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- Os princípios são para Administração Pública como fundamentos que
asseguram a compreensão e a interpretação das normas jurídicas.
1) Princípio da Legalidade:
Este princípio é o fundamento do Estado de Direito, a sua base
genérica está inserta na norma do Art. 5º, inciso II da CF/88. O
Princípio da legalidade alcança tanto os particulares quanto a
administração pública.
A) Relações privadas: prevalece a autonomia da vontade, o indivíduo
pode fazer tudo que a lei não proíbe.
B) Relações da Administração Pública: prevalece o entendimento
da observância da lei, o agente público só pode fazer o que a lei
permite. A legalidade também pode ser compreendida com o
Princípio da Submissão da Administração Pública ao Direito.
Atenção:
Deve receber um destaque a diferenciação entre a Reserva Legal
Absoluta e a Reserva Legal Relativa. A Reserva Legal é Absoluta
quando a matéria prevista na Constituição somente pode ser tratada
por lei (ato normativo primário) e, temos a Reserva legal relativa
quando a matéria apesar de exigir a lei formal, estabelece que esta,
apenas fixe parâmetros para a atuação do administrador público, que
ao editar o ato normativo infralegal irá complementar a norma legal (ato
normativo secundário).
O sistema constitucional vigente impede que os atos secundários
editados pelos Chefes de Poder Executivo, no exercício de suas
atribuições, criem ou modifiquem direitos e obrigações.
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Ver o Art. 84, IV e o Art. 49, V da CF/88
Ver também a Medida Provisória – art. 62 da CF/88.
2) Princípio da Impessoalidade:
O interesse público, que também é um princípio reconhecido na
Administração Pública, estabelece que o agente público, na prática de
seus atos, não poderá usar a máquina administrativa para alcançar os
seus interesses pessoais, inclusive o de terceiros.
Para muitas escolas a impessoalidade é uma forma de se dizer
finalidade (Hely L. Meirelles). Entretanto, a Prof. Maria Sylvia Z. Di
Pietro entende que a impessoalidade está relacionada com a finalidade
e com a teoria da imputação ou do órgão. Os órgãos públicos exercem,
através de seus agentes as funções públicas e portanto acarretam
responsabilidades para as pessoas jurídicas que representam (Teoria
da imputação).
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(legalidade), mas também, o comportamento ético e honesto
(moralidade amdinistrativa).
A conduta do administrador público que viola a moralidade
administrati implica nas sanções previstas na Lei 8429/92, que
regulamenta o Art. 37, §4º da CF/88.
“...§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma
e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível...”
Súmula Vinculante nº13
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da
mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento,
para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função
gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste
mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
4) Princípio da Publicidade:
A publicidade está diretamente ligada ao estudo do estado
republicano e democrático, inspirado pela norma explícita no Art. 1º,
parágrafo-único da CF/88.
“...Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição...“
A razão decorre do entendimento da coisa pública (res public) e da
titutlaridade do poder (povo – democracia). Assim, a publicidade dos
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atos e manifestações se coadunam com a exig~encia de atividade
administrativa transparente. A obediência ao Princípio da Publicidade
se dá em dois níveis:
A) Direito dos administrados ao acesso às informações,
principalmente aquelas de interesse coletivo.
B) Dever da Administração Pública de garantir a publicidade de seus
atos e contratos administrativos.
5) Princípio da Eficiência:
O Princípio da Eficiência foi introduzido por Emenda Constitucional
(EC19/98).
A eficiência impõe ao administrador público a necessidade de
produzir resultados que sejam satisfatórios na realização de seus atos
e manifestações. Hely L Meirelles afirmava que a eficiência decorre da
presteza, da perfeição e do rendimento funcional.
Na avaliação do desempenho da atividade sempre analisa-se a
eficiência e a eficácia produzida pelos atos. A eficiência está
diretamente ligada aos recursos utilizados e a eficácia aos resultados
produzidos.
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§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla
defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor
estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se
estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor
estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro
cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é
obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998)”
PRINCÍPIOS RECONHECIDOS:
Princípio da Razoabilidade:
- A razoabilidade exige a harmonização da norma geral com o
caso individual.
- A razão do princípio reside, entre outros fatores, no
equilíbrio entre o meio e o fim. Também devemos ressaltar o
sacrifício imposto a alguns e a vantagem geral obtida,
evitando a onerosidade excessiva, sob pena de ilegalidade do
ato.
- Razoabilidade é um conceito jurídico indeterminado e
variável.
Princípio da Proporcionalidade:
- a) adequação: o ato administrativo deve ser efetivamente
capaz de atingir os objetivos pretendidos;
- b) necessidade: o ato administrativo utilizado deve ser, de
todos os meios existentes, o menos restritivo aos direitos
individuais;
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- c) proporcionalidade em sentido estrito: deve haver uma
proporção adequada entre os meios utilizados e os fins
desejados. Proíbe não só o excesso (exagerada utilização de
meios em relação ao objetivo almejado), mas também a
insuficiência de proteção (os meios utilizados estão aquém do
necessário para alcançar a finalidade do ato).
*Este princípio funciona como limitador da
discricionariedade administrativa.
Princípio da Motivação:
- A motivação representa que o administrador deve indicar os
fundamentos de fato e de direito que o levam a adotar
qualquer decisão.
- Motivo são os fundamentos de fato e de direito do ato
administrativo. Todos os atos administrativos requerem um
motivo lícito. Motivação é a exposição do motivo.
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LITÍGIO, NÃO HÁ ACUSAÇÃO, LOGO NÃO HÁ VIOLAÇÃO AO
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO)
(RE 156.400, rel. min. Marco Aurélio, j. 5-6-1995, 2ª T, DJ de 15-9-
1995.=RE 233.303, rel. min. Menezes Direito, j. 27-5-2008, 2ª T, DJE
de 1º-8-2008)
* (Constituição Anotada do STF)
BIBLIOGRAFIA:
1. Meirelles, Hely L. – Curso de Direito Administrativo – Ed. Malheiros.
2. Knoplock, Gustavo M. – Manual de Direito Administrativo – Ed.
Campus
3. Di Pietro, Maria S.Z.– Direito Administrativo – Ed. Atlas.
4. Mello, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo.
22ª ed., Ed.Malheiros, 2007.
5. Irene Patrícia Nohara – Direito Administrativo – 7ª Ed., Ed. Atlas/Gen
- 2017
Pesquisa internet:
www.planalto.gov.br
www.stf.jus.br