sofrerás muito por causa dos teus. fi-
lhos, e ficarás debaixo da autoridade do teu espôso.
Por tua causa, disse a Adão, a terra ficará amaldi-
çoada. Doravante produzirá espinhos e abrolhos; e tu
comerás o pão com o suor do teu rosto até que voltes
para a terra, donde saíste, porque és pó e em pó te hãs
de tornar.
Depois, expulsando-os do paraíso, pôs anjos à por-
ta, com espadas na mão, para lhes impedir a entrada.
Cabisbaixos, Adão e Eva saíram do lugar de delícias.
Perceberam que eram inimigos de Deus e infelizes co-
meçaram a chorar a sua dura sorte .

Crianças: o pecadQ despoja a alma da graça de Deus.

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OS DOIS IRMAOS

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c>~ DOIS IRMÃOS

Nunca mais Edão e Eva entraram no paraíso. As.


pt" lHII llu felicidade lhes estavam fechadas para sem-
I.,., Cum u felicidade perderam também a amizade de·
h'll:1 t• muitos privilégios.
t·il'ntlrnm a fome, o frio, a doença, o cansaço, as
lltl\tl lndlnacões.
Adüo pÔs-se a cultivar a terra, e Eva preparava a.
r.tllllhla.
Um dia uma vozinha de criança ecoou pelos ares.
l•:ru n primeira criança que aparecia neste mundo. Bre-
,.,., o J>t'queno Caim recebeu por companheiro um ir-
lltl.i.o~lnho, Abel.
Os dois meninos cresciam belos e robustos. Grande
•·rn n felicidade de Adão e Eva.
Depois, Caim começou a ser invejoso e egoísta.
Abel, em vez, possuía um coração simples e gene-
nmo.
Cutm era lavrador, Abel pastor de ovelhas. Um dia
rt~Prum um sacrifício a Deus com os frutos do seu tra-
lm lho. Abel ofereceu os carneirinhos mais gordos, e-
( ~nlm os frutos podres da terra.
Deus gostou do sacrifício de Abel e rejeitou o de
c:Htm. Dai Caim resolveu matar o irmão.
- Não faças o mal! recordou-lhe o bom Deus.
Caim, em vez de atender à voz de Deus, disse a
Alwl: Vamos passear. E quando estavam longe· dos
11! hu rPs dos pais, em lugar deserto, Caim atirou-se sô--
hl'l' o irmão e matou-o.
Deus amaldiçoou a Caim, e êle viveu errante a fu-
~lll vo pela terra.


Crianças, amai vossos irmãos com sincero afeto.

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A ARCA DE N0:8

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1\ 1\ l~CA DE NQ:.;;

/\dt1o c Eva choraram por muito tempo a morte de


t.lu•l.
Jh'us, pura consolá-los, deu-lhes outros filhos. ::tstes
1r ,..,,,:.Prvnram bons e piedosos e foram chamados "fi-
111• •11 de• Ut•us".
1 'alm, pelo contrário, continuou a ser mau e como
1·11· c·lf·:,c·c·mm os seus filhos, ímpios, sanguinários e blas•
I• 111111lun•:;.
1 'om o passar do tempo os bons descendentes de
t.t11111 misturaram-se com os ímpios filhos de Caim, e se
l•l·lvc·rt.erum.
A <'mTupção entrou no coração dos homens e tor-
Juua IH' um mal nas cidades e nas vilas.
A.'; leis do Senhor foram esquecidas e violadas. O
""" progrrdia dia a dia e os homens desciam sempre
IIIIIIH no lodaçal da iniquidade.
l>l'US desgostoso afastava os olhos de suas criaturas.

Ht•solveu, pois, exterminar os homens da face da


t 11 l'll,
Jinvia porém um homem justo que o servia e amava.
l>rus não quis que êste perecesse no castigo dos
111n11s, c disse-lhe:

-- Noé, fabrica para ti e teus filhos uma arca de


JIIIHklra, porque quero mandar um dilúvio sôbre a ter·
11~ t' matar todos os viventes .


Crianças, o pecado atrai os castigos de Deus. r:-a-
th'nl as leis do Senhor.

17-
2 A Velha Aliança
O DILúVIO

-18-
o DILúVIO

I h'llll explicou a Noé como devia fabricar a arca. O


1t11111 vuniu ucreditou na palavra do Senhor e começou a
• nntllruçilo da arca da salvação, empregando madeira
I" lll ., n~utnosa.
Cc•Jlto c vinte anos trabalhou nessa obra.
Un muus observavam com curiosidade os trabalhos
, v.oanlmvum de Noé. Em vez de fazerem penitências e
~lvr·a· eonforme a lei de Deus, êles gastavam o tempo
111111 pc•t•ndos e nos prazeres. O seu coração tornara-se in-
•••IIKivc•l 1\ voz de Deus.
Clu•gura a hora do castigo divino.
A urca estava pronta. Bem coberta de pixe não dei-
""vn pnssar uma gota de ãgua.
l>ls.'!c então Deus a Noé .
. ~ I1~ntra na arca com todos os teus. Toma conti-
w• c·ntcnls de todos os animais da terra e provisões para
u HUIIlt~nlo das pessoas e dos animais.
Ainda sete dias, e depois farei chover durante qua-
l'rlll.ll dlns e quarenta noites.
F.nlruram.
I>Nts fechou a arca, e logo o sol escureceu. Abri-
anllHW us cataratas do céu e a chuva caiu em torren-
t.•·"· Hl'lii.mpagos, raios, trovões sucediam-se ininterrup-
l.nllll'lltc aumentando o pavor universal.
Os homens fugiram das cidades para as montanhas,
uucH Nn vão. A morte os ceifava inexoravelmente. Os
1.; rll.oN c os gemidos dos moribundos se confundiam com
ll vo1. selvagem dos animais enfurecidos.


(~rllmças, cumpri conscienciosamente os vossos de-
\'Clft'M.

-19-
O ARCO DA PAZ

-20-
O ARCO DA PAZ

Durante 40 dias e 40 noites prolongou-se o dilúvio.


(1 ulvt~lda água subiu cobrindo as mais altas monta-
llllull clu terra. Nessa imensa massa de água pereceram
ti rov,ndos todos os viventes.
Rómcnte a arca de Noé bolava nas águas turvas,
"""~"" Oli corpos dos homens ímpios e inimigos de Deus.
Minai fecharam-se as cataratas do céu. As ármas
f111'11m baixando e os rios voltaram ao seu leito normal.
Apnreceu a terra sêca. Mas que horror! Tinha ela
u niiJll'cto de um imenso cemitério, coberto de lôdo e de
t'llt.I{L Vf.'I"CS.
Noó abriu a janela da arca e, com regozijo. obsf'r-
vou que as águas tinham baixado. Soltou, então, um
col'vn; mas êste, atraído pelo cheiro da carniça, não vol..
l.uu pnrn a arca.
li:m seguida soltou uma pombinha, a qual, não sa-
lwmlo onde pousar, voltou, à tarde, para Noé com um
m111n vt'rde no bico, sfmbolo da pa.z.
Nnó esperou mais 7 dias e soltou novamente a pom·
lua quo desta vez não voltou mais. A terra estava en-
• 11 l.ll.
Disse, portanto, Deus a Noé: Sal da arca.
flnlram todos. Noé fêz um altar e ofereceu um sa-
nlrkto a Deus. O Senhor o aceitou e disse a Noé: Cres-
' ''' r multiplicai-vos. Faço aliança convosco e com a
, •• •MPIIl cl<~scendência. Nunca mais o dilúvio assolará a
l.t'l'nt.
o nrco-iris será o sinal da nossa aliança.
NiLO houve, pois, outro dilúvio.


(~rlnnças, educai o vosso coração para a gratidão.

-21-
A TORRE DE BABEL

-22-
A TOHRE DE BABEL

J'uuco a pouco se multiplicaram as famillas e os


h11llli'IILI povoaram de novo a terra.
l~uLac os descendentes de Caim, havia um rei mui-
••• llllll.>letoso, de nome Nemrod. Ouvindo falar do dilú-
,., .. 'llll' assolara a terra, concebeu êle uma idéia audaz
•· '" IIJI'rlla.
Mnudou que os seus súditos construíssem na ct..
clutlt· c.ll! Dabel, uma torre que tocasse o céu.
l•'uzla isso em desafio ao Senhor. Cheio de orgulho.
fll•·•nrod repetia: Venha, pois, o dilúvio e veremos se é
t·nlutz de extinguir os viventes. Nessa torre os homens
.,,. utr-l:ie-ão mais seguros que na arca de Noé para es-
mqutr dos castigos de Deus.
Nemrod queria, também, deixar o monumento
1, mio r da terra e perpetuar o seu nome nos séculos fu-
I lti"IJH.
tsses sonhos eram, porém, ambiciosos e egoístas.
J•or Isso o castigo de Deus não se fêz esperar.
Quando as obras estavam bem adiantadas e a ma-
~Nttolln torre elevava-se ao céu, Deus fêz um grande
pwtllglo para castigar a ambição do rei.
Confundiu a linguagem dos homens. Não mais se
rnlcmdlam os operários. Houve uma confusão geral.
Então a construção foi suspensa e abandonada. Os
homens dividiram-se conforme a lingua que falavam e
f11rnm habitar outras terras. A torre ruiu, e a cidade foi
cll·nominada Babel.


Crianças, não sejais orgulhosas.

-23-
O PRl!:MIO DE ABRAÃO

-24-
O PR~MIO DE ABRAÃO

Abraão era homem justo e de bom coração. Vivia.


c·m paz com todos e dava muita esmola, porque também
••tt~ rico. Pela sua justiça e piedade, Deus abençoou-o
lltulto.
Uma vez, seu sobrinho Lot ficou prisioneiro nas
uuios de reis estrangeiros qu~ invadiram a região em que
Jwbitava. Abraão correu com seus guerreuos, aesbara~uu
w, Invasores e libertou o sobrinho e todos habitantes de
llutloma. ~stes lhe foram muito gratos. O rei de Salem,
Mt'lquisedec, foi-lhe também ao encontro e abençoou-o
uc·slcs termos:
- Seja bendito Abraão pelo Deus onipotente que
«'l'iou o céu e a terra! Exaltado seja Deus excelso que en-
lt cgou o inimigo em tuas mãos.
Uma vez o Senhor falou a Abraão e disse-lhe que
fjHPrla abençoá-lo. Então o Patriarca confiou-lhe as suas
tlúvldas e tristezas:
- Senhor, disse-lhe, como poderia desejar riquezas,
~o~· não tenho um filho a quem deixá-las?
Era de tarde. O Senhor conduziu-o fora da tenda e
ftdou: Olha o céu, conta as estrêlas, se fôr possível; tão
lllllllcrosa será assim a tua descendência.
Outra vez, pelo meio dia, Abraão descançava à som...
Iua duma árvore. Levantando os olhos viu três pessoas.
Deu-lhes hospitalidade e alimento. Depois da refei-
c;ftn, um dêles disse: Daqui a um ano voltarei; então, Sara.
" tua espôsa, terá um filho.
o coração de Abraão encheu-se de alegria.

Criaças, confiai no coração de Jesus.

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SODOMA EM ·CHAMAS

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ttODOMA EM CHAMAS

Acabada a refeição os três hóspedes tomaram o ca-


tllllllw de Sodoma.
Alm1ão quis acompanhá-los por algum tempo. Ao
•'•'tiJII'dir-se um dêles lhe diz: Caminhai sempre no ca-
tnllllto da justiça e assim não vos atingirão os castigos
qtu· lJcus fará cair sôbre Sodoma.
rJs cidadãos de Sodoma viviam em pecado e ofen-
•h'nclo elO ~enhor.
Abraão pensou logo no sobrinho que morava em
llorluma e disse ao Senhor: Punirãs o justo com o pe-
•·nih,,-?
- Não, respondeu o Senhor. Perdoaria a todos se
lltL ddade houvesse dez justos. E desapareceu.
Então Abraão compreendeu que não existiam justos
''"' t~odmna. Triste voltou para casa.
Os outros hóspedes, continuaram a viagem e foram
11 •·usa de Lot. Avisaram-no do que ía acontecer e o con-
vlclumm a abandonar a cidade com tôda a família.
Lot hesitava; então tornaram-no pela mão o levaram
n todos para fora, dizendo: Não olheis para trãs e sal-
vt~l-vm: depressa.
Os dois mensageiros celestes desapareceram.
Enquanto isso, caiu sôbre a cidade uma chuva de
r•nxufre e fogo que a transformou em chamas.
A mulher de Lot não resistindo à curiosidade de ob-
''Nvur o triste espetáculo teve a fraqueza de olhar para
lrúl{. Mas logo se cumpriu a ameaça dos anjos, e ela
llc'ou convertida em estãtua de sal. Abraão, de sua casa,
viu t.ambém a fumarada que se levantava da cidade cas-
l.lgnda.


Crianças, cumpri as obrigações religiosas.

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O FILHO ESPERADO

-28-
U FILHO ESPERADO

Abraão teve o filho esperado, Isaac. O menino foi re·


•·•ltldo com grandes festas e como um dom do céu. Os
, ••I 11111us mais delicados e amorosos eram para êle.
Altlutw amava-o mais que tôdas as riquezas do mundo,
,, por ele faria os maiores sacrifícios.
J~uac, gracioso e inteligente, crescia sadio e piedoso.
ti• produzia as virtudes de seu pai: caráter sincero e bom
I I ti li I,' H(!,
Uma noite, porém, as esperanças e os sonhos do ve.
lho Allraão sofreram um choque terrível.
lkus lhe dissera no sonho: Toma teu filho único a
•pw1n umas, Isaac, e vai oferecer-mo em holocausto no
"'••nlo Mória.
t:lllencioso, triste, com o coração transpassado,
l\lt11111o levantou-se, aprontou a lenha e o fogo, e partiu
111111 lsuac e dois servos.
I lPpois de três dias de viagem, chegaram ao monte.
Esperai aqui, com o jumento, disse Abraão aos
'''" vn:-~. Tomou êle o fogo, e pôs a lenha nas costas do
1111'111110.
- Pai, perguntou Isaac, aqui está o fogo e a lenha,
'"'"' n vitima onde está? Abraão ocultou a dor que o
'""l:nava e respondeu: Deus dará a vitima para o sacri·
llt'lo Hubiram.
t•:n tre lágrimas o velho pôs sôbre a lenha o filho e o
11 IIIIIITOU.
Ji'pchando os olhos, fa dar o golpe; mas um Anio lhe
,,, 1~urnu o braço e disse: Basta! Deus viu a tua fé e a
11111 obediência. Sê abençoado e pai de um grande povo.


Crianças, sabei renunciar aos vossos gostos e sêde
•·•u·Jdm10s.

-29-
A UNIAO ABENÇOADA

-30-
UNIAO ABENÇOADA

Isaac já era moço. Um bom moço, piedoso, trabalha~


dor e obediente.
Os pais queriam dar-lhe uma espôsa; mas isso era
tarefa difícil. Na terra de Canaã as moças eram ímpias.
Disse, portanto, Abraão a seu servo Eliezer: Carrega
os camelos de riquezas e vai à terra de meus pais para
procurar uma espôsa temente a Deus para meu filho
lsaac. Eliezer prestou juramento e partiu com dez came-
los e muitos servos. A tardinha chegou à cidade de Ho-
ram, terra onde vivia o irmão de Abraão. Era a hora
em que as mulheres iam tirar água dos poços.
Eliezer fêz oração a Deus pedindo que o auxiliasse
na escolha. I
Nisso apareceu Rebeca, donzela formosa, modesta e
gentil.
Disse-lhe Eliezer: Dá-me um pouco de água de
teu cântaro.
- Bebe, respondeu ela; e espera porque vou tiral"
água para os teus camelos.
Então Eliezer reconheceu ser aquela a moça que
Deus destinava para Isaac, e perguntou; De quem és fi-
lha? Terei hospitalidade em tua casa?
- Sim, meu senhor, acrescentou Rebeca. Venha.
Eliezer foi e explicou ao pai de Rebeca a finalidade
da viagem. Todos ouviram-no em silêncio.
Depois Batuel, pai de Rebec~. levantou os braços
para o céu, louvou a Deus e dis~e: Esta é a vontade do
Senhor. Aí está Rebeca, leva-a contigo.
Eliezer ofereceu a Rebeca os presentes de ouro e, no
dia seguinte, partiu com ela, voltando à terra de Abraão.


Crianças, sêde modestas e simples.

-31-
ESA'O E JACO

-32-
ESAú E JACO

Durante muitos anos Rebeca e Isaac ficaram sem fi-


lhinhos. Por fim Deus escutou a sua oração e concedeu-
-lhes dois meninos, Esaú e Jacó.
Vendo as crianças, o velho Abraão exclamou: Agora
morro feliz porque estão cumpridas as promessas divinas.
Esaú era de tez escura, barbado e cabeludo como um
cabritinho. Gostava da caça.
Jacó era gentil, manso e pacífico: amava o lar, os
pais· e as ovelhas. Era pastor. Um dia Esaú voltou da
caça com fome. Jacó acabava de cozinhar um prato de
lentilhas, bem temperadas e fumegantes. O cheiro do
manjar aguçou mais a fome de Esaú, que disse ao irmão:
Que sopa excelente! Dâ-me um pouco, pois tenho fome
ue lobo.
- Sim, respondeu Jacó, com a condição que me ce-
das os teus direitos de primogênito.
Os direitos de primogenitura garantiam as bênçãos
de Deus e as riquezas paternas.
Esaú, sem pensar, impulsionado pela fome, acres-
centou: - Sim, renuncio. Dâ-me logo o prato de lenti-
lhas, pois vale mais um bocado agora, que ser dono de
muita riqueza e morrer de fome.
- Jura! exigiu Jacó.
Esaú jurou, comeu, bebeu e retirou-se.
Assim levianamente perdia as bênções de Deus.


Crianças, conservai escrupulosamente a vossa fé.

-33-
TARDE DEMAIS!

-34-
TARDE DEMAIS!

Passaram muitos anos. Isaac foi envelhecendo e a


8UU. vista quase se extinguiu.
Um dia, julgando próxima a sua morte, chamou pOI.'I
~l'U filho Esaú e disse-lhe: Meu filho, eis que estou muito
vdho e a morte pode chegar de uma hora para outra.
'foma o teu arco e vai caçar. Logo que matares algum
amimai, prepara-me um prato como tu sabes que eu gos-
to; depois te darei a minha última bênção.
Esaú sem demora correu ao campo.
Rebeca ouvira a conversa e foi dizer a Jacó: Teu pai
quer um guisado como tu sabes que êle gosta; mata dois
cabritinhos e leva o prato para que te abençôe antes de
morrer. Depois vestiu-o com as roupas de Esaú, cobriu-
-lhe as mãos e o colo com a pele dos cabritinhos e man-
dou que levasse o cozinhado ao pai.
Isaac não reconheceu Jacó porque estava disfarçado;
comeu o bocado e lançou sôbre êle a bênção divina:
- Deus te conceda o pão e vinho em abundância;
serás o senhor de teu irmão e os povos te hão de servir.
Jacó acabava apenas de sair quando chegou o irmão.
Esaú preparou o guisado e levou ao pai.
- Mas ... exclamou Isaac: Tá te abençoei! Quem
me trouxe, então, da carne que comi?
Enfurecido, Esaú, respondeu: Foi Jacó que me rou-
hou a bênção! E começou a soluçar, pedindo com clamo-
res uma bênção.
Isaac, vendo a sua agitação, deu-lhe a bênção. Mas
Esaú resolveu matar seu irmão .


Crianças, merecei com um bom comportamento as
bfnçãos de vossos pais.

-35-
O SONHO DE :JACO

-· 36-
O SONHO DE JACó

- Meu filho, disse Rebeca a Jacó, teu irmão está


furioso e quer matar-te para vingar-se. Logo, foge para
a casa de teu tio Labão, e lá permanece até se extinguir
u cólera de Esaú.
- Vai, meu filho, aqui a tua vida está ameaçada.
Jacó despediu-se do velho pai, e com sua bênção
.seguiu para a Mesopotânia, deixando a custo a terra da
doce infância. Silencioso e meditativo caminhava pela
solitária estrada. ·
Ao cair da noite, sentado à beira do caminho, tomou
uma frugal refeição; depois apoiou a cabeça sôbre uma
pedra e dormiu.
Viu em sonhos uma escada que da terra chegava às
portas do céu e uma infinidade de anjos descendo e su·
bindo. No alto da escada estava o Senhor, que lhe disse
daquela altura: Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão e
Isaac. Eu darei a ti e a teus descendentes a terra em que
descanças. A tua posteridade será numerosa como as
areias do mar, num dêles serão abençoadas tôdas as na•
ções da terra. Eu estarei contigo e serei a tua proteção
por onde fôres; eu te reconduzirei a esta terra.
Despertando, Jacó exclamou deslumbrado: Nesta ter-
ra, na verdade, habita o Senhor, e eu não o sabia. É real-
mente aqui a casa do Senhor e a porta do céu. Depois,
tomou a pedra sôbre que descançara, ungiu-a com óleo,
e levantou um monumento ao Senhor, fazendo um voto .


Crianças, a igreja é a casa de Deus. Respeitai o lu-
gar sagrado.

-37-
O REGRESSO DE JACO

-38-
O REGRESSO DE JACó

Jacó continuou a viagem e chegou à casa do tio La-


bão.
Labão ficou alegre com a vinda do sobrinho e rece-
beu-o em sua casa. Jacó começou a trabalhar, ajudando
nos trabalhos do campo.
Passado algum tempo, Labão disse a Jacó: Não que-
ro que tu trabalhes de graça, dize o que te devo dar.
Jacó amava muito Raquel, sua prima, e tinha re-
5olvido desposá-la. Respondeu, portanto: Servi-te-ei sete
anos para obter Raquel por espôsa.
Vinte anos passou Jacó em casa do tio. Durante
l:sse tempo as riquezas aumentaram e se multiplicaram.
Também Jacó ficou rico porque Deus abençoava o fruto
de seus trabalhos. Teve rebanhos de ovelhas, camelos,
cabras, bois e jumentos.
Vendo-o tão rico e próspero Labão teve inveja, e nun-
cn mais lhe mostrou semblante prazenteiro. Queria pre-
judicá-lo.
Disse então Deus a Jacó: Volta para a terra de teus
pais e eu estarei contigo.
Numa bela manhã, Jacó carregou suas riquezas e
partiu com sua família, os servos e os rebanhos. Depois
de longa caminhada chegou aos limites de seu torrão
natal, e dai mandou mensageiros com ricos presentes a
ter com seu irmão para restabelecer a paz. A princípio
Esaú opôs-se, e foi encontrar o irmão com 400 homens
armados; mas ao vê-lo rodeado pelos filhos, comoveu-se,
abraçou-o e beijou-o.
Fizeram as pazes e viveram em boa harmonia.
Lembrou-se Jacó do voto que fizera a Deus, e levan-
tou um altar no lugar do misterioso sonho .

Crianças, evitai as bdgas.

-39-
JOS!:

-40-
JOSÉ

Jacó teve doze filhos e uma filha. O penúltimo,.


t:hamava-se Josê, a quem Jacó amava com preferência.
dera uma túnica de diversas cores.
José possuía boas qualidades: era dócil, inteligente,
piedoso e trabalhador. Aos dezesseis anos foi pastorear
eg rebanhos com seus irmãos. Quando via que êles fa-
ziam más ações, logo avisava o pai para que os corrigis-
.Je e os afastasse do mal. Fazia isso com boas intenções.
Os irmãos, porêm, começaram a odiá-lo e perseguí-lo.
As vêzes tinha sonhos extraordinários que contava aos
irmãos com simplicidade. Uma vez disse-lhes: Parecia-
-me que estávamos atando feixes no campo; de repente
o meu feixe se ergueu e os vossos se inclinaram em re-
dor do meu.
A inveja subiu aos olhos dos irmãos, e êles rcspcn-
deram: Acaso queres ser nosso rei? Daí resolveram ma-
tá-lo.
Uma vez guardando os rebanhos, os irmãos de J o-
sé afastaram-se até os arredores de Siquém.
Então Jacó disse a José: Vai ver como estão teus
irmãos e os rebanhos. José foi. Quando chegou à vista
elos irmãos, êstes disseram: Eis que vem o sonhador, ma-
temo-lo e digamos que uma fera o devorou.
- Não mancheis as vossas mãos de sangue, obser-
vou o irmão mais velho. Lançai-o, antes, nesta cisterna.
Dizia isto, esperando salvá-lo às escondidas. Assim fi-
zeram.
Na hora do almôço viram passar uma caravana de
mercadores que ía para o Egito. Judas, então, propôs:
É melhor vender José a êsses mercadores, em vez de
matá-lo, porque é sempre nosso irmão. Venderam-no,.
pois.

Crianças, afastai a inveja do vosso coração.

-41-
.1'081!: NO EGITO

-42-
JOSÉ NO EGITO

Pobre José! Prêso em correntes, escravizado, foi le-


vado ao Egito e vendido como um vil animal ao merca-
do da capital. Comprou-o Putifar, comandante da guar-
da real, porque era belo.
Deus estava com José e fazia prosperar tudo quan-
to êle empreendia. Putifar o estimava muito pela deli-
cadeza de modos e lhe entregou a administração de sua
casa.
Um dia, porém, a espôsa de Putifar o caluniou e
obteve que fôsse castigado injustamente. Então José foi
pôsto no fundo de uma prisão, junto aos condenados.
Tinham passados dois anos. Uma noite o rei teve um
sonho misterioso e ninguém da côrte soube dar-lhe uma.
explicação satisfatória. Afinal o chefe dos copeiros, a
quem José explicara um sonho, lembrou-se dêle. O rei
chamou-o e contou-lhe o sonho. José, iluminado por
Deus, explicou:
- Rei, as sete vacas gordas significam que haverá
sete anos de abundância; as sete magras significam que
seguirão sete anos de carestia. Escolhe, pois, um homem
que reuna bastante alimentos para os anos de carestia.
- Serâs tu, respondeu o rei.
José foi nomeado vice-rei do Egito e governador
do pafs. Mandou construir grandes celeiros por todo Q
Egito e acumulou trigo em quantidade. Quando chega-
ram os anos de crise, o povo pedia pão ao rei, e êle res--
podia: Ide a José.
Nesse tempo os irmãos de José vieram também ao
Egito para comprar trigo. José reconheceu-os e mani-
festou-se a êles. Humilhados e envergonhados os irmãoa
cairam a seus pés.

Criança, Deus premia a inocência.

-43-
JOS1t V1t SEU PAI

-44-
JOSÉ VÊ SEU PAI

José convidou os irmãos a jantar em seu palácio e


pediu notícias do velho pai.
- Apressai-vos, agora, a ir ter com meu pai; nar-
.iai-lhe as maravilhas de Deus e dizei-lhe que seu filho
José é vice-rei do Egito. Eu o espero aqui com tôda a fa-
;nília. Trazei-mo.
Depois, chorando atirou-se ao colo de Benjamim e
beijou-o carinhosamente.
O Faraó soube também do acontecimento e ale~
grou-se com José, dizendo: Manda vir teu pai para o
Egito e dá-lhe a melhor parte do país.
Alegres, os irmãos de José partiram para levar a
fausta notícia ao inconsolável pai.
- Pai, disseram-lhe, vosso filho José vive, e é vice-
·rei do Egito.
O velho despertou como que de um sonho profundo
e exclamou: Pois que meu filho vive, irei vê-lo antes de
morrer.
Depois de ter oferecido um sacrifício a Deus partiu
com tudo quanto tinha.
José foi-lhe ao encontro. Chegando à sua presença,
abraçou-o e beijou-o com amor indizível. O bom velho,
comovido, exclamou: Agora morrerei contente, porque
vi teu rosto.
Levado diante do rei, Jacó saudou-o com votos de
felicidade, a que o rei respondeu com palavras comovi-
das e belas promessas. Ofereceu-lhe a terra de Gessen.
Jacó viveu nesse lugar ameno ainda 17 anos. Quan-
do José percebeu que seu pai se aproximava da morte
foi visitá-lo com seus dois filhinhos e pediu-lhe a bênção
divina.

Crianças, amai e respeitai a vossos pais.

-45-
UMA INlQUA SENTENÇA

-46-
UMA INíQUA SENTENÇA

Os descendentes de Jacó multiplicaram-se prodigio-


~urnente na terra de Gessen. Tomaram-se um povo po-
cleroso e rico. Um novo Rei, que ignorava os feitos de
José e a gratidão que o Egito lhe aevia, disse ao povo:
Os hebreus são mais poderosos que nós. Estejamos aler-
tas e oprimamo-los. Mandou que êles fôssem escraviza-
dos e empregados nos trabalhos mais pesados, nas fã-
hricas de tijolos e no~ campos.
Porém, qüanto mais os oprimia, mais se multiplica-
vam. Por isso o Rei andava seriamente preocupado. Um
dia, fez o seguinte decreto: Lançai ao :do todos os me-
ninos que nascerem dos israelitas.
Um grito de dôr e de horror elevou-se dos lares do~
hebreus, por causa da iníquia sentença que vinha feri-
-los no que havia de mais precioso.
Justamente nêsse tempo nasceu um menino hebrE>u,
de rara formosura. A mãe o escondeu por três mêses•.
c não podendo mais ocultá-lo, colocou-o num cesto de
junco e deixou-o à beira da práia. Marias, irmã do meni-
no, ficou observando de longe o que iria acontecer.
Nessa hora, a filha do Rei foi dar um passeio às
margens do grande rio e ouviu os gemidos do pequeno.
Mandou buscar a cestinha; viu o belo menino e teve
compaixão dêle. Maria entretanto, aproximou-se e pro-
pôs: Quereis que procure um ama para o menino?
- Sim, vai - respondeu a princesa.
Maria partiu logo e deu a bela notícia à mãe, a quem
a filha do Rei disse: Toma êsse menino e cria-o. Eu te·
pagare! o serviço.

Crianças, não maltrateis os innãozinhos.

-47-
A MISSAO DE MOIS:l!:S

-48-
A MISSÃO DE MOISJtS

A filha do faraó chamou ao menino "MOIS~S" que


'itter dizer: "salvo das águas". Passou Moisés os primeiros
anos entre os carinhos dos seus; depois foi levado à Côr-
tc do Rei, onde recebeu educação de príncipe, como se fôs--
se filho do Rei.
Moisés podia ser feliz e rico na côrte, mas não o
era., porque, no fundo de sua alma sofria muito vendo
seus patrícios perseguidos e maltratados. Resolveu to-
mar a defêsa dêles.
Uma vez, quando tinha quarenta anos, Moisés viu
um hebreu que era flagelado pelo seu dono. Encoleriza.,
do, tomo:..1 a defêsa do patrício e matou o egípcio.
O Rei, então, condenou-o à morte. Moisés fugiu da
côrte e por quarenta anos pastoreou rebanhos na região
de Madia. Nêsse lugar casou-se com a filha de Tetro.
Levando os rebanhos para o monte Horeb, lâ o Se-
nhor lhe apareceu numa sarça que ardia sem se consu-
mir. Curioso, ia aproximando-se do fogo, mas o Senhor
l11e falou: Não te aproximes; tira as sandâlias dos pés,
porque o lugar que pisas é santo. Logo Moisés cobriu o
rosto porque não ousava erquer os olhos para Deus.
O Senhor continuou: Vi os misérias de meu povo e
0 1.1VÍ as suas afli<;ões e queixas. Por isso quero libertâ-lo
das mãos dos Egípcios, e conduzi-lo para a terra de ca..
r:aã, onde corre o leite e o mel. Destinei-te para ser o li-
bertador de meu povo; vai, pois, a Faraó e trata disso.
Eu estarei contigo.
Moisés objetou que não sabia falar, e o Senhor o
tranquilizou, dizendo: Por qut:: receias? Não sou eu quem
faço a bôca dos homens?

Crianças, amai a vossa Pátria.

....::... 49-
' - A Velha Aliança
NO MAR VERMELHO

-50-
NO MAR VERMELHO

Moisés foi ter com o Faraó e disse-lhe: Em nome do


Deus vivo, deixa partir o povo hebreu.
- Quem é êsse Deus? por qué devo obedecer às
suas ordens quando não o conheço? Assim respondeu o
l<'araó. E acrescentou: Não o deixarei partir; pelo con-
trário, o farei tratar com mais impiedade.
Algum tempo depois, Moisés e Arão, compareceram
diante do Faraó, ameaçando graves castigos para o
l<~gito.
Mas o coração do rei ficou endurecido. Aconselha-
do pelos magos resistia ao Senhor.
Então Moisés fêz vir horríveis pragas sôbre o país.
Estendeu a vara e logo as águas do Nilo se converte-
ram em sangue. Todos os peixes morreram. Uma multi-
dão de rãs e de mosquitos subiram do lôdo da terra e
Invadiram as casas dos egípcios. Bexigas negras e úl-
ceras cobriram os homens e animais. Uma furiosa sarai-
\'Uda destruiu as plantações. Os gafanhotos comeram
lt)das as ervas do campo. Uma escuridão cerrada cobriu
u Egito por três dias.
Assustado por tais flagelos, o Faraó prometia dei-
xar sair os hebreus, mas terminada a praga, não cum-
JH·ia a promessa. Então, na noite do décimo dia o anjo
elo Senhor matou todos os primogênitos dos egípcios,
desde o filho do Faraó ao filho do mendigo.
Desta vez, Faraó deixou partir os hebreus. Arre-
pendendo-se depois, seguiu-os. Mas Deus fêz perecer o
:.t•u exército no mar.


Crianças, seguí os ~ns çonseJhos.

-51-
A LEI DE DEUS

-52-
A LEI DE DEUS

Em número de 600 mil os hebreus atravessaram o


mar Vermelho a caminho da terra da promissão.
Andando, chegaram a um lugar deserto, sem água
e sem alimento. As crianças choravam rom sêdP, u•a-
miam os animais, e todos olhavam o céu implorando
uma gota de água.
Exasperado pelos sacrifícios o povo prorrompeu em
<:Iamores e murmurou contra Deus.
O Senhor apareceu a Moisés e falou-lhe:
- Dize ao povo que beberá água. Esta tarde tereiS
carne para comer, e pela manhã vos fartarei de pão.
Pela tarde um bando de codornizes caiu no aram-
pamento, e no dia seguinte, pela manhã, o deserto apa-
1cceu coberto de maná, uma coisa fina como geada. O
maná tinha gôsto de torta com mel.
Três mêses depois os hebreus cheqaram aos nés do
monte Sinai. Moisés subiu ao cimo e Deus encarregou-o
U(~ dizer ao povo: Vistes como vos trouxe até ac;ui? Ago-
ra, se guardardes a minha aliança, sereis o meu povo
C'SCOihidO.
Tomado de entusiasmo o povo respondeu: Faremos
tudo o que diz o Senhor. No terceiro dia o trovão come-
çou a reboar, os relâmna!!os sulcavam a atmnsfera ePe-
r,rccida e a montanha· soltava chamas. Do meio do fo-
~o o Senhor ditou ao povo a sua lei, dizendo:
Eu sou o teu Deus; não tPrás (1Utrn. Nãn prommcia-
ró.s o nome do E',~nhor em vão. Santificarás o sábado.
Honrarás aos pais. Não matarás. Não cometerás imou-
rf'zns. Não furtarás. Não levantarás falsn testemunl'o.
Nilo cobiçarás a mulher do próximo. Nem as coisas
nlheias.

Crianças, observai os dez mandamentos.

-53-
O BEZERRO DE OURO

-54-
O BEZERRO DE OURO

O povo cheio de pânico afastou-se do monte e clisse


a Moisés: Outra vez fala tu conosco e não o Ser$or,
porque, senão, morreremos de terror.
Moisés escreveu a lei de Deus num livro e construiu
ao pé do monte um monumento a Deus com 12 pedras.
t;epois leu ao povo o que tinha escrito e todos juraram:
Faremos tudo o que o Senhor ordenou, e seremos fiéis.
Com o sangue do sacrifício, Moisés aspergiu ao po-
vo, dizendo: Eis o sangue da aliança que o Senhor; fêz
<:onvosco.
Moisés subiu outra vez ao monte e lá permaneceu
40 dias, sem comer nem beber. Como Moisés não apa-
1ceia o povo disse a Arão: Faze-nos um Deus, COIIlO o
dos egípcios, porque ignoramos o paradeiro de Moisés.
Arão respondeu: Trazei-me todo o ouro e os brin-
cos das mulheres. 1:les assim fizeram.
Com aquelas joias Arão fêz um bezerro de ouro e
colocou-o sôbre um altar. O povo ofereceu sacrifícios ao
ídolo, e na frente dêle beberam, dançaram, divertindo-
-se à maneira dos pagãos.
Então o Senhor disse a Moisés:
- Desce, porque o povo pecou, adorando um be-
:r.erro de ouro.
Chegando ao acampamento, Moisés viu o bezerro e
os dansarinos que se divertiam. Sua cólera então foi ter-
rivel. Arremessou as táboas da lei por terra, quebran-
do-as; derrubou o bezerro, meteu-o po fogo e reduziu-o
a cinza. Depois misturou as cinzas tom a água e obri-
gou o povo a beber.


Urianras, rezai atentamente as orações pela ma·
nhã e à noite.

-55-
O TABERNÁCULO DE DEUS

-56-
O TABERNACULO DE DEUS

Moisés amava muito o povo. Desejava que fôsse


bom, devoto e grato ao Senhor.
No dia seguinte, dirigiu-se à multidão reunida e
disse em tom solene: Cometestes um pecado grave; eu
vou ter com o Senhor, e ver se vos obtenho o perdão.
Subiu. Chegando em cima, prostrou-se com o ros-
to no chão, adorou a Deus e suplicou: Senhor, êste povo
vos ofendeu com horrível pecado. Perdoai-lhes; senã()
riscai o meu nome do vosso livro.
O Senhor, infinitamente misericordioso, respondeu
a Moisés: Perdôo-lhes; vai e conduze êsse povo onde eu
mandei. Moisés permaneceu sôbre o monte mais 40 dias
e 40 noites, jejuando e rezando. De quando em ouando
o Senhor aparecia e manifestava-lhe a sua vontade. Um
d!a lhe disse: Toma mais duas tâbuas de pedra, seme-
lhantes às primeiras, e nelas gravarei outra vez os man-
d::~mentos. Depois Moisés desceu o monte levando as
duas tâbuas. O seu rosto resnlandecia. Convflcou o ro-
vo e manifestou-lhe a vontade do Senhor Deus, de ter
um santuârio para morar no meio dêles.
A multidão recebeu a ordem divina com alegria, e
todos se apressaram em trazer joias de ouro e de pra-
ta, pedras preciosas e estofas de valor.
Moisés chamou os melhores artistas e confiou-lhes
a construção do santuârio.
Tôdas as manhãs o povo trazia novas ofertas, de
maneira oue Moisés se viu obrigado a dizer-lhe: Basta,
porque jâ hâ mais do que é preciso.


Crianças, dai uma esmola para as obras do culto.

-57-
A ARCA DA ALIANÇA

-58-
A ARCA DA ALIANÇA

A casa de Deus era o edifício mais rico e majestoso


nos acampamentos dos hebreus. Era feita de madeira
preciosa e podia ser desmontada e transferida para ou-
tro lugar.
Estava dividida em duas partes por meio de uma
cortina; a parte anterior era a mais ampla e chamava-
-se o santo; a parte interior, um pouco menor, constituía
u Santo dos Silntos, e cuja entrada era permitida só
aos sacerdotes.
As paredes interiores eram revestidas de ouro. O
tapete que se via no santuário era bordado com imagens
de querubins e de flôres. No interior do Santo dos San-
tos se guardava a Arca da Aliança.
A Arca era de madeira de acácia, revestida de ou-
ro puro por dentro e por fora. Nos quatro cantos havia
quatro argolas de ouro, em que eram introduzidas qua-
tro varas de ouro quando devia ser transportada. Sô-
bre uma cobertura interiça de ouro estavam dois que-
rubins de asas abertas e um vaso de maná.
A Arca representava a aliança entre Deus e o po-
vo hebreu.
Quando os trabalhos foram concluídos, Moisés con...
sagrou o santuário, e ofereceu a Deus o primeiro sa-
crifício. Então uma nuvem caiu sôbre o sagrado recin...
to e a glória do Senhor a encheu. De dia a nuvem era
escura e luminosa de noite.
Quando a nuvem se levantava, o povo devia segui-
-la e transferir os acampamentos .


Crianças. as igrejas são os templos de Deus. Ficai
nelas bem comportados.

-·-59--
A TERRA DA PROM..n5SA.O

-60-
A TERRA DA PROMISSÃO

Deus prometera aos hebreus Ulll<\ terra rica e fértil


Chegando aos confins de Canaã, Moisés enviou doze
homens a fim de explorarem a região.
O povo, entretanto, esperava ansioso.
Ao cabo de quarenta dias os exploradores regres-
saram ao acampamento. Voltaram felizes. Os cJois pri-
meiros homens vinham trazendo, suspen:;;o a uma vara,
um colossal cacho de uva.
Anunciaram ao povo: A terra prometida é um pa-
Iniso, um lugar onde correm o leite e o mel. Mas, acres-
centaram, os habitantes são poderosos. Vivem ali gi-
gantes. Têm cidades cercadas de altas muralhas e tor-
res. Mentiam assim para assustar o povo. A multidão,
cntão protestou contra Moisés, e disse: Antes tivésse-
mos morrido no Egito, ou perecido no deserto.
O Senhor ficou desgostoso pela falta de confian-
<,'a na palavra e disse a Moisés: ~sse povo morrerã no
deserto conforme desejou. Somente Josué e Caleb en-
trarão.
Depois castigou os exploradores que mentiram ao
povo, mandando-lhes morte repentina.
No dia seguinte os hebreus em formação de guerra,
se dispuseram para entrar na terra prometida e con-
quistâ-la pelas armas.
Observou, porém, Moisés: Não o consegulrels, por-
que o Senhor não estâ convosco.
Dominados pelo orgulho, não escutaram o conse-
lho e foram. Mas os inimigos atiraram-st- sôbre éles,
derrotaram-nos e obrigaram-nos a vergonhosa fuga .


Crianças, obedecei com prontidão.

-61-
ATRAVESSANDO O JORDÃÓ

-62-
ATRAVESSANDO O JO;RDÃO

Moisés teve a fraqueza de duvidar um pouco da pa-


lavra de Deus. Uma vez o Senhor disse: Bate com a ver-
ga no rochedo e brotará água. Moisés bateu duas vêzes.
Por isso o Senhor mostrando-lhe a terra prometida,
repreendeu-o. Tu não entrarás na terra que vês.
E Moisés morreu no deserto na idade de 120 anos.
O povo chorou-o durante trinta dias; e ningliém.
soube o lugar de sua sepultura.
Com a morte de Moisés o povo ficou sem condutor.
Então o Senhor disse a Josué:
Levanta-te, toma êsse povo e atravessa o Jordã'o a
Iim de entrar na terra que vos prometi. Eu estarei con-
tigc.
Mas o Jordão era um rio grande e muito fundo. As
mulheres, os meninos e as carruagens não podiam atra-
vessá-lo.
Josué consultou o Senhor, que lhe respondeu:
- Dize aos sacerdotes que carregam a Arca, que
parem logo que tiverem entrado em parte da água. Os
sacerdotes obedeceram. Logo as águas do rio se dividi-
ram em duas partes e o leito ficou sêco.
Pisando em terra o povo comodamente atravessou
o rio. Por último passaram os sacerdotes que levavam a
Arca; e quando haviam passado, as águas do rio se
reuniram como antes.
Os hebreus levantaram as tendas nas proximidades
dr- rio, num lugar rico de frutas, e aí celebraram a sua
Páscoa.


Crianças, sêd~ · dóe~~s, e , Deus vos abençoará
A TOMADA DE .TEIUCO

-64-
A TOMADA DE JERICó

No meio de campos floridos, circundada de amenos


jarditlS e árvores aromáticas surgia a cidade de Jericó.
Qs hebreus deviam conquistá-la, mas era defendida por
altas muralhas e torres colossais.
Pouco antes de tomar a cidade, Josué viu dirigir-se
para êle um homem com a espada desembainhaaa.
Josué para e pergunta: És amigo ou inimigo? '
O desconhecido respondeu: Sou o chefe do exército
de Deus.
Josué pôs-se de joelhos, adorou-o e pronunciou: Aqui
está o vosso servo, ordenai-lhe.
-Tira os teus sapatos, porque o lugar é santo. De-
pois disse-lhe: Faça todo o exército a volta da cidade
11ma vez por dia, levando também a Arca da Aliança. No
sétimo dia, enquanto fizerdes o giro da cidade, os sacer-
dotes tocarão as trombetas, e quando o som fôr mais in-
tenso, então o povo prorromperá em altos clamores. Nes-
sa hora as muralhas da cidade desabarão e a cidade cai-
I á em vossas mãos.
Josué pôs em execução as ordens do Senhor.
No sétin1o dia, quando os combatentes e o povo, pre-
ce·1idos pela Arca, terminavam de fazer o sétimo giro,
Josué ordenou a todos: Erguei o vosso brado de guerra,
clamai para o Senhor, com as vossas trombetas.
O brado de guerra partiu do peito da multidão; um
brado ret•1mbante.
Impelidas por fôrça misteriosa as muralhas caíram
por terra. Os soldados invadiram a cidade e toma-
ram-na.


Crianças, praticai fielmente os conselhos dos sacer-
dotes.

-65-
6 - A Velha Aliança
J'OStnll ORDENA AO SOL

-66-
JOSUÉ ORDENA AO SOL

A terra da promissão devia ser conquistada palmo a


palmo.
Os reis da região, sabendo que os hebreus invadi-
ram o pais, uniram-se numa confederação.
O exército dos confederados esperou os hebreus e
deu-lhes uma batalha campal.
Combateu-se com coragem e valor de ambas as par·
tcs, desde o romper do dia até o cair da tarde.
Quando a batalha estava mais enfurecida, vendo
que a vitória era favorável ao seu exército, Josué fêz
uma oração a Deus e pediu: Sol, para sôbre Gabao, e
lu, lua, sôbre o vale de Ajalon.
O dia prolongou-se e o sol iluminou a terra, até que
os hebreus aniquilaram definitivamente os exércitos dos
1 eis inimigos. Depois caíram as trevas, cobrindo com o
seu manto negro os cadáveres de milhares de guerreiros.
Josué ofereceu um sacrüicio ao Senhor pela grande
\'ltória; e em seguida o povo deu honrada sepultura aos
mortos.
Josué, com o auxilio de Deus, tenninou a conquista
de todo o território e derrotou 31 reis nas suas gloriosas
campanhas.
O país foi dividido em 12 partes e repartido entre
os descendentes dos doze filhos de Jacó. A classe dos sa-
cerdotes Josué não deu terras, porque o Senhor estabe-
lecera que êles deveriam viver com as ofertas do culto
c os tributos do povo.


Crianças, Deus premia os meninos obedientes.

-67-
·A .MORTE DE UM HEROI

~ 68 -:--
A MORTE DE UM HERói

Josué atingira os cento e dez anos.


Antes de partir dêste mundo, o santo velho cnnv'J-
cou pela última vez, as doze tribos de seu povo, e falou-
·lhes profundamente comovido:
- Temei ao Senhor e observai a sua lei com um co-
ração profundamente sincero.
t
- Evitai a convivência com o pagãos e não façais
aliança nenhuma com êles.
- Conservai-vos fiéis ao Senhor para que tle com-
bata por vós.
- Se abandonardes o Senhor para adorar outras
divindades, tle farâ cair sôbre vossas cabeças duros cas-
tigos e terríveis desgraças.
Escolhei, hoje, a quem quereis servir. O povo, unâ-
nime, bradou:
- Serviremos ao Senhor, nosso Deus, e observare-
mos os seus mandamentos.
Em seguida, Josué leu solenemente a fórmula e re-
novou a aliança entre Deus e seu povo.
Encerrando os seus 120 anos, Josué morreu feliz,
depois de ter visto o povo entrar na terra abençoada.
O povo cobriu-se de luto e chorou-o por muito tem-
po. Perdera, na verdade, um grande homem, rico em
virtudes e de fé inabalâvel.


Crianças, sêde constan~es n., cumprimento dos de-
veres. · ·

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ESCRAVOS

-70-
ESCRAVOS

Extinguindo-se a geração introduzida na terra pro-


metida, veio a nova que não conhecia o Senhor e não
vira os prodígios de Deus.
Pouco a pouco foram esquecidas as boas tradições
<' abandonados os conselhos dos avós. Os jovens faz1.am
<'oisas que Deus proibira. Desposavam mulheres estran-
~eiras e davam por espôsas suas filhas aos pagãos. Re-
JI'itaram o culto de Deus e adoravam as divindades
pagãs dos povos vizinhos.
Por sua vez o Senhor tirou a proteção do seu povo
l~ abandonou-o nas mãos dos seus inimigos. Os media-
nitas venceram os hebreus e tomaram-lhes as cidades.
Os habitantes foram escravizados e arrazadas as suas
r.nsas. Despojados de seus bens, amarrados e oprimidos
foram vendidos nos mercados públicos.
Assim castigou o ~enhor a falta de fidelidade dos
h ebreus.
Sem pátria, sem liberdade, profundamente humi-
lhados, recorreram então a Deus, invocando-o com lá-
grimas de aflição. E o anjo do Senhor apareceu a Ge-
deão, dizendo-lhe: O Senhor está contigo, ó grande
herói! ile te destinou para libertar o povo das mãos dos
brus inimigos. Gedeão não queria acreditar, mas o anjo
o convenceu.
Gedeão logo reuniu 32 mil hebreus, dispostos a luta-
I em pela independência da nação. Deus, porém, lhe fê:a
entender que o exército era muito numeroso; e quando
ftrou reduzido a 300 guerreiros, o Senhor lhe disse: E'
com êsses 300 que vos libertarei.
Com os 300 soldados Gedeão expulsou os invasores,
matando 120 mil inimigos.

Crianças, nas tentações invocai o Senhor.

-71-
SANSAO

-72
SANSAO

De novo os hebreus comportaram-se .mal e o Senhor


permitiu que fôssem escravizados outra vez. Por 40 anos
ficaram sob a opressão dos filisteus. Nesse tempo vivia
um casal sem filhos. O anjo do Senhor apareceu aos es-
posos e disse: Tereis um filho, mas o deveis logo consa-
G'far ao Senhor, porque será êle quem libertará o povo
da escravidão.
A êsse menino os pais deram o nome de Sansão.
Ainda moço, Sansão enfrentou um leão e despedaçou-o
como se fôsse um cabritinho. Outra vez queimou os tri-
gais e os campos dos filisteus, soltando neles 300 raposas
com uma tocha acesa amarrada á cauda.
Prêso e amarrado com fortes cordas foi entregue
aos filisteus. Mas Sansão as arrebentou como arreben_,
taria um fio de linha. Depois, pegando uma queixada
de jumento desbaratou mil filisteus. Noutra ocasião, es..
ta.ndo prêso, fugiu da prisão e saiu da cidade levando
sôbre as costas as pesadas portas das muralhas.
Desposou mais tarde uma mulher filistéia. Certa
\'CZ ela o importunou para conhecer o segrêdo de rua
f ôr<;a e Sansão lho manüestou, dizendo que provinha
de sua cabeleira.
Enquanto dormia a mulher traidora cortou-lhe os
rnbelos. Então Sansão ficou fraco. Os filisteus o pren-
deram, arrancaram-lhe os olhos e lançaram-no numa
fJrisão. Mas os cabelos cresceram e voltou também a
força.
Um dia os filisteus fizeram uma festa e trouxeram
f~nsão para se divertirem. Quando o templo estava re-
pleto de gente e dançavam com ardor, S~.nsào agar-
rou-se às colunas e sacudiu-as. O edifício ruiu e sepul-
tou mais de 3 . 000 pessoas. Assim morreu Sansão.

Crianças, cuidado com.


• os~·.falS~ amigos.
- '13' .:-- ...
:lfOEIII E RUT

-74-
NOEMI E RUT

A história destas mulheres é comovedora. Tem co-


meço no pranto e termina na alegria.
Vivia em terra de exílio uma senhora chamada Noe-
mi. O marido e dois filhos morreram-lhe na terra estran-
geira, deixando viúvas as noras: Orfa e Rut.
Noemi resolveu voltar para Belém, sua terra nataL
As noras queriam acompanhá-la, e ela procurou dis-
8uadí-Ias, dizendo: Voltai, antes, para a casa de vossos
pais. O Senhor seja bom convosco, como fostes boas pa-
ro. com os meus filhos que morreram. Orfa voltou, mas
Rut respondeu:
- Não! Onde fôrdes eu irei também; o vosso povo
~erá o meu povo, o vosso Deus o meu Deus. Seguiu-a.
Chegaram a Belém no tempo da ceifa.
Eram muito pobres e não tinham o que comer. Por
isso Rut teve que buscar espigas nos campos ceifados.
A Providência guiou-a a um campo que pertencia a
Booz, homem caridoso, que lhe deu tôda a liberdade pa-
1 a seguir os ceifadores. Booz ordenou que deixassem
cair algumas espigas para que Rut as colhesse sem
rubor.
Rut ia ao campo todos os dias.
No entanto Booz observava que ela era trabalha-
dora e virtuosa. Por isso, quando terminou a colheita,
Booz desposou-a.
O Senhor abencoou o seu casamento e deu-lhe um
filho chamado Obed~ Da descendência de Obed nasceu o
Salvador.
Rut e a velha Noemi não sofreram mais a fome.


Crianças, sêde virtuosas. Deus vos premiará.

~ 75-
O PASTORZINHO DAVI

-76~
O PASTORZINHO DAVt

Daví era o último dos irmãos. Os pais o amavam


mrinhosamente. Louro, ágil, gracioso, falava e cantava
como um anjo.
Era também forte. Uma vez um leão pegou uma.
ovelhmha do seu rebanho; êle invocou o Senhor e es-
Lmngulou a fera. Noutra vez matou um urso que entra-
m no seu rebanho.
Nesse tempo reinava o rei Saul, o qual, pelos seus
pecados, se tornara indigno da proteção divina.
Disse portanto o Senhor ao profeta Samuel:
- Vai a casa de !saí e unge rei o pequeno Davi,
porque eu quero que reine em lugar de Saul.
Davi foi consagrado rei na presença dos seus.
Abandonado por Deus, Saul ficou triste e furioso.
Um dia disse aos servos: Procurai-me um homem que
toque a harpa para me distrair.
Os servos apresentaram-lhe Davi. O rei gostou dêle
e nomecu-o escudeiro. Davi tocava a harpa e restituía
a alegria a Saul.
Uma vez os filisteus invadiram o país. Dos seus
ncampamentos surgiu um gigante e propôs: Escolhei
um vosso guerreiro que combata comigo. Se êle me ven-
(·rr, a vitória será vossa; se perder. sereis nossos. Nin-
j,ttém ousava enfrentar o gigante. Então Davi disse ao
rd: Vou eu.
O gigante Golias logo que o viu, disse rindo: Sou
um cão para que venhas com uma pedra na mão? Nisso
Davi girou a funda e atingiu o gigante na cabeça. Golias
t'alu por terra. Davi empunhou a espada e lhe cortou a
cabeça, salvando assim a pátria.

, Crianças, tende um coração puro e Deus vos aben·
çoará.

-- 7~--
A :MORTE DE ABSALAO

-78-
A MORTE DE ABSALÃO

Saul morreu tragicamente numa batalha. Sem tar-


dar o povo, aclamou rei o jovem Davi, cujo valor era
c·xaltado nos cantos populares. Davi começou a gover-
nar com trinta anos. Não obstante, foi muito prudente
(' sábio. Trouxe ao povo a paz e a virtude.
Com rápidas e valorosas batalhas submeteu todos
os seus inimigos e engrandeceu o pais. Tomou a cidade
de Jerusalém e ai estabeleceu a sua capital. Depois or-
~unizou o culto de Deus e fêz o projeto da casa do Se-
nhor. Foi também um escritor ilustre. O seu govêrno
foi, porém, perturbado pela rebeldia do seu filho
Absalão.
Absalão era o homem mais belo do país, porém,
muito ambicioso. Pretendia governar no lugar do pai
Por isso, disse-lhe: Pai, vou a Hebron para cumprir uma
promessa. E Davi: Vai em paz.
Chegando ali, Absalão organizou uma conspiração
c marchou contra o pai.
O pobre Davi, chorando, descalço, fugiu de Jerusa-
lém para esconder-se nos montes. O revoltoso tomou a
capital e perseguiu-o com o seu exército.
Mas a sorte lhe foi desfavorável. Absalão viu as suas
tropas desbaratadas. ~le mesmo, fugindo a cavalo, ficou
eom a cabeleira embaraçada numa árvore e suspenso
no ar, enquanto o animal continuou a correr. Assim al-
cançaram-no os soldados e acabaram de matá-lo. Atira-
ram, pois, o cadáver num buraco e cobriram-no com
pedras.
Davi ficou desconsolado sabendo da morte de Ab-
salão e repetia chorando: Meu filho Absalão, meu
Absalão.

Crianças, sêde dóeels e submissos a vossos pais.

-79-
DAVI PENITENT1!1

~ao~
DA Ví PENITENTE

O rei Davi, embora bom e piedoso, teve a infelis


fraqueza de cometer uma grave falta e ofender ao Se-
nhor, de quem recebera inúmeras provas de bondade.
O seu oficial Urias estava guerreando contra os
Amonitas. Um dia o mandou chamar e, por causa da
esposa decidiu a morte dêle. Deu ordens ao General, pa-
m que Urias fôsse abandonado no mais acêso da luta
t: sucumbisse sob as flechas inimigas.
Os oficiais cumpriram as ordens do Rei e Urias
morreu. O pecado de Daví irritou o Senhor.
O sangue de Urias bradava ao céu.
Então o profeta Natan se apresentou a Davi e dis-
:;c: Numa cidade havia dois homens um rico e outro
pobre. O rico possuia ovelhas e bois em grande quanti-
dade; o pobre tinha só uma ovelhinha.
Um dia o rico foi visitado por um hóspede, e êle,
para poupar as suas ovelhas, mandou roubar e matar
n única ovelha do pobre.
Profundamente comovido, Daví exclamou: Quem
é êsse homem? Eu o farei matar.
Na tan replicou: t:sse homem és tu.
Mandaste matar Urias e tomaste em espôsa
Bctsabé.
Em castigo, Deus farâ cair graves desgraças sôbre
u tua casa.
Arrependido, Davi exclamou: Pequei contra o
Senhor.
E até à morte não deixou de chorar a sua culpa.


Crianças, detestai os pecados.

-81-
O TEMPLO DO SENHOR

-82-
O TEMPLO DO SENHOR

Filho, disse um dia Davi a Salomão: eu tinha inten-


\'1\n de construir um templo ao Senhor e preparei todo
'' material necessário. Não quis, porém, o Alt1ssimo que
e;u o fizesse e disse-me: Será o teu filho Salomão que
luró. a construção, porque eu o escolhi para isso.
Entregou-lhe depois a planta do Templo e os re-
c·ursos reunidos, acrescentando: Assim o meu coração
cit':Jejava que fôsse a casa de Deus. Edifica-a.
Com o ânimo jubiloso, Salomão iniciou os traba-
lhos.
Escreveu logo ao rei do Egito e disse-lhe: Vivendo
' 111 paz com tôdos os meus vizinhos, quero fazer uma
··usa ao Senhor, porque me deu um reino feliz e rico.
Munda-me cortar ciprestes e cedro do Libano. Concluiu
dc·pois um tratado com êsse rei e mandou ao Egito mi-
lltu rcs e milhares de homens para prepararem as ma-
ddras. Mais de 200 mil homens foram empregados nos
I mbalhos do Templo: Salomão dirigiu as obras. No fim
de• 7 anos a construção estava acabada, tudo ali era
1\I'Elndioso e belo. As paredes e o teto eram revestidos de
11111'0. De ouro eram também os objetos de culto.
Salomão prostrou-se diante do altar e disse: Senhor,
cln Aliança foi introduzida no templo uma nuvem des-
cc·u do céu e envolveu o santo lugar.
Salomão prostou-se diante do altar e disse: Senhor,
n;l.a casa não é digna da vossa majestade, dignai-vos,
todavia, de lançar sôbre ela um olhar de misericórdia e
ouvir todos os que vos suplicam aqui.
Então desceu o fogo do céu e consumiu as vitimas do
r.ucrificio.


Crianças, oferecei o vosso coração a Deus. O vosso
rnrpo é o templo do Espírito Santo.

-83-
O REI SALOMÃO

-84-
O REI SALOMAO

Du vi deixou o trono a Salomão. 2ste foi o rei mais


~llblo do mundo.
Uma noite o Senhor apareceu ao jovem rei e falou-
lho: Pede-me o que quiseres e terás tudo.
Salomão, admirado por êste ato de benevolência
1Nlpondeu: Senhor, tu me fizeste rei de um povo l!U-
nu•roso e sabes também que sou jovem e inexperiente.
l"tuwcde-me, pois, um coração dócil para que saiba go-
v•·t·Hur e julgar o teu povo.
O pedido de Salomão agradou muito ao Senhor,
tplo respondeu: Porque não pediste honras nem rique-
tuH c desejaste a sabedoria para bem governar eu te ua-
' ••I n inteligência e a sabedoria, e serás também o rei
11111ls rico da terra. E se observares os meus mandamen-
~··•· romo teu pai, dar-te-ei ainda uma vida longa.
Pouco depois duas mulheres foram á presença de
r~ulomão, queixando-se:
-Majestade! dizia uma: Esta mulher e eu dornúa-
mn" no mesmo quarto. De noite, enquanto dormJ.a, e!a
1111fncou o filho e trocou-o com o meu.
A acusada negava.
Todos os juízes ficaram pensativos e perplexos.
11:ntA.o disse Salomão: Trazei uma espada e d1vidí a
•·rlrmça viva.
- Não! exclamou a mãe. Não posso permitir que
ruru tilho morra: antes dai o menino à outra.
F.ntão Salomão compreendeu que ela era a mãe do
mc•nlno, e deu-lhe o pequeno.
O povo ficou admirado por tanta sabedoria.

Crianças, ouvf com respeito os conselhos dos velhos.

-85-
A REVOLTA DE JEROBOAO

-86-
A REVOLTA DE JEROBOÃO

Salomão foi o rei mais glorioso da terra.


Tôda a gente desejava vê-lo e admirar a sua sabe-
doria. Muitos reis vieram visitá-lo, e de todos os países
1ccebia presentes e palavras de admiração.
Também o seu povo viveu em paz e bastante feliz
li. sombra de suas vinhas e figueiras. Devia pagar, po-
•ém, pesados tributos.
A Salomão sucedeu o filho Roboão, depois de qua-
rcn ta anos de reinado.
Representantes do povo foram ter com o novo rel
c disseram:
- Teu pai nos obrigou a pagar fortes imposto, all-
\'la um pouco êsse fardo e te seremos submissos.
E Roboão: Voltai daqui a três dias.
Reuniu logo os seus conselheiros e lhes f'xpôs as
queixas do povo. tstes lhe responderam: Atende às re-
clamaGões do povo, e êle te será fiel.
Mas Roboão desprezou os conselhos dos velhos e se-
~lu as sugestões de falsos amigos. E disse ao povo:
Achastes pesado o jugo de meu pai? Pois eu o tornarei
mais pesado. Meu nai vos castigou com brandura; eu o
farei imoiedosamente.
O povo recebeu a resposta com explosões de indig-
nação.
Ameacaram-no. Os mais indignados lPvantaram
pnls a multidão e exclamaram: Abaixo o rei. Viva a nos-
l'.a independência.
E logo, 10 tribos elegeram para seu rei a Jeroboão,
vclho servo de Salomão.


Crianças, tende compaixão dos que sofrem.

-87-
O HOMEM DE DEUS

-88-
O HOMEM DE DEUS

O profeta Elias era um homem conforme o espírito


de Deus.
Governava naquele tempo o rei Acab, cruel, ímpio
e lrreligioso. Introduziu no povo o culto dos ídolos e er-
hueu ao deus Baal um grande templo, em que serviam
•150 sacerdotes pagãos.
Os sacerdotes do Senhor foram todos trucidados.
Deus se manifestou então ao profeta Elias e ordenou:
- Dize ao rei Acab que não cairá chuva sôbre o
pafs até que eu não mande. O rei irritou-se por causa
dessas palavras e perseguiu o profeta.
Elias. avisado por Deus. foi esconder-se nas mar-
~cns do rio Carit e ali, todos os dias, o Senhor lhe man-
dava pão e carne por meio dos corvos.
O Senhor disse mais tarde a Elias:
- Vai a Sarepta, porque eu ordenei a uma mulher
~rRsa cidade que te 8ustente. O profeta foi. A parta da
r.ldade encontrou a tal mulher e lhe disse: Vai buscar-
me um pouco de alimento.
- Senhor, respondeu, estou ajuntando êstes gra-
,·rtos para preparar o último bocado e depois morrer.
Sou pobre e tenho um único filho.
- Vai, insistiu o profeta, pois Deus me disse cue
c1 teu azeite e a tua farinha não acabarão até descer
thuva à terra.
A mulher obedeceu e viu o grande milagre.
Algum tempo depois o filho dessa mulher morreu.
Jl:ntão Elias rezou assim: Senhor, faze voltar a alm8.
tWssc menino a seu corpo. O Senhor ressuscitou o meni-
uo, e sua mãe vendo-o vivo, disse a Elias: Agora sei qu"'
l>H homem de Deus.


Criança, dizei sempre a verdade.

-89-
O FOGO DO Cll:U

-90-
O FOGO DO CÉU

Uma sêca de três anos queimara tôda a vegetação


c extinguira as fontes dos rios. Os animais morriam de
fome e de sêde.
De novo o Senhor falou a Elias: Vai, apresenta-te
no rei Acab e dize que vou mandar chuva sôbre a terra.
Elias foi e propôs ao rei: Convoca os 450 sacerdotes
de Baal e o povo, sôbre o monte Carmelo. Lá em cima
disse o profeta: Por que abandonastes o Senhor e se-
tuistes os falsos deuses? Dai-me dois bois; um será imo-
Indo por mim ao meu Deus e outro pelos sacerdotes de
naal ao seu deus.
Os bois foram mortos e colocados sôbre a lenha.
Agora, disse Elias aos sacerdotes de Baal, vós invo-
careis os vossos deuses e eu o meu Senhor. O que man-
dar o fogo, êsse será o Deus verdadeiro.
Os sacerdotes de Baal, ora de pé, ora de joelhos,
desde a manhã até o meio-dia, invocaram os seus deu-
ses com altas súplicas e clamores. Mas os seus deuses
não respondiam e, tão pouco, mandavam o fogo do céu.
Elias, enquanto isso, zombava dêles.
Quando os sacerdotes pagãos ficaram cansados de
gritar, Elias, seguido pelo povo, foi fazer o seu sacrifício
c rezou:
-Senhor, mostrai hoje oue sois o verdadeiro Deus,
para que o povo se converta. Mal tinha acah::~nn. ur-1 fo-
~o imoetuoso desceu do céu e consumiu o holocausto e
as pedras do altar.
O povo prostou-se por terra e exclamou:
- O Senhor é Deus, o Senhor é Deus verdadeiro.
Depois choveu.


Crianças, repeli aquêles que falam mal da religião.

-91-
JONAS

-92-
JONAS

Urna vez o Senhor enviou o profeta Jonas á cidade


de Nínive, capital da Assíria, dizendo-lhe: Prega a peni-
tência àquele povo porque os seus pecados chegaram ao
máximo.
Mas Jonas não foi, por temor de ser morto. Fugiu, e
embarcou num navio que ía para a cidade de Tarsis.
Em alto mar o navio foi surpreendido por violenta
t cmpestade, correndo perigo de ir a pique. Os marinhei-
ros atiraram ao mar tôda a carga, mas em vão. A tem-
pestade enfurecia violentamente.
Espavoridos, os tripulantes invocaram os deuses. Te-
mendo que a tempestade fôsse um castigo do céu, confor-
me o costume, consultaram a sorte para saber quem era
o culpado.
A sorte caiu sôbre Jonas.
O profeta confessou o seu pecado, e disse: Lancai-rne
ao mar, porque, bem o sei, esta tempestade sobreveio por
minha causa.
E atiraram-no ao mar.
As ondas logo se acalmaram, mas no meio delas
a pareceu um grande peixe que enguliu Tonas.
O profeta ficou três dias e três noites no ventre do
cetáceo. Durante êsse tempo pediu ao Senhor que o sal..
vasse.
Então o peixe lançou-o numa praia.
Novamente o Senho.. disse a Jonas: Vai a Nínlve.
Jonas foi. O povo tirou fruto da sua palavra e se con-
verteu ao Senhor.


Crianças, Deus vê tudo, premia o bem e castiga o
mal

--93-
EM TERRA DE EXlLIO

-94-
EM TERRA DE EXíLIO

O povo hebreu foi o povo mais ingrato da terra. In-


t;rato e hipócrita.
O bom Deus o cumulara de beneficios, defendendo-o
de seus inimigos, e êle, constantemente, violou a aliança
com o Senhor, desobedecendo-lhe e ofendendo-o.
Os hebrcus entregavam-se à idolatria, conduziam
uma vida desregrada e cometiam iniquidades hediondas.
Os profetas insistiram para que abandonassem o ca-
minho do mal, mas êles não se convertiam e matavam.
os profetas.
Afinal caiu sôbre êles o castigo que Deus prea-
nunciara.
O rei da Assíria, Salmanasar, declarou guerra aos
hebreus e invadiu suas terras. As tropas assírias desba-
rataram os soldados de Israel e chegaram às portas da
tapital. Ao cabo de três anos Samaria foi tomada.
As cidades foram arrazadas e os habitantes, escravi-
zados, foram conduzidos para a Assíria e vendidos nos
mercados públicos.
O rei da Assíria mandou para as terras devastadas
dos hebreus numerosas colônias de pagãos, os quais,
aliando-se com os poucos sobreviventes, formaram o po-
vo samaritano. Dos Hebreus que foram transportados
para a Assíria, somente um número reduzido pôde vol-
t.ur ao pais natal, quando terminou o dominio assírio.
Mas a nação hebraica nunca mais foi reconstituída.


Crianças, reprimi em tempo as más Inclinações.

-95-
O BOM TOBIAS

--96-
O BOM TOBIAS

Triste e penosa era vida dos hebreus no exilio.


Sem casas, sem templos e sem cemitérios, eram êles
os míseros servos dos poderosos e cruéis senhores assírios.
Entre os desterrados havia um homem flel ao ~e­
nhor, e muito bondoso. Chamava-se Tobias.
Todos os dias o bom Tobias visitava os companheiros
ele sorte, consolava-os em suas aflições, repartia com êles
os seus bens, dava de comer ao famintos, vestia os pobres
<> animava-os a esperar no Senhor.
De noite Tobias renunciava ao sono e ía sepu~tar
ocultamente os hebreus, a quem os assírios rejeitavam a
sepultura, e cujos cadáveres deviam servir de alimento
às aves.
Certa noite, ao romper da aurora, Tobias voltava pa-
ra casa, fatigado, abatido e com sono. Vencido pelo can-
saço, encostou-se a uma parede e ali adormeceu, debai-
xo de um ninho de andorinhas. Enquanto dormia, caiu-
-lhe sôbre os olhos o escremento dos passarinhos, e To-
bias ficou cego.
O pobrezinho não se queixou. Fechado em sua casa,
rezava e dava bons conselhos aos que o visitavam. Por
triste sorte ficou também pobre; então Ana. sua espôsa,
rmpregou-se. Uma vez trouxe para casa um cabritinho
com que fôra presenteada.
O piedoso cego, tendo ouvido os balidos do gracioso
animalzinho, perguntou: :tsse animalzinho não foi rou-
bado?
- Não.- Tranquilizou-o Ana.
Tobias tinha a. consciência delicada.


Crianças, suportai as dores com paciência e sêde ca.
ri dosas.

-97-
O FILHO DE TOBIAS

-98-
O FILHO DE TOBIAS

Tobias tinha um filho de nome Tobias Júnior. Como


a miséria se tornava sempre mais dura, o velho Tob1as
mandou o jovem filho a Rages para cobrar uma divida
antiga. A viagem era longa e perigosa. Por isso Tobias
desejou que o filho procurasse um companheiro.
O jovem saiu e logo encontrou um rapaz formoso
que se ofereceu como guia. Era o anjo Rafael, mas Tobias
não sabia. Conduziu-o à presença do pai, e com a sua
bênção, os dois jovens puseram-se a caminho.
Caiu a tarde do primeiro dia de viagem. Tobias esta-
va cansado e queimado pelo sol. Quis lavar-se no rio Ti-
gre, mas logo veio à tona um grande peixe para engulí-'
-lo. Tobias recuou assustado. Então o anjo ordenou: Pu-
xa, mata-o e guarda o fel.
Depois tomaram de novo o caminho.
Durante a viagem o anjo procurou também uma
espôsa para Tobias; e enquanto êste celebrava o seu ca-
samento o anjo foi resgatar a divida.
A demora de Tobias começou a preocupar os velhos
pais, que esperavam-no ansiosos. A mãe subia todos os
dias ao alto da colina e de lã observava o horizonte. Um
dia viu-o chegar. Pai e mãe saíram ao encontro e rece-
beram-no entre abraços e beijos.
Então o anjo disse a Tobias: Põe o fel sôbre os olhos
de teu pai. Tobias obedeceu-o, e no mesmo instante o
bom velho recobrou a vista.
Chorando de júbilo, os virtuosos velhos queriam dar
um belo presente ao jovem misterioso, mas êle desapare-
ceu dizendo que era o anjo do Senhor.


Crianças, não frequenteis.a companhia dos maus.

-99-
JUDlTE

-100-
JUDITE
Holofernes, general do rei da Assiria sitiava a for·
taleza de Betúlia. Para aniquilar os recurosos dos defen·
sores cortou logo os canais e deixou a cidade sem uma
gôta de água.
Penúria extrema.
E com a sêde que matava, mil outras doenças apa-
receram no povo.
Os magistrados resolveram render-se incondicional-
mente. Não o quis, porém, Judite uma mulher formosa,
rica e muito piedosa. Ela prometeu aos magistrados que
o Senhor os defenderia dos inimigos, se fizessem peni-
tência dos pecados.
A santa mulher retirou-se em casa, passou bom tem-
po orando, depois perfumou-se, ornou-se ricamente e
apresentou-se ao acampamento dos assírios, pedindo ser
admitida à presença do general.
Holofernes ficou deslumbrado com a sua beleza e
deu-lhe licença para permanecer ali.
Alguns dias depois, o general ofereceu aos seus ofi·
dais um suntuoso banquete, para o qual Judite foi tam-
bém convidada. Beberam e comeram à saciedade.
Embriagado, Holofernes deitou-se e adormeceu. No
acampamento e nas tendas dos oficiais reinava o mais
profundo silêncio. Judite viu chegar a sua hora. Fêz uma
fervorosa oração, aproximou-se da cama de Holofernes,
empunhou a espada e cortou-lhe a cabeça. Depois saiu do
acampamento levando consigo a cabeça do general. Ao
romper do dia os hebreus atacaram os assirios. ~stes cha-
maram pelo general, mas vendo-o morto, foram tomados
de pânico e fugiram em desordem.
O povo de Betúlia agradeceu de joelhos a heroína,
que com o auxilio de Deus os libertara dos inimigos.

Crianças, as virtudes sejam os ornamentos da vossa
alma.

-101-
O BOM JO

-102-
O BOM JO

J 6 vivia na terra de Hus. Era sincero, de coração re-


to, escrupuloso e temente a Deus. Teve 7 filhos e três
!ilhas.
.Possuía uma riqueza imensa, por isso era considera-
do grande e poderoso entre todos os orientais.
Nos seus rebanhos contavam-se 7 mil ovelhas, 3 mil
chmelos, 550 juntas de bois e 500 jumentos. Um grande
n.ímero de servos trabalhavam para êle.
Os seus filhos banqueteavam-se todos os dias.
Então o bom Jó, com receio que êles tivessem ofen-
t.J;do a Deus, reunia-os à tarde em sua casa e oferecia sa-
ct i.fícios por interseção de cada um dêles.
O demônio invejando a felicidade de Jó, tentou-o.
Um dia recebeu estas tristes notícias: Os sabeus
roubaram os rebanhos de bois e jumentos e assassinaram
os servos; o fogo do céu matou as ovelhas e os pastores;
os caldeus roubaram todos os camelos; teus filhos e fi-
lhas pereceram esmagados debaixo das ruínas da casa.
Profundamente abalado Jó se pôs de joelhos e ex-
clamou: Senhor, seja feita a tua vontade. Tu me deste
tôdas aquelas coisas, tu mas tirastes.
Resignado, vivia na miséria.
Um dia apareceu-lhe no corpo uma chaga que se es-
tendia desde a cabeça aos pés. Sentado num monturo o
infeliz Jó limpava a podridão com um pedaço de telha.
Não obstante sofresse muito, o coitado não soltou uma
palavra de lamento e não ofendeu a Deus. Suport:wa
com paciência e fé as dores e os desprezos dos homens.
Por isso o Senhor premiou a sua paciência e fide-
lidade.
Jó sarou e recebeu o duplo de quanto possuía.

Crianças, sêde pacientes.

-103-
NA FORNALHA ACESA

-104-
NA FORNALHA ACESA

Os reis antigos eram soberbos e pretendiam ser ado-


rados pelos súditos. Aquêles que se recusavam eram
ccndenados à morte.
O rcl Nabucodonosor mandou construir uma grande
estátua de ouro e convidou à inauguração todos os cor-
tezãos e os grandes do reino.
Antes da função foi lido o seguinte programa: Logo
(i-.:..e soarem as trombetas, prostrai-vos e adorai a estátua.
Quem não o fizer será queimado vivo.
Tocaram as trombetas. Todos se prostraram, menos
tn\5 moços hebreus, a quem a religião proibia aquêle ato,
porque somente Deus é que deve ser adorado.
Conduzidos à presença do rei, disseram:
Não adoraremos a estátua. O nosso Deus nos salva-
rá de teu fogo.
Cheio de cólera o rei ordenou que fôssem atirados na
f•)malha. Quando a ordem foi cumprida, o anjo do Se-
nhor desceu à fornalha e resguardou os moços das
cha·.uas.
Ananias, Misael e Azarias passeavam sôbre as bra-
:;as, cantando e louvando a Deus.
O rei foi chamado para ver o estranho espetáculo.
Assombrado, aproximou-se da fornaTha e gritou:
Sai, porque vós sois servos de Deus Altíssimo. :a:1es SB.Í-
1 ~ m sorrindo e não tinham nem um cabelo queimado.
O rei cumulou os três rapazes de honras, e mandcu
que rôsse punido de morte quem falasse contra o Senhor
d~.'S !1ebreus.


Lrianças, respeitai o nome de Deus.

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NA COVA DOS LEOI!:S

-106-
NA COVA DOS LEõES

No templo de Babilônia era venerado um ídolo que


representava o deus Baal. Homens, mulheres, crianças
de bravam o joelho quando passavam diante dêle e invo-
cavam-no dizendo: Baal auxilie-nos, Baal protege-nos.
Noutro templo havia um dragão, que era também
aoorado.
O jovem hebreu Daniel abominava tais monstruo-
sidades, insurgia e dizia aos pagãos que os seus deuses
eram falsos e mentirosos. As leis do país condenavam à
n.'lrte aquêles que assim falassem.
Então Daniel foi chamado pelo rei, que lhe pergun-
tc.u: Por que não aauras o deus Baal?
Eu adoro o Deus vivo, Criador do céu e da terra, res-
pondeu Daniel.
- Então Baal não é um deus vivo? observou o rei.
- Não! é de metal. São os sacerdotes que comem e
zvubam do templo as oferta~. esclareceu Daniel.
- Mas, acrescentou o rei, dizes ainda que o dragão
ni{o é um deus vi\lo?
-Majestade! dá-me licença e eu matarei êsse ani-
mal sem espada, propôs Daniel. O rei permitiu. Daniel
Iêz um guisado com pêlos, gordura e pez, e deu-o a comer
ao dragão que veio a morrer.
Então tôda a ciàade se pôs em alvorôço e correu ao
palácio do rei pedindo a morte de Daniel. A fim de evitar
rrpresálias contra a sua família, o rei cedeu Daniel à
ir._ popular, e o servo de Deus foi atirado numa cova de
Jf'ões. Mas êstes se deitaram aos pés de Daniel, e nem o
t(Jcaram.


Crianças, Deus defende aquêle que confia n'tle.

-107-
ELEAZAR

-lUl-
ELEAZAR

O rei Ciro, da Pérsia, restituiu a liberdade aos he-


breus c~:~.tivos e permitiu que voltassem para o seu país.
A noticia foi recebida com cantos e explosões de alegria.
Depois de 40 anos de escravidão, 40 mil hebreus, felizes
voltaram à pátria amada e suspirada. O templo de Deus
foi re~üificado e restabelecido o culto do Senhor.
Anos se passaram. O país caiu nas mãos de Antíoco,
rei da Pérsia, o qual, sendo cruel e orgulhoso, decretou
que os judeus deveriam observar os costumes dos pagãos.
Man<Jcu construir um ídolo dentro do templo de Jeru-
S'llém, exigiu que fôssem queimados os livros sagrados
c ameaçou de morte aquêles que vivessem conforme a
ld de Moisés.
Muitns preferiram morrer antes que se submeterem
às leis iníquas.
Quiseram também forçar Eleazar, velho de 90 anos,
a comer carne de porco contra a proibição da lei. Eleazar
resistiu. Amigos, então, pediram-lhe que comesse uma
comida preparada por êles com outra carne, fazendo
acrt:ditar que comera a carne proibida. Mas o velho res-
pondeu: Não é digna da minha avançada idade essa si-
mulação. Se eu fizesse tal coisa os moços poderiam escan-
dalizar-se e pensar, que, com 90 anos de idade, tomei-
-me gentio, a fim de evitar a morte. Aceitando, desonra-
ria a minha velhice, e embora escapasse do suplício dos
homens, não escaparia, todavia, da mão do Altíssimo.
E' por isso que consinto em morrer para deixar à mo-
cidade um exemplo de firmeza.
E morreu mártir de sua fé .


Crianças, evitai o respeito humano.

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OS IRMAOS MACABEUS

-110-
OS IRMÃOS MACABEUS

o exemplo do velho Eleazar repercutiu eficazmente


no povo. Os hebreus decidiram res1stir às injustas pre-
tensões do rei.
Um dia, Antíoco fêz vir à sua presença urna mãe
com seus sete filhos, e ordenou que comessem carne de
porco.
- Não comeremos, responderam unânimes. Esta-
mos prontos a morrer, antes que desobedecer a Deus.
Exasperado, o rei mandou que os três primeiros ir-
mãos fôssern martirizados na presença dos outros. Ar-
rancaram-lhes a pele do corpo, mutilaram-nos horrivel-
n.ente e mataram-nos aos poucos.
Nas suas dores indizíveis diziam ao tirano: E' coisa
bela morrer pela lei de Deus, porque :tle, um dia nos
ressuscitará para a vida eterna. Não te iludas! não fica-
rás sem castigo, tu que ousas fazer guerra a Deus.
Os outros irmãos não se amedron tararn.
Quando chegou a vez do mais moço, o rei tentou
seduzí-lo com promessas, oferecendo-lhes riquezas, se de-
sobedecesse à lei. Mas o menino era inflexível. O rei cha-
mou a mãe e lhe impôs que obrigasse o pequeno a trans-
gredir o preceito de Deus.
A mãe, em vez, disse-lhe: Filho, mostra-te digno de
teus irmãos. Não ternas o carrasco. Eu te encontrarei na
vlda eterna.
Ferido no seu orgulho, o rei fêz morrer o menino
entre os suplícios mais dolorosos.
Por último foi martirizada a heróica mãe.
Os hebreus desde então suspiraram a vinda do Re-
dentor, que nasceria da Virgem Maria.

Crianças, quereis ser felizes? Observai 88 leis do.


Senhor.

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íNDICE
Era uma vez 6
A grande palavra 7
Adão e Eva ... 9·
A primeira falta 11
Triste castigo 13
Os dois Irmãos u
A Arca de Noé 17
O Dilúvio .•. 19
O arco da pu ..• 21
A Torre de Babel. 23
O prêmio de AbraAo 25
Sodoma em chamas '1:1
O filho esperado .. . 29
União abenc;:oada .. . 31
l!.saú e .Jacó . . . . .. 33
Tarde demais! . . .. 36
O sonho de .Jacó ... 37
O regresso de .Jacó 39
José ..• ... . .. 41
José no Egito ... 49
José vê seu pai • .. • •• 45
Uma lnlqua sentenc;:a , .. 47
A mlsslo de Moisés 49
No mar vermelho . . • . .. 61
A lei de Deus . .. .. • ·'·. 63
O bezerro de ouro ... 65
O tabernáculo de Deua 57
A arca da allanc;:a ... 69
A terra da promlsslo . 61
Atravessando o .Jordll.o 6.'~
A tomada de .Jerlcó .•. 65
.Josué ordena ao sol ... 67
A morte de um herói . 69
Escravos 71
Sanslo 73
Noeml e Rut . 76
O pastorzlnho Davi 77
A morte de Absalll.o 79
Davi penitente ... 81
O templo do Senhor 83
O rei Salomão ... 86
A revolta d.P .Jerobollo . 87
O homem de Deus 89
O fogo do Céu ... 91
Jonas . 93
Em terra de exlllo 96
O bom Tobias ... 97
O Filho de Tobias 99
101
Judite lOS
O bom .Jó ... 106
Na fornalha aceaa . 107
Na cova doa leões . 109
Eleazar ... • .• 111
Os lnnll.oe )4acabeU8

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