História do Cristianismo

Como se deu a transição da Igreja comunitária para a Igreja Institucional da Era

Constantiniana?

Desde seu início, a igreja cristã foi perseguida; vemos isso acontecendo já nos
primeiros capítulos do livro de Atos, mas sempre com a fé e a perseverança
inabalável dos discípulos que conviveram com Jesus. Através do apostolo Paulo o
evangelho foi se espalhando por toda parte, mesmo com as perseguições feita pelos
próprios judeus.

A igreja primitiva teve um rápido crescimento e sofreu repetidos períodos de

perseguição. “Se o rio Tigre chega às paredes, se o rio Nilo não cobre os campos,
se o céu não se move ou se a terra o faz, se há fome, se há praga, o brado é
rápido: ‘Os cristãos aos leões!’”, escreveu Tertuliano³ a respeito dos cristãos, pois
eram apontados como culpados por tudo o que acontecia de errado no Império
Romano.

https://www.portasabertas.org.br/cristaos-perseguidos/historia-da-perseguicao

Além de toda a dificuldade com a doutrina, a igreja tinha que conviver com as
perseguições por parte do império Romano, o que resultou em morte de vários
cristãos.

A igreja teve grandes dificuldades para manter a sã doutrina, quando já não tinham
mais os Apóstolos que andaram com Jesus e os pós apóstolos, já que por vezes as
interpretações estavam longe dos ensinamentos de Jesus.

Na luta para se manter fiel aos ensinamentos de Jesus, surgiram vários personagens
importantes para orientar a Igreja, já que não tinha ainda o Novo Testamento e as
dificuldades das heresias estavam surgindo nesta época.

No ano 313, o imperador Constantino, proclamou o Édito de Milão cessando assim as

perseguições aos cristãos.

Agora todo império romano era cristão, por ordem o imperador Constantino. A igreja
antes perseguida tinha nessa nova fase, vários privilégios e benefícios.

Nessa transição a Igreja perde sua liberdade, já que imperador se vê no direito de

interferir nas questões da Igreja.

A ingerência de Constantino em assuntos internos da Igreja encontrou apoio em Bispos do

Oriente. A liberdade subitamente concedida por Constantino à Igreja deslumbrou muitos
cristãos e os tornou propensos não só a obedecer ao Imperador, mas, por vezes, também a
pedir a intervenção do mesmo em questões religiosas (como, por exemplo, os arianos e os
donatistas). Estes fatos se tornaram nocivos à Igreja Oriental nos séculos IV/VI, gerando o que
se chamou “o Cesaropapismo”; no Ocidente, o mesmo não ocorreu, pois as
populações ocidentais não mereciam os cuidados dos Imperadores bizantinos; estes
chegaram a desprezá-las, de modo que a Igreja latina pôde com liberdade seguir o seu curso de
expansão e implantação.
https://cleofas.com.br/historia-da-igreja-igreja-e-imperio-no-sec-iv/