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ARTIGO
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A influência da respiração na melhora da técnica de dança clássica

Paula Romano;
Graduada e Licenciada em Dança - Unicamp
Antonia Dalla Pria Bankoff
Laboratório de Avaliação Postural – FEF/Unicamp

RESUMO
Objetivou-se estudar a influência da respiração na melhora da técnica de
dança clássica em sujeitos voluntários de ambos os sexos, faixa etária entre
19 e 30 anos, freqüentadores de cursos de graduação e mestrado da
Universidade Estadual de Campinas, iniciantes na dança clássica. Foram
criados dois grupos: Experimental (n=6) e Controle (n=9). Na coleta das
informações foram utilizadas medidas antropométricas (massa corporal e
estatura), medidas do tórax, teste da bexiga (espirômetro) e bateria de
exercícios de dança clássica . Os resultados foram analisados de forma
descritiva e estatística inferencial e teste de hipótese de todos os dados
utilizando o software BioEstat 3.0. ANOVA para medidas repetidas, seguidas
pelo teste post hoc de Tukey, foram utilizadas para o tratamento dos dados.
Foi adotado um valor de p<0,05. Os resultados indicam que a aplicação de
exercícios de respiração nas aulas de dança aumentou a consciência corporal
e a percepção dos próprios movimentos.

Palavras-chave: Respiração; Dança clássica; Consciência corporal.

ABSTRACT
Objective to study the influence of breathing on improving the technique of
classical dance in subject volunteers of both sexes, aged between 19 and 30
years old, visitors of courses for graduation and master's degree at the State
University of Campinas, beginners in the classical dance. Created two groups:
Experimental (n = 6) and Control (n = 9). In the collection of information
were used anthropometric measurements (body mass and height), measures
the chest, test the bladder (spirometer) and battery of exercises of classical
dance. The results were analyzed in a descriptive and inferential statistics and
test hypothesis of all data using the software BioEstat 3.0. ANOVA for
repeated measures, followed by posthoc test of Tukey, were used for the
treatment of data. It adopted a value of p <0.05. The results indicate that the
application of exercises of breathing in dance classes, increased awareness
and perception of their own body movements.

Keywords: Respiration; Classical dance; Body awareness.

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INTRODUÇÃO

Segundo Souchard (1989), sendo um fenômeno rítmico-bifásico, a respiração


tem sua freqüência regulada pela concentração de anidrido carbônico, responsáveis
pela estimulação direta dos centros da respiração. Além de fazer as trocas gasosas
entre o ambiente externo e o sangue (respiração externa) e entre o sangue e os
tecidos (respiração interna), a função respiratória é responsável por “arterializar o
sangue”, ou seja, enriquecê-lo de oxigênio e purificá-lo de anidrido carbônico.
O ato respiratório ocorre em duas fases: a inspiração e a expiração. Na
inspiração acontece a contração do diafragma, a dilatação da caixa torácica e a entrada
de ar nos pulmões. Na expiração o diafragma relaxa e ocorre a diminuição do tamanho
da caixa torácica e a saída de dióxido de carbono. Na inspiração, o diafragma é
contraído achatando o músculo e abaixando o assoalho do tórax, assim aumenta a
dimensão vertical da cavidade torácica.
Acompanhando a movimentação do ar para dentro e para fora do tórax,
encontramos como princípio físico a relação inversa entre pressão e volume. Alterando
o volume dentro do tórax, a pressão intratorácica também sofre alteração em 1-2
mmHg acima ou abaixo da pressão atmosférica (fora do corpo) na respiração tranqüila.
Essa alteração é suficiente para mover cerca de 500 ml de ar em cada respiração.
O ar que entra e sai do pulmão a cada respiração é chamado de ar corrente e
seu volume é o volume corrente. Num sujeito normal, o volume corrente gira em torno
de 500ml, enquanto a freqüência normal da respiração no adulto é de 12 por minuto,
geralmente. A cada minuto, 6 litros de ar passa normalmente para dentro e para fora
das vias respiratórias. Chamamos esse volume de volume minuto respiratório.
O volume de ar que uma pessoa normal consegue inspirar, além daquele que já
existe nos pulmões no início da inspiração é de aproximadamente 3.000 ml. A esse
volume damos o nome de capacidade inspiratória. A quantidade de ar que uma pessoa
expira, além da que é normalmente expirada, é o volume de reserva expiratória. Seu
valor é de 1.100 ml.
Cerca de 1.200 ml de ar constitui o volume residual, ou seja, além do volume
de reserva expiratória, existe ar que não pode ser expirado dos pulmões, mesmo na
expiração forçada. A soma do volume de reserva expiratória e do volume residual é a
capacidade funcional residual, isto é, revela a quantidade de ar que permanece no
sistema respiratório ao termina de uma expiração normal. Com esse ar que as trocas
de oxigênio e gás carbônico com o sangue podem continuar acontecendo, no intervalo
entre as respirações. É esse volume de ar que não permite os alvéolos colabarem.

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A medida da capacidade global de uma pessoa de inspirar e expirar ar, é
chamada de capacidade vital. Seu valor é determinado, principalmente, por dois
fatores:
- a potência dos músculos respiratórios e
- a resistência elástica da parede torácica e dos pulmões para a expansão e
para a contração.
A prática da dança permite desenvolver e enriquecer a beleza corporal, a
visão, a precisão, a coordenação, a flexibilidade, a tenacidade, a imaginação e a
expressão. Para que tudo isso ocorra, o bailarino precisa de um corpo consciente e
oxigenado, o que pode ser obtido com exercícios e práticas de consciência
respiratória.
A dança necessita que as trocas de materiais gasosos (respiração) sejam
tranqüilas e conscientes, pois a respiração lenta fará o oxigênio ser transportado para
todas as partes do organismo, deixando o bailarino oxigenado para executar os
movimentos com mais serenidade, conseqüentemente com mais qualidade de
movimentação.
Segundo Keleman (1992), se os músculos não recebem sangue ou oxigênio
suficiente, nossa ação torna-se limitada. Se o cérebro sofre falta de oxigenação,
tornamo-nos apáticos, insensíveis, desatentos. Se, por outro lado, o cérebro recebe
oxigênio em demasia, como nos estados de ansiedade, somos impelidos a agir.
Para ministrar aulas de ballet para voluntários durante a pesquisa, tivemos que
ter a consciência de que estávamos trabalhando com seres humanos, com sentimentos,
afetos e personalidades diferentes.
O Homem é considerado um sistema aberto em constantes restaurações que
está buscando um estágio evolutivo nunca alcançado por completo. Acreditamos que
contribuímos para o processo de formação de cada um dos sujeitos freqüentadores do
projeto.
A aquisição do conhecimento se define através de duas fases:
- fase exógena - fase de constatação, cópia da repetição;
- fase endógena - fase de compreensão das relações, das combinações
(pressupõe abstração empírica- extrai informação do próprio objeto e ou
reflexiona - operações intelectuais).
Segundo Piaget, as estruturas mentais são produto de uma construção
provocada por perturbações do meio e a capacidade do organismo de responder a
essa perturbação.

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Equilíbrio

Não podemos falar sobre movimento corporal, ou seja, sobre dança, sem falar
sobre o equilíbrio.
Além de um corpo oxigenado, a pessoa que dança precisa de equilíbrio para
poder executar os movimentos de maneira harmônica e, como o próprio nome diz,
equilibrada.
Segundo Bankoff (2007), alguns músculos e/ou cadeias musculares são
essenciais para o equilíbrio corporal. São eles: os músculos extensores das
extremidades inferiores, em especial o quadríceps; os músculos tóraco-lombares; os
músculos da nuca; os músculos extensores da mandíbula.
Muitas pessoas pensam que para dançar bem é preciso repetir exaustivamente,
durante anos, os movimentos do ballet. Certamente, o treino e a repetição irão
aprimorar a técnica da dança, porém de nada adianta um caminho sem consciência e
sem conhecimento do próprio corpo. Para que nosso corpo consiga se movimentar,
dançar, pular, é fundamental que falemos de um sistema importante no controle do
equilíbrio. É o sistema vestibular. Esse sistema corrige rapidamente qualquer
movimento corporal que nos desequilibre de nossas bases- os pés- evitando a queda
do corpo. Ele também fornece a percepção precisa da posição do corpo no espaço e
da direção e aceleração do movimento. Por último, quando o indivíduo, o ambiente ou
ambos estão em movimento, o sistema vestibular é quem controla os movimentos dos
olhos.
Não podíamos deixar de lado o labirinto vestibular. Ele consiste o órgão mais
importante para a regulação do equilíbrio. Uma vez que ele é formado por três canais
semicirculares, dispostos cada um em um plano diferente: sagital, horizontal e frontal.
Assim, os elementos sensitivos do labirinto podem captam todos os deslocamentos
angulares da cabeça.
No Ballet Clássico, existem movimentos chamados de pirouettes, ou apenas
piruetas. Para que o indivíduo execute uma ou mais piruetas é necessário que ele
saiba bater cabeça. Esse termo é usado na dança para definir o reflexo vestíbulo-
ocular. Este reflexo tem a finalidade de manter a imagem estável na retina enquanto
acontece a rotação rápida da cabeça, visto que a informação visual também é
importante para a manutenção do equilíbrio e do controle postural. Por isso, muitos
bailarinos conseguem virar inúmeras piruetas consecutivas e não e não sentir tontura.
O estudo da técnica de Klauss Viana (1990) auxilia o indivíduo a manter o
equilíbrio postural enquanto dança. Quando é trabalhado o primeiro vetor da técnica
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podemos observar que a base de apoio do corpo (ou seja, os pés), torna-se mais
consciente, obtendo maior contato com a área da base na qual o pé está em contato.
Já o terceiro vetor auxilia o indivíduo com relação ao centro de gravidade, pois muitas
vezes na dança é necessário diminuir a base de contato do pé com a base na qual
está em contato. Assim, a consciência grau de contração exigida dos músculos
abdominais para que o equilíbrio seja mantido, é de fundamental importância para o
indivíduo continuar com a movimentação sem prejuízo da qualidade da mesma.
O conhecimento do próprio corpo e das várias maneiras como ele pode ser
estudado é importante para que o indivíduo tenha controle e consciência dos próprios
movimentos.

Metodologia

Público alvo

Quinze pessoas (sendo nove pessoas do grupo controle e seis pessoas do grupo
experimental) freqüentadores de cursos de graduação e mestrado da Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP), ambos os sexos, faixa etária entre vinte e trinta
anos, iniciantes de dança clássica.

Procedimentos Metodológicos

Para obtenção de dados da pesquisa foram colhidas medidas antropométricas


(peso e estatura).
Também foi aplicado o teste de volume respiratório (teste da bexiga). Devido à
necessidade da pesquisa foram desenvolvidas medidas torácicas, elaboradas e
aplicadas baterias de exercícios de Ballet, quinzenalmente, que eram cronometradas.
Constituição de dois grupos sendo um experimental e um controle, com seis
sujeitos no grupo experimental e nove sujeitos no grupo controle.
Aulas duas vezes por semana com duração de uma hora no grupo controle e de uma
hora e quinze minutos no grupo experimental.

Grupo Controle:

- Aulas de Ballet Clássico, sem a aplicação de exercícios específicos para o


melhoramento da respiração;
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- Bateria de exercícios de dança clássica, pré-formulada, antes do início dessas
aulas, aplicada e cronometrada quinzenalmente, calculando o
desenvolvimento individual e do grupo;
- Aulas com uma hora de duração.

Grupo experimental:

- Aulas de Ballet Clássico, com aplicação de exercícios de reeducação


respiratória;
- Exercícios de reeducação do ato respiratório, tais como: tomada de
consciência da respiração nasal, tomada de consciência do ato respiratório,
tomada de consciência da respiração torácica, tomada de consciência da
respiração completa, melhoramento da elasticidade torácica e vertebral,
visando um aumento da capacidade de rendimento metabólico e
cardiorrespiratório do indivíduo;
- Bateria de exercícios da dança clássica, pré-formulada, antes do início dessas
aulas, aplicada e cronometrada quinzenalmente, calculando o
desenvolvimento individual e do grupo;
- Aulas com uma hora e quinze minutos de duração.
Tendo em vista o quão difícil é memorizar e registrar aulas práticas de dança,
surgiu a necessidade de apresentar aos alunos de ambos os grupo, uma parte
também teórica da dança clássica e da anatomia humana estudada em sala. Retirado
do “Dicionário de Ballet”, da organização de Ana Pavlova, foram entregues aos
sujeitos, nas primeiras semanas de aula, “Os sete movimentos da Dança”,
sistematizados em um quadro; “As direções do corpo”, com nomenclatura própria da
Dança; “Plano das cinco posições básicas dos pés”; “As cinco posições básicas dos
braços”; “Batimentos Cruzados”; “Pliés em todas as posições dos pés”; “Batimentos
estendidos” e “Grandes Batimentos”.

Medidas do tórax

Analisando as bibliografias estudadas e pela dificuldade de encontrar um


modelo de medições torácicas, sentimos necessidade de elaborar um modelo próprio
para podermos quantificar os dados da pesquisa e ser mais fiel possível aos resultados
obtidos.
Escolhemos fazer medições da região torácica, por ser anatomicamente a
região do corpo humano, onde se encontra o sistema respiratório.
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As medidas foram realizadas individualmente nos sujeitos, com auxílio de uma
fita métrica e um marcador a tinta. Foi pedido para que os sujeitos estivessem com o
tórax despido, pois qualquer vestimenta como sutiã, blusa, camiseta e outros, poderia
atrapalhar o manuseio e alterar as medições. Todas as marcações foram feitas nos
momentos de apnéia, tanto depois da inspiração como depois da expiração. Para que
as medições saíssem mais precisas, foi pedido para que os sujeitos mantivessem o
momento de apnéia maior, devido ao tempo hábil para a medição e marcação no
corpo.

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1ª medida:

Esterno – Osso plano, localizado na parte anterior do tórax, constituído de três


partes: o manúbrio, o corpo e o processo xifóide. O esterno faz parte do esqueleto
axial, principal estrutura de sustentação do corpo. Alem dele, o esqueleto axial
também conta com o crânio, as vértebras, as costelas e o osso hióide. As fraturas e
deslocamentos nesta parte do corpo são mais serias do que no esqueleto apendicular,
que veremos no próximo tópico. Foi escolhido como forma de medição, pois faz parte
de um conjunto de ossos cujas articulações ao longo da coluna facilitam a mobilidade
do tronco, logo está diretamente ligado ao movimento respiratório, pois se situa na
caixa torácica, local onde estão os pulmões, órgãos responsáveis pela respiração.

O esterno (vista frontal e lateral). (BANKOFF, 2007. p. 199)

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2ª medida:

Clavícula - Osso curto e cilíndrico que se estende em forma de “S” itálico entre
o esterno e a escápula. Faz parte da cintura escapular que esta inserida no esqueleto
apendicular. Alem da cintura escapular, o esqueleto apendicular inclui a cintura
pélvica, os ossos dos braços, antebraços, punhos, mãos, coxas, pernas e pés. As
articulações deste esqueleto possibilitam um considerável grau de liberdade para os
membros superiores e inferiores. Podem acontecer mais facilmente fraturas e
deslocamentos nesta parte do esqueleto.
A Clavícula se articula com a escápula pela extremidade acromial e articula-se
com o esterno pela extremidade esternal. (fig. Pg. 110).
A articulação esternoclavicular é uma articulação em sela, o que permite à
clavícula os movimentos:
- de avançar e recuar;
- de abaixamento e elevação;
- de rotação sobre o eixo.
Tendo em vista esses movimentos, consideramos importante medir a
movimentação da clavícula, enquanto movimento de elevação e abaixamento e
avançar e recuar, pois são os movimentos de maior percepção na hora da
respiração.

Julgamos essas medidas importantes para esta pesquisa, uma vez que a
clavícula é um osso que faz parte da anatomia respiratória do ser humano e sua
movimentação, dependendo do tipo respiratório de cada um, é inevitável.

3ª e 4ª medidas:

4ª costela com 9ª vértebra torácica; e


6ª costela com 12ª vértebra torácica.
Esses pontos são importantes, pois têm localização estratégica para analisar o
tipo de respiração que a pessoa possui.
As costelas são ossos planos, geralmente mais achatados que arredondados. As
vértebras são ossos irregulares, pois tem dois ou mais formatos diferentes.
São doze as vértebras torácicas e situam-se na coluna vertebral com mais
outras doze que se subdividem em cervicais, sacrais e coccígeas, com números de
sete, cinco e quatro, respectivamente, sendo as vértebras sacrais e coccígeas
fundidas. Falaremos mais aprofundado das doze vértebras torácicas neste tópico. As
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doze vértebras torácicas sustentam o tórax, cabeça e o pescoço. Elas se articulam
com as doze costelas bilateralmente. Cada par de vértebras individuais não fundidas
constitui um segmento móvel, exceto C1-C2. Os movimentos combinados dos
segmentos móveis são responsáveis pela movimentação do pescoço e das regiões
media e inferior do dorso. Esse segmento móvel e unido por três articulações: um
disco intervertebral parcialmente móvel anteriormente e um par de articulações
sinoviais com facetas deslizantes, posteriormente.
As vértebras torácicas são caracterizadas por processos espinhosos longos e
delgados, corpos em formato de coração e facetas quase verticais. Também
encontramos o corpo a hemifaceta, forame vertebral, processo espinhoso, pedículo,
processo articular inferior e superior, lâmina. Em geral, cada costela forma uma
articulação sinovial com duas hemifacetas nos corpos de vértebras adjacentes e uma
faceta única no processo transverso da ultima vértebra.

5ª medida:

Cavidade umbilical, espinha ilíaca e 3ª vértebra lombar - Região que há


movimentação durante a respiração. Os movimentos diferem conforme o tipo
respiratório. Ora na inspiração há dilatação desta parte, ora na expiração que há
dilatação.
Região onde encontramos o músculo diafragma, grande responsável pela
movimentação da cavidade torácica durante a respiração.
Classicamente, o diafragma é descrito como um músculo delgado e achatado,
que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal.
Com a forma de cúpula côncava na parte de baixo, o diafragma relaciona-se
inferiormente com as vísceras abdominais e na sua parte superior com os pulmões e o
pericárdio.
Com o músculo diafragma realizando cerca de 75% do esforço inspiratório
contra 25% do esforço dos intercostais externos, julgamos importante a verificação
das medidas desta região para constatação de sua movimentação durante o ato
respiratório.
Mais uma vez com o auxílio do livro Anatomia para o Movimento, pudemos
verificar as regiões anatômicas correspondentes nas partes posterior e laterais da
porção diefragmática. Chegamos na parte posterior `a 3ª vértebra lombar e na região
lateral, na espinha ilíaca do osso ílio, na pelve.

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6ª medida:

Processo xifóide até cavidade umbilical - Região que dá continuidade à extensão


esternal e que possui movimentação durante o ato respiratório devido à
movimentação do diafragma.
Aqui encontramos a cavidade visceral sofrendo toda a movimentação durante o
ato respiratório.
“Na inspiração, a contração do diafragma achata o músculo e abaixa o assoalho
do tórax, aumentando a dimensão vertical da cavidade torácica.” (KAPIT/ELSON,
2004, p.135).

7ª medida:

Escápula – osso que ajuda a englobar posteriormente a região pulmonar, por


isso, também sofre movimentações durante a respiração.
A escápula tem numerosas maneiras de se deslocar sobre o tórax, graças à
mobilidade das articulações esternoclavicular e acromioclavicular. O movimento de
elevação a desloca ligeiramente para cima e para frente. No movimento de
abaixamento, ocorre a justaposição da escápula contra o tórax. Já com a adução, a
escápula aproxima-se da coluna vertebral (juntar os ombros). No movimento de
abdução, a osso escápula afasta-se da coluna vertebral. Outro movimento importante
da escápula é a báscula. Podemos classificar de duas formas: báscula medial e
báscula lateral. Fica mais fácil entender este movimento se imaginarmos a escápula
fixada ao tórax, por meio de um eixo perpendicular a ele, passando por baixo do
centro da espinha da escápula. Assim ela poderia girar ao redor do eixo levando seu
ângulo inferior tanto lateral como medialmente.
Fizemos a medição da diferença na movimentação do ângulo inferior da
escápula, pois acreditamos ser importante constatar tal dado conforme a elevação,
abaixamento, adução e abdução da escápula, devido à entrada e saída do ar nos
pulmões. Foram observados apenas estes movimentos, e não a báscula, pois
observamos que a escápula desliza sobre o tórax posteriormente durante a
respiração.

Bateria de exercícios de dança clássica

- quatro petits changements de pieds;


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- quatro échappé sauté;
- quatro échappé sauté battu;
- um glissade seguido de um assemblé para direita e para esquerda;
- quatro pas de chat (dois para cada lado);
- quatro échappé sauté (girando e fazendo um para cada direção);
- um changement para cada direção até voltar na posição inicial.

Sugestões de exercícios de reeducação respiratória

Exercícios de respiração:
1. Decúbito dorsal com os joelhos estendidos, primeiramente e depois fletidos
com os pés apoiados no chão.
- Observação da respiração. Sentir como está a própria respiração: se está
curta ou longa, rápida ou lenta.
- Observar, se possível, sem alterar.
- Repetir por alguns minutos.
2. Decúbito dorsal com os joelhos estendidos.
- Inspirar profundamente e soltar o ar pela boca com o som
aaaaaahhhhhhh!!!!!!!...
- Observar as sensações e sentimentos que tal respiração provoca.
- Tentar registrar essas sensações e sentimentos de forma a poder recuperá-
las quando for solicitado.
- Repetir três vezes.
3. Decúbito dorsal com os joelhos estendidos.
- Inspirar e expirar pelo nariz.
- Imaginar que a cada inspiração é possível atrair energia para toda a
superfície do seu corpo.
- A cada inspiração suave, a energia é atraída para cada célula do corpo.
- Ver com os olhos da mente que toda a superfície exterior da sua pele se
abre e recebe energia, a cada inspiração.
- Sentir que a cada expiração a energia é irradiada para o exterior
- Continua por alguns minutos inspirando e expirando através da pele.
4. Decúbito dorsal com os joelhos fletidos e pés apoiados no chão.
- Juntar as pontas dos pés num triângulo, flexionando a articulação coxo-
femoral e em en dehors.
- Segura a região plantar dos pés, com as mãos;
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- A cada ciclo respiratório, estende a perna e o braço, girando o tronco para o
lado contrário,
- Nesta posição, estende a perna na expiração e flexiona a perna,
recolhendo-a na inspiração.
- Faz três vezes esses movimentos, repetindo três vezes para cada lado.
5. Decúbito dorsal no início, sucessivamente na posição sentada e depois em pé.
- Respirar profundamente, colocando uma mão sobre o ventre e a outra sobre
o tórax;
- Sentir o deslocamento dos dois segmentos, globalmente e, depois,
particularmente.
- Sentir o controle dos quatro tempos respiratórios: inspiração, apnéia,
expiração e apnéia novamente.
- Controlar a freqüência do ato respiratório, acelerando-o ou desacelerando-o.
- Tomar consciência do ritmo respiratório, quando era pedida a realização de
uma expiração mais longa que uma inspiração.
6. Decúbito dorsal com os joelhos estendidos.
- Inspirar profundamente “empurrando” o ar para o abdômen, ficando com a
aparência de uma gestante.
- Soltar o ar pela boca, como se assoprasse uma vela com bastante força.
- Repetir por alguns minutos.
7. Decúbito dorsal estendidos.
- Inspirar e expirar pelo nariz.
- Deixar a respiração ir e vir num ritmo tranqüilo em quatro compassos,
inspira pelo nariz, três, quatro, e prende a respiração, três, quatro. Respira
nesse ritmo por alguns minutos, sempre com a ajuda sonora do professor.
8. Decúbito dorsal com joelhos fletidos e os pés apoiados.
- Inspirar profundamente, enchendo o abdômen de ar.
- Expirar pela boca, num jato bem forte de ar.
- Repetir três vezes.
- Inspirar profundamente, enchendo o abdômen de ar.
- Expirar pela boca, dividindo a quantidade de ar em dois jatos.
- Repetir três vezes.
- Inspirar profundamente, enchendo o abdômen de ar.
- Expirar pela boca, dividindo a quantidade de ar em três jatos.
- Repetir três vezes.
9. Decúbito dorsal com os joelhos estendidos.
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- Inspirar e expirar lentamente pelo nariz.
- Enquanto inspirar, sentir que está atraindo o ar (energia) através da sua
mão esquerda e ele vai subindo pelo braço até a base do seu pescoço.
- Na expiração, permitir que o ar (energia) flua para baixo através do seu
braço direito, saindo pela mão direita e dedos.
- Continuar por algumas respirações.
- Reverter o fluxo, inspirando através do braço direito e expirando pelo braço
esquerdo.
- Continuar por algumas respirações.
- Mudar o fluxo para as pernas.
- Inspirar pela perna esquerda até a base da espinha e expirar pela perna
direita.
- Continuar por algumas respirações.
- Reverter o fluxo, inspirando pela perna direito e expirando pela perna
esquerda.
- Continuar por algumas respirações.
- Respirar pela base da espinha, inspirando enquanto atrai a energia até o
topo da cabeça.
- Expirar deixando a energia fluir para baixo através do rosto, garganta, peito,
abdômen e órgãos sexuais.
- Continuar por algumas respirações, deixando a energia circular como uma
cachoeira: para baixo e para frente do corpo em cada expiração.

Método Klauss Viana

Foi trabalhado o conceito de vetores, desenvolvido por Klauss Viana, bailarino,


coreógrafo e pesquisador de dança. Seu método tem como foco, o estudo de oito
principais direções ósseas do corpo humano. Nós trabalhamos as quatro primeiras, pois
o propósito do trabalho não era ensinar o método Klauss Viana, e sim utilizar tal
método como ferramenta de auxílio durante o ensino da técnica de dança clássica.

No corpo humano existem muitos pontos suscetíveis de tensão. A visão que


muitas pessoas tinham de uma aula de dança clássica antes de entrar no projeto é que
seria uma aula rígida, com muitos nomes de passos e com forma de aprendizado muito
severo. Uma vez que os sujeitos são todos iniciantes de dança clássica, ou seja, não
são bailarinos (as) profissionais, nossa função foi passar o conhecimento da dança mais
respiração de forma mais descontraída interessante. O estudo do método de Klauss

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Viana, através dos vetores, auxiliou-nos a explicar a técnica clássica mais rápida e
conscientemente.
Segundo Viana (1990), quando iniciamos um trabalho corporal, a primeira
necessidade que se impõe é a derrubada da parede que separa a sala de aula, onde
exercitamos nossos corpos, do mundo exterior, onde vivemos nossa vida cotidiana. E
foi assim que trabalhamos. Muitos relatos dos sujeitos durante as aulas remetiam ao
conceito do método. Para a maioria deles, a auto-correção da postura durante suas
atividades cotidianas foi muito importante.
Os sujeitos mostraram-se bastante interessados e receptivos a essas “apostilas”
teóricas.

Análise dos resultados


Os resultados foram analisados de forma descritiva e estatística inferencial e
teste de hipótese de todos os dados utilizando o software BioEstat 3.0. ANOVA para
medidas repetidas, seguidas pelo teste post hoc de Tukey, foram utilizadas para o
tratamento dos dados. Foi adotado um valor de p<0,05.

Resultados

Os resultados foram analisados de forma descritiva e estatística inferencial e


teste de hipótese de todos os dados utilizando o software BioEstat 3.0. ANOVA para
medidas repetidas, seguidas pelo teste post hoc de Tukey, foram utilizadas para o
tratamento dos dados. Foi adotado um valor de p<0,05.
As características físicas iniciais dos grupos controle (GC) e experimental (GE)
são apresentadas na tabela I. Nenhuma diferença significante estatisticamente foi
encontrada na comparação entre os grupos nos momentos inicial e final do estudo.
Tabela 1. Valores médios e desvios-padrão das características físicas dos sujeitos nos momentos pré e pós-aplicação
das aulas, no GC e GE.
Variáveis GC (n = 09) GE (n = 06)
Idade (anos) 21.00± 2.29 21.83± 3,60
Massa Corporal (kg) (pré) 69.28±12.75 61.71± 11.20
Massa Corporal (kg) (pós) 68.22±12.82 60.63±10.66
Estatura (m) pré 1.69± 0.07 1.67± 0,07
Estatura (m) pós 1.69±0.07 1,67±0,07
IMC (kg/m2) (pré) 24.09±3.91 21.81± 1,97
IMC (kg/m2) (pós) 23.67±3.87 18.41±8,31

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Encontramos diferenças significantes no GC, nas medidas do processo xifóide
ate cavidade umbilical, entre M2 e M4 (p<0,0.5) e nas medidas da escápula direita,
também do GC, entre M1 e M3 (p < 0,05). Tabela 2.

Tabela 2. Valores médios e desvios-padrão das medições torácicas dos sujeitos nos momentos: Inspiração inicial (M1),
Inspiração final (M2), Expiração inicial (M3) e expiração final (M4), no GC e GE.
Variáveis GC (n = 09) GE (n = 06)
Esterno
Inspiração M1 19,48±1,58 18.48 ± 2.17
Inspiração M2 19,15±1,35 18.80±2.09
Expiração M3 19,25±1,66 18.28±2.56
Expiração M4 18,80±1,51 18.60±2.34
Clavícula
M1 0,52 ± 0,21 0.58 ± 0.21
M2 0,51 ± 0,13 0.51 ± 0.17
M3 0,38 ± 0,09 0,45 ± 0,08
M4 0,46 ± 0,14 0,36 ± 0,17
6ª costela
M1 87,38 ± 9,37 81,03 ± 8,45
M2 88,65 ± 8,89 80,26 ± 7,68
M3 84,27 ± 8,82 77,41 ± 8,67
M4 167,71± 250,41 75,83 ± 8,94
4ª costela
M1 92.77 ± 12.86 87,23 ± 8,78
M2 92.63 ± 12.12 86,73 ± 10,04
M3 89.03 ± 13.56 83,56 ± 8,94
M4 88.98 ± 12.60 83,25± 7,49

Circunferência: Cavidade Umbilical,


espinhas Ilíacas e 3ª vértebra lombar
M1 86.23 ± 10.98 82,0 ± 10,04
M2 86.72 ± 12.07 81,86 ± 10,23
M3 86.03 ± 10.23 80,18 ± 10,09
M4 86.42 ± 11.43 80,96 ± 9,13
Processo xifóide ate cavidade umbilical
M1 18.24 ± 1.54 17,43 ± 1,52
M2 18.57 ± 1.36a 16,91 ± 1,61
M3 16.93 ± 1.35 16,36 ± 1,24
M4 17.01 ± 1.07a 15,88 ± 1,11
Escapula direita
M1 1.06 ± 0.50a 0.63±0.05
M2 0.84 ± 0.29 0.70±0,26
M3 0.57 ± 0.22a 0.60±0.36
M4 0.80 ± 0.30 0.50±0.20
Escapula esquerda
M1 0.87 ± 0.23 0.80±0.43
M2 0.90 ± 0.37 0.76±0.25
M3 0.63 ± 0.18 0.63±0.49
M4 0.83 ±0.18 0.70±0.30
a
Diferença significativa encontrada entre os momentos (p< 0,05).
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Os valores médios e desvios-padrão do teste da bexiga (espirômetro) dos
sujeitos dos GC e GE são apresentadas na tabela III. Nenhuma diferença significante
estatisticamente foi encontrada na comparação entre os grupos nos momentos inicial
e final do estudo.

Tabela 3. Valores Médios e desvios-padrão do teste da bexiga (espirômetro) dos sujeitos dos GC e GE em três
momentos, antes e depois da aplicação das aulas.
Variáveis GC (n = 09) GE (n = 06)
Deitado (pré) 49,33 ±3,90 48,25 ± 3,73
Deitado (pós) 47,44 ±3,39 47,87 ± 3,27
Sentado (pré) 49,33±4,84 48,75±4,89
Sentado (pós) 49,55±4,03 47,87±3,27
Em pé (pré) 50,0±3,87 49,75±4,30
Em pé (pós) 49,22±3,38 49,87±3,60

Tabela 4. Valores Médios e desvios-padrão da bateria de exercícios dos sujeitos dos GC e GE realizada durante o
decorrer das aulas, em cinco momentos.
Variáveis GC (n = 09) GE (n = 06)
Bateria de exercícios
M1 32,47±9,37 27,46±4,08
M2 30,69±5,82 26,67±4,14
M3 27,88±3,90 24,97±4,92
M4 28.28±3,61 24,97±4,92
M5 27.49±3,81 27,46±4,08

Não foi constatada diferença significativa com o teste da bateria de exercícios,


em nenhum dos cinco momentos.

DISCUSSÃO

No presente estudo, buscamos analisar se a consciência respiratória poderia


ajudar praticantes da dança clássica a melhorar seu desempenho técnico.
Diante da dificuldade de encontrar materiais didáticos que contemplassem
essas duas necessidades simultaneamente, decidimos estudar cada uma
separadamente e só assim, relacioná-las.
Os resultados estatísticos mostraram uma diferença significativa nas medidas
da escápula direita no grupo controle e nas medidas do processo xifóide até cavidade
umbilical.

Porém, acreditamos que este não seja o principal resultado obtido nesta
pesquisa. Tivemos a oportunidade de trabalhar com sujeitos de diversos cursos de
graduação e mestrado da UNICAMP, podendo dar-lhes uma pequena mostra do
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conhecimento de dança clássica, de respiração, de anatomia e fisiologia humana. Foi
solicitado que os sujeitos de ambos os grupos fizessem uma reflexão por escrito de
sua experiência com as aulas de dança. Foi unânime a percepção de melhora do
próprio corpo em atividades cotidianas. O trabalho com o método de Klauss Viana foi
uma importante ferramenta para a compreensão da técnica.
Não poderíamos deixar de falar de um caso em especial, de um sujeito que,
embora fosse do grupo controle e não tivesse contato com exercícios de respiração
durante as aulas de dança, sabendo que a pesquisa se tratava de reeducação
respiratória e tendo, por conta própria observado sua respiração, pôde com o auxilio
dos exercícios de dança perceber que estava sofrendo de dificuldades respiratórias,
tendo assim ido consultar um especialista para diminuição de tais sintomas.

CONCLUSÕES

A partir deste estudo podemos concluir que os exercícios respiratórios


contribuíram para o aumento de concentração nas aulas e capacidade de oxigenação
no sistema cerebral, de forma que sensações, pensamentos, problemas, idéias
desnecessárias para aquele momento ficassem do lado de fora da sala, fazendo o
sujeito ter um melhor aproveitamento do conteúdo passado em aula.
Trabalhar exercícios respiratórios nas as aulas de ballet, por quatro meses, com
seis sujeitos, não altera estatisticamente suas medidas antropométricas, sua
capacidade pulmonar, seu tempo no exercício de resistência e altera pouco suas
medidas torácicas. Contudo, altera muito a consciência corporal, a concentração e a
compreensão do próprio corpo.

REFERÊNCIAS

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de Janeiro, 1980.

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Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1ed, 2007.

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DETHLEFSEN, T. e DAHLKE, R. A Doença como Caminho, Cultrix, São Paulo, 1983.


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ELSON, L. M. e KAPIT, W. Anatomia- um livro para colorir, 3ed, Roca, São Paulo,
2004.

KELEMAN, S. Anatomia Emocional. 3ed, Summus, 1992.

PAVLOVA, A. Dicionário de Ballet. Nórdica, Brasil, 2000.

ROMANO & BANKOFF Elaboração de medidas torácicas usadas na pesquisa.

SKY, M. Respirando – Expandindo seu poder e energia, Gente, São Paulo, 1951.

SOUCHARD, Ph.-E. Respiração. Summus, São Paulo, 1989.

TRIBASTONE, F. Tratado de exercícios corretivos aplicados à reeducação motora


postural. Manole.

VIANA, K. A Dança. Siciliano, São Paulo, 1990.

WEST, J. B. Fisiologia Respiratória. 6ed, Manole, São Paulo, 2002.

Data de recebimento: 9 /4/ 09


Data de aceite: 19/06/09

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