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Objetivos:
- Demonstrar a diversidade de vida microbiana no solo, e como as condições físicas, químicas
e nutricionais contribuem para o desenvolvimento de diferentes grupos de micróbios nesse ambiente.
Materiais:
Métodos:
- No recipiente, foram colocadas as folhas de planta picadas e a esponja de aço desfiada. Por
cima, foi jogado terra, e depois, completou-se com água de piscina. Misturou-se tudo até fazer uma
lama.
- Com a ajuda de um funil, a mistura foi despejada dentro das duas garrafinhas. Foi
adicionada uma colher de NPK, com cálcio, em uma das garrafas, a qual foi marcada para diferenciar
da outra que não teve a adição deste componente.
- As garrafas foram fechadas, e foram observadas por certo período de tempo.
Resultados e Discussões:
Decorrida uma semana após a montagem das garrafas, com os materiais assentados dentro
destas foi possível fazer a primeira observação. A garrafa marcada, que continha NPK, acabou
ficando com uma coluna d’água menor do que a outra garrafa. A água nessa garrafa apresentava um
aspecto turvo e muitas bolhas em sua superfície, o que caracteriza a atuação dos micróbios ali
presentes. Na garrafa sem NPK, foi possível ver muita água, e também muitos pedaços de folha, o
que levou a crer que, provavelmente, no momento da divisão, esta garrafa acabou ficando com mais
matéria orgânica do que a primeira. A água na garrafa sem NPK estava com aspecto transparente e
quase sem bolhas.
Decorridos mais uns 2 meses, mais ou menos, o ambiente dentro das garrafas já apresentavam
características diferentes. Na garrafa com NPK não havia sinal de atividade dos micróbios: não havia
bolhas; a água estava límpida; e não havia manchas negras (matéria orgânica decomposta) na terra.
Estes fatos levam a crer que os micróbios tiveram suas atividades aceleradas no início, talvez pela
presença de NPK, mas, como havia pouca matéria orgânica, provavelmente a atuação ficou
praticamente zero. Já a segunda garrafa, apresentava característica que indicavam a atividade dos
micróbios: água bastante turva; folhas decompostas assentadas no substrato; muitas bolhas na
superfície da água, que também apresentava uma camada escura.
Garrafa com NPK (7 dias) Garrafa sem NPK (7 dias)
Garrafa com NPK (60 dias) Garrafa sem NPK (60 dias)
Questionamentos:
1) Qual a influência exercida pela adição de limalha de ferro no ambiente da garrafa?
R: O ferro é um nutriente essencial para os organismos ali presentes, entretanto, não está
prontamente disponibilizado. Por isso, é preciso adicionar a limalha (ou da esponja de
aço), visto que sua decomposição libera ferro no ambiente.
2) Por que justificar a adição de sulfato de cálcio (giz brasileiro) e não de carbonato de
cálcio (giz estrangeiro ou casca de ovo) como ingrediente na composição química do
ambiente da garrafa? (Neste experimento o giz não foi utilizado, visto que o NPK já
apresentava cálcio)
R: O giz é usado para liberar CO2 para a síntese de ácidos nucleicos pelos micróbios, e
também para formar hidróxido de cálcio, o qual, com seu pH alcalino, compensará a
acidez gradativa do ambiente. Entretanto, o giz estrangeiro, que é o carbonato de cálcio,
não pode ser usado no experimento da garrafa fechado, pois, em ambiente ácido, ele
forma uma quantidade exacerbada de CO 2, e isso poderia ocasionar a explosão da garrafa.
Além disso, o sulfato de cálcio pode suprir enxofre para o ambiente, visto que, em
condições anaeróbicas, o sulfato vai ser reduzido por bactérias.
Referências Bibliográficas
LIBERTO, M.I.M.; CABRAL, M.C.; LINS, U.G.C. Microbiologia. Vol.1. Fundação CECIERJ: Rio de
Janeiro, 2010.