Metodologia do
Trabalho Científico
Exercício 1 - Exercício Técnicas
de Documentação Pessoal
• CORPO DO TEXTO:
[…] A pesquisa pressupõe um sujeito que refinou os sentidos para a realidade, que não mais se
satisfaz em existir simplesmente. O pesquisador é este sujeito, que não se contenta “em usar de maneira
prática receitas” cujas propriedades, determinações, história e implicações ele desconhece. Busca ir além
do aparente, tentando organizar e relacionar o que a princípio parece desordenado e sem nexo. Quer
compreender. Pula dos fatos para a interpretação. Os fenômenos da natureza e da realidade psicossocial
“não falam por si”, eles só ganham voz pela voz do pesquisador, seu intérprete.
Ao ingressar na vida acadêmica, os estudantes adquirem, naturalmente, a condição de futuros
pesquisadores. Essa possibilidade poderá se concretizar ou não. Do que dependerá? Poderíamos nos
perguntar. O que leva alguns alunos a desenvolver “uma imaginação que traz à existência coisas que não
existiam”, pesquisando, aprendendo, construindo conhecimento? A qualidade de pesquisador não é algo
nato. É algo que se desenvolve ao longo de nossa vida e a Universidade deve ser o campo mais adequado
e fecundo para esse processo.
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Exercício - Unidade 02
Muitos fatores concorrem para a formação de pesquisadores. Dentre eles, alguns de caráter subje-
tivo, como gosto pelo estudo, empenho, sensibilidade, curiosidade; outros de ordem institucional, como
a existência, na Universidade, de políticas e projetos voltados para a produção de pesquisa, incentivos,
bolsas de iniciação científica e a existência de professores que estimulem os alunos à pesquisa, devendo
eles próprios serem pesquisadores ativos. […]
No campo da ciência a criação também exige que nos despojemos das verdades prontas e das
certezas absolutas acerca da realidade. E isso não deixa de ser uma espécie de transgressão. Segundo os
artistas, a criação é um ato de muito prazer, mas também de sofrimento, de trabalho árduo. Também na
ciência, significa o emprego de métodos, o cuidado, o rigor, o não contentamento com respostas óbvias,
a busca permanente pelo aprofundamento. Creio que atualmente não é fácil escolher esse caminho, pois,
além de exigir dedicação e esforço, não conduz a um tipo de sucesso que é mais valorizado em nosso
contexto e que está ancorado nos ideais de consumo e na aparência.
O estudo, no entanto, é uma forma de engrandecimento do sujeito. Batista de Lima (2004, p. 9),
em seu ensaio intitulado “A alegria do pensar”, nos diz que “a leitura é um movimento que impulsiona
o homem para além de si mesmo. Um homem sem leitura é enclausurado nas suas dimensões”. Tanto a
leitura como a escritura nos alargam e nos permitem a transcendência.
Pensando sobre a possibilidade de se produzir conhecimento no cotidiano da vida acadêmica, lem-
bro que é preciso identificar, ou mesmo “cavar”, oportunidades. Estas se apresentam permanentemente,
mas nem sempre são percebidas pelos alunos. Os trabalhos elaborados nas disciplinas, por exemplo, não
devem ser compreendidos apenas como requisito para obtenção de notas, mas devem ser concebidos
como um investimento no campo do saber. Eles podem se transformar, posteriormente, em temas de
monografia, podem vir a ser artigos publicados, podem também ser apresentados nos encontros de ini-
ciação à pesquisa ou nas mostras de trabalhos dos cursos de graduação. […]
O processo de construção do pesquisador exige também que os alunos percebam que não somen-
te as aulas são fonte de conhecimento e que os demais eventos que acontecem na Universidade, como
encontros, seminários, conferências, palestras etc., são também formas que auxiliam na produção do
saber. Há uma ideia errônea de que tais eventos são supérfluos e sem importância, o que faz com que
muitos alunos não participem. O não envolvimento com as diversas atividades acadêmicas torna o aluno
distanciado da Universidade e solitário na sua trajetória.
Finalizando, gostaria de colocar que a formação de pesquisadores não deve ser compreendida
como importante apenas para aqueles alunos que têm pretensões de ingressar profissionalmente no
campo do ensino e da pesquisa. A formação de pesquisadores implica no desenvolvimento de qualida-
des e de habilidades necessárias à vida profissional, em qualquer área. Eu diria mesmo que tais qualida-
des ultrapassam a esfera da profissão, significando uma mudança de postura diante da vida.
• REFERÊNCIAS:
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Exercício - Unidade 02
GARCIA, Ana Maria. A experiência do conhecimento. In: HUHNE, L.M. (org): Metodo-
logia Científica: Caderno de textos e técnicas. Rio de Janeiro: Agir, 1992.
LIMA, José Batista de. A alegria do pensar. In: ABSIL, W.J. (org.). Pedagogia universitária:
Reflexões sobre a experiência docente na educação superior. Fortaleza: UNIFOR, 2004.
QUESTÃO 1
• REFERÊNCIA:
A professora e doutora Maria Inês Detsi de Andrade Santos identifica em seu texto alguns dos
principais requisitos para que o aluno se torne um pesquisador. Além disso, o texto de Santos traz elementos
que conceituam a pesquisa e conscientizam o aluno universitário de seu papel de criar conhecimentos.
Na ciência, a produção do conhecimento, com o uso de métodos, disciplina e rigor, é tarefa árdua
e exige renúncia às verdades prontas e certezas já estabelecidas sobre a realidade. Conforme Santos, essa
atitude não é fácil e esse caminho nem sempre é escolhido, uma vez que esse tipo de dedicação e esforço
não conduziria aos ideais de sucesso mais valorizados em nossa sociedade.
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Exercício - Unidade 02
A pesquisa não deve ser realizada apenas por quem tem interesse em seguir profissionalmente
no campo da pesquisa e do ensino, ao contrário, o envolvimento com a pesquisa implicará num rico
caminho de aprendizagem que levará à formação de qualidades e habilidades necessárias tanto à vida
profissional, em todas as áreas, como para a vida.
• OPÇÕES:
Item a) Resenha
Item b) Resumo
Item c) Fichamento
Item d) Esquema
QUESTÃO 2
Maria Inês Detsi de Andrade Santos é doutora em sociologia, pesquisadora e professora da
Universidade de Fortaleza. Em seu texto, A construção do pesquisador no cotidiano da vida acadêmica,
publicado em 2005 pela Unifor, identifica alguns dos principais requisitos para que o aluno se torne um
pesquisador. Além disso, o texto de Santos traz elementos que conceituam a pesquisa e conscientizam o
aluno universitário de seu papel de criar conhecimentos. Tendo como base autores como Rubem Alves,
Batista de Lima e Ana Maria Garcia, a autora desenvolve seu raciocínio e argumentos em torno da
atividade de pesquisa e da postura do aluno na Universidade.
Na ciência, a produção do conhecimento, com o uso de métodos, disciplina e rigor, é tarefa árdua
e exige renúncia às verdades prontas e certezas já estabelecidas sobre a realidade. Conforme Santos, essa
atitude não é fácil e esse caminho nem sempre é escolhido, uma vez que esse tipo de dedicação e esforço
não conduziria aos ideais de sucesso mais valorizados em nossa sociedade.
O texto traz argumentos bem construídos e difíceis de serem negados, considerando a importância
do estudo, da pesquisa e da produção de conhecimentos na Universidade. Sua fácil leitura e compreensão
conscientizam sobre aspectos relevantes do cotidiano universitário ao tocar em questões como trabalhos,
palestras e seminários, bem como outros eventos como momentos a serem aproveitados pelos alunos
para obtenção de conhecimentos, não apenas como atividades para mera obtenção de notas.
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Exercício - Unidade 02
A autora enxerga a formação em pesquisa não apenas para aqueles que têm pretensões em seguir
carreira de pesquisadores ou se enveredar na docência. Muito além disso, a pesquisa, conforme Santos
esclarece, é uma atividade que propicia a aquisição de habilidades que vão além do conhecimento
técnico. A pesquisa, portanto, é importante para o desenvolvimento de qualidades necessárias não só
para a profissão, seja ela qual for, como para o enfrentamento da vida.
O texto traz enormes contribuições para o estudante universitário, ao permitir a ampliação de sua
visão sobre a pesquisa e o cotidiano acadêmico.
• REFERÊNCIA:
• OPÇÕES:
Item a) Fichamento
Item b) Resumo
Item c) Esquema
Item d) Resenha
QUESTÃO 3
• REFERÊNCIA:
“[…] O pesquisador é este sujeito, que não se contenta ‘em usar de maneira prática receitas’ cujas
propriedades, determinações, história, e implicações ele desconhece. Busca ir além do aparente, tentando
organizar e relacionar o que a princípio parece desordenado e sem nexo. Quer compreender […]”. (p. 1)
“Muitos fatores concorrem para a formação de pesquisadores. Dentre eles, alguns de caráter subjetivo,
como gosto pelo estudo, empenho, sensibilidade, curiosidade; outros de ordem institucional, como a
existência, na Universidade, de políticas e projetos voltados para a produção de pesquisa […]”. (p. 1)
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Exercício - Unidade 02
“[…] Os trabalhos elaborados nas disciplinas, por exemplo, não devem ser compreendidos apenas
como requisito para obtenção de notas, mas devem ser concebidos como um investimento no campo
do saber. Eles podem se transformar, posteriormente, em temas de monografia, podem vir a ser artigos
publicados, podem também ser apresentados nos encontros de iniciação à pesquisa ou nas mostras de
trabalhos dos cursos de graduação”. (p. 2)
“O processo de construção do pesquisador exige também que os alunos percebam que não
somente as aulas são fonte de conhecimento e que os demais eventos que acontecem na Universidade,
como encontros, seminários, conferências, palestras etc., são também formas que auxiliam na
produção do saber […]”. (p. 2)
• OPÇÕES:
Item a) Fichamento
Item b) Esquema
Item c) Resenha
Item d) Resumo
QUESTÃO 4
• REFERÊNCIA:
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Exercício - Unidade 02
• OPÇÕES:
Item a) Resenha
Item b) Fichamento
Item c) Esquema
Item d) Resumo
QUESTÃO 5
• REFERÊNCIA:
• DESCRIÇÃO DA IMAGEM:
Construção de Pesquisadores na Vida Acadêmica requer que:
1.1 – Identifique oportunidades por meio de: Encontros, Palestras, Trabalhos acadêmicos e
Seminários.
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Exercício - Unidade 02
• OPÇÕES:
Item a) Resenha
Item b) Fichamento
Item c) Esquema
Item d) Mapa conceitual
Item e) Resumo