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RESUMO
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Mestre em Turismo pela Universidad Miguel de Cervantes, Espanha. Especialista em planejamento
regional e gestão ambiental pela Universidade Salvador. e-mail: aguiar.turismo@gmail.com
RESUMO
El turismo presenta diversos aspectos del impacto económico y social. Destinado para revertir
el impacto negativo y el destino turístico de masas, existe la posibilidad de desarrollar el
turismo creativo. El estudio tiene como objetivo realizar investigaciones acerca de las
actividades turísticas en Salvador, y su potencial para promover el turismo creativo. El estudio
identificó la economía creativa y el turismo creativo como herramientas para el desarrollo
socio-económico, cultural y ambiental de la ciudad. En la literatura, se suscribió en los marcos
teóricos de expertos con el fin de dar apoyo al estudio. Cómo escasa se enfatiza es la literatura
sobre el tema en cuestión, por lo que este trabajo contribuye al aumento de la literatura
profesional. Llegamos a la conclusión de que el turismo creativo es ya una realidad en
Salvador, pero el margen de actuación de los poderes públicos en desarrollo de políticas para
el turismo. El turista creativo buscando experiencias activas y auténticos del destino, y la
interacción con la población local, con una propuesta de apoyo a la diversidad cultural y el
fortalecimiento de la identidad de la población, la inclusión social y econômica.
A observação comum a respeito dos impactos culturais é que o turismo tende a reduzir
os povos e as culturas a objetos de consumo e ocasiona desajustes na sociedade receptora. Isto
ocorreu no principal ponto turístico de Salvador, o Centro Histórico Pelourinho. Antigos
casarões foram restaurados e adaptados á atividade turística. Não obstante, para que isto
ocorresse, a população residente em sua maior parte fora expulsa relegando uma área de
usufruo da população a uma área de usufruo somente turístico, caracterizando a gentrificação
local. Talvez nesta situação resida à problemática que em tempos hodiernos o turismo em
Salvador vive.
A população marginalizada para a revitalização do Centro Histórico ainda reside nas
áreas periféricas e ruas abordando turistas de forma exploratória. Já os residentes de outros
bairros não frequentam o Centro Histórico, por insegurança e falta do sentimento de
pertencimento ao local e á história. Logo, a importância deste trabalho repousa em mensurar e
caracterizar a ressignificação do ponto turístico pela população autóctone, que para criar
experiências autênticas oferece aos turistas oficinas de capoeira, percussão, dança, trançados
de cabelo, culinária, reinterpretando sua cultura e história, buscando apresentar aos turistas
locais de autêntica cultura baiana.
Embora o termo economia criativa esteja em voga, não há nada de novo na relação
cultura e economia. De fato, desde a antiguidade clássica, pintores, escultores, escritores e
filósofos eram apoiados financeiramente por mecenas das artes. Com o passar do tempo, as
relações comerciais entre artistas e consumidores da arte fortaleceram-se caracterizando a
indústria cultural. Atualmente, pesquisadores e instituições passaram a dar destaque á
criatividade como mola propulsora do desenvolvimento econômico social e urbano. A então
chamada economia da cultura, mais restrita aos campos da arte e do patrimônio, foi ampliada
para abarcar outros setores como arquitetura, moda, designer, passando a ser nomeada como
economia criativa. A economia criativa compreende em seu escopo tanto as atividades
tradicionais relacionadas á cultura, como artes cênicas, cinema, música, da mesma forma que
as atividades que têm como insumo principal a criatividade e geram bens simbólicos.
(UNCTAD, 2010)
A Bahia tem como marca a identificação de um estado que se singulariza por sua
riqueza e diversidade cultural. A cultura pelo que apresenta de mais intrinsecamente
simbólico, da identidade e valores compartilhados, mas também por seu impacto econômico,
e pela geração de um ambiente propício à eclosão da criatividade. A motivação cultural é
responsável por atrair 15% dos turistas nacionais, e 20% dos turistas internacionais que
visitam a Bahia (FIPE, 2009).
O turismo criativo tem como base a cultura intangível da vida cotidiana. O capital
cultural que transforma as relações no modo de compartilhar da vida de outros. A diversidade
cultural é uma força que deve nutrir a criatividade, a reconciliação e o diálogo. Neste sentido
a somatória cultura, criatividade, turismo geram uma rede de valores. A interatividade do
turista no aprendizado cotidiano faz com que ele prolongue mais tempo no destino visitado.
Ao mesmo momento o turismo criativo coloca novos lugares no mapa, lugares estes, não
frequentados anteriormente pelo turista, aumentando o contato com a cultura local. O turismo
criativo é uma estratégia da segmentação em nichos mais competitivos.
Sobre a segmentação Ignarra (1990) afirmam que o turismo cultural compreende uma
infinidade de aspectos, todos eles possíveis de serem explorados para a atração dos visitantes.
A arte é um dos elementos que mais atraem turistas. A pintura, a escultura, as artes gráficas, a
arquitetura, música, dança são elementos procurados pelos turistas.
Explica Leff:
Assim, o turismo criativo tem por base a criação de experiências autênticas que
pressupõem uma participação ativa e o envolvimento do consumidor na sua produção.
O Turismo Criativo tem relação com o lugar, e diferencia o capital do simbólico. Cria
condições para as pessoas fazerem o que elas querem, e de sobreviver com dignidade da sua
arte propiciando a ética da colaboração e troca de conhecimentos.
A Bahia foi o primeiro estado brasileiro a estruturar o segmento turismo étnico. Esta
vertente do turismo étinco-afro parte da compreensão da ancestralidade do povo baiano, sua
mistura de raças e cultura, que se traduz em diversas expressões culturais autênticas e
específicas da Bahia, todas relacionadas á economia criativa.
As atividades criativas, de acordo com o MINC são definidas como o ato criativo
gerador de um produto, bem ou serviço, cuja dimensão simbólica é determinante do seu valor,
resultando em produção, riqueza cultural, econômica e social.
As atividades culturais são descontinuadas, fazendo com que o profissional das artes
assuma mais de uma função ao mesmo tempo. Por isto, o turismo criativo é uma oportunidade
de o artista incrementar a renda, com a transmissão do seu saber, atuando em sua profissão
artística.
Expressões culturais:
Afro: O segmento cultural é responsável por atrair 15% dos turistas nacionais e 20%
dos internacionais que visitam a Bahia. Vários aspectos da cultura podem ser transmitidos
através de oficinas, seja de música, dança, festividades, entre outros.
Patrimônio:
Artes:
O Turismo criativo é algo além do material, que os turistas podem levar para casa após
sua viagem, trata-se de lembranças do pensamento, o que irá ajuda o turista a pensar diferente
sobre o mundo e seu lugar nele. (RICHARDS, apud PORTO ALEGRE, 2013).
Sendo a capital do Estado, rica em diversidade cultural, o turismo criativo chega como
uma oportunidade para o desenvolvimento do turismo sustentável, revertendo à massificação
turística e colocando um novo produto no mercado, e fortalecendo a cultura baiana.
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