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Durante séculos, a urbanização brasileira ocorreu em pontos isolados, como verdadeiras

ilhas, tornando-se generalizada somente a partir do século XX.

Pode-se dizer que Salvador comandou a primeira rede urbana do país, mantendo sua
primazia até meados do século XVIII, quando a capital da colônia se transfere para a
cidade do Rio de Janeiro. As relações entre o litoral e o interior eram frágeis neste
período.

O povoamento e as riquezas geradas pela agricultura e a mineração ensaiaram os


primeiros passos rumo ao processo de urbanização.

Em fins do século XIX, o Brasil assiste ao crescimento do fenômeno de urbanização do


território. São Paulo, líder na produção cafeeira, inicia a formação de uma rede de
cidades, envolvendo os estados do Rio Janeiro e de Minas Gerais.

Mas, será apenas em meados do século XX, quando ocorre a unificação dos meios de
transporte e comunicação, que as condições se tornam propícias para uma verdadeira
integração do território. Modificam-se substancialmente os fluxos econômicos e
demográficos, conferindo um novo valor aos lugares.

Alcântara, cidade histórica no Maranhão – Lau Polinésio

A partir da década de 70, ocorre a difusão generalizada das modernizações, tanto no


campo como na cidade. A construção e expansão de estradas de rodagem e a criação de
um moderno sistema de telecomunicações possibilitaram maior fluidez no território,
além de permitir a unificação do mercado em escala nacional.

Cresce o consumo de bens materiais e imateriais, como educação e saúde,


transformando as funções urbanas. A rede urbana torna-se mais complexa, pois tanto o
campo como a cidade respondem às novas condições de realização da economia
contemporânea. Na atual fase, a urbanização do território tem múltiplas implicações,
tais como o ritmo de crescimento mais lento das cidades milionárias e, concomitante a
essa tendência, o crescimento das cidades locais e das cidades médias. Em 1980, o país
contava com 142 cidades com mais de 100 mil habitantes e, em 1991, eram 187. A
participação da população brasileira cresce também nessas cidades médias, elevando-se
de 13,7% em 1970 para 16,7% em 1991. A densidade econômica do território leva à
crescente especialização das cidades, que têm um papel cada vez mais ativo no país.
Fonte: www.geobrasil2001.hpg.ig.com.br
Urbanização do Território

Urbanização é o aumento proporcional da população urbana em relação à população


rural. Segundo esse conceito, só ocorre urbanização quando o crescimento da população
urbana é superior ao crescimento da população rural.

Observação: Os processos de industrialização e de urbanização brasileiros estão


intimamente ligados, pois as unidades fabris eram instaladas em locais onde houvesse
infraestrutura, oferta de mão de obra e mercado consumidor. No momento que os
investimentos no setor agrícola, especialmente no setor cafeeiro, deixavam de ser
rentáveis, além das dificuldades de importação ocasionadas pela Primeira Guerra
Mundial e pela Segunda, passou-se a empregar mais investimentos no setor industrial.

Segunda metade do século XX:

O Brasil tornou-se um país urbano, ou seja, mais de 50% de sua população passou a
residir nas cidades.

A partir da década de 1950, o processo de urbanização no Brasil tornou-se cada vez


mais acelerado (processo de industrialização).

Intensificou-se o êxodo rural (migração rural-urbana), devido à perda de trabalho no


setor agropecuário (modernização técnica do trabalho rural, com a substituição do
homem pela máquina e a estrutura fundiária concentradora), carência de terras para a
maioria dos trabalhadores rurais.

Urbanização desordenada:

Municípios despreparados para atender às necessidades básicas dos migrantes, causa


uma série de problemas sociais e ambientais.

Problemas Urbanos:

Sociais:

Moradia (favelização)

Desemprego

Desigualdade social (qualidade de vida)

Saúde

Educação

Exclusão social

Violência (assassinatos, assaltos, sequestros, agressões, e outros tipos de violência).


Políticas públicas devem ser desenvolvidas para proporcionar uma distribuição de renda
mais igualitária, diminuindo a disparidade entre a população. Investimentos em serviços
públicos se fazem necessários (educação, saúde, moradia, segurança, etc.) de forma que
eleve a qualidade de vida e, principalmente, dignidade para os cidadãos brasileiros.

Ambientais:

Aterros sanitários

Ocupação de áreas inadequadas para moradia

Impermeabilização dos solos

Desmatamento

Poluição atmosfera

Poluição dos cursos de água

Produção de calor geram diversos efeitos sobre os aspectos do ambiente

A expansão e ocupação da rede urbana sem o devido planejamento ocasionou e ainda


ocasiona vários problemas ambientais para a população que a habita. Esses transtornos
são causados por diversos fatores antrópicos, diretamente ligados à expansão das
atividades industriais e ao êxodo rural. É necessário um planejamento urbano coerente,
bem como a elaboração e aplicação de políticas ambientais eficazes, além da
conscientização da população.

A implantação de medidas preventivas tende a evitar os prejuízos vistos atualmente,


com os quais toda a sociedade tem que arcar.

Atualidade:

Atualmente – Urbanização é mais acelerada em países em desenvolvimento, como o


Brasil, ou pouco desenvolvidos. Desde 2008, a população urbana mundial é maior que a
rural, e essa proporção continua crescendo.

Brasil urbano – Desde a década de 1960, mais precisamente em 19

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