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CENTRO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO

NÚCLEO DE SAÚDE
CURSO DE NUTRIÇÃO

JULIANA SANTANA BUARQUE CAVALCANTI

MICROBIOTA INTESTINAL E OBESIDADE

RECIFE / 2019

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JULIANA SANTANA BUARQUE CAVALCANTI

MICROBIOTA INTESTINAL E OBESIDADE

Artigo apresentado ao Centro Universitário Brasileiro – UNIBRA,


como requisito parcial para obtenção do título de
Bacharel em Nutrição.

Profa. Orientadora: Drª. Mariana Barros Silva Gondim.

RECIFE / 2019

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JULIANA SANTANA BUARQUE CAVALCANTI

MICROBIOTA INTESTINAL E OBESIDADE

Artigo aprovado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel


em Nutrição, pelo Centro Universitário Brasileiro – UNIBRA, por uma comissão
examinadora formada pelos seguintes professores:

________________________________________
Drª. Mariana Barros Silva Gondim
Profa. Orientadora

________________________________________
Prof.(a) Examinador(a)

________________________________________
Prof.(a) Examinador(a)

Recife, _____ de _____________ de 2019.

NOTA: ___________

3
Dedico esse trabalho a minha família.

4
AGRADECIMENTOS

Agradeço à Neide Santana, minha querida Mainha, companheira e incentivadora


de todos os dias.

Ao meu lindo filho, João Pedro, a essência da minha vida.

Ao meu irmão, Thiago Santana, a mão amiga nas horas significativas.

À professora e orientadora Mariana Barros, por seu carinho e dedicação em todo o


processo de elaboração deste trabalho.

À professora e coordenadora Priscila Maia, pela cordialidade e pelo direcionamento


para o melhor caminho ao logo do curso de nutrição.

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“A água abre caminho mesmo atrás das
pedras. E, diante de algum obstáculo, ela
encontra outro rumo”.

(Memórias de uma Gueixa)

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................08

2. REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................09

3. DELINEAMENTO METODOLÓGICO................................................................11

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................12

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................14

REFERÊNCIAS.....................................................................................................16

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MICROBIOTA INTESTINAL E OBESIDADE
Juliana Santana Buarque Cavalcanti

Mariana Barros Silva Gondim ¹

RESUMO: A obesidade tem sido considerada um dos principais problemas de


saúde pública no mundo, devido à alta prevalência e contribuição para elevadas
taxas de morbimortalidade. Essa patologia resulta de uma complexa interação entre
fatores genéticos, metabólicos e ambientais, que a longo prazo afetam
adversamente o balanço energético. Evidências científicas mostram que a
microbiota intestinal é diferente entre indivíduos obesos e eutróficos, e quando a
sua composição se encontra em desequilíbrio apresenta intima relação com o
ganho de peso corporal. A microbiota pode ser influenciada pelas proporções
relativas de dois filos de bactérias, os Bacteroidetes e as Firmicutes, sugerindo que
a atividade metabólica destes microrganismos facilita a extração e a estocagem
das calorias ingeridas no tecido adiposo. O presente estudo teve como objetivo
realizar uma pesquisa bibliográfica sobre as funções da microbiota intestinal no
organismo humano e sua relação com a obesidade, bem como, sugerir estratégias
alimentares através da utilização de probióticos e prebióticos. Foi realizada uma
pesquisa de artigos científicos, monografias e dissertações publicadas no período
de 2009 a 2019, nas bases de dados Sistema Online de Busca e Análise de
Literatura Médica (Medline), Biblioteca Eletrônica Científica Online (Scielo) e
Biblioteca de Literatura Científica e Técnica da América Latina e Caribe (Lilacs). O
estudo mostrou o potencial da microbiota intestinal no desenvolvimento da
obesidade e o efeito protetor dos probióticos e prebióticos, os quais modulam a
microbiota, deixando-a em equilíbrio e sem inflamações, auxiliando na manutenção
de uma vida saudável.

Palavras-chave: Disbiose. Probióticos. Prebióticos.

1. INTRODUÇÃO

O número de bactérias do trato intestinal é dez vezes maior que o número


de células que formam os nossos órgãos e tecidos. O intestino do homem aloja
trilhões de bactérias, muitas das quais desempenham um papel chave na digestão
dos alimentos ao torná-los assimiláveis pelo organismo (SANTOS; RICCI, 2018).
A composição da microbiota intestinal (MI) no indivíduo adulto, embora permaneça
em interação constante com os microrganismos do meio ambiente, mantém-se
estável e depende do equilíbrio entre bactérias benéficas e patogênicas. Quando
as bactérias patogênicas têm o domínio sobre as benéficas, podem provocar
disbiose, ou seja, uma alteração com efeito negativo na MI (VILAS-BOAS, 2017).
___________________________
1
Professora da UNIBRA. Doutora. E-mail: professoramarianabsg@gmail.com.

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A disbiose intestinal leva ao aumento da absorção de nutrientes no intestino
e, consequentemente, ao desenvolvimento da obesidade, que também pode ser
influenciada pelas proporções relativas de dois principais filos de bactérias
intestinais, os Bacteroidetes e as Firmicutes. Sugerindo, desse modo, que a
atividade metabólica destes microrganismos facilita ainda mais a extração e o
armazenamento das calorias ingeridas (ALMEIDA et al, 2009).
Esse desequilíbrio da MI pode levar a obesidade, bem como, ao
desenvolvimento da resistência à insulina, apontada como fator principal da
síndrome metabólica (BAOTHMAN et al, 2016). Uma dieta suplementada a base
de probióticos e prebióticos pode assegurar o equilíbrio da MI. E, isto possibilita a
microbiota exercer uma série de atividades enzimáticas que estão relacionadas
com nossa saúde, tais como: espécies bacterianas do cólon sintetizar vitaminas
como biotina, ácido fólico, tiamina, B12 e K e fermentar carboidratos indigeríveis
(fibras) em ácidos graxos de cadeia curta, que constituem fontes de energia para o
hospedeiro (DELZENNE et al., 2011).
Portanto, este estudo objetivou descrever as funções da MI humana e sua
relação com a obesidade. A partir dessa compreensão, torna-se possível promover
estratégias alimentares para a manutenção das bactérias benéficas presentes no
intestino, as quais irão favorecer a homeostase ao organismo.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

A MI convive com o hospedeiro humano para executar uma série de funções


que afetam a sua fisiologia e seu metabolismo, tendo também contribuição
importante na obtenção de energia a partir da dieta e no desenvolvimento do
sistema imunológico. Na verdade, o hospedeiro e sua MI têm interações mútuas,
cooperativas e benéficas, que sofrem influência de um conjunto de fatores
ambientais (umidade, acidez e temperatura), da disponibilidade de nutrientes e do
processo de envelhecimento do corpo (PASSOS; MORAES-FILHO, 2017;
RAMIREZ, 2018).
Desse modo, espécies de bifidobactérias (protetoras do organismo)
diminuem drasticamente com a idade, enquanto enterobactérias (prejudiciais para
a saúde) aumentam. Por isso, a MI está sujeita a um rígido controle através da

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acidez gástrica, pois, do contrário, não possuiria as suas características numéricas
e de equilíbrio (FONSECA; PINHEIRO, 2019).
Portanto, a grande variação da quantidade de bactérias ao longo do trato
digestório depende diretamente do pH e do tempo em que o local retém o seu
conteúdo. Em um indivíduo adulto normal, a quantidade de bactérias no estômago
é relativamente baixa, devido a ação do suco gástrico, que deixa o ambiente
extremamente ácido. As partes proximais do intestino delgado apresentam poucas
bactérias, devido ao fluxo de conteúdo e pela ação da bile, deixando o pH baixo.
Entretanto, o pH relativamente neutro e a prolongada retenção de conteúdo no
intestino grosso favorecem o crescimento das espécies de bactérias dominantes
(FONSECA; PINHEIRO, 2019).
Dessas espécies dominantes, os Bacteroidetes (gram negativas) e as
Firmicutes (gram positivas) constituem 90% das bactérias existentes no intestino
do homem, tal como no do rato. Há evidências de que a microbiota humana e dos
animais desempenham um importante papel na obesidade, especialmente as
proporções dessas espécies (DOMINGUES, 2018).
Na composição da MI, os Firmicutes representam bactérias que possuem
genes de transporte de membrana, transcrição e motilidade celular, são favorecidas
para o crescimento na presença de dieta rica em gorduras, enquanto as
Bacteriodetes anaeróbias têm declínio nesta situação. Os genes para o
metabolismo de aminoácidos e carboidratos diminuem na presença de uma dieta
rica em gordura, ao passo que os genes para a transdução de sinal e transporte de
membrana aumentam. Assim, a combinação de dieta gordurosa e a presença de
bactérias gram positivas no intestino são fatores capazes de induzir a inflamação
intestinal (ROBLES; GUARNER, 2013).
O alto teor de gordura presente na dieta ocidental pode alimentar bactérias
do intestino que aumentam a absorção de calorias e diminuem as despesas de
energia no hospedeiro, causando um balanço energético positivo e obesidade.
Além disso, alimentos com elevados teores de gorduras saturadas e
poliinsaturadas, típicos de padrões alimentares ocidentais, criam um ambiente
propício para seleção das bactérias do filo Firmicutes, enquanto a ingestão de frutas
e hortaliças, por sua vez, favorece a proliferação de bactérias do filo Bacteroidetes
(SCHMIDT et al, 2017).

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Dessa forma, o consumo excessivo de carboidratos e produtos
industrializados, associado ao baixo consumo de alimentos ricos em fibras solúveis
e insolúveis, leva a inativação de enzimas digestiva e aumento da fermentação
pelas bactérias no intestino grosso. Por isso, o controle desse desequilíbrio
intestinal deve ser através do reparo da mucosa intestinal, a partir da retirada de
patogênicos com a introdução de nutrientes essenciais e das enzimas digestivas,
assim como, da administração de prebiótiocos e probióticos (SILVA et al, 2017).
Através do consumo de prebióticos, substâncias alimentares não digeríveis
(fibras solúveis e insolúveis, lactulose, lactitol, xilitol, insulina e alguns
oligossacarídeos), e a introdução de probióticos na alimentação é possível
aumentar o número de microrganismos promotores da saúde no trato
gastrointestinal (OLIVEIRA et al, 2017). Dessa maneira, os prebióticos favorecem
a modificação seletiva da composição da MI, fornecendo ao probiótico vantagem
competitiva sobre outras bactérias patógenas do ecossistema, pois atuará como
uma estratégia coadjuvante para prevenção e tratamento da obesidade (SOARES,
2019).

3. DELINEAMENTO METODOLÓGICO

Foi realizada uma revisão bibliográfica através de estudos publicados a partir


2009 até 2019. As bases de dados pesquisadas foram: Sistema Online de Busca e
Análise de Literatura Médica (Medline), Biblioteca Eletrônica Científica Online
(Scielo) e Biblioteca de Literatura Científica e Técnica da América Latina e Caribe
(Lilacs). Disbiose, Probióticos, Prebióticos foram as palavras-chave utilizadas, de
acordo com os Descritores em Ciências da Saúde – DeCs e National Center for
Biotechnology Information (NCBI), para a busca. Os critérios de inclusão utilizados
foram: artigos, monografias e dissertações em inglês e português, disponibilizados
on-line e na íntegra. Como critérios de exclusão, foram levadas em consideração
as publicações que antecedessem o ano de 2009 e que não tivessem relação com
o tema proposto.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A proporção de Bacteroidetes em indivíduos obesos é menor do que nas


pessoas magras, o que interfere diretamente na homeostase energética do
organismo, além de afetar o sistema imune e a resposta inflamatória
(DOMINGUES, 2018).
Nesse contexto, um estudo realizado com 12 indivíduos obesos monitorou a
composição da MI durante um ano. Estes indivíduos foram divididos aleatoriamente
em dois grupos: um recebeu uma dieta de baixa caloria com restrição de gordura
(FAT-R) e o outro, uma dieta com restrição de carboidratos (CARB-R). Verificou-se
que as espécies Bacteroidetes e Firmicutes dominaram a MI (92,6%) nos dois
grupos e que, ao longo do tempo, a abundância relativa de Bacteroidetes aumentou
e a de Firmicutes diminuiu, independentemente do tipo da dieta (KOBYLIAK et al,
2016).
Também, foi constatado que a quantidade aumentada de Bacteroidetes
estava relacionada com a porcentagem de perda do peso corporal e não com
mudanças no conteúdo calórico da dieta. A obesidade parece ser a única condição
conhecida em que uma mudança na população da MI estaria associada com uma
patologia (KOBYLIAK et al., 2016).
Em outro estudo, entre indivíduos que consumiram uma dieta com baixo teor
de carboidratos e rica em gorduras, foi constatado que os mesmos haviam
diminuído a frequência de defecação e reduzido os níveis de butirato e
bifidobactérias em amostras fecais. Verificaram, ainda, que essas bactérias
anaeróbias sintetizam mais butirato em relação ao acetato ou propionato e podem
diminuir a ingestão de alimentos ou a extração de energia, reduzindo, assim, a
produção de glicose hepática, a síntese de lipídios e a adipogênese e, em
contrapartida, podem aumentar a lipólise levando à redução da gordura corporal
(CHAKRABORTI, 2015).
Já numa pesquisa realizada com camundongos sem germes, verificou-se
após 14 dias de colonização da MI, que esses roedores passaram a apresentar
aumento em torno de 2/3 nas concentrações de triglicérides hepáticos e acréscimo
da expressão de enzimas, como acetil-CoA carboxilase e ácido graxo sintase, as

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quais seriam responsáveis pela elevação do peso corporal e do tecido adiposo dos
animais (YIN, 2010).
Observaram, também, que a MI foi capaz de inibir a produção do fator rápido
de adiposidade induzida (FIAF) no intestino, o qual por sua vez controla a
lipoproteína lipase (LPL). Assim, a MI pode afetar os dois lados do balanço
energético, influenciando a aquisição de energia dos componentes da dieta e
comprometendo os genes do hospedeiro, que regulam como a energia é gasta e
estocada. A dieta, portanto, constitui-se em fator determinante das características
da colonização intestinal, que é altamente influenciada pelos hábitos alimentares
de longo prazo e por fenótipos do hospedeiro, contudo, não sendo abruptamente
alterada por intervenções de curto prazo (YIN, 2010).
Modificações no gasto de energia podem levar a diferenças no acúmulo de
gordura ao longo do tempo. Por isso, foi investigado alterações nas fezes de 12
indivíduos magros e 9 indivíduos obesos, durante dietas que variaram em conteúdo
calórico (2.400 kcal/dia comparado com 3.400 kcal/dia). Eles mostraram que uma
carga de nutrientes alterada induzia mudanças rápidas na composição bacteriana
da flora intestinal. Essas alterações foram de tal forma que um aumento de 20%
em Firmicutes e uma diminuição correspondente em Bacteroidetes foi associado a
um aumento da extração de energia de cerca de 150 kcal. Além disso, o elevado
grau de superalimentação nos indivíduos magros foi associado a maior perda de
energia nas fezes, sugerindo que a MI detecta mudanças na disponibilidade de
nutrientes (TREMAROLI; BACKHED, 2012).
Diante desse desequilíbrio intestinal, faz-se necessário reparar a mucosa do
intestino e assegurar a melhora do sistema imune através do consumo de
prebiótiocos e probióticos (VILLANUEVA et al, 2017). Por conseguinte, numa
pesquisa durante 28 semanas, foi utilizada uma suplementação com probióticos em
indivíduos que apresentavam síndrome metabólica. Os resultados mostraram
melhora do perfil lipídico e de marcadores inflamatórios, além de redução da
resistência à insulina e dos níveis de glicose circulante. Os pesquisadores
atribuíram tais resultados ao fato de que os probióticos modulam a MI ao reduzirem
o número de bactérias patogênicas e suas toxinas e, consequentemente, a
produção de citocinas pró-inflamatórias (GONÇALVES et al, 2015).

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Em um modelo experimental, na obesidade, o tratamento com probióticos
preveniu o desenvolvimento de tecido gorduroso hepático e a infiltração de
macrófagos no tecido adiposo. Houve, também, uma modulação hipotalâmica em
neurotransmissores que controlam a fome e a saciedade, diminuindo o ganho de
peso e o consumo energético. A modificação no sistema alimentar é um fator
promissor na terapêutica da obesidade, devido ao fato de ser um meio de fácil
intervenção (BRANCHER, 2014).
Já em um estudo com animais, foram observados efeitos benéficos com a
administração de probióticos em ratos com peso adequado, induzidos à síndrome
metabólica com dietas ricas em lipídios, após constatarem a redução no ganho de
peso corporal, na deposição de gordura, nos níveis de triglicerídeos e de glicose
plasmáticos. Esses benefícios foram atribuídos ao fato de o probiótico aumentar a
produção de um ácido graxo de cadeia curta, o butirato, que estimula a liberação
do hormônio GLP-1 pelas células intestinais, o qual age no hipotálamo promovendo
a sensação de saciedade, além de favorecer a liberação da insulina e maior
captação da glicose (MILLS et al, 2019).
Em suma, grandes pesquisas e estudos têm sido feitos a respeito da
funcionalidade de nutrientes na modificação da MI, especialmente na alteração da
quantificação de bactérias específicas. Com os avanços científicos, torna-se cada
vez mais evidente que o intestino é o órgão central do organismo, e que o seu bom
funcionamento depende a saúde do indivíduo. Viver com mais qualidade só será
possível diante da mudança de hábitos, voltando mais atenção ao que se passa
com esse órgão de maior absorção do organismo (COSTA et al, 2019).

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A obesidade ganha status de epidemia mundial, sendo fator determinante


para o desenvolvimento de outras doenças crônicas não transmissíveis, a exemplo
do diabetes mellitus, hipertensão e doenças cardiovasculares. Diversos trabalhos
científicos demonstram que a MI possui potencial para influenciar no
desenvolvimento da obesidade. A quantidade de estudos realizados nessa área
vem crescendo e uma análise sistemática do tema torna-se necessário para uma
melhor compreensão dos fatores relacionados a essa associação. Este estudo
bibliográfico ressalta que a MI sofre influência tanto pelas proporções relativas das
bactérias Bacteroidetes e Firmicutes, quanto por aspectos relacionados a
alimentação, como o uso de probióticos e prebióticos.
Desse modo, tanto os probióticos quanto os prebióticos modulam a MI,
deixando-a em equilíbrio e sem inflamações, auxiliando na manutenção de uma
vida saudável para o indivíduo. Vale ressaltar, que novos estudos são necessários
para determinar as bactérias mais indicadas na composição do probiótico, assim
como o período de uso e a quantidade administrada, a fim de avaliar a real ação
dos efeitos da sua suplementação no tratamento da obesidade.

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REFERÊNCIAS

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