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PEDIATRIA

1
Prefácio
Prova prática é sempre um grande desafio para maioria por se tratar de um universo totalmente desconhecido. Passamos
dias nos perguntando: O que iremos encontrar ao entrar em cada uma das estações? Como se comportar perante ator e
examinador? Quais perguntas chaves não podemos deixar de fazer na hora da prova?
Foi assim que mergulhando nesse universo, iniciamos uma verdadeira maratona em busca de tais respostas. Lendo e relendo
vários materiais, realizando cursos teóricos e práticos, descobrimos que todo esse material nos leva apenas a uma palhinha
do que vamos enfrentar, mas que na verdade não é o que irá decidir nossa aprovação.
Pensando nisso, montamos esse material com a proposta, não de substituir outros materiais ou cursos, mas sim somarmos
com eles. E assim concluímos que a melhor maneira de chegar a aprovação é PRATICANDO, não apenas lendo e decorando
checklists, mas sim com estratégias e técnicas de aperfeiçoamento do raciocínio clínico, usar palavras chaves que o
examinador gosta de escutar, pontos chaves e itens ocultos de cada checklist. Em resumo não são 3 ou 5 dias de cursos
práticos que iram te fazer ter sucesso na prova, mas sim a forma que você irá se preparar de hoje até o dia da prova.
Estamos apenas no início e na mesma situação de todos vocês, por isso sabemos exatamente quais angustias e
questionamentos cada um de vocês tem. Aproveitem ao máximo nosso material, pratiquem muito e juntem-se a nós, através
de nossas redes sociais, onde compartilharemos conhecimentos e evoluiremos juntos.
Desejamos a todos muito sucesso nessa trajetória e que em breve possamos desfrutar desta carreira maravilhosa que
escolhemos para nossas vidas. O sucesso é logo ali e vamos juntos em busca dele da melhor maneira que é PRATICANDO.

Thayrony Cristian
Naiara Rodrigues
José Valmir
Leandro Marcos
Matheus Phellipe

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Índice
ALEITAMENTO MATERNO .......................................................................................................................5
ANEMIA FERROPRIVA .............................................................................................................................9
BAIXA ESTATURA ..................................................................................................................................13
BRONQUIOLITE .....................................................................................................................................17
CRIPTORQUIDIA ....................................................................................................................................21
CRISE ASMÁTICA ...................................................................................................................................25
CONVULSÃO FEBRIL ..............................................................................................................................29
DIARREIA AGUDA (PLANO A) .................................................................................................................33
DIARREIA AGUDA (PLANO B) .................................................................................................................36
DIARREIA AGUDA (PLANO C) .................................................................................................................39
DOENÇA DE KAWASAKI .........................................................................................................................43
ESCARLATINA ........................................................................................................................................47
FEBRE REUMÁTICA ...............................................................................................................................51
ICTERÍCIA DO ALEITAMENTO ................................................................................................................56
ICTERÍCIA PATOLÓGICA ........................................................................................................................60
MENINGITE BACTERIANA ......................................................................................................................64
MONONUCLEOSE .................................................................................................................................68
OBESIDADE E HIPERTENSÃO ARTERIAL .................................................................................................72
OTITE MÉDIA AGUDA ............................................................................................................................77 3
PARASITOSE INTESTINAL ......................................................................................................................81
PNEUMONIA COMUNITÁRIA ................................................................................................................85
REANIMAÇÃO NEONATAL .....................................................................................................................89
SARAMPO .............................................................................................................................................93
SÍFILIS CONGÊNITA ...............................................................................................................................97
SÍNDROME NEFRÍTICA (GNPE) ............................................................................................................102
SINUSITE BACTERIANA ........................................................................................................................106
TESTES DE TRIAGEM NEONATAL .........................................................................................................109
TUBERCULOSE INFANTIL .....................................................................................................................114
VACINAÇÃO ........................................................................................................................................119
VARICELA ............................................................................................................................................123

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ALEITAMENTO MATERNO

Você é o médico de uma UBS e recebe mãe com seu bebê de 4 meses, solicitando algumas
informações sobre o aleitamento do seu filho.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame Físico direcionado
• Orientações
• Esclarecimento de dúvidas

5
INFORMAÇÕES DO CASO:
Bebê:
• Lactente em amamentação exclusiva, não faz ingesta de nenhum outro líquido, como chás, água e outros.
• Boa aceitação ao leite materno, boa pega ao seio, mama de 6 a 8 vezes ao dia com hábitos intestinais 5-7 vezes ao dia
(normal para idade).
• Dados do nascimento: Peso (3.200kg), PC (34cm), Estatura (55cm), Apgar (9,10), Pré-natal (sem intercorrências).
• Sem histórico patológico, Testes de triagem neonatal e Teste do pezinho sem alterações.
• Vacinas (em dia): BCG, Hep. B (1 dose), Pentavalente, VIP, Pneumocócica e Rotavirus (2 doses), Meningocócica (1 dose).
Mãe:
• Profissão: Gerente bancária (demora cerca de duas horas me meia para se deslocar de sua casa até o trabalho)
• Tem o desejo de continuar amamentando seu filho.
SINAIS VITAIS:
• BEG • SatO2 99% AA
• PA (adequada para idade) • Tax 36,6°
• FC 115bpm • Peso: 5.900kg / Estatura: 70cm
• FR 30irpm
EXAME FÍSICO:
• Fontanelas normotensas com mucosas hidratadas, coradas e anictéricas
• Reflexos preservados, crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor adequado para a idade
• ACV RCR 2T BNF e AR MVUA S/RA
• Abdome flácido e indolor com RHA normais
• Genitália: sem alteração, com retração total do prepúcio
• MMII sem lesões ou edemas

6
• Apresentou-se cordialmente a mãe e ao bebê iniciando consulta com perguntas questionamentos abertos 0 0,25 0.5
• Confirma aleitamento materno exclusivo, questionando quantidade de mamadas e evacuações no dia 0 0,5 1.0
• Na anamnese questiona dados do Nascimento (Peso, PC, Estatura, Apgar) e situação vacinal 0 0,5 1.0
• Investiga intercorrências na gestação, Testes de triagem neonatal e Teste do pezinho 0 0,5 1.0
• Solicita permissão para realizar o exame físico da criança, lava as mãos e calça as luvas (despir a criança) 0 0,25 0.5
• Avalia pega e posicionamento do bebê ao seio durante amamentação e ingurgitações ou lesões na mama 0 0,5 1.0
• Orienta sobre higienização da mama e técnicas de ordenha manual para armazenamento 0 0,5 1.0
• Explica sobre recipientes de vidro, limpos em água fervendo e uso de máscara e touca durante ordenha 0 0,5 1.0
• Orienta sobre o tempo de conservação Ambiente (2 hrs), Geladeira (12 hrs) e Freezer (15 dias) 0 0,5 1.0
• Explica que o leite deve ser dado em copinho ou colher evitando mamadeiras 0 0,25 0.5
0 0,25 0.5
• Orienta que até os 6 meses tem direito a 2 intervalos de 30 min em seu dia de trabalho para amamentar
0 0,5 1.0
• Explica benefícios maternos e para o bebê da manutenção do aleitamento materno exclusivo até 6 meses

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IMAGENS DO CASO:
• Técnica de amamentação
• Técnica de ordenha

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ANEMIA FERROPRIVA

Você é o médico de uma UBS e recebe mãe com seu filho de 4 anos, referindo que o mesmo vem
comendo terra e as vezes lambendo as paredes de casa.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame Físico direcionado
• Hipótese diagnóstica
• Conduta Terapêutica

9
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Início do quadro a 1 mês, sem outros sintomas ou comorbidades e cartão vacinal em dia.
• Não tem uma alimentação balanceada, não gosta de feijão nem carne vermelha (gosta de arroz, ovo e frango).
• Vive em área rural, sem banheiro dentro de casa, com pai, mãe e 4 irmãos mais velhos.
• Pré-natal e parto sem intercorrências. Mamou só até os 2 meses e nunca realizou reposição com sulfato ferroso.
SINAIS VITAIS:
• REG • SatO2 98% AA
• PA (adequada para idade) • Tax 36.5°
• FC 135bpm • Peso: Baixo peso (Z score -3/-2)
• FR 27irpm • Estatura: Adequada (Z score -2)
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: Hipocorado ++/4+ (Presença de Queilite angular e Glossite na oroscopia)
• ACV RCR 2T BNF e AR MVUA S/RA
• Abdome flácido e indolor com RHA normais
• Genitália: sem alterações
• MMSS: unhas em aspecto de colher (Coiloniquia)
• MMII sem lesões ou edemas
EXAMES COMPLEMENTARES:
• HC Hb: 7.5 (Ref. 12-16), Ht: 19 (Ref. 36-48), VCM: 70 (Ref. 80-100), HCM: 20 (Ref. 28-34), RDW: 17 (Ref. 11-14), Leuco: 9.500
(Ref. 3.700-10.000), Plaq: 153.000 (Ref. 150.000-450.000)
• Ferro sérico: 50 (Ref. 75-150), Ferritina sérica: 15(Ref. 23-336), Saturação de transferrina: 16% (Ref. 20-50%), Reticulócitos:
0.4% (Ref. 0.5-1.8%), Transferrina: 400 (Ref. 215-365), Tibc: 395 (Ref. 250-360)
• Parasitológico de fezes 3 amostras (EPF): negativo para helmintos e protozoários

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• Apresentou-se cordialmente a mãe e a criança e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos 0 0,5 1.0
• Investiga início do quadro e sintomas associados (Dor de cabeça, irritabilidade, desânimo, falta de apetite) 0 0,5 1.0
• Investiga antecedentes natais, patológicos e familiares, moradia, hábitos alimentares e situação vacinal 0 0,5 1.0
• Solicita permissão para realizar o exame físico da criança, lava as mãos e calça as luvas (despir a criança) 0 0,5 1.0
• Identifica Palidez cutânea, Glossite atrófica, Queilite angular, Coiloniquia, Taquicardia e Baixo peso 0 0,5 1.0
• Solicita HC, Ferro sérico, Ferritina, Reticulócitos, Sat. de Transferrina, Transferrina, TIBC e EPF (3 amostras) 0 0,5 1.0
• Dá o diagnóstico de Anemia Ferropriva por baixa ingesta de ferro 0 0,5 1.0
• Prescreve sulfato ferroso (3-5 mg/kg/d de Ferro elementar) V.O. por 4m entre as refeições com suco de laranja 0 0,5 1.0
• Reforça importância da ingesta de alimentos ricos em ferros (folhas verdes, fígado e carnes vermelhas) 0 0,5 1.0
0 0,5 1.0
• Agenda retorno em 10d para reavaliação laboratorial (contagem de reticulócitos), esclarece dúvidas restantes

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IMAGENS DO CASO:
• Queilite angular com Glossite atrófica
• Coiloniquia

12
BAIXA ESTATURA

Você é o médico de uma UBS e recebe paciente de 7 anos, acompanhado de sua mãe que refere
achar seu filho muito baixo para idade comparado com os outros colegas da mesma idade.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame físico direcionado
• Plotagem de dados nos gráficos
• Diagnóstico e Condutas

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INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Paciente sem comorbidades. Família sem histórico patológico. Vacinas em dia. Testes de triagem (sem alterações).
• Pré-natal e parto sem intercorrências. Dados antropométricos de nascimento dentro da normalidade.
• 5 refeições balanceadas por dia (consome frutas e verduras), amamentou até os 2 anos (exclusivamente até os 6 meses).
• Dados de consulta aos 6 anos: Peso (24 kg), Estatura (113cm) IMC (18)
• Altura da mãe 1.60m e altura do pai 1.70m (pais com estaturas adequadas)
SINAIS VITAIS:
• BEG • SatO2 98% AA
• PA (adequada para idade) • Tax 36.7°
• FC 95bpm • Peso: 27kg / Estatura: 118cm (IMC = 19)
• FR 19irpm
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: sem alterações
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/A
• Abdome: flácido e indolor a palpação, RHA normais
• Genitália: escala de Tanner: P1 (ausência de pelos), G1 (pênis e testículos infantis)
• MMII: sem lesões ou edemas
EXAMES COMPLEMENTARES:
• RX de mão e punho esquerdo com idade óssea menor que idade cronológica
PLOTAGEM GRÁFICA:
• IMC x Idade (Entre percentil 85 e 97)
• Alvo genético: estatura do pai + estatura da mãe + 13 ÷ 2 = 171cm
• Peso x Idade (Z score entre 0 a +1)
• Estatura x Idade (Entre percentil 3 e 15)
• Velocidade de crescimento (5cm/ano)
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• Apresentou-se cordialmente a mãe e a criança e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos 0 0,25 0.5
• Solicita cartão da criança investigando (nome, idade, peso, estatura, IMC e situação vacinal) 0 0,5 1.0
• Investiga hábitos alimentares (quantas refeições no dia, consumo de frutas e verduras e até que idade mamou) 0 0,5 1.0
• Investiga antecedentes patológicos pessoais e familiares (HAS, Dislipidemia, Obesidade) e uso de medicações 0 0,5 1.0
• Solicita permissão a mãe e criança para realizar exame físico, lava as mãos e calça as luvas (despir a criança) 0 0,25 0.5
• Realiza exame físico, colhendo Peso, Estatura e IMC atuais e calculando velocidade de crescimento 0 0,5 1.0
• Investiga altura dos pais calculando alvo genético (excluindo baixa estatura familiar) 0 0,5 1.0
• Colocou dados no gráfico IMC x Idade (excluindo baixa estatura por desnutrição) 0 0,5 1.0
• Colocou dados no gráfico Estatura x Idade (Identificando baixa estatura para idade) 0 0,5 1.0
0 0,25 0.5
• Solicita Rx de mão e punho esquerdo (identificando idade óssea menor que idade cronológica)
0 0,25 0.5
• Dá o diagnóstico para mãe de retardo constitucional do crescimento e acalma a mãe 0 0,5 1.0
• Informa que seu filho irá atingir a estatura adequada, não necessitando medicações ou outros exames e
esclarece dúvidas restantes

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IMAGENS DO CASO:
• Gráficos IMC x Idade (meninos e meninas) • Gráficos Estatura x Idade (meninos e meninas)
• Cálculo alvo genético • RX mão e punho esq. (idade óssea < idade cronológica)

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BRONQUIOLITE

Você é o médico de plantão de um hospital de segundo nível e recebe um bebê do sexo masculino,
5 meses de idade, que vem acompanhado de sua mãe com queixa de febre e cansaço.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame físico direcionado
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

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INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Lactente com quadro de cansaço, febre de 38° há 5 dias, em uso de paracetamol e amoxicilina, sem melhora.
• Mãe conta que a sogra que mora na mesma casa, está com sintomas gripais. Questionando se ela transmitiu, para o bebê?
• Histórico de parto normal com 38 semanas de IG sem intercorrências em pré-natal ou parto.
• Dados antropométricos de nascimento: Peso (2.950g), Comprimento (57 cm), PC (34cm).
• Vacinas (em dia): BCG, Hep. B (1 dose), Pentavalente, VIP, Pneumocócica e Rotavirus (2 doses), Meningo C (2 doses).
• Paciente em aleitamento materno complementar com fórmula e papinhas de verduras e legumes. Aleitamento materno
exclusivo somente até os 2 meses de idade (relata que não tinha mais leite no peito).
• Teste de triagem neonatal e teste do pezinho (sem alterações).
SINAIS VITAIS:
• REG • SatO2 89% AA
• PA (adequada para idade) • Tax 38.2°
• FC 108bpm • Peso: 6.250kg / Comprimento: 72cm
• FR 55irpm
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: paciente dispneico
• Rinoscopia (secreção nasal hialina), Oroscopia (sem alterações), Otoscopia (sem alterações)
• Aparelho cardiovascular: ruídos cardíacos regulares em 2 tempos com bulhas normofonéticas
• Aparelho respiratório: Inspeção (tiragem intercostal), Ausculta (sibilância difusa), Palpação (frêmito tóracovocal
aumentado), Percussão (submacicez)
• Abdome: flácido e indolor a palpação, RHA presentes
• MMII: sem lesões ou edemas
EXAMES COMPLEMENTARES:
• Rx de tórax (hiperinflação pulmonar com infiltrado peribrônquico)

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• Apresentou-se cordialmente a mãe e a criança e iniciou consulta com perguntas questionamentos abertos 0 0,5 1.0
• Na anamnese investiga início do quadro, evolução, uso de medicações e histórico vacinal 0 0,5 1.0
• Investiga histórico pré-natal e de nascimento, antecedentes patológicos pessoais e familiares 0 0,5 1.0
• Busca sinais de dificuldade respiratória (tiragem subcostal, batimento asa do nariz, gemência e cianose) 0 0,5 1.0
• Solicita permissão para realizar o exame físico da criança, lava as mãos e calça as luvas (despir a criança) 0 0,5 1.0
• Realiza exame físico corretamente identificando sibilância difusa, baixa saturação e taquineia 0 0,5 1.0
• Dá o diagnóstico de Bronquiolite sem necessidade de RX de tórax e indica internação hospitalar 0 0,5 1.0
• Prescreve dieta por sonda nasoentérica, HV, oferta de O2, antitérmico (avalia alergias) 0 0,5 1.0
• Informa não ser possível confirmar transmissão por sua sogra, mas que é um vírus transmitido pelo ar 0 0,5 1.0
0 0,5 1.0
• Relata que existe profilaxia com Palivizumabe, mas não é necessário nesse caso (informa motivos)

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IMAGENS DO CASO:
• RX de tórax com hiperinflação pulmonar com infiltrado peribrônquico

20
CRIPTORQUIDIA

Você é o médico de uma UBS e atende a uma mãe com seu filho de 6 meses, relatando que ele não
tem um dos testículos, e que está muito preocupada.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame Físico direcionado
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

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INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Lactente nunca apresentou o testículo desde o nascimento. Nega outros sintomas.
• Cartão da criança: Dados Antropométricos de nascimento: Peso (2.800g); Comprimento (53cm); PC (34cm)
• Parto cesárea com 35 semanas (prematuro por ITU não tratada adequadamente); Sem outras intercorrências.
• Não apresenta nenhuma outra comorbidade. Testes de triagem neonatal (sem alterações). Situação vacinal em dia.
• Em lactância materna exclusiva. Nega alergias
• Em reposição de 2mg/kg/dia de Ferro elementar (desde 1º mês de vida) e Vitamina D 400 UI dia (desde 7º dia de vida)
SINAIS VITAIS:
• BEG • SatO2 98% AA
• PA (adequada para idade) • Tax 36.5°
• FC 115bpm • Peso: 6.100kg / Comprimento: 68cm
• FR 40irpm
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia geral: sem alterações
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: flácido e indolor a palpação (músculo reto abdominais presente), com RHA normais
• Genitália: Prepúcio retraído com facilidade; Ausência de testículo direito em bolsa escrotal com massa palpável em região
inguinal direita. Escala de Tanner (G1; P1)
• MMII: sem lesões ou edemas
EXAMES COMPLEMENTARES:
• USG pélvica (ausência de má formações, com testículo direito localizado em canal inguinal direito)

OBS: USG não é essencial para o diagnóstico, é apenas para saber se existe testículo intra-abdominal ou agenesia testicular.

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• Apresentou-se e cumprimentou mãe e criança, iniciando consulta com perguntas e questionamentos abertos 0 0,25 0.5
• Escuta atentamente queixa da mãe, sem interrupções desnecessárias 0 0,25 0.5
• Solicita cartão da criança (nome, idade, dados antropométricos, imunização e antecedentes pré-natais e natais) 0 0,25 0.5
• Busca sintomas associados (febre, náusea, vômito, convulsão), aleitamento materno e reposição de Ferro e Vit. D 0 0,5 1.0
• Investiga antecedentes patológicos pessoais e familiares (hérnia inguinal, criptorquidia ou síndromes) 0 0,5 1.0
• Solicita permissão a mãe e criança para realizar exame físico, lava as mãos e calça as luvas (despir a criança) 0 0,5 1.0
• Avalia escala de Tanner, presença de músculo reto abdominal e ausência de massas ou hérnias bilaterais 0 0,5 1.0
• Na genitália avalia retração do prepúcio e ausência de testículo na bolsa escrotal e canal inguinal 0 0,5 1.0
• Dá o diagnóstico de Criptorquidia, acalmando e explicando para mãe (testículo não desceu) 0 0,5 1.0
• Informa que se até 1 ano não desça será necessária cirurgia e que irá solicitar avaliação de cirurgião pediátrico 0 0,5 1.0
• Orienta sobre riscos de não realizar cirurgia (neoplasias, torção testicular, hérnias e distúrbios psicológicos) 0 0,25 0.5
• Esclarece que no futuro não irá atrapalhar a condição sexual de seu filho, mas que existe riscos de infertilidades 0 0,25 0.5
• Questiona duvidas restantes e se despede cordialmente da mãe e criança 0 0,25 0.5

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IMAGENS DO CASO:
• Criptorquidia (localização testicular)
• USG abdominal mostrando Criptorquidia a direita

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CRISE ASMÁTICA

Você é o médico da UPA, e recebe uma criança do sexo masculino, 4 anos, acompanhado de sua mãe,
referindo que seu filho está com falta de ar há 30 minutos.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Estabilização do quadro
• Anamnese e Exame físico direcionados
• Hipótese diagnostica
• Conduta e orientações

25
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Paciente apresenta dispneia súbita há 30 minutos após sua mãe manipular poeira durante a faxina.
• Paciente sempre apresenta cansaço leve ao ter contato com poeira, mofo, animais e exercícios físicos pesados, hoje
apresentando primeira crise dos sintomas com tosse alérgica e cansaço (não faz uso de nenhuma medicação). Nega outros
sintomas.
• Paciente sem outras comorbidades. Calendário vacinal em dia. Pai asmático.
SINAIS VITAIS:
• REG • SatO2 92% AA (96% após 3 etapas de NBZ)
• PA (adequada para idade) • Tax 36.4°
• FC 105bpm • Peso: 35kg
• FR 35irpm
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopica: paciente bastante dispneico
• Rinoscopia (sem alterações), Oroscopia (sem alterações) e Otoscopia (sem alterações)
• Aparelho cardiovascular: ruídos cardíacos regulares em 2 tempos com bulhas normofonéticas
• Aparelho respiratório: Inspeção (tiragem intercostal); Ausculta (sibilância difusa); Palpação (frêmito toracovocal diminuído);
Precursão (hipertimpanismo) OBS: Após 3 etapas de NBZ (apresenta somente sibilos discretos)
• Abdome: flácido e indolor a palpação, RHA normais
• MMII: sem lesões ou edemas
EXAMES COMPLEMENTARES:
• Rx de tórax: sem alterações

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• Apresentou-se cordialmente a mãe e criança e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos 0 0,25 0.5
• Identificou gravidade do quadro encaminhando paciente a sala vermelha para estabilização 0 0,5 1.0
• Questionou situação vacinal, fator desencadeante, evolução e sintomas associados (febre, tosse, cianose) 0 0,5 1.0
• Questionou sobre antecedentes pessoais, patológicos e familiares, alergias e medicações em uso 0 0,5 1.0
• Pediu permissão para realizar exame físico a mãe e criança, lava as mãos e calça luvas (tirou camisa da criança) 0 0,5 1.0
• Dá diagnostico de Crise Asmática grave sem necessidade de exames, indicando observação hospitalar 0 0,5 1.0
• Inicia NBZ com B2 curta (Berotec 1gt/3kg) + Ipatrópio (Atrovent 20 gts) + SF 0.9% 5ml por 20 minutos 0 0,5 1.0
• Inicia O2 com máscara com reservatório 6-8L/min + Corticoide VO ou IV (Hidrocortisona ou Metilprednisolona) 0 0,5 1.0
0 0,5 1.0
• Na alta prescreve Prednisona VO por 5-7 dias + Salbutamol inalatório e orientou sobre contato com alérgenos
0 0,5 1.0
• Oriente retorno em caso de piora e faz encaminhamento para seguimento ambulatorial em UBS
• Questiona dúvidas restantes e se despede de mãe e filho 0 0,25 0.5

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IMAGENS DO CASO:
• Classificação crise asmática

28
CONVULSÃO FEBRIL

Você está de plantão na UPA, e é chamado para atender uma criança do sexo feminino 2 anos de idade.
Cujo a mãe está desesperada pois a mesma está se debatendo.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Estabilização do quadro
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

29
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Criança inconsciente e se debatendo, quadro com 10 minutos de evolução. (1º Episódio).
• Mãe refere que a mesma a alguns dias vem apresentando quadro gripal e febre. (Não fez uso de nenhuma medicação).
• Não tem antecedentes patológicos ou traumas. Pré-natal e parto sem intercorrências. Sem histórico familiar convulsivo.
• Vacinas em dias e nega alergias.
SINAIS VITAIS:
• Inconsciente (após estabilização consciente e sonolenta) • SatO2 94% AA (98% após estabilização)
• PA (adequada para idade) • Tax 39.5°
• FC 108bpm • GC 86mg/dl
• FR 25irpm
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: Criança inconsciente e apresentando convulsão tônico clônica generalizada (Restante do exame físico incapaz de
realizar)
• Após estabilização:
1. Ectoscopia: sonolenta, porém consciente
2. Rinoscopia (secreção nasal hialina); Oroscopia (hiperemia de tonsilas palatinas e amígdalas, sem placas); Otoscopia
(sem alterações)
3. Exame Neurológico: ausência de rigidez de nuca, com Kernig e Brudzisnki negativos
4. ACV RCR 2T BNF e AR MVUA sem R/A
5. Abdome: flácido e indolor, com RHA normais
6. MMII: sem lesões ou edemas nem

30
• Se apresenta e cumprimenta a mãe e de forma adequada, identifica gravidade e encaminha a sala vermelha 0 0,25 0.5
0 0,5 1.0
• Identifica quadro convulsivo lava as mãos, calça as luvas e lateraliza a criança mantendo vias aéreas abertas
• Prescreve benzodiazepínicos (Midazolam IM ou nasal ou Diazepam retal) 0 0,5 1.0
• Solicita MOV, Sinais vitais e glicemia capilar. Identifica febre, indicando antitérmico (avalia alergias) 0 0,25 0.5
0 0,25 0.5
• Inicia anamnese após estabilização questionando sintomas atuais, histórico patológico pessoal e familiar
• Solicita cartão vacinal investigando se vacinas estão em dia 0 0,25 0.5
• Investiga alterações neurológicas (rigidez de nuca, Kernig e Brudzinski) e histórico de trauma 0 0,5 1.0
• Dá diagnóstico de Convulsão febril benigna sem necessidade (ex. laboratoriais, imagem ou punção lombar) 0 0,5 1.0
• Indica observação hospitalar e busca outros focos de febre (rinoscopia, oroscopia e otoscopia) 0 0,5 1.0
• Acalma a mãe reforçando quadro benigno e sem necessidade de profilaxia para convulsão 0 0,5 1.0
0 0,5 1.0
• Orienta que o quadro pode ocorrer novamente até os 5 anos de idade informando o que fazer se recorrência
0 0,5 1.0
• Prescreve antitérmico na alta e esclarece dúvidas restantes

31
IMAGENS DO CASO:
• Classificação • Sinais Meníngeos
• Fases da convulsão • Orientações para a mãe em caso de recorrência

32
DIARREIA AGUDA (PLANO A)

Você é o médico de uma UBS e atende uma mãe com seu filho de 3 anos de idade, referindo que a
criança está com diarreia.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame Físico direcionado
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

33
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Criança com diarreia aquosa, fétida (sem muco ou sangue) há 3 dias, com 2 episódios de febre não aferida (com melhora após
uso de Paracetamol).
• Hoje apresentando 3 episódios diarreicos, alimentando-se e bebendo água normalmente, nega outros sintomas.
• Situação vacinal em dia, sem histórico de intercorrências no pré-natal e parto.
• Paciente sem outras comorbidades, nega alergias.
SINAIS VITAIS:
• BEG • FR 28irpm
• PA (adequada para idade) • SatO2 99% AA
• Pulsos (cheios) • Tax 37,8°
• FC 95bpm • Peso atual 21kg (anterior 22kg)
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: criança alerta com mucosas hidratadas, lágrimas presentes
• Sinal da prega: desaparece rapidamente
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: Inspeção (flácido), Ausculta (RHA aumentados), Palpação (levemente doloroso difusamente a palpação profunda),
Percussão (sem alterações)
• MMII: sem lesões ou edemas

34
• Apresentou-se e recebeu cordialmente mãe e criança, iniciando consulta com questionamentos abertos 0 0,5 1.0
• Investiga (início, evolução, medicações em uso) e sintomas associados (febre, vômitos, inapetência, convulsão) 0 0,5 1.0
• Solicita cartão da criança e verifica nome, idade, peso e situação vacinal (avaliar vacina Rotavírus) 0 0,5 1.0
• Investiga característica das fezes (quantidade de evacuações, presença de muco ou sangue, mal cheiro) 0 0,5 1.0
• Solicita permissão a mãe e a criança para realizar exame físico, lava as mãos e calça luvas (tirou camisa da criança) 0 0,5 1.0
• Avalia Estado geral, hidratação, sinal da prega, dor abdominal, peso atual e anterior 0 0,5 1.0
• Dá o diagnóstico de Diarreia aguda, sem desidratação, sem necessidade de exames ou internação hospitalar 0 0,5 1.0
• Prescreve SRO (100-200ml após cada evacuação) + Zinco oral (20mg/dia 10-14 dias) + Antitérmico 0 0,5 1.0
• Orienta continuar com alimentação e hidratação (água filtrada) normalmente 0 0,5 1.0
• Orienta retorno imediato se piora do estado geral, não consegue beber, não melhora febre ou sangue nas fezes 0 0,5 1.0

35
DIARREIA AGUDA (PLANO B)

Você é o médico de um UBS e atende uma mãe com seu filho de 9 meses, referindo que seu filho está
com diarreia.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame físico direcionado
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

36
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Lactente de 9 meses com diarreia aquosa, fétida (sem muco ou sangue) a 2 dias (vários episódios), chorosa desde o início do
quadro.
• Apresentou febre de 38° (baixada com Paracetamol) e 1 episódio de vômito.
• Alimentação com lactancia materna mais papinhas e sopinhas (mamou exclusivamente ao peito até os 6 meses).
• Calendário vacinal (não tomou a vacina Rotavírus aos 4 meses, pois não tinha no posto).
• Paciente sem outras comorbidades, pré-natal e parto sem intercorrências, nega alergias.
SINAIS VITAIS:
• REG • FR 30irpm
• PA (adequada para idade) • SatO2 97% AA
• FC 128bpm • Tax 38°
• Pulsos (rápidos e fracos) • Peso atual 8kg (anterior 9kg)
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: criança irritada, desidratada ++/4+, com olhos fundos, lágrimas ausentes e que bebe água avidamente
• Fontanela: anterior deprimida e posterior fechada
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: Inspeção (levemente distendido), Ausculta (RHA aumentados), Palpação (doloroso a palpação profunda
difusamente), Percussão (timpanismo discreto)
• MMII: sem lesões ou edemas

OBS: Se vômito durante SRO, aguardar 10 minutos e voltar SRO. Se vômitos persistentes prescrever Ondasetrona.

37
• Apresentou-se e recebeu cordialmente mãe e criança, iniciando consulta com questionamentos abertos 0 0,25 0.5
• Investiga (início, evolução, medicações em uso) e sintomas associados (febre, vômitos, inapetência, convulsão) 0 0,5 1.0
• Solicita cartão da criança e verifica nome, idade, peso e situação vacinal (avaliar vacina Rotavírus) 0 0,5 1.0
• Investiga característica das fezes (quantidade de evacuações, presença de muco ou sangue, mal cheiro) 0 0,5 1.0
• Solicita permissão a mãe e a criança para realizar exame físico, lava as mãos e calça luvas (despir toda criança) 0 0,25 0,5
• Avalia estado geral, hidratação, sinal da prega, dor abdominal, peso atual e anterior 0 0,5 1.0
• Dá o diagnóstico de Diarreia aguda, com desidratação moderada, sem necessidade de exames 0 0,5 1.0
• Indica observação com SRO (50-100ml/kg em copo ou colher continuamente) + Antitérmico e reavalia após 4h 0 0,5 1.0
• Mantem aleitamento materno exclusivo, suspendendo outros alimentos 0 0,25 0.5
• Na alta prescreve Zinco oral 20mg/dia 10-14 dias, não indica ATB (diarreia sem características bacterianas) 0 0,5 1.0
• Orienta continuar com alimentação e hidratação (água filtrada) normalmente e não vacinar para Rotavírus 0 0,25 0.5
• Orienta retorno imediato se piora do estado geral, não consegue beber, não melhora febre ou sangue nas fezes 0 0,5 1.0

38
DIARREIA AGUDA (PLANO C)

Você é o médico da UPA e recebe uma mãe com seu filho de 6 meses de idade, referindo que a criança
está com diarreia há 3 dias.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame físico direcionado
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

39
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Lactente com diarreia aquosa fétida (sem muco ou sangue) a 3 dias, em grandes volumes e várias vezes no dia.
• Calendário vacinal (não tomou vacina Rotavírus aos 4 meses pois não tinha no posto).
• Lactente sem outras comorbidades ou outros sintomas, sem intercorrências no pré-natal e parto, nega alergias.
SINAIS VITAIS:
• Estado geral: letárgico • FR 32irpm
• PA (adequada para idade) • SatO2 97% AA
• FC 127bpm • Tax 38,5°
• Pulsos muito fracos • Peso atual 6kg (anterior: 7kg)
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: criança desidratada +++/4+, olhos muito fundos com ausência de lagrimas, não é capaz de beber.
• Sinal da prega: desaparece muito lentamente
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: Inspeção (flácido), Ausculta (RHA aumentados), Palpação (doloroso a palpação profunda difusamente), Percussão
(sem alterações)
• MMII: sem lesões ou edemas
HIDRATAÇÃO VENOSA:
Fase de Expansão:
• < 1 ano: SF 0,9% ou Ringer lactato 30ml/kg em 1h + 70ml/kg próximas 5h (OBS: sem melhora do quadro após 30 minutos)
• > 1 ano: SF 0,9% ou Ringer lactato 30ml/kg em 30min + 70ml/kg próximas 2 horas e 30 min
Fase de Manutenção (Holliday-Segar):
• SG 5% + SF 0,9% (relação 4 para 1)→ Até 10kg (100ml/kg); 10-20kg (1.00ml + 50ml/kg para kg excedido após 10kg); > 20kg
(1.500ml + 20ml/kg para cada kg excedido após 20kg) + KCL 10% 2ml para cada 100ml de solução.
Fase de Reposição:
• SF 0,9% + SG 5% (relação 1 para 1) 4ml/kg/h ou 50ml/kg/dia
OBS: Após fase de manutenção, paciente evolui com melhora, aceitando leite materno.
OBS: Em caso de diarreia com sangue (desinteria), iniciar ceftriaxona ou ciprofloxacino ou sulfametoxazol + trimetroprin.
40
• Apresentou-se e recebeu cordialmente mãe e criança e iniciou consulta com questionamentos abertos 0 0,25 0.5
• Investiga (início, evolução, medicações em uso) e sintomas associados (febre, vômitos, inapetência, convulsão) 0 0,25 0.5
• Solicita cartão da criança e verifica nome, idade, peso e situação vacinal (avaliar vacina Rotavírus) 0 0,5 1.0
• Investiga característica das fezes (quantidade de evacuações, presença de muco ou sangue, mal cheiro) 0 0,5 1.0
• Solicita permissão a mãe e a criança para realizar exame físico, lava as mãos e calça luvas (despir toda criança) 0 0,25 0,5
• Avalia Estado geral, hidratação, sinal da prega, dor abdominal, peso atual e anterior 0 0,25 0.5
• Dá o diagnóstico de Diarreia aguda, com desidratação grave, sem necessidade de exames complementares 0 0,5 1.0
• Indica Internação com HV (fase de expansão) SF 0,9% 30ml/kg em 1h + 70ml/kg nas próximas 5h + Antitérmico 0 0,5 1.0
• Avaliou após 30min, observando a não melhora, aumentando velocidade de gotejamento 0 0,25 0.5
• Inicia SRO 5ml/kg/h assim que criança consiga beber (mantem aleitamento materno) 0 0,5 1.0
• Indicou HV de manutenção após fase de expansão (Holliday-Segar) 600ml (Solução) + 12ml KCL 10% em 24h 0 0,5 1.0
• Na alta prescreve Zinco oral (20mg/dia 10-14 dias), não indica ATB e orienta vacina Rotavirus até 7m e 29d 0 0,5 1.0
• Orienta retorno imediato se piora do estado geral, não consegue beber, não melhora febre ou sangue nas fezes 0 0,25 0.5

41
IMAGENS DO CASO:
• Classificação e apresentação clínica na diarreia
• Vacina Rotavírus

42
DOENÇA DE KAWASAKI

Você está de plantão em um hospital terciário e recebe mãe com sua filha de 2 anos de idade,
encaminhas da UBS por quadro de febre e manchas no corpo a 7 dias, que não melhoraram com
antitérmico.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese
• Exame físico
• Hipótese diagnóstica
• Condutas e orientações

43
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Criança com febre a 6 dias (sem melhora com paracetamol) e manchas vermelhas pelo corpo a 3 dias.
• Cartão vacinal em dia. Dados antropométricos de nascimento sem alterações. Sem intercorrências em Pré-natal e parto.
• Mãe trabalha o dia todo, deixando sua filha na creche. Desconhece se na creche existem crianças com mesmos sintomas.
• Pai de origem japonesa. Sem outras comorbidades pessoais ou familiares. Nega alergias.
SINAIS VITAIS:
• REG • SatO2 98% AA
• PA (adequada para idade) • Tax 39°
• FC 104bpm • Peso/Estatura (adequados para idade)
• FR 30irpm
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: Conjuntivite não purulenta e Exantema maculopapular em tronco
• Linfonodos: Adenomegalia cervical unilateral direita
• Rinoscopia (sem alteração); Oroscopia (hiperemia de faringe com língua em framboesa), Otoscopia (sem alterações)
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: Inspeção (flácido, com exantema maculopapular), Ausculta (RHA normais), Palpação (indolor a palpação),
Percussão (sem alteraçõe)
• Genitália: exantema maculopapular intenso em região inguinal, sem outras alterações
• MMSS e MMII: edemas em mãos e pés
EXAMES COMPLEMENTARES:
• HC Hb: 12 (Ref. 12-16), Ht: 36 (Ref. 36-48), Leuco: 14.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 600.000 (Ref. 150.000-450.000)
• VHS: 48 (Ref. Até 15); PCR 39 (Ref. Até 6)
• ECG e Ecocardiograma: sem alterações
OBS: Tratamento:
• Imunoglobulina 2g/kg EV DU (até 10º dia do início do quadro)
• AAS 80-100mg/kg/dia (até cessar febre) e após 3-5mg/kg/dia (até normalização das plaquetas e/ou normalização das
alterações coronarianas)
44
0 0,5 1.0
• Apresentou-se e cumprimentou mãe e criança adequadamente e iniciou consulta com perguntas abertas
0 0,5 1.0
• Investiga início, evolução, sintomas associados (tosse, náusea, vômito, diarreia, convulsão) e uso de medicações
0 0,5 1.0
• Investiga antecedente patológicos pessoais e familiares, etnia, frequenta creche, alergias e situação vacinal
0 0,5 1.0
• Solicita permissão a mãe e a criança para realizar exame físico, lava mãos e calça as luvas (despir toda a criança)
• Identifica conjuntivite, hiperemia de orofaringe, língua em framboesa, adenopatia cervical, edemas mãos e pés 0 0,5 1.0
• Faz diagnóstico diferencial com outras doenças exantemáticas (sarampo, escarlatina, rubéola, mononucleose) 0 0,5 1.0
• Dá o diagnóstico de Doença de Kawasaki pela clínica (febre + 4 sintomas associados) e acalma a mãe 0 0,5 1.0
• Solicita HC, PCR, VHS e Ecocardiograma para investigar complicação cardíaca (verbaliza aneurisma de coronária) 0 0,5 1.0
• Indica internação e prescreve Imunoglobulina 2g/kg EV DU + AAS 100mg/kg/dia VO até cessar febre 0 0,5 1.0
• Após alta orienta Ecocardiograma entre 2°- 3° e entre 6°- 8° semanas para acompanhamento cardíaco 0 0,5 1.0

45
IMAGENS DO CASO:

46
ESCARLATINA

Você é o médico de uma UBS e atende a uma Mãe referindo que seu filho de 6 anos, está apresentando
um quadro de febre e manchas pelo corpo.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Hipótese diagnóstica
• Conduta Terapêutica
• Conduta e orientações

47
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Criança com febre a 3 dias, a 2 dias evoluindo com manchas que iniciaram no tronco e agora estão por todo corpo.
• Está se alimentando com dificuldade, referindo garganta bem inflamada (fez uso de ibuprofeno sem melhora).
• Teve 2 episódios de vômitos. Situação vacinal em dia. Nega alergias. Mora com os pais que estão assintomáticos.
• Paciente sem outras comorbidades. Sem intercorrências no pré-natal e parto.
• Dados antropométricos ao nascer: Peso (3.000g); Comprimento (54cm); PC (34cm).
SINAIS VITAIS:
• REG • SatO2 98% AA
• PA (adequada para idade) • Tax 38.7°
• FC 98bpm • Peso 24kg
• FR 25irpm
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: Fronte e bochecha hiperemiada, palidez perioral e exantema micropapular difuso (aspecto de lixa)
• Rinoscopia (sem alterações); Oroscopia (língua em framboesa, hiperemia e hipertrofia de amigdalas com placas, úvula
edemaciada e com petéquias); Otoscopia (sem alterações)
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: Inspeção (exantema micropapular), Ausculta (RHA normais), Palpação (doloroso difusamente a palpação
profunda, sem sinais de irritação peritoneal), Percussão (sem alterações)
• MMSS e MMII: exantema micropapular intenso em flexuras, poupando palma das mãos e planta dos pés, com descamação
laminar em dedos das mãos e pés.
EXAMES COMPLEMENTARES:
• HC Hb: 13 (Ref. 12-16), Ht: 35 (Ref. 36-48), Leuco: 15.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 190.000 (Ref. 150.000-450.000)
• ASLO (positivo); Cultura de orofaringe (solicitada e aguardando resultado)

OBS: Sinal de Filatov (hiperemia de fronte e bochechas com palidez perioral) e Sinal de Pastia (exantema intenso em flexuras,
formando linhas transversais).
48
• Apresentou-se e cumprimentou mãe e criança adequadamente e iniciou consulta com perguntas abertas 0 0,5 1.0
• Investiga início, evolução, sintomas associados (tosse, vômito, dor de garganta e abdominal) e uso de medicações 0 0,5 1.0
• Investiga antecedente patológicos pessoais e familiares, contatos com mesmos sintomas e situação vacinal 0 0,5 1.0
• Solicita permissão a mãe e a criança para realizar exame físico, lava mãos e calça as luvas (despir a criança) 0 0,5 1.0
• Identifica exantema em aspecto de lixa (poupando mão e pé), sinal de Filatov e Pastia e faringoamigdalite 0 0,5 1.0
• Associa quadro clinico e dá o diagnóstico de Escarlatina sem necessidade de exames complementares 0 0,5 1.0
• Acalma a mãe informando se tratar de uma doença bacteriana causada pelo Estreptococo Pyogenes 0 0,5 1.0
• Não indica internação e prescreve Penicilina Benzatina 1.200.000 UI IM DU + antitérmico (avaliando alergias) 0 0,5 1.0
• Orienta retorno em 24h ou imediatamente em caso de piora do quadro
0 0,5 1.0
• Esclarece dúvidas restantes e despede-se de mãe e filho cordialmente
0 0,5 1.0

OBS: Se paciente < 20kg = Penicilina Benzatina 600.000 UI IM DU

49
IMAGENS DO CASO:
• Resumo Escarlatina

50
FEBRE REUMÁTICA

Você é o médico do Pronto Socorro e recebe escolar de 8 anos do sexo masculino, trazido por sua mãe,
com relato de febre diária há 15 dias, associada a dor e inflamação no joelho e tornozelo esquerdo.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame Físico direcionado
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

51
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Mãe refere que seu filho estava com a garganta inflamada há 1 mês e fez uso de amoxicilina por 5 dias.
• Há 10 dias iniciou febre e dor no joelho direito que migrou para joelho e tornozelo esquerdo a 5 dias.
• Nega outras comorbidades e alergias. Situação vacinal em dia. Pais sem comorbidades. Criança é filho único.
SINAIS VITAIS:
• REG • SatO2 97% AA
• PA (adequada para idade) • Tax 38.7°
• FC 103bpm • Peso 27kg
• FR 25irpm
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia geral: sem alterações
• Rinoscopia (sem alterações), Oroscopia (sem alterações) e Otoscopia (sem alterações)
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: flácido e indolor a palpação com RHA normais
• MMII: edema e sinais flogisticos em joelho e tornozelo esquerdo
• Neurológico: Glasgow 15 (AO: espontânea, RV: orientado, RM: obedece a comandos); Ausências de tremores, fasciculação
de língua e sinal da ordenha negativo (Coreia de Sydenham)
EXAMES COMPLEMENTARES:
• HC: Hb: 11.5 (Ref. 12-16), Ht: 37 (Ref. 36-48), Leuco: 15.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 170.000 (Ref. 150.000-450.000)
• VHS 50 (ref. Até 15); PCR 48 (ref. Até 6)
• ASLO (positivo); Cultura de orofaringe (solicitada e aguardando resultado)
• ECG (sem alterações); Ecocardiograma (sem alterações)

52
OBS: Critérios de Jones modificado (2 maiores + obrigatório OU 1 maior + 2 menores + obrigatório):
• Obrigatório: Infecção documentada por Estreptococo grupo A (Pyogenes)
• Maiores (Poliartrite, Cardite, Eritema marginado, Nódulo subcutâneos e Coreia de Sydenham)
• Menores: Febre, Artralgia, Alterações laboratoriais (aumento de PCR e VHS), ECG (aumento do intervalo PR)
OBS: Tratamento:
• Erradicação Estreptocócica→ Penicilina Benzatina 600.000 UI IM DU (≤ 20kg) ou 1.200.000 UI IM DU (> 20kg)
• Artrite→ AAS 50-70mg/kg/dia 6/6h até 5 dias + 50mg mg/kg/dia 6/6h até 3 semanas + 25mg/kg/dia 6/6h por mais 2-4
semanas (Adultos usar Prednisona 1mg/kg/dia com desmame gradual após controle dos sintomas)
• Cardite→ Prednisona 2mg/kg/dia por 2-3 semanas (após realizar desmame gradual)
• Coreia de Sydenham→ Fenobarbital (alternativa Haloperidol, Clorpromazina ou Ácido Valpróico)
OBS: Profilaxia Secundária:
• Sem Cardite→ P. Benzatina (avaliar peso) cada 21 dias até 21 anos ou 5 anos do último surto (usar o mais longo)
• Cardite sem sequela→ P. Benzatina (avaliar peso) cada 21 dias até 21 anos ou 10 anos do último surto (usar mais longo)
• Cardite com sequela→ P. Benzatina (avaliar peso) cada 21 dias até 40 anos ou 10 anos do último surto (usar mais longo)
• Cardite com troca valvar→ P. Benzatina (avaliar peso) cada 21 dias por toda vida

53
• Apresentou-se e cumprimentou mãe e criança adequadamente, iniciando consulta com perguntas abertas 0 0,25 0.5
• Investiga início, evolução, sintomas associados (dor torácica, manchas no corpo, nódulos articulares, tremores) 0 0,25 0.5
• Busca antecedentes patológicos pessoais (Faringoamigdalite) e familiares (Lupus ou Doenças reumatológicas) 0 0,5 1.0
• Solicita cartão da criança e investiga (nome, idade, peso, imunizações), uso de medicamentos e alergias 0 0,25 0.5
• Solicita permissão a mãe para realizar exame físico, lava mãos e calça as luvas (retira a camisa da criança) 0 0,25 0.5
• Busca alteração cardíaca (ausculta dos 4 focos) e Coreia de Sydenham (sinal da ordenha e fasciculação de língua) 0 0,5 1.0
• Identifica edema e sinais flogisticos em joelho e tornozelo esquerdo, febre e artralgia 0 0,5 1.0
• Solicita HC, VHS, PCR, ASLO ou Cultura de orofaringe, Eletrocardiograma e Ecocardiograma 0 0,5 1.0
• Dá o diagnóstico de Febre Reumática (Jones 1 maior e 3 menores com infecção por Estreptococo documentada) 0 0,5 1.0
• Acalma a mãe informando ser uma complicação pela infecção por Estreptococo Pyogenes sem lesão cardíaca 0 0,5 1.0
• Não indica internação e prescreve Penicilina Benzatina 1.200.000 UI IM DU + AAS 50mg/kg/dia de 6/6h por 5d 0 0,5 1.0
• Prescreve Penicilina Benzatina 1.200.000 UI IM cada 21 dias até 21 anos (profilaxia secundária) e despede-se de 0 0,5 1.0
mãe e filho cordialmente

54
IMAGENS DO CASO:
• Critérios de Jones • Nódulos subcutâneos e Coreia de Sydenham
• Definição Coreia de Sydenham • Eritema marginado

55
ICTERÍCIA DO ALEITAMENTO MATERNO

Você é o médico de uma UPA e recebe mãe e RN do sexo masculino, com 3 dias de vida. Mãe angustiada
por seu filho se apresentar amarelado.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame Físico direcionado
• Hipótese diagnóstica
• Conduta Terapêutica

56
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• RN ictérico no 3º dia de vida apresentando icterícia em escleras e face. Sem outras intercorrências.
• Cartão da criança: Parto normal com 40 semanas de gestação. Sem intercorrências no pré-natal (8 consultas) e no parto.
• Dados antropométricos do nascimento: Peso (3.100g); Comprimento (54cm); PC (36cm); Apgar (9/10).
• Vacinado contra Hepatite B e BCG. Testes de triagem neonatal (sem alterações, exceção pezinho aguardando resultado)
• Em lactância materna exclusiva (não tem boa pega). Tipo sanguíneo Mãe e Pai A+ (positivo)
SINAIS VITAIS:
• BEG • SatO2 98% AA
• FC 130bpm • Tax 36.6°
• FR 50irpm • Peso 2.800kg / Comprimento 54cm
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia geral: icterícia em face e escleras (Kramer 1)
• Fontanelas: normotensas
• Linfonodos: ausentes
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: Inspeção (flácido), Ausculta (RHA normais), Palpação (indolor a palpação), Percussão (sem alterações)
• MMII: sem lesões ou edemas
EXAMES COMPLEMENTARES:
• HC: Hb: 11.8 (Ref. 12-16), Ht: 32 (Ref. 36-48), Leuco: 11.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 220.000 (Ref. 150.000-450.000)
• Bilirrubinas: BT: 5 (Ref. 0.2-1.1) BD: 4.2 (Ref. 0.1-0.4) BI: 0.8 (0.1-0.7)
• Tipagem sanguínea do RN: A+ (positivo)

OBS: Icterícia do leite Materno→ normalmente após 7º dia de vida. Conduta (suspender aleitamento por 24h, deixando RN com
fórmula e retornar aleitamento materno exclusivo após 24h).
57
• Apresenta-se e cumprimenta mãe, iniciando consulta com perguntas e questionamentos abertos 0 0,5 1.0
• Escuta atentamente a queixa principal e busca informações sobre o pré-natal, parto, aleitamento e vacinas 0 0,5 1.0
• Investiga sintomas associados (febre, vômitos, acolia fecal, colúria, hipertonia, convulsões) 0 0,5 1.0
• Observa se está mamando adequadamente e busca qual o grupo sanguíneo da mãe e do pai 0 0,5 1.0
• Solicita permissão para examinar a criança, lava as mãos e calça as luvas (despir toda a criança) 0 0,5 1.0
• Identifica icterícia em face e escleras (classificando como Kramer 1) e RN sem boa pega ao seio com perca de peso 0 0,5 1.0
• Solicita HC, Bilirrubinas e Tipagem sanguínea (busca hemólise, hiperbilirrubinemia e incompatibilidade ABO-RH) 0 0,5 1.0
• Dá o diagnóstico de Icterícia neonatal do aleitamento materno por baixo aporte calórico 0 0,5 1.0
• Fala técnica correta de aleitamento (abocanhar toda aréola, lábio inferior evertido, queixo tocando a mama) 0 0,5 1.0
• Esclareceu dúvidas restantes e agendou retorno em 48h para avaliação de ganho ponderal 0 0,5 1.0

58
IMAGENS DO CASO:
• Classificação de Kramer
• Técnica de amamentação

59
ICTERÍCIA PATOLÓGICA

Você está de plantão em uma Maternidade e atende a uma puérpera com seu RN do sexo masculino,
de 24 horas de vida, mãe quer saber porque seu filho está tão amarelo.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame Físico
• Hipótese diagnóstica
• Conduta Terapêutica

60
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• RN apresentando icterícia desde o nascimento. Sem outras intercorrências.
• Cartão da criança: RN de 38 semanas de IG, parto normal, Peso (2.850g); Comprimento (54cm); PC (36cm); Apgar (9/10).
• Não vacinado até o momento. Mamando ao seio, sem dificuldades.
• Cartão de pré-natal: Sem intercorrências no pré-natal (6 consultas) e no parto. Mãe tem tipo sanguíneo A+ (positivo) e Pai
tem tipo sanguíneo B- (negativo). Todos os exames vieram sem alterações.
SINAIS VITAIS:
• BEG • SatO2 98% AA
• FC: 116bpm • Tax 36.6°
• FR 45irpm • Peso e Comprimento (mesmos do nascimento)
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: icterícia até punhos e tornozelos (Kramer 4)
• Fontanelas: normotensas
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: Inspeção (flácido, com icterícia em tórax e abdome), Ausculta (RHA normais), Palpação (indolor a palpação),
Percussão (sem alterações)
• MMII: sem lesões ou edemas
EXAMES COMPLEMENTARES:
• HC Hb: 10.2 (Ref. 12-16), Ht: 32 (Ref. 36-48), Leuco: 10.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 190.000 (Ref. 150.000-450.000)
• Bilirrubinas: BT: 15 (Ref. 0.2-1.1) BD: 0.8 (Ref. 0.1-0.4) BI: 14.2 (0.1-0.7)
• Tipagem sanguínea RN: B- (negativo) / Coombs direto: positivo

OBS: Se Coombs direto negativo: solicitar Galactose total (excluir galactosemia); TSH e T4 livre (excluir hipotireoidismo
congénito); Glicose 6 fosfato (excluir deficiência de G6PD), Albumina (excluir hipoalbuminemia); Contagem de Reticulócitos (excluir
reticulocitose).
61
• Apresentou-se cordialmente e cumprimentou mãe, iniciando consulta com perguntas e questionamentos abertos 0 0,5 1.0
• Escuta atentamente a queixa principal e busca informações sobre o pré-natal, parto e vacinas 0 0,5 1.0
• Investiga sintomas de encefalopatia bilirrubinica (febre, arqueamento, choro intenso, hipertonia, convulsão) 0 0,5 1.0
• Observa se está mamando adequadamente e investiga qual o grupo sanguíneo da mãe e do pai 0 0,5 1.0
• Solicita permissão a mãe para realizar exame físico do RN, lava as mãos e calça as luvas (despir todo o RN) 0 0,5 1.0
• Identifica icterícia até punhos e tornozelos (classificando com Kramer 4) 0 0,5 1.0
• Solicita HC, Bilirrubinas e Tipagem sanguíneas (hemólise, hiperbilirrubinemia e incompatibilidade ABO-RH) 0 0,5 1.0
• Solicita teste de Coombs direto para o RN (confirmando incompatibilidade ABO-RH) 0 0,5 1.0
• Dá o diagnóstico de Icterícia neonatal patológica por incompatibilidade AB0 acalmando a mãe 0 0,5 1.0
• Solicita gráficos de fototerapia e exsanguíneotransfusão (plotando dados corretamente) 0 0,5 1.0
• Indica fototerapia com proteção ocular e monitorização das Bilirrubinas em até 24h

62
IMAGENS DO CASO:
• Gráfico Fototerapia (se dados supera linha pontilhada vermelha indica fototerapia)
• Gráfico Exanguineotransfusão (se dados supera linha pontilhada vermelha indica exanguineotransfusão)
• Escala de Kramer

63
MENINGITE BACTERIANA

Você é o médico de um hospital de 2º nível e atende mãe com seu filho de 12 meses, referindo que o
mesmo se encontra com febre intensa e aparecimento de manchas no corpo, fala que a criança está
resfriada a alguns dias.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame Físico direcionado
• Hipótese diagnóstica
• Conduta Terapêutica

64
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Lactente com febre a 2 dias e surgimento de manchas (púrpuras) pelo corpo a 1 dia.
• Dificuldade de movimentar a cabeça, não está se alimentando a 12 horas, irritada e chorosa.
• Criança mora com o pai e a mãe. E não frequenta creches. Sem intercorrências no pré-natal ou parto.
• Cartão vacinal: não tomou a Meningo C aos 12 meses (por falta da vacina na unidade de saúde).
• Estava com sinusite bacteriana aguda a 30 dias e tratou com amoxicilina por 5 dias (inadequado).
SINAIS VITAIS:
• Estado geral comprometido • SatO2 93% AA
• PA (adequada para idade) • Tax 39.5°
• FC 120bpm • Peso 7.300g
• FR 32irpm
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia geral: lactente com prostração e letargia, apresentando púrpuras por todo corpo
• Fontanelas: anterior (levemente abaulada) e posterior (fechada)
• Pupilas: Isocóricas e fotorreagentes, fica incomodada com a luz (fotofobia); Fundo de olho (ausência de papiledema)
• Linfonodos: ausentes
• Sinais Meníngeos: Rigidez de nuca, Kerning e Brudzinsky positivos (criança chora ao realizar exame)
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: Inspeção (presença de púrpuras), Ausculta (RHA normais), Palpação (indolor a palpação), Percussão (normal)
• MMII: sem edemas, com presença de púrpuras
EXAMES COMPLEMENTARES:
• HC: Hb: 12 (Ref. 12-16), Ht: 35 (Ref. 36-48), Leuco: 18.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 160.000 (Ref. 150.000-450.000)
• PCR: 84 (Ref. Até 6) / Bacteroscopia liquor: Diplococo gram negativo (Meningocócica) / Antibiograma: sensível a Ceftriaxona
• Punção Lombar: Líquor de aspecto turvo, leitoso; Predomínio de polimorfonucleares; Celularidade 550 (Ref. Até 4);
Proteínas 500 (Ref. Até 40); Leucócitos 1.800 (Ref. Até 1.000), Glicose 30 (Ref. > 40)

65
• Apresentou-se cordialmente a mãe e a criança e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos 0 0,25 0.5
• Investiga queixa atual (início, evolução, uso de medicações) e histórico patológico (resfriado, sinusite, otite) 0 0,5 1.0
• Investiga sintomas associados (náuseas, vômitos em jato, convulsões, inapetência, queda do estado geral) 0 0,5 1.0
• Verifica cartão da criança (nome, idade, imunização e peso), identificando e verbalizando ausência de Meningo C 0 0,5 1.0
• Investiga contatos próximos com os mesmos sintomas 0 0,25 0.5
• Solicita autorização para realizar exame físico, lava as mãos e se paramenta por completo (despindo toda criança) 0 0,5 1.0
• Identifica púrpuras em todo corpo, abaulamento de fontanela anterior, presença de sinais meníngeos e fotofobia 0 0,5 1.0
• Solicita (HC, PCR, Hemocultura e Antibiograma) e Punção lombar com estudo do líquor (entre L1 S1) 0 0,5 1.0
• Dá o diagnóstico de Meningite bacteriana e indica internação hospitalar com isolamento respiratório por 24h 0 0,5 1.0
• Prescreve Ceftriaxone 100mg/kg 12/12h + Dexametasona 10mg 6/6h EV (20 min antes ou junto do ATB) 0 0,5 1.0
• Realiza notificação compulsória e prescreve profilaxia com Rifampicina para a mãe e pai cada 12/12h por 2 dias 0 0,5 1.0

66
IMAGENS DO CASO:
• Púrpuras • Coloração de Gram do Líquor
• Interpretação do Liquor nas meningites • Sinais de irritação meníngea
• Profilaxia dos contatos próximos

67
MONONUCLEOSE

Mãe retorna a UPA com seu filho de 12 anos, referindo que o filho estava com a garganta inflamada e
que outro médico passou uma medicação e agora o filho está cheio de manchas pelo corpo.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame Físico
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

68
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Criança apresentou quadro de dor de garganta há 3 dias acompanhada de febre e dores pelo corpo.
• Mãe levou criança a UPA onde foi prescrito amoxicilina por 10 dias.
• No segundo dia de antibiótico a criança apresenta manchas vermelhas pelo corpo, que iniciou no tronco e progrediu para o
resto do corpo. Persistindo o quadro de febre e dores pelo corpo.
• Criança, sem antecedentes patológicos, vacinas em dia. Nega alergias.
• Vive com a mãe e o pai, sem presença de gestantes ou imunodeprimidos na casa.
SINAIS VITAIS:
• REG • FR 24irpm
• PA (adequada para idade) • SatO2 97% AA
• FC 104bpm • Tax 38.6°
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: exantema máculo papular eritematoso em todo corpo
• Oroscopia (amigdalas hipertróficas e hiperemiadas, com placas esbranquiçadas em manta) Rinoscopia (sem alterações) e
Otoscopia (sem alterações)
• Linfonodos: presentes em região cervical e axilar bilateralmente
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: Inspeção (exantema máculo papular), Ausculta (RHA normais), Palpação (indolor a palpação, com massa palpável
a 3cm RCD e 2cm RCE = hepatoesplenomegalia), Percussão (sem alteração)
• MMII: sem edemas, com presença de exantema máculo papular
EXAMES COMPLEMENTARES:
• HC: Linfócitose com predomínio de linfócitos atípicos

69
• Apresentou-se e cumprimentou mãe e criança adequadamente e iniciou consulta com perguntas abertas 0 0,5 1.0
0 0,5 1.0
• Investiga início, evolução, sintomas associados (febre, tosse, cefaleia, vômito, disfagia) e uso de medicações
• Investiga antecedente patológicos, pessoais e familiares, alergias e situação vacinal 0 0,5 1.0
• Investiga contactantes com os mesmos sintomas e presença de alguma gestante em casa 0 0,5 1.0
• Solicita permissão a mãe e a criança para realizar exame físico, lava mãos e calça as luvas (tira camisa da criança) 0 0,5 1.0
• Identifica placas em orofaringe, linfadenopatias e associa exantema ao uso de amoxicilina 0 0,5 1.0
• Solicita HC e dá o diagnóstico de Mononucleose infecciosa (conhecida como doença do beijo) 0 0,5 1.0
• Acalma a mãe relatando se tratar de uma doença viral e orienta descontinuar o uso da amoxicilina 0 0,5 1.0
• Prescreve sintomáticos (dipirona/paracetamol), orienta repouso relativo e dieta com comidas frias e líquidos 0 0,5 1.0
• Orienta retorno em 48h ou imediatamente se piora, esclarece dúvidas e despede-se de mãe e filho 0 0,5 1.0

70
IMAGENS DO CASO:
• Exantema máculo papular Gota espessa coleta
• Amigdalas hipertróficas e hiperemiadas, com placas esbranquiçadas em manta

71
OBESIDADE E HIPERTENSÃO ARTERIAL

Você está na UBS e recebe menina de 10 anos acompanhada de sua mãe, a qual quer saber se sua filha
está obesa, pois acha que ela está mais gordinha que as outras colegas da escola com a mesma idade.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame físico
• Plotagem gráfica
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

72
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Criança aparentemente saudável, com alimentação pouco balanceada 3 alimentações ao dia e come muita massas e doces.
• Sedentária, costuma ficar tarde toda vendo TV e celular. Pai (sem comorbidades) e Mãe obesa (sem outras comorbidades).
• Cartão vacinal em dia. Não faz uso de medicações. Sem intercorrências no pré-natal e parto. Nega alergias.
• Dados antropométricos do nascimento: Peso (3.800g), Comprimento (51cm), PC (35cm).
• Mamou só até os 3 meses, iniciando alimentação com fórmula desde então.
SINAIS VITAIS:
• BEG • FC: 102bpm
• PA: 120x80mmhg→ percentil 95 (HAS estágio 1) • FR: 25irpm
• Peso: 50kg / Altura: 135cm • SatO2: 98% AA
• IMC:27 (acima do percentil 97 = Obesidade) • Tax: 36,7°
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia geral: sem alterações
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: Inspeção (globoso), Ausculta (RHA normais), Palpação (indolor a palpação), Percussão (sem alteração)
• MMII: sem lesões ou edemas
EXAMES COMPLEMENTARES:
• Glicemia de jejum; Lipidograma; TGO, TGP e GGT (solicitados e aguardando resultados)
• USG abdome total (solicitada e aguardando resultados)

73
• Apresentou-se cordialmente a mãe e a criança e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos 0 0,5 1.0
• Solicita cartão da criança investigando (nome, idade, peso, estatura, IMC e situação vacinal) 0 0,5 1.0
• Investiga hábitos alimentares (quantas refeições no dia, consumo de frutas e verduras e até que idade mamou) 0 0,5 1.0
• Investiga antecedentes patológicos pessoais e familiares (HAS, Dislipidemia, Obesidade) e atividade física 0 0,5 1.0
• Solicita permissão a mãe e criança para realizar exame físico, lava mãos e calça as luvas (tirar camisa da criança) 0 0,5 1.0
• Realiza exame físico, colhendo Peso, Estatura, IMC e Pressão arterial 0 0,5 1.0
• Colocou dados nos gráficos (IMC x Idade) e Tabela de PA (gráfico Estatura x Idade) 0 0,5 1.0
• Dá diagnóstico de Obesidade com HAS estágio 1 segundo plotagem nos gráficos e tabela 0 0,5 1.0
• Solicita glicemia de jejum, lipidograma, TGO, TGP, GGT e USG abdominal (avaliar esteatose hepática) 0 0,5 1.0
0 0,5 1.0
• Orienta dieta e atividade física, aconselha avaliação com nutricionista, e agenda retorno em 7 dias para
reavaliação e resultado dos exames

74
IMAGENS DO CASO:
• Gráfico IMC x IDADE • Percentil Pressão Arterial
• Gráfico Estatuta x Idade • Nova classificação PA na infância

75
76
OTITE MÉDIA AGUDA

Mãe traz seu filho de 15 meses, ao Pronto Socorro onde você é o médico de plantão, com história de
coriza e obstrução nasal e que desde ontem vem apresentando febre alta e chorando muito.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame Físico
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

77
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Criança começou a ficar resfriada há 6 dias (não fez uso de nenhuma medicação).
• Há 3 dias aumentou coriza e obstrução nasal e apresentou febre (não aferida), levando mãos as orelhinhas constantemente.
• Até o momento está conseguindo se alimentar (leite materno e comidinha normal de casa) e fazendo xixi normalmente.
• Nega outros sintomas
• Vacinas: Até os 12 meses vacinas todas em dia (aos 12 meses realizou Meningo C e Tríplice viral, não fez Pneumo 10 por
falta da vacina na UBS), 15 meses sem vacina.
• Dados do nascimento: Peso (3.000g), Comprimento (55 cm), PC (34cm). Sem intercorrências no parto e no pré-natal.
SINAIS VITAIS:
• REG • SatO2 97% AA
• FC 102bpm • Tax 38.9°
• FR 28irpm • Peso 10kg / Comprimento 80cm
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: criança irritada e toxêmica
• Fontanelas: anterior (normotensa) e posterior (fechada)
• Otoscopia (ouvido direito com membrana timpânica abaulada, opaca e hiperêmica, sem saída de secreção); Rinoscopia
(presença de coriza nasal hialina); Oroscopia (sem alteração)
• Pavilhão auricular: ausência de dor a mobilização e ausência de complicações (mastoidite, perfuração e surdez)
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: flácido e indolor a palpação com RHA normais
• MMII: sem edemas ou lesões
EXAMES COMPLEMENTARES:
• HC: Hb: 12 (Ref. 12-16), Ht: 36 (Ref. 36-48), Leuco: 9.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 250.000 (Ref. 150.000-450.000)

78
• Apresentou-se e cumprimentou a mãe adequadamente e iniciou consulta com perguntas abertas 0 0,25 0.5
• Investiga início, evolução, sintomas associados (tosse, vômito, falta de ar) e uso de medicações 0 0,5 1.0
• Investiga antecedentes patológicos atuais e perinatais e situação vacinal (verbaliza Pneumo 10 atrasada) 0 0,25 0.5
0 0,5 1.0
• Investiga sinais de alarme (Mama? Diurese? Saída de secreção? Convulsões/movimentos anormais <72 hrs?)
• Solicita permissão a mãe para realizar exame físico, lava mãos e calça as luvas (despir toda criança) 0 0,25 0.5
• Identifica Otoscopia alterada (abaulamento, opacidade e hiperemia) e busca dor a mobilização do pavilhão 0 0,5 1.0
• Investiga complicações: Mastoidite, Perfuração, Labirintite e Surdez (verbalizar pelo menos 2) 0 0,5 1.0
• Dá o diagnóstico de OMA (sem exame complementar) explicando ser uma complicação do resfriado comum 0 0,5 1.0
• Não indica necessidade internação hospitalar, informando que tratamento é ambulatorial 0 0,25 0.5
• Prescreve amoxicilina (40-80mg/kg 8/8hrs de 7-10d) + antitérmico e orienta lavagem nasal com S.F. 0.9% 0 0,5 1.0
• Enfatiza necessidade de tomar o remédio corretamente e orienta retornar em 48h para reavaliação 0 0,5 1.0
• Indica vacina Peumo 10 (atrasada) e vacinas de 15 meses somente após resolução total do quadro 0 0,5 1.0

79
IMAGENS DO CASO:
• Otoscopia normal
• Otoscopia na Otite Média Aguda
• Mastoidite Aguda

80
PARASITOSE INTESTINAL

Você é o médico de uma UBS e recebe Mãe com seu filho de 8 anos de idade, relatando que o mesmo
apresenta cansaço e falta de apetite e dor abdominal, e que ultimamente vem comendo terra.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame Físico
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

81
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Criança com quadro a mais ou menos 1 mês. Não se alimenta bem (come muito doce) e tem hábito de comer terra.
• Relata episódios de diarreia e vômitos esporádicos. Nega febre e cefaleia. Não fez uso nenhuma medicação até o momento.
• Casa com banheiro no quintal e sem esgoto, consomem água não potável e alimentos sem higienização adequada.
• Possui 5 irmãos com outros 2 apresentarem sintomatologia semelhante a alguns dias (não trouxe hoje pois estão na escola).
• Sem outras comorbidades. Cartão de vacinas em dia.
SINAIS VITAIS:
• REG • SatO2 95% AA
• PA (adequada para idade) • Tax 36.6°
• FC 119bpm • Peso/Altura (baixos para idade)
• FR 29irpm
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia geral: criança apática e emagrecida; hipocorado ++/4+
• Linfonodos: ausentes
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: Inspeção (distendido), Ausculta (RHA um pouco aumentados), Palpação (doloroso a palpação profunda em
epigástrio e mesogástrio, sem sinais de irritação peritoneal), Percussão (sem alteração)
• Genitália e região anal: sem alterações
• MMSS e MMII: Sem edemas ou lesões, com unhas grandes e sujas (só verbalizar se candidato perguntar sobre as unhas)
EXAMES COMPLEMENTARES:
• HC: Hb: 9 (Ref. 12-16), Ht: 29 (Ref. 36-48), VCM: 68 (Ref. 80-100), HCM 20 (Ref. 28-34), RDW 18% (11-14), Leuco: 9.000 (Ref.
3.700-10.000), Eosinófilos: 10 (Ref. 1-5), Plaquetas: 220.000 (Ref. 150.000-450.000)
• Parasitológico de fezes (EPF) 3 amostras: positivo para Helmintos (ovos de Áscaris lumbricóide)

82
• Apresentou-se cordialmente a mãe e a criança e iniciou consulta com perguntas e questionamentos abertos 0 0,5 1.0
• Investiga início do quadro e sintomas associados (cefaleia, febre, diarreia, vômito, tosse, fezes com vermes) 0 0,5 1.0
• Investiga antecedentes patológicos e familiares, moradia, hábitos alimentares, medicações e situação vacinal 0 0,5 1.0
• Solicita permissão a mãe e criança para realizar o exame físico, lava as mãos e calça as luvas (retira a camisa) 0 0,5 1.0
• Identifica Palidez cutânea, distensão e dor abdominal, emagrecimento e apatia 0 0,5 1.0
• Solicita HC e Parasitológico de fezes em 3 amostras (só fornecer resultado se solicitar em 3 amostras) 0 0,5 1.0
• Interpreta os exames corretamente e dá o diagnóstico de Parasitose intestinal por Ascaris e Anemia Ferropriva 0 0,5 1.0
• Prescreve sulfato ferroso (3-5 mg/kg/dia Fe elementar) e (Albendazol ou Mebendazol 100mg por 3 dias) V.O. 0 0,5 1.0
0 0,5 1.0
• Reforça importância da ingesta de alimentos ricos em ferros (folhas verdes, fígado e carnes vermelhas)
0 0,5 1.0
• Orienta sobre ferver a água e alimentos, lavar bem as folhas e frutas e usar sempre calçados e cortar as unhas

83
IMAGENS DO CASO:
• Tratamento de Parasitoses
• Atlas de Parasitologia

84
PNEUMONIA COMUNITÁRIA

Você é o médico de uma UBS e recebe uma mãe com seu filho de 5 anos, relatando que o mesmo
está com febre e tosse há 4 dias.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame Físico direcionado
• Hipótese diagnóstica
• Conduta Terapêutica

85
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Paciente a 4 dias apresentando quadro de tosse produtiva, com secreção esverdeada cansaço e febre de 40°.
• Está em uso de paracetamol com melhora parcial da febre. Nega alergias.
• Vacinas em dia. Sem intercorrências no pré-natal e no parto. Testes de triagem neonatal (realizados sem alterações).
• Nega contatos próximos com os mesmos sintomas. Ninguém na família com histórico de Covid.
• Família vive em área urbana e possui condições financeiras para compra das medições.
SINAIS VITAIS:
• REG • SatO2 98% AA
• PA (adequada para idade) • Tax 39°
• FC 90bpm • Peso (adequado para idade)
• FR 56irpm
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia geral: criança um pouco dispneica, acianótica e com ausência de batimento de asa nasal
• Otoscopia (sem alterações), Rinoscopia (presença de secreção esverdeada), Oroscopia (orofaringe levemente hiperemiada)
• Linfonodos: ausentes
• Aparelho cardiovascular: Ruídos cardíacos regulares em 2 tempos com bulhas normofonéticas
• Aparelho respiratório: Inspenção (Tiragem intercostal discreta), Ausculta (estertores crepitantes em base pulmonar
esquerda), Palpação (frêmito toracovocal aumentado), Percussão (submacicez em hemitórax esquerdo)
• Abdome: flácido e indolor a palpação com RHA normais
• MMII: sem lesões ou edemas
EXAMES COMPLEMENTARES:
• HC: Hb: 13 (Ref. 12-16), Ht: 37 (Ref. 36-48), Leuco: 12.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 270.000 (Ref. 150.000-450.000)
• RT-PCR para Covid 19 (negativo)
• Rx de tórax PA: consolidação em base pulmonar esquerda

86
• Apresentou-se e cumprimentou mãe e criança adequadamente, iniciando consulta com perguntas abertas 0 0,25 0.5
• Investiga início do quadro, característica da tosse, sintomas associados (vômito, dispneia) e uso de medicações 0 0,5 1.0
• Investiga antecedente patológicos (asma, cardiopatias, broncodisplasia), situação vacinal e alergias 0 0,5 1.0
• Investiga sinais de alarme (cianose, batimento de asa nasal, tiragem subcostal) e contatos com mesmos sintomas 0 0,5 1.0
• Investiga condições da moradia, renda e de cuidadores para optar ou não por internação hospitalar 0 0,25 0.5
• Solicita permissão a mãe e a criança para realizar exame físico, lava mãos e se paramenta (tirar a camisa) 0 0,25 0.5
• Não indica Rx de tórax, nem exame laboratoriais (HC, Hemocultura), solicitando apenas RT-PCR para Covid 19 0 0,5 1.0
• Dá o diagnóstico de pneumonia (baseado na clínica e principalmente na taquipneia) sem sinais de gravidade 0 0,5 1.0
• Não indica necessidade internação hospitalar, informando que tratamento será ambulatorial 0 0,5 1.0
• Prescreve amoxicilina (50mg/kg/dia de 8/8h por 10-14d) + antitérmico e orienta hidratação oral 0 0,5 1.0
• Orienta retornar em 48h ou imediatamente se presença de sinais de alarme 0 0,5 1.0
• Finaliza consulta questionando dúvidas restantes e despedindo-se cordialmente de mãe e filho 0 0,25 0.5

87
IMAGENS DO CASO:
• Classificação de gravidade
• Mapa mental Pneumonia

88
REANIMAÇÃO NEONATAL

Gestante é admitida em franco trabalho de parto em hospital referência em obstetrícia. Você, médico
plantonista do setor de Neonatologia deste serviço, é chamado para atender o RN.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Realize o primeiro atendimento ao recém-nascido e os procedimentos necessários à situação.

89
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• RN a termo de 39 semanas. Não chora, com respiração irregular. Tônus flácido.
• RN com vias aéreas pérvias, ausência de mecônio.
PASSO A PASSO: A (aquecer, posicionar, aspirar SN e secar) B (VPP) C (Massagem cardíaca) e D (drogas = adrenalina)
• Sala de parto→ temperatura entre 23 a 26°.
• RN a termo? (a termo 39sem), RN respira ou chora? (respiração irregular e não chora), RN tem bom tônus? (tônus flácido)
• Clampeamento do cordão umbilical→ Imediato.
• Em 30 segundos→ Aquecer (levar RN a berço aquecido), Posicionar (leve extensão da cabeça), Aspirar (boca e narinas/SN) e
Secar (trocar campos húmidos). Reposicionar RN e Avaliar FC (esteto no precórdio por 6 segundos x 10) e Respiração (choro
e expansão torácica) simultaneamente após procedimento.
• Próximos 30 segundos (Golden minute)→ iniciar VPP (aperta/solta/solta) técnica do C/E (bolsa + máscara) em AA 21% e
colocar Oxímetro em pulso radial no MSD e Monitorização cardíaca.
• Reavalia parâmetros e checa técnica, iniciando VPP com FIO2 a 40% (Blender) aumentando 20% cada 30seg até 100%.
• Se FC < 100bpm indicar IOT (lâmina reta zero e tubo 3 ou 3.5 sem balonete) avaliando sucesso da IOT com Capnógrafo.
• Se após IOT FC < 60bpm iniciar MCE (1/3 inferior do esterno, deprimindo 1/3 no tórax) técnica dos polegares, relação 3:1.
• Se após 1 minuto de MCE FC < 60bpm iniciar Adrenalina relação 1:10.000 (1ml + 9ml SF 0,9%) administrar 0,1- 0,3 ml/kg EV
(dose 0,01 a 0,03 mg/kg) por cateter em veia umbilical, repetidos a cada 3 a 5 minutos.
SINAIS VITAIS:
• FC após 30seg = 70bpm, (Após VPP = 65bpm), (após IOT = 55bpm), (Após MCE = 57bpm), (Após Adrenalina = 140bpm)
• Respiração após 30 segundos = irregular e não chora
• SatO2 após VPP FiO2 21% = 50% (VPP FiO2 40% após 30 seg = 55%), (VPP FiO2 60% após mais 30seg = 60%), (VPP FiO2 80%
após mais 30seg = 63%) e (VPP FiO2 100% após mais 30seg = 65%)
• SatO2 após IOT com VPP = 68%, (Após MCE = 70%), (Após Adrenalina = 98%)

90
• Apresentou-se e cumprimentou gestante e equipe adequadamente, solicitando sala de parto com T° entre 23-26° 0 0,25 0.5
• Lavou as mãos e paramentou-se corretamente 0 0,25 0.5
• Perguntou se RN é a termo? Respira ou chora? Tem bom tônus? Reconhecendo necessidade de iniciar reanimação 0 0,5 1.0
• Indica clampeamento imediato do cordão umbilical 0 0,5 1.0
• Em 30 segundos Aqueceu, Posicionou, Aspirou (SN) e Secou RN. Reposicionou RN e reavaliou FC e Respiração 0 0,5 1.0
• Indicando necessidade de início de VPP (FiO2 21%) com monitorização cardíaca e oxímetria de pulso (MSD) 0 0,5 1.0
• Reavaliou FC e SatO2 a cada 30seg checando técnica e aumentando FiO2 em 20% (até 100%) após cada avaliação 0 0,5 1.0
• Indicou necessidade de IOT (avaliando com Capnógrafo), mantendo VPP FiO2 100% e reavaliando após 30seg 0 0,5 1.0
• Verificou necessidade de massagem cardíaca informando técnica correta, reavaliando após 1min 0 0,5 1.0
• Prescreve Adrenalina (1ml + SF 0,9% 9ml) administrar 0,1- 0,3 ml/kg EV por cateter em veia umbilical 0 0,5 1.0
• Verificou estabilização do quadro e encaminhou RN para UTI neonatal, tranquilizou e informou caso a mãe 0 0,5 1.0

91
IMAGENS DO CASO:
• Aquecer, Secar, Posicionar e Aspirar (SN)
• Fases de motivação

92
SARAMPO

Você é o médico de uma UBS e recebe lactente do sexo masculino, 9 meses, acompanhado de sua
mãe relatando que seu filho está gripado e que já trouxe ele uma vez a unidade e agora está
retornando pois não houve melhora e surgiram manchas pelo corpo da criança.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese
• Exame Físico
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

93
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Lactente com febre há 6 dias, acompanhada de tosse, coriza e conjuntivite.
• Procurou UBS no início dos sintomas, sendo diagnosticado como um quadro gripal (sendo prescrito paracetamol).
• Retorna, pois, a febre não cessou e surgiram manchas avermelhadas no rosto, que progrediram para o tronco há 1 dia.
• Consegue se alimentar e beber normalmente. Situação vacinal em dia. Nega alergias. Nega outros sintomas.
• Mora com os pais que estão assintomáticos, frequenta creche (mãe não sabe se na creche à outros com mesmos sintomas).
• Sem outras comorbidades, sem intercorrências no pré-natal e parto. Nega contato com gestantes ou imunodeprimidos.
• Dados antropométricos ao nascer: Peso (3.300g); Comprimento (55cm); PC (35cm).
SINAIS VITAIS:
• REG • SatO2 97%
• FC 128bpm • Tax 39°
• FR 45irpm • Peso: 5.400g / Estatura: 75cm
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia geral: presença de hiperemia e secreção conjuntival e exantema maculopapular morbiliforme em face e tronco
• Fontanelas: Anterior (normotensa) e Posterior (fechada)
• Rinoscopia (secreção nasal hialina); Oroscopia (mucosa hiperemiada com pequenos pontos brancos próximos aos pré-
molares); Otoscopia (sem alterações)
• Linfonodos: ausentes
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: Inspeção (exantema maculopapular morbiliforme), Ausculta (RHA normais), Palpação (indolor a palpação),
Percussão (sem alteração)
• MMSS e MMII: presença de exantema maculopapular morbiliforme, sem edema
EXAMES COMPLEMENTARES:
• HC: Hb: 13 (Ref. 12-16), Ht: 37 (Ref. 36-48), Leuco: 9.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 170.000 (Ref. 150.000-450.000)
• Sorologia para Sarampo IgM (positivo) e IgG (negativo)
94
• Apresentou-se e cumprimentou mãe e criança adequadamente e iniciou consulta com perguntas abertas 0 0,5 1.0
• Investiga início, evolução, sintomas associados (febre, tosse, vômito, conjuntivite, otite) e uso de medicações 0 0,5 1.0
• Investiga antecedente patológicos, pessoais e familiares, contatos com mesmos sintomas e situação vacinal 0 0,5 1.0
• Solicita permissão a mãe para realizar exame físico, lava mãos e calça as luvas (despir toda a criança) 0 0,5 1.0
• Identifica exantema maculopapular morbilforme e pequenos pontos brancos em orofaringe (manchas de Koplik) 0 0,5 1.0
• Associa quadro clinico e suspeita de Sarampo, solicitando Sorologia para Sarampo (interpreta corretamente) 0 0,5 1.0
• Dá o diagnóstico de Sarampo, buscando contatos com gestantes, imunodeprimidos e crianças não imunizadas 0 0,5 1.0
• Prescreve Vitamina A 100.000 UI em aerossol (1º dose no diagnóstico e 2º dose no dia seguinte) + Antitérmico 0 0,5 1.0
• Orienta isolamento respiratório por 2 dias e sobre complicações (Otite, PNM, Convulsões) 0 0,5 1.0
• Orienta retorno em 48h ou imediatamente se piora, notifica o caso e despede-se de mãe e filho 0 0,5 1.0

OBS: Suplementação de vitamina A


• < 6 meses: 50.000 UI em 2 doses aerossol (1º dose no diagnóstico e 2º dose no dia seguinte)
• 6 – 12 meses: 100.000 UI em 2 doses aerossol (1º dose no diagnóstico e 2º dose no dia seguinte)
• > 12 meses: 200.000 UI em 2 duas doses aerossol ou cápsula (1º dose no diagnóstico e 2º dose no dia seguinte)

95
IMAGENS DO CASO:
• Quadro clínico
• Mapa mental

96
SÍFILIS CONGÊNITA

Você é o médico de um hospital terciário, e atende uma mãe e seu RN do sexo feminino, com 3 dias de
vida, com história de febre intermitente e muito chorosa.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame Físico
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

97
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
Cartão da gestante:
• 8 consultas realizadas, diagnosticada com Sífilis (VDRL 1:64) na 28º semana de gestação.
• Tratada com Penicilina Benzatina em doses e intervalos adequados (parceiro não foi tratado). Nega qualquer sintoma atual.
• Vacinas em dia, sem outras intercorrências no pré-natal. Parto normal chegando à maternidade já em período expulsivo.
RN:
• Dados antropométricos de nascimento: Peso (1.900g), Estatura (50 cm), PC (34cm), (Apgar 8 / 9).
• Não vacinado até o momento. Teste de triagem neonatal sem alterações (ainda não realizou teste do pezinho).
SINAIS VITAIS:
• Estado geral prostrado • SatO2 95% AA
• FC 145bpm • Tax 37.9°
• FR 49irpm • Peso: 1.800g
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia geral: RN prostrado, gemente e ictérico ++/4+
• Rinoscopia (secreção nasal serossanguinolenta), Oroscopia (hiperemia de orofaringe) e Otoscopia (sem alterações)
• Fontanelas: deprimidas
• Linfonodos: ausentes
• ACV: RCR 2T BNF
• AR: Inspeção (arcos costais marcados e bem visíveis); Ausculta (MVUA S/RA); Palpação e Percussão (sem alterações)
• Abdome: Inspeção (distendido), Ausculta (RHA diminuídos), Palpação (levemente doloroso difusamente com massa
palpável a 4cm do RCD e 3cm do RCE = Hepatoesplenomegalia), Percussão (submacicez)
• MMII e MMSS: choroso a mobilização dos membros, com presença de pênfigo palmo plantar

98
EXAMES COMPLEMENTARES:
RN:
• HC: Hb: 9.5 (Ref. 12-16), Ht: 26 (Ref. 36-48), Leuco: 15.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 120.000 (Ref. 150.000-450.000)
• PCR: 12 (Ref. Até 1) / VHS: 45 (Ref. Até 15)
• VDRL: 1:64
• Bilirrubinas: BT: 6 (Ref. 0.2-1.1) BD: 1.8 (Ref. 0.1-0.4) BI: 4.2 (0.1-0.7)
• Punção Lombar (Líquor): Leucocitose >25 (predomínio de polimorfo nucleares); Glicorraquia (baixa); Proteinorraquia (alta);
DHL (alta); VDRL em liquor (presença de Espiroquetas).
• RX de ossos longos: presença de Periostite e Osteocondrite
MÃE:
• VDRL: 1:32

99
• Apresentou-se e cumprimentou mãe e criança adequadamente, iniciando consulta com perguntas abertas 0 0,5 1.0
• Solicita cartão pré-natal, investigando número de consultas, vacinas e intercorrências pré-natais e no parto 0 0,5 1.0
• Investiga tratamento para Sífilis (gestante e parceiro), identificando como inadequadamente tratada 0 0,5 1.0
• Solicita permissão a mãe para realizar exame físico do RN, lava mãos e calça as luvas (despir todo RN) 0 0,5 1.0
• Identifica prostração, secreção serossanguinolenta, pênfigo palmo plantar, icterícia, dor a mobilização (membros) 0 0,5 1.0
• Solicita VDRL (mãe e RN), HC, Punção lombar com análise do líquor e RX de ossos longos 0 0,5 1.0
• Identifica VDRL, alteração no líquor e radiográficas compatíveis com sífilis congênita 0 0,5 1.0
• Dá o diagnóstico de Sífilis congênita, interna RN e prescreve Penicilina Cristalina 50.000 UI/Kg 12/12h 10 dias 0 0,5 1.0
• Indica realizar Teste do Pezinho (excluir outras doenças) e só vacinar (BCG e Hep. B) após febre e peso >2kg 0 0,5 1.0
• Notifica o caso, orienta seguir amamentando e informa que na alta irá realizar acompanhamento dosando VDRL 0 0,5 1.0

OBS: Tratamento do RN >7 dias de vida (P. Cristalina 50.000 UI/Kg 8/8h por 10 dias)

100
IMAGENS DO CASO:
• Manifestações clinicas precoces • Mapa mental
• Manifestações clinicas tardias • Seguimento

101
SÍNDROME NEFRÍTICA (GNPE)

Você é o médico de uma UPA e recebe mãe com seu com seu filho de 7 anos, referindo que hoje ele
amanheceu com os olhos inchados e urinando vermelho.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame Físico
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

102
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Criança estava bem até dia anterior, quando hoje amanheceu com mal-estar, olhos inchados e urinando pouco e vermelho.
• Sintomas associados (refere um pouco de dor abdominal e lombar e dificuldade para urinar). Sem outras comorbidades.
• Quase nunca adoece, mãe relata apenas infecção de garganta a 15 dias (tradada corretamente com amoxicilina por 7 dias).
• Cartão de vacinação em dia. Nega alergias. Nega contatos com os mesmos sintomas.
SINAIS VITAIS:
• REG • SatO2 98% AA
• PA 135 x 90mmHg (aumentada para idade) • Tax 36.9°
• FC 105bpm • Peso: 22kg
• FR 25irpm
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: presença de edema periorbitário bilateral
• Rinoscopia (sem alterações), Oroscopia (sem alterações) e Otoscopia (sem alterações)
• Linfonodos: ausentes
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: Inspeção (levemente distendido), Ausculta (RHA normais), Palpação (doloroso a palpação difusamente sem sinais
de irritação peritoneal), Percussão (sem alteração com punho percussão Giordano negativo)
• Genitálias: sem anormalidades
• MMII: sem lesões com edema +/4+
EXAMES COMPLEMENTARES:
• EAS: presença de hematúria dismórfica com cilindros hemáticos / Proteinúria em 24 horas: 30mg/kg
• Ureia: 53 (ref.: 16-40) e Creatinina: 1.4 (ref.: 0.6-1.2)
• Complemento (C3 baixo com C4 normal)
• ASLO (positivo); Anti-DNAse (negativo)
• Teste rápido para Estreptococo (positivo)
103
• Apresentou-se e cumprimentou mãe e criança, iniciando consulta com perguntas e questionamentos abertos 0 0,25 0.5
• Investiga início, evolução, urina (aspecto e cheiro) e sintomas associados (náusea, vômito, dor abdominal, oligúria) 0 0,25 0.5
• Solicita cartão da criança (nome, idade, imunização), histórico patológico pessoal e familiar e medicações em uso 0 0,25 0.5
• Investiga história de Faringoamigdalite (a 2 semanas) ou Piodermite (de 3-6 semanas atrás) 0 0,5 1.0
• Solicita permissão a mãe e criança para realizar exame físico, lava as mãos e calça as luvas (retira camisa da criança) 0 0,25 0.5
• Identifica edema periorbitário e em MMII bilateral, hematúria macroscópica, oligúria e PA elevada para idade 0 0,5 1.0
• Solicita EAS; Ureia e Creatinina; ASLO ou Teste rápido para Estreptococo e Complemento (interpreta corretamente) 0 0,5 1.0
• Dá o diagnóstico de Glomerulonefrite Pós Estreptocócica (GNPE) por faringoamigdalite 0 0,5 1.0
• Acalma a mãe, informando que doença normalmente possui curso benigno, não indicando internação 0 0,5 1.0
• Indica repouso e Restrição Hidrossalina + Furosemida (para controle do edema e hipertensão) 0 0,5 1.0
• Prescreve P. Benzatina 1.200.000UI IM DU como profilaxia (exclui alergias) 0 0,5 1.0
• Orienta acompanhamento da normalização dos níveis de complemento por 8 semanas na UBS 0 0,5 1.0

104
IMAGENS DO CASO:
• Bate pronto rápido
• Tétrade clássica

105
SINUSITE BACTERIANA

Você é o médico de uma UBS e atende mãe e seu filho de 10 anos, referindo que o mesmo está com
muita tosse, resfriado e bastante secreção nasal há 12 dias.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame Físico direcionado
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

106
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Criança com quadro gripal arrastado há 12 dias, evoluindo com secreção nasal amarela purulenta com mal cheiro a 5 dias.
Sintomas associados (febre não quantificada e cefaleia com piora da dor ao baixar a cabeça).
• Sem outras comorbidades, sem intercorrências no parto e pré-natal. Nega alergias. Vacinas em dia.
• Mãe fez uso de paracetamol sem muita melhora do quadro.
SINAIS VITAIS:
• REG • SatO2 98% AA
• PA (adequada para idade) • Tax 38.7°
• FC 99bpm • Peso / Estatura (adequados para idade)
• FR 25irpm
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: criança com face toxêmica
• Seios da face: com palpação e percussão dolorosa
• Rinoscopia (secreção amarela purulenta de odor fétido); Oroscopia (hiperemia de tonsilas e amígdalas); Otoscopia (sem
alterações)
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA
• Abdome: flácido e indolor com RHA normais
• MMII: sem edemas ou lesões
EXAMES COMPLEMENTARES:
• RX de face (velamento em seios maxilares)
• Teste rápido para Covid (negativo)

107
• Apresentou-se e cumprimentou mãe e criança adequadamente, iniciando consulta com perguntas abertas 0 0,5 1.0
• Investiga início, evolução, sintomas associados (febre, cefaleia, vômito, falta de ar) e uso de medicações 0 0,5 1.0
• Investiga antecedente patológicos (asma, alergias) e situação vacinal (investigar DTP para coqueluche) 0 0,5 1.0
• Investiga complicações (Celulite periorbitária, Meningite, Abscessos e Osteomielite) 0 0,5 1.0
• Solicita permissão a mãe e a criança para realizar exame físico, lava mãos e calça as luvas (tirar camisa da criança) 0 0,5 1.0
• Não indica Rx de face, nem exame laboratoriais (HC, Hemocultura) e solicitando apenas teste rápido para COVID 0 0,5 1.0
• Dá o diagnóstico de Sinusite bacteriana aguda explicando ser uma complicação do resfriado comum 0 0,5 1.0
• Não indica necessidade internação hospitalar, informando que tratamento é ambulatorial 0 0,5 1.0
• Prescreve amoxicilina (40 a 80mg/kg 8/8h por 10 dias) + antitérmico e orienta lavagem nasal com soro fisiológico 0 0,5 1.0
• Orienta retornar em 48h ou imediatamente se presença de sinais de alarme e esclareceu duvidas restantes 0 0,5 1.0

108
TESTES DE TRIAGEM NEONATAL

Você é o médico de plantão de uma maternidade e vai realizar um teste de triagem neonatal para
poder dar alta a um RN de 48 horas de vida.

Nos próximos 10 minutos realize:

• Teste de triagem neonatal faltante para alta hospitalar


• Interprete os resultados corretamente
• Conduta
• Orientar quando realizar testes restantes

109
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• RN sem anormalidades, Apgar (9/10), Peso (3.000g), Comprimento (54 cm), PC (35cm).
• Mãe deseja alta hospitalar após ter dado à luz ao seu filho, com 38 semanas, parto cesárea nascido a 48 horas.
• RN assintomático, já realizou os testes do olhinho e da linguinha (ambos sem alterações)
• Não realizou testes da orelhinha, pezinho e coraçãozinho (único que não pode ser dada alta sem realizado)
• Após instalação do Oxímetro (MSD: 92 + MID: 89%), repetidos em 1 hora com resultados iguais
• Ecocardiograma realizado apresentando alterações (hospital dispõe de Cardiopediatra)
SINAIS VITAIS:
• REG • SatO2 (MSD: 92 + MID: 89%) AA
• FC 120bpm • Tax 36.4°
• FR 49irpm • Peso (mesmo do nascimento)
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia geral: cianose +/4+, hidratado e anictérico
• Fontanelas: anterior e posterior normotensas
• ACV: RCI 2T com presença de sopro sistólico e AR: MVUA S/RA
• Abdome: flácido e indolor a palpação com RHA normais
• MMII: sem edemas
TESTES DE TRIAGEM NEONATAL:
• Olhinho (antes da alta): Oftalmoscópio no olho a 30 cm de distância (normal: reflexo vermelho bilateral)
• Coraçãozinho (entre 24- 48h): Oximetro em MSD + MIE ou MID (normal ≥ 95% ou diferença entre os membros ≥ 3%)
• Linguinha (antes da alta): Observa-se a criança mamando, buscando alteração na deglutição (anquiloglossia)
• Orelhinha (até o 3° mês de vida): EOA (fone no ouvido do RN durante o sono, registrando estímulos sonoros e eco)
• Pezinho (entre 3° e 5° dias de vida): Coleta de sangue no calcanhar do RN, diagnosticando (Fenilcetonúria, Hipotireoidismo
congênito, Doença falciforme e outras hemoglobinopatias, Fibrose cística. Hiperplasia adrenal congênita, Deficiência de
biotinidase e Toxoplasmose congênita (PL 5.043/2020))

110
• Apresentou-se e cumprimentou mãe e criança, iniciando atendimento com empatia questionamentos abertos 0 0,25 0.5
• Buscou informações sobre pré-natal, parto e situação atual do RN 0 0,25 0.5
• Investigou testes de triagem já realizados, identificando Teste do Olhinho e da Linguinha já realizados e sem alterações 0 0,5 1.0
• Informou que só poderia dá alta após realização do Teste do Coraçãozinho 0 0,5 1.0
• Solicitou permissão a mãe para realizar exame físico e teste no RN, lavou a mão e calçou as luvas (despiu todo RN) 0 0,25 0.5
• Realizou teste do coraçãozinho corretamente (oxímetro em MSD + MIE ou MID) e identificou resultado alterado 0 0,5 1.0
• Informou a mãe a necessidade de repetição do teste em 1 hora (constatando que permanecia alterado) 0 0,5 1.0
• Informou a mãe necessidade de um Ecocardiograma em até 24h. Solicitou ECO e confirmou alteração cardíaca 0 0,5 1.0
• Acalma a mãe, explicando que só poderão receber alta após avalição com Cardiopediatra. Solicitando sua avaliação 0 0,5 1.0
• Informa que deverá realizar Teste do Pezinho entre 3º e 5º dia de vida (verbaliza quais doenças teste rastreia) 0 0,5 1.0
• Informa que deverá realizar Teste da Orelhinha (até o 3º mês de vida). 0 0,5 1.0
• Questiona dúvidas restantes e despede-se cordialmente, mantendo-se aberto caso necessitem ajuda novamente 0 0,25 0.5

111
IMAGENS DO CASO:
• Teste do Olhinho • Teste do Coraçãozinho
• Teste da Linguinha • Teste do Pezinho
• Teste da Orelhinha

112
113
TUBERCULOSE INFANTIL

Você é o médico de uma UBS e atende uma mãe com seu filho de 8 anos de idade, referindo que o
mesmo está com tosse há 15 dias e que já tomou alguns medicamentos sem apresentar melhora.

Nos próximos 10 minutos realize:

• Anamnese direcionada
• Exame físico direcionado
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

114
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Tosse produtiva há 15 dias, acompanhada de febre vespertina (final da tarde), sudorese noturna e perda de peso.
• Procurou serviço de saúde no início da tosse, suspeitando-se de PNM, sendo prescrito Amoxicilina por 7 dias sem melhora.
• Pai em tratamento para TB a 15 dias (moram todos juntos). Mãe assintomática. Casa sem janelas e pouco arejada.
• Nega outras comorbidades ou alergias, desde que adoeceu não voltou a escola, calendário vacinal em dia.
• Mãe questiona se foi o pai foi o culpado pela infeção do filho (somente se perguntar ao final se tem alguma dúvida).
SINAIS VITAIS:
• REG • SatO2 96% AA
• PA (adequada para idade) • Tax 38.5°
• FC 105bpm • Peso 26kg (consulta anterior 29kg)
• FR 34irpm • Altura 1.30m (IMC: 15, entre percentil 15-50)
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: criança levemente dispneica e um pouco emagrecida, desidratada +/4+
• Linfonodos: presentes em região cervical bilateralmente
• ACV: RCR 2T BNF
• AR: Inspeção (sem alterações), Ausculta (crepitações e roncos com MV diminuído em ápice pulmonar direito),
Palpação (FTV aumentado), Percussão (sem alterações)
• Abdome: flácido e indolor, com RHA normais
• MMII: sem lesões ou edemas
EXAMES COMPLEMENTARES:
• Radiografia de tórax (PA e Perfil): opacidade em ápice direito e adenomegalia hilar direita
• HC: Hb: 12 (Ref. 12-16), Ht: 36 (Ref. 36-48), Leuco: 11.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq: 170.000 (Ref. 150.000-450.000)
• BAAR (3 amostras): negativa
• PPD (criança): 6 mm / PPD (mãe): solicitado e aguardando resultado
• Teste rápido COVID: negativo

115
ESCALA DE PONTUAÇÃO DO PACIENTE PARA DIAGNÓSTICO:
• Quadro clínico compatível (15 pontos)
• Radiológico compatível (15 pontos)
• PPD positivo: 5 a 9mm (5 pontos) e >10mm (10 pontos)
• Contato com adultos com TB (10 pontos)
• Desnutrição grave (5 pontos)
Resultado da Pontuação: ≥40 (muito provável); 30-35 (possível); ≤ 25 (pouco provável)

OBS: Tratamento <10 anos (RHZ 2 meses + RH 4 meses) e ≥10 anos (RHZE 2 meses + RH 4 meses)

116
• Apresentou-se e cumprimentou mãe e criança adequadamente iniciando consulta com perguntas abertas 0 0,25 0.5
• Investiga início, evolução, sintomas associados (febre vespertina, sudorese noturna, perda de peso) 0 0,5 1.0
• Investiga antecedente patológicos pessoais, familiares, medicamento em uso, alergias e situação vacinal 0 0,5 1.0
• Investiga condições de moradia, contactantes próximos com os mesmos sintomas e se frequenta escola 0 0,5 1.0
• Solicita permissão a mãe e a criança para realizar exame físico, lava mãos e calça as luvas (tirar a camisa) 0 0,5 1.0
• Solicita Radiografia de tórax, BAAR (3 amostras), PPD e teste rápido para COVID (interpretan corretamente) 0 0,25 0.5
• Realiza escala de pontuação indicando Tuberculose ativa muito provável 0 0,5 1.0
• Informa não necessidade de internação hospitalar, indicando tratamento ambulatorial supervisionado 0 0,25 0.5
• Prescreve Rifampicina/Isoniazida/Pirazinamida (RHZ 2 meses) + Rifampicina/Isoniazida (RH 4 meses) 0 0,5 1.0
• Orienta sobre reações adversas medicamentosas (febre, náuseas, vômitos, atrite, urticária) 0 0,5 1.0
• Informa que possivelmente seu filho contraiu Tuberculose de seu pai e solicita PPD para mãe 0 0,25 0.5
• Realiza notificação compulsória e orienta retorno para acompanhamento 0 0,5 1.0

117
IMAGENS DO CASO:
• Aspectos radiológicos de acordo com a idade

118
VACINAÇÃO

Você é o médico de uma UBS e recebe mãe e seu filho João Pedro de 3 meses e 10 dias, querendo
informações sobre a vacina da febre amarela, pois está de mudança para o Amazonas. Gostaria
também de informações sobre quais vacinas seu bebê precisará tomar durante o 1º ano de vida.

Nos próximos 10 minutos realize:

• Análise situação vacinal, informando vacinas em atraso


• Oriente sobre os cuidados para vacina de febre amarela para mãe e filho
• Informe calendário vacinal até os 12 meses de vida
• Oriente também vacinas dos 15 meses e 4 anos de vida

119
Informações do paciente:
• Mãe refere que está indo de mudança para o Amazonas daqui a 3 meses, e lá é uma área muito carente em saúde.
• Por isso deseja ser informada sobre todas as vacinas que seu filho precisa tomar até 1 ano, para que não fique sem vacinar.
• Lactente assintomático, em aleitamento materno exclusivo, sem nenhuma queixa ou histórico patológico.
• Pre-natal e parto sem alterações. Dados antropométricos de nascimento dentro das normalidades.
• Cartão Vacinal: Nome (João Pedro), Idade (3 meses e 10 dias), Vacinas recebidas (BCG 1 dose e Hepatite B 1 dose).
• Mãe nunca vacinada contra Febre Amarela.

OBS: PROTEÇÃO DAS VACINAS CONJUGADAS


• Pentavalente (Difteria, Tétano, Coqueluche, Hemofilos influenza e Hepatite B)
• VIP e VOP (Poliomielite)
• Tríplice viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola)

120
• Apresentou-se e recebeu cordialmente mãe e criança iniciando consulta com questionamentos abertos 0 0,25 0.5
• Solicitou cartão vacinal confirmando identificação da criança, verificando vacinas BCG e Hepatite B administradas 0 0,5 1.0
• Informou vacinas em atraso dos 2 meses de vida (Pentavalente / VIP / Rotavírus / Pneumocócica 10) 0 0,25 0.5
• Informou vacina em atraso dos 3 meses de vida (Meningocócica C) 0 0,5 1.0
• Orientou vacinar todas em atraso imediatamente, reforçando que Rotavírus só pode ser aplicada até 3m e 15d 0 0,5 1.0
• Informou vacinas a serem tomadas aos 4 meses de vida (Pentavalente / VIP / Rotavírus / Pneumocócica 10) 0 0,5 1.0
• Informou vacina a ser tomada aos 5 meses de vida (Meningocócica C) 0 0,5 1.0
• Informou vacinas a serem tomadas aos 6 meses de vida (Pentavalente / VIP) 0 0,25 0.5
0 0,5 1.0
• Diz que vacina febre amarela é dada aos 9 meses, mas pode antecipar para 6 pois está indo para área endêmica
0 0,25 0.5
• Diz que ela terá que tomar vacina febre amarela 10d antes de viajar e terá que passar 10 dias sem amamentar
0 0,25 0.5
• Oriente ordenhar e armazenar o leite em freezer, para seu filho não perder lactância materna exclusiva 0 0,25 0.5
• Informou vacinas a serem tomadas aos 12 meses de vida (Tríplice viral / Pneumocócica 10 / Meningocócica C) 0 0,25 0.5
• Informou vacinas a serem tomadas aos 15 meses de vida (Tetra Viral / DTP / VOP / Hepatite A)
0 0,25 0.5
• Informou vacinas a serem tomadas aos 4 anos de vida (DTP / VOP / Varicela / Febre amarela)

121
IMAGENS DO CASO:
• Calendário vacinal

OBS: Vacina Febre amarela se tomada aos 9 meses,deve-se realizar reforço aos 4 anos.

122
VARICELA

Você é o médico de uma UBS e atende mãe com seu filho de 3 anos de idade, com queixa de que
surgiram manchas e carocinhos pelo tronco e que agora parecem está se espalhando pelo corpo.

Nos próximos 10 minutos realize:

• Anamnese direcionada
• Exame físico
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

123
INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Criança apresentando a 4 dias vários tipos de lesão (bolhas, crostas, úlceras) em tronco, face e membros.
• Refere também mal-estar, sensação de febre (não aferida) desde o início e coceira por todo corpo. Sem outras morbidades.
• Vacinação em dia. Sem intercorrências no pré-natal ou parto. Dados antropométricos nascimento e atuais sem alterações.
• Mora com o pai e mãe que não apresentam nenhum sintoma. Não fez uso de nenhuma medicação. Nega alergias.
• Criança frequenta creche e mãe pergunta se ele pode continuar indo?
SINAIS VITAIS:
• REG • Tax 38.2°
• PA (adequada para idade) • SatO2 97% AA
• FC 105bpm • Peso (adequado para idade)
• FR 29irpm
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: exantemas Polimorfos (pápula, bolhas, úlceras e crostas) em todo corpo
• Linfonodos: ausentes
• Oroscopia (lesões aftosas em palato), Rinoscopia (sem alterações), Otoscopia (sem alterações)
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: flácido e indolor a palpação com RHA normais
• MMII: sem edemas com mesmos exantemas Polimorfos

OBS:
• Indicações de Aciclovir→ maiores de 12 anos, não gestante, 2º caso na casa, doenças crônicas pulmonar ou cutânea.
• Indicações Imunoglobulina (VZIG)→ imunodeprimidos, gestantes, RN < 28 semanas independente da história da mãe.

124
• Apresentou-se e cumprimentou mãe e criança adequadamente iniciando consulta com perguntas abertas 0 0,25 0.5
• Investiga início, evolução, sintomas associados (febre, tosse, disfagia, vômito, prurido, convulsão) 0 0,5 1.0
• Investiga antecedente patológicos, pessoais e familiares, situação vacinal, alergias e uso de medicações 0 0,5 1.0
• Investiga contactantes com os mesmos sintomas, contato com gestantes ou doentes crônicos 0 0,5 1.0
• Solicita permissão a mãe e a criança para realizar exame físico, lava mãos e calça as luvas (despir a criança) 0 0,5 1.0
• Identifica no exame físico Exantemas Polimorfos e lesões aftosas em palato (característicos de varicela) 0 0,5 1.0
• Dá o diagnóstico de Varicela (conhecida como catapora) sem necessidade de exames complementares 0 0,5 1.0
• Acalma a mãe relatando se tratar de uma doença viral normalmente de curso benigno 0 0,5 1.0
• Prescreve antitérmico + anti-histamínico, orienta repouso relativo, hidratação e cortar bem as unhas 0 0,5 1.0
• Não prescreve Aciclovir e orienta retorno em 48h ou imediatamente se piora 0 0,5 1.0
• Orienta retorno a creche só após melhora das lesões (bolhas), esclarece dúvidas e se despede de mãe e filho 0 0,25 0.5

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IMAGENS DO CASO:
• Exantemas Polimorfos
• Lesões aftosas em palato
• Ectoscopia do paciente

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