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Índice

Marketing Imobiliário e Vendas

Aula 1 – Mercado de Imóveis – Histórico, Evolução e Tendências


• Mercado de Imóveis no Brasil - Breve Histórico ............................................................. 5
• Surgimento da Profissão do Corretor .............................................................................. 6
• Urbanismo e Corretagem ................................................................................................. 7
• Financiamento Habitacional ............................................................................................. 8
• Do BNH à Caixa Econômica Federal .............................................................................. 9
• Projeção das Necessidades e Tendências do Mercado de Trabalho .............................. 10
• Panorama do Deficit de Moradias no Brasil .....................................................................12
• Tendências do Mercado Imobiliário .................................................................................. 13
• Veja se Aprendeu ............................................................................................................. 16

Aula 2 – Marketing Imobiliário – Fundamentos e Operações


• Fundamentos e Operações .............................................................................................. 19
• Planejamento Estratégico em Imóveis ............................................................................. 19
• Etapas do Planejamento Estratégico em Imóveis ........................................................... 20
• Os quatro Ps em Marketing Imobiliário ........................................................................... 24
• Veja se Aprendeu ............................................................................................................. 34
• Aprenda Fazendo.............................................................................................................. 35

Aula 3 – Técnicas e Vendas Imobiliárias


• Parâmetros para atuação profissional ............................................................................. 37
• Perfis de Vendedores ...................................................................................................... 37
• Perfis de Clientes ............................................................................................................ 39
• Métodos Eficazes de Vendas .......................................................................................... 40
• Levantamentos para efetuar Transações Imobiliárias ..................................................... 42
• Atitudes do Corretor e Recomendações Finais ............................................................... 45
• Veja se Aprendeu ............................................................................................................. 47
• Aprenda Fazendo ............................................................................................................. 48
• Respostas do Veja se Aprendeu 1, 2 e 3 ........................................................................ 49
• Aprenda Fazendo - Respostas ........................................................................................ 54

Comunicação e Expressão

• Conceito de Comunicação ............................................................................................... 57


Aula 1 – Comunicação – Conceito e Funções

• Importância da Comunicação .......................................................................................... 58


• Agentes da Comunicação ................................................................................................ 59
• Comunicabilidade ............................................................................................................ 59
• Comunicação Empresarial ............................................................................................... 60
• Comunicação Visual Corporativa ................................................... .......................... 65
• Comunicação Mercadológica .................................................................................... 66
• Comunicação Integrada ............................................................................................ 72
• Veja se Aprendeu ...................................................................................................... 75

Aula 2 – Tecnologia da Comunicação


• Comunicação em Rede ............................................................................................ 77
• Comércio Eletrônico .................................................................................................. 78
• Equipamentos e Tecnologia ...................................................................................... 79
• Negócios Imobiliários on-line .................................................................................... 82
• Ferramentas de Trabalho .......................................................................................... 82
• Tecnologia da Informática ......................................................................................... 83
• Tecnologia da Documentação ................................................................................... 84
• Comunicação Rápida ................................................................................................ 87
• O Corretor e o Cliente Interno e Externo .................................................................. 89
• Etiqueta na Comunicação Rápida ............................................................................ 89
• Tecnologia para aumentar as vendas ....................................................................... 90
• Veja se Aprendeu ...................................................................................................... 91
• Aprenda Fazendo ...................................................................................................... 92

Aula 3 – Técnicas de Comunicação


• Comunicação: essencial nas relações comerciais ................................................... 93
• Recursos Expressivos ............................................................................................... 94
• Redação Empresarial ................................................................................................ 95
• Como escrever melhor .............................................................................................. 96
• Estruturas de Redação Empresarial ......................................................................... 99
• Carta - Importância e características .......................................................................100
• Veja se Aprendeu .....................................................................................................106
• Aprenda Fazendo .................................................................................................... 108

Aula 4 – Correspondências e Modelos de Impressos


• Correspondências ....................................................................................................109
• Arquivo da Correspondência ...................................................................................110
• Modelos de Impressos .............................................................................................111
• Veja se Aprendeu .....................................................................................................117
• Aprenda Fazendo .................................................................................................... 117
• Respostas do Veja se Aprendeu 1, 2, 3 e 4 ............................................................119
• Aprenda Fazendo - Respostas ...............................................................................122

Bibliografia .....................................................................................................................127
MARKETING IMOBILIÁRIO E VENDAS

Este módulo tem o objetivo de dar capacitação para a análise do


perfil de clientes no levantamento e organização dos dados sobre o
mercado imobiliário, identificando expectativas de demanda para a
prospecção de novos negócios e ambientando o profissional no uni-
verso das transações imobiliárias.

A Aula 1 faz uma retrospectiva sobre o Mercado de Imóveis: Histórico,


Evolução e Tendências para que se conheça o panorama e as necessidades
atuais do setor.

A Aula 2 aprofunda os conhecimentos sobre Marketing Imobiliário,


Fundamentos e Operações, ressaltando a importância do planejamento.
Aborda, ainda, os quatro “Ps” dos negócios imobiliários.

A Aula 3 apresenta as Técnicas e Vendas Imobiliárias, com orientações


práticas para que o corretor possa identificar tipos de clientes e intenções de
compra, e aperfeiçoar suas técnicas de vendas.

Acesse o site do Conselho Federal de Corretores de Imóveis – Cofeci


– especialista neste tema: http://portal.cofeci.gov.br.
Marketing Imobiliário e Vendas 3 Instituto Universal Brasileiro
Sesmeiro: Aquele que recebia uma sesmaria, representada por lote ou terreno
abandonado ou inculto, que os reis de Portugal cediam aos novos povoadores.
Deficit Habitacional: Quantidade de moradias que faltam para que as famílias
possam ter habitação adequada em uma determinada região. Os critérios para definir o
que seria "moradia adequada" variam.
Single: Termo de origem inglesa, que pode significar individual, solteiro. Em
Marketing, refere-se a categoria de consumidores muito explorada na atualidade: pes-
soas que moram sozinhas.
Mercado secundário: Mercado em que investidores ou acionistas transacionam a
compra ou a venda de ações de sua titularidade, geralmente nas bolsas de valores.
Porém, o conceito é mais amplo e abrange toda e qualquer operação envolvendo ações
já existentes, emitidas e detidas por um determinado acionista.
Marketing-mix: Conjunto de elementos que formam o ambiente mercadológico:
produtos, serviços, pontos de venda, linhas de comunicação, preços etc.
NetMeeting: Programa para videoconferências e chat, onde se compartilham
arquivos de forma colaborativa
Time-sharing: Uso compartilhado de longa duração e a tempo parcial de um ou
vários locais de férias.
Day-hospital: Centro especializado em cirurgias de pequeno e médio porte, com
curta permanência, com área física independente, suporte de um hospital geral, vanta-
gens e conforto em apartamentos individuais.
Escritório part-time: Serviços de escritórios com infraestrutura completa (telefo-
nia, transmissão de mensagens) para uso em períodos curtos e serviços adicionais,
conforme necessidade.
Branding: É um trabalho de construção de uma marca junto ao mercado. Sua exe-
cução é tomada por ações, que posicionam a marca e a divulgam no mercado.
Pool: Palavra inglesa com vários sinônimos. Aqui, especificamente, refere-se ao
grupo de empresas associadas para a realização de uma atividade com um interesse
comum: fechar negócios.
Briefing: Documento que descreve a situação do produto/serviço, marca ou
empresa (problemas, oportunidades, pontos fortes e pontos fracos, objetivos e recursos
para atingi-los), para a equipe de comunicação da empresa (ou agência de publicida-
de) preparar uma campanha publicitária.
Maquete: Esboço em pequena escala, em três dimensões, de um edifício, protó-
tipo de pequenas dimensões.
Prospect: Consumidor provável, aquele que tem o poder de compra.

Marketing Imobiliário e Vendas 4 Instituto Universal Brasileiro


os clássicos ciclos de produção que conhece-
mos nos estudos do ensino fundamental. O
AULA 1 primeiro deles, ciclo da cana-de-açúcar, fez
com que as vilas crescessem, embora neste
período, não aparecessem registros referen-
MERCADO DE IMÓVEIS
tes à comercialização de imóveis.
Na fase da mineração, como conse-
quência da busca de metais preciosos; novos
povoamentos surgiram além da grande imi-
Histórico, Evolução e Tendências
gração, urbanização, maior mobilidade social
e desenvolvimento cultural. Neste ciclo da
Mercado de Imóveis
no Brasil – Breve Histórico economia, aconteceram muitos deslocamen-
tos do litoral para o interior. Como Portugal e
Para elegermos uma cronologia do mer- os mercadores portugueses tinham exclusivi-
cado de imóveis no Brasil, precisamos voltar dade sobre todo tipo de comércio, só em
aos tempos da criação do regime de capita- 1649 surgiu a primeira Companhia Geral do
nias hereditárias, período de incremento da Comércio do Brasil.
ocupação de nosso território. As capitanias
tinham por objetivo colonizar o litoral brasilei-
ro por intermédio da iniciativa dos donatários
e sesmeiros.

Apesar da não existência de negó-


cios imobiliários nos primórdios do
Brasil, o Conselho Federal de Corretores
de Imóveis atribui a Pero Vaz de Caminha
o adjetivo de primeiro “corretor” a evi-
denciar as qualidades da terra, em sua
famosa carta de sete folhas.

Propriedade por Tradição

Naqueles tempos de Governadores


Gerais, a propriedade era adquirida pela "tra-
dição". Assim, sustentava-se a propriedade
pelo fato material da entrega do bem imóvel,
pela transferência da posse ao adquirente,
Em 1548, época em que a administra- não sendo registrada a presença formalizada
ção no Brasil passou a ser exercida por um de um intermediador na comercialização de
Governador Geral, formaram-se as primeiras imóveis. A transação era realizada pelo pro-
vilas, ao redor de igrejas erguidas, para a prietário e, esporadicamente, por um comer-
catequização dos indígenas e dos depósitos ciante local que, em sua venda, fazia a divul-
onde era guardado o pau-brasil extraído. gação de imóveis para a compra, venda ou
As tarefas de exploração, povoamento e aluguel, a pedido do proprietário.
defesa da terra forçaram Portugal à fundação
de localidades mais organizadas. É óbvio que
a coroa portuguesa não se esqueceu de
Registro do Primeiro Corretor

cobrar impostos sobre as atividades dos No atual estado do Rio de Janeiro, o


novos colonos. Daí por diante, aconteceram desenvolvimento urbano e a atividade de
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 1 5 Instituto Universal Brasileiro
negociação imobiliária se tornaram realida- imobiliários surgiram neste período, fazendo
de, a partir de 1808, com a chegada da anotações das procuras e produtos disponí-
família real. Os relatos dizem que a família veis a serem negociados, intermediando
de D. João VI, literalmente, apropriou-se potenciais vendedores e compradores.
das moradias dos brasileiros, pois não Utilizavam-se de comunicação mercadológica
haviam planejado adequadas acomodações nos periódicos da cidade.
para os portugueses.
Neste cenário, a população despejada
revoltou-se tanto que alguns portugueses
Classificados de Jornal

recusavam-se a morar nas casas tomadas e Desde 1821, com o surgimento da


se propuseram a indenizá-los particularmente. imprensa brasileira, a mídia jornal possuía
Apresentando-se esta oportunidade, um forte envolvimento com os negócios imobiliá-
cidadão passou a intermediar as negocia- rios. Jornais como “Diário do Rio de Janeiro”,
ções: Antônio Armando Mariano de Arantes “O Sentinela” e “O Tamoio”, no Rio de
Costa. Sendo assim, pode-se dizer que este Janeiro, foram pioneiros na circulação com
personagem foi o primeiro corretor de imóveis anúncios de imóveis.
do Brasil. Na figura abaixo, pode-se verificar no
O evento da acomodação da família real anúncio publicado no Diário do Rio de
no Brasil transformou, estruturalmente, a Janeiro, edição de 04 de junho de 1821, a
cidade do Rio de Janeiro, trazendo-lhe uma presença de um intermediário, Venâncio José
nova fisionomia. Lisboa, com “provável procuração” do dono
do imóvel para vender.

A população passou de cerca de 50


mil para 100 mil pessoas.

Surgimento da Profissão de Corretor


A sociedade brasileira só se concentrou
Um aspecto mais urbano tomou conta nas áreas urbanas depois dos anos 1970. Desta
do cenário, com a gradativa melhoria da infra- forma, nos períodos anteriores, a propriedade de
estrutura. Neste momento, germinava uma latifúndios determinava a posição social das
nova profissão, que tinha por função principal famílias, pois a maior parte da população vivia
agenciar negócios imobiliários. A princípio, na zona rural, principalmente nos primórdios do
comerciantes faziam os agenciamentos, século XX, quando não havia indústrias e extra-
ampliando suas possibilidades de renda, tos sociais como a classe média.
aumentada pela intermediação imobiliária. Paulatinamente, a partir do ano de 1940,
Havia também leiloeiros, os quais, natu- após a Segunda Guerra Mundial, as indústrias
ralmente, tinham participação nos resultados surgiram, e o aumento das atividades de funcio-
dos leilões de imóveis. Especialistas agentes nalismo público, incluindo atividades financeiras
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 1 6 Instituto Universal Brasileiro
(bancos, empresas de financiamento etc.) trou- Negociações envolvendo grandes lotea-
xeram uma nova perspectiva para os centros mentos e imóveis individualizados deram
urbanos. Nestes centros em desenvolvimento, a grande visibilidade para o mercado de imó-
comercialização de imóveis se intensificou, sem- veis. Não podemos dissociar o trabalho do
pre com o apoio dos anúncios em jornal, adqui- corretor de imóveis nos processos de urbani-
rindo uma formatação de ocupação profissional. zação, mudança das grandes chácaras, para
O corretor de imóveis era conhecido loteamentos com muitas casas e outras for-
como agente imobiliário. Como não existiam mas do crescimento das cidades no Brasil.
cursos de formação, as experiências do coti- Lembremos que apesar de nossos rela-
diano profissional compunham as habilidades tos se concentrarem em São Paulo, nas gran-
e competências necessárias para o exercício des capitais brasileiras, com maior ou menor
desta atividade. intensidade, as atividades imobiliárias cresce-
Em São Paulo, o mercado de imóveis ram através das mesmas influências.
teve um centro de escritórios, no qual a quan- Crescentes necessidades de solução
tidade de empreendedores era tamanha que para concentração dos meios de produção e
chegou a denominar o local - Largo do Café – da força de trabalho demandavam melhorias
como “bolsa imobiliária”, que estendia-se na habitação, alimentação, transporte, ener-
pelas imediações da Praça da Sé. gia, assistência à saúde, lazer, comunica-
ções, saneamento em geral etc.
Neste conjunto de necessidades, o mer-
cado imobiliário passa, então, a ser uma fonte
atraente de investimento para casas de alu-
guel. Assim, muitos resolveram aplicar suas
economias em construções para alugar. Eram
aposentados, pensionistas, profissionais libe-
rais, comerciantes, ruralistas, pessoas físicas
de diversas profissões, e os novos investidores,
os quais procuravam agenciadores de imóveis.
Associadas aos empreendedores indi-
Urbanismo e Corretagem
viduais, companhias de capital aberto reu-
Na última década do século XIX, a
niam acionistas a fim de investir na constru-
capital do estado de São Paulo recebeu,
ção de casas de aluguel, muitas vezes em
aproximadamente, 200 mil pessoas. Eram
forma de vilas.
italianos em sua maioria, ocasionando a
construção das primeiras vilas, notada-
mente para operários.
São Paulo atingia números de cresci-
mento impressionantes: 168% entre 1890 e
1900 e 141% entre 1900 e 1920. Tais índices
significaram aumento expressivo pela deman-
da de novos imóveis. Mais um momento de
Administração de Imóveis
oportunidades para agentes imobiliários.
Destacou-se, em São Paulo, a empresa
que fez história no ramo de construção e
administração de imóveis: a Companhia City.
Tratava-se de uma verdadeira instituição no
ramo de construção de imóveis. No ano de
1911, o arquiteto francês, Joseph Bouvard, foi
contratado pela prefeitura de São Paulo para
planejar e construir o alargamento da avenida
São João.
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 1 7 Instituto Universal Brasileiro
De volta à França, Bouvard resolve
constituir uma sociedade anglo-francesa
Comercialização de Imóveis

para investir em São Paulo. A empresa foi


na década de 1940

criada em 1912 com o nome de "City of Neste período, atingiu-se o reconhecimen-


São Paulo Improvements and Freehold to e organização da profissão. Os veículos de
Land Company Limited", em tradução comunicação, principalmente jornais, em virtude
livre: Cidade de São Paulo Melhorias e do grande volume de anúncios, passaram a
Terras Livres de Encargos Companhia apoiar a atividade imobiliária em todas as gran-
Limitada. des cidades do país. A sociedade, em geral, pas-
Foi um marco na urbanização e nego- sou a denominar o intermediador como consultor
ciação de imóveis em São Paulo; bairros hoje imobiliário, autorizados mediante contrato exclu-
importantes foram obra da companhia como sivo para a comercialização de imóveis.
Jardim América, Pacaembu, Alto da Lapa,
Alto de Pinheiros e outros. Financiamento Habitacional
O Sistema Financeiro da Habitação (SFH)
criado em 1964, administrado pelo antigo Banco
Nacional da Habitação (BNH), teve relativa
expansão quando o Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS) ficou sob a sua gerên-
cia, permitindo maior fluxo financeiro para proje-
tos habitacionais. Em 1967, com a criação do
Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo
(SBPE), nova fonte de recursos surgiu para
redução do deficit habitacional no Brasil.

O Instituto de Pesquisa Econômica


Aplicada (IPEA), órgão vinculado ao gover-
no federal, na análise do deficit habitacional,
Para execução tanto das obras, que qualifica, como moradia inadequada, crité-
eram de grande porte, quanto da venda rios como:
dos empreendimentos, extensas negocia- • rusticidade das estruturas físicas das
ções aconteceram entre a empresa lotea- habitações (uso de materiais não-duráveis
dora e a prefeitura do município. Ao setor e/ou improvisados).
público, eram cobradas as tarefas de pro-
• moradia não ser, originariamente,
ver iluminação pública e serviços de construída para habitação, adquirindo essa
transporte coletivo. O sucesso do função apenas de forma esporádica ou
empreendimento constata-se pelo tempo improvisada.
em que os lotes foram vendidos: menos
• coabitação (a existência de mais de
de dez anos.
uma família por residência).
O Jardim América é, até hoje, uma das
áreas mais valorizadas da capital paulista,
sendo referência para vários projetos moder- Os dois sistemas – SFH e SBPE – foram
nos, que adotam os fundamentos dos urba- fortes agentes de captação de poupança
nistas ingleses, criadores do Jardim América: interna, criando a nova cultura do hábito de
conceito de bairro-jardim, que reserva uma poupar por parte da sociedade brasileira, per-
parte do terreno para áreas verdes, com mitindo forte incremento de novos programas
incentivo à arborização das calçadas, muito habitacionais para minimizar um deficit de,
procurada nestes tempos de preservação aproximadamente, 6 milhões de casas, já em
ambiental. 1964.
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 1 8 Instituto Universal Brasileiro
Dentro do Plano Nacional de
Habitação implementado na época, integra-
Do BNH à Caixa Econômica Federal
ram-se às cooperativas sindicais, entidades A Caixa Econômica Federal (CEF),
vinculadas a sindicatos dos trabalhadores, desde 1931, opera carteiras hipotecárias para
que recebiam do BNH assistência técnica, a aquisição de bens imóveis.
financeira e Cohabs (cooperativas habita- No ano de 1986, incorporou-se ao
cionais resultantes da união de governos BNH, assumindo, definitivamente, a condi-
estaduais e municipais). Todas estas insti- ção de maior agente nacional de financia-
tuições visavam proporcionar moradia às mento da casa própria e de importante
pessoas de baixa renda. financiadora do desenvolvimento urbano,
especialmente do saneamento básico, pois
assumira, também, o papel de agente ope-
rador do FGTS, antes gerido pelo BNH.
Os programas habitacionais de maior
importância social, financiados pela CEF,
são as casas econômicas e populares.
Com ela, ampliou-se o leque de operações
que abrange empréstimos habitacionais:
financiamento para a compra, construção,
ampliação e reforma da casa própria;
transferência de recursos a empresas de
construção civil para reforço de capital de
giro e financiamento de obras de infraes-
trutura ligadas ao desenvolvimento urbano
e saneamento básico.
Com a entrada das empresas privadas Além de financiar a compra da casa pró-
nos projetos habitacionais, apareceu a figura pria, sua construção ou reforma à pessoa físi-
do “iniciador”, profissional de imóveis, que ca, a Caixa passou a financiar, também, o con-
intermediava, junto ao BNH, projetos de cons- domínio fechado. Esta operação ocorre quan-
trução, para serem analisados pelo banco. do um grupo comprova a existência de, no
Após análise e aprovação, obtinha do BNH mínimo, 50% do comprometimento com a
até 80% do saldo financeiro do empreendi- aquisição das unidades residenciais do
mento, atendendo as camadas em ordem empreendimento. Outra modalidade é o finan-
crescente de poder aquisitivo. ciamento de imóveis usados para pessoa físi-
ca, dando preferência a antigos inquilinos.
Este é um dos principais mercados de
trabalho do Corretor de Imóveis que, contando
com este sistema de financiamento, pode via-
bilizar as transações no segmento imobiliário.
A CEF é o maior agente financeiro da
habitação do Brasil, detendo mais de 50%
Quem era o iniciador?

do total de recursos destinados a este


setor. É responsável, também, por 95%
O iniciador era uma pessoa física

dos financiamentos destinados à popula-


comum ou empresário, com pretensões de

ção de baixa renda, segmento para o qual


entrar no mercado imobiliário com fins pes-

estão direcionados os principais progra-


soais (obter sua casa própria) ou de

mas da instituição.
empreender com o apoio financeiro do

A Caixa não só repassa os recursos


BNH. Entre 1964 e 1977, o SFH financiou

do BNH às Cooperativas Habitacionais,


1738 imóveis, 921 mil dos quais pertenciam

como também soma aos do BNH seus pró-


à área denominada de interesse social.

Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 1 9 Instituto Universal Brasileiro


prios recursos para financiamento de habi- Crédito foi incorporado pelo Governo Federal
tações populares e de compra de terrenos ao projeto Brasil em Ação. Desta forma, foram
destinados à construção de conjuntos resi- eliminados 70% dos documentos exigidos, os
denciais. Neste sentido, empresta recursos procedimentos simplificados e os agentes
às Cohabs, e aos Institutos de Previdência operadores treinados, além da celebração de
dos Estados, ajudando, assim, a impulsio- convênios com associações e cartórios, para
nar programas de construção de casas tornar mais rápida e menos custosa a expedi-
populares. ção das certidões requeridas.
$ As prefeituras foram incentivadas a sim-
plificarem as exigências para a regularização
dos imóveis populares. O governo também
celebrou parcerias com entidades civis, como o
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia (CREA) e Conselho Regional de
Corretores de Imóveis (CRECI), universidades,
sindicatos, cooperativas e outros órgãos a fim
de incentivar, ainda mais, este programa.
$ Finalizamos este breve histórico, lem-
brando que, se a CEF atua em, pelo menos,
50% dos financiamentos oficiais, os bancos
privados e outras instituições financeiras
estão em plena atividade no financiamento,
não apenas de imóveis residenciais, como
também empreendimentos que envolvem
A principal fonte de recursos para os empreendimentos comerciais e industriais,
financiamentos habitacionais é o FGTS. no que diz respeito ao movimento da cons-
Complementando esses recursos, o setor trução civil.
habitacional conta, ainda, com a captação
das Cadernetas de Poupança e com os
recursos do Orçamento Geral da União.
Projeção das Necessidades e
Tendências do Mercado Imobiliário

Apesar do Brasil atravessar, em 2008,


$ Linhas de Crédito

$ Em 1996, a CEF lançou linhas de crédi- forte expansão econômica alavancada pelo
to habitacional, através dos Programas Carta aumento das linhas de crédito, nosso país
de Crédito - CEF, programa de apoio à ainda tem uma dívida social muito grande, no
Produção de Habitação, Crédito com quesito moradia.
Garantia Lastreada em Antecipação de
Recebíveis e o Programa Carta de Crédito –
FGTS. A importância do programa Carta de
Crédito é a retomada, em 1996, dos financia-
mentos para a classe média, que permanece-
ram paralisados por cinco anos.
$ O programa foi desenvolvido com recur- ►Segundo reportagem publicada em
Número de Moradias

sos próprios da CEF. Destinou-se à aquisi- fevereiro de 2008, no jornal Folha de São
ção, construção e reforma ou ampliação de Paulo, o Brasil precisa de 27,7 milhões de
imóvel. Neste mesmo ano, de 1996, foram moradias até 2020, número apurado na
recebidas 115,9 mil inscrições, envolvendo Fundação Getúlio Vargas (FGV), a qual ratifi-
recursos da ordem de R$ 3,5 bilhões. ca que esse é o número necessário para
$ Em 1997, o programa da Carta de atender o crescimento das famílias, eliminar o
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 1 10 Instituto Universal Brasileiro
deficit habitacional e substituir cortiços e fave- ►Das 27,7 milhões de novas residên-
las por projetos de moradia planejada. cias, 70% a 75% precisam ser destinadas ao
Segundo fonte do próprio Governo Federal - atendimento das famílias com renda familiar
Ministério das Cidades -, cerca de 40% dos de até dez salários mínimos, já que essa faixa
recursos necessários para atender à deman- de renda é a mais carente de habitação e é a
da têm de sair dos governos. que mais cresce.
►Do total das novas moradias cons-
truídas em 2007, as quais totalizaram 1,6
milhão, 350 mil contaram com recursos do
governo ou do FGTS. Para zerar o deficit
habitacional atual, estimado em 8 milhões
de unidades, serão necessários investi-
mentos de R$ 360 bilhões, ao custo de R$
45 mil por imóvel.

Se o governo brasileiro, em todas as


suas esferas – federal, estadual e municipal
– diminuir a carga tributária, para os agentes
►No estudo da FGV Projetos, elabora-
da cadeia envolvidos não apenas na cons-
do para o Sindicato da Indústria da
trução civil, mas em todos os segmentos
Construção Civil Paulista (SindusCon-SP),
relacionados, desde materiais, prestadores
constam discussões pertinentes ao Plano
de serviço, agentes financeiros e imobiliá-
Nacional de Habitação (PlanHab). Dentre
rios, com certeza, mais rapidamente, acele-
algumas estimativas, a FGV prevê que, em
raria a redução do deficit habitacional.
2020, o país terá 21,1 milhões de novas famí-
lias. Em 2007, o Brasil contava com 59,1
milhões de famílias.
►O cálculo prevê eliminar as 2,431
milhões de moradias habitadas por duas
ou mais famílias e as 3,548 milhões de
moradias inadequadas, como as favelas –
Análise e Previsão dos Números de

PNAD/2006 (IBGE). Na avaliação da ►Analistas mencionam que, cerca de


Moradia

Secretaria Nacional de Habitação do 35% do custo de uma habitação é formado


Ministério das Cidades, o país precisa por impostos, dificultando o acesso à moradia
construir, até 2023, cerca de 27 milhões de para as famílias mais pobres. A importância
novas moradias, só para atender ao cresci- do investimento em habitação amplia-se para
mento das famílias, sem considerar o defi- o crescimento global da economia. Apenas a
cit habitacional. expansão de prazos e de crédito contribui
►Números atualizados em 2007 reve- para a redução de 15% a 20% do deficit habi-
lam que cerca de 1,6 milhão de moradias são tacional do país.
construídas por ano no país. Esta cifra é insu- ►Nos sete primeiros anos da década de
ficiente, sendo necessário subir para 2 2000, a média anual de moradias financiadas
milhões de unidades anuais, para atender a foi da ordem de 30 mil unidades. Projeta-se a
demanda habitacional que está por vir, e eli- ampliação destes financiamentos para 400
minar as moradias inadequadas. mil unidades anuais nos próximos dez anos.
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 1 11 Instituto Universal Brasileiro
►Confirma-se o esforço governamental, Ao analisarmos este horizonte com-
apesar de ser insuficiente, através das ativida- plexo e abrangente (pois em todos os esta-
des da CEF, pela ampliação do financiamento dos existem submoradias), podemos enten-
à população de menor poder aquisitivo. Em der melhor as responsabilidades do corre-
2006, 72% dos recursos aplicados foram dire- tor de imóveis. Afinal, é este profissional
cionados às famílias com renda até cinco salá- que está presente em momentos extrema-
rios mínimos. Em 2007, esse percentual subiu mente relevantes nas trajetórias das famí-
para 82%. lias brasileiras, ocasião em que se alcança
►O financiamento da casa própria, com um mínimo de segurança através da aquisi-
recursos da poupança, atingiu R$ 1,63 bilhão ção da moradia própria.
em janeiro de 2008, com crescimento de
131,31% em relação ao mesmo período de
2007. O volume de empréstimos habitacio-
nais, feitos nos 12 meses terminados em
janeiro de 2008, superou R$ 19,2 bilhões,
com crescimento de 100,7% em relação aos
12 meses de 2007.
►Em quantidade de financiamentos
pelo Sistema Brasileiro de Poupança e
Empréstimo (SBPE), o número de janeiro
atingiu de 17.111, superando em 96,7% o do
mesmo mês de 2007. Com esse resultado,
elevou-se para 204.312 o número de unida-
des financiadas nos últimos 12 meses, contra
116.386 unidades financiadas nos 12 meses
anteriores, até janeiro de 2007.
►Quanto à captação líquida (depósitos
menos saques), as cadernetas de poupança Em outras palavras, ao mesmo
registraram R$ 23 milhões em janeiro. Em tempo em que a atividade imobiliária con-
anos anteriores, janeiro se caracterizava pela tribui para a redução dos problemas
captação negativa, em decorrência dos gas- sociais, é também agente que fomenta o
tos das famílias (educação, IPVA, IPTU, crescimento da economia na geração de
férias). Em janeiro de 2007, por exemplo, foi produtos e serviços que ampliam o produ-
registrada a saída de recursos da ordem de to interno bruto e, consequentemente, do
R$ 604 milhões. outro lado da moeda, renda para todos os
►Para 2008, a Associação Brasileira agentes envolvidos.
das Entidades de Crédito Imobiliário e Em novembro de 2007, divulgou-se
Poupança (ABECIP) projeta que os financia- que o deficit habitacional brasileiro atingiu
mentos, para a casa própria, feitos com recur- 7,964 milhões de residências em 2006 -
sos da poupança atinjam R$ 25 bilhões. Fundação Getulio Vargas (FGV) - com
base nos dados da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (PNAD) do
Panorama do Deficit de Instituto Brasileiro de Geografia e
Moradias no Brasil Estatística (IBGE).
O estudo aponta que o deficit rela-
Embora o negócio imobiliário não se tivo (número de casas existentes dividi-
limite apenas a imóveis residenciais, há do pelo número de casas necessárias
que se refletir sobre um dos maiores pro- para suprir a demanda) atingiu 14,6%,
blemas sociais que atravessamos no Brasil: com redução de 0,3 ponto percentual
a falta de moradias. em 2005.
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 1 12 Instituto Universal Brasileiro
Abaixo, relacionamos os estados com carente, em sua maioria, de serviços públicos
os maiores deficits: essenciais". O número de domicílios deste
tipo, em 2007, no Brasil, é de 1,972 milhão.
1 – São Paulo (1,517 milhão)
2 – Rio de Janeiro (752 mil)
3 – Minas Gerais (632 mil) Tendências do Mercado Imobiliário
Aprendemos nos fascículos, que discu-
tem o papel do marketing, a relevância do
entendimento do comportamento do consumi-
dor. Estudando-se razões de compra, perce-
beu-se que sempre haverá um movimento
que, separado por etapas, visualiza a consta-
tação de uma necessidade, busca de alterna-
tivas, comparações e decisões por compras
mais imediatas ou menos imediatas.
É extremamente dinâmico o comporta-
mento da sociedade, a qual pode, a qualquer
momento, cultuar valores, percepções e
influências novas, que causam migrações de
uma marca para outra.
Em termos relativos, os maiores deficits No ramo imobiliário, o mesmo processo
estão no Maranhão (38,1%), Amazonas acontece e, para o intermediador imobiliário
(33,7%) e Pará (33,5%). Os menores deficits estar “antenado” nestas variações de compor-
relativos estão em Santa Catarina (8,8%), tamento é fundamental, como em qualquer
Paraná (8,9%) e Espírito Santo (9,8%). negócio. O setor deve ficar atento às mudan-
Do total do deficit, 59% são domicílios ças não apenas da sociedade, mas também
considerados "subnormais". São Paulo e Rio dos demais setores envolvidos: políticas
são os estados com a maior parte das habita- públicas, construção civil, intermediários,
ções nesta categoria. agentes financeiros etc.
O IBGE considera subnormal o "conjun- A flexibilidade e agilidade em entender
to constituído por um mínimo de 51 unidades novas oportunidades, penetrar em novos
habitacionais, ocupando ou tendo ocupado, nichos e criar produtos que a demanda solici-
até período recente, terreno alheio, disposto, ta é essencial para a competitividade da
em geral, de forma desordenada, densa e empresa do setor imobiliário.

Fonte dos Gráficos: http://www.sindusconsp.com.br/download/habitacaonobrasil.pdf


Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 1 13 Instituto Universal Brasileiro
Diversificar produtos e inovar são as Estabelecimentos rurais, antes tradicio-
palavras de ordem. Aumento do poder aquisi- nais fazendas, transformam-se em infra-
tivo da população, melhoria nas condições de estruturas modernas e aconchegantes para
vida e longevidade, maior exigência dos clien- atendimento hoteleiro, muitas vezes através
tes dão a tônica desta necessidade. de investimento compartilhado, no segmento
Os investimentos em alta na economia de turismo rural.
brasileira inseriram, de forma mais consisten-
te, o mercado imobiliário ao mercado de capi- $
tais. Pessoas físicas compram para investir,
Crédito

aumenta o número de pessoas que moram Com o aumento das linhas de crédito,
sozinhas, e a procura de residências para a empreendedores, construtores e comprado-
$
terceira idade. Estes elementos e muitos res procuram satisfazer objetivos diversifica-
outros indicadores favoráveis formam um dos. A visível melhoria no poder aquisitivo não
cenário no qual quem está no ramo imobiliá- consolidou uma completa mobilidade social,
rio deve aproveitar esta oportunidade: corre- mas, com certeza, trabalhadores da classe C,
tores, imobiliárias, investidores, consumido- a qual vem, gradativamente, melhorando seu
res, construtores, agentes de comunicação, nível de escolaridade e se qualificando profis-
todos podem e devem abraçar as oportunida- sionalmente, procuram melhores condições
des de negócio que, atualmente, estão dispo- de habitação.
níveis em todas as regiões do Brasil. $ A CEF, o Banco do Brasil, bancos priva-
dos ou autofinanciamentos, associados a pro-
gramas federais (PAR – Programa de
Arrendamento Residencial) ou estaduais
(CDHU) e municipais (COHAB) trazem
opções para aquele que quer, pela primeira
vez, ser titular de uma moradia própria.

Estas oportunidades não estão apenas


nos imóveis residenciais. Empreendimentos
turísticos se ampliam pelas regiões brasilei-
ras. São hotéis que, em rede, segmentam-
Produtos Imobiliários em Destaque

se de quartos mais econômicos até suntuo- No ramo imobiliário, estudar e interpre-


sas suítes, com extensa variedade de servi- tar movimentos sociais ajuda a melhor com-
ços, tanto para turismo de lazer como turis- preensão dos fluxos de capital destinados a
mo de negócios, sem esquecermos do turis- imóveis.
mo ecológico. Falta de segurança nas grandes cida-
Ainda no segmento de hotelaria, prolife- des, busca de maior conforto e infraestrutura
ram resorts que vão desde atendimento a de lazer pelo segmento mais rico da popula-
interessados em locais afastados, nas monta- ção, movimentou o mercado para dados inte-
nhas, até os localizados na faixa litorânea. ressantes neste grupo social. Somente no
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 1 14 Instituto Universal Brasileiro
mês de novembro de 2007, na cidade de São
Paulo, aconteceram dois lançamentos por Além das cinco formatações apresenta-
Fundos Imobiliários
$
dia. Casas de rua e prédios isolados cedem das, antes destacamos uma forma de investi-
lugar aos condomínios fechados de casas e mento em evolução constante.
apartamentos.
Na outra “ponta do tecido social”, houve $
um aumento da demanda por financiamentos São investimentos lastreados em imóveis,
Fundos de Investimento Imobiliários

mais baratos para população de baixa renda. com rendimento proveniente de aluguéis, ideais
O governo regulamenta e cria regras que para quem quer diversificar aplicações e são fon-
ampliam o acesso ao crédito imobiliário, movi- tes alternativas de recursos a construtores.
mento que se acentuou com a entrada dos Investidores querem mercados onde a
bancos privados na disputa por esses clientes. economia cresce de forma saudável e que
Observam-se mais movimentos sustente um cenário de possibilidades de
sociais, principalmente nos grandes centros acumulação de patrimônio e investimentos,
urbanos brasileiros, onde pessoas ou empre- que atendem aos dois perfis clássicos:
sas, envolvidas com atendimento de novas • Conservador: busca de segurança e
demandas, oferecem soluções para: tranquilidade;
1- Novos gostos: Prédios inteligentes e • Agressivo: Procura negócios que
automatizados, mansões e sofisticados lofts, proporcionam bons ganhos.
pequenos estúdios e condomínios populares. No caso dos Fundos Imobiliários, são
compostos por condomínios de investidores,
cujos recursos são investidos em empreendi-
mentos imobiliários.
A rentabilidade desses fundos provém
dos aluguéis dos imóveis de propriedade
do fundo, distribuídos mensalmente aos
quotistas. No Brasil, a CEF foi pioneira no
lançamento do Fundo Imobiliário à
Pessoas Físicas (varejo), com o lançamen-
to do Fundo de Investimento Imobiliário
Edifício Almirante Barroso, em novembro
de 2002.
Até então, os fundos imobiliários não
eram abertos para comercialização ao públi-
co em geral.
2- Moradores single: Pode significar o
aumento da demanda por apartamentos de
um e dois dormitórios, com boa infraestrutura
Investidor

de lazer e serviços para pessoas que moram Visão de longo prazo, preferência por
sozinhas. mais de um tipo de aplicação são as caracte-
3- Casarões do século passado: rísticas básicas do investidor em fundos imo-
Reformados e modernizados para se trans- biliários. Também identificados pela sigla
formar em sedes de empresas, ou receber FII´s, os fundos imobiliários oferecem a possi-
famílias de alto poder aquisitivo. bilidade de investir em imóveis sem arcar
4- Imóveis comerciais: Edifícios de escri- diretamente com os custos inerentes a esse
tórios luxuosos, com infraestrutura sofisticada, tipo de investimento (escritura, Imposto sobre
apareceram nos últimos anos nos grandes Transmissão de Bens Imóveis etc.), sem ter
centros financeiros e comerciais do país. vínculo direto com o inquilino, pois esse rela-
5- Prédios antigos: Completa reforma e cionamento é feito de forma profissional pelo
modernização. administrador do fundo.
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 1 15 Instituto Universal Brasileiro
impostos, inclusive Imposto de Renda, que
só incide sobre as receitas financeiras
Bovespa

Os Fundos de Investimento Imobiliário obtidas com as aplicações do saldo de


são fundos fechados, portanto, não permitem caixa do fundo, (compensáveis na distri-
resgate de cotas, que podem ser negociadas buição). Os rendimentos distribuídos men-
no mercado secundário. A negociação das salmente aos cotistas pessoas físicas dos
cotas no mercado secundário é realizada dia- Fundos de Investimento Imobiliário são
riamente, através de leilões na Bolsa de isentos de Imposto de Renda, desde que o
Valores de São Paulo (BOVESPA), possuindo, fundo possua, pelo menos, cinquenta
portanto, elevado grau de transparência. cotistas e desde que o cotista não detenha
O preço de mercado das cotas de Fundo mais de 10% da totalidade de cotas emiti-
de Investimento Imobiliário é formado a partir das pelo fundo, conforme Lei Federal
das ofertas de compra e venda. Assim, a osci- 11.196/05. Para os demais investidores,
lação diária dos preços não significa, necessa- incide Imposto de Renda sobre os rendi-
riamente, que houve desvalorização ou valori- mentos à alíquota de 20%.
zação do imóvel. O rendimento mensal do
fundo, proveniente do aluguel do imóvel, tam-
bém não é afetado pelas oscilações de preços
Riscos

praticados no mercado secundário. A rentabilidade do investimento está


sujeita a riscos relacionados a fatores
macroeconômicos, como a política econô-
mica em prática no país e a conjuntura
% Tributação

O Fundo Imobiliário é isento de internacional.

AULA 1

1- “No ciclo da cana-de-açúcar, novos povoamentos surgiram além da grande imigração,


urbanização, maior mobilidade social e desenvolvimento cultural”. A afirmação está:

( ) Errada ( ) Correta

2- “... sustentava-se a propriedade pelo fato material da entrega do bem imóvel, pela
transferência da posse ao adquirente, não sendo registrada a presença formalizada de um
intermediador na comercialização de imóveis”. Estamos falando de:

a- ( ) propriedade por gestão


b- ( ) propriedade por tradição
c- ( ) propriedade por aluvião
d- ( ) posse ilícita

Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 1 16 Instituto Universal Brasileiro


3- À época da vinda da família imperial, a população despejada revoltou-se tanto que
alguns portugueses recusavam-se a morar nas casas tomadas e se propuseram a indenizá-los
particularmente. Apresentando-se a esta oportunidade, um cidadão passou a intermediar as
negociações. O nome dele era:

a- ( ) Antônio Armando Mariano de Arantes Costa


b- ( ) Joaquim José da Silva Xavier
c- ( ) Antonio Tenório Cavalcante
d- ( ) Joaquim Silvério dos Reis

4- Na última década do século XIX, a capital do estado de São Paulo recebeu, aproxima-
damente, 200 mil pessoas. Eram _____________ em sua maioria, ocasionando a construção
das primeiras vilas. Assinale a alternativa que corresponde à nacionalidade:

a- ( ) Germânicos
b- ( ) Italianos
c- ( ) Japoneses
d- ( ) Ingleses

5- Crescentes necessidades de solução para concentração dos ________________ e da


________________, no início do século XX em SP, demandavam melhorias na habitação, ali-
mentação, transporte, energia, assistência à saúde, lazer, comunicações, saneamento em
geral etc. Complete a frase identificando a alternativa correta:

a- ( ) visitantes – classe empresarial


b- ( ) comerciantes – classe de corretores
c- ( ) meios de produção - força de trabalho
d- ( ) ingleses financistas – população de alta renda

6- São fontes de recursos para financiamento da habitação:

a- ( ) FMI e PIS
b- ( ) Casa da Moeda e Banco Central do Brasil
c- ( ) Banco do Povo e BNDES
d- ( ) FGTS e SBPE - Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo

7- A CEF – Caixa Econômica Federal –, desde 1931, opera carteiras hipotecárias para a
aquisição de bens imóveis e, em 2001, incorporou o Banco Nacional de Habitação (BNH). A
afirmação está:

( ) Errada ( ) Correta

Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 1 17 Instituto Universal Brasileiro


8- Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, publicados em fevereiro de 2008, no jor-
nal Folha de São Paulo, o Brasil precisa de _________ de moradias até 2020. Assinale a res-
posta correta:

a- ( ) 23,7 milhões
b- ( ) 21,7 milhões
c- ( ) 17,7 milhões
d- ( ) 27,7 milhões

9- Dentre novas tendências em imóveis, associe:

a- imóveis comerciais ( ) prédios inteligentes e automatizados, mansões, lofts,


pequenos estúdios e condomínios populares.

b- casarões do século passado ( ) demanda por apartamentos de um e dois dormitórios,


infraestrutura, lazer e serviços para pessoas
que moram sozinhas.

c- moradores single ( ) reformados e modernizados para serem sedes de


empresas, ou para famílias de alto poder aquisitivo.

d- novos gostos ( ) edifícios de escritórios luxuosos, com infraestrutura


sofisticada, nos grandes centros financeiros
e comerciais.

10- São investimentos lastreados em imóveis, com rendimento proveniente de aluguéis,


ideais para quem quer diversificar aplicações e são fontes alternativas de recursos a constru-
tores. Identifique o tipo de investimento:

a- ( ) Fundos Monetários de Aplicações Financeiras


b- ( ) Fundos de Clubes de Pensão
c- ( ) Fundos de Investimentos Imobiliários
d- ( ) Fundos DI

Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 1 18 Instituto Universal Brasileiro


Não temos a pretensão do aprofunda-
mento em planejamento estratégico, mas a
AULA 2 apresentação de um roteiro mínimo auxiliará
na elaboração e execução dos projetos de
marketing nas transações com imóveis.
MARKETING IMOBILIÁRIO
Todo e qualquer projeto de estratégia de
marketing em imóveis deve obedecer, obriga-
toriamente, à lógica da gestão de negócios, na
qual os executivos da empresa necessitam,
Fundamentos e Operações
A princípio, pareceria difícil definir ao estabelecerem reuniões de planejamento,
Marketing Imobiliário. Mas, sem muitas com- trabalharem com as seguintes variáveis:
plicações, visualizamos todas as premissas 1- Definição do âmbito e filosofia de
básicas da ciência mercadológica no merca- atuação da organização imobiliária.
do de imóveis. O único diferencial reside na 2- Análise do Ambiente: interno, externo
especialização em transações imobiliárias. e mercadológico.
Desta forma, adaptando-se a definição da 3- Definição de macropolíticas da
Associação Norte-Americana de Marketing, as Organização Imobiliária.
atividades de Marketing Imobiliário podem ser 4- Formulação da Macroestratégia da
assim definidas: Organização: sobrevivência, manutenção,
“Conjunto de estratégicas de negócios, que crescimento e desenvolvimento do negócio
de forma isolada ou combinada, permite o fluxo oti- imobiliário. Neste ponto, as macroestratégias
mizado de negócios imobiliários, nas suas mais são para todas as áreas: recursos humanos,
diversas formatações, visando ao pleno atendi- produção, finanças, sistemas informatizados
mento das necessidades das partes envolvidas.” e marketing.
Para operação das estratégias acima, o 5- Objetivos Específicos de marketing.
intermediador imobiliário deverá ter o máximo 6- Especificação das estratégias de
de informações relativas às variáveis em que marketing.
se ambienta o objeto de negociação, para 7- Elaboração de plano de ação, com
melhor identificação das melhores práticas rígida composição orçamentária.
comerciais na transação imobiliária. 8- Aplicação e monitoração do plano de
ação.
9- Avaliação dos resultados obtidos X
resultados esperados.
Planejamento Estratégico
em Imóveis

Para cada empreendedor imobiliário,


uma situação específica determinará os
rumos do negócio, mas a sequência apresen-
tada é muito útil para que, antes de qualquer
decisão estratégica, os empreendedores
possam rastrear a realidade do agente imobi-
liário quanto às suas potencialidades e fragi-
lidades, bem como oportunidades e amea-
ças, as quais, em sua maioria, são oriundas
do ambiente externo à organização.

Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 19 Instituto Universal Brasileiro


► Analisar o comportamento do con-
sumidor final e também dos intermediários
Planejamento

Complementando este tópico de planeja- (nem sempre quem compra é o usuário


mento, reiteramos que estruturas organizacio- final) e respectivos processos de decisão de
nais que lidam com imóveis, para sobrevive- compra.
rem e se desenvolverem, também precisam ► Montar um Sistema de Informações
tomar algumas decisões que implicam em: de Marketing, para análise das necessida-
► Desenhar e entender toda a rede de des de informações, obtenção, análise, ava-
relacionamentos – Sistema Central de liação e respectiva distribuição das mesmas,
Marketing – que a empresa tem, especialmente para melhoria nas tomadas de decisões.
com a cadeia de fornecedores e pontos de ► Relacionar possibilidades de ações
venda de seus produtos ou serviços – fornece- coletivas, desenvolvidas com parceiros: for-
dores de imóveis, agentes financeiros, agentes necedores, proprietários dos imóveis, cons-
promocionais, agentes de comunicação e propa- trutoras, empresas de comunicação etc.
ganda, pontos de venda/localização dos
empreendimentos etc. Neste “desenho em
rede”, é bom visualizar os relacionamentos mais
Etapas do Planejamento

importantes, os quais, com certeza, envolvem


Estratégico em Imóveis

negociações com fornecedores e agentes que De forma simplificada, abordaremos as


estão ligados à empresa. – Vide figura abaixo. principais etapas pertinentes a um planeja-
► Levantar todos os dados disponíveis mento de marketing estratégico:
sobre o mercado de atuação da empresa:
tamanho do mercado, taxas de crescimento,
participação de mercado, ciclo de vida etc.
1- Análise do Ambiente de Marketing

► Levantar ameaças e oportunidades


em todos os mercados em que atua, incluindo Como a própria denominação sugere, o
Microambiente

no mercado internacional, checando variáveis corretor de imóveis precisa conhecer bem os


incontroláveis: ambiente político/legal, econô- diferentes ambientes no qual se insere a
mico/natural, sociocultural e tecnológico. imobiliária.

SISTEMA CENTRAL DE MARKETING

EMPRESA
INTERMEDIÁRIOS DE
FORNECEDORES MERCADO
MARKETING
CONCORRENTE

PÚBLICOS DIVERSOS

COMUNIDADE GRUPOS DE GOVERNO E PÚBLICO EM


IMPRENSA
FINANCEIRA INTERESSE LEGISLADORES GERAL

MACROAMBIENTE

LEIS E
DEMOGRAFIA ECONOMIA TECNOLOGIA CULTURA
POLÍTICA

Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 20 Instituto Universal Brasileiro


Na análise do microambiente, primeira- Complementando a análise do
mente, faz-se um “raio-x”, levantando-se macroambiente, faz-se necessária uma
todas as informações sobre potencialidades ampliação da lente para observação do
e fraquezas dos diversos setores da imobi- mercado como um todo. O planejamento
liária e respectivas funções. No caso de ser agora precisa captar informações sobre
uma pequena estrutura, na qual o corretor ciclo de vida dos negócios imobiliários, ten-
atua sozinho ou com poucos auxiliares, da dências dos diversos segmentos envolvi-
mesma forma há de se fazer uma “varredu- dos, possibilidade de negócios no exterior,
ra” das atividades internas: atendimento a ou, ainda, entrada de novos competidores
clientes, captação de imóveis, sistema de nacionais e internacionais, tamanho dos
cadastro de clientes, sistemas de cobrança, segmentos de mercado e assim por diante.
políticas internas de recursos humanos,
pagamento de salários/comissões, recursos
tecnológicos/informatização, localização do
escritório etc.

Na monitoração ampla do mercado,


poderá o estrategista de marketing observar
a movimentação de mercados emergentes
maduros e em declínio nas atividades imobi-
Este levantamento das potencialidades liárias. Este diagnóstico auxilia na conclu-
e das fraquezas do agente imobiliário permi- são sobre se a imobiliária ainda se apresen-
tirá uma reflexão sobre o que pode ser resol- ta em um mercado competitivo e, com as
vido de forma imediata ou não, bem como demais análises do micro e macroambiente,
aquilo que está dando certo, como manter e poderá estabelecer parâmetros para obten-
ampliar para o resto da organização. ção de vantagens competitivas.
Os registros da análise do microam-
biente devem contemplar uma revisão dos 2- Formulação de Estratégias
recursos disponíveis pelo agente imobiliário,
no que diz respeito a recursos humanos, De posse de uma fotografia completa do
materiais, tecnológicos, financeiros etc. ambiente mercadológico, confrontando forças
e fraquezas, ameaças e oportunidades levan-
tadas, há de se identificar e estabelecer para
Na realização da análise do macroam- toda a equipe qual é o objetivo estratégico da
Macroambiente

biente, os olhos voltam-se para fora da imobiliária, em termos de marketing.


empresa. Cabe ao analista captar informa- Definido o objetivo, é o momento em que se
ções sobre como está operando a concorrên- deve avaliar estratégias alternativas, alinhadas
cia, como se comportam os clientes poten- com a conquista do objetivo eleito. Em seguida,
ciais, de que forma a tecnologia ainda não toma-se a decisão de qual estratégia será imple-
instalada na imobiliária, poderá afetar os mentada, a qual precisará conter, em seu esco-
negócios, se existem problemas de ordem po, situações de vantagens competitivas.
trabalhista/sindical, políticas governamentais Vantagens competitivas são atributos,
interferindo e assim por diante. práticas e políticas organizacionais, que dife-
Na verdade, neste momento, não ape- renciam o agente imobiliário dos seus compe-
nas ameaças podem ser detectadas. Há tidores. Uma aliança estratégica com um forte
plena possibilidade de surgirem ótimos hori- agente financeiro, um ótimo suporte de comu-
zontes de oportunidades, quando o estrate- nicação, com extrema originalidade na estra-
gista de marketing faz esta monitoração do tégia comunicacional, lançamento de produ-
ambiente externo. tos com diferencial inovador na forma de
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 21 Instituto Universal Brasileiro
negociação, dentre outras práticas podem
constituir uma vantagem competitiva.
4- Orçamento e Análise de Investimentos

Estas decisões estratégicas envolvem Todos sabemos da obrigação de qual-


os 4Ps do marketing – produto, praça, preço quer gestor de cuidar da verba da empresa.
e promoção –, os quais podem ser sintetiza- Seja um corretor autônomo, seja uma pequena
dos como: imobiliária. Independente do porte da organi-
•_Decisões Estratégicas de Produtos zação, todos os investimentos, em um planeja-
Imobiliários. mento estratégico, precisam ser orçados,
•_Decisões Estratégicas de Comunicação monitorados e auditados quanto à perfeita uti-
Mercadológica. lização das verbas destinadas aos projetos.
•_Decisões Estratégicas da Força de Vendas. Desta forma, antes da implementação
•_Decisões Estratégicas de Localização/ do plano, há de se fazer um quadro detalha-
Pontos de Negócios Imobiliários. do de tudo o que deverá ser gasto, com cro-
•_Decisões Estratégicas de Preços. nograma das ações e respectivos prazos de
pagamento, destinações e demais necessida-
des de informação quanto ao fluxo do dinhei-
ro empregado.
3- Elaboração do Plano de Ação

Se existe a necessidade burocrática,


mas imperiosa de se colocar no papel, todo o Não faz parte de nosso objetivo o apro-
planejamento das atividades da organização fundamento em análise financeira, mas, se
imobiliária, colocar em ação é indispensável. sintetizarmos a questão da aplicação de
Um simples desleixo no timing (tempo) recursos em um planejamento, podemos
de colocação da estratégia em operação, definir que as principais tarefas seriam:
poderá significar perda de clientes, participa- 1- Avaliar todas as etapas a serem
ção de mercado ou prejuízos que, dependen- implementadas.
do de suas características, comprometerão a 2- Estimar todos os custos relacionados.
sobrevivência dos negócios. 3- Compor os investimentos aplicados.
Assim, um plano de ação bem montado 4- Estimar as repercussões no nível de
se conduz por um cronograma, que deverá faturamento, após a aplicação das medidas
ser obedecido rigidamente e, como não pode- do plano estratégico.
ria deixar de ser, por uma planilha orçamentá- 5- Efetuar o cálculo do tempo de retorno
ria, com detalhamento de custos pertinentes sobre investimento e qual será o tempo
ao projeto de marketing imobiliário. necessário, para o retorno ao caixa da empre-
sa, de todos os investimentos financeiros
transferidos para o projeto de marketing.

Quanto menor o tempo em que estes


valores retornem, melhor para a organização.
Trata-se da etapa onde se escreve Tecnicamente, denomina-se Retorno sobre
quem fará o quê, quem serão os responsá- Investimento este cálculo, o qual poderá ser
veis pelas diversas tarefas registradas, tanto obtido pelo total dos investimentos, dividido
pela execução quanto pela “cobrança” das pelo lucro líquido médio mensal após as
atividades. É no plano de ação que efetiva- medidas implementadas. Veja, a fórmula é
mente se operacionaliza a estratégia estipu- simples:
lada pelos gestores de marketing. No fascícu-
lo referente à Comunicação em Marketing,
apresentamos uma proposta de como deve Investimento Total

ser “escrito” um Plano de Marketing.


Prazo Retorno do Investimento =
Lucro Líquido Mensal

Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 22 Instituto Universal Brasileiro


tuando as correções necessárias, para oti-
mizar o esforço que foi aplicado, a fim de
5- Gestão e Controle do Plano

A gestão de um plano estratégico de obter as metas estipuladas nas reuniões de


marketing implica na elaboração, imple- planejamento.
mentação e respectivo controle. Neste pro- Existem inúmeros controles de planos
cesso, é necessário que o responsável de marketing. Para ilustrar, apresentamos
acompanhe o desenvolvimento de todos os um diagrama simplificado de uma forma de
processos operacionais envolvidos, efe- controle da verba empregada:

CONTROLE DE MARKETING - Ano 2008


MESES Janeiro Fevereiro ACUM. ANO
VERBA Previsto Realizado Diferença Previsto Realizado Diferença Prev. Real. Dif.

Ações Produto A
1- Pesquisa de
Mercado
2- Campanha
Publicitária
3- Custos de Mídia
4- Catálogos e
Panfletagem
5- Apartamento
Decorado
6- Brindes
7- Materiais do
Plantão
8- Outras Ações
Subtotal A

Ações Produto B
1- Pesquisa de
Mercado
2- Campanha
Publicitária

3- Custos de Mídia

4- Catálogos e
Panfletagem
5- Apartamento
Decorado
6- Brindes
7- Materiais do
Plantão
8- Outras Ações

Subtotal B

TOTAL GERAL

Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 23 Instituto Universal Brasileiro


Finalizando, reiteramos que um pla-
nejamento estratégico não é indispensável
Análise pormenorizada das variáveis

apenas para grandes corporações. A


dos quatro Ps, pertinentes aos

sobrevivência de qualquer tipo de


negócios imobiliários
empreendimento fica mais “controlável” se
seus executivos efetivamente operarem
Produto Imobiliário

com um plano de estratégias, o qual, devi- A atual dinâmica dos mercados, ampliada
damente adaptado à realidade do pequeno por uma fase de relativa prosperidade em nosso
negócio, servirá de importante ferramenta país, fez com que mais investidores resolves-
de gestão. sem apostar na atividade imobiliária. Produtos
Afinal de contas, conforme registra que antes só eram conhecidos fora do Brasil
em seu livro Planejamento Estratégico - passaram a fazer parte do cenário de produtos
Formulação, implantação e controle, Paulo oferecidos aos consumidores de imóveis.
de Vasconcelos Filho afirma:
...uma organização que não planeja
seu futuro, não merece ter um...

Quatro Ps em Marketing Imobiliário

Produto Imobiliário
Praça, Localização, Ponto de Venda
Promoção de Produtos Imobiliários
Política de Preços de Imóveis

De posse de informações básicas para a for-


matação de um planejamento estratégico, o profis-
sional de imóveis necessita conhecer, o mais deta-
lhadamente possível, as características tanto do
composto de marketing, que oferecerá ao merca-
do, quanto do mercado em que pretende atuar.
Quando realizamos esta “leitura”, temos dois con- Desta forma, fazer uma análise deste
ceitos pertinentes à análise do marketing-mix: panorama dá subsídio para que o corretor
entenda qual seria a melhor opção na forma-
ção do leque de produtos de sua imobiliária.
Características ambientais do mercado de Já apresentamos, na lição anterior, as ten-
• Marketing-mix do Mercado:

imóveis. dências referentes a moradias para novos


gostos com prédios inteligentes e automatiza-
dos, moradores single, casarões e prédios
Estratégias em andamento na empresa de antigos reformados e modernizados, edifícios
• Marketing-mix da Empresa:

imóveis. de escritórios luxuosos e os chamados


Fundos de Investimentos Imobiliários.
O empreendedor, que atua com transa- Como tudo na vida nasce, desenvolve-se
ções imobiliárias, deve dominar conhecimen- e tem um fim, os produtos imobiliários têm sua
tos e ações sobre seu portfolio de produtos e trajetória de introdução, ampliação, maturidade
serviços oferecidos à clientela, melhores e declínio. O conceito de ciclo de vida de pro-
opções para promoção e comunicação com o duto deve estar presente na avaliação dos pro-
mercado, estudos e formatações de preços e dutos a serem colocados no mercado. O ciclo
questões pertinentes às influências da locali- de vida dos produtos vem especificado no grá-
zação dos produtos e cliente. fico a seguir.
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 24 Instituto Universal Brasileiro
Acabamos de evidenciar as tendências de flats. Ela pesquisará constantemente as
de mercado. Há de se identificar, também, características das ofertas e, na medida do pos-
produtos maduros e em declínio para não se sível, ter várias opções para seus clientes. Se a
correr o risco de ter em mão um produto que imobiliária optar por atuar em vários segmentos
ninguém procura mais. de mercado, da mesma forma, precisa diferen-
ciar-se nas opções oferecidas e ter domínio das
Cabe, neste tópico, ampliarmos mais características de cada produto.
este leque, identificando a presença de maio- Quando falamos que as variedades de
res ou menores influências no quesito produ- produtos existentes são muitas (flats, multipro-
to. Vejamos estes aspectos: priedades, time-sharing, cotas para investimento
e fundos de locação imobiliária), precisamos
alertar que, dificilmente, um empreendedor atua
Há subjetividade nesta variável, pois é em todos os segmentos, sendo mais comum a
a- Qualidade

provável que um atributo de um apartamento um agente imobiliário especializar-se em apenas


seja importante para um cliente e para outro algumas áreas de negócio.
não tenha esta relevância.
Mas, em linhas gerais, seja usado ou
novo, um imóvel deve apresentar adjetivos que
caracterizem alta qualidade, principalmente nos
materiais de construção empregados, desde
alvenaria até metais sanitários, pintura etc.
A qualidade se amplia para a prestação
de serviços, desde o atendimento do agente
imobiliário até os serviços oferecidos no flat, na
administração do condomínio, no resort e
assim por diante. A qualidade nunca acaba, é a
base fundamental nesta variável, pois tudo Dentre estas opções disponíveis, incluem-se
pode ser melhorado. A melhor justificativa para redes internacionais, que alugam antigos sobra-
esta afirmação é simples: as exigências sem- dos, construídos com vários cômodos, transfor-
pre se renovam e a concorrência não perde mando-os em unidades hoteleiras. Para gran-
tempo para atender estas novas necessidades. des parceiros corporativos, existem administra-
ção de shoppings centers, condomínios resi-
denciais verticais, day-hospital, medical center
Digamos que uma imobiliária se especiali- (centro de consultórios médicos), condomínios-
b- Opções e Características

ze em transações comerciais, compra e venda clube, galpões industriais e comerciais, condo-


Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 25 Instituto Universal Brasileiro
mínios industriais, vilas urbanizadas, escritórios extrovertidas, humoradas, carismáticas, exi-
part-time, produtos hoteleiros, edifícios inteli- gentes, ambiciosas, autoritárias, estressadas
gentes, edifícios “ecológicos” etc. e apáticas dentre outros tipos personalísticos.
Cabe ao corretor perceber estes perfis e esta-
belecer “canais otimizados”, para comunica-
Esta prática já estudada no fascículo, refe- ção e fechamento dos negócios.
c- Segmentação

rente aos estudos de marketing, volta a ser des-


taque na análise do “p” de produto. Falamos
naquele tópico que o mercado-alvo não é aque-
le que a empresa gostaria de atingir, mas aque-
le que pode consumir o produto oferecido.
Para segmentar um mercado, é neces-
sário ter um conhecimento abrangente, quali-
tativo e quantitativo do mesmo.
Segmento de mercado é um conjunto
de clientes que tem necessidades e desejos
em comum. Ao agrupar clientes semelhan-
tes, a organização pode atender necessida-
des específicas de forma mais eficaz.
Quanto mais recursos e opções esses clien-
tes procuram, mais razões a empresa terá
para segmentar.
Como esses segmentos de mercado
descrevem clientes a partir do ponto de vista
dos próprios clientes, e não da empresa, Quanto aos produtos oferecidos, os esti-
oferecem melhores oportunidades para que los não têm limite: construção em estilo colo-
a organização “feche seu foco” na utilização nial, moderno, neoclássico, futurista e todas
de esforços concentrados para a satisfação as classificações que os arquitetos têm em
de necessidades específicas de um grupo seus portfolios. Um bom corretor de imóveis
inteiro de clientes. conhece e opina sobre questões de estilo, em
eventual questionamento por parte do cliente.

A questão de estilo deve ser analisada,


d- Estilo

tanto com relação aos diferentes tipos de esti- No mercado imobiliário brasileiro, algu-
e- Marca

lo de vida dos clientes quanto aos diversifica- mas marcas estão consolidadas há décadas.
dos estilos de construção, paisagismo e urba- Mas para este posicionamento, como diria o
nização disponíveis no portfólio da imobiliária. estadista britânico, Winston Churchill, “muito
As sociedades modernas se apresen- sangue suor e lágrimas, foram derramados.”
tam multifacetadas. Mulheres ocupam cargos Um agente imobiliário, para fixar uma
importantes nas empresas, jovens deixam marca, jamais deve esquecer o que agrega
mais cedo suas famílias em busca de forma- valor a seu negócio. Desta forma, a empresa
ção acadêmico-profissional e muitas outras precisa escrever sua missão - dizer para si,
situações em que as tradicionais famílias têm seus funcionários, fornecedores e clientes:
sido modificadas dia a dia. para que existe? qual é a razão de sua exis-
Neste universo complexo, estilos de tência como negócio?
vida múltiplos precisam ser atendidos pelos A partir desta definição, também escre-
agentes imobiliários: clientes “normal-família”, ver e praticar valores, que serão os pilares
estudantes, esportistas, artistas, intelectuais, que sustentarão a empresa e darão visibilida-
extravagantes, com personalidades e “perfis” de à marca. Em questão de imóveis, existem
variados de pessoas: tranquilas, introvertidas, algumas palavras óbvias e mágicas: seguran-
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 26 Instituto Universal Brasileiro
ça, idoneidade, rapidez, precisão, confiabili- tachado de não profissional, pois a simples
dade, compromisso e assim por diante. ausência de uma resposta poderá causar uma
Uma marca deve ser percebida como demora ou cancelamento do negócio.
um belo “ovo de páscoa”: perfeito, ótimo por Para explicar melhor o que é instalação e
fora e, por dentro, surpresas que o cliente não equipamento público de atendimento e suporte à
está esperando. Em palavras técnicas, se população, podemos dizer que se referem às
superar a expectativa do consumidor, a cada instalações que a prefeitura, governo estadual,
negociação, uma marca pode gradativamente federal ou, eventualmente, concessionárias (Cia.
construir bases para se sustentar na decor- de Água e Esgoto, Eletricidade, Gás etc.) dispo-
rência a curto, médio e longo prazos. nibilizam à população. Exemplos clássicos:
Portanto, cuidar da marca, fazer bran-
ding são essenciais para o empreendedor
imobiliário. Neste processo, desenvolver for-
matações de garantia de bons serviços e
assessoria pós-venda é extremamente reco-
mendável para fidelização e ser referência,
para que este cliente fiel recomende sua
marca a outros clientes.

Praça, Localização e Ponto de


Venda em Imóveis
Todas as variáveis pertinentes à locali-
zação tanto do imóvel quanto dos pontos de
negociação/venda dos imóveis (na obra ou no
escritório, área rural, urbana, virtual etc.) são
analisadas neste item.
Dizem os especialistas que o sucesso
de um projeto começa pela compra do terre- •_Escolas Públicas: Municipais,
no. Deve ser realizada uma análise prévia da Estaduais e Federais (Ensino Infantil ao
região, pois isso auxilia na identificação do Ensino Superior).
que está faltando naquele mercado e qual o •_Postos Municipais: Saúde, Meio
perfil do produto desejado. Ambiente, Finanças, Educação, Abastecimento,
O negociante de imóveis, para que Bem-Estar Social, Esportes, Lazer e Turismo.
adquira credibilidade, necessita estudar o •_Postos de Atendimento: Sabesp,
local em que a oferta está: características Eletropaulo, Cohab e concessionárias.
básicas, tipo de terreno, temperatura média • Postos de Órgãos Estaduais: Poupa-
do local, nível de arborização ou de poluição, Tempo, Departamento de Trânsito, Secretaria
dentre outras características. da Segurança Pública, Fazenda Estadual etc.
O conjunto de infraestrutura local •_Postos de Órgãos Federais: Junta
sempre será questionado pelo cliente. Ele Militar, Eleitoral, Receita Federal e Trabalho.
deseja saber se há movimento intenso nas • Polícia Metropolitana, Polícia Militar,
ruas e avenidas locais, onde se localizam Juizado de Menores.
as ruas que comportam feiras-livres, onde •_Praças, Bibliotecas, Sanitários Públicos.
está o supermercado mais próximo, esco- •_Transporte Coletivo.
la, pronto-socorro e assim por diante. Nas áreas mais urbanizadas, onde pro-
O corretor de imóveis, que não conhece jetos de infraestrutura viária (metrô principal-
como funciona o transporte coletivo do bairro, mente) são colocados em execução todos os
onde se encontram os equipamentos e instala- dias, se o cliente perguntar ao corretor se há
ções públicas disponíveis, corre o risco de ser algum projeto da prefeitura com relação à
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 27 Instituto Universal Brasileiro
futura desapropriação do imóvel, para abertu-
ra ou alargamento de novas ruas, há que se
buscar resposta rapidamente, na repartição
pública competente. Solicita-se uma certidão
negativa, atestando não existir projeto de
desapropriação em andamento, para deixar o
cliente tranquilo no fechamento do negócio.
Também a composição dos estabeleci-
mentos comerciais, industriais e de serviços pri-
vados precisa ser bem conhecida. Os clientes
podem procurar cartórios, lojas específicas, res-
taurantes, bancos, hospitais privados, postos de
gasolina e uma infinidade de prestadores de
serviços e negócios. Desta forma, o item locali-
zação e suas variáveis são objeto de aprofunda-
mento do conhecimento das condições locais Alguns empreendedores, os quais ope-
do imóvel, para que não falte resposta a nenhu- ram com diferentes produtos em locais varia-
ma indagação por parte do cliente potencial. dos, adotam softwares poderosos com ima-
gens das unidades a serem vendidas, com
apresentação virtual de todas as característi-
cas físicas, tanto do imóvel quanto das ime-
Pontos de Venda em Imóveis e

diações do empreendimento, muitas vezes,


Negócios Eletrônicos
Reservamos a este tópico uma atenção incluindo imagens aéreas.
especial. Existem inúmeros softwares, que pos-
A tecnologia invade todas as atividades sibilitam estas facilidades. São ferramentas
e a organização, quem dispensar estas possi- extremamente facilitadoras das decisões
bilidades, perde terreno no campo da compe- do cliente, pois, mesmo sem fazer um con-
titividade. O cliente de imóveis investidor, tra- tato pessoal ou por telefone, ele poderá, de
balhador, que deseja sua moradia própria, ou posse de um microcomputador devidamen-
empreendedor que procura um terreno para te configurado, acessar todas as ofertas
sua futura fábrica, não importa: todos querem disponíveis no site da imobiliária, e assim
comodidade, praticidade e rapidez na apre- economizar muito tempo e dinheiro com
sentação das ofertas e no fechamento da eventuais deslocamentos, que poderiam
negociação. ser infrutíferos.
Desta forma, um escritório de agente
imobiliário precisa saber onde estão seus
clientes potenciais e trazer para estes a maior
comodidade possível de acesso a seus plan-
tões de venda, seus representantes, sede da
empresa e demais parceiros envolvidos:
agentes financeiros, cartórios etc.
Nas cidades urbanizadas, muitas imo-
biliárias se localizam nas proximidades de
locais onde existem fartas possibilidades
de acesso: rodoviárias, ferroviárias, metrôs
etc. Outras, quando os empreendimentos
são mais afastados, disponibilizam trans-
porte em grupos colocados em vans ou
ônibus especialmente fretados para os
clientes.
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 28 Instituto Universal Brasileiro
A figura do corretor virtual é uma realida-
de nas imobiliárias brasileiras. Em linhas
Promoção de Produtos Imobiliários

gerais, a atuação de um corretor on-line Passamos a estudar o terceiro P do


envolve conversação em tempo real, através composto mercadológico. Referimo-nos às
de chat, com clientes que acessam o site da extensas formatações para “promover” os
empresa. O cliente poderá procurar um imó- produtos imobiliários, especialmente com a
vel de acordo com suas necessidades atra- utilização de ferramentas comunicacionais.
vés de uma "pesquisa rápida de imóveis" inte- Em marketing, dizemos que o P de promo-
grada à janela do chat, visualizando todas as tion tem a ver com toda e qualquer estratégia que
características do imóvel apresentado na tela. “anuncie, promova, dê visibilidade e exteriorize a
A imobiliária poderá obter, registrar e oferta” de um produto ou serviço. Assim, ações
trabalhar várias informações: de promoção de vendas, operações de propa-
• Registros da audiência de vendas ganda, treinamento de vendedores para otimiza-
pela Internet, que apontam o real interesse do ção da venda pessoal, planejamento de mer-
internauta em aprofundar a pesquisa através chandising e, assim por diante; todas estas ações
do site. Em média, 20% dos usuários retornam atendem à proposta de promover o produto imo-
atrás de novas informações. biliário. Vejamos alguns detalhes:
• As ações na web não se limitam à vendas
on-line, pois podem realizar lançamentos pre-
viamente pela web, campanhas de banners,
Promoção de Vendas em Imóveis

todos veiculados em portais estrategicamente São ações que poderão ser realizadas
alinhados com a comunicação da empresa etc. junto ao público comprador, ou ainda, em
Abaixo, algumas telas de empresa, que níveis intermediários – revendedores e ven-
opera com softwares e apoio à apresentação dedores - que visam estimular as vendas.
dos produtos e fechamento de negócios: Uma empresa pode decidir pela estratégia
de promoção para várias finalidades: eliminar
estoques, esforço para ampliar a divulgação e,
principalmente, alavancagem de faturamento.
Apesar de que, na promoção de vendas de pro-
duto de consumo de massa, várias alternativas
possam ser visualizadas; no ramo de imóveis,
temos algumas limitações, sendo comum situa-
ções de feiras e leilões de imóveis.

Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 29 Instituto Universal Brasileiro


A formatação mais comum de promo- Por outro lado, em pequenas estruturas
ção, para liquidar os produtos imobiliários, de imobiliárias, a propaganda se restringe a
é a formação de um conjunto de participan- anúncios classificados em jornais, com os des-
tes em uma feira de imóveis, onde cons- contos já tradicionais, oferecidos pelos veícu-
trutoras, agentes imobiliários, financeiras, los. Placas simples colocadas nos imóveis à
prestadores de serviços, criam um planeja- venda, materiais simples de ponto de venda e
mento promocional completo. Alugam um mais algumas peças que possam auxiliar a
espaço, promovem um projeto de comuni- comunicar melhor as ofertas da imobiliária.
cação bem estruturado e, em determinados Não importando se é um megaprojeto de
finais de semana, recebem a clientela inte- comunicação ou um pequeno projeto, a primei-
ressada nos produtos em oferta. ra coisa que deve ser apurada é: qual é, efeti-
vamente, o problema de comunicação a ser
resolvido? Lançamento, venda, compra, alu-
guel, permuta, administração de condomínio?
Propaganda em Imóveis

Para a grande corporação, naturalmente Ao responder esta pergunta, caracteri-


com verbas maiores, é visível a utilização de zar de forma completa, tanto o público-alvo a
todos os meios comunicacionais possíveis, ser impactado quanto o produto a ser comu-
incluindo projetos com a participação de “anún- nicado, identificando a possibilidade de pro-
cios testemunhais”, com artistas famosos ou dução de peças publicitárias, de conformida-
pessoas formadoras de opinião. Estas corpora- de com a verba disponível.
ções se utilizam dos serviços de agências de Nos fascículos específicos, abordamos
propaganda especializadas, as quais, de posse as melhores práticas na criação de um anúncio
de um briefing, apresentam seus projetos com ou, se for o caso, obter e controlar os serviços
produções para mídia eletrônica, imprensa e prestados por uma agência de propaganda.
mídias alternativas como: comerciais de televi- Enfim, as peças de propaganda criadas,
são, rádio, peças para Internet, folhetos, carta- a partir da identificação da necessidade do
zes, material para ser distribuído nas ruas, pla- cliente, devem estimular o desejo e a ação do
cas, materiais de ponto de venda, catálogos etc. cliente potencial.

Dependendo do porte do projeto, pode-


rá a empresa disponibilizar verbas altíssimas
para comunicar seus produtos. Mas, se todas
as variáveis forem monitoradas com critério, é
bem provável que o retorno sobre o investi-
mento em comunicação seja obtido rapida- Como já confirmado em estudos científi-
mente, no início das vendas das primeiras cos, a propaganda bem conduzida ativa os
unidades do empreendimento, no caso de um sentidos, desejos, aspirações, fala com o
prédio de apartamentos, por exemplo. inconsciente, propõe novas experiências, ati-
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 30 Instituto Universal Brasileiro
tudes e novas ações. Defesas e barreiras à Uma forma de resumir o poder de comu-
propaganda podem surgir, mas, vez ou outra, nicação do merchandising é observar que ele
um anúncio quebra resistências e um comer- reúne todo e qualquer esforço de comunica-
cial ultrapassa muros. ção feito no ponto de venda para impulsionar
Uma ideia que antes era rechaçada, a compra de um produto. Assim, o merchan-
passa a ser aceita. Seu poder de persuadir é dising exerce: atração, estímulo, conversação
decisivo para melhoria das vendas. A propa- e ação do consumidor.
ganda informa, propaga, divulga um produto,
serviço ou ideia para que as pessoas se inte-
ressem, desejem e cometam a ação de com-
Relações Públicas e Marketing

prar aquilo que está sendo anunciado.


Direto em Imóveis
Fazer relações públicas no mercado
imobiliário também pode trazer resultados.
Este profissional solidifica a imagem da
Merchandising em Imóveis

O merchandising (mercadização em por- empresa e busca, de forma lenta e gradual,


tuguês) efetiva-se com impacto visual adequa- fixar a marca, trazer clientes e criar espaço
do e exposição planejada e poderá estar asso- para que a imobiliária penetre cada vez
ciado a outros elementos do composto de mar- mais no mercado em que atua ou pretende
keting: apoio a promoções, propaganda etc. atuar.
Podemos identificar as principais operações O colaborador de “relações públicas”
de merchandising em imóveis: pode divulgar a imobiliária junto a clientes,
fornecedores, financiadores, órgãos regula-
Um apartamento decorado com extremo dores, entidades de classe etc. A prática de
a. Exposição dos Produtos

cuidado, mantido sempre limpo e higienizado, serviços de relações públicas do mercado de


com boa iluminação, bem como todas as insta- imóveis só se tem observado em grandes
lações do plantão de vendas são fundamentais. empreendimentos.
As relações públicas comportam um
canal indireto de comunicação, cujo objeti-
vo principal é o de reforçar a imagem corpo-
rativa e de suas marcas, incluindo ferra-
mentas como: notícias, discursos, eventos,
serviços sociais, revistas, filmes e web
pages.
Na atuação pelo marketing direto, a
imobiliária usa qualquer método que gera e
usa informações da interação com seus clien-
tes e prospects, a fim de atingir melhor suas
ações de marketing, promover a continuidade
do negócio e manter o controle dos gastos de
marketing.
As principais ferramentas de marketing
direto (mala direta, telemarketing, web marke-
ting, catálogos etc.) permitem que a empresa
desenvolva um relacionamento direto com
b. Comunicação Visual nos Pontos de

A comunicação visual interna e externa seus consumidores. Os principais benefícios


Venda

se torna necessária em virtude da grande são: possibilidade de seleção de clientes


rotatividade de clientes nas imobiliárias. potenciais, personalização da mensagem,
Maquetes, cada vez mais sofisticadas, são continuidade no relacionamento, maior aten-
construídas para prender a atenção dos futu- ção do cliente e não visibilidade por parte da
ros moradores nas unidades residenciais. concorrência.
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 31 Instituto Universal Brasileiro
Quanto mais preparado o profissional de
imóveis, maior a credibilidade por parte do
Venda Pessoal – Corretores de Imóveis
Aqui está o maior desafio da imobiliária: cliente, da empresa, do corretor e, por conse-
municiar-se de verdadeiros “consultores de quência, no produto oferecido.
imóveis” os quais, além de promoverem e
realizarem os negócios, devem ser elementos
de fixação de marca, imagem e, principal-
Política de Preços de Imóveis
mente, fidelização de clientes. São eles que O empreendedor, nas ações de marke-
têm o verdadeiro contato com a clientela, daí ting associadas a preços, deverá contem-
a importância de sua atuação. plar todos os aspectos que permitem aos
clientes perceberem que a relação
custo/benefício é consistente como vanta-
gem e garantia de bom negócio. Neste
ponto, a sensibilidade dos clientes de imó-
veis a preço é muito grande.
Muito provavelmente, na maioria dos
casos, o fator preço deve receber atenção
especial, em decorrência de se tratar de
investimento em bem durável, no qual a fre-
quência individual de transação comercial
não é rotineira, pois implica em altas somas
de dinheiro para se negociar um imóvel.
O agente imobiliário, sabedor desta prerro-
gativa, deve estabelecer critérios para que o
cliente entenda, o mais fácil possível, a planilha
Na venda pessoal ocorre a ação direta que compõe o programa de pagamentos do imó-
junto ao comprador, em que as característi- vel. O cliente precisa desta consultoria para se
cas e vantagens do produto são explicadas sentir seguro de que pode arcar com as obriga-
pessoalmente. O resultado esperado desse ções previstas na negociação.
contato pessoal é o da venda do produto.
Dentre os propósitos primários da venda
pessoal estão educar clientes, gerar utiliza-
ção de produto e assistência de marketing,
fornecer serviços pós-venda e suporte aos
compradores.
A importância da comunicação na venda
pessoal reside no fato de permitir ao vende-
dor criar uma mensagem customizada para
os interesses e as necessidades específicas
do cliente, oferecendo uma maior possibilida-
de de transmissão de informações técnicas e
complexas, maior do que outros métodos pro-
mocionais. Além disso, facilita o estabeleci-
mento de relacionamentos de longo prazo.
Para otimização das tarefas dos correto- Existem planilhas complexas, que
res, deve-se treiná-los periodicamente, de envolvem tabelas diferenciadas, utilizadas em
acordo com as necessidades da imobiliária: cada fase da construção do empreendimento;
novos empreendimentos, novas políticas tabela da construção civil, parcelas interme-
públicas habitacionais, novos regulamentos diárias, mudança de tabela após a entrega
de financiamento etc. das chaves e assim por diante.
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 32 Instituto Universal Brasileiro
O corretor responsável sabe demonstrar Aproximar-se e estabelecer parcerias
simulações, projeções e formas variadas para mais estreitas com os decisores/gerentes de
que o cliente entenda perfeitamente a propos- bancos, pode facilitar o fechamento dos
ta que analisa. Estes procedimentos são negócios. Os bancos são exigentes nas
bases importantes para a confiança mútua e garantias e demais procedimentos como
bons negócios. seguros, fiadores etc. O corretor deve conhe-
Destacamos, mais uma vez, que a equi- cer todas estas fases do financiamento e ser
pe de corretores precisa atualizar-se sempre. o intermediador que o cliente espera nesta
No que diz respeito a variáveis preços muitas complicada fase de negociação.
implicações aparecem, e cabe ao profissional
estudar suas formatações e evoluções.
Destacamos:
3. Tabelas, Sistemas de Amortização
e Formas de Pagamento

Como já foi mencionado, conhecer,


interpretar e projetar simulações das tabelas
1. Política de Preços da Imobiliária

Cada imobiliária, mesmo em parceria e taxas de amortização vigentes no país é


com construtores e demais agentes, estabe- obrigação do corretor de imóveis.
lece metas de lucratividade e respectiva ren- Da mesma forma, informações sobre
tabilidade nos negócios. A partir daí, fixa vencimentos, critérios e formas de pagamento
determinados preços alicerçados nestas do sinal, parcelas intermediárias e mensalida-
metas. O corretor precisa conhecer, clara- des, precisam estar totalmente desvencilhadas
mente, as justificativas para a formatação dos de questionamentos para que o negócio saia
preços que aplica. limpo e elimine-se o dissabor do cliente em
desfazer-se do negócio; utilizando-se da prer-
rogativa do Código de Defesa do Consumidor,
que prevê a possibilidade do cancelamento do
negócio dentro de um prazo mínimo, alegando
problemas na forma de pagamento.

4. Descontos, Deduções e Outras


Negociações

Uma boa tabela de preços poderá ser


estabelecida com critérios definidos sobre
margens a descontos, deduções ou limites
para determinadas negociações de prazos e
outros itens pertinentes a preços.
Cabe à organização deixar claro estas prer-
rogativas a seus corretores e evidenciar que tais
práticas devem ser uma das últimas operações a
serem praticadas. Geralmente, quando se esgo-
tam as argumentações e com o intuito de não
2. Agentes Financeiros perder o cliente faz-se as concessões.

Agentes financeiros, especialmente Após esta extensa abordagem dos


bancos que operam com financiamento da quatro Ps do marketing imobiliário, acre-
habitação, podem ser parceiros significativos ditamos ter contribuído na elucidação de
dos corretores de imóveis. Ambos têm inte- várias situações das transações com pro-
resses que têm, como objeto comum, o clien- dutos imobiliários.
te da atividade imobiliária.
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 33 Instituto Universal Brasileiro
AULA 2

1- “Conjunto de estratégicas de negócios que, de forma isolada ou combinada, permite o


fluxo otimizado de negócios imobiliários nas suas mais diversas formatações, visando ao pleno
atendimento das necessidades das partes envolvidas”. Este é o conceito de:

a- ( ) marketing puro
b- ( ) marketing de varejo
c- ( ) marketing de negócios amplos
d- ( ) marketing imobiliário

2- No Planejamento Estratégico em Imóveis, precisamos, dentre várias etapas, realizar


uma análise ambiental, a qual compreenderá:

a- ( ) apenas ambiente interno


b- ( ) ambiente externo e mercadológico
c- ( ) apenas ambiente externo
d- ( ) ambientes interno, externo e mercadológico

3- Quando separamos fatias de mercado, para atendimento de um conjunto de clientes,


que tem necessidades e desejos em comum, atuamos em um:

a- ( ) fragmento de mercado
b- ( ) segmento de mercado
c- ( ) sortimento de mercado
d- ( ) estimativa de mercado

4- Variáveis pertinentes à localização, tanto do imóvel quanto dos pontos de negocia-


ção/venda dos imóveis (na obra ou no escritório, área rural, urbana, virtual etc.). Estas variá-
veis pertencem ao fator:

a- ( ) produto
b- ( ) praça / ponto de venda
c- ( ) promoção
d- ( ) preço

5- “...para liquidar os produtos imobiliários, forma-se um conjunto de participantes, em


que construtoras, agentes imobiliários, financeiras, prestadores de serviços, criam um planeja-
mento promocional completo, alugam um espaço, promovem um projeto de comunicação bem
estruturado e em determinados finais de semana, recebem a clientela interessada nos produ-
tos em oferta...”. Este tipo de operação é chamado de:

a- ( ) quinzena de imóveis
b- ( ) varejo de imóveis
c- ( ) teleconferência
d- ( ) feira de imóveis

Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 34 Instituto Universal Brasileiro


Efetuar o cálculo do tempo de retorno sobre investimento. Qual será o tempo necessário,
1ª Tarefa - Orçamento e Análise de Investimentos

para o retorno ao caixa da empresa, de todos os investimentos financeiros transferidos para o


projeto de marketing.
Quanto menor o tempo em que estes valores retornem, melhor para a organização.
Tecnicamente denomina-se Retorno sobre Investimento este cálculo, o qual poderá ser obti-
do pelo total dos investimentos, dividido pelo lucro líquido médio mensal, após as medidas
implementadas. Veja, a fórmula é simples:

Investimento Total
Prazo Retorno do Investimento =
Lucro Líquido Mensal

A empresa XYZ Empreendimentos Imobiliários decidiu pela destinação de 11,6% de


Exercício:

seu resultado operacional positivo (lucro líquido) do ano de 2008, para todas as ações de
marketing de 2009. Dentre estas ações estão: contrato para veiculação semanal de anúncio
em jornal de grande circulação, desenvolvimento de material para relações públicas, sede
da empresa e stands de vendas: pasta com portfolio, produtos já comercializados, lançamen-
tos, histórico da empresa etc. Também decidiu emprego de verba para criação, impressão e
panfletagem de material de produtos em lançamento. Nos três primeiros meses de 2009, o
lucro projetado foi atingido e as estimativas indicam que a média do lucro do primeiro
trimestre está assegurada, caso mantenham-se as condições de mercado.
Sabendo-se que todas as ações foram pagas à vista, calcule qual o prazo de retorno do
investimento, baseando-se nos números apresentados:
DADOS DA EMPRESA 11,6% DO LUCRO
A- Lucro Líquido 2008 R$ 958.794,32
B- Ações de MKT – 2009
- Veiculação semanal: anúncio em jornal (produção e veiculação):
R$ 13.000,00
contrato 52 semanas, pago à vista.
- Material p/relações públicas, sede e stands de vendas: 1.000 uni-
R$ 13.297,52
dades, pago à vista.
- Panfletagem: criação, impressão e panfletagem – 60.000 folhetos
R$ 25.000,00
– 1º. Semestre –pago à vista.
- Panfletagem: criação, impressão e panfletagem – 180.000 folhetos
R$ 45.000,00
– 2º. Semestre- pago antecipado.
- Apartamentos Decorados: projetos, construção, montagem, deco-
R$ 15.000,00
ração e desmontagem. Contrato pago à vista.
TOTAL DOS INVESTIMENTOS EM MKT R$ 111.297,52

- Lucro Médio 1º. Trimestre de 2009: R$ 85.558, 97

Prazo de retorno do investimento: ????

Prazo apurado em meses:

Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 35 Instituto Universal Brasileiro


2ª Tarefa - Gestão e Controle do Plano

Nesta aula, foi apresentado um diagrama simplificado de uma das formas de controle de
verba. Vamos aproveitar o mesmo modelo para fazer uma simulação de controle de verba,
fazendo alguns lançamentos de valores nas colunas correspondentes ao que foi previsto,
como sugestão. Você deverá completar com os valores correspondentes ao que foi realizado
de fato, lançando inclusive as diferenças para mais ou menos, fazendo a soma do acumulado
no ano. Lembre-se: são dados aproximados e fictícios.

Modelo de Controle: Verba para Atividades de Marketing:


CONTROLE DE MARKETING - Ano 2008
MESES Janeiro Fevereiro ACUM. ANO
VERBA Previsto Realizado Diferença Previsto Realizado Diferença

Ações Produto A

5.850,00 5.850,00
1- Pesquisa de
Mercado

8.500,00 8.500,00
2- Campanha
Publicitária
3- Custos de Mídia 35.000,00 35.000,00

4.166,00 4.166,00
4- Catálogos e
Panfletagem

7.500,00 7.500,00
5- Apartamento
Decorado
6- Brindes 1.000,00 1.000,00

1.108,00 1.108,00
7- Materiais do
Plantão
8- Outras Ações 850,00 850,00

Subtotal A 63.974,00 63.974,00

Ações Produto B

5.850,00 5.850,00
1- Pesquisa de
Mercado

8.500,00 8.500,00
2- Campanha
Publicitária

3- Custos de Mídia 35.000,00 35.000,00

4.166,00 4.166,00
4- Catálogos e
Panfletagem

7.500,00 7.500,00
5- Apartamento
Decorado
6- Brindes 1.000,00 1.000,00

1.108,00 1.108,00
7- Materiais do
Plantão
8- Outras Ações 850,00 850,00

Subtotal B 63.974,00 63.974,00

TOTAL GERAL 127.948,00 127.948,00

Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 2 36 Instituto Universal Brasileiro


Na verdade, checar os segmentos em que
• Segmentação de Mercado
AULA 3 atua deve anteceder às técnicas de análise do
TÉCNICAS E VENDAS comportamento do consumidor, pois, entenden-
IMOBILIÁRIAS do o segmento, identifica-se o público.
Ao separarmos algumas das principais
variáveis de perfis de clientes, poderemos
Parâmetros para atuação eleger três grandes blocos de análise:
profissional
• sexo
1- Variáveis Demográficas:
Clientes têm diferenças. Elas precisam • município
ser notadas e aproveitadas. Por exemplo, • estado civil
comportamentos evidenciados, durante a • faixa etária
negociação ou decisão de comprar a casa • formação educacional
própria, podem ser estratificados de acordo • tamanho da família
com a região de origem do cliente. • ocupação atual
As atividades tradicionais de marketing, • renda familiar
associadas às características específicas de
cada empreendimento imobiliário (compra,
venda, locação, condomínio, loteamentos e • estilo de vida
2- Variáveis Psicográficas:
demais modalidades) podem, efetivamente, • personalidade
significar sucesso na obtenção dos resulta-
dos esperados.
A atuação profissional de um corretor, • motivo da negociação
3- Comportamento de Consumo:
dentre vários fatores, deve alicerçar-se na • benefício esperado da transação imo-
prática de, no mínimo, dois parâmetros: biliária
• lealdade à imobiliária
• estágio de aptidão para a negociação
Identificar o tipo de cliente adequado
• Comportamento dos Clientes
• atitude em relação à imobiliária
para cada imóvel e, a partir daí, passar uma
espécie de radar, capturando todos os movi-
mentos do cliente: perfil social, tipo de empre-
Perfis de Vendedores
go, faixa de renda, hábitos e costumes, O vendedor é um ser humano suscetí-
modelo de decisão de compra e demais pis- vel a erros e acertos, impetuosidade e indife-
tas, para que o atendimento seja o mais per- rença, sentimentos e comportamentos diver-
sonalizado possível. sos, como qualquer pessoa. Mas, como em
qualquer profissão, sempre algumas atitu-
des serão desejáveis, como por exemplo:
inquietação e prudência, que são qualidades
de um “campeão de vendas”. Inquietação
que incite o vendedor a ter sempre iniciativa,
e prudência, para não ultrapassar os limites
do bom-senso em sua carreira.
Na atividade de vendas, também pode-
mos identificar alguns perfis clássicos. O
supervisor de times de vendas sabe que, se
houve uma admissão fora do perfil desejado,
terá problemas com seu subordinado, pois
não pode exigir que as pessoas mudem de
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 3 37 Instituto Universal Brasileiro
personalidade repentinamente e, por conse-
quência, conflitos podem surgir, o que é extre- Esta denominação foi criada porque
3- Cowboy

mamente indesejável. este vendedor “atira” para todos os lados,


Por outro lado, se o vendedor está quer prender o cliente no laço, sem identificar
determinado a obter êxito em sua tarefa, fará um alvo definido. Não analisa se existe entro-
qualquer coisa para que a venda aconteça. samento entre o produto e o cliente. Perde
Eis o surgimento de perfis indesejáveis, os energia, tempo e recursos da empresa, ten-
quais se prendem à visão egocentrista do tando vender para o cliente errado.
atendimento aos interesses do vendedor e
da empresa, esquecendo-se a necessidade
do cliente. Início de carreira promissor, pois vende
4- Cometa

A simples manutenção dos negócios ou bem, mais por sorte do que por técnica.
a superação da concorrência obriga as orga- Quando começam a surgir obstáculos, desis-
nizações a criarem programas e estratégias te facilmente e perde brilho. Não é perseve-
diversas: pesquisa de mercado, desenvolvi- rante, não quer descobrir onde está falhando
mento de novos produtos, análise de preços, e não tem pré-disposição para aprender
projetos de comunicação e busca de fideliza- novas técnicas. Como um cometa, tem brilho
ção do cliente, envolvendo-o com os valores rápido, também chamado de “fogo de palha”.
do produto ou serviço.
É preciso identificar que características
marcantes de vendedor predominam na Postura errada perante os colegas de
5- Arrogante

equipe de vendas e, na medida do possível, trabalho e, o que é pior, diante dos clientes
cultivar uma nova postura para os que apre- também, pois se acha superior, exercendo
sentarem deficiências, e ampliar as qualida- uma espécie de domínio da situação. Quando
des dos que estão no rumo certo. Passemos deixa o cliente falar, não valoriza sua opinião.
a estudar estes perfis: É o tipo de vendedor que discursa um texto
decorado, diz saber tudo e é extremamente
chato e antipático. O cliente só efetua a com-
Sem motivação, não tem ânimo para pra se não houver alternativa melhor.
1- Tradicional

superação de eventuais dificuldades nas ven-


das. As vendas deste colaborador não
aumentam, são estáticas, perde-se a dinami- A timidez, totalmente indesejável à tarefa
6- Tímido

cidade da negociação, terreno fértil para a de vendas, está presente neste colaborador, o
manutenção de vendedores tradicionais. qual não se sente bem falando aos clientes.
Acomodado, este vendedor não faz ven- Apenas responde o que o cliente pergunta, não
das qualitativas, importa-se em realizar ape- evidenciando atributos e valores que o produto
nas o suficiente para seu sustento. Não estu- representa. Apesar de sua timidez, a empresa
da o mercado em que atua, prejudica sua car- não se preocupou com este “detalhe”.
reira e não constrói capacitação para abraçar
oportunidades.
Com atitudes antiéticas e desleais para
7- Irresponsável/Antiético

com os companheiros, “atravessa” a venda dos


Muitas vezes, a culpa é do superior hie- colegas, ou seja, rouba clientes dos outros ven-
2- Imaturo

rárquico que atribuiu responsabilidades para dedores. Sua busca indiscriminada por altas
uma pessoa sem preparo algum, sem orienta- comissões o leva a inventar qualidades que
ção alguma, nem ao menos técnicas de ven- não existem, esconder informações. Desvia-se
das. Pensa em vender, não importa como. das responsabilidades, ignora o pós-venda e,
Não inspira confiança, pois, frequentemente, como geralmente consegue um volume de ven-
transparece seu estado de “aprendiz” e os das alto em um tempo rápido, recebe as comis-
clientes não acreditam em seus argumentos. sões e muda de emprego com facilidade.
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 3 38 Instituto Universal Brasileiro
sobre o produto. Geralmente bem informado
e inteligente, tenta fazer prevalecer suas
impressões, opiniões.
Técnica de Venda: Deixe o cliente te
“ensinar” o que sabe sobre o produto, sem se
exaltar. Fique atento: ele mesmo lhe fornecerá
“dicas” para sua argumentação. Pense: e se
ele realmente falar algo que você não sabia?
Seja natural, agradecendo a informação.

Há de se ter paciência e equilíbrio para


2- Arrogante

atender este tipo de personalidade difícil. Se


autointitula como pessoa importante. Na ver-
dade, é um “falso importante”, conta “vanta-
gens” sobre sua posição social, evidencia,
Perfil do Vendedor Profissional:

► O perfil desejado por todos os exe- sem que lhe perguntemos, “posses materiais
cutivos de vendas se refere ao vendedor que e financeiras” e sobre suas conquistas. Tende
entende os objetivos da empresa, tem metas a criticar o produto.
bem definidas e estratégias bem elaboradas. Técnica de Venda: Mantenha seu espí-
► Procura vender da melhor forma rito receptivo e simpático, deixe-o falar. Ignore
possível, de forma qualitativa. Tem cons- sua arrogância, utilize sua inteligência. Este
ciência de que seu potencial pode ser sem- cliente precisa de autoafirmação. Satisfaça-o,
pre ampliado e busca resultados para a ouvindo suas alegações. Jamais tente des-
empresa. Conhece as necessidades do mascará-lo, ou poderá perder a venda. Para
cliente, estuda o produto que vende, está fechar a venda, passe a falar exclusivamente
atualizado e conhece as inovações de sua das qualidades do produto.
área de atuação.
► Funcionário confiável cativa o clien-
te, multiplicando as vendas, usa criatividade,
flexibilidade e inteligência. Apregoa e entre-
ga seu produto ou serviço como se fosse o
mais importante do mundo.

Perfis de Clientes

A percepção de benefícios gerados pelos


produtos ou serviços é extremamente diferencia-
da. Assimilar e driblar variados perfis de clientes
requer muita dedicação. Há situações em que o
comprador não utilizará o produto ou serviço,
sendo mais exigente ainda, como mães com-
prando comida ou roupas para suas crianças, Compreende facilmente as argumenta-
3- Importante de Fato

por exemplo. Os principais perfis de clientes são: ções do vendedor. Situa-se num nível sócio-
-econômico bom, tem muita responsabilidade
em seu trabalho – pode ser um executivo ou
Tem cliente que quer “dar uma aula” empresário – está sempre preocupado com o
1- Sabe-tudo

sobre o produto ou serviço oferecido. Gosta tempo e analisa tudo friamente. Desta forma,
de expor e debater seus conhecimentos toma decisões rápidas e definitivas.
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 3 39 Instituto Universal Brasileiro
Técnica de Venda: Fale exclusivamen- Abordar perfis de clientes é relevante,
te o necessário, seja objetivo, argumente mas não definitivo. O ser humano surpreende
qualidade, benefícios, vantagens e preço. pelo número de posturas emocionais, caracte-
Não confunda sua postura gentil com liberda- rísticas diversas de personalidades e diferen-
de para prolongar a conversa. tes tipos de reações a determinadas situa-
ções. Isto significa que podem existir combina-
ções entre os vários perfis aqui apresentados.
Aborda, sem receios, assuntos pessoais
4- Amigo
Um cliente pode ser percebido como analista
e íntimos, parecendo um velho conhecido. de preço e importante de fato, ou ainda, arro-
Depois de sua fala, despede-se sem adquirir gante e sabe-tudo e assim por diante.
nada. Difícil de convencer sobre a decisão de
compra, embora a primeira impressão é de
cliente potencial.
Técnica de Venda: Use de cordialidade e
faça o “jogo dele”. Crie “ligações” entre os assun-
tos do cliente e os “argumentos de venda”.

Tímido, indeciso, fala pouco e tem


5- Retraído

dúvidas. Gosta de ouvir as explicações e


argumentos do vendedor, atentando-se a
detalhes.
Técnica de Venda: Inspire confiança
para desinibi-lo. Cuidado com a fala. Por ser
bom ouvidor, o cliente perceberá se o vende-
dor comete deslizes. Deixe-o tranquilo, faça
Métodos Eficazes de Vendas
perguntas dissertativas, tire suas dúvidas Toda empresa sonha em ter um
por completo. Seja paciente e argumente Departamento de Vendas “campeão”. Mas,
com convicção. infelizmente, muitos empreendedores ainda
não se aperceberam que um time, para ser
campeão em vendas, precisa estar alicerçado
O preço é fator decisivo para fechar
6- Analista de Preço
em alguns pilares fundamentais. Dentre estes
vendas com este perfil de cliente, pois é a fundamentos, é desejável que um vendedor,
primeira informação que observa. Depois, para assegurar a eficácia de sua atuação,
na negociação, quer saber se vai economi- possua as seguintes características:
zar, se existe vantagem real, se está
lucrando com a compra. Pedirá descontos
e facilidades para pagamento. Pode, inclu-
1- Conhecimento do Produto ou Serviço

sive, desprezar outras variáveis: qualida- As grandes corporações não chamam


de, entrega etc. mais seus colaboradores de vendedores. O
Técnica de Venda: Esclareça, em nome do cargo agora é consultor. Dá muito
detalhes, preço e forma de pagamento. mais credibilidade ao produto ou serviço
Mas deixe uma vantagem sobre o preço quando somos atendidos por uma pessoa,
para o final da negociação. Enquanto o que entende tudo sobre o que vende.
atende, vá analisando a possibilidade de Programas de desenvolvimento de pes-
um desconto ou uma alternativa para que o soal, especialmente voltados para a formação
valor do produto fique um pouco mais de especialistas em soluções para os clientes,
acessível. Caso positivo, guarde esta “van- colhem, em curto prazo, muitos resultados
tagem” para o fechamento, depois de positivos. O vendedor consultor se especializa
esgotadas todas as outras argumentações. nas características técnicas do produto, pes-
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 3 40 Instituto Universal Brasileiro
quisa periodicamente o mercado em que atua, Este forte instrumento de vendas depen-
conhece a concorrência e tendências do setor. de de vários fatores: o produto ou serviço em
Munido de informações qualitativas, o si e toda uma gama de “acessórios” (disponibi-
vendedor consultor identifica qual a melhor lidade do produto, linha de comunicação, polí-
solução para a necessidade do cliente, facili- tica de preços e várias outras coisas). Mas, na
tando a negociação e fechamento da venda. hora da negociação, o vendedor será o ele-
Na ocorrência de objeções à compra, tam- mento-chave para fazer o cliente perceber esta
bém estará mais preparado para contra-argu- surpresa que não estava aguardando.
mentações. Estes conhecimentos possibili- Os mercados globais ampliam a com-
tam um serviço de consultoria que ajuda o petição, obrigando os competidores a
cliente na tomada de decisão. desenvolverem técnicas modernas de fide-
lização, quase que todas elas fundamenta-
das nas expectativas dos clientes. Esta
estratégia só é viável com o atendimento
2- Identificar Perfis da Clientela

Um vendedor depende constantemente das alternativas que a antecedem: conhe-


da ferramenta da comunicação. Desta forma, cer o produto e o cliente.
para se comunicar, precisa saber qual a
melhor forma de abordagem do cliente. Esta
abordagem, para ser bem-sucedida, exige
4- Confiança e Parceria

um conhecimento mínimo sobre como pensa, Uma frase corrente no meio dos negó-
como age, como vive, como decide a compra, cios deve ser o eixo norteador deste tópico: “o
enfim, transportar-se para o lado do cliente. valor da honestidade é a fidelidade e o preço
Chamamos isso de empatia. da desonestidade é o abandono”.
É bom que entenda o que significa vanta- A equipe de vendedores, que pensa
gem para o cliente. Isto agregará valor a sua apenas em “empurrar o produto”, não é
decisão, sendo um diferencial que o faz pensar honesta com seus clientes e não faz vendas
e decidir. Quando se tratar de venda empresa- qualitativas. Uma supervisão de vendas com-
rial, a análise passa pela cultura organizacio- prometida com resultados estimula seus ven-
nal, conhecimento das metas, perspectivas de dedores a criarem bons relacionamentos
mercado, postura perante fornecedores etc. comerciais com os clientes. A confiança é a
Sabemos que pessoas são diferentes, matéria-prima para a fidelização, que significa
constituindo perfis psicológicos de clientes espe- longo prazo no relacionamento.
cíficos. Para cada perfil, uma estratégia de abor-
dagem, comunicação e, consequentemente,
uma condução para o fechamento da venda.
5- Vender Valores

Estas técnicas serão estudadas mais adiante. Vivemos num mundo muito materialista.
Esquecemos que as pessoas querem solu-
ções para suas necessidades, que podem ser
traduzidas em valores abstratos.
3- Surpreender a Expectativa do Cliente

Existem estudos que atestam que cada No passado, quando as empresas não
cliente, quando procura um produto ou servi- eram tão numerosas, esta preocupação não
ço, tem uma expectativa própria. Se a empre- era tão visível. O empresário preocupava-se
sa atende-o e, mesmo assim, o que ele per- apenas com aspectos físicos e de estética
cebe está abaixo de sua expectativa original, dos produtos: tamanho, cor, peso, design etc.
provavelmente, não será fidelizado. Mas, se a Para vender bem, o profissional deve
oferta que ele adquiriu supera sua expectati- identificar, dentro do conjunto de qualidades do
va inicial, cria-se um clima tão positivo que produto ou serviço, eventuais valores agrega-
poderá significar um cliente cativo e perma- dos. Na atualidade, a moderna organização
nente. Este é um desafio para os vendedores: sabe que o cliente percebe e atribui valores
surpreender as expectativas da clientela. aos produtos. Estuda-se este processo de per-
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 3 41 Instituto Universal Brasileiro
cepção, analisando-se que todo consumidor
tem influências para decidir a compra que
7- Prazer em Vender

podem ser racionais e emocionais. Estas Profissionais bem recrutados, selecio-


influências geram ou não a atitude de compra. nados e treinados não são suficientes para
Neste universo, crenças, valores e que um Departamento de Vendas otimize o
aspectos comportamentais, que derivam das potencial de seus recursos humanos. A
relações do cliente com o produto ou servi- motivação é essencial neste processo.
ços, gerarão conclusões sobre "isto me agra- Esta motivação é íntima, nasce dentro do
da" ou "isto não me agrada", causando o colaborador. As organizações podem e
efeito sobre a decisão. devem trazer estímulos e incentivos exter-
Neste processo decisório, estão muitos nos, mas tudo depende da postura e rea-
valores abstratos os quais eram ignorados ção do vendedor. O prazer em vender e o
pelos executivos de vendas: tecnologia de entusiasmo vendem.
ponta, facilidade de manuseio, comodidade, Existem pessoas que carregam consigo
rapidez, conforto, segurança, realização pes- fortes indicadores de prazer em negociar.
soal, status etc. Estas pessoas, em muitos casos, dispõem-se
Estamos falando de “símbolos” importan- a vender qualquer coisa. Sentem-se muito
tíssimos. Quando se consegue identificar qual bem no jogo da sedução e fechamento de
o melhor símbolo para o produto ou serviço, vendas. Esta aptidão, para se trabalhar em
em termos de valores para o cliente, boa parte vendas, inclui sagacidade e perseverança,
dos problemas de vendas está resolvida. mesmo nos momentos difíceis. O prazer em
O processo mercadológico, seja através proporcionar solução para o cliente alimenta
da atuação sobre o produto, ponto de venda, a perspectiva da venda.
preço ou comunicação, não pode deixar de
lado os valores que estão presentes no objeto
de oferta. O que se vende são valores, inde-
pendente de serem objetos, serviços ou ideias.
Todos os participantes das atividades de
vendas (gerentes, supervisores, vendedores
ou revendedores) devem saber analisar a pos-
sibilidade da existência concreta de mais valo- A administração de vendas dificil-
res, mais qualidades e que poderão servir de
argumentação no convencimento dos clientes
mente encontrará estes sete requisitos,
em tempo integral, nas suas equipes. O
que importa é a consciência da importân-
6- Responsabilidade cia destas prerrogativas e, na medida do

A questão da confiança, já mencionada,


possível, os responsáveis pela condução

está vinculada a atitudes responsáveis por


das vendas atuarem para que estas carac-
parte do vendedor. Um ambiente sério nas
terísticas façam parte de seu ambiente de
tarefas de vendas mantém a credibilidade dos trabalho, o que, certamente, facilita a
vendedores, a imagem da empresa e o futuro obtenção das metas empresariais.
dos negócios.
Tipos de atitudes responsáveis simples,
mas importantes: cumprir prazos, prometer
Levantamentos para efetuar
apenas o que pode ser realizado, não criar Transações Imobiliárias
atributos falsos aos produtos ou serviços. Se
o cliente for prejudicado por uma irresponsa- Por estarmos tratando, especificamente,
bilidade, perde-se um valor fundamental para de transações imobiliárias, façamos levanta-
o negócio: a imagem do vendedor e, por con- mentos de perfis sob duas óticas apenas: per-
sequência, a da empresa fica manchada. fil regional e intenção de compra.
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 3 42 Instituto Universal Brasileiro
ping porque significa, também, estar perto de
cinema, teatro e restaurantes.
Perfil Regional

Esta é uma abordagem mais genérica, Por isso mesmo, na cidade de São Paulo,
mas não tão complexa de ser absorvida. é inadmissível lançar um empreendimento imo-
Acreditamos que devemos levar em conside- biliário sem infraestrutura de lazer, mesmo para
ração a configuração geográfica brasileira. o público de classe média baixa. Na capital do
Os movimentos migratórios continuam, Rio de Janeiro, estas benfeitorias agregam
pois é natural que contingentes populacio- valor, mas não é condição indispensável.
nais, que têm dificuldade de ascensão social Análises indicam que os clientes cariocas, das
ou mesmo sobreviver em determinada região, áreas urbanas, têm, como forte característica,
na medida do possível, desloquem-se para compartilhar encontros e amizades, valorizan-
outras áreas mais promissoras. do churrascos caseiros e, se possível, comprar
moradias perto de bares e restaurantes.

b- Regiões Norte / Nordeste / Centro-

Diagnosticou-se que, nas regiões mais


-Oeste

urbanizadas do Norte, Nordeste e Centro-


-Oeste, a maioria dos clientes é “normal-famí-
lia”, o que dificulta muito a venda, pois os
clientes levam parentes para opinarem, multi-
plicando-se as argumentações para as quais
o corretor deverá abrir seu leque de justifica-
tivas de negociação com a explanação de
todos os atributos do imóvel, vantagem do
fechamento do negócio e opcionais de bene-
fícios. Pelas relativas condições de escolari-
dade, esclarecimentos gerais etc., os clientes
destas regiões querem se precaver, levando
colegas, amigos da família, que seja conhe-
Mesmo assim, prevalece a concentra- cedor do ramo de imóveis.
ção populacional nas regiões metropolitanas,
especificamente, nos Estados banhados pelo
Oceano Atlântico. Assim, dependendo do Região concentradora de um forte con-
c- Região Sul

porte da cidade em termos de participação no tingente de descendentes de europeus, tem


Produto Interno Bruto (PIB), perfis variados obtido significativos índices de desenvolvi-
de compradores e negociante de imóveis sur- mento humano. Neste cenário, a longevidade
girão. Vejamos algumas evidências. dos habitantes é maior, escolaridade sempre
crescente e padrão de vida melhor, pelo
poder aquisitivo médio das famílias ser razoá-
Existem estatísticas e convicções entre vel. Não esqueçamos, apesar deste relato,
a- Região Sudeste

corretores mais experientes de que clientes que existem bolsões de miséria em todos os
mineiros resistem à compra de imóveis na cantos do Brasil, os quais constituem perfis
planta. Já o paulista aprecia que seu aparta- praticamente iguais em todas as regiões
mento fique próximo a um shopping center, carentes de moradias adequadas.
pois, para a maioria deles, “trata-se de como- Mas, dentro das áreas de melhor perfil
didade indispensável”. Analistas de comporta- sócio-econômico, associada ao incremento
mento do consumidor dizem que o cliente do desenvolvimento em áreas diversas,
paulistano é, geralmente, bem informado, e desde o setor primário, passando pelo forte
acredita ser importante estar ao lado do shop- parque industrial e depois pelo crescimento
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 3 43 Instituto Universal Brasileiro
vertiginoso do setor terciário (sede de ban-
cos, seguradoras, instituições de ensino, Este tipo de clientela é formado, geral-
1- Moradia Própria

comércio em geral) observamos um grande mente, por clientes ávidos pela aquisição de
polo de investidores imobiliários. um imóvel que viabiliza uma moradia que,
Multiplicam-se empreendimentos de vera- definitivamente, possa ser de sua proprieda-
neio no litoral catarinense, no norte litorâneo do de. Às vezes, até um simples terreno, no qual
Rio Grande do Sul dentre outras localidades. erguerá seu futuro patrimônio.
Desta forma, os clientes têm um perfil de mais
exigente, em virtude de terem um pouco mais
de conhecimento sobre transações imobiliárias,
atendo-se a detalhes dos investimentos, sejam
em moradia própria, sejam em veraneio ou
investimento de capital.
Nesta proposta de análise por regiões,
não podemos permitir a ocorrência do risco
de generalizar, para todos os clientes, as
características aqui apresentadas. Desta
forma, esclarecemos que as sociedades evo-
luem exatamente por sua dinamicidade,
sendo totalmente aceitável que, em determi-
nado período de nossa jornada, as coisas
mudem, pessoas repensem e sejam conven-
cidas daquilo que, anteriormente, jamais
seriam persuadidas a acreditar. Há os que preferem apartamento ou
Neste jogo de aceitabilidade de um pro- casa comprados na planta. Existem aqueles
duto, serviço ou ideia, entra uma variável que pretendem comprar um imóvel novo, mas
extremamente importante que é o conjunto só o fazem quando da total conclusão das
de crenças e valores. Crenças e valores obras, incluindo o habite-se.
que, apesar de suas implicações tão rele- Ao segmento “moradia própria”, perten-
vantes, também podem ser suscetíveis de cem compradores que querem trocar sua
mudanças. atual moradia por uma com características
mais adequadas para uso, não necessaria-
mente uma casa maior ou mais sofisticada.
Neste tipo de perfil de clientes, o corre-
Intenção de Compra

Continuando nossa “varredura” por per- tor deve atentar-se aos clientes que, casados
fis de clientes, há de se reafirmar que, para há algum tempo, desejam urgentemente sair
que o marketing seja efetivo, deve-se conhe- do aluguel. São fortes candidatos a negocia-
cer os clientes. ções frutíferas.
Entenda como o cliente pensa, age e Todos estes clientes terão formatações
vive. Isto é um desafio para o corretor estabe- de personalidades distintas, com as quais
lecido que se sustenta em uma combinação cabe ao corretor estabelecer “sintonia fina” de
de diversas ações: pesquisas, segmentação, comunicação, ajustando seus argumentos de
compreender o mercado em seus detalhes e venda para que o negócio seja efetivado.
outras ações mercadológicas.
Quando falamos de motivação ou inten-
ção de compra de imóveis, especificamente Neste nicho de clientes, podem ter apo-
2- Clientes Investidores

pessoa física, de forma sintética, tem moradia sentados que, depois de anos de trabalho, que-
própria, clientes investidores, clientes do seg- rem investir em um, dois ou mais imóveis, que
mento de entretenimento/lazer. Façamos poderão se transformar em fonte de renda adi-
uma breve análise: cional através da locação. Este imóvel não
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 3 44 Instituto Universal Brasileiro
necessariamente precisa ser residencial, O que deve estar claro, neste tipo de tran-
podendo ser comercial ou até industrial. sação, é que o objetivo não é investir em imó-
Além destes investidores aposentados, veis como moeda de rentabilidade e liquidez
existem muitos outros tipos de investidores, para imediata. Aqui, os objetivos claramente defini-
os quais o corretor deverá deixar claras as pos- dos são: entretenimento, lazer, descanso em
sibilidades de ganhos com compra e revenda, período de férias, veraneio ou local para relaxa-
aluguéis, permutas etc. Há que se ter o máximo mento, onde se possa juntar a família e com-
cuidado com os negócios, pois é comum o partilhar comodidade e tranquilidade.
investidor conhecer outros tipos de investimento Para estes clientes, a atenção deverá ser
e fazer comparações das rentabilidades de totalmente personalizada, pois o detalhamento
papéis, com relação à aplicação em imóveis. do perfil apresentado, bem como das opções
São clientes de diversas origens: executi- de ofertas e demais atributos, devem literal-
vos, profissionais liberais, comerciantes, artistas mente, “casar-se”.
bem estabelecidos, empresários etc. São pes-
soas que, já estabelecidas, desejam ampliar
sua renda, ou ainda, definitivamente, atuar com
Atitudes do Corretor
investimentos imobiliários, fazendo captação,
e Recomendações Finais
compra e revenda de imóveis próprios, sem Em todas as derivações da atividade imo-
necessariamente constituir uma imobiliária. biliária, os profissionais devem assimilar que
Pelo que estudamos até aqui, verificamos cliente real deve ser mantido e cliente em
quão diversificadas são as categorias de clientes potencial deve ser conquistado.
no mercado imobiliário. Só para investidores, vimos Para tanto, não perder as rédeas do
pequenos proprietários de imóveis, com um único negócio, sendo um constante pesquisador de
imóvel para renda, proprietários de unidades hote- tudo o que acontece no cenário mercadológico.
leiras, investidores de médio porte, grandes com- O gestor de marketing deve manter estratégias
panhias nacionais e corporações internacionais. ininterruptas de “trabalhar prospects”.
Para atender grandes investidores, obvia- Fazer uma pesquisa de mercado, detec-
mente, a abordagem é diferente daquela reali- tando quais as principais expectativas, necessi-
zada para o comprador de imóveis residenciais. dades e desejos de um determinado público
alvo. Isso se aplica tanto a empreendimentos
comerciais quanto residenciais.
Principalmente, nas regiões metropolita- Finalizando, evidenciamos mais alguns
3- Clientes de Entretenimento/Lazer:

nas, muitas famílias, depois de um certo perío- fatores críticos de sucesso:


do, procuram ampliar suas conquistas compran-
do um sítio ou chácara, casa de campo ou um
• forte relação com as características

imóvel na região litorânea.


do consumidor.
• identificação do agente influenciador
da compra.
• percepção e antecipação às ações da

Um corretor que esteja intermediando


concorrência.

uma venda de imóvel, por exemplo, jamais


deve esquecer que seu cliente espera todo o
empenho do corretor, na consecução de sua
intenção de lucrar com a venda do imóvel.
Talvez alguns clientes não percebam,
mas o corretor não pode ignorar que poderá
trabalhar com o melhor imóvel possível, mas,
se sua habilidade, sua persuasão, resumida-
mente, seus serviços não forem bem conduzi-
dos, poderá significar a perda do cliente, e o
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 3 45 Instituto Universal Brasileiro
que é pior, a disseminação de sua inabilidade estabelecidos, consiga-se obter dados sobre a
no exercício da profissão. performance de vendas. Este tipo de controle
Acrescentamos que, para que haja maior permite evidenciar como está atuando a equipe e
probabilidade de sucesso em seus negócios, o eventuais tomadas de decisões para correções.
corretor deverá trazer consigo alguns valores e
crenças:
Sempre que necessário, o treinamento da
7- Treinamento

equipe deverá ser realizado. O treinamento


Não apenas à profissão, mas, principal- atualiza, motiva e faz com que todos os envol-
1- Amor e Dedicação

mente, à empresa em que atua. Um corretor vidos esclareçam dúvidas sobre os produtos
pode sentir-se muito confortável na profissão, novos e outros assuntos que, porventura, este-
mas caso não assimile e defenda a empresa, sua jam com problemas operacionais.
política, filosofia e objetivos não farão sucesso.

Reunir o grupo é criar oportunidade para


8- Reuniões Periódicas

Superar-se a cada desafio. Acreditar que que se ouça opiniões sobre problemas que,
2- Espírito Inquieto

pode ser melhor, autoconfiança. Este é um prin- muitas vezes, os dirigentes não estão enxergan-
cípio que forja um bom profissional de imóveis. do. Sugestões, críticas ou abordagens sobre
projetos bem sucedidos devem, se possível, ser
3- Conhecer Processo Decisório de discutidos com toda a equipe envolvida.

Todo corretor de imóveis deve entender


Compras

que a decisão de compra é sempre uma coletâ- O mercado é competitivo. Nem sempre o
9- Saber Competir

nea de decisões. A partir deste conhecimento, cliente fecha a transação imobiliária. O verdadeiro
sua tarefa sempre estará associada à necessi- corretor eficaz procura fazer com que, cada vez
dade de descobrir respostas, que justifiquem menos, o cliente procure seus concorrentes. Mas,
estas decisões, para auxiliá-lo em sua missão. todos sabemos que isso dependerá não apenas
do corretor, mas de inúmeros outros fatores.

O mercado é o verdadeiro fator determi-


4- Conhecer o Mercado

nante da evolução das empresas. A globalização


dá muita força ao mercado, que movimenta as
economias abertas. Portanto, como já mencio-
nado, o profissional deve ser incansável pesqui-
sador, entender suas oscilações e tendências.
Só assim, estará preparado para avançar, ou
ainda, compreender suas eventuais retrações.

O êxito do profissional corretor dependerá


5- Cultivar Valores Éticos

da cultura de valores, que permite o bom


desempenho não só pessoal, mas do grupo de
colegas corretores. Perseverança, paciência, Lembre-se de que muitas vezes, quando as
espírito de equipe, responsabilidade, versatili- vendas não estiverem acontecendo de acordo
dade, educação, flexibilidade, lealdade, compa- com o planejado, os dias poderão parecer nubla-
nheirismo e ser ético, naturalmente. dos ou chuvosos. Mas isto não significa que
outros dias não virão ensolarados e cheios de rea-
lizações. Aliás, a natureza é sábia, e todos sabe-
O controle do rendimento das vendas é fun- mos da necessidade da chuva para que germi-
6- Controle das Vendas

damental para que, baseado em parâmetros pré- nem as sementes e o ciclo da vida continue.
Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 3 46 Instituto Universal Brasileiro
AULA 3

1- A atuação profissional de um corretor, dentre vários fatores, deve alicerçar-se na prática


de, no mínimo, dois parâmetros. Identifique a alternativa correta:

a- ( ) Propaganda e marketing pessoal


b- ( ) Merchandising e vendas diretas
c- ( ) Comportamento dos clientes e segmentação de mercado
d- ( ) Canais de distribuição e comissão a ser paga

2- Motivo da negociação, benefício esperado da transação imobiliária, lealdade à imobi-


liária, estágio de aptidão para a negociação e atitude em relação à imobiliária são componen-
tes de variáveis:

a- ( ) demográficas
b- ( ) psicográficas
c- ( ) comportamentais
d- ( ) intelectuais

3- Clientes ávidos pela aquisição de um imóvel, que viabilize uma moradia que, definiti-
vamente, possa ser de sua propriedade. Quanto à intenção de compra, este perfil se enqua-
dra como:

a- ( ) moradia temporária
b- ( ) moradia própria
c- ( ) investidor imobiliário
d- ( ) investidor de veraneio

4- “...objetivos claramente definidos: descanso em período de férias, veraneio ou local


para relaxamento, onde se possa juntar a família e compartilhar comodidade e tranquilidade.”
Quanto à intenção de compra, este perfil se enquadra como:

a- ( ) moradia própria
b- ( ) investidor
c- ( ) entretenimento/lazer
d- ( ) investidor de aplicação

5- ... é o consumidor provável, aquele que tem o poder de compra:

a- ( ) Respect
b- ( ) Prospect
c- ( ) Investidor
d- ( ) Pagador

Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 3 47 Instituto Universal Brasileiro


Elabore um Guia Personalizado com as sete características essenciais para a eficá-
cia nos métodos de venda. Faça um pequeno resumo, com suas palavras, definindo,
rapidamente, cada uma delas.

1ª Conhecimento do Produto ou Serviço


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

2ª Identificar Perfis da Clientela


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

3ª Surpreender a Expectativa do Cliente


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

4ª Confiança e Parceria
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

5ª Vender Valores
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

6ª Responsabilidade
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

7ª Prazer em Vender
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Marketing Imobiliário e Vendas - Aula 3 48 Instituto Universal Brasileiro


AULA 3
Respostas

AULA 1

1- “No ciclo da cana-de-açúcar, novos povoamentos surgiram além da grande imigração,


urbanização, maior mobilidade social e desenvolvimento cultural”. A afirmação está:
( X ) Errada ( ) Correta

2- “... sustentava-se a propriedade pelo fato material da entrega do bem imóvel, pela
transferência da posse ao adquirente, não sendo registrada a presença formalizada de um
intermediador na comercialização de imóveis”. Estamos falando de:
a- ( ) propriedade por gestão
b- ( X ) propriedade por tradição
c- ( ) propriedade por aluvião
d- ( ) posse ilícita

3- À época da vinda da família imperial, a população despejada revoltou-se tanto, que


alguns portugueses recusavam-se a morar nas casas tomadas e se propuseram a indenizá-los
particularmente. Apresentando-se a esta oportunidade, um cidadão passou a intermediar as
negociações. O nome dele era:
a- ( X ) Antônio Armando Mariano de Arantes Costa
b- ( ) Joaquim José da Silva Xavier
c- ( ) Antonio Tenório Cavalcante
d- ( ) Joaquim Silvério dos Reis

4- Na última década do século XIX, a capital do estado de São Paulo recebeu, aproxima-
damente, 200 mil pessoas. Eram _____________ em sua maioria, ocasionando a construção
das primeiras vilas. Assinale a alternativa que corresponde à nacionalidade:
a- ( ) Germânicos
b- ( X ) Italianos
c- ( ) Japoneses
d- ( ) Ingleses

5- Crescentes necessidades de solução para concentração dos ________________ e da


________________, no início do século XX em SP, demandavam melhorias na habitação, ali-
mentação, transporte, energia, assistência à saúde, lazer, comunicações, saneamento em
geral etc. Complete a frase identificando a alternativa correta:
Respostas 49 Instituto Universal Brasileiro
a- ( ) visitantes – classe empresarial
b- ( ) comerciantes – classe de corretores
c- ( X ) meios de produção - força de trabalho
d- ( ) ingleses financistas – população de alta renda

6- São fontes de recursos para financiamento da habitação:


a- ( ) FMI e PIS
b- ( ) Casa da Moeda e Banco Central do Brasil
c- ( ) Banco do Povo e BNDES
d- ( X ) FGTS e SBPE - Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo

7- A CEF – Caixa Econômica Federal –, desde 1931 opera carteiras hipotecárias para a
aquisição de bens imóveis e, em 2001, incorporou o Banco Nacional de Habitação (BNH). A
afirmação está:
( X ) Errada ( ) Correta

8- Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, publicados em fevereiro de 2008, no jor-


nal Folha de São Paulo, o Brasil precisa de _________ de moradias até 2020. Assinale a res-
posta correta:
a- ( ) 23,7 milhões
b- ( ) 21,7 milhões
c- ( ) 17,7 milhões
d- ( X ) 27,7 milhões

9- Dentre novas tendências em imóveis, associe:

a- imóveis comerciais ( d ) prédios inteligentes e automatizados, mansões, lofts,


pequenos estúdios e condomínios populares.

b- casarões do século passado ( c ) demanda por apartamentos de um e dois dormitórios,


infraestrutura, lazer e serviços para pessoas
que moram sozinhas.

c- moradores single ( b ) reformados e modernizados para serem sedes de


empresas, ou para famílias de alto poder aquisitivo.

d- novos gostos ( a ) edifícios de escritórios luxuosos, com infraestrutura


sofisticada, nos grandes centros financeiros
e comerciais.
Respostas 50 Instituto Universal Brasileiro
10- São investimentos lastreados em imóveis, com rendimento proveniente de aluguéis,
ideais para quem quer diversificar aplicações e são fontes alternativas de recursos a constru-
tores. Identifique o tipo de investimento:
a- ( ) Fundos Monetários de Aplicações Financeiras
b- ( ) Fundos de Clubes de Pensão
c- ( X ) Fundos de Investimentos Imobiliários
d- ( ) Fundos DI

AULA 2

1- “Conjunto de estratégicas de negócios que, de forma isolada ou combinada, permite o


fluxo otimizado de negócios imobiliários nas suas mais diversas formatações, visando ao pleno
atendimento das necessidades das partes envolvidas”. Este é o conceito de:
a- ( ) marketing puro
b- ( ) marketing de varejo
c- ( ) marketing de negócios amplos
d- ( X ) marketing imobiliário

2- No Planejamento Estratégico em Imóveis, precisamos, dentre várias etapas, realizar


uma análise ambiental, a qual compreenderá:
a- ( ) apenas ambiente interno
b- ( ) ambiente externo e mercadológico
c- ( ) apenas ambiente externo
d- ( X ) ambientes interno, externo e mercadológico

3- Quando separamos fatias de mercado, para atendimento de um conjunto de clientes,


que tem necessidades e desejos em comum, atuamos em um:
a- ( ) fragmento de mercado
b- ( X ) segmento de mercado
c- ( ) sortimento de mercado
d- ( ) estimativa de mercado

4- Variáveis pertinentes à localização, tanto do imóvel quanto dos pontos de negocia-


ção/venda dos imóveis (na obra ou no escritório, área rural, urbana, virtual etc.). Estas variá-
veis pertencem ao fator:
a- ( ) produto
b- ( X ) praça / ponto de venda
c- ( ) promoção
d- ( ) preço

5- “... para liquidar os produtos imobiliários, forma-se um conjunto de participantes, em


que construtoras, agentes imobiliários, financeiras, prestadores de serviços, criam um planeja-
mento promocional completo, alugam um espaço, promovem um projeto de comunicação bem
estruturado e em determinados finais de semana, recebem a clientela interessada nos produ-
tos em oferta...”. Este tipo de operação é chamado de:
Respostas 51 Instituto Universal Brasileiro
a- ( ) quinzena de imóveis
b- ( ) varejo de imóveis
c- ( ) teleconferência
d- ( X ) feira de imóveis

AULA 3

1- A atuação profissional de um corretor, dentre vários fatores, deve alicerçar-se na prática


de, no mínimo, dois parâmetros. Identifique a alternativa correta:
a- ( ) Propaganda e marketing pessoal
b- ( ) Merchandising e vendas diretas
c- ( X ) Comportamento dos clientes e segmentação de mercado
d- ( ) Canais de distribuição e comissão a ser paga

2- Motivo da negociação, benefício esperado da transação imobiliária, lealdade à imobi-


liária, estágio de aptidão para a negociação e atitude em relação à imobiliária são componen-
tes de variáveis:
a- ( X ) demográficas
b- ( ) psicográficas
c- ( ) comportamentais
d- ( ) intelectuais

3- Clientes ávidos pela aquisição de um imóvel, que viabilize uma moradia que, definiti-
vamente, possa ser de sua propriedade. Quanto à intenção de compra, este perfil se enqua-
dra como:
a- ( ) moradia temporária
b- ( X ) moradia própria
c- ( ) investidor imobiliário
d- ( ) investidor de veraneio

4- “...objetivos claramente definidos: descanso em período de férias, veraneio ou local


para relaxamento, onde se possa juntar a família e compartilhar comodidade e tranquilidade.”
Quanto à intenção de compra, este perfil se enquadra como:
a- ( ) moradia própria
b- ( ) investidor
c- ( X ) entretenimento/lazer
d- ( ) investidor de aplicação

5- ... é o consumidor provável, aquele que tem o poder de compra:


a- ( ) Respect
b- ( X ) Prospect
c- ( ) Investidor
d- ( ) Pagador
Respostas 52 Instituto Universal Brasileiro
Respostas

Efetuar o cálculo do tempo de retorno sobre investimento. Qual será o tempo necessário,
1ª Tarefa - Orçamento e Análise de Investimentos

para o retorno ao caixa da empresa, de todos os investimentos financeiros transferidos para o


projeto de marketing.
Quanto menor o tempo em que estes valores retornem, melhor para a organização.
Tecnicamente denomina-se Retorno sobre Investimento este cálculo, o qual poderá ser obti-
do pelo total dos investimentos, dividido pelo lucro líquido médio mensal, após as medidas
implementadas. Veja, a fórmula é simples:

Investimento Total
Prazo Retorno do Investimento =
Lucro Líquido Mensal

A empresa XYZ Empreendimentos Imobiliários decidiu pela destinação de 11,6% de seu


Exercício:

resultado operacional positivo (lucro líquido) do ano de 2008, para todas as ações de marke-
ting de 2009. Dentre estas ações estão: contrato para veiculação semanal de anúncio em jor-
nal de grande circulação, desenvolvimento de material para relações públicas, sede da empre-
sa e stands de vendas: pasta com portfolio, produtos já comercializados, lançamentos, históri-
co da empresa etc. Também decidiu emprego de verba para criação, impressão e panfletagem
de material de produtos em lançamento. Nos três primeiros meses de 2009, o lucro projetado
foi atingido e as estimativas indicam que a média do lucro do primeiro trimestre está assegu-
rada, caso mantenham-se as condições de mercado.
Sabendo-se que todas as ações foram pagas à vista, calcule qual o prazo de retorno do
investimento, baseando-se nos números apresentados:

DADOS DA EMPRESA 11,6% DO LUCRO


A- Lucro Líquido 2008 R$ 958.794,32 R$ 111.220,14
B- Ações de MKT – 2009
- Veiculação semanal: anúncio em jornal (produção e veiculação):
R$ 13.000,00
contrato 52 semanas, pago à vista.
- Material p/relações públicas, sede e stands de vendas: 1.000 uni-
R$ 13.297,52
dades, pago à vista.
- Panfletagem: criação, impressão e panfletagem – 60.000 folhetos
R$ 25.000,00
– 1º. Semestre –pago à vista.
- Panfletagem: criação, impressão e panfletagem – 180.000 folhetos
R$ 45.000,00
– 2º. Semestre- pago antecipado.
- Apartamentos Decorados: projetos, construção, montagem, deco-
R$ 15.000,00
ração e desmontagem. Contrato pago à vista.
TOTAL DOS INVESTIMENTOS EM MKT R$ 111.297,52

- Lucro Médio 1º. Trimestre de 2009: R$ 85.558, 97


R$ 111.220,14
Prazo de retorno do investimento: ????
R$ 85.558,97
Prazo apurado em meses: 1,299 meses

Respostas 53 Instituto Universal Brasileiro


Reiteramos que um planejamento estratégico, não é indispensável apenas para grandes
2ª Tarefa - Gestão e Controle do Plano

corporações. A sobrevivência de qualquer tipo de empreendimento fica mais “controlável” se seus


executivos operarem com um plano de estratégias, o qual devidamente adaptado à realidade do
negócio, servirá de importante ferramenta de gestão. Afinal de contas, conforme registra em seu
livro “Planejamento Estratégico -formulação, implantação e controle”, Paulo de Vasconcelos Filho
afirma: “...uma organização que não planeja seu futuro, não merece ter um...”
Confira as possibilidades de preenchimento das colunas.

Modelo de Controle: Verba para Atividades de Marketing:


CONTROLE DE MARKETING - Ano 2008
MESES Janeiro Fevereiro ACUM. ANO
VERBA Previsto Realizado Diferença Previsto Realizado Diferença

Ações Produto A

5.850,00 6.150,00 +300,00 5.850,00 6.050,00 +200,00 12.200,00


1- Pesquisa de
Mercado

8.500,00 8.500,00 0,00 8.500,00 8.300,00 -200,00 16.800,00


2- Campanha
Publicitária
3- Custos de Mídia 35.000,00 35.000,00 0,00 35.000,00 35.000,00 0,00 70.000,00

4.166,00 3.950,00 -216,00 4.166,00 3.700,00 -466,00 7.650,00


4- Catálogos e
Panfletagem

7.500,00 7.500,00 0,00 7.500,00 7.500,00 0,00 15.000,00


5- Apartamento
Decorado
6- Brindes 1.000,00 1.000,00 0,00 1.000,00 950,00 -50,00 1.950,00

1.108,00 1.100,00 - 8,00 1.108,00 1.100,00 -8,00 2.200,00


7- Materiais do
Plantão
8- Outras Ações 850,00 950,00 +100,00 850,00 750,00 -100,00 1.700,00

Subtotal A 63.974,00 64.150,00 +176,00 63.974,00 63.350,00 -624,00 127.500,00

Ações Produto B

5.850,00 6.050,00 +200,00 5.850,00 6.050,00 +200,00 12.100,00


1- Pesquisa de
Mercado

8.500,00 8.500,00 0,00 8.500,00 8.300,00 -200,00 16.800,00


2- Campanha
Publicitária

3- Custos de Mídia 35.000,00 35.000,00 0,00 35.000,00 35.000,00 0,00 70.000,00

4.166,00 3.950,00 -216,00 4.166,00 3.700,00 -466,00 7.650,00


4- Catálogos e
Panfletagem

7.500,00 7.500,00 0,00 7.500,00 7.400,00 100,00 14.900,00


5- Apartamento
Decorado
6- Brindes 1.000,00 1.000,00 0,00 1.000,00 350,00 -650,00 1.350,00

1.108,00 1.100,00 - 8,00 1.108,00 1.000,00 -108,00 2.100,00


7- Materiais do
Plantão
8- Outras Ações 850,00 950,00 +100,00 850,00 550,00 -300,00 1.500,00

Subtotal B 63.974,00 64.050,00 +76,00 63.974,00 62.350,00 -1.624,00 126.400,00

TOTAL GERAL 127.948,00 128.200,00 +252,00 127.948,00 125.700,00 -2.248,00 253.900,00

Respostas 54 Instituto Universal Brasileiro


COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

O técnico em transações imobiliárias precisa conhecer e utilizar vários meios de co-


municação que otimizem seu trabalho. O objetivo destas aulas é, portanto, orientar
para a utilização dos recursos existentes, com foco nas tecnologias mais avançadas
que possam facilitar a atuação do profissional na estrutura de uma imobiliária.

A Aula1 define a Comunicação – Conceito e Funções, com reflexões que fun-


damentam a atuação do profissional de negócios imobiliários.

A Aula 2 trata da Tecnologia da Comunicação, destacando a informática como


uma ferramenta para agilizar o trabalho do corretor.

A Aula 3 traz orientações sobre as Técnicas de Comunicação, ressaltando a im-


portância da redação empresarial, apresentando dicas e sugestões para escrever
e estruturar melhor a carta comercial.

A Aula 4 tem como foco Correspondências e Modelos de Impressos no segmento


imobiliário, informando como utilizar, adequadamente, os modelos de impressos mais
rotineiros nas transações imobiliárias em diversas situações-problemas.

Para saber mais sobre assuntos imobiliários, leia 1001 Dicas para ser um Cor-
retor, da consultora Emma Alonso. Vale a pena conferir!
Comunicação e Expressão 55 Instituto Universal Brasileiro
Backlight: Forma de mídia externa, a qual fica em evidência maior, à noite, pois é formada
de placa de boa definição, com iluminação na parte de trás.
Clichê: Frase ou ideia banalizada pela repetição ou uso.
Comprobatório: O que se comprova.
Feedback: Processo de “voltar” a comunicar-se com uma pessoa ou grupo, apresentando os re-
sultados obtidos, erros ou acertos, com relação a uma comunicação anteriormente emitida.
Fiador: Aquele que responde por outro, que assume o pagamento de uma dívida se o de-
vedor não a pagar.
Fluxo ascendente: No texto, refere-se à criação de canais que facilitam subordinados a
se comunicarem com seus superiores hierárquicos.
Holerite: Contracheque, documento que especifica o salário de um funcionário.
Léxico: Em linguística, é o repertório total de palavras existentes numa determinada língua.
Locador: Quem cede a outro o uso de imóvel através de um contrato de locação.
Locatário: Quem paga aluguel.
Logomarca: Desenho, sinal ou símbolo gráfico, em que a marca é representada por uma
composição de símbolo e/ou logotipo. Uma logomarca eficiente é simples, objetiva, forte, ex-
pressiva, moderna, harmônica e original. Algumas empresas, ao grafarem sua marca, utilizam
apenas a forma particular como o nome da marca é representado graficamente - o logotipo; dei-
xando de utilizar qualquer outro elemento gráfico adicional (símbolo).
Multifuncional: É a integração de vários componentes em um único equipamento: telefone, fax,
impressora, copiadora e escâner, permitindo a redução de custos e otimização de espaço.
Nota promissória: Documento que atesta a promessa de pagamento que uma pessoa faz
em favor de outra que lhe emprestou uma quantia.
Programa “Portas Abertas”: Nome genérico para prática empresarial em que, através
de visitas programadas, públicos externos (parentes dos funcionários, por exemplo) conhecem
a organização, sua estrutura, processo produtivo etc.
Rádio-peão: Notícias divulgadas nas empresas, sem confirmação oficial, de assuntos que
não foram corretamente comunicados. Geralmente, são informações distorcidas, que causam
forte impacto entre os colaboradores.
Rescindir: Anular, invalidar um contrato.
Teoria Geral dos Sistemas – TGS: Afirma que os sistemas são abertos e sofrem interações com
o ambiente onde estão inseridos. Esta interação gera realimentações positivas ou negativas.
Wobbler: Material de ponto-de-venda para promover o produto. Conhecido como "pescador", é um ma-
terial de pequeno porte que possui uma haste com fita adesiva em sua extremidade. Deve ser colocado na
gôndola com a finalidade de chamar a atenção do consumidor para um novo produto, promoção ou preço.

Conceitos Importantes!

Mix: Mistura, combinação; modo pelo qual são misturados diferentes fatores que resultam em
um novo fator. Marketing Mix: Diversas são as definições para Marketing Mix, também chamado, em
português, de Composto de Marketing. Todas elas, no entanto levam à mesma conclusão: é o conjunto
de elementos que compõe as atividades de Marketing. Mix de Comunicação: O Mix de comunica-
ção ou composto de comunicação envolve propaganda, publicidade, relações públicas, marketing di-
reto, comunicação visual, promoção de vendas, merchandising, interatividade e licenciamento.
Comunicação e Expressão 56 Instituto Universal Brasileiro
ção, uma decisão, uma opinião, um fato, um pa-
recer, ou, em termos sintéticos, uma mensagem.
AULA 1 A comunicação por sinais, pinturas nas ca-
COMUNICAÇÃO vernas ou nos transmissores das espaçonaves
CONCEITO E FUNÇÕES futuras é instrumento de inter-relacionamento
pessoal de extrema relevância e necessidade. A
comunicação agrega, afasta ou demonstra indi-
ferença das pessoas, mas, de qualquer forma, é
ferramenta que provoca uma reação do outro.
Conceito de Comunicação

Estamos no século XXI. Pensemos em


todas as formas de comunicação e seus res-
pectivos instrumentos de transmissão. Antes
de identificarmos todos eles, provavelmente,
As inúmeras perspectivas que per-
vários outros veículos de transmissão serão
mitem pesquisar sobre o universo das co-
criados neste espaço de tempo, tal a veloci-
municações, apresentam também a
dade da comunicação.
A tecnologia, em plena atividade, traz, na dificuldade em dimensionar sua magni-
atualidade, inovações que apareciam nos se- tude. Ao localizar o verbete em qualquer
riados e desenhos de ficção científica dos anos dicionário de língua portuguesa, encon-
1950, 1960 e 1970. Hoje, aparelhos de telefo- tramos inúmeras formas de explicar o que
nia celular que, acoplados a minicâmeras e é comunicação.
transmissores altamente sofisticados, permi-
tem conversar com pessoas em qualquer lugar De etimologia latina, temos comunicatio/onis:
no mundo, em tempo real, acompanhando a ação de comunicar, partilhar, dividir. Apresenta-
imagem do interlocutor no pequeno monitor mos os conceitos de comunicação mais perti-
instalado no aparelho. nentes ao nosso propósito, em termos de objeto
de estudo:
• Processo que envolve a transmissão e a re-
cepção de mensagens entre uma fonte emissora
e um destinatário receptor, no qual as informa-
ções, transmitidas por intermédio de recursos fí-
sicos (fala, audição, visão etc.) ou de aparelhos e
dispositivos técnicos, são codificadas na fonte e
decodificadas no destino com o uso de sistemas
convencionados de signos ou símbolos sonoros,
escritos, iconográficos, gestuais etc.
• Ato ou efeito de comunicar-se; informação
transmitida; seu conteúdo.
• Ação de transmitir uma mensagem e, even-
tualmente, receber outra mensagem como res-
posta.
• Comunicado esclarecedor; esclarecimento;
Neste exato instante, ou se voltarmos aos exposição; ato de conversar; conversação.
• Carta, nota ou qualquer outra informação
tempos das cavernas, ou nos projetarmos para
transmitida por escrito; comunicado.
o final deste novo século, não teremos dúvida,
• Participação oral ou escrita; aviso; habili-
quanto à importância da comunicação. Seu ob- dade de dialogar e se fazer entender.
jetivo principal permanece no tempo e no es- • Numa organização, função de transmitir or-
paço, apenas com diferenças tecnológicas: dens, ideias, políticas de ação etc.
tornar comum um conhecimento, uma informa-
Comunicação e Expressão - Aula 1 57 Instituto Universal Brasileiro
Importância da Comunicação Em comunicação, a efetividade é o que
se pretende. Aquilo que se pretende dizer
Independente das exposições acima, a deve ser corretamente transmitido através
comunicação tem implicações em todas as de codificações adequadas, as quais pos-
ciências e artes, da eletrônica à cardiologia, da sam ser decodificadas por aquele que pre-
botânica à astronomia, pois, afinal de contas, tendemos que seja o receptor.
sem a comunicação como é que se conhece, E, o que é mais importante: precisa-
interpreta e se propaga o conhecimento? mos observar quais são as repercussões –
Nossa missão, nestes estudos, é co- reações, feedback – proporcionadas pelo
nhecer a área da comunicação aplicada aos agente receptor.
negócios imobiliários, especialmente, pro- Esta formatação adquiriu unanimidade
cessos comunicacionais desenvolvidos den- de todos os pesquisadores sobre comuni-
tro e fora das organizações. Mas, para que cação, mas é extremamente relevante
se solidifiquem os conhecimentos básicos apontarmos que já é plenamente aceita a
sobre comunicação, há de se aprofundar teoria que diz que: “Todas as setas que
em alguns conceitos.
Em 2.500 a.C., o sábio chinês Confúcio
fluem da esquerda para a direita, podem

dizia “Se a linguagem não é correta, o que é


fazer o sentido contrário, sem que, ne-
cessariamente, se identifique uma retro-

Se analisarmos com mais cuidado,


dito não é o que se pretende dizer. Se o que informação”.

deve ser feito fica por fazer”. Palavras sá- todos emitem e recebem mensagens. Na
é dito não é o que se pretende dizer, o que

bias reunidas há tanto tempo e, até os dias atual concepção, mais abrangente e lógica,
atuais, os erros na linguagem utilizada, em cer- observa-se que as mensagens fluem cons-
tas comunicações, podem causar inúmeros tantemente nos dois sentidos. Observe o
conflitos. diagrama abaixo:

Ruído

Emissor Canal de Receptor


Transmissão
Comunicação Recepção
Codificação Mensagem Codificação
Pensamento Pensamento
em Codificada em
Original Original
Palavras em Palavras Palavras

Retroinformação

Comunicação e Expressão - Aula 1 58 Instituto Universal Brasileiro


Agentes de Comunicação transmissão da mensagem.
► Ruído: Ocorrência externa à comu-
Devemos salientar, neste ponto, alguns nicação, que surge na fase da transmissão
dos diversos agentes e variáveis existentes ou recepção e leva à perda total ou parcial
no processo de comunicação: da mensagem ou à sua deformação. O ruído
► Emissor, fonte ou remetente: Por- tem três formatações:
tador da mensagem a ser transferida. • Ruído deformante: Altera o discurso
► Receptor ou destinatário: Aquele a e, consequentemente, a mensagem.
quem se destina a mensagem. • Ruído concorrente: Disputa-se com
► Mensagem: Conteúdo que se deseja o discurso a atenção do receptor.
transferir. • Ruído supressivo: Elimina-se o dis-
► Discurso: Exteriorização, atualiza- curso em parte ou totalmente.
ção das potencialidades do código que vei- ► Tradução: Realizada eventual-
cula e porta a mensagem. mente durante a transmissão. Um tradutor
► Código: Sistema que possibilita a recebe a mensagem, decodifica, recodi-
construção de discursos, formado por gra- fica-a em outro código e, em novo dis-
mática e léxico. curso, retransmite dando continuidade à
► Léxico ou repertório: Conjunto de transmissão. O tradutor é um emissor, não
signos que pertencem ao código. um codificador primário.
► Signo: Exterioridade convencional ► Estocagem: Intercala-se eventual-
portadora de significado. É um símbolo de mente na transmissão. É o caso do discurso
seu significado. escrito em que a recepção ocorre bem de-
► Gramática: Conjunto de regras pelas pois da emissão.
quais os signos do léxico se relacionam e Acreditamos que o maior problema que
com as quais se constrói os discursos. possa existir durante um processo de comu-
► Domínio/Competência: Parte do có- nicação seja o ruído. Desta forma, também
digo que o receptor ou o emissor dominam. em comunicação, há de se realizar um mí-
► Contexto: Situação que circunda o nimo de planejamento, a fim de evitar os dis-
ato comunicativo. túrbios causados pela intromissão de ruídos.
► Codificação: Concepção do discurso.
► Emissão: Realização, exteriorização Comunicabilidade
do discurso.
► Canal ou meio: Suporte físico da Comunicabilidade é a qualidade do ato
transmissão do discurso. comunicativo otimizado, no qual a mensagem
► Transmissão: Jornada do discurso é transferida integral, correta, rápida e econo-
da emissão à recepção. micamente. Na verdade, em qualquer das eta-
► Recepção: Interiorização do dis- pas do processo comunicativo da codificação
curso pelo receptor. à compreensão, podem aparecer ruídos cau-
► Decodificação: Extração da mensa- sando prejuízos à comunicabilidade.
gem a partir do discurso interiorizado. For- Principais ocorrências negativas à
mada por decifração e compreensão. comunicação:
► Decifração: Reconhecimento do
signo como tal e de suas funções gramaticais 1- Supressão total ou parcial da
no discurso. mensagem no processo.
► Compreensão: Obtenção da men-
sagem a partir do discurso decifrado. 2- Deformação da mensagem.
► Contato: Estabelecimento da aten-
ção mútua entre emissor e receptor. 3- Perda de produtividade (veloci-
► Sintonia: Preservação da atenção dade menor, esforço maior).
mútua entre emissor e receptor durante a
Comunicação e Expressão - Aula 1 59 Instituto Universal Brasileiro
lações que se operam na expansão e até
Para que a comunicabilidade se apre- na retração de um empreendimento. Em
sente de forma eficiente, dependerá de al- outras palavras, sem comunicação, ne-
guns fatores: nhuma organização tem como subsistir. A
a. Pronúncia: Qualidade da fala de organização é um fenômeno comunicacio-
quem transmite a mensagem. nal contínuo.
b. Audibilidade: Qualidade da audi-
ção da mensagem.
Comunicação Administrativa
c. Legibilidade: Na comunicação es-
crita, depende da clareza dos sinais trans-
Dentro da comunicação organizacio-
critos.
nal, temos a comunicação administrativa. É
d. Processabilidade: Qualidade
o cotidiano da administração. Envolve
existente no processamento para a com-
áreas centrais de planejamento e estrutu-
preensão.
ras técnico-normativas. Orienta, atualiza,
e. Acessibilidade: Qualidade da co-
ordena e reordena o fluxo de atividades
municação escrita otimizada para a leitura
funcionais através de normas, portarias,
seletiva.
memorandos, instruções, portarias, cartas
técnicas, índices etc.
Como observaremos adiante, no mundo
empresarial, a comunicação motiva o consumi-
dor, reforça um conceito, estimula processos de
promoção e vendas, cria e mantém imagem de
marcas e pode se ampliar no macroambiente
em que opera uma organização.

Comunicação Empresarial
Conhecida também como Comunicação
Organizacional, a comunicação existente nas
empresas “veste” muitas outras denominações
ou terminologias: comunicação corporativa, re-
lações institucionais, assuntos corporativos, re-
lações externas etc.
Vamos trabalhar com um conceito bem
abrangente:

“Comunicação Empresarial é o con- Certamente, as funções comunicati-


junto dos meios e procedimentos utiliza- vas têm sua maior força na perspectiva da
teoria geral dos sistemas, devido aos inter-
dos pela empresa em sua interação com
relacionamentos entre subsistemas, ou
os diversos públicos em suas operações seja, a necessidade de se avaliar a organi-
internas e externas.” zação como um todo e não somente em
departamentos ou setores. As organiza-
Na rotina das organizações, a Comu- ções são, por definição, sistemas abertos,
nicação Empresarial se confunde com a pró- pois não podem ser adequadamente com-
pria concepção e existência da mesma, pois preendidas de forma isolada, mas sim pelo
é fato que a ideia de se criar um negócio ou inter-relacionamento entre diversas variá-
um empreendimento só pode acontecer pelo veis internas e externas, que afetam seu
inter-relacionamento entre as pessoas, que comportamento. A comunicação, neste
tende a ampliar-se, cada vez mais, nas re- contexto, assume papel estratégico.
Comunicação e Expressão - Aula 1 60 Instituto Universal Brasileiro
Este receptor precisa ser identificado
Wilson da Costa Bueno, renomado estu- quanto à sua classificação, pois uma mesma
dioso do assunto, tem a seguinte visão sobre a instituição está ligada a tipos de público dife-
importância da comunicação organizacional: renciados. Mais do que “vender produtos e ser-
“A comunicação empresarial afina-se viços”, deve haver o convencimento do projeto
com o processo de gestão organizacional e de desenvolvimento e crescimento da organi-
tem sido pouco a pouco afetada pelas pres- zação a vários públicos.
sões do mercado, sobretudo quando ele se
orienta por objetivos estritamente comerciais,
Tipos de Públicos
relegando, a segundo plano, o seu caráter
institucional”.
• Público Interno: Funcionários e cola-
Por esta observação, conclui-se que,
boradores em geral, os quais atuam para a
nestes tempos de competitividade, a comu-
empresa com vínculo empregatício, não im-
nicação deve assumir seu caráter múltiplo,
portando a posição hierárquica.
não apenas com interesses imediatos de pro-
• Público Externo: Pessoas físicas e ju-
jeção mercadológica, mas também atender
rídicas que não têm vínculo empregatício:
às diferentes necessidades das empresas na
clientes, governo, fornecedores, bancos, con-
comunicação institucional, interna e outras
corrência etc.
formatações. Veremos, mais adiante, a dife-
• Públicos Especiais: Pessoas físicas
rença entre comunicação mercadológica e
ou jurídicas que têm, como objetivo principal,
institucional.
se beneficiarem das operações da empresa,
sem ser parte da sua operação cotidiana: acio-
Não importando qual o objetivo da orga- nistas, sindicato, familiares dos empregados,
nização (lucrativo, não lucrativo, terceiro setor comunidades locais etc.
etc.), a comunicação é instrumento para:
a. estimular vendas e motivar consu- Tipos de Comunicação Empresarial

Comunicação Institucional / Corporativa


midores.
b. melhorar a imagem da empresa e

É a comunicação que se dedica a criar,


suas marcas.

promover e manter a imagem da empresa ou


c. envolver distribuidores e captar

instituição, assim como estabelecer relações


novos parceiros.

amistosas e de cooperação entre a organização


d. no caso de organizações comunitá-

e seus públicos internos, externos e especiais.


rias, captar doadores e recrutar voluntários,

A denominação comunicação institu-


envolvendo beneficiários e suas famílias.

cional, como o próprio nome diz, refere-se à


e. prestar contas à sociedade etc.

Em Administração, é inegável que tam- instituição/organização que comunica suas


bém a Comunicação implica na tomada de de- práticas, objetivos e políticas, visando à for-
cisão sobre o que dizer, a quem dizer, quando mação ou manutenção de imagem positiva
dizer, com que frequência, de que forma, por junto a seus públicos.
qual meio, de qual instrumento de comunica-
ção entre outras.
O emissor, que pode ser um setor, depar-
tamento, diretoria ou a empresa em si, precisa
saber que público quer atingir e quais reações
pretende gerar neste público. Desta forma, o pri-
meiro passo para o desenvolvimento de um sis- A preocupação com a imagem das orga-
O objetivo maior da empresa

tema de comunicação eficiente é eleger o nizações é antiga. Nos anos 1930, Thomas
público para o qual esta comunicação será diri- John Watson, empresário americano, fundador
gida, ou seja, quem será o receptor. da IBM, disse: “... a IBM deve perseguir o obje-
Comunicação e Expressão - Aula 1 61 Instituto Universal Brasileiro
tivo de ser boa cidadã”. Na verdade, visuali-
zava-se uma necessidade “tática” e a melhor
forma de convencer os diferentes públicos era
através de uma boa estratégia de comunicação.

Existem vários instrumentos que podem


Visões diferentes

ser úteis na Comunicação Institucional: Um partido político ecologista e uma


• Relações públicas. empresa de tabaco. Para os trabalhadores
na indústria do fumo, a visão que podem ter
da empresa é positiva, ao contrário daque-
• Jornalismo empresarial.

les que combatem o fumo. Da mesma


• Assessoria de imprensa.

forma, algumas pessoas acham exageradas


• Editoração multimídia.

as ações de grupos ecologistas radicais,


• Imagem corporativa.

que, por sua vez, possuem muitos adeptos


• Propaganda institucional.
fervorosos.
• Marketing social.
• Marketing cultural.
► A identidade corporativa pode
Tarefas Principais da Comunicação ser definida como o conjunto de atributos
Institucional que torna uma empresa especial, única.
Esses atributos são classificados de es-
Não que esta prática tenha sido abando- senciais e acidentais. Os atributos essen-
nada, mas, no passado, a comunicação insti- ciais, como o nome diz, são os que
tucional procurava apenas preservar a imagem definem a essência da empresa; os aci-
corporativa, ocultando problemas que pudes- dentais contribuem para a descrição da
sem vir a público. Na atualidade, esta tarefa se empresa, mas não definem a sua essência.
junta a outras finalidades: Para simplificar, podemos elaborar o se-
• Evitar que problemas da corporação tor- guinte conceito:
nem-se públicos e impedir que se fale mal dos
proprietários e diretores da organização. “A identidade representa o que a
• Realizar difusão interna, esclarecimen-
empresa realmente é, e a imagem corpo-
tos diversos.
rativa identifica como ela é percebida
• Comunicar sobre benefícios, assun-
tos corporativos, informações de recursos pelos diversos públicos.”
humanos.
• Redigir discursos e palestras para os Isto significa que, na imagem, existe
diretores. um conjunto de significados que uma
pessoa associa a uma organização. O
Imagem e Identidade Corporativa processo de formação da imagem é com-
plexo, resultado de uma impressão que
► A imagem corporativa é o reflexo cada indivíduo forma a partir da assimi-
da corporação vista por seus públicos. A ta- lação de atributos mais ou menos repre-
refa da comunicação corporativa é “melho- sentativos para ele. Os atributos são
rar esta imagem perante os que a aceitam provenientes de três fontes de informa-
e, mais importante ainda, perante aqueles ção: os meios de comunicação de massa,
que a rejeitam”. as relações interpessoais e a experiência
Uma mesma organização pode ter di- pessoal. Em resumo, a imagem corpora-
versas imagens do acordo com o grupo ou tiva é constituída por retalhos do que a
público. Esta oferece uma percepção ou empresa é: o que a empresa faz e o que
mensagem. a empresa diz.
Comunicação e Expressão - Aula 1 62 Instituto Universal Brasileiro
var que, neste processo, podem ser utilizados
É imprescindível que a organização diversos canais de comunicação:
harmonize sua identidade com a imagem cor-
porativa. Caso contrário, sua reputação fica
• Jornais e revistas criados interna-
prejudicada, tal como anúncios milionários
mente.
dos bancos, afirmando que o cliente é espe-
• Boletins, folhetos, memorandos e co-
cial, enquanto faz com que eles tenham um
municados.
péssimo atendimento, esperando por longos
• Quadros de avisos e murais.
intervalos de tempo para serem atendidos.
• Reuniões grupais/encontros.
Além do mais, vivemos num mundo em que
• Conversas individuais com funcioná-
as mudanças têm acompanhado a dinâmica
rios.
da sociedade, que passou a espelhar-se nos
• Programas de “portas abertas”, caixas
valores de denúncia, transparência, clareza,
de sugestões, fluxo ascendente.
agilidade, profissionalismo das estruturas e
• Programas de promoção profissional.
equipes, fluidez nas comunicações e perma-
nente prestação de contas à sociedade.

Comunicação Interna

A Comunicação Interna tem por atribui-


ção o planejamento, desenvolvimento e moni-
toração dos processos comunicacionais
existentes entre a instituição e o seu público
interno. Para que a Comunicação Interna seja
bem estruturada e atenda a um nível mínimo
de eficiência, deverá ter as seguintes caracte-
rísticas:
► Ser um setor planejado, com objetivos
bem definidos, para viabilizar toda a interação
possível entre a organização e seus empregados.
► Interagir com a comunicação institu-
cional e a mercadológica para atingir seus ob- Um programa de comunicação interna
jetivos. bem estruturado geralmente tem uma publica-
► Englobar programas de ação voltados ção jornalística como peça central da comuni-
diretamente ao pessoal interno, de maneira cação escrita. Mas, dentro do universo de
constante, não eventualmente. mensagens, que devem ser difundidas, temos:
► Ser área estratégica, diretamente li- mensagens institucionais, motivacionais, de
gada às políticas corporativas, estratégias e orientação profissional, matérias educativas,
objetivos funcionais da organização. interesse feminino, entretenimento, operacio-
► Promover mudanças culturais e construir nais, interesse da família dos empregados etc.
o diálogo entre empresários e trabalhadores. Devemos salientar que a organização
pode-se valer da comunicação interna, como
Além das características acima, durante forte instrumento para realização de campa-
o planejamento e gestão da Comunicação In- nhas internas que visam a:
terna, devem ser considerados os seguintes
aspectos: políticas, estratégias, qualidade,
• mudança de padrão cultural

conteúdo e linguagem, pessoal responsável,


• prevenção de acidentes

uso das mídias e adequação das inovações


• integração interdepartamental

tecnológicas. Quando falamos em inovações


• competitividade

tecnológicas, há a necessidade de se obser-


• aperfeiçoamento profissional
• estímulo à criatividade
Comunicação e Expressão - Aula 1 63 Instituto Universal Brasileiro
A Comunicação Interna e as Crises um elemento nocivo à boa comunicação: a
chamada rádio-peão. Na rádio-peão, são di-
Nas crises de todas as tipologias, das vulgadas notícias distorcidas de bastidores,
mais graves, insatisfações dos trabalhadores, geradas por funcionários que “ouviram dizer”,
greves, movimentos paredistas, demissões, ou que “fulano contou para beltrano” etc. Muito
mudanças estruturais etc., a comunicação tem comum, nestas mensagens, aparecerem as-
papel vital para administração destes cenários. suntos que podem causar agitação: boatos
Empresas transparentes, apesar da deci- sobre demissões, por exemplo. Nas empresas
são difícil de exteriorizar aos funcionários os pro- de grande porte, a quantidade volumosa de
blemas, têm maior credibilidade. É consenso, funcionários torna mais fácil a ocorrência da
entre os estudiosos da comunicação que sone- distorção de mensagens.
gar informações gera clima de incerteza, dúvidas Sob o ponto de vista da análise da co-
e expectativas, facilitando o aparecimento de municação interna, a rádio-peão tem função
mais turbulências, prejudicando o clima de tra- importante nas organizações, pois sintetiza,
balho e, por consequência, o processo produtivo. ainda que de maneira caótica e irresponsável,
A boa comunicação deve ser ágil para di- as fraquezas, vulnerabilidades e incompetên-
minuir incertezas, atenuar expectativas e criar cias dos processos de gestão e de comunica-
padrões de entendimento e cordialidade. No ção das empresas.
Brasil, há exemplos concretos de empresas A existência de uma rádio-peão ativa é
que valorizam esta ferramenta. consequência da falta de um posicionamento
oficial por omissão da empresa, com relação
à determinada informação. Esta situação faz
com que as pessoas criem versões diferentes
e próprias dos casos.
Organizações bem administradas, trans-
parentes, ágeis e democráticas conseguem re-
duzir, ao mínimo, o volume da rádio-peão,
Uma empresa mundial do setor químico

O grupo Rhodia tem esse princípio: tornando-a quase inaudível.


Segundo o especialista Wilson Bueno, os
públicos internos são os mais importantes de
“A comunicação interna é uma ferra-

uma organização, sendo parceiros fundamen-


menta estratégica para compatibilizar inte-

tais nos negócios. Desta forma, se os funcio-


resses dos empregados e da empresa, por

nários são “formadores e multiplicadores de


meio do estímulo ao diálogo, da troca de in-

imagem”, podem contribuir para melhorar a


formações e de experiências e da partici-

sua reputação no contato com os públicos de


pação de todos os níveis.”

Neste contexto, os efeitos devem benefi- interesse ou com a comunidade. Esta é mais
ciar simetricamente, tanto os empregados uma forte razão para que a comunicação in-
como a organização. terna funcione a contento.
1- Empregado: Deve contribuir para o
exercício da cidadania e para a valorização do
homem.
2- Empresa: Colaboradores bem infor-
mados, envolvidos e confiantes no produto e
serviço da organização são multiplicadores.

Quando há problemas de
comunicação interna

Quando não há planejamento, estrutura e


controle da comunicação interna, pode surgir
Comunicação e Expressão - Aula 1 64 Instituto Universal Brasileiro
Comunicação Visual Corporativa Principais Conceitos de Marca:
- Identidade: Imagem que a marca transmite.
Como já vimos, toda empresa tem uma - Posicionamento: Benefícios na mente
identidade e uma imagem. Na busca de uma do consumidor.
melhor identificação por parte dos diferentes - Personalidade: Características huma-
públicos, a organização precisa cultivar uma nas ligadas a marca.
definição dos impactos visuais que a identifi- - Caráter: Integridade, honestidade e leal-
cam. Vejamos algumas definições. dade.
• Identidade Visual Corporativa: Con- - Imagem: A maneira como a marca é
junto de elementos gráficos que representa vista no mercado.
uma empresa, produto ou serviço ao público.
A homogeneidade e continuidade dos elemen- Escolha do nome da Marca:
tos gráficos são fatores determinantes da es- - Deve ser fácil de pronunciar, reconhe-
tabilidade na identidade visual da empresa. cer, recordar.
Para criação e manutenção de uma boa - Associar o nome a alguma caracterís-
identidade visual, há de se pensar nos seguintes tica do produto.
elementos: marca, logotipo, seleção de cores, - Deve se distinguir das demais marcas.
nome comercial (nome fantasia), papelaria, uni- - Deve ser facilmente traduzível para ou-
formes e tudo o que se refere ao impacto, re- tros idiomas.
presentação visual ou auditiva da corporação. - Deve ser passível de registro e prote-
ção legal - marca registrada.

2- Logotipo: Símbolo, forma particular


pela qual o nome da marca é representado
graficamente, pela escolha ou desenho de
uma tipografia específica. É um dos elemen-
tos gráficos de composição de uma marca, de-
vendo transmitir o conceito que se pretende
comunicar a respeito da empresa: tradição, ra-
pidez, eficiência, segurança, tecnologia de
ponta, inovação etc.
Em alguns casos, o logotipo é único, tor-
nando-se a principal representação gráfica da
marca. A logomarca precisa seguir um padrão
1- Marca: Representação simbólica de uma visual que a torna reconhecida onde quer que
entidade, que permite identificá-la de um modo ela seja impressa.
imediato como, por exemplo, Instituto Universal Usar corretamente a logomarca é uma
Brasileiro. A marca pode ser um nome, uma das ações obrigatórias para o reforço da ima-
marca verbal, imagens ou conceitos que distin- gem e da personalidade da empresa. Conclui-
guem o produto, serviço ou a própria empresa. se que o logotipo é o mais importante
Uma empresa, através de seu nome fan- elemento gráfico de comunicação visual, pois
tasia e da sua representação gráfica, comu- é a “assinatura institucional”, a qual deve estar
nica a "promessa" de um produto, seu em todas as peças gráficas feitas para a em-
diferencial frente aos concorrentes que o faz presa.
especial e único. Marcar a imagem na mente Deve-se cuidar para que o logotipo não
do consumidor, isto é, associar a imagem à seja aplicado de forma incorreta ou com baixa
qualidade do produto é o objetivo maior da qualidade para não comprometer a imagem.
criação de uma marca. Em função disto, uma Um logotipo que aparece em cada aplicação
marca pode vir a ser um importante elemento com uma forma, cor ou resolução diferente
temático para a publicidade. mostra uma identidade incoerente.
Comunicação e Expressão - Aula 1 65 Instituto Universal Brasileiro
INSTITUTO UNIVERSAL BRASILEIRO
Educação de Jovens e Adultos a Distância.
Av. São João, 253 – Centro – Caixa Postal: 2052 - CEP 01061-970 – São Paulo – SP.
www.institutouniversal.com.br
Tel: (11)3361-2845/3225-9841
Papel Timbrado do IUB.

3- Papelaria: Junção de materiais diver- gidas, especialmente, aos empregados e


sos, utilizados na rotina das organizações, nos com o público externo, por meio de publi-
quais são impressos o logotipo, com informa- cações centradas nos produtos, para fazer
ções de identificação e localização da em- frente à concorrência e a um novo processo
presa. São pastas, documentos, papéis de comercialização.
timbrados, envelopes, cartões de visita, enfim,
toda a papelaria usada na organização. Depois
do logotipo, a papelaria é o segundo item mais
importante no estabelecimento da identidade
visual corporativa.
Para todo e qualquer elemento que seja
passível da aplicação das estratégias de co-
municação visual (embalagens, sinalização in-
terna - indicação de seções, departamentos,
portas, demais instalações, bem como even-
tuais identificações externas, como em veícu-
los de frota etc.), deverá existir um padrão
único de identidade visual.
A multiplicação dos meios de comunica-
ção tornou imprescindível o uso de outros ele-
mentos para fixar a imagem de uma empresa,
produto ou serviço com dinamismo. São ima-
gens, tipologias, grafismos e uma paleta iden-
tificando as cores, para reforçar a identidade A Comunicação Mercadológica é deri-
visual corporativa. vada da Comunicação Organizacional e res-
Para que todos esses elementos sejam ponsabiliza-se pela divulgação da marca,
aplicados de forma correta, são criados Ma- produto e serviços da empresa, que a organi-
nuais de Identidade Visual. Esses manuais zação visa entregar a um determinado público.
devem ter uma linguagem clara e acessível Tem, como objetivo principal, evidenciar a pre-
para a maioria das pessoas, pois a identidade sença da empresa no mercado para aumentar
é construída no dia-a-dia. as vendas.
As pesquisas de mercado, cada vez
Comunicação Mercadológica mais focadas nos hábitos do consumidor,
em cenários globalizados com estreita-
Nos velhos tempos do aumento da mento da concorrência, têm dinamizado as
produção mundial, no pós-guerra, come- estratégias de comunicação mercadológica.
çou-se um processo de competição, em A área de marketing deve estabelecer os
que as empresas se obrigaram a buscar parâmetros e fornecer subsídios necessá-
novas formas de comunicação com o pú- rios para toda a criação e organização da
blico interno, por meio de publicações diri- comunicação mercadológica.
Comunicação e Expressão - Aula 1 66 Instituto Universal Brasileiro
Veja abaixo uma representação do Filtro
Conforme a pesquisadora em Comuni- da Informação ou Comunicação:
cações, Prof.ª Dra. Margarida M. Krohling
Kunsch, a Comunicação Mercadológica:
“...compreende toda a produção simbó-
lica resultante do plano mercadológico de
uma empresa, constituindo-se em uma
mensagem persuasiva elaborada a partir
do quadro sociocultural do consumidor-
-alvo e dos canais que lhes servem de
acesso, utilizando-se das mais variadas
formas para atingir os objetivos sistema-
tizados no plano” .

Canais de Comunicação em Marketing

O desafio para os canais de comunica-


ção em marketing é criar uma comunicação
que minimize todas as interferências e ruídos Este processo acontece coletivamente,
existentes no processo de elaboração, trans- com relação às múltiplas mensagens publici-
missão e recepção das mensagens. Assim, a tárias e também com relação a uma única
comunicação será considerada eficaz quando mensagem, a qual vem com muitas informa-
for concebida de forma compreensível e ções. A essência da informação está na redu-
atraente pelo público-alvo. ção das incertezas e dos riscos, que o receptor
A tarefa aqui é identificar quais canais percebe. Esta premissa guarda estreita rela-
de marketing são melhores compreendidos ção com a capacidade de compreensão da-
pelo público, e de que maneira esse público quilo que se pretende transmitir.
interpreta as imagens, fotos, sons e palavras A fixação de metas no processo de co-
utilizadas nas mensagens. Parte do planeja- municação mercadológica, presume que os re-
mento das campanhas mercadológicas é sultados serão alcançados nos termos em que
constituída da formatação do composto de foi concebida para lançar e reposicionar as
comunicação mais eficaz e eficiente, levando metas, manutenção da comunicação, divulgar
em conta as vantagens e desvantagens de uma ideia, conceito, campanha institucional etc.
cada tipo de canal.
Pesquisadores ressaltam que a eficácia Metas Alvo
de uma mensagem é medida, principalmente, Ideias Canais
pela quantidade de informações assimiladas e Custos Cliente
pelo volume de alternativas que ela permite ao Comunicação
usuário descartar.
Existe uma espécie de funil por onde os Todavia, o retorno nas ações de comuni-
consumidores recebem uma infinidade de infor- cação de marketing alcança maior eficiência
mações e percebem, apenas, algumas destas ao abordar distintamente cada tipo de cliente.
informações. Após a percepção, registram uma Para tanto, deve informar, persuadir e lembrar
parte da mensagem e, em seguida, acei- os consumidores para que comprem seus pro-
tam/assimilam o que realmente os impactaram. dutos. Nesse contexto, comunicam as vanta-
O que “sobra” do filtro é o que chamamos de gens superiores dos produtos, seus custos ou
persuasão, ou seja, aquilo que convenceu a certa combinação entre benefícios e custos
pessoa impactada. desejados pelos consumidores.
Comunicação e Expressão - Aula 1 67 Instituto Universal Brasileiro
A promoção deverá alavancar as vendas,
sem que, após seu término, haja um decrés-
cimo a níveis inferiores, aos constatados antes
da promoção. Quando a atividade promocio-
nal acaba, os níveis de vendas devem, no mí-
O primeiro passo é definir um público- nimo, se estabilizar aos patamares do período
-alvo e estabelecer um objetivo claro para anterior ao da promoção. A decisão por uma
o composto de marketing – produto, praça, estratégia de promoção poderá atender a vá-
preço e promoção (propaganda, relações rias finalidades: eliminar estoques, esforço
públicas e comunicação em geral). Desta para ampliar a divulgação e, principalmente,
forma, fica claro que, para produzir um pro- alavancar o faturamento.
grama de marketing, também se devem se-
lecionar os caminhos mais adequados para Formas usuais de promoção: liquida-
as estratégias de comunicação. ções, ofertas, concursos, brindes, descontos
no preço, demonstrações nos pontos de
Tipos de Comunicação venda, feiras, programas motivacionais junto
Mercadológica aos revendedores com premiações etc.

Existem muitas formatações para se rea- b. Propaganda


lizar a comunicação com o mercado. Vejamos A propaganda informa, propaga, divulga
as mais utilizadas: um produto, serviço ou ideia, para que as pes-
soas se interessem, desejem e realizem a
a. Promoção ação de comprar aquilo que está sendo anun-
São ações que poderão ser realizadas ciado. Esta ferramenta, quando bem aplicada,
junto ao público comprador, ou ainda em ní- tem uma força importantíssima no processo
veis intermediários – revendedores e vende- mercadológico.
dores - que visam estimular as vendas. Na
promoção, é fundamental um planejamento
estruturado, quanto ao período da promo-
ção, a necessidade ou não de atendimento a
dispositivos legais, fornecedores para os
brindes etc.

A propaganda possui várias técnicas em


conjunto com a publicidade. A atividade de pro-
paganda é sempre remunerada, isto é, sem-
pre haverá pagamento pela veiculação do
anúncio. No caso da publicidade, trata-se de
atividade profissional dedicada à difusão pú-
blica de ideias associadas a empresas, produ-
tos ou serviços, especificamente, sem que
haja pagamento pela veiculação.
Comunicação e Expressão - Aula 1 68 Instituto Universal Brasileiro
A propaganda pode ser usada tanto para A importância em estabelecer-se o que o
promover um produto comercial quanto para consumidor gostaria de ver, ouvir, ou ainda
divulgar crenças e ideias que podem ser reli- “sentir”, em termos de mensagem, é extrema-
giosas, políticas ou ideológicas. mente importante. A mensagem publicitária
pode ocasionar efeitos inversos aos deseja-
Meios de Transmissão de Propaganda dos: o consumidor pode irritar-se e passar a
Os métodos para transmitir mensagens de rejeitar o produto veiculado na propaganda.
propaganda incluem noticiários, comunicações Algumas pesquisas são realizadas perio-
oficiais, revistas, comerciais, livros, folhetos, fil- dicamente, para averiguação dos efeitos da
mes de propaganda, rádio, televisão e pôsteres, extensa exposição de alguns personagens nas
que relacionam o produto/serviço oferecido campanhas veiculadas na televisão, utilizando
quanto às suas características e benefícios. o mesmo ator, o mesmo boneco para a identi-
No caso da divulgação de uma ideia ou ficação imediata do produto anunciado.
conceito, o meio utilizado deve corresponder
ao público-alvo da campanha, de acordo com Decisões sobre Mídias
a linha de pensamento do seu criador, a fim de Definida a mensagem publicitária, resta
instigar no público o interesse e a aderência à saber em que tipo de mídia ou veículo de co-
ideia/conceito. municação ela será transmitida.
A argumentação a favor do produto deve Mídias eletrônicas: televisão, rádio, ci-
ser, ao mesmo tempo, criativa e respeitosa nema, internet etc.
para com o consumidor. A mensagem criativa Mídias Impressas: jornais, revistas, out-
atrai a atenção do consumidor de modo com- doors, malas diretas, catálogos etc.
provadamente eficiente. A mensagem publici-
tária respeitosa é aquela que considera a
inteligência do consumidor, bem como sua ca-
pacidade e direito de decisão.

As formatações são dinâmicas, evoluindo


Formatação de Mídia Exterior

o tempo todo: busdoor (ônibus), trens, back-


light, placas com imagens de alta definição, fai-
xas em pequenos aviões no litoral, banners e
mídias eletrônicas de vanguarda (games –
jogos eletrônicos, estádios de futebol, TV a
cabo etc).
Mídia Exterior é a denominação genérica
dos meios de comunicação, que expõem propa-
ganda ao ar livre. Atualmente, a mídia exterior
tem apresentado crescimento significativo no
meio publicitário nacional como outdoor, fron-
Sentindo-se atraído e valorizado pela tlight, backlight, busdoor, taxidoor, motodoor, bike
propaganda, o potencial comprador tende a banner, mídia em metrô, painel digital, triedro, le-
desenvolver uma atitude simpática ao produto. treiro luminoso, empena (parede), topo, painel ro-
A mensagem publicitária define o que se doviário, mobiliário urbano, painel de relógio de
diz ao cliente potencial, como se diz, onde se diz rua, testeira de ponto de ônibus, protetor de ár-
e com que frequência se diz. Estudos provam vore, placa de rua, barreira de pedestre e lixeira.
que a quantidade de mensagens enviadas aos
clientes possui limite quanto à sua eficiência, Nesses meios, a mensagem é dirigida
conforme já discutido no filtro da comunicação. aos usuários de rodovias, população urbana e,
Comunicação e Expressão - Aula 1 69 Instituto Universal Brasileiro
como o consumidor está em trânsito, fica in-
defeso a essa mídia, isto é, todo mundo vê e
não se paga por isso. A qualquer hora, lugar,
quantas vezes for, o outdoor invade as ruas e,
sem querer, todos já leram. As mídias alterna-
tivas não param de ser implementadas.

Mídia X Veículo
Importante diferenciar mídia de veículo.
Quando falamos de veículo de comunicação,
precisamos especificar: TV X, Rádio Y, Jornal
Z e assim por diante. As agências de publici-
dade são as instituições especialistas na ela-
boração de todo projeto de comunicação,
contratação das mídias e acompanhamento da
veiculação.
Um projeto de comunicação bem plane-
jado, sempre será sinônimo de investimento e Nos centros de compras, hipermercados,
não de despesas como acontece com proje- supermercados e similares, os bens de con-
tos em que não há preocupação com todas sumo, em sua maioria, se encontram em pon-
as variáveis aqui apresentadas. A título de tos de venda de autosserviço. Desta forma,
complementação, façamos uma síntese não precisam da ação do vendedor para inter-
sobre decisões de veiculação de anúncios, mediar sua relação com o comprador, refor-
que, geralmente, são tomadas pela empresa, çando a importância crescente das atividades
após a explanação do projeto da agência de de propaganda, promoção e merchandising.
publicidade: Para outros produtos, como bens de
compra comparada e venda industrial, a parti-
1- Alcance: Quantidade de pessoas que cipação do vendedor é essencial para levar o
se pretende impactar com a mensagem. O al- consumidor à decisão de compra. As habilida-
cance pode abranger todo um país, uma re- des e competências do vendedor são decisi-
gião, uma cidade, etc. vas no fechamento das vendas. Neste ponto,
2- Frequência: Distribuição do período sua técnica de abordagem e condução de ven-
da campanha publicitária. Pode-se pretender das devem ser muito bem realizadas.
divulgá-la continuamente, de hora em hora,
diariamente, etc. d. Relações Públicas
3- Continuidade: Timing - tempo espe- As atividades de Relações Públicas
cífico - em que a campanha estará ativa. Isso trabalham no sentido de ajustar o objeto da
pode ser durante uma semana, um mês, um comunicação, aos interesses dos diversos
ano, etc. públicos da organização, sob uma ótica
realista e objetiva. Associada também à Co-
c. Venda Pessoal municação Institucional/Corporativa, já
A venda pessoal, exatamente pelo con- apresentada anteriormente, o papel das
tato direto entre empresa e cliente, é a forma Relações Públicas, nas estratégias merca-
mais personalizada de comunicação, dentro dológicas, é reforçar a imagem que se quer
do composto promocional. É nesta formatação ter da instituição e seus produtos, muitas
que atuam os colaboradores das equipes de vezes, “preparando o terreno” para a se-
vendas, operando com a comunicação indivi- meadura das futuras vendas.
dual entre um vendedor e um comprador em O profissional de RP, como geralmente é
potencial. O resultado esperado desse contato denominado, tem atuação relevante no pro-
pessoal é vender o produto. cesso de relacionamento com o mercado, cul-
Comunicação e Expressão - Aula 1 70 Instituto Universal Brasileiro
tivando uma boa imagem da empresa perante placement), no original em inglês. Outra estra-
seus clientes e demais públicos: imprensa, go- tégia de promoção consiste no pagamento a
vernos, fornecedores etc. companhias cinematográficas pela apresenta-
ção proeminente de um produto em particular
e. Merchandising num filme a ser lançado. Muito comum nas
Fazer merchandising é desenvolver e marcas de automóveis e em filmes dos EUA.
aplicar qualquer técnica, ação ou material pro- Denomina-se movie tie-ins.
mocional usado no ponto de venda que pro-
porcione informação e melhor visibilidade a Técnicas de Merchandising
produtos, marcas ou serviços, com o propósito Segundo o portal do Sebrae, o merchan-
de motivar e influenciar as decisões de com- dising reúne uma extensa cadeia de valores
pra dos consumidores. conforme descritos abaixo:
Implica no planejamento e operacionali- • Exposição e apresentação adequada
zação de atividades que se realizam em esta- dos produtos.
belecimentos comerciais, especialmente, em • Precificação (identificação de preços).
lojas de varejo e de autosserviço. Mas isso não • Verificação e manutenção dos níveis de
significa que o merchandising não exista em estoque.
outros formatos de comércio. • Verificação da data de validade dos pro-
Presente em arenas de esporte, uniformes dutos.
de jogadores e uma infinidade de formatos, o • Comunicação adequada no ponto de
merchandising firma-se dia-a-dia como ótima al- venda.
ternativa de comunicação mercadológica. • Amostragem, degustação e demonstra-
Um dos aspectos mais importantes, com ção de produtos no ponto de venda.
relação ao merchandising, é que ele pode atin-
gir consumidores em situação de compra – f. Coloração
próximo ou dentro do ponto de venda. Serve Outro fator preponderante na publicidade é
de complemento e apoio ao esforço de propa- a coloração, isto é, o atrativo visual através das
ganda, tendo como objetivo criar o máximo de cores para o convencimento psicológico que tem
diferenciação do produto, especialmente com por finalidade chamar a atenção do comprador
relação a produtos competidores. para a aquisição. A propaganda sempre existiu
com a finalidade de divulgar o produto ou merca-
Para promover o produto no ponto de doria que se pretende vender.
venda, destacamos: A cor tem uma ação estimulante sobre os in-
• Bandeirolas divíduos. Quando bem escolhidas e harmonizadas,
• Cartazetes as cores tornam mais aprazível, mais bela e, por-
• Demonstração tanto, mais atrativa a peça publicitária. E, com isso,
• Degustação atinge o objetivo de chamar a atenção do leitor do
anúncio e dão prestígio à coisa anunciada.
• Displays
Um desenho atraente e colorido comunica e
• Ilhas de Produtos diferencia. Sem dúvida alguma, a cor do anúncio
• Pilhas de Produtos é um de seus elementos principais, compondo
• Pontas de Gôndolas com o conteúdo um todo. Assim, a escolha das
• Wobblers cores pode agir diretamente no processo de
venda dos produtos, atraindo, cativando e con-
No Brasil, costuma-se denominar, erro- vencendo o consumidor.
neamente, como merchandising o uso de pro- É comprovada a teoria que afirma que as
dutos (bens ou serviços) dentro de programas cores possuem “peso”. Neste contexto, os re-
de televisão ou rádio, mais comumente nas te- sultados experimentais não deixam dúvidas
lenovelas. Esta prática, tecnicamente, é cha- quanto a esta relação entre cores com efeito
mada de colocação de produto (product mais pesado ou mais leve.
Comunicação e Expressão - Aula 1 71 Instituto Universal Brasileiro
efeito mais pesado efeito mais leve

Comunicação Integrada gico Geral de Comunicação para cada organi-


zação, como condição para que se tenha a
Existe uma forte tendência em agrupar o efetividade desejada. O sistema de comunica-
que antes estava disperso em matéria de co- ção de uma organização é bastante complexo.
municação organizacional. Comunicação in- Quanto maior a diversidade de públicos com
terna, relações públicas e a propaganda os quais a organização quiser se comunicar,
precisam deixar de se conceber como entes mais complexo será este sistema.
isolados, com esforços separados.

A comunicação pode consumir recursos


financeiros significativos e, assim, deve ser
planejada criteriosamente para que a organi-
Segundo a professora Margarida zação obtenha os resultados desejados. Desta
Kunsch, há a necessidade de se planejar, de forma, conclui-se sobre a necessidade de ela-
forma que a comunicação institucional, a co- boração de um orçamento de comunicação.
municação mercadológica e a comunicação in- Todas as atividades de comunicação geram
terna sejam pensadas, na perspectiva da despesas e é importante que a organização
integração dessas áreas. avalie se haverá recursos disponíveis para co-
Para a autora, a comunicação integrada: locar o seu plano em prática.
• Deve ser baseada nas políticas glo- Tendo um plano de comunicação em
bais e nos objetivos gerais da corporação. mãos, será mais fácil fazer ajustes caso os va-
• Viabiliza ações estratégicas e táticas lores estipulados estejam acima das disponi-
de comunicação com maior eficácia. bilidades financeiras da empresa. Da mesma
• Permite amplo relacionamento com os maneira, o orçamento detalhado do plano de
públicos e com a sociedade em geral. comunicação ajudará no processo de avalia-
ção de resultados, tornando possível analisar
Plano Estratégico Geral de Comunicação o que foi gasto e quais resultados foram al-
A integração configura-se através do cançados, orientando decisões futuras sobre
todo, gerado a partir das práticas de comuni- a comunicação da organização.
cação estabelecidas em cada uma das áreas: Muitas vezes, a verba é muito limitada
institucional, interna e mercadológica. para investimentos em comunicação. Outras
A visão de comunicação integrada insiste vezes, fica a sensação de que o dinheiro foi
na necessidade de elaborar um Plano Estraté- mal investido porque o resultado das ações
Comunicação e Expressão - Aula 1 72 Instituto Universal Brasileiro
ficou abaixo do esperado. Otimizar o processo e variado. Os membros da organização
de comunicação, portanto, é uma forma de tor- devem ser capazes de reconhecer e inter-
nar a gestão de seus recursos mais eficaz. pretar a grande variedade de mensagens
disponíveis para que lhes permitam respon-
der, de maneira apropriada, a distintas pes-
soas e situações.
Neste contexto, chamamos a atenção
para a necessidade de uma maior valoriza-
ção, também, da comunicação interpessoal
Ignorar a importância da comunica- por parte das organizações.
ção não ajudará a organização a atingir As organizações, como partes inte-
seus objetivos. Deve-se entender o que grantes da sociedade, são diretamente
não está funcionando a contento, melho- afetadas pelas novas mudanças e, conse-
rar o que já está sendo feito, testar novas quentemente, a sua comunicação assume
possibilidades e, principalmente, planejar novas formas de atuação. Deixa de ter
a ação de comunicação da mesma ma- uma função apenas técnica e instrumental
neira que se planeja todas as outras ativi- para ser estratégica.
dades que a organização desenvolve. Daí a necessidade de se ter uma visão
abrangente e integrada da comunicação,
unindo o trabalho de relações públicas,
Comunicação: processo dinâmico frente à comunicação institucional, e o de
e contínuo marketing frente à comunicação mercado-
As organizações em geral, como fontes lógica.
emissoras de informações para seus mais
diversos públicos, não devem ter a ilusão de No Brasil, os estudiosos da comunica-
que todos os seus atos comunicativos cau-
ção organizacional a abordam dentro de uma
sam os efeitos positivos desejados, ou que
são automaticamente respondidos e aceitos visão ampla e estratégica, considerando-a
da forma como foram intencionados. É pre- numa perspectiva integrada.
ciso levar em conta os aspectos relacionais, Gaudêncio Torquato, um dos pioneiros
os contextos, os condicionamentos internos dessa concepção no país, descreve sob esse
e externos, bem como a complexidade que conceito, as subáreas da comunicação social
permeia todo o processo comunicativo.
(jornalismo, relações públicas, publicidade,
Assim, quando se fala em comunicação
organizacional, temos que, primeiramente, editoração etc.), a assessoria de imprensa, o
pensar na comunicação humana e nas múl- jornalismo empresarial, a comunicação in-
tiplas perspectivas que permeiam o ato co- terna, a comunicação institucional, o marke-
municativo, no interior das organizações. Em ting cultural e social entre outras, todas elas
primeiro lugar, temos que pensar na comu- amplamente trabalhadas em suas obras.
nicação entre as pessoas e que os seres hu-
manos não vivem sem se comunicar.
A comunicação é um processo dinâmico Na verdade, é complexa essa integra-
e contínuo. É o processo que permite aos ção, pois exige forte empenho de todos os
membros da organização trabalhar juntos, coo- envolvidos no processo. Nem sempre isso
perar e interpretar as necessidades e as ativi- acontece tranquilamente, sem conflitos e
dades sempre mutantes da organização. sem ressalvas. De qualquer forma, para
aqueles que queiram adotar esta importante
Função Estratégica filosofia de comunicação, apresentamos o
A vida da organização proporciona um diagrama da Comunicação Organizacional
sistema de mensagens especialmente rico Integrada:
Comunicação e Expressão - Aula 1 73 Instituto Universal Brasileiro
Neste diagrama, destacam-se duas
áreas fundamentais para dirigir a comunicação
organizacional: Relações Públicas e Marke-
ting. A primeira abarcaria, pela sua essência
teórica, a comunicação institucional, a comu-
nicação interna e a comunicação administra- Comunicação Organizacional na
tiva. O Marketing responderia por toda a Iniciativa Privada
comunicação mercadológica.
A comunicação organizacional, nessa Apesar de apenas estruturas complexas
perspectiva abrangente, é por si só complexa, praticarem a filosofia da Comunicação Organi-
deixa de ter uma função meramente tática e zacional Integrada, insistimos, sobre sua rele-
passa a ser estratégica. Isto é, ela precisa vância em qualquer tipo de estrutura
agregar valor às organizações, ajudando-as organizacional.
no cumprimento de sua missão, na consecu- Nos negócios, a falta de assertividade na
ção dos objetivos globais e na fixação pública comunicação gera muitos problemas, conflitos
dos seus valores. e prejuízos às vezes difíceis de serem mensu-
Finalmente, fixamos que as ações comuni- rados. Devemos ter a necessidade do plane-
cativas precisam ser guiadas por uma filosofia e jamento da comunicação em qualquer
uma política de comunicação integrada, que instituição, simples ou complexa, como fator
levem em conta necessidades, interesses e exi- preponderante na otimização de processos.
gências dos públicos estratégicos e da sociedade. Dentre vários modelos de gestão de ne-
Comunicação e Expressão - Aula 1 74 Instituto Universal Brasileiro
gócios, as organizações dos sete Cs, nas Visualiza-se assim, uma vasta base de
quais se instala a filosofia empresarial alicer- dados, para o planejamento estratégico que,
çada em Confiança, Comprometimento, Cria- apesar da dinâmica dos mercados, precisa ser,
ção conjunta, Conexão, Celebração e preferencialmente, de médio e longo prazos,
Correção do curso e Clima bom, trazem a co- sempre suscetível a reorientações, pois a flexi-
municação como componente fundamental bilidade de um planejamento deve atender às
para estruturar e gerenciar as outras variáveis. mudanças constantes do ambiente empresarial.
Os processos comunicacionais fazem a cone- E, chegada a hora, faz-se necessário dis-
xão entre processos, dão formatação às or- cutir política e estratégia de comunicação. Há
dens e instruções e toda a operacionalização de se ter o cuidado de integrar aquilo que é co-
das organizações. municação institucional, mercadológica e tam-
Todos os outros Cs dependem da estru- bém o que diz respeito à assessora de
tura eficaz desta poderosa ferramenta. Per- imprensa. Assim, há de se construir uma ima-
guntamos: um clima organizacional positivo é gem única, uma identidade própria em todos
viável sem a comunicação eficaz? os momentos em que se “comunica.”

Instalada a filosofia, fica mais fácil pla-


? Questionamentos Importantes nejar. O plano requer diversos componentes
? O primeiro é a necessidade da organiza- em sua estruturação:
ção “compreender-se”, tanto nos aspectos cul- • O que se pretende e como se pre-
turais, como também no diagnóstico de suas tende comunicar?
potencialidades e fraquezas – as ameaças e • Quem vai fazer o quê?
oportunidades, que pululam ao redor da em- • Quais recursos estão disponíveis ou
presa. Um planejamento da comunicação in- serão necessários?
tegrada requer, antes de tudo, um diagnóstico • Qual é o cronograma?
completo do que é a empresa, do que ela pre- • Qual é o volume da verba?
tende ser e o que pretende comunicar a quais • Quem vai monitorar os processos e
públicos. quais serão os parâmetros para medir a efi-
? A segunda questão envolve quais metas ciência e eficácia dos projetos de comunicação?
serão “jogadas” neste caldeirão formado no
questionamento anterior? As metas que uma A gestão de projetos de comunicação ins-
organização estabelece devem ser exequíveis titucional, publicitária ou jornalística deve ser tra-
e muito bem planejadas, alicerçadas com os tada com toda a rigidez de qualquer tipo de
recursos humanos, tecnológicos, materiais e investimento, ou seja, monitoração constante da
financeiros, de que dispõe a empresa. relação custo/benefício e respectivo retorno.

AULA 1

1- Complete a lacuna, indicando a alternativa correta: A comunicação agrega, afasta ou


demonstra indiferença das pessoas, mas, de qualquer forma, é ferramenta que
____________________________.
a. ( ) provoca uma reação do outro.
b. ( ) provoca uma aceitação geral.
c. ( ) provoca uma apatia total.
d. ( ) provoca uma sensação de alívio.

Comunicação e Expressão - Aula 1 75 Instituto Universal Brasileiro


2- Conceitue Comunicação.

R:______________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

3- No diagrama clássico da comunicação, o qual já tem outras formatações, aparecem


como elementos fundamentais:

a. ( ) ouvidor – canal - ruído - barulho


b. ( ) transmissor – ruído – retroinjeção - veículo
c. ( ) emissor – canal – receptor – ruído - retroinformação
d. ( ) emissor – canal – ruído – informador

4- Indique a alternativa que corresponde às formatações do ruído.

a. ( ) deformante - concorrente - depressivo


b. ( ) deformante – concorrente - supressivo
c. ( ) informante – exagerado – baixo
d. ( ) deformante – recorrente – supressivo

5- Conceitue Comunicação Empresarial.

R:______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

6- Na comunicação empresarial, o emissor, que pode ser um setor, departamento, direto-


ria ou a empresa em si, precisa saber:

a. ( ) que público não quer atingir e que reações pretende gerar neste público.
b. ( ) que público quer atingir e que reações pretende gerar neste público.
c. ( ) eleger o público e divulgar para todos os públicos.
d. ( ) escolher o público do concorrente e divulgar informações internas.

7- Representação simbólica de uma entidade, que permite identificá-la de um modo ime-


diato. Um nome, imagens ou conceitos que distinguem o produto, serviço ou a própria empresa.
Assinale a alternativa que corresponde a estes conceitos:

a. ( ) papelaria
b. ( ) sinal
c. ( ) tipologia
d. ( ) marca

Comunicação e Expressão - Aula 1 76 Instituto Universal Brasileiro


AULA 2
TECNOLOGIA DA COMUNICAÇÃO

Comunicação em Rede
Internet

A Internet é um conglomerado de redes


em escala mundial de milhões de computado-
res interligados, que permite o acesso a infor- A web vem se mostrando uma plata-
mações e todo tipo de transferência de dados. forma comum na qual outros serviços da In-
A Internet é a principal das novas tecnologias ternet estão sendo disponibilizados. Pode-se
de informação e comunicação. utilizá-la, atualmente, para usar o correio
eletrônico (através de webmail), realizar co-
laboração (como na Wikipédia) e comparti-
lhar arquivos (através de sítios web
específicos para tal).

WWW – Word Wide Web Intranet

Ao contrário do que normalmente se pensa, Intranet é uma rede de computadores pri-


(Rede de alcance mundial)

Internet não é sinônimo de World Wide Web. Esta vada, que opera sobre um software de proto-
é parte daquela, sendo a World Wide Web, um colos da Internet. É uma versão privada da
dos muitos serviços oferecidos na Internet. De Internet, ou uma mini-internet confinada a uma
acordo com dados de março de 2007, a Internet organização.
é usada por 16,9% da população mundial (em
torno de 1,1 bilhão de pessoas).
Mais uma ferramenta de extrema utili-
dade, na comunicação empresarial, a intra-
Para as empresas, a Internet permite uma
net traz uma série de benefícios:
extrema descentralização da informação e dos
• Reuniões on-line.
dados, eliminando a necessidade de gastos com
• Conversas eletrônicas sem o uso do
funcionários para ida a instituições financeiras,
telefone, gerando economia.
cartórios, clientes, repartições públicas etc.
• Decisões mais rápidas, pois diminui a
A economia de escala que se obteve com a
necessidade de deslocamento das pessoas.
vinda da Internet, é muito grande: economia em
• Permite a transferência de arquivos:
transporte, agilização nas decisões, mais rapidez
cartas, contratos, ofícios etc. Podem ser re-
na obtenção de documentos e uma infinidade de
gistradas e depois impressas.
melhorias de processos foram alcançadas.
Finalizando este importante assunto de co-
municação, toda empresa que possui uma página Correio Eletrônico na Comunicação
na Internet abre possibilidades de interação com Empresarial
o mundo todo em tempo real. Negócios múltiplos
como: compras, vendas, leasing, contatos com Dentro do processo de utilização de meios
franquias, praticamente todo tipo de relação co- eletrônicos para comunicação empresarial,
mercial pode ser conduzido pela Internet. temos também o correio eletrônico (e-mail). Por
Comunicação e Expressão - Aula 2 77 Instituto Universal Brasileiro
seu baixo custo e rapidez, transformou-se na Comércio Eletrônico
principal forma de comunicação para transmis-
são de documentos. Não acreditamos no fim da comunicação in-
Extremamente flexível, este tipo de co- terpessoal nas negociações de compra e venda,
municação não exige forma rígida para sua es- mas é visível a multiplicação de meios eletrônicos
trutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de como instrumento nos fechamento de negócios.
linguagem incompatível com uma comunica- ►E-commerce: Traduzido para comér-
ção oficial. O campo “assunto” do formulário cio eletrônico, ou ainda, comércio virtual, é um
de correio eletrônico da mensagem, deve ser tipo de transação comercial feita especial-
preenchido de modo a facilitar a organização mente através de um equipamento eletrônico
documental, tanto do destinatário quanto do como, por exemplo, um computador.
remetente. O ato de vender ou comprar pela internet
é, em si, um bom exemplo de comércio eletrô-
Importante: nico. O mercado mundial está absorvendo o
comércio eletrônico em grande escala. Muitos
► Para os arquivos anexados à mensa- ramos da economia não operam mais sem a
gem deve ser utilizado, preferencialmente, o Rich presença deste meio eletrônico.
Text Format (Formato de Texto Rico). A mensa- No início, a comercialização on-line era, e
gem que encaminha algum arquivo deve trazer ainda é, realizada com produtos como CDs, li-
informações mínimas sobre seu conteúdo. vros e demais produtos palpáveis e de carac-
► Sempre que disponível, deve-se uti- terísticas tangíveis. Contudo, com o avanço da
lizar recurso de Confirmação de leitura. Caso tecnologia, surge uma nova tendência para a
comercialização on-line.
não seja disponível, deve constar da mensa-
Já há algum tempo, uma infinidade de ser-
gem pedido de confirmação de recebimento.
viços passaram a ser negociados pela rede: pa-
► Nos termos da legislação em vigor,
cotes turísticos, venda de ingressos para eventos,
para que a mensagem de correio eletrônico
venda de softwares, cursos a distância etc.
tenha valor documental, isto é, para que
possa ser aceito como documento original, é
necessário existir certificação digital que
ateste a identidade do remetente, na forma
estabelecida em lei (Manual de Redação da
Presidência da República, edição 2002).
A comodidade de um viajante, hoje, é ine-
Compra pela Internet

Mesmo atualmente com a popularização gável. Ele pode pesquisar a companhia aérea
dos serviços de mensagem instantânea, o dito de sua preferência, checar todos os dados, ad-
e-mail ainda é importante na comunicação cor- quirir a passagem, fazer o pagamento deste
porativa. A tecnologia não depende da Inter- através de DOC eletrônico, obter a confirmação
net, pois mesmo e-mails internos de uma e receber o bilhete de viagem, tudo pela Inter-
empresa podem circular limitados a um servi- net. Feito isso, o viajante só precisará se deslo-
dor interno. A partir do momento em que a car até o aeroporto para embarque. Antes, eram
mensagem é enviada entre dois servidores feitas muitas idas e vindas aos agentes de via-
fora de uma mesma rede interna, faz-se uso gens para fechamento da compra da passagem.
da Internet como meio de transmissão.
Também existem sistemas para a utiliza- ►E-business, ou negócio eletrônico é
ção de correio eletrônico através da World uma definição mais ampla de comércio eletrônico
Wide Web, os webmails. São utilizadas pági- que inclui a compra e venda de produtos pela In-
nas web para a apresentação e utilização dos ternet, atendimento a clientes, colaboração com
protocolos envolvidos no envio e recebimento parceiros de negócio e a coordenação de tran-
de e-mail. sações comerciais organizacionais internas.
Comunicação e Expressão - Aula 2 78 Instituto Universal Brasileiro
O e-business funciona através de siste- Equipamentos e Tecnologia
mas capazes de prover comunicação entre
empresas que agilizam os processos, inclusive A Tecnologia da Informação (TI) é o con-
sistemas que fazem pedidos automáticos para junto de recursos não humanos dedicados ao
outras empresas de acordo com o seu esto- armazenamento, processamento e comunica-
que de produtos, facilitando assim todo o pro- ção da informação, e a maneira como esses
cesso de fabricação e venda, melhorando a recursos estão organizados num sistema
disponibilidade de produtos de acordo com a capaz de executar um conjunto de tarefas.
demanda pelos mesmos. A TI não se restringe a equipamentos
(hardware), programas (software) e comunica-
ção de dados. Existem tecnologias relativas ao
planejamento de informática, ao desenvolvi-
mento de sistemas, ao suporte de software, aos
processos de produção e operação, ao suporte
de hardware, etc. Desta forma, na TI se gera,
No Brasil, a expansão dos negócios ele- usa e desenvolvem processos de informação.
Expansão dos negócios eletrônicos

trônicos é tão intensa que se estima, para


2010, um movimento de R$ 100,90 bilhões, A TI está fundamentada nos seguintes
visto que nos anos de 2003, 2004 e 2005, o componentes:
crescimento médio foi de 35% ao ano. • Hardwares e seus dispositivos peri-
féricos.
É fundamental que o modelo de negócios • Software e seus recursos.
de Internet da companhia seja coerente com o • Sistemas de telecomunicações.
modelo de negócio global da empresa. A logís- • Gestão de dados e informações.
tica, o conhecimento dos clientes (pela manu-
tenção de bancos de dados com informações As tecnologias inteligentes empregadas
que viabilizam formas avançadas de marketing na TI fazem a difusão social da informação em
de relacionamento) e a rapidez de respostas larga escala de transmissão. Seu acesso pode
passam a ser fatores competitivos ainda mais ser domínio público ou privado, na prestação
decisivos. de serviços das mais variadas formas, sendo a
O atendimento ao cliente e o entendimento telecomunicação a forma mais conhecida.
de suas necessidades são fatores determinan- Telecomunicação é a transmissão, emis-
tes no sucesso de um empreendimento virtual são ou recepção por fio, radioeletricidade,
ou real. Se a loja virtual souber atender uma ne- meios ópticos ou qualquer outro processo ele-
cessidade não satisfeita pelas lojas tradicionais, tromagnético, de símbolos, caracteres, sinais,
estabelece-se uma possibilidade de fidelização. escritos, imagens, sons ou informações de
Outros fatores que diferem estes tipos de qualquer natureza.
varejo são o nível de exigência dos clientes vir-
tuais e a facilidade na troca de uma loja virtual Tipos de Telecomunicações
sem sair da frente do microcomputador. Afinal,
bastam alguns cliques para se mudar de Há diversos tipos de telecomunicações,
bairro, de cidade e até de país. como:
É imprescindível criar motivos para que • Telefone
o visitante retorne sempre, seja com informa- • Televisão
ções atualizadas e relevantes, seja com • Internet
ações de entretenimento no site. Mas o prin- • Rádio
cipal é muito simples: resposta aos e-mails ou • Cabeamento Estruturado
consultas as mais breves possíveis (de pre- • Edifício Inteligente
ferência, em 24 horas), incluindo-se aqui, • Semáforos
principalmente, as entregas. • Telemóvel
Comunicação e Expressão - Aula 2 79 Instituto Universal Brasileiro
Tecnologia Auxiliando Negócios

Desempenhar processos comunicacio-


nais evoluídos entre empresas transnacionais,
multinacionais e doméstico-exportadoras tem
sido uma tarefa cada vez menos complexa.
Cada organização tem sua história,
sua política de tecnologia, exigências dita-
das por suas sedes e assim por diante. Ur-
gência nas decisões, negócios de extrema
importância, muitas vezes exigem canais
de comunicação eficazes para realizar suas
atividades.

Um exemplo do emprego
destas tecnologias

Na Siemens, multinacional alemã, os res-


ponsáveis da área de pesquisa e desenvolvi-
mento, espalhados pelo mundo, reúnem-se,
periodicamente, em videoconferências, sites e
comunicação eletrônica para discutir detalhes
de projetos únicos. Nestas operações comuni-
cacionais, desenha-se outra forma de integra-
ção entre o receptor da mensagem e o emissor.
Teleconferência via e-mail, NetMeeting, Quem recebe a informação passa a produzir
listas de discussão e tantos outros instru- mensagens, interagindo assim com sua fonte.
mentos disponibilizados para comunicação
em tempo real são utilizados em ambientes Tecnologia em Ponto de Venda
organizacionais e educacionais.
Este novo aparato tecnológico permite As novas mídias digitais mudam diaria-
a organizações, com unidades dispersas fi- mente as possibilidades de negócios nos pon-
sicamente, integrarem suas atividades, sem tos de venda.
a necessidade de reuniões dispendiosas com São equipamentos que, literalmente,
viagens, hospedagens e outras despesas. “conversam” com o cliente. Existem vários
Todos se falam, em tempo real, como se es- tipos de equipamentos que aplicam este tipo
tivessem num mesmo local. de tecnologia.
Nestes ambientes tecnológicos, voz, Dentre vários produtos, podemos citar
imagens, texto ou dados são transmitidos em display eletrônico, no qual uma tela de cristal lí-
tempo real, gerando uma integração organi- quido – LCD – de 15 polegadas é sensível a
zacional, fazendo com que tomar decisões e código de barras. Neste monitor, a comunica-
aumentar a produtividade das empresas ção é interativa e permite criar emoções que
fique cada vez mais fácil. influenciam a decisão de compra.
Comunicação e Expressão - Aula 2 80 Instituto Universal Brasileiro
É possível acoplá-lo às gôndolas e de notas fiscais, relatórios, pedidos etc. Muitas
apresentar vídeos institucionais sobre pro- vezes, passava-se o dia inteiro visitando clientes
dutos e marcas, realizar pequenas análises e entregavam-se os pedidos na empresa no outro
de perfil e capturar fotos do consumidor com dia e, quem sabe, dentro da mesma semana, o
o produto. cliente recebia as mercadorias, o que implicava
Algumas lojas, bancos, agentes imobiliá- no retardo do faturamento.
rios e supermercados já se utilizam fartamente
destes equipamentos, os quais, além de aten-
derem às necessidades da clientela, apresen-
tam promoções, informações sobre novos
produtos e tudo o que a empresa desejar co-
municar a seus clientes.

Alguns equipamentos facilitam, de forma


Observe que não apenas estes equipa- decisiva, na rapidez e eficácia das operações
mentos, mas muitos outros estão sendo pro- do vendedor. Estes equipamentos não neces-
duzidos em nosso país. Significa que sitam sequer emitir notas ficais nos pontos de
estamos aprimorando nossa tecnologia neste venda. Aparelhos totalmente informatizados
setor, que em muito, auxilia os processos fazem leitura dos estoques, acompanham os
mercadológicos. registros de entrada e saída dos produtos no
ponto de venda e, ao mesmo tempo, informam
à empresa novos pedidos. De posse da infor-
mação em tempo real, agiliza-se a entrega das
mercadorias, faturando-se muito mais rápido.

Ponto de venda virtual

No Brasil, alguns desenvolvedores de


softwares, hardwares e conteúdos em três di-
mensões (3D) estão derrubando a produção
estrangeira e prometem, a princípio, dominar Estas práticas melhoram muito o
o mercado latino-americano. Recentemente, tempo de recebimento, orientam a gestão
entrou on-line a "Casa Philips". Uma novidade dos negócios, da comunicação entre ou-
em termos de tecnologia digital em 3D locali- tras vantagens. Os relacionamentos com
zada em ponto de venda virtual. Neste pro-
os clientes tornaram-se mais sólidos e ga-
grama, quando o cliente acessa, pode “viajar”
dentro de uma residência, ou seja, em uma rantem mais visitas e uma infinidade de
“casa navegável”, com seus mais finos deta- vantagens, como:
lhes, todo conteúdo é irreal. - Economia
- Eliminação de erros
Automação da Força de Vendas - Controle na negociação
- Imagem
Há alguns anos, vendedores externos labu- - Funcionalidade
tavam com as programações de visitas, emissão
Comunicação e Expressão - Aula 2 81 Instituto Universal Brasileiro
Negócios Imobiliários on-line este material estava sendo preparado, certa-
mente os mais sofisticados equipamentos aqui
Hoje, há corretores de imóveis traba- mostrados já estavam perdendo lugar para ou-
lhando com negócios on-line. Os imóveis são tros melhores.
comercializados pela Web, até para o exterior,
sem ter, muitas vezes, contato com o compra- Ferramentas de Trabalho
dor. Esta é uma tendência decorrente das fa-
cilidades da nova economia. Sempre que precisamos comprar um
Para esta transação, os corretores virtuais equipamento, devemos verificar se o modelo
devem ter familiaridade com tecnologia e muito escolhido dispõe de todos os recursos de que
preparo pessoal para conquistar os clientes vir- precisamos, e também se não estamos pa-
tuais durante a comunicação pela Internet. gando por um recurso que não vamos utilizar,
pois nem sempre o equipamento mais avan-
çado é o melhor a ser adquirido.

Telefone

O telefone é uma das ferramentas básicas


de trabalho para o corretor. Usá-lo corretamente,
aproveitando todos os recursos e funções dos sis-
temas de telefonia hoje disponíveis, com certeza
otimiza bastante tempo.

Para ser um bom corretor virtual, é pre-


ciso conhecimento de informática, rapidez no
atendimento, determinação e boa comunica-
ção. O cliente internauta está num estágio di-
ferente daqueles que vão ao plantão de
vendas. Ele ainda está pesquisando, sem
muita convicção do que quer. Por isso, é fun-
damental estabelecer uma comunicação rá-
pida e clara quando ele nos consulta, e
persistir para fechar negócio. Recursos telefônicos disponíveis
Hoje, os escritórios podem aliar conforto,
criatividade e avanços tecnológicos para gerar • Discagem automática - quando o nú-
qualidade e produtividade nas imobiliárias. mero discado estiver ocupado, o profissional
Também é importante utilizar, adequada- pode realizar outras tarefas, enquanto o apa-
mente, os equipamentos e meios de comuni- relho redisca o número automaticamente.
cação próprios para o desenvolvimento das • Viva-voz.
suas atividades, promovendo, inclusive, a ma- • Transferência de ramal - você pode trans-
nutenção como os de telefonia, computação, ferir seu ramal para outra sala onde estiver.
impressão, projetores multimídia e fax. • Busca de ramal - você pode atender
Devemos lembrar sempre que a tecnolo- seu ramal em outro aparelho.
gia avança tão rapidamente que, enquanto • Identificador de chamadas.
Comunicação e Expressão - Aula 2 82 Instituto Universal Brasileiro
Telefonia móvel Tecnologia da Informática

Como a maioria dos corretores que tra- As ferramentas de informática têm dife-
balha diariamente em trânsito nos grandes rentes linguagens. O desenvolvimento de
centros de negócios, além da telefonia móvel sistemas é que diferencia as aplicações dis-
digital (os já convencionais celulares), as em- poníveis no mercado. Há uma série de re-
presas podem permanecer em contato com cursos tecnológicos para facilitar o trabalho
suas equipes, bem como com seus parceiros do corretor: placa de Internet para acessos a
e clientes, através da comunicação móvel ins- consultas de informações cadastrais, note-
tantânea, constituindo uma network (do in- book, fotos digitais do imóvel, mapas de lo-
glês, rede de negócios). Essas redes de calização, plantas, desenhos.
negócios permitem que o usuário entre em
contato direto com os parceiros-chave ao
simples toque de um botão.

Recursos da telefonia móvel


Para atingir um bom nível de desenvol-
► Ligações telefônicas com excelente vimento é preciso investir em tecnologia e
qualidade de som. não considerá-la custo. É preciso mudar o
conceito de investimento em tecnologia. É
► Chamada de espera, conferência e preciso educação em tecnologia para saber
bloqueio de chamadas. como utilizar o que está disponível. O pro-
fissional de negócios imobiliários deve estar
► Chamada individual ou chamada em atualizado para usar todos os recursos que
grupo (até 100 pessoas). permitam agilizar os resultados nos proces-
sos de compra e venda.
► Transmissão de recados para caixa
postal de até 150 pessoas simultaneamente. Hoje sabemos que, através de um com-
putador, podemos:
Projeção multimídia ● armazenar e processar dados.
● enviar e receber documentos através
Os projetores multimídia são aparelhos de faxmodem e e-mail.
que precisam ser ligados a um computador ● acessar a Internet, que nos permite
para projetar os slides. É o que há de mais saber o que está acontecendo ao nosso rece-
moderno em projeção porque eles projetam bedor e no mundo, de maneira instantânea.
os mesmos slides, que poderiam ser apre- ● acessar nossas informações nos ban-
sentados pelo retroprojetor, sem a necessi- cos e fazer pagamentos a qualquer hora; fazer
dade de imprimi-los em acetado (lâminas) compras, pesquisas sobre qualquer assunto,
e, o que é melhor, apresentam o slide com conhecer pessoas etc.
animação. ● interligar a sistemas telefônicos, segu-
Os projetores multimídia são indicados rança etc.
para qualquer tipo de apresentação, inde-
pendentemente, do número de espectadores.
Porém, é um equipamento muito caro e, ao
se adquirir um projetor multimídia, deve-se
levar em conta a manutenção dele. Não é
aconselhável comprar projetores de marcas
desconhecidas, pois, caso necessite de ma-
nutenção, esta é sempre muito cara e, mui-
tas vezes, não se encontram peças.
Comunicação e Expressão - Aula 2 83 Instituto Universal Brasileiro
Mercado de tecnologia

O mercado de tecnologia estará sem-


pre lançando novidades para facilitar o uso
dos computadores pelos profissionais. A
perspectiva de utilização de tecnologia
avançada no meio imobiliário é excelente.
O conhecimento e a aquisição dos recursos
disponíveis são investimentos que melho-
ram o desempenho profissional.
Para aquisição de computadores, é
preciso pesquisa sobre os sistemas mais
modernos e adequados às rotinas. Visando
maior rapidez e comodidade no atendimento
ao cliente. Tecnologia da Documentação
O corretor pode, por meio da tecnolo-
gia, levar os produtos imobiliários até o Se você vai trabalhar como autônomo
cliente, evitando que o cliente tenha que vir ou montar uma imobiliária, é preciso esco-
até o escritório. As ferramentas disponíveis lher entre as várias impressoras existentes
permitem também um cadastro com os mo- no mercado. Há muitas opções, desde as
delos de contratos, procurações, documen- mais tradicionais, como as matriciais (muito
tos necessários para o fechamento dos barulhentas), até as mais modernas, com
negócios, que dependendo dos equipamen- tecnologia a laser.
tos utilizados, podem ser impressos e assi-
nados na hora.
É possível criar agenda automatizada,
com marcação de visitas e registro do anda-
mento das negociações, com emissão dos re-
latórios das visitas e das posições.

Como escolher o equipamento

O tipo de computador a ser escolhido


depende do porte da imobiliária e das suas
necessidades. Atualmente, seja para uso
pessoal ou profissional, é imprescindível
um computador que possibilite acesso a In- Imprimir notas fiscais em duas ou três
ternet. A configuração mínima de um com- vias com papel carbono é um trabalho que só
putador deve ser compatível com o ritmo de pode ser feito por impressoras matriciais. Ba-
trabalho do corretor. lanços financeiros não precisam ser impressos
em impressoras coloridas a laser, mas tam-
Notebook / Laptop / Palmtop bém não é adequado imprimir gráficos de ven-
das em impressoras jato de tinta branco e
O corretor pode escolher entre os preto. Assim, a utilização de cada tipo de im-
modelos de microcomputadores portáteis, pressora varia de acordo com o tipo de docu-
o mais adequado ao seu padrão de atua- mento ou da disponibilidade do equipamento.
ção. Os aparelhos deste porte são recur- As principais impressoras em uso são
sos que devem ser compreendidos como as ink jet (do inglês, jato de tinta) e as a
um investimento que, sem dúvida, terá re- laser, que utilizam, para impressão, um me-
torno garantido. canismo de alta precisão, como o toner.
Comunicação e Expressão - Aula 2 84 Instituto Universal Brasileiro
Impressoras Matriciais Desvantagens

Vantagens Além de ser lenta na impressão, a im-


pressora jato de tinta requer maior cuidado
A impressora matricial tem custo mais com a impressão, então, tão logo a página sai
baixo que as demais impressoras existentes da impressora, a tinta pode borrar o papel.
no mercado.
O baixo custo dos materiais periféricos Ainda devido ao sistema de jato de tinta,
barateiam o custo final por página impressa. não é possível utilizar os dois lados do papel,
Algumas empresas afirmam que textos gran- pois a tinta, normalmente, atravessa a folha.
des, impressos em matriciais, podem custar Existem papéis mais espessos ou especiais,
até dez vezes menos que em uma impressora que permitem a impressão frente e verso.
a laser.
Dicas para utilização e manutenção
Desvantagens
● Quanto melhor a qualidade de im-
Há inúmeras desvantagens do uso da im- pressão, maior a quantidade de tinta a ser
pressora matricial, dentre elas, a baixa quali- usada, assim, no programa (normalmente o
dade de impressão e de resolução, que Windows) existe a opção de diferentes con-
prevalecem sobre as vantagens, tornando-a figurações para impressão em rascunho ou
um equipamento pouco utilizado para textos impressão definitiva.
corriqueiros. ● Um cartucho pode ser guardado por
até um ano, quando lacrado. Assim que for
Dicas de utilização e manutenção aberto, pode ser utilizado no prazo de seis
meses, em média.
● Utilize apenas fitas de impressão e ● A cabeça de impressão da impressora
papéis indicados pelo próprio fabricante. pode ser limpa de acordo com as instruções
● Se precisar girar a manopla de im- do manual que a acompanha.
pressão, desligue antes a impressora. ● A impressora nunca deve ser desli-
● Não há necessidade de limpar o inte- gada pelo estabilizador ou pela tomada. Ela
rior da máquina. Em caso de extrema neces- tem uma tecla apropriada para isso. Ao ser
sidade, use um aspirador de teclados com desligada adequadamente, a cabeça de im-
ponta plástica. pressão retorna à posição de repouso.
● Ao utilizar papéis com mais de uma ● Se a impressora puxa mais de uma
via, acerte a alavanca do número de vias. folha por vez, procure ventilar as folhas. A
● Muitas vezes, é preciso regular ma- umidade pode grudar uma folha na outra.
nualmente a posição de início do formulário ● Não utilize cartuchos recarregados. Às
de etiquetas. Consulte o manual para evitar vezes, o líquido usado para recarga pode não
problemas. atender às necessidades do equipamento e
pode danificar a cabeça de impressão.
Impressoras Jato de Tinta
Impressora a Laser
Vantagens
Vantagens
As impressoras jato de tinta são silen-
ciosas e apresentam melhor relação custo/be- A qualidade de impressão de uma im-
nefício, pois permitem a realização de pressora a laser é a melhor que se pode al-
trabalhos com qualidade satisfatória a um cançar, a uma velocidade extremamente
custo aceitável. satisfatória.
Comunicação e Expressão - Aula 2 85 Instituto Universal Brasileiro
O custo de impressão por página é mais Fac-símile
baixo que o de uma impressora jato de tinta.
Embora o cartucho de toner tenha um custo Aparelho de fax
alto, sua produção é de até 1500 páginas, en-
quanto que o cartucho de jato de tinta, em É o equipamento que reproduz docu-
média, produz, aproximadamente, 400 páginas. mentos a distância, através da linha telefônica.
Consiste, usualmente, em um aparelho capaz
Desvantagens de captar a imagem digital do documento a ser
reproduzido e transmiti-la a outro aparelho si-
É um equipamento de custo elevado e, milar, que imprime uma cópia em papel.
portanto, algumas vezes, inacessível. Mais conhecido como aparelho de fax,
uma abreviatura de fac-símile, quando colocada
Dicas para utilização e manutenção numa máquina de fax, a imagem original é de-
composta por um dispositivo de transmissão e
● O cartucho de toner não deve ser ex- convertida em sinais elétricos codificados.
posto à luz por muito tempo.
● Ao instalar um novo cartucho de Os fax, atualmente, apresentam:
toner, a impressora deve ser regulada para
utilizá-lo com pouca intensidade. Após • velocidade mínima de transmissão.
algum tempo de uso constante deste toner, • qualidade de imagem.
deve-se aumentar a intensidade de utiliza- • corte automático do papel.
ção do toner. As impressoras possuem esse • relatório que informa as condições em
dispositivo. que se deu a transmissão.
● Antes de substituir um cartucho de • facilidade de operação do equipa-
toner, é recomendável retirá-lo da impres- mento.
sora e sacudi-lo para espalhar melhor o
• presença de funções que garantem a
toner restante no cartucho. Desta forma,
confiabilidade sobre as informações transmi-
quase sempre se consegue prolongar a vida
tidas.
útil do cartucho.
● Caso o papel fique preso na impres-
sora, o equipamento deve ser desligado antes
de removê-lo, o que deve ser feito com cui-
dado, pois alguns componentes podem estar
quentes e, com isso, provocar queimaduras.

Faxmodem

É uma placa colocada no computador


que possibilita o envio e recebimento de fax
através do computador.

Comunicação e Expressão - Aula 2 86 Instituto Universal Brasileiro


Vantagens não é verdade. Se a impressora for indevida-
mente utilizada como copiadora, irá se des-
• Não é preciso investir na compra de um gastar acima do previsto, proporcionando, em
aparelho de fax. última análise, um custo maior por cópia.
• Não ocupa espaço. Normalmente, a empresa copiadora (ex-
• Não há necessidade de impressão do terna) ou setor de cópias (interno) também
documento a ser transmitido. mantém serviços de reprografia: encaderna-
ção, plastificação, fotocópias, microfilmagem
Desvantagens (reprodução, com redução de documentos em
filme fotográfico), heliografia (processos de
• Só permite o envio de textos digitados decalque fotográfico de desenhos a traço,
ou escaneados. plantas, mapas) e alguns outros agregados.
Por quê? Porque muitas vezes, um serviço
completa o outro e, além disso, a copiadora
que presta serviços adicionais para o cliente
está saindo na frente das outras em termos de
qualidade.

Comunicação Rápida

Quanto a mensagens, houve um tempo


em que se usava, nas cartas comerciais, um
estilo prolixo. Abusava-se de vocabulário so-
fisticado, clichês e subterfúgios. No mundo da
tecnologia, as correspondências mais usadas
são o e-mail, o memorando (ou comunicação
Copiadora interna) e a comunicação do ramo imobiliário.

Correio eletrônico ou e-mail

Fazer redações rápidas é quase como


falar de improviso: requer criatividade e “ajuste”
à situação. Toda comunicação rápida tem,
No Brasil, as primeiras máquinas copia- como característica, não só a urgência mas
Máquinas copiadoras

doras surgiram em 1965. Até 1990, o mercado também o “adiantamento” da ação do redator
contava, basicamente, com máquinas disponi- para aproveitar oportunidades, evitar esqueci-
bilizadas pela Xerox do Brasil. Após a abertura mentos ou mesmo aborrecimentos futuros.
do mercado nacional à economia externa, a Apesar de permitir a improvisação, as
tecnologia desenvolvida nos Estados Unidos, correspondências rápidas precisam estar ade-
nos países europeus e no Japão passou a se quadas à situação, ao assunto, ao nível de co-
fazer presente no Brasil, e assim, várias mar- nhecimento do leitor e ao veículo utilizado para
cas começaram a ser importadas. transmitir, convenientemente, a mensagem.
As tecnologias de comunicação a distância
A copiadora representa a solução para evoluíram tanto que já se pode trocar correspon-
reproduzir a informação – a uma velocidade dências praticamente em tempo real . Nesta ca-
maior e na quantidade prevista para cada mo- tegoria, destacamos o e-mail, correio eletrônico
delo – a um custo menor do que o oferecido em inglês. O e-mail desempenha papel estraté-
pela impressora. gico, a ponto de substituir gradativamente as for-
Muitas vezes, um usuário mal orientado mas usuais de comunicação. Ela conjuga a
pode achar que uma substitui a outra, mas isso agilidade do telefonema com a possibilidade de
Comunicação e Expressão - Aula 2 87 Instituto Universal Brasileiro
passar enorme quantidade de informações. Os e-mails, assim como ligações telefô-
O e-mail, como ficou mais conhecido, tor- nicas, nem sempre são privados. Por isso,
nou-se ferramenta indispensável para a co- antes de enviar uma mensagem, verifique se o
municação dentro e fora da imobiliária. Além endereço do destinatário está correto. Um erro
de se economizar com os gastos de correio, no endereçamento pode fazer com que a men-
pode-se enviar ou receber mensagens e ou- sagem chegue a muitas pessoas.
tros documentos via Internet, desde artigos,
avisos, cartas, estatísticas, imagens, propa-
gandas, propostas, relatórios etc.
Comunicar-se pela Internet já se tornou
uma rotina não só particular como também
para profissionais das mais diversas áreas
e/ou atividades. Através da Internet, as pes-
soas têm “conversas” on-line, pesquisam, dão
Linguagem em mensagens

sua opinião, fecham negócios etc. ►Não faça abreviações como: vc (você),
Através de um computador, essas men- q/ (que), pq (porque, porquê, por quê, por que),
sagens são transmitidas a outros computado- p/ (para) e outras.
res conectados à rede por meio de um servidor
de correio situado no provedor que exerce as ►Evite usar “Bom dia”, “Boa tarde” ou
funções semelhantes às de separação e dis- “Boa noite”, pois você não sabe o momento em
tribuição de correspondência executadas pelos que o destinatário verá a mensagem. A men-
correios tradicionais. sagem, como já vimos, deve exprimir clara-
“O valor de uma imagem positiva e de
mente o que o emissor quer transmitir; ou seja,
destaque será um passo importante para pro- ela precisa ser objetiva, concisa e escrita em
clamar sua diferença.” linguagem culta.

►Quando a mensagem for profissional,


ela deve ser sempre formal. Inicie-a com “Pre-
zado Senhor” ou “Prezada Senhora” (para
todos os clientes externos e para os clientes
internos que exerçam cargos de hierarquia su-
perior ao seu) ou Caro Cliente (se desejar es-
tabelecer certa intimidade). Finalize-a com
“Atenciosamente” (este não existe abrevia-
tura), e depois o nome de quem assina e
cargo, caso haja necessidade.

Como redigir e-mail ►Quando destinada aos clientes inter-


nos, pode dispensar a formalidade. Assim fi-
Seja específico, defina bem a redação do nalize-a com “Grato” ou “Obrigado” (para
“assunto” (subject) do e-mail. Recebem-se mui- homens), “Grata” ou “Obrigada” (para mulhe-
tas mensagens diariamente e é importante saber res) e “Gratos” (para mulheres e homens).
do que tratam e se não relevantes. Feito isso, es-
quematize o que você quer dizer e escreva livre-
mente. Releia o que escreveu e “delete” o que
for inútil. Tenha coragem de cortar. Faça uma re-
visão gramatical e observe se as palavras utili-
zadas estão de acordo com o contexto a que a Responda a seus e-mails em, no má-
mensagem se refere. Formate o texto com fontes ximo, 24 horas.
legíveis e de tamanho não inferior a corpo 10.
Comunicação e Expressão - Aula 2 88 Instituto Universal Brasileiro
O Corretor e o Cliente
Interno e Externo
Não importa o grau de instrução, classe
social, faixa etária. Todos são clientes – in-
ternos ou externos – e têm direito a uma res- A instantaneidade do e-mail dispensa
posta clara e profissional. Responda alguns formalismos da carta. Seu tom deve
precisamente ao que foi perguntado. Impre-
ser coloquial, sem ser vulgar.
cisão gera sempre trabalho dobrado, pois a
resposta incompleta gera novo e-mail. Além
disso, não perca o controle sobre a quanti- Etiqueta na Comunicação Rápida
dade de informações. Se você passar infor-
mações que o cliente não pediu, pode criar Netiqueta – a elegância na internet
problemas que ele não tinha. Mantenha
aberto o canal de comunicação com outras 1. Na linguagem escrita, a elegância
áreas. Como ninguém escreve sobre o que também é fundamental. Vale lembrar que li-
não sabe, peça orientações por escrito, com damos com pessoas o tempo todo e, é
base para suas respostas. claro, pessoas gostam de ser tratadas com
respeito e consideração. Regras de boas
maneiras tornam mais agradável o convívio.

2. As escrever, não só devemos como


podemos mostrar refinamento e cultura,
sem cair no excesso de formalidade e es-
nobismo. O importante é convencer, não im-
pressionar. A palavra é o poderoso veículo
de comunicação e é com essa finalidade
que ela deve ser explorada.

3. Mensagens rápidas são as que


mais “desafiam” o bom emprego da eti-
queta. E como ser virtualmente elegante e
como se comportar na rede mundial de
computadores?

Em seus e-mails, procure também ser


diplomático. Nada que o cliente diga é
contra você especificamente. Por isso,
mantenha sempre uma atitude positiva.
Tente em sua resposta citar trechos do e-
mail do cliente, o que fará sentir-se res- Netiqueta é a forma “aportuguesada”
peitado. Em vez de “Em resposta a seu da contração da palavra em inglês “Net-
pedido, informamos que...”, escreva “Em Work Etiquette”, que dá a ideia de: “Tra-
resposta a sua solicitação sobre os valo- balhando com etiqueta na internet”.
res dos imóveis, informamos que...”. Se o Verifica-se, então que, Netiqueta nada
cliente está certo, paciência. Um bom pe- mais é do que regras de conduta na Inter-
dido de desculpas pode funcionar. Além net e normas de bom senso para a convi-
disso, foco no leitor, clareza, concisão, vência de usuários na rede mundial de
precisão vocabular, e, expressivamente, computadores.
uma dose de persuasão.
Comunicação e Expressão - Aula 2 89 Instituto Universal Brasileiro
É estabelecido um padrão de compor- em uma carta escrita, com todas as suas for-
tamento desejável pelos e para os internau- malidades, é preciso observar a acentuação,
tas, tanto para a esfera profissional quanto pontuação e tempos verbais. Em seguida, re-
pessoal. visar a mensagem à procura de erros ortográ-
A forma de comunicação por correio ficos e de digitação antes de enviá-la.
eletrônico tem contribuído para instaurar Delimite os parágrafos com espaço entre
uma revolução nas comunicações, elimi- os blocos, pois, com isso, o texto fica mais or-
nando fronteiras, diminuindo distâncias, agi- ganizado e fácil de ler.
lizando contatos, viabilizando soluções. Quando enviar a mesma mensagem para
Dessa forma, o tráfego funciona de maneira mais de um destinatário, mandar sempre com
globalizada e em ritmo surpreendente. cópia oculta na linha CCO (com cópia oculta) ou
A ordem é ser o mais claro e enxuto pos- BCC (Blind Carbon Copy ou cópia oculta, em por-
sível diante da comunicação feita por meio da tuguês), para que ninguém saiba o endereço dos
Internet. Ela é uma grande poupadora de demais, pois os nomes não aparecerão para quem
tempo, mas não se pode esquecer da boa es- recebe, evitando, assim, os famigerados spans.
crita e da formalidade no mundo dos negócios. Mandar anúncios comerciais (malas dire-
Deve-se utilizar o computador com res- tas) via rede também é considerado um ato de-
peito e consideração a terceiros. Seja educado selegante. Evite, também, enviar imagens ou
e trate as pessoas do outro lado com empatia, slides porque eles sobrecarregam a rede e tor-
ou seja, agir de maneira como pretende ser nam as comunicações lentas.
tratado. O indivíduo será conhecido pelo que Alguns autores sobre netiqueta afirmam
escreve e essa será sua imagem pública. que em qualquer circunstância formal, não se
Ao utilizar o bom senso, é importante dispensa a carta escrita real (enviada por cor-
considerar que, a comunicação por meios ele- reio); outros defendem que uma carta pode
trônicos tem muita das suas regras baseadas ser redigida e enviada por e-mail, desde que
naquelas permitidas para que as pessoas contenha todas as formalidades exigidas pela
vivam em sociedade. O fato de poder fazer de- norma culta da língua escrita.
terminada coisa não implica que a deva fazer. LEMBRE-SE:

• 95% dos e-mails são piadas, corren-


tes, propaganda indesejada e arquivos anô-
nimos com possíveis vírus. Só 5% são
informações que deveriam estar na rede efe-
tivamente. Assegure-se de que seus e-mails
se encaixem nesse grupo.
• Quando a quantidade de informações
for muito grande, prefira transformá-las em
arquivos anexados. Os textos do corpo da
mensagem sempre devem ser curtos.
• Evite utilizar expressões de emoção,
expressões onomatopeicas ou abreviaturas
nos e-mails profissionais.

Tecnologia para aumentar as vendas


A comunicação por meio de correio ele- A quantidade de ferramentas disponíveis
trônico deve, primeiramente, conter letras para o profissional de vendas é imensa. Para
maiúsculas com minúsculas, pois as palavras se ter uma ideia, você poderia ter algum dos
escritas somente com letras maiúsculas trans- dispositivos eletrônicos a seguir para ficar
mitem a impressão de agressividade. Como sempre conectado e disponível:
Comunicação e Expressão - Aula 2 90 Instituto Universal Brasileiro
• o seu telefone celular para as pessoas 2. Encoraje o bom relacionamento entre
que você quer ouvir e/ou ter contato indepen- os integrantes da equipe de vendas, produção
dente do lugar onde você está ou para navegar e administração.
na Internet e ver e-mails. 3. Comunique-se regularmente com a
• o seu PDA (Assistente Pessoal Digital) sua equipe.
para olhar o endereço da próxima reunião, ver 4. Medie conflitos internos antes que aca-
os e-mails, fazer anotações, conferir sua lista bem perdendo boas vendas.
do que fazer etc. 5. Tome medidas para resolver proble-
• o seu notebook para usar nos aeropor- mas assim que eles aparecerem, não depois
tos, para documentar as reuniões, as vendas que tiver perdido sua equipe.
que fez, ver seu e-mail, jogar, atualizar seu
software de gerenciamento de contatos e com-
pletar um relatório. Você iria, então, sincroni-
zar as informações com o seu PDA e estaria
pronto para o dia seguinte.
• um projetor digital para mostrar apre-
sentações em PowerPoint.

Algumas dicas finais para gerenciar


uma equipe de vendas vencedora

Ajude sua equipe a vender


1. Dê a ela as ferramentas e as tecnolo-
gias de que precisam para ter sucesso e ga-
nhar da concorrência.

AULA 2

1. Com a Intranet, a comunicação empresarial obtém uma série de benefícios. Mencione


um destes benefícios:

R:______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

2. Tipo de transação comercial feita especialmente através de um equipamento eletrônico,


como, por exemplo, um computador é chamada de:

a. ( ) e-mail
b. ( ) intranet
c. ( ) comércio eletrônico
d. ( ) exportação
Comunicação e Expressão - Aula 2 91 Instituto Universal Brasileiro
3. Para um bom desenvolvimento é preciso compreender a Tecnologia da Informática como um:

a. ( ) investimento
b. ( ) dispositivo
c. ( ) custo a mais
d. ( ) periférico

4. “Para ser um bom corretor virtual, é preciso conhecimento de informática, rapidez no


atendimento, determinação e boa comunicação”. Esta postura refere-se à

a) ( ) necessidade de comunicação rápida e eficiente com o cliente.


b) ( ) pesquisa para consultas de ferramentas na Internet.
c) ( ) venda em plantão, com atendimento personalizado.
d) ( ) falta de convicção do cliente.

5. Para mensagens comerciais, sobretudo, para as que são veiculadas pelos meios in-
formatizados, o ideal é usar

a) ( ) vocabulário sofisticado.
b) ( ) estilo prolixo e detalhado.
c) ( ) redações objetivas adequadas à situação.
d) ( ) clichês e subterfúgios que cativem os clientes.

TECNOLOGIA DA COMUNICAÇÃO

Atividade: Vamos exercitar a sua redação!


Enviar um e-mail para Sr. Roger Stefan, responsável pelo lançamento dos apartamentos
de um flat. Você solicitará reserva de uma sala para a reunião dos corretores de sua imobiliária
e informará todos os dados necessários para esta reserva.
Redija este e-mail baseando-se nos pontos importantes de todas as lições que aprendeu.

Comunicação e Expressão - Aula 2 92 Instituto Universal Brasileiro


Comunicar é fornecer ou trocar informa-
ções, ideias e sentimentos através das lingua-
gens: verbal (palavras faladas ou escritas) e
AULA 3
não-verbal (gestos, postura corporal, expres-
TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO são facial).

Quando nos comunicamos, é pre-


ciso ter em mente o seguinte conceito:
“Comunicação não é o que eu falo, e
sim o que o outro entende.”

A capacidade de comunicação é tão


importante para o mercado de trabalho
que, por vezes, chega a superar a exigên-
cia de capacidade técnica.

O redator empresarial deve utilizar, sem-


Comunicação: essencial nas pre, palavras, datas e valores precisos, co-
relações comerciais nhecer as expressões próprias do mundo dos
negócios. Caso contrário, ele dará a impres-
A habilidade de comunicação é requisito são de que a empresa em que trabalha é diri-
fundamental para o sucesso profissional e pes- gida por amadores.
soal. Hoje, com a agilidade do mundo e as mu- Assim, comunicar-se é condição para
danças rápidas ocorridas, quem não souber quem quer participar ativamente da história do
expressar-se de forma consistente e adequada mundo, para quem quer viver intensamente
fica à margem do processo de evolução do cada momento, não sendo meramente espec-
mundo. tador, mas sim atuante participante no pro-
cesso de evolução do mundo.

A comunicação deve ser inteligente

• Comunicar-se bem.
• Comunicar-se agradavelmente.
• Comunicar-se ricamente.
• Comunicar-se globalmente.

A pessoa que se expressa bem, fala com


desenvoltura e propriedade. Normalmente é
valorizada, passando credibilidade e cultura,
pois, se ficarmos atentos ao outro, teremos
sempre a oportunidade de ajustar a nossa co-
municação e ser um agente de qualidade
nesse processo.
Comunicação e Expressão - Aula 3 93 Instituto Universal Brasileiro
Algumas dicas essenciais para uma
comunicação eficaz

• Olhe nos olhos da pessoa com quem


estiver falando, pois isso demonstra atenção
pela pessoa e interesse pelo seu assunto.
►Segundo o filósofo e economista aus-
tríaco Peter Drucker, 60% de todos os proble- • Pergunte sempre se o assunto é urgente
mas administrativos resultam de ineficiência na e se outra pessoa poderá ajudar a resolvê-lo.
comunicação. Na prática essa estatística re- Isso demonstra iniciativa e responsabilidade.
mete o profissional de negócios imobiliários a
um grande desafio: o de transformar essa rea- • Caso a pessoa com quem estiver fa-
lidade, sendo capaz de comunicar-se bem com lando tenha um imprevisto no momento da co-
pessoas em qualquer nível, de maneira clara, municação e precisar resolver algum problema
objetiva e apropriada, sendo facilitador e con- naquele exato momento, peça licença, saia da
tribuindo para a construção de relacionamen- sala e lhe informe depois sobre o recado (caso
tos importantes para sua organização. não seja urgente).
►As principais habilidades da comunica- • Mantenha uma distância razoável da
ção são: ouvir (40%), falar (35%), ler (16%) e pessoa quando estiver falando. Nem muito
escrever (9%). Saber ouvir é essencial para longe, nem muito perto e não se esqueça do
nos comunicarmos com eficácia, uma vez que seu tom de voz: deve ser agradável e pausado.
mal entendidos podem causar problemas de
proporções gigantescas. • Não gesticule demais, pois isso desvia a
atenção de quem estiver lhe escutando.
Recursos Expressivos
• Ao se comprometer com algo relacio-
Falar nado à mensagem informada, faça tudo con-
O falar nos dá mais naturalidade, uma forme o combinado. Se algo sair errado,
vez que usamos de recursos corporais para comunique imediatamente ao interessado.
aprimorar a linguagem: temos o tom de voz, as
expressões faciais, movimentos de mãos etc. • No momento do recebimento da men-
E não somos tão criteriosos com relação à gra- sagem/recado, anote-o de forma clara e in-
mática quando falamos. forme-o ao interessado.

Ler • Ao anotar um recado, faça-o de forma


A leitura nos propicia incontáveis benefí- legível, evite erros de Português, coloque o dia,
cios: riqueza de vocabulário, memória visual, hora, nome e telefone de contato da pessoa e
criatividade, flexibilidade, facilidade para es- o assunto, se souber.
crever, e ainda, os imensuráveis conhecimen-
tos culturais adquiridos através da leitura. • Evite o “achismo”. Só se limite a infor-
mar exatamente a mensagem que recebeu.
Escrever
E na hora de escrever.... desespero! A • Não se esqueça também de anotar o re-
gramática grita por regras e exceções, o vo- cado em um bloco. Quantas vezes seu colega
cabulário é restrito, flexões de verbos são apagou a mensagem sem querer, perdeu o bi-
desconhecidas... O cuidado com a comuni- lhete com o recado ou ligou da rua perguntando
cação é sinônimo de cuidado com a sua evo- novamente sobre o assunto? Lembre-se: Você
lução profissional e pessoal, então...mãos à não deve confiar apenas na memória.
obra!
Comunicação e Expressão - Aula 3 94 Instituto Universal Brasileiro
Redação Empresarial As mensagens que circulam no meio
empresarial, normalmente, têm uma função
Quando redigimos em uma situação de prática: são construídas para informar o re-
comunicação pessoal, há uma preocupação de ceptor sobre um tema específico. A lingua-
sermos claros e de nos expressarmos adequa- gem deve ser formal, correta, do ponto de
damente, para que nosso interlocutor receba e vista gramatical e direta, recorrendo a pala-
entenda exatamente o que queremos transmitir. vras do dia-a-dia, que facilitam a compreen-
No caso da redação empresarial, a si- são do leitor.
tuação sai da individualidade. Sua responsa- Para ser direto, o autor da mensagem
bilidade agora é preocupar-se com uma relata apenas as informações pertinentes ao
mensagem que será produzida por uma orga- assunto em pauta. A leitura de uma corres-
nização. Não podemos correr o risco de, a um pondência obriga o leitor a interromper seu
simples erro, manchar a imagem da empresa. trabalho. Portanto, se o emissor não for di-
reto ao tema, o leitor poderá não dar a de-
vida importância, arquivar ou descartar a
mensagem.

Algumas necessidades
quanto à linguagem

• Simples, evitando-se preocupação


com enfeites literários.
• Atual, isto é, inteligível à época pre-
sente.
• Precisa, a saber, própria, específica,
objetiva.
• Correta, com exata observância das
normas gramaticais.
Quando se escreve dentro de uma insti- • Concisa, informando com economia
tuição, há de se considerar o fato da empresa de palavras.
interagir com seus funcionários, públicos in- • Impessoal, com o máximo de objetivi-
ternos e externos. Este tipo de redação exige dade, pois a carta comercial não é lugar ade-
conhecimento e respeito às políticas organi- quado para manifestações subjetivas e
zacionais diante dos fatos relativos à comu- sentimentais.
nicação em geral, mesmo que seja uma peça • Fazer uma diagramação que valorize
de comunicação interna, que, aparentemente, o texto, que seja estética e funcional.
não se exterioriza. Empresas modernas estão
abandonando sua "comunicação dirigida es-
crita" de moldes antigos de redação. Grandes O estilo da comunicação técnica moderna
complexos corporativos possuem um Manual Originalidade
de Redação para que haja uniformidade na
comunicação escrita. Como adquirir o estilo empresarial?
Os textos criados pela empresa, quando
expedidos, refletem sua imagem. A credibili- 1º Conhecendo o vocabulário utilizado no
dade, boa impressão e, por consequência, mundo dos negócios.
bons relacionamentos, podem ser arranhados 2º Lendo com atenção tudo o que rece-
pela emissão de uma carta mal redigida, rasu- bemos ou enviamos.
rada, sem clareza, ou, o que é pior, com algum 3º Simplificando a redação: cortar a re-
erro de ortografia. petição de ideias e palavras.
Comunicação e Expressão - Aula 3 95 Instituto Universal Brasileiro
2. Visualize quem vai receber a carta

• Quem vai ler a carta?


• É uma pessoa com quem já se fez contato?
• Minha comunicação foi fluente e clara?
O escritor francês, George-Louis Le- • Não abusei de palavras supérfluas?
clerc, conde de Buffon, em seu Discurso • Fui objetivo?
sobre Estilo, diz: “Para escrever bem, é • Usei um vocabulário comercial?
preciso conhecer perfeitamente o as- • O que o cliente já conhece do assunto?
sunto: é preciso refletir bastante sobre o (A quantidade de informações vai depender do
assunto para ver claramente a ordem de que a pessoa sabe).
seus pensamentos”. Em resumo: o estilo
é a originalidade de cada um expressa em 3. Utilize expressões gentis
palavras. E se adquire com ampliação do
vocabulário, conhecimento de gramática Mesmo que a sua opinião não seja a
e leitura constante. mesma que a do cliente, expressões gentis
são sempre recomendáveis. Com clareza, ob-
Como escrever melhor jetividade e cortesia, você poderá agradecer
uma providência ou reclamar de uma merca-
1. Planeje a redação doria sem afetar os sentimentos do cliente.

Boas ideias podem tornar-se incompreen-


síveis devido ao excesso de palavras, enquanto
que vocabulários simples e claros asseguram
melhor entendimento. A carta deve ser, inicial-
mente, planejada, pois o tempo é o elemento
mais importante na sua execução e, quando bem
O cuidado na comunicação escrita
elaborada, exigirá um mínimo de reorganização.
“Caso os senhores queiram dar conti-
Faça um esboço, listando e organizando
nuidade ao processo, colocamos o Departa-
suas ideias e argumentos:
mento Jurídico da empresa à disposição.”
Lembre-se: o que está escrito não pode
• Reflita sobre suas ideias. Decida o que
ser apagado. Você não está ao lado do
você quer dizer e a ordem em que vai dizer.
cliente para dizer-lhe: “Não fique nervoso;
• Anote os pontos sobre os quais quer
não foi bem isso que eu quis dizer...”.
tratar e disponha-os em sequência lógica.

Parágrafo de abertura. Vá direto ao as- Eis algumas palavras e expressões que


sunto, indicando o que virá em seguida. Ex- podem causar um efeito negativo no seu
prima: agradecimento, satisfação, pesar, cliente:
cooperação, resposta etc. • Absurdo!
Corpo da carta. Dê informações com- • Com respeito ao problema
pletas. Divida-as em parágrafos, para que • Despreparo
“atraiam” e mantenham o interesse daqueles • Falha (falha é para computador; pes-
que a leem. soas cometem equívocos)
Parágrafo de conclusão. Deve mostrar • Ineficiência
claramente qual atitude que você deseja que o • Permita-nos lembrá-lo (ninguém gosta
leitor tome. Se a sua mensagem estiver com- de ser lembrado)
pleta, é desnecessário o parágrafo de fecho. • Prematuro
Basta terminar com um “atenciosamente” ou • Superficial
“cordialmente”.
Comunicação e Expressão - Aula 3 96 Instituto Universal Brasileiro
4. Evite palavras e expressões desne- 2. Anexo à presente...
cessárias Se está anexo, só pode ser à presente; de
outra forma, você diria por qual via foi remetida.

3. Anexo segue
Use um ou outro: Anexo ou segue.

4. Em anexo
A construção está incorreta. A palavra
Cumpre nos informar que sua duplicata anexo é um adjetivo, portanto, concorda em
Use termos adequados

foi quitada no Banco X. gênero e número com o substantivo a que se


Prefira: Sua duplicata foi quitada no refere. Anexo vem do latim annexus, que sig-
Banco X. nifica junto com. Quando você utiliza em
anexo, está dizendo em junto com.
Durante um período de dez dias... Exemplos: Envio a carta anexa.
Prefira: Por dez dias... Os prédios anexos ao central,
Anexas lhes encaminho as citações.
Haverá uma incidência de juros à razão
de 8,5% 5. Anteriormente/anterior
Prefira: Incidirão juros de 8,5%... Em suas cartas, procure determinar o
tempo por meio de data.
A simplificação na comunicação técnica Veja: Conforme nossos entendimentos
anteriores ...
Não se esqueça de que a vida mo- Prefira: Conforme nossos entendimen-
derna nos leva à rapidez e que, portanto, tos de 21-11-07
sua correspondência deve seguir este ritmo.
A comunicação deve ser de fácil leitura: pe- 6. Aproveitamos a oportunidade...
ríodos curtos, sem palavras ou expressões Cuidado com esta expressão. Só apro-
que em nada contribuam para o entendi- veite a oportunidade para informar mais al-
mento do texto. guma coisa ou cumprimentar seu leitor por
algum evento, promoção etc.

7. Através desta...
Tire da sua correspondência esta ex-
pressão tão desgastada.
Só pode ser através desta!
Prefira: Solicitamos a V.S.as...

8. Com a presente...
Entre direto no assunto. Só pode ser com
a presente!

9. Limitados ao exposto
Relacionamos a seguir alguns Se você está limitado, não avise seu lei-
exemplos de palavras e expressões ob- tor; termine, simplesmente, com um:
soletas que devem ser evitadas na sua Atenciosamente.
comunicação:
10. Sem mais / Sem mais para o mo-
1. Acusamos o recebimento de... mento / Sem outro particular
Prefira: Recebemos Se você não tem mais nada a dizer, não diga!
Comunicação e Expressão - Aula 3 97 Instituto Universal Brasileiro
Encerre simplesmente com um: Atencio-
samente. Dicas para finalizar a sua comunicação
Nem toda carta precisa de fecho.
• Agradecemos a atenção...
11. Um cheque no valor de R$ 110.000,00
• Por mais esta gentileza, agradecemos...
(cento e dez mil reais)
Elimine o termo no valor • Ficamos na expectativa de suas notícias.
Redija: Um cheque de R$ 110.000,00 • Esperamos uma breve resposta.
(cento e dez mil reais) • Aguardamos um breve pronuncimento.
• Ficamos ao dispor de V.S.as para as pro-
12. Vimos, através desta, agradecer os vidências necessárias.
elogios ao trabalho desenvolvido por nossa • Temos certeza da compreensão de
equipe V.S.as.
Agradecemos os elogios ao trabalho de • Nossos sinceros agradecimentos.
nossa equipe ou
• Agradecemos a pontualidade de V.S.as.
Agradecemos os elogios à(a) nossa
equipe. • Agradecemos, aguardando seu pronun-
ciamento.
Dicas para iniciar a sua comunicação • Estamos certos de que esclarecemos o
assunto.
• Devolvemos-lhe; recomendamos-lhe, re- • Pedimos desculpas pelo ocorrido.
metemos-lhe, informamos. • Esperamos continuar a merecer sua
• Informamos, encaminhamos, recebe- atenção.
mos, consultamos. • Solicitamos tomar as providências que
• Informem-nos sobre...
forem cabíveis.
• Estamos interessados em...
• Pedimos escusas pelo aborrecimento.
• Gratos por sua (carta, solicitação ou en-
comenda). • Esperamos execução urgente.
• Em nossa última reunião... • Providenciaremos a execução com a bre-
• Aguardamos notícias... vidade possível.
• Agradecemos imediatas providências sobre... • Podem contar com a nossa colaboração.
• Agradecemos pelo... • Ficar-lhe-emos muito gratos por esta
• Apreciaríamos muito. gentileza.
• Quando ligamos para sua firma... • Com essa remessa, fica saldada nossa
• Ficamos chocados ao saber...
conta.
• Ao consultar nossos registros...
• Deve haver um motivo...
• Os nossos clientes são...
• Gostaríamos de cooperar com V.S.as.
• Lamentamos que por...
• Gratos por sua carta, explicando ou por
nos terem informado...
• A fim de que tomem as devidas provi-
dências ou que seja providenciado...
• De acordo com a proposta apresentada...
• Em atenção a sua carta...
“Antes da batalha, o planejamento

• Solicitamos a fineza de... ou que nos en-


é tudo. Assim que começa o tiroteiro,
viem...
planos são inúteis”.
D. Eisenhower, ex-presidente dos EUA
• Recebemos sua carta de...

Comunicação e Expressão - Aula 3 98 Instituto Universal Brasileiro


Vícios de Linguagem sejam muito utilizadas na língua oral, evite-as.
Prefira: Vamos ligar... e Faremos...
Os vícios de linguagem devem ser conheci-
dos para que seu uso seja evitado. Vejam alguns: 7. Pleonasmo vicioso: É a repetição de uma
ideia com palavras diferentes, tornando esta idéia
1. Barbarismo: São as palavras emprega- redundante. Exemplos: Entrar para dentro, sair
das com erro na sua grafia, pronúncia ou forma. para fora, abertura inaugural, abusar demais, aca-
bamento final, agrupados conjuntamente, anexo(a)
Incorreto Correto junto a carta, a seu critério pessoal, cada indivíduo
isoladamente, certeza absoluta, conviver junto, elo
rúbrica rubrica de ligação, em minha própria opinião pessoal, en-
carar de frente, planejamento antecipado, repetir
excessão exceção outra vez, retornar de novo, surpresa inesperada.
cidadões cidadãos
Estruturas de Redação Empresarial
Constituem também barbarismos a troca O que tem motivado tantas mudanças na
de parônimos (eminente por iminente, diferir comunicação empresarial, segundo estudiosos
por deferir etc.), o emprego de estrangeirismos do assunto são: a economia de tempo para ser
desnecessários (menu em vez cardápio). ler ou escrever tantas informações e a alta pro-
dutividade. Para acompanhar essa evolução, a
2. Ambiguidade: É o som desagradável redação precisou ser reestruturada até mesmo
produzido pela junção de palavras, produzindo pelos limites físicos do ser humano que preci-
palavra ridícula ou até obscena. Exemplos: Ela sam acompanhar as novas exigências.
tinha chegado atrasada à reunião (latinha) / Ela Desta forma, as empresas estabelecem suas
ganha até quatro mil por cada trabalho (por- normas para a tramitação das informações, tendo
cada) / Você reparou na boca dela? (cadela). em vista cultura interna, valores e até fluxograma.
A comunicação empresarial passou a ser si-
3. Arcaísmo: É o erro ao usar palavras ou nônimo de marketing da empresa. É a comunica-
expressões que já caíram em desuso. Exemplo: ção empresarial que traz a imagem da organização
Não procrastines (transferir para outro dia; adiar). ao público tanto interno como externo. Relatórios,
memorandos, circulares, cartas etc. fazem parte
4. Má colocação das palavras: Gera desta troca de mensagens que dão movimento à
sentidos indesejáveis. Exemplo: Precisa-se comunicação documental das organizações.
de secretária para empresa de grande porte
que fala inglês fluentemente (quem fala inglês
fluentemente, a secretária ou a empresa).

5. Prolixidade: Texto muito longo que


causa dispersão. Exemplo: Viemos, por meio
desta, solicitar a colaboração de todos os funcio-
nários no sentido de apagarem as luzes quando
deixarem o ambiente de trabalho. Outrossim, pe-
dimos que o mesmo seja feito quando termina-
rem de usar a copa.

6. Gerundismo: Vamos estar ligando para


todos os clientes. Estaremos fazendo uma reu-
nião para discutir os problemas. As expressões
sublinhadas indicam continuidade. Embora
Comunicação e Expressão - Aula 3 99 Instituto Universal Brasileiro
Carta - importância e características Cada empresa adota um padrão, muitas
vezes, o timbre, que é também conhecido
A habilidade de escrever cartas é, sem como logomarca da organização, fica no lado
dúvida, a melhor e mais convincente propa- esquerdo, no alto da folha e o endereço no
ganda do homem de negócios. Muitos exe- lado direito ou no rodapé.
cutivos de sucesso dominam as técnicas de
comunicação verbal, mas negligenciam a Número de controle: Facilita o controle da
escrita. correspondência, follow-up e arquivamento. Geral-
A carta comercial não só é um instru- mente, vem acompanhado de uma sigla do de-
mento de comunicação no relacionamento co- partamento ou setor e, às vezes, do ano em que a
mercial como também é a imagem de quem carta é expedida. Assim: SBPC 397/01.
ela representa. Além do conteúdo, é necessá-
ria boa apresentação (formato/digitação/papel) (Local) Data: Modernamente, o
para provar, no primeiro contato, uma impres- local antes da data tem sido suprimido.
são de ordem, organização e competência. Parte-se do princípio de que o papel é tim-
Ao lerem uma correspondência mal- brado e tem, no seu rodapé, todo o ende-
feita, com erros gramaticais, os clientes reçamento, inclusive o local em que está
podem ter a impressão de que o serviço ofe- situada a organização.
recido por aquela organização não seja da
melhor qualidade. Data: Não se esqueça de datar. A data
Recomendamos que o profissional de ne- também é a referência do seu cliente.
gócios imobiliários busque reciclagem cons- Quando você escreve a um cliente, indique
tante das técnicas de redação e gramática. sempre dia, mês e ano. Atenção: Coloca-se
dia e mês (sem o zero à esquerda; o correto
Estrutura e programação é: 2 de janeiro de 2007).
visual da carta
Quando a data for mencionada no meio
Os tipos estéticos mais utilizados são do texto, ela é escrita de forma reduzida.
aqueles que facilitam o trabalho, sem entrada Assim: Respondendo sua carta de 2-1-07.
de parágrafos, sem divisão silábica no fim da
linha, com todas as frases alinhadas na mar- Observação: Segundo o autor Adalberto
gem esquerda. J. Kaspary do livro Redação Oficial, para se-
Um dos documentos que mais sofreu in- parar os elementos de uma data (dia, mês e
fluência dos modelos americanos foi a carta, ano), é preferível usar o hífen, que proporciona
tanto na forma quanto no estilo. maior clareza gráfica do que o ponto (.) ou a
No início da década de 1960, o modelo barra diagonal (/).
utilizado era o chamado endentado ou semi-
bloco, por causa das aberturas de parágrafos. Nome do mês sempre em minúscula.
Em meados da década de 1980, a estética so- Em português, não grafamos os meses com a
freu variações assumindo o estilo bloco com- primeira letra maiúscula. Portanto, o correto é:
pacto, assim, adotaremos a programação São Paulo, 2 de janeiro de 2007.
visual americana – a mais empregada em todo
o mundo, usada até os dias atuais. Observação: No ano, não há ponto
nem espaço depois do milhar: 2007 (não
Componentes da carta comercial 2.007 ou 2 007). Depois da data, ponto final:
São Paulo, 2 de janeiro de 2007.
Timbre e Endereço: Normalmente, a
empresa imprime a natureza de sua atividade Destinatário: Não se utiliza mais
como: endereço, caixa postal, número telefô- À/Às/Para ou Ilmos. Srs. antes do nome do
nico, fax, cidade e Estado, e-mail/site etc. destinatário. Basta que você coloque o nome
Comunicação e Expressão - Aula 3 100 Instituto Universal Brasileiro
da empresa ou pessoa a quem a carta se des-
tina, somente com a primeira letra maiúscula. Cuidado, também, para não empregar
Outra atualização é você não colocar ende- A/C dentro da carta (A/C = aos cuidados).
reço, caixa postal, CEP etc. Além de ser con- Esta abreviatura é empregada somente no
siderado descortês, pois seu cliente tem plena envelope quando uma terceira pessoa está
consciência de onde se encontra, é um des- envolvida na transmissão da informação: ela
perdício de tempo. Estas informações você as recebe a carta e a encaminha a quem ela
colocará no envelope para o correio ou entre-
está destinada.
gador. O único caso que permite a utilização
do endereço no próprio corpo da carta é
quando se utilizam envelopes janelados, nor- • Assunto e/ou Referência: É a sín-
malmente utilizados nas correspondências tese do conteúdo da carta, circular etc. Fa-
bancárias. cilita o registro para quem a recebe. A
descrição do assunto vem, às vezes, indi-
Observação: At. ou att.? Quando se cada em letras maiúsculas ou em negrito
para destacar. Não é obrigatório colocar a
quer dirigir a correspondência a uma pessoa
palavra Referência abreviada antes, pois
representante da organização, deve-se utili- essa posição na carta é a da referência, e o
zar a abreviatura At. Não existe, em portu- seu leitor sabe.
guês, att. Isto é um equívoco, talvez por Não confundir assunto com referência.
assimilação ao attention do inglês que, na Esta última menciona o número do documento.
verdade, se abrevia attn. Pode-se, também, Assim: Ref.: Sua Carta DC-32 de 2-2-2007.
utilizar a palavra atenção por extenso: À Exemplo:
atenção do Sr.... Assunto: Mau acondicionamento das
mercadorias.

• Vocativo (ou Invocação): Podem ser


utilizadas várias formas. Exemplos: Prezados
Senhores / Prezado Senhor; Senhores / Se-
nhor; Prezados Clientes / Caro Cliente /Caro
Amigo.
Mudanças no tratamento

Ilmos Srs.
Antes

XYZ & Cia. Ltda


At.: Sr. Fernando Marques
Rua João Capistrano, 1330
As cartas comerciais pertencem a um
CEP 01130-020 - São Paulo – SP
setor especial e importante; os técnicos
estão modernizando a correspondência de
XYZ & Cia. Ltda muitas empresas, eliminando frases inú-
Agora

At.: Sr. Fernando Marques teis, aconselhando a simplicidade. Há um


movimento visando arquivar o prezado,
XYZ & Cia. Ltda
Ou
muitas vezes absurdo. Por exemplo, por
Departamento de Arte
At.: Sr. Fernando Marques que se vai chamar alguém de prezado,
quando se vai queixar de que sua firma foi
XYZ & Cia. Ltda negligente em entregar um pedido?
Ou

À atenção do Sr. Fernando Marques


Comunicação e Expressão - Aula 3 101 Instituto Universal Brasileiro
• Assinatura do Responsável: Serve
para conferir a responsabilidade do que foi
escrito. O cliente tem o direito de saber o
nome da pessoa que assinou. Não faça com
que o leitor tenha de decifrar a assinatura.
Escreve-se o nome do emissor e logo
abaixo seu cargo. A assinatura é feita acima
do nome digitado. Assim:

(assinatura)
Joana Fernandes Azevedo (nome completo)
Diretora (cargo)

• Corpo da Carta (texto): É o assunto da Observação: Não se coloca traço sob a


carta, que deverá ser exposto de maneira assinatura, nem o nome da empresa que já
clara, objetiva e precisa, em parágrafos. A se- está no cabeçalho (se o timbre for com este
paração dos parágrafos, modernamente, fica nome de um grupo de empresas coligadas, es-
demonstrada por um espaço maior entre uma clarecer o nome junto da assinatura). Além do
linha e outra. nome de quem assina e a função que exerce,
nada mais deve ser colocado; evite-se o uso
A carta possui, em média, três parágrafos: do carimbo, que prejudica a programação vi-
sual. Portanto, dê espaços maiores para me-
1º Informação inicial (apresentação do tema) lhor visualização da assinatura.
2º Desenvolvimento do tema
3º Conclusão • Nome e cargo/função. À exceção das
letras iniciais, o nome civil e o cargo são escri-
O corpo da carta fica disposto mais ou tos em minúsculas. Nunca coloque o título
menos no centro do papel. Hoje é mais re- (professor, doutor, engenheiro) na frente do
comendado, em cartas, o sistema ameri- nome de quem assina, ou seja, do signatário.
cano, em que a margem não é feita por Se você quer que saibam que ele é en-
afastamento, e a mudança de parágrafo é genheiro coloque o registro do Conselho Re-
indicada apenas por espaços entre as li- gional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
nhas. Isso, porém, não significa que é o (CREA); se quer mostrar que é advogado co-
único sistema a ser usado no Brasil e tam- loque seu registro da Ordem dos Advogados
bém não é o único atual, pois a moderni- do Brasil (OAB). Assim:
dade na correspondência é caracterizada
muito mais pela linguagem, clareza, corre- Nildo Resende Filho
ção etc. Gerente Técnico
OAB nº 341245
• Despedida ou Fecho: É onde melhor
se nota a simplicidade porque vem pas-
Atenção: Gramaticalmente, o correto é
sando a carta comercial moderna. Os fe-
chos têm-se reduzido a Atenciosamente colocar a vírgula depois do nome do signatá-
(para autoridades de mesma hierarquia ou rio e ponto final depois do seu cargo ou fun-
de hierarquia inferior); Cordialmente (não ção. O que ocorre, porém, é que há uma
se deve usar porque vem do coração - deve simplificação e não são digitados os sinais de
haver intimidade); Atentamente (é fecho pontuação. A única vírgula (solta) é colocada
em Espanhol); Respeitosamente (para au- após o “Atenciosamente”. Esta vírgula solta
toridades superiores, inclusive o Presidente não tem sentido.
da República).
Comunicação e Expressão - Aula 3 102 Instituto Universal Brasileiro
• Anexos. É a enumeração dos papéis
que acompanham a carta; isto se a documen-
tação ainda não foi mencionada no corpo da
carta. Exemplificando:
Anexos: Circular DC 30/00
Tabela de Preços de dezembro/2007

Dicas importantes:

• A margem esquerda, em geral, será de 12 espaços; quanto à margem direita, não é ne-
cessária precisão, desde que mantenha um mínimo de estética.

• Quando se faz uma citação, são usadas as aspas: “Viver é muito perigoso”. G. Rosa. Ha-
vendo citação dentro de citação usar aspa simples: “Serve o equivalente ‘report’ ou qualquer
outro”.

• Ao escrever à mão, evite caneta vermelha ou verde; prefira azul ou preta.

• Nunca use PS (Post-scriptum = pós-escrito) ou Obs. (Observação) em cartas ou em e-


mails veiculadas na área profissional, só em família. Se esqueceu algo, reescreva o texto acres-
centando o que faltou.

• Quando houver mais de uma folha, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
determina que para indicar continuação, usar o sinal .../ a 30 mm do fim da primeira página a
quatro espaços (de máquina de escrever) da margem direita.

• As expressões “em tempo” e “digo” são utilizadas somente em Atas, no caso de haver omis-
são ou erro, verificado após a leitura.

• Não se sublinha o espaço entre as palavras (Ex.: ...mais aquilo que ele faz com o que lhe
sucede), nem o sinais de pontuação (Ex.: ...com a falta de matéria-prima.).

• Cópias: Quando você quer indicar que está enviando cópias da carta, use as abreviaturas “có-
pias” ou “com cópia” assim: c.: ou c.c:

• Pronomes pessoais de tratamento:


Vossa só é utilizado como pronome de tratamento – com quem se fala.
Ex.: Vossa Excelência decidiu corretamente.
Sua (abreviatura S.) – de quem se fala.
Ex.: Meus amigos, Sua Excelência não virá à nossa reunião.

Comunicação e Expressão - Aula 3 103 Instituto Universal Brasileiro


Programação visual da Carta

Estilo endentado ou semibloco

Década de
1960 a 1980

Observação
O estilo com entrada para o parágrafo está em desuso. Mas, em alguns casos, este es-
tilo é permitido. Sobretudo, quando se trata de uma correspondência mais formal, que exige um
visual mais clássico.

Características Gerais da Comunicação Comercial Moderna

• Uso de linguagem simples.


• Construção de frases curtas.
• Desuso de palavras desnecessárias.
• Respeito às normas da língua portuguesa.

Comunicação e Expressão - Aula 3 104 Instituto Universal Brasileiro


Estilo bloco compacto

Mais moderno, dada sua praticidade e economia de tempo.

Década de
1990 à atual

Comunicação e Expressão - Aula 3 105 Instituto Universal Brasileiro


Esquema de carta empresarial/comercial

(1) TIMBRE ou LOGOMARCA


(2) Endereço completo da empresa
(3) Nº de controle do documento
(4) Data com margem à esquerda
(5) Destinatário: nome da empresa ou da pessoa a quem se destina a correspondência
(6) Ref.: síntese do conteúdo da carta.
(7) VOCATIVO: expressão usada pela qual se dirije ao destinatário.
OBSERVAÇÃO: Pode-se usar dois pontos ( : ) ou vírgula ( , ) depois do nome.
(8) CORPO DA CARTA - CLAREZA, OBJETIVIDADE, PRECISÃO
Primeiro parágrafo - Apresentação do tema
Segundo parágrafo - Desenvolvimento
Terceiro parágrafo - Conclusão
(9) Despedida ou fecho
(10) ASSINATURA: sem traço - DOIS CHEFES ASSINAM: Superior à esquerda
(11) Anexos

AULA 3

1. Qual a característica que diferencia a redação empresarial?

R:_____________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

2. Qual a função prática das mensagens que circulam no meio imobiliário?

R:_____________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

3. Associe as definições correspondentes às características da linguagem que deve ser


utilizada em mensagens empresariais.

( 1 ) Simples ( ) Muito objetiva, específica e apropriada.


( 2 ) Atual ( ) Informa com economia de palavras.
( 3 ) Precisa ( ) Estética que valoriza o texto.
( 4 ) Correta ( ) Que pode ser entendida na atualidade.
( 5 ) Concisa ( ) Evita preocupações com enfeites.
( 6 ) Impessoal ( ) Observa as normas gramaticais.
( 7 ) Boa diagramação ( ) Sem manifestações subjetivas.

4. Quais as etapas que se deve seguir para escrever melhor?


R:_____________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Comunicação e Expressão - Aula 3 106 Instituto Universal Brasileiro
TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO

1. Com base na Aula 2 (Estrutura/Componentes da carta), verifique os exemplos de mo-


delos antiquado e moderno de comunicação empresarial, bem como suas características para
responder os dois exercícios abaixo:
Exercício 1: Defina quais são os problemas enumerados desta redação:

EXEMPLO DE MODELO ANTIQUADO DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

TIMBRE OU LOGOMARCA
Rua X - Porto Alegre - caixa postal, 47 - ...
Porto Alegre, 6 de novembro de 1996.

A (1)
Fernando de Barros & Cia. Ltda.
Av. Rio Branco, 123 - conj.7
Rio de Janeiro - RJ (2)

Att.: Sr. Fernando de Barros

Prezado Senhor,

(3) Em resposta à solicitação feita pelo escritório de V.S.a, representado, em nossa ci-
dade, pelo Sr. Marcelo Silveira, informamos que seguiram, via aérea, dez (10) (4) caixas dos
medicamentos pedidos.

(3) Outrossim (5), comunicamos que a duplicata no 0860133, no Banco da Amizade S.A.,
emitida por V.S.a, em 3 de outubro do corrente ano, já foi encaminhada em 29 de outubro (6)
p.p. (7) ao Departamento de Cobrança.

(3) Sem mais que se apresenta para o momento (8).

Atenciosamente (9)
_____________________ (10)
Tiago Almeida,

Diretor.

1. _____________________________________________________
2. _____________________________________________________
3. _____________________________________________________
4. _____________________________________________________
5. _____________________________________________________
6. _____________________________________________________
7. _____________________________________________________
8. _____________________________________________________
9. _____________________________________________________
10. ____________________________________________________
Comunicação e Expressão - Aula 3 107 Instituto Universal Brasileiro
Exercício 2: Defina quais são as mudanças citadas nesta redação moderna:

EXEMPLO DE MODELO MODERNO DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL E CARACTERÍSTICAS

TIMBRE OU LOGOMARCA

Rua X - Porto Alegre - caixa postal, 47...

C 017/2006 (A)

Porto Alegre, 6 de novembro de 1995. (B)

Fernando de Barros & Cia. Ltda. (C)

Envio da planta do edifício comercial e condições de pagamento (D)

Prezados Senhores,(E)

À solicitação feita pelo escritório de V.S.as, representado, em nossa cidade, pelo Sr.
Marcelo Silveira, informamos que seguiram, via aérea, dez caixas dos medicamentos pedidos.

Comunicamos que as condições de pagamento seguem em impresso anexo. (F)

Atenciosamente, (G)

Tiago Almeida, (H)

Diretor da Imobiliária Souza & Lima. (I)

Respostas:

A. ____________________________________
B. ____________________________________
C. ____________________________________
D. ____________________________________
E. ____________________________________
F. ____________________________________
G. ____________________________________
H. ____________________________________
I. ____________________________________

Comunicação e Expressão - Aula 3 108 Instituto Universal Brasileiro


mensagens ou documentos. É importante
classificar a correspondência e agilizar os
AULA 4 encaminhamentos, soluções ou minutas
CORRESPONDÊNCIAS E de respostas etc. Para tal, é preciso co-
nhecer a estrutura da imobiliária, ou seja,
MODELOS DE IMPRESSOS
as equipes, a filosofia da empresa, e
ainda, os procedimentos habituais em re-
lação à correspondência.

Aprenda a diferenciar e utilizar os meios


de comunicação mais comuns no segmento
imobiliário, como: correspondência, impres-
sos, telefone, fax, meios informatizados, ter-
minais de ponto de compra e venda.

Correspondências
Fluxos de entrada e saída de docu-
mentos e informações, visando à agilização
de processos.
A percepção do profissional de negó-
cios imobiliários será muito exigida neste
setor. É necessário saber relacionar os fa-
tores organizacionais para apresentar su-
gestões coerentes e compatíveis. Opinar
sobre o correto manejo da correspondência
é um dos caminhos que mais agiliza os pro-
cessos e dá autonomia para tomar decisões
em casos que necessitam de interferência,
ou para resolver assuntos pendentes.

Mesmo que a imobiliária tenha uma Análise das correspondências


seção específica para a correspondência, é
primordial que o corretor tenha noções básicas
dos procedimentos, no caso de atuar como au-
tônomo, ou para dar orientações ao profissio-
nal responsável pelo manuseio, triagem e
classificação da correspondência.

Tarefas prioritárias
Muitas empresas dão autonomia para
A abertura e o encaminhamento da que os corretores tenham acesso às corres-
correspondência são tarefas prioritárias, pondências, fazendo a devida triagem e ante-
uma vez que são constantes e urgentes as cipando as providências dos casos cabíveis.
providências em relação a determinadas Nestas situações, a equipe deve acessar as
Comunicação e Expressão - Aula 4 109 Instituto Universal Brasileiro
pastas destinadas para os diferentes assuntos • assuntos que dependem de decisão.
e processar a análise das informações, de pre- • assuntos para informação que não de-
ferência, imediatamente. pendem de decisão.
Observe algumas orientações genéricas • leitura geral.
quanto a alguns documentos para assinatura • correspondência pessoal.
(cheques, contratos, procurações, fichas ca-
dastrais etc.): Roteiro de manuseio

Apresentamos um roteiro básico para


manusear a correspondência, que pode ser
adaptado às particularidades de cada imobi-
liária:
1) Separe a correspondência dos jor-
nais, revistas, panfletos.
2) Confirme sempre que receber algum
cheque ou ordem de pagamento.
3) Os anexos devem ser mantidos com
as correspondências; conserve envelopes,
invólucros, pacotes e outros empilhados du-
rante o trabalho de abertura, pois poderá ser
necessário alguma confirmação importante.
1º Existe uma hierarquia na ordem das 4) Existem alguns documentos que não
assinaturas. devem ser carimbados:
2º Há superiores que assinam, conferem, - cheques: se recebidos anexados a
rubricam. Há outros que fazem a última assina- uma carta, carimbe a carta; se recebidos
tura, baseados no visto de algum outro superior. apenas com o envelope, carimbe o envelope
►No primeiro caso, a função do funcionário e mantenha-o junto ao cheque.
designado é de conferir se todas as assinaturas e - documentos encaminhados à imobi-
rubricas foram feitas. No segundo, deve verificar liária para apreciação e que serão, posterior-
se o documento está com o visto do superior, se mente, devolvidos a seus remetentes.
os locais para assinatura estão marcados e, pos- - contratos, alteração contratual, ficha
teriormente, conferência das assinaturas. cadastral, nota promissória, distratos, vis-
torias e outros documentos formais ou in-
Arquivo da Correspondência formais.
5) Leia com atenção cada mensagem e
Toda correspondência deve ser sepa- grife palavras ou frases-chaves que identifi-
rada por: cam a intenção do remetente e providências
a serem tomadas. Expressões do tipo “ur-
gente”, “a partir de...”, “em resposta a sua
carta de...” também devem ser grifadas. Es-
creva, discreta e diretamente, na própria cor-
respondência ou em papel anexo, a quem ou
a qual departamento deve ser encaminhada.
6) Escreva, de forma objetiva, as provi-
dências que devem ser tomadas. Exemplos:
arquivar, mandar catálogos, panfletos, verifi-
car data de remessa, preenchimento de fi-
chas, retirar chaves, autorização entrada em
condomínios etc.

Comunicação e Expressão - Aula 4 110 Instituto Universal Brasileiro


Sugestões de encaminhamentos Modelos de impressos
a) Verificar qual o setor da imobiliária po- As imobiliárias, pela própria característica
deria resolver o assunto. Acompanhar o caso do trabalho, utilizam alguns documentos repe-
até as providências serem tomadas, posicio- tidas vezes. Deste modo, os impressos ane-
nando o superior no retorno de todas as medi- xos estão previamente prontos para serem
das aplicadas. utilizados em situações semelhantes, agili-
b) No caso de assunto de competência zando o trabalho do corretor durante uma tran-
da equipe, tomar as providências cabíveis. sação imobiliária.
c) Se o assunto for específico de um Estes modelos necessitam apenas de
setor e o seu retorno não for breve, enviar um que os espaços em branco sejam preenchidos
e-mail à pessoa e/ou empresa envolvida, in- com os dados necessários. É preciso conhecer
formando da ausência do superior e data pre- os conteúdos destes documentos para dar
vista de retorno, pedindo que aguardem, até a orientações ao cliente e organizar correta-
referida data, a resolução do assunto. mente as rotinas internas.

1- AUTORIZAÇÃO DE ENTRADA EM CONDOMÍNIO

São Paulo, 21 de janeiro de 2008.

Cond. Ed. Rio Iguaçu

At.: Sr. Paulo Nunes de Oliveira

Na qualidade de administradores da unidade 182 do referido edifício, solicitamos


a liberação da entrada do Sr. ........ portador da cédula de identidade RG nº
........-., pois ele está efetuando serviços na referida unidade.

Colocamo-nos à disposição através do telefone (11)0000-0000

Atenciosamente,

(Nome completo da Imobiliária)

Comunicação e Expressão - Aula 4 111 Instituto Universal Brasileiro


2- FICHA CADASTRAL DE FIADOR DE PESSOA FÍSICA

NOME_______________________________________________________________________________________________
NACIONACIONALIDADE ____________________________________________ ESTADO CIVIL ____________________
FILIAÇÃO____________________________________________________E _____________________________________
NATURAL DE __________________________ ESTADO _____________ DATA DE NASCIMENTO ______/______/______
ENDEREÇO RES.______________________________________________________________________________________
BAIRRO______________________________CIDADE____________________________ESTADO_____________________
TEL. RES. (_____)________________CELULAR (_____)_________________E-MAIL ______________________________
PRÓPRIA ALUGADA – ADM. ________________ TEL (_____) ____________ CONTATO ___________________
VALOR ALUGUEL R$ ____________ DESDE _____/_____/_____ OUTROS ___________________________________
CÉDULA DE IDENTIDADE_____________________________ CPF/MF ________________________________________
EMPRESA ONDE TRABALHA __________________________________________________________________________
END. COMERCIAL ____________________________________________________________________________________
BAIRRO __________________________________ CIDADE ______________________________ ESTADO ____________
TEL (_____)______________________ FAX (____)___________________ E-MAIL _________________________________
CARGO _____________________________ TEMPO DE SERVIÇO ________________ SALÁRIO R$__________________
OUTROS RENDIMENTOS _______________________________________________________________________________

DADOS DO CÔNJUGE

NOME_______________________________________________________________________________________________
FILIAÇÃO ____________________________________ E _____________________________________________________
NATURAL DE ___________________________ ESTADO ________________ DATA DE NASCIMENTO _____/_____/_____
CÉDULA DE IDENTIDADE _________________________________ CPF/MF____________________________________
EMPRESA ONDE TRABALHA ___________________________________________________________________________
END. COMERCIAL ____________________________________________________________________________________
BAIRRO __________________________________ CIDADE ______________________________ ESTADO ____________
TEL (_____)___________________ FAX (_____)________________________ E-MAIL _____________________________
CARGO ___________________________ TEMPO DE SERVIÇO ____________________ SALÁRIO R$ _______________
OUTROS RENDIMENTOS ______________________________________________________________________________

BENS

AUTOMÓVEL MARCA _____________________________ MODELO ____________________________ ANO __________


PLACA ___________________________________ ALIENADO SIM NÃO
AUTOMÓVEL MARCA _____________________________ MODELO ____________________________ ANO __________
PLACA ___________________________________ ALIENADO SIM NÃO
LINHAS TELEFÔNICAS Nºs ____________________________________________________________________________
IMÓVEL __________________________________________________________ BAIRRO ___________________________
CIDADE ______________________________________________________ ESTADO ______________________________
CARTÓRIO REGISTRO _____________ MATRÍCULA/TRANSCRIÇÃO __________ LIVRO _______ DATA ____/____/____
OUTROS BENS _______________________________________________________________________________________

REFERÊNCIAS BANCÁRIAS

BANCO ______________________________ AGÊNCIA _______________________ TEL (_____) ____________________


CONTA ___________________________ LIMITE ____________________________________ DESDE _____/_____/_____
BANCO ____________________________ AGÊNCIA ________________________ TEL (_____) ____________________
CONTA ______________________________ LIMITE _________________________________ DESDE _____/_____/_____
CARTÕES DE CRÉDITO _______________________________________________________________________________

OBS.
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________

Comunicação e Expressão - Aula 4 112 Instituto Universal Brasileiro


• A ficha deverá ser preenchida de forma legível e sem abreviações.
• Os dados acima deverão ser verdadeiros.
• A renda comprovada mínima exigida tanto do locatário quanto dos fiadores é de 3 (três) vezes o valor locativo.
• Locatário e fiador não poderão ter ações, protestos, cheques sem fundos ou negativações no SPC, salvo se previamente jus-
tificados e liberados pela gerência.
• Locatário e fiador deverão apresentar xérox dos documentos comprobatórios dos dados acima.
* Pagamento da informação será feito pelo locador.
* O imóvel do fiador deverá ter escritura definitivamente registrada junto ao cartório de registro de imóveis.

Favor, indicar a sua relação com o locatário: ________________________________________________________________


Autorizo o locador ou sua administradora a levantar meu nome com base nos dados acima.

São Paulo, ________ de ____________________________ de ___________.

_______________________________________________________

RELAÇÃO DE DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS

► Ficha de informações devidamente preenchida e assinada


► RG (fiador e esposa)
► CIC (fiador e esposa)
► Certidão de casamento
► Cópia da Carteira de Trabalho (se houver) ou do Contrato Social (se for sócio proprietário)
► Comprovante de renda (holerite, declaração de I.Renda, Pró-Labore) – 3 últimos meses, de todas as pessoas necessárias
à composição mínima de 3 aluguéis
► Comprovante de residência( luz, telefone, extrato bancário ou cartão)
► Comprovante de patrimônio (OBRIGATÓRIO ficha de matrícula do Registro de Imóveis Atualizada de 1 imóvel)

3- COMUNICADO PARA QUE O LOCATÁRIO EXERÇA SEU DIREITO DE


PREFERÊNCIA PARA COMPRA DO IMÓVEL EM 30 DIAS
De: Sr./Sra.
Para: Sr./Sra.
Data:

Como proprietária e LOCADORA do imóvel que V.S.ª ocupa, sito na Rua.... , em vir-
tude do contrato de locação vigente, venho comunicar-lhe que pretendo vender o referido
apartamento.
De acordo com a lei 8.245/91, venho lhe assegurar o direito de preferência como LOCA-
TÁRIA na aquisição do supracitado imóvel, caso tenha interesse em adquiri-lo. O valor que
pretendo apurar com a venda é de R$ ( ).
Caso tenha interesse, favor entrar em contato com a administradora desse imóvel, sito
na...– falar com Sra. , ou através do telefone (11)0000-0000.
O prazo para que manifeste a sua vontade de adquirir o imóvel nas condições propostas
é de 30 dias contados a partir da data de recebimento da presente notificação. Caso isso não
ocorra, V.S.ª me deixará livre para vendê-lo a terceiros.
Sendo assim, V.S.ª deverá marcar datas e horários para que os candidatos possam co-
nhecer e examinar o apartamento.

Atenciosamente,

Nome....

Ciente:

Comunicação e Expressão - Aula 4 113 Instituto Universal Brasileiro


4- VISTORIA
VISTORIA inicial ( ) final ( ) Data:

ENDEREÇO DO IMÓVEL:
LOCATÁRIO:
TELEFONE:
PINTURA INTERNA NOVA: SIM ( ) NÃO ( )
PINTURA EXTERNA NOVA: SIM ( ) NÃO ( )
SALA DE ESTAR/ JANTAR E HALL DE ENTRADA
INTERRUPTOR/TOMADAS LUSTRES: ( )
JANELAS / VIDROS TELA PROT:
PISO
PORTA DE ENTRADA
OUTROS
SACADA/TERRAÇO
GRADE E OU TELA DE PROTEÇÃO
PINTURA
PISO
OUTROS
LAVABO
ACESSÓRIOS
LOUÇAS
PISOS/AZULEJOS
TORNEIRA/DESCARGA
OUTROS
COZINHA
ARMÁRIOS/GABINETE
INTERRUPTOR/TOMADAS/LUSTRES CAMPAINHA
JANELAS/VIDROS
PIA/TORNEIRA
PISO/AZULEJOS
PORTA
OUTROS
1º DORM
ARMÁRIOS
JANELAS/VIDROS
PISO
PORTAS
OUTROS
2º DORM
ARMÁRIOS
JANELAS/VIDROS
PISO
PORTAS
OUTROS
3º DORM OU SUÍTE
ARMÁRIOS
JANELAS/VIDROS
PISO
PORTAS
OUTROS

Comunicação e Expressão - Aula 4 114 Instituto Universal Brasileiro


5- LIBERAÇÃO DE FIADOR

São Paulo, 28 de janeiro de 2008.

Locatário(a): Sr./Sra.
Ref.: Rescisão de contrato de locação residencial
Imóvel: Rua
Locador(a): Sr./Sra.

Pelo presente, declaramos para os devidos fins que o contrato de locação celebrado entre
as partes em .....estará rescindido a partir de ........... conforme Lei 8.245/91 artigo 4º Parágrafo
Único do Código Civil, liberando o fiador a partir desta data do vínculo contratual.

Atenciosamente,

Imobiliária.........

6- REAJUSTE DE ALUGUEL

São Paulo,

II- REF.: REAJUSTE DE ALUGUEL A PARTIR DE _______________________

Na qualidade de locadora do imóvel sito na Rua_____________ , para o locatário


Sr.__________________, conforme contrato em vigor desde _____________________,
autorizamos que o aluguel do referido imóvel seja mantido, durante o prazo de 12 meses,
que terminará em ____________________ no valor de RS___________________________.
Este documento passará a fazer parte integrante do contrato.

Atenciosamente,

REGINA COSTA

Comunicação e Expressão - Aula 4 115 Instituto Universal Brasileiro


AULA 4

1. A abertura e encaminhamento de correspondências para tomada de providências ur-


gentes são:

a) ( ) funções secundárias
b) ( ) tarefas prioritárias
c) ( ) responsabilidades de terceiros
d) ( ) não faz parte da rotina da imobiliária

2. No que se refere às correspondências e documentos, como o profissional de negócios


imobiliários pode colaborar?
R:______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

3. Quais os documentos que não devem ser carimbados?


R:______________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

4. Simplifique, em três pontos principais, as possibilidades de encaminhamentos de cor-


respondências e documentos.
R:______________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

MODELO DE IMPRESSO

Preencha o Modelo de Impresso para Vistoria, utilizando as seguintes expressões


para identificar a situação dos locais da residência:

- Em perfeito estado de funcionamento


- Existem danos
- Em bom estado de conservação

Observação: Quando se tratar de afirmação ou negação de um item, basta respon-


der Sim ou Não.
Comunicação e Expressão - Aula 4 116 Instituto Universal Brasileiro
VISTORIA inicial ( ) final ( ) Data:

ENDEREÇO DO IMÓVEL:
LOCATÁRIO:
TELEFONE:
PINTURA INTERNA NOVA: SIM ( ) NÃO ( )
PINTURA EXTERNA NOVA: SIM ( ) NÃO ( )
SALA DE ESTAR/ JANTAR E HALL DE ENTRADA
INTERRUPTOR/TOMADAS LUSTRES: ( )
JANELAS / VIDROS TELA PROT:
PISO
PORTA DE ENTRADA
OUTROS
SACADA/TERRAÇO
GRADE E OU TELA DE PROTEÇÃO
PINTURA
PISO
OUTROS
LAVABO
ACESSÓRIOS
LOUÇAS
PISOS/AZULEJOS
TORNEIRA/DESCARGA
OUTROS
COZINHA
ARMÁRIOS/GABINETE
INTERRUPTOR/TOMADAS/LUSTRES CAMPAINHA
JANELAS/VIDROS
PIA/TORNEIRA
PISO/AZULEJOS
PORTA
OUTROS
1º DORM
ARMÁRIOS
JANELAS/VIDROS
PISO
PORTAS
OUTROS
2º DORM
ARMÁRIOS
JANELAS/VIDROS
PISO
PORTAS
OUTROS
3º DORM OU SUÍTE
ARMÁRIOS
JANELAS/VIDROS
PISO
PORTAS
OUTROS
Comunicação e Expressão - Aula 4 117 Instituto Universal Brasileiro
Respostas

AULA 1

1- Complete a lacuna, indicando a alternativa correta: A comunicação agrega, afasta ou de-


monstra indiferença das pessoas, mas, de qualquer forma, é ferramenta que ____________________.
a. ( X ) provoca uma reação do outro
b. ( ) provoca uma aceitação geral
c. ( ) provoca uma apatia total
d. ( ) provoca uma sensação de alívio

2- Conceitue Comunicação.
R: Respostas prováveis:
► Processo que envolve a transmissão e a recepção de mensagens entre uma fonte
emissora e um destinatário receptor, no qual as informações, transmitidas por intermédio
de recursos físicos (fala, audição, visão etc.) ou de aparelhos e dispositivos técnicos, são
codificadas na fonte e decodificadas no destino com o uso de sistemas convencionados
de signos ou símbolos sonoros, escritos, iconográficos, gestuais etc.
► Ato ou efeito de comunicar-se; informação transmitida; seu conteúdo.
► Ação de transmitir uma mensagem e, eventualmente, receber outra mensagem
como resposta.
► Comunicado esclarecedor; esclarecimento; exposição; ato de conversar; conversação.
► Carta, nota ou qualquer outra informação transmitida por escrito; comunicado.
► Participação oral ou escrita; aviso; habilidade de dialogar e se fazer entender.
► Numa organização, função de transmitir ordens, ideias, políticas de ação etc.

3- No diagrama clássico da comunicação, o qual já tem outras formatações, aparecem


como elementos fundamentais:
a. ( ) ouvidor – canal - ruído - barulho
b. ( ) transmissor – ruído – retroinjeção - veículo
c. ( X ) emissor – canal – receptor – ruído - retroinformação
d. ( ) emissor – canal – ruído – informador

4- Indique a alternativa que corresponde às formatações do ruído.


a. ( ) deformante - concorrente - depressivo
b. ( X ) deformante – concorrente - supressivo
c. ( ) informante – exagerado – baixo
d. ( ) deformante – recorrente – supressivo

5- Conceitue Comunicação Empresarial.


R: Conjunto dos meios e procedimentos utilizados pela empresa em sua interação
com os diversos públicos em suas operações internas e externas.
Comunicação e Expressão 118 Instituto Universal Brasileiro
6- Na comunicação empresarial, o emissor, que pode ser um setor, departamento, direto-
ria ou a empresa em si, precisa saber:
a. ( ) que público não quer atingir e que reações pretende gerar neste público.
b. ( X ) que público quer atingir e que reações pretende gerar neste público.
c. ( ) eleger o público e divulgar para todos os públicos.
d. ( ) escolher o público do concorrente e divulgar informações internas.

7- Representação simbólica de uma entidade, que permite identificá-la de um modo ime-


diato. Um nome, imagens ou conceitos que distinguem o produto, serviço ou a própria empresa.
Assinale a alternativa que corresponde a estes conceitos:
a. ( ) papelaria
b. ( ) sinal
c. ( ) tipologia
d. ( X ) marca

AULA 2

1- Com a Intranet, a comunicação empresarial obtém uma série de benefícios. Mencione


um destes benefícios:

R: Podem ser mencionados:


► Reuniões on-line.
► Conversas eletrônicas, sem o uso do telefone, gerando economia.
► Decisões mais rápidas, pois diminui a necessidade de deslocamento das pessoas.
► Permite a transferência de arquivos: cartas, contratos, ofícios etc. Podem ser re-
gistradas e depois impressas.

2- Tipo de transação comercial feita especialmente através de um equipamento eletrônico,


como, por exemplo, um computador é chamada de:
a. ( ) e-mail
b. ( ) intranet
c. ( X ) comércio eletrônico
d. ( ) exportação

3. Para um bom desenvolvimento é preciso compreender a Tecnologia da Informática como um:


a. ( X ) investimento
b. ( ) dispositivo
c. ( ) custo a mais
d. ( ) periférico
Comunicação e Expressão 119 Instituto Universal Brasileiro
4- “Para ser um bom corretor virtual, é preciso conhecimento de informática, rapidez no
atendimento, determinação e boa comunicação”. Esta postura refere-se à
a) ( X ) necessidade de comunicação rápida e eficiente com o cliente.
b) ( ) pesquisa para consultas de ferramentas na Internet.
c) ( ) venda em plantão, com atendimento personalizado.
d) ( ) falta de convicção do cliente.

5- Para mensagens comerciais, sobretudo, para as que são veiculadas pelos meios infor-
matizados, o ideal é usar
a) ( ) vocabulário sofisticado.
b) ( ) estilo prolixo e detalhado.
c) ( X ) redações objetivas adequadas à situação.
d) ( ) clichês e subterfúgios que cativem os clientes.

AULA 3

1- Qual a característica que diferencia a redação empresarial?

R: Trata-se de uma mensagem produzida por uma organização. Não se pode correr
o risco de, por um simples erro, manchar a imagem da empresa.

2- Qual a função prática das mensagens que circulam no meio imobiliário?

R: Informar o receptor sobre um tema específico. Portanto, devem ser redigidas em


linguagem formal, correta, simples e direta para facilitar a compreensão do leitor.

3- Associe as definições correspondentes às características da linguagem que deve ser


utilizada em mensagens empresariais.

( 1 ) Simples ( 3 ) Muito objetiva, específica e apropriada.


( 2 ) Atual ( 5 ) Informa com economia de palavras.
( 3 ) Precisa ( 7 ) Estética que valoriza o texto.
( 4 ) Correta ( 2 ) Que pode ser entendida na atualidade.
( 5 ) Concisa ( 1 ) Evita preocupações com enfeites.
( 6 ) Impessoal ( 4 ) Observa as normas gramaticais.
( 7 ) Boa diagramação ( 6 ) Sem manifestações subjetivas.

4- Quais as etapas que se deve seguir para escrever melhor?

R: 1 – Planejar a redação; 2 – Visualizar quem vai receber a carta; 3 – Utilizar ex-


pressões gentis; 4 – Evitar palavras desnecessárias.
Comunicação e Expressão 120 Instituto Universal Brasileiro
AULA 4

1- A abertura e encaminhamento de correspondências para tomada de providências ur-


gentes são:
a) ( ) funções secundárias
b) ( X ) tarefas prioritárias
c) ( ) responsabilidades de terceiros
d) ( ) não faz parte da rotina da imobiliária

2- No que se refere às correspondências e documentos, como o profissional de negócios


imobiliários pode colaborar?
R: Pode colaborar apresentando sugestões sobre os devidos encaminhamentos para
acelerar a resolução dos problemas com correspondências ou documentos, nos casos
que necessitam de interferência.

3- Quais os documentos que não devem ser carimbados?


R: Cheques, documentos que serão devolvidos, contratos, fichas cadastrais, notas
promissórias, distratos, vistorias etc.

4- Simplifique, em três pontos principais, as possibilidades de encaminhamentos de cor-


respondências e documentos.
R: 1 - Verificar qual o setor que poderia resolver o assunto.
2 - Tomar as providências cabíveis.
3 - Usar os meios de comunicação disponíveis para informações adicionais.

TECNOLOGIA DA COMUNICAÇÃO
Respostas

Segue abaixo uma possibilidade de redação do e-mail

Subject/Assunto: Preparação do lançamento dos apartamentos do Flat

Prezado Sr. Roger Stefan,

Solicitamos-lhe reserva de uma sala para reunião dos corretores em virtude do lançamento
da venda dos apartamentos. Queira, por gentileza, anotar:
Data: 8/11/07 Nº de paticipantes: 15
Para quaisquer esclarecimentos, contate a Srta. Meire Chimene, atendente da Imobiliária
Vieira & Souza pelo telefone (0xx11) 3822-7700.

Atenciosamente,

Paulo River,
Diretor Comercial.

Comunicação e Expressão 121 Instituto Universal Brasileiro


TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO
Respostas

Exercício 1: Defina quais são os problemas enumerados desta redação.

EXEMPLO DE MODELO ANTIQUADO DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

TIMBRE OU LOGOMARCA
Rua X - Porto Alegre - caixa postal, 47 - ...
Porto Alegre, 6 de novembro de 1996.

A (1)
Fernando de Barros & Cia. Ltda.
Av. Rio Branco, 123 - conj.7
Rio de Janeiro - RJ (2)

Att.: Sr. Fernando de Barros

Prezado Senhor,

(3) Em resposta à solicitação feita pelo escritório de V.S.a, representado, em nossa ci-
dade, pelo Sr. Marcelo Silveira, informamos que seguiram, via aérea, dez (10) (4) caixas dos
medicamentos pedidos.

(3) Outrossim (5), comunicamos que a duplicata nº 0860133, no Banco da Amizade S.A.,
emitida por V.S.a, em 3 de outubro do corrente ano, já foi encaminhada em 29 de outubro (6)
p.p. (7) ao Departamento de Cobrança.

(3) Sem mais que se apresenta para o momento (8).

Atenciosamente (9)
_____________________ (10)
Tiago Almeida,

Diretor.

1 - Respostas sobre o modelo antiquado:

1. Elimina-se a preposição "A", desnecessária no caso.


2. Elimina-se o endereço do destinatário, uma vez que ele consta no envelope.
3. O parágrafo apresenta entrada.
4. Suprime-se o número 10, uma vez que a palavra dez já está mencionada.
5. Expressão desnecessária.
6. A data em que o título foi encaminhado é um dado desnecessário.
7. Dispensa-se a expressão “próximo passado”, porém, dentro do próprio mês, é acon-
selhável, mas é viável, quando necessário, especificar a data.
8. Um fecho óbvio como este é desnecessário, pois, se houvesse algo mais, seria
acrescentado à carta. Há profissionais que consideram pouco caso do emissor a
falta do fecho.
9. Coloca-se vírgula depois de "Atenciosamente", termos como esse são seguidos de
vírgula, por serem, gramaticalmente, advérbios.
10. Não se coloca traço sob a assinatura do remetente.

Comunicação e Expressão 122 Instituto Universal Brasileiro


Exercício 2: Defina quais são as mudanças citadas nesta redação moderna:

EXEMPLO DE MODELO MODERNO DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL E CARACTERÍSTICAS

TIMBRE OU LOGOMARCA

Rua X - Porto Alegre - caixa postal, 47...

C 017/2006 (A)

Porto Alegre, 6 de novembro de 1995. (B)

Fernando de Barros & Cia. Ltda. (C)

Envio da planta do edifício comercial e condições de pagamento (D)

Prezados Senhores,(E)

À solicitação feita pelo escritório de V.S.as, representado, em nossa cidade, pelo Sr.
Marcelo Silveira, informamos que seguiram, via aérea, dez caixas dos medicamentos pedidos.

Comunicamos que as condições de pagamento seguem em impresso anexo. (F)

Atenciosamente, (G)

Tiago Almeida, (H)

Diretor da Imobiliária Souza & Lima. (I)

2- Respostas: Estrutura da carta comercial - mudanças citadas na redação moderna

A) Controle - depto./empresa
B) Local e data
C) Destinatário
D) Assunto ou referência
E) Vocativo (ou invocação)
F) Contexto ou assunto
G) Despedida
H) Assinatura
I) Cargo/Função
Comunicação e Expressão 123 Instituto Universal Brasileiro
MODELO DE VISTORIA
Respostas

O instrumento de vistoria faz parte do contrato de locação firmado entre as partes


contratantes, e o locatário se resposabiliza integralmente pela conservação e segurança
do imóvel, bem como seu imobiliário e utensílios, arcando com qualquer prejuízo cau-
sado por perdas e danos, constatados na ocasião da devolução do bem. Assim, as par-
tes nomeiam o foro da respectiva Comarca para resolver quaisquer dúvidas e assinam o
documento de vistoria em três vias.

Preencha o Modelo de Impresso para Vistoria utilizando as seguintes expressões


para identificar a situação dos locais da residência.

Em perfeito estado de funcionamento


Existem danos
Em bom estado de conservação

Observação: Quando se tratar de afirmação ou negação de um item basta responder


Sim ou Não.

Sugestões para o preenchimento do impresso

VISTORIA inicial ( X ) final ( ) Data:

ENDEREÇO DO IMÓVEL: Rua Bela Cintra, 513 Apto. 22


LOCATÁRIO: Paulo José Ferreira
TELEFONE: (11) 3081-3458
PINTURA INTERNA NOVA: SIM ( X ) NÃO ( )
PINTURA EXTERNA NOVA: SIM ( X ) NÃO ( )
SALA DE ESTAR/ JANTAR E HALL DE ENTRADA
INTERRUPTOR/TOMADAS Em perfeito estado de funcionamento LUSTRES: Não
JANELAS / VIDROS Em bom estado TELA PROT: Não
PISO Em perfeito estado
PORTA DE ENTRADA Em bom estado
OUTROS ----------------
SACADA/TERRAÇO Não
GRADE E OU TELA DE PROTEÇÃO Não
PINTURA ----------------
PISO ----------------
OUTROS ----------------
Comunicação e Expressão 124 Instituto Universal Brasileiro
LAVABO Em perfeito estado
ACESSÓRIOS Em perfeito estado
LOUÇAS Em perfeito estado
PISOS/AZULEJOS Em perfeito estado
TORNEIRA/DESCARGA Novas/Em perfeito estado
OUTROS ----------------
COZINHA Em perfeito estado de conservação e funcionamento
ARMÁRIOS/GABINETE Completos/Em perfeito estado
INTERRUPTOR/TOMADAS/LUSTRES Em perfeito estado CAMPAINHA Bom funcionamento
JANELAS/VIDROS Em perfeito estado
PIA/TORNEIRA Novas/Em perfeito estado
PISO/AZULEJOS Cerâmica/Em perfeito estado
PORTA Em perfeito estado
OUTROS Forro em gesso/Em perfeito estado
1º DORM Em perfeito estado de uso e conservação
ARMÁRIOS Embutidos/Em perfeito estado
JANELAS/VIDROS Em perfeito estado
PISO Carpete/Em perfeito estado
PORTAS Em perfeito estado
OUTROS ----------------
2º DORM Em perfeito estado de uso e conservação
ARMÁRIOS Não tem
JANELAS/VIDROS Em perfeito estado
PISO Em perfeito estado
PORTAS Em perfeito estado
OUTROS ----------------
3º DORM OU SUÍTE Em perfeito estado de uso e conservação
ARMÁRIOS Embutidos/Em perfeito estado
JANELAS/VIDROS Em perfeito estado
PISO Em perfeito estado
PORTAS Em perfeito estado
OUTROS Instalações diversas: Esquadrilhas em alumínio, chaves internas e externas, tanque de
lavar roupas, box em perfeito estado de conservação
Comunicação e Expressão 125 Instituto Universal Brasileiro
Bibliografia

ALONSO, Emma Rosa Deak. 1001 Dicas para ser um Corretor de Imóveis. São
Paulo: Madras, 2001.

BRASIL. Manual de Redação da Presidência da República. Brasília: Presidên-


cia da República, 2002.

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rueri: Manole, 2003.

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PENTEADO, José Roberto Whitaker. A técnica da comunicação humana. 5a.


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SACCONI, Luís Antonio. Gramática Essencial Ilustrada. São Paulo: Atual, 1999.

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Sites Pesquisados

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www.logicalsystems.com.br
www.mundodomarketing.com.br
www.portaldasletras.com.br
www.revistafatorbrasil.com.br
www.sitedoescritor.com.br

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