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SUMÁRIO
RESUMO..............................................................................................................7

INTRODUÇÃO......................................................................................................8

PORTFÓLIO DE MATEMÁTICA.........................................................................9

1º BIMESTRE.....................................................................................................10

 TEMA 1 – REGRA DE TRÊS SIMPLES.....................................................10

 GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS.................................10

 GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS..............................10

 COMO RESOLVER UMA REGRA DE TRÊS?........................................10

 EXEMPLOS..............................................................................................11

ATIVIDADES...................................................................................................14

ATIVIDADES DE REVISÃO............................................................................17

 TEMA 2 – NOÇÕES DE CONJUNTOS......................................................24

 IGUALDADE DE CONJUNTOS...............................................................24

 DIAGRAMA DE VENN..............................................................................25

 SUBCONJUNTOS – RELAÇÃO DE INCLUSÃO.....................................26

ATIVIDADES...................................................................................................27

 TEMA 3 – CONJUNTO DAS PARTES.......................................................29

 INTERSEÇÃO E REUNIÃO......................................................................29

 UNIÃO.......................................................................................................31

 SITUAÇÃO PROBLEMA..........................................................................32

ATIVIDADES...................................................................................................34

 TEMA 4 – DIFERENÇA...............................................................................35

 OBSERVAÇÕES......................................................................................36

 DE OLHO NA RESOLUÇÃO 1.................................................................37

 DE OLHO NA RESOLUÇÃO 2.................................................................37
2

ATIVIDADES...................................................................................................38

2º BIMESTRE.....................................................................................................39

 TEMA 1 – CONJUNTOS NUMÉRICOS......................................................39

 O CONJUNTO N......................................................................................39

 SUBCONJUNTOS DEN........................................................................39

 O CONJUNTO Z.......................................................................................40

 SUBCONJUNTOS DE Z.......................................................................41

 NÚMEROS INTEIROS OPOSTOS.......................................................41

 MÓDULO DE UM NÚMERO INTEIRO.................................................41

 INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA......................................................42

 EXEMPLO.............................................................................................42

 DE OLHO NA RESOLUÇÃO.................................................................43

ATIVIDADES................................................................................................43

 O CONJUNTO Q......................................................................................44

 SUBCONJUNTOS DE Q.......................................................................45

 REPRESENTAÇÃO DECIMAL DAS FRAÇÕES..................................46

 REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DO CONJUNTO Q.....................47

 OPOSTO, MÓDULO E INVERSO DE UM NÚMERO RACIONAL.......48

ATIVIDADES................................................................................................48

 O CONJUNTO I.......................................................................................50

 APROXIMAÇÕES.................................................................................51

 O CONJUNTO R.......................................................................................52

 SUBCONJUNTOS DE R.......................................................................52

 REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DO CONJUNTO R......................52

ATIVIDADES................................................................................................53

 TEMA 2 – INTERVALOS REAIS.................................................................55

 TIPOS DE INTERVALOS.........................................................................55
3

 EXEMPLO.................................................................................................57

ATIVIDADES...................................................................................................58

 TEMA 3 – FUNÇÕES..................................................................................61

 TEMPO E ESPAÇO..................................................................................61

 MERCADORIA E PREÇO........................................................................61

 PASSAGEIROS E PREÇO DA PASSAGEM...........................................62

 TEMPO E TEMPERATURA.....................................................................63

ATIVIDADES...................................................................................................64

 TEMA 4 - A NOÇÃO DE FUNÇÃO COMO RELAÇÃO ENTRE


CONJUNTOS.....................................................................................................68

 CONCEITO...............................................................................................68

 EXEMPLO.................................................................................................70

 NOTAÇÃO................................................................................................71

 RESOLUÇÃO...........................................................................................72

ATIVIDADES...................................................................................................72

 TEMA 5 – TORRE DE HANÓI.....................................................................77

 O QUE É?.................................................................................................77

 CRIAÇÃO..................................................................................................78

 LÓGICA....................................................................................................78

o MÃO NA MASSA......................................................................................79

 TEMA 6 – FUNÇÕES DEFINIDAS POR FÓRMULAS...............................84

o DEFINIÇÃO..............................................................................................84

o EXEMPLO.................................................................................................85

o DOMÍNIO E CONTRADOMÍNIO..............................................................85

o DETERMINAÇÃO DO DOMÍNIO.............................................................87

o CONJUNTO IMAGEM..............................................................................87

ATIVIDADES...................................................................................................88
4

 TEMA 7 – GRÁFICOS.................................................................................92

o CURIOSIDADES DO BRASIL EM GRÁFICOS........................................92

o GRANDES EPIDEMIAS (século II até o século XXI)...............................94

o CASOS DE MORTES DIÁRIOS POR COVID-19 EM ALGUNS PAÍSES95

ATIVIDADES...................................................................................................95

LISTA DE EXERCÍCIOS.................................................................................99

 TEMA 8 – CONSTRUÇÃO GRÁFICA......................................................103

o REPRESENTAÇÃO DE PONTOS EM UM PLANO...............................103

o CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS............................................................105

o EXEMPLOS............................................................................................105

ATIVIDADES.................................................................................................109

EXEMPLOS FEITOS PELO GEOGEBRA....................................................114

3º BIMESTRE...................................................................................................118

 TEMA 1 – FUNÇÃO AFIM.........................................................................118

o EXEMPLOS............................................................................................118

o FUNÇÃO CONSTANTE.........................................................................121

ATIVIDADES.................................................................................................122

 TEMA 2 – RAIZ DE UMA FUNÇÃO DE 1º GRAU....................................128

o FUNÇÃO AFIM CRESCENTE E DECRESCENTE................................129

o COEFICIENTE ANGULAR..................................................................129

o COEFICIENTE LINEAR......................................................................130

o EXEMPLOS............................................................................................130

ATIVIDADES.................................................................................................131

 TEMA 3 – FUNÇÃO QUADRÁTICA.........................................................137

o CONTEXTO............................................................................................137

o GRÁFICO DA FUNÇÃO QUADRÁTICA................................................137


5

ATIVIDADES.................................................................................................140

 TEMA 4 - RAÍZES DE UMA EQUAÇÃO DE 2º GRAU............................144

o CONTEXTO............................................................................................144

o EXEMPLOS............................................................................................145

ATIVIDADE....................................................................................................146

 TEMA 5 – COORDENADAS DO VÉRTICE DA PARÁBOLA..................149

o CONTEXTO............................................................................................149

o CONJUNTO IMAGEM............................................................................150

o RESOLUÇÃO.........................................................................................151

ATIVIDADES.................................................................................................153

 TEMA 6 – POTÊNCIA...............................................................................155

o DEFINIÇÃO............................................................................................155

o PROPRIEDADE......................................................................................156

o OBSERVAÇÃO.......................................................................................157

o POTÊNCIA DE EXPOENTE INTEIRO NEGATIVO...............................157

ATIVIDADES.................................................................................................158

 TEMA 7 – EXPONENCIAIS.......................................................................161

o CONTEXTO............................................................................................161

o EXEMPLOS............................................................................................162

ATIVIDADES.................................................................................................163

 TEMA 8 – POTÊNCIA COM EXPOENTE RACIONAL.............................164

o DEFINIÇÃO............................................................................................164

o EXEMPLO...........................................................................................165

o RAÍZ ENÉSIMA......................................................................................165

o PROPRIEDADE......................................................................................166

ATIVIDADES.................................................................................................166
6

 TEMA 9 – EXPONENCIAIS DE SEGUNDO TIPO....................................168

o CONTEXTO............................................................................................168

ATIVIDADES.................................................................................................169

 TEMA 10 – EXPONENCIAIS DE TERCEIRO TIPO.................................171

o CONTEXTO............................................................................................171

o RESOLVIDO...........................................................................................172

ATIVIDADES.................................................................................................173

 TEMA 11 – LOGARITMO..........................................................................175

o CONCEITO.............................................................................................175

o CALCULADORA..................................................................................176

o LOGARITMO..........................................................................................176

o EXEMPLO...........................................................................................178

o LOGARITMO DE BASE 10....................................................................178

ATIVIDADES.................................................................................................178

 TEMA 12 – FUNÇÃO EXPONENCIAL.....................................................180

o CONTEXTO............................................................................................180

o REPRESENTAÇÃO GRÁFICA..............................................................181

o PROPRIEDADES...................................................................................182

ATIVIDADE....................................................................................................183

 TEMA 13 – LOGARITMO DO PRODUTO, DO QUOCIENTE E DA


POTÊNCIA.......................................................................................................184

o LOGARITMO DO PRODUTO.................................................................184

o LOGARITMO DO QUOCIENTE.............................................................184

 LOGARITMO DA POTÊNCIA.................................................................185

 PARTICIPE DA RESOLUÇÃO...............................................................185

ATIVIDADE....................................................................................................186
7

 TEMA 14 – FUNÇÃO LOGARITMA.........................................................187

 CONTEXTO............................................................................................187

 GRÁFICO DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA...............................................187

 FUNÇÃO EXPONENCIAL E FUNÇÃO LOGARÍTMICA........................188

 PROPRIEDADES...................................................................................189

ATIVIDADE....................................................................................................190

4º BIMESTRE...................................................................................................190

 TEMA 1 – SEQUÊNCIA............................................................................190

 CONTEXTO............................................................................................190

 PARTICIPE DA RESOLUÇÃO:..............................................................192

ATIVIDADES.................................................................................................193

 TEMA 2 – RECORRÊNCIA.......................................................................194

 LEI DE RECORRÊNCIA.........................................................................194

 PROGRESSÃO ARITMÉTICA...............................................................195

ATIVIDADES.................................................................................................196

 TEMA 3 – SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU...............................196

 MÉTODO DA SUBSTITUIÇÃO..............................................................196

 MÉTODO DA ADIÇÃO...........................................................................198

ATIVIDADE....................................................................................................200

CONCLUSÃO...................................................................................................200

REFERÊNCIAS................................................................................................201

RESUMO
Tema 1 - A Regra de Três Simples envolve pode envolver um dos dois tipos de
grandezas: a Grandeza Diretamente Proporcional, na qual deve ser feito a
8

multiplicação em X, ou a Grandeza Inversamente Proporcional, na qual deve


ser feito a multiplicação em linha. São 14 perguntas sobre esse tema de Regra
de Três Simples, sendo dez dessas perguntas uma revisão do conteúdo
apresentado.

Tema 2 – Possuem conjuntos, e dentro desses conjuntos existem elementos.


Existem vários símbolos nas noções de conjuntos, como ∈ (pertence à), ∉
(não pertence à), ⊂ (contido em) e ⊄ (não contido em), todos esses símbolos
representa uma relação entre um conjunto e um elemento, exceto | (tal que), e
∅ (vazio). Diagrama de Venn é uma figura 2D fechada e não entrelaçada para
ser colocado os elementos de determinado conjunto, facilitando na
compreensão. Há 5 questões sobre o tema.

Tema 3 – Quando temos um conjunto, podemos transformar os elementos


desse conjunto em subconjuntos. Nesse tema temos dois símbolos: ⋂
(interseção, quando é considerado apenas elementos que pertencem a dois
conjuntos distintos ao mesmo tempo) e ∪ (união, quando é juntado os
elementos de dois conjuntos distintos). Existem 4 questões sobre o tema.

Tema 4 – Quando temos a subtração dos elementos de dois conjuntos


distintos, prevalecendo apenas os elementos do primeiro conjunto que não
pertencem ao segundo conjunto. Há 2 questões sobre o tema.

INTRODUÇÃO
O trabalho envolve quatro temas: Regra de Três Simples, Noções de
Conjuntos, Conjunto das Partes e Diferença, cada um desses assuntos
9

explicará passo a passo como deve ser resolvido para que determinado
problema tenha uma solução com lógica e sentido.

Este trabalho tem como objetivo buscar a compreensão do leitor e torná-lo


mais hábil no assunto, para que seja desenvolvido um entendimento maior nos
assuntos, facilitando sua vida acadêmica.

Este trabalho é organizado em temas principais (no caso, os temas citados


acima), subtemas (temas separados dentro dos temas principais para facilitar
na compreensão do leitor), e atividades respondidas pelo autor desse portfólio.
Com isso, o trabalho ajudará o leitor a compreender e resolver os problemas
envolvendo esses temas citados.

Por fim, o portfólio possui uma conclusão, mostrando o que o autor deste
trabalho concluiu e compreendeu em relação aos assuntos citados e
explicados.

PORTFÓLIO DE MATEMÁTICA
Veja a seguir os temas deste trabalho, com explicação passo a passo,
exemplos e algumas atividades:
10

1º BIMESTRE

 TEMA 1 – REGRA DE TRÊS SIMPLES


 GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS
Duas grandezas são diretamente proporcionais quando o aumento de
uma grandeza acarreta no aumento da outra, ou quando a diminuição de
uma grandeza acarreta na diminuição da outra grandeza. Exemplo:
1 Pacote de biscoito = R$2,00
2 Pacotes de biscoito = R$4,00
3 Pacotes de biscoito = R$6,00
4 Pacotes de biscoito = R$8,00
5 Pacotes de biscoito = R$10,00 
No exemplo, isso acontece porque quanto maior a quantidade de pacotes
de biscoito compramos, maior será o valor total para pagar.

 GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS


Duas grandezas são inversamente proporcionais quando o aumento de
uma grandeza acarreta na diminuição da outra grandeza, ou vice-
versa. Exemplo: Um automóvel para percorrer 120 km, leva:
1 hora rodando a 120 km/h; 
2 horas rodando a 60 km/h; 
3 horas rodando a 40 km/h; 
4 horas rodando a 30 km/h; 
6 horas rodando a 20 km/h. 
No exemplo, isso acontece porque quanto mais rápido o automóvel
percorrer essa distância, menos tempo ele gastará nessa viagem. 
 

 COMO RESOLVER UMA REGRA DE TRÊS?


Caso o problema envolva quatro valores nas quais três desses valores são
conhecidos, podemos montar uma Regra de Três da seguinte forma: 
A) Construir uma tabela, agrupando as grandezas em colunas relacionados
a cada valor a sua grandeza;
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B) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente


proporcionais;
C) Montar a equação. Caso as grandezas sejam diretamente proporcionais,
basta multiplicarmos os valores em X, se as grandezas forem inversamente
proporcionais, basta inverter uma das colunas para multiplicar em X ou
então multiplicamos os valores por linha; 
D) Resolver a equação.

 EXEMPLOS
1. Uma mãe recorreu à bula para verificar a dosagem de um remédio que
precisava dar a seu filho. Na bula, recomendava-se a seguinte dosagem: 5
gotas para cada 2 kg de massa corporal a cada 8 horas. Se a mãe ministrou
corretamente 30 gotas do remédio a seu filho a cada 8 horas, qual é a
massa corporal de seu filho?
Se a cada 2 kg deve acrescentar mais 5 gotas, logo as grandezas
aumentam e diminuem juntas, o que significa que essas grandezas
são Diretamente Proporcionais. 
Em seguida, montamos uma tabela para ajudar a montar a equação.

Gotas Massa (kg)


5 2
30 x

Fazendo em fração, teremos isso:


5 2
30 = x

Agora que sabemos que são grandezas diretamente proporcionais,


multiplicamos em x, assim temos a seguinte equação:
5x = 30∙2
Em seguida, resolvemos a equação:
5x = 30 ∙2 
5x = 60 
12

60
x =
5
x = 12
Assim, a massa desta criança é de 12 kg. 

2. Sabendo que um frasco de um medicamento tem 2,5 mL com 10 mg,


qual dosagem de Decadron que deve ser ministrado a um paciente que
apresenta a prescrição médica solicitando administrar 0,8 mg desse
medicamento? 
Se quanto menos ou mais mililitros o frasco ter, menor ou maior será os
miligramas, logo as grandezas são Diretamente Proporcionais. 
Montando uma tabela para esse problema teremos o seguinte:

Mililitros Miligramas
2,5 10
x 0,8

Fazendo em fração, teremos isso:


2,5 10
¿
x 0,8

Agora multiplicamos as grandezas em X, logo teremos a equação:


10x = 2,5 ∙0,8
Depois resolvemos a equação:
10x = 2,5 ∙0,8 
10x = 2 

2
x =
10
x = 0,2

Logo, a dosagem a ser ministrado ao paciente deve ser de 0,2 mL desse


medicamento. 
 
3. Se 5 operários levantaram um muro em 10 dias, quantos operários serão
necessários para levantar este mesmo muro em apenas 2 dias? 
Note-se que se aumentarmos a quantidade de operários, menor será o
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tempo para que o muro esteja pronto, então nesse caso as grandezas
são Inversamente Proporcionais. 
Para isso, montamos uma tabela que nem as outras duas mostradas.
 
Operários Dias
5 10
x 2

Fazendo em fração, teremos isso:


5 10
¿
x 2

Agora devemos fazer uma mudança na hora de montar a equação, ao invés


de multiplicarmos em X, devemos montar a equação de duas formas: ou
invertemos a posição das grandezas de uma das colunas para multiplicar
em X ou multiplicamos as grandezas em linha.
Nesse exemplo, iremos inverter uma das frações para depois multiplicar em
X, desse jeito teremos:
5 2
¿
x 10

Logo teremos a equação:


2x = 5 ∙10
Agora basta resolver a equação:
2x = 5 ∙10 
2x = 50 

50
x =
2
x = 25 
Assim, para finalizar o levantamento deste muro em apenas 2 dias, serão
necessários de 25 operários.
 
4. Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, realizou uma obra
em 20 dias. Se o número de horas de serviço fosse de 5 horas, quantos
dias essa obra ficará pronta? 
Se quando diminui o tempo de horas por dia, maior será a quantidade de
14

dias para essa obra ser finalizada, então temos grandezas Inversamente


Proporcionais. 
Montando a tabela temos o seguinte:
Dias Horas
20 8
x 5

Fazendo em fração, teremos o seguinte:


20 8
¿
x 5

Agora que sabemos que as grandezas são inversamente proporcionais,


vamos multiplicar, dessa vez, as grandezas em linha, logo teremos a
equação:
5x = 8 ∙20
E por fim, se faz a equação: 
5x = 8 ∙20 
5x = 160 

160
x =
5
x = 32 
Assim, se trabalhassem 5 horas por dia, a obra ficaria pronta em 32 dias. 

ATIVIDADES
1. Uma usina produz 500 litros de álcool com 6.000 kg de cana-de-açúcar.
Quantos litros de álcool serão produzidos com 15.000 kg de cana?
Grandezas Diretamente Proporcionais, pois quanto maior a quantidade de
cana, mais álcool será produzido.
Litros de Álcool Quilos de cana-de-açúcar
500 6.000
X 15.000

Podemos reduzir os valores da coluna “Quilos de cana-de-açúcar” dividindo-os


em 1000, ficando assim, 6 e 15 respectivamente, facilitando no cálculo da
equação. 
Montando a fração:
15

500 6
¿
x 15

Montando a equação: 
6x = 15 ∙ 500 

6x = 7500 

7500
x=
6

x = 1.250

Com 15.000 kg de cana-de-açúcar, é possível produzir 1.250 litros de álcool.

2- Na conta de água de uma residência consta o consumo total do mês de 25,6
m³. Quantos litros de água foram usados nessa residência sabendo que 1m³ =
1000 L? 

Grandezas Diretamente Proporcionais, pois quanto mais metros cúbicos


usados, mais água foi usada. 

m³ Litros
1 1.000
25,6 x

Montando a fração:
1 1.000
¿
25,6 x

Montando a equação: 

1x = 25,6 ∙ 1.000 

x = 25.600 
Portanto, foram usados 25.600 L de água nessa residência. 

3- Em uma panificadora são produzidos 90 pães de 50 g cada um. Caso queira
produzir pães com 45 g, quantos pães seriam produzidos? 
Grandezas Inversamente Proporcionais, pois quanto menos gramas para
produzir os pães, mais pães serão feitos.
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Pães Gramas
90 50
x 45

Montando a fração:
90 50
¿
x 45

Invertendo uma das frações:


x 50
¿
90 45

Montando a equação: 
45x = 90 ∙ 50 
45x = 4500 
4500
x=
45
x = 100 
Logo, poderão ser produzidos 100 pães de 45 gramas cada. 
 
4- Uma equipe de 5 professores gastou 12 dias para corrigir as provas de um
vestibular. Considerando a mesma proporção, quantos dias levarão com 30
professores para corrigirem as provas? 
Grandezas Inversamente Proporcionais, pois quanto mais professores
corrigindo as provas, mais rápido as provas serão corrigidas, ou seja, gastarão
menos tempo.
Professores Dias
5 12
30 x

Montando a fração:
5 12
¿
30 x

Invertendo uma das frações:


5 x
¿
30 12

Montando a equação: 
17

30x = 12 ∙ 5 
30x = 60 
60
x=
30
x = 2 
Portanto, caso sejam 30 professores corrigindo essas provas, levarão apenas 2
dias para corrigir todas essas provas. 

ATIVIDADES DE REVISÃO
1. Seis metros de um certo tecido custam R$74,00. Qual o preço de 27 metros
desse mesmo tecido? 
Grandezas Diretamente Proporcionais, pois quanto mais metros de tecido,
maior será o preço.
Metros Preço
6 74
27 x

Montando a fração:
6 74
¿
27 x

Montando a equação:
6x = 74 ∙ 27 
6x = 1998 
1998
x=  
6
x = 333 
Assim, 27 metros desse tecido custarão R$333,00.

2- Uma secretária digitou 48 laudas em 10 horas. Em quanto tempo ela


consegue digitar 72 laudas? 
Grandezas Diretamente Proporcionais, pois quanto mais tempo ela ter, mais
laudas ela consegue digitar.
Laudas Horas
48 10
72 x
18

Montando a fração:
48 10
¿
72 x

Montando a equação: 
48x = 10 ∙ 72 
48x = 720 
720
x=
48
x = 15 
Portanto, em 15 horas ela consegue digitar 72 laudas. 

3- Um tecelão fabrica seis cachecóis em 2h e 40min. Em 20 horas quantos


cachecóis serão feitos? 
Grandezas Diretamente Proporcionais, pois quanto mais tempo ter, mais
cachecóis serão produzidos. 
Nesse caso para facilitar no cálculo, transformaremos “2h e 40min” e “20 horas”
em minutos, sendo assim, 160 e 1200 minutos respectivamente. 
Cachecóis Minutos
6 160
x 1200

Montando a fração:
6 160
¿
x 1200

Montando a equação: 
160x = 1200 ∙ 6 
160x = 7200 
7200
x=
160
x = 45 
Assim, em 20 horas serão produzidos 45 cachecóis. 
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4- Um avião com velocidade de 600 km/h gasta 20 minutos para ir de uma
cidade até outra. Um outro avião, fazendo o mesmo caminho numa velocidade
de 800 km/h, levaria quanto tempo para percorrer essa mesma distância? 
Grandezas Inversamente Proporcionais, pois quanto mais rápido o avião for,
menos tempo é gasto na viagem. 
Velocidade (km/h) Minutos
600 20
800 x

Podemos dividir a coluna “Velocidade (km/h)” por 100 para facilitar no cálculo
da equação, sendo assim: 6 e 8 respectivamente. 
Montando a fração:
6 20
¿
8 x

Invertendo uma das frações:


6 x
¿
8 20

Montando a equação: 
8x = 6 ∙ 20 
8x = 120 
120
x=
8
x = 15 
Assim, levarão 15 minutos para fazer essa viagem viajando a 800 km/h.

5- Vinte e quatro operários fazem uma obra em cinco dias. Em quanto tempo
40 operários fariam a mesma obra? 
Grandezas Inversamente Proporcionais, pois quanto mais operários
trabalhando, mais rápido ficará pronta. 
Operários Dias
24 5
40 x

Montando a fração:
20

24 5
¿
40 x

Invertendo uma das frações:


40 5
¿
24 x

Montando a equação: 
40x = 24 ∙ 5 
40x = 120 
120
x=
40
x = 3 
Logo, levarão 3 dias para finalizar a obra caso tenha 40 operários trabalhando
nela.

6- Um automóvel, com velocidade de 60 km/h, leva 40 minutos para se


deslocar de uma cidade até uma chácara. Se o automóvel estivesse numa
velocidade de 80 km/h, quanto tempo levaria esse percurso? 
Grandezas Inversamente Proporcionais, pois quanto mais rápido o automóvel
estiver, menor será o tempo do percurso.
Velocidade (km/h) Minutos
60 40
80 x

Montando a fração:
60 40
¿
80 x

Invertendo uma das frações:


80 40
¿
60 x

Montando a equação: 
80x = 40 ∙ 60 
80x = 2400 
2400
x=
80
x = 30 
21

Portanto, se o automóvel estivesse a 80 km/h, a viagem teria uma duração de


30 minutos.

7- Um automóvel gasta 10 litros de combustível para percorrer 65 km. Num


percurso de 910 km, ele gastou quantos litros de gasolina? 
Grandezas Diretamente Proporcionais, pois quanto mais combustível o carro
ter, mais longo será a distância que esse carro poderá percorrer. 
Litros de combustível Distância (km)
10 65
x 910

Montando a fração:
10 65
¿
x 910

Montando a equação:
65x = 910 ∙ 10 
65x = 9100 
9100
x=
65
x = 140
Logo, nesse percurso de 910 km, ele gastou 140 L de gasolina. 

8- Dez pessoas realizam um trabalho em 15 dias. Seis pessoas fariam o


mesmo trabalho em quantos dias?
Grandezas Inversamente Proporcionais, pois quanto mais pessoas para fazer o
trabalho, mais rápido o trabalho será concluído. 
Pessoas Dias
10 15
6 x

Montando a fração:
10 15
¿
6 x

Invertendo uma das frações:


6 15
¿
10 x
22

Montando a equação: 
6x = 10 ∙ 15 
6x = 150 
150
x=
6
x = 25 
Portanto, se apenas 6 pessoas fizessem esse mesmo trabalho, levariam 25
dias para finalizá-la.

9- Um muro é feito em 12 dias por 7 homens. Em quantos dias 3 homens farão
o mesmo muro? 
Grandezas Inversamente Proporcionais, pois quanto mais homens trabalhando
no muro, mais rápido ele ficará pronto. 
Dias Homens
12 7
x 3

Montando a fração:
12 7
¿
x 3

Invertendo uma das frações:


12 3
¿
x 7

Montando a equação: 
3x = 12 ∙ 7 
3x = 84 
84
x=
3
x = 28 
Assim, se fosse apenas 3 homens trabalhando no muro, levariam 28 dias para
finalizá-lo. 

10- Com 5 litros de gasolina, um automóvel percorre a distância de 41 km.


Quantos quilômetros percorrerá o mesmo automóvel com 20 litros de
gasolina? 
23

Grandezas Diretamente Proporcionais, pois quanto mais combustível o carro


ter, mais longo será a distância que esse carro poderá percorrer. 
Litros de Gasolina Distância (km)
5 41
20 x

Montando a fração:
5 41
¿
20 x

Montando a equação: 
5x = 41 ∙ 20 
5x = 820 
820
x=
5
x = 164 
Logo, ele gastou 20 L de gasolina para percorrer uma distância de 164 km.

 TEMA 2 – NOÇÕES DE CONJUNTOS


 Conjunto = Designado, em geral, por uma letra latina maiúscula (A, B,
C, ..., X, Y, Z);
 Elemento = Designado, em geral, por uma letra latina minúscula (a, b,
c,
..., x, y, z);
 Pertinência = A relação entre elemento e conjunto, simbolizada por ∈,
que se lê “pertence a”.
Exemplo: Se A é o conjunto das cores da bandeira do Brasil,
designadas por v (verde), a (amarelo), z (azul) e b (branco), podemos
falar que a, b, v, z são elementos do conjunto A. Isso pode ser
representado da seguinte forma:
A = {a, b, v, z}
Logo, dizemos que a ∈ A, b ∈A, v ∈ A e z ∈ A.

 Observações
24

Os símbolos ∉ e ≠ são usados para expressar as negações de ∈ e =,


respectivamente.
Seguindo o exemplo acima, temos v≠a, v ≠ b, v ≠ z, a ≠ b, a ≠ z, b ≠ z,
e caso designarmos a letra p como se fosse a cor preta, teríamos p ∉ A.
Além de poder ser descrito enumerando-se um por um seus elementos,
um conjunto pode ser designado por uma propriedade característica de
seus elementos. Nesse caso, podemos representá-lo da seguinte forma:
A = {x | x é a cor da bandeira do Brasil}
(lê-se: A é igual a x tal que x é a cor da bandeira do Brasil)

 IGUALDADE DE CONJUNTOS
Dois conjuntos A e B são iguais se todo elemento de A pertence a B, e
vice-versa.
Exemplos:
a) Se A = {a, b, c} e B = {c, b, a}, temos que A = B;
b) Se A = {x | x – 2 = 3} e B = {5}, temos que A = B;
c) Se A = {g, a, r, r, a} e B = {a, g, a, r, r, a, r}, temos que A = B. Note
que, dentro de um mesmo conjunto, não precisamos repetir
elementos, podendo ser feito assim: {g, a, r, r, a} = {a, g, a, r, r, a, r} =
{a, g, r}.

Observações: Há conjuntos que possuem um único elemento, chamados


conjuntos unitários, e há um conjunto que não possui elementos, chamado
conjunto vazio, que pode ser indicado por { } ou ∅ . Por exemplo:

a) São conjuntos unitários:


 A = {5}
 B = {x | x é a capital da Itália} = {Roma}
b) São conjuntos vazios:
 C = conjuntos das cidades do Acre banhadas pelo oceano Atlântico = ∅
 D = {x | x ≠ x} = ∅

Há conjuntos cujos elementos são conjuntos, por exemplo:


25

F = {∅, {x}, {z}, {x, y}, {x, z}, {x, y, z}}


Assim, temos: ∅ ∈F; {x} ∈F; {z} ∈ F; {x, y} ∈ F, {x, z} ∈ F, {x, y, z} ∈ F.
Observe que x ∉ F e z ∉ F, isso porque x e z não são elementos do
conjunto F. Logo, x ≠{x} e z ≠ {z}.

 DIAGRAMA DE VENN
John Venn (1834-1923), matemático e lógico inglês, usou uma região
plana limitada por uma linha fechada e não entrelaçada para
representar, em seu interior, os elementos de um conjunto. Essa
representação é conhecida como diagrama de Venn.
Observe por exemplo a figura abaixo.

Nessa figura, temos o conjunto A = {0, 2, 4 ,6 ,8} representada por meio


de um diagrama de Venn.

 SUBCONJUNTOS – RELAÇÃO DE INCLUSÃO


Consideremos os conjuntos A = {x | x é a letra da palavra “ralar”} e B =
{x | x é a letra da palavra “algazarra”}; temos:
A = {r, a, l}
B = {a, l, g, z, r}
Note que todos os elementos do conjunto A são também elementos do
conjunto B. Nesse caso, dizemos que A é um subconjunto ou uma
parte de B, que pode ser representado pelo símbolo ⊂ ou ⊃
dependendo da ordem dos conjuntos. Esses símbolos são chamados de
sinal de inclusão e estabelece uma relação entre dois conjuntos.
26

Existem também os sinais ⊄ e ⊅ que são os sinais de negação de ⊂ e


⊃.
Logo, A ⊂ B (lê-se: A está contido em B, ou A é uma parte de B, ou A é
um subconjunto de B).
Também podemos representar assim:
B ⊃ A (lê-se: B contém A).
Caso houvesse existisse C = {r, a, t, o}, C ⊄ B, pois alguns elementos
do conjunto C não pertencem a B.

 Propriedades da relação de inclusão


Quaisquer que sejam os conjuntos A, B, C, temos:
 ∅⊂A
 Reflexiva: A ⊂ A
 Transitiva: Se A ⊂ B, B ⊂ C, então A ⊂ C.
 Antissimétrica: Se A ⊂ B e B ⊂ A, então A = B.
Exemplo: Observando a figura abaixo, temos A = {0, 1, 2, 3}, B = {0, 1, 2,
3, 4, 5} e C = {0, 2, 5}.

Logo, temos:
A) I – A ⊂ B, pois todo elemento de A pertence a B;
II – C ⊄ A, pois 5 ∈C e 5 ∉ A;
III – B ⊃C, pois todo elemento de C pertence a B;
IV – B ⊄ A, pois 4 B e 4 A, e também 5 ∈ B e 5 ∉ A.
B) Os conjuntos A, B e C podem ser representados pelo diagrama de
Venn acima.
27

ATIVIDADES
1
1- Indique se cada um dos elementos -4; ; 3 e 0,25 pertence ou não a
3
cada um destes conjuntos:
I - A = {x | x é um número inteiro}
1
R: -4 ∈ A; ∉ A; 3 ∈ A; 0,25 ∉A.
3

II - B = {x | x < 1}
1
R: -4 ∈ B; ∈B; 3 ∉ B; 0,25 ∈ B.
3

III - C = {x | 15x – 5 = 0}
1
R: -4 ∉ C; ∈C; 3 ∉ C; 0,25 ∉ C.
3
1
IV - D = {x | -2 ≤ x ≤ }
4
1
R: -4 ∉ D; ∉D; 3 ∉ D; 0,25 ∈ D.
3

2- Considerando que F = {x | x é estado do Sudeste brasileiro} e G = {x |


x é a capital de um país sul-americano}, quais das sentenças seguintes
são verdadeiras?
a) Rio de Janeiro ∈ F.
R: Verdadeiro.
b) México ∈ G.
R: Falso.
c) Lima ∉G.
R: Falso.
d) Montevidéu ∈ G.
R: Verdadeiro.
e) Espírito Santo ∉ F.
R: Falso.
f) São Paulo ∈ F.
R: Verdadeiro.
28

3- Em cada caso, reescreva o conjunto dado enumerando seus


elementos:
A = {x | x é letra da palavra “beterraba”} = {b, e, t, r, a}
B = {x | x é nome de um estado brasileiro cuja letra inicial é P} = {Pará,
Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí}
a
C = {x | x = , em que a e b são números inteiros, a ≠ b, 1 < a < 4 e 1 <
b

2 3
b < 4} = { , }
3 2

4- Dado H = {-1, 0, 2, 4, 9}, reescreva cada um dos conjuntos seguintes


enumerando seus elementos.
A = {x | x ∈ H e x < 1} = {-1, 0}
2 x−1
B = {x | x ∈ H e = 1} = {2}
3

C = {x | x ∈ H e x é um quadrado perfeito} = {4, 9}


D = {x | x ∈ H e x < 0} = {-1}
E = {x | x ∈ H e 3x+1 = 10} = ∅

5- Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das sentenças


seguintes:
a) 0 ∈ ∅ (F)
b) {a, b} ∈ {a, b, c, d} (F)
c) {x | 2x+9 = 13} = {2} (V)
d) a ∈ {a, {a}} (V)

e) {x | x < 0 e x ≥ 0} = ∅ (V)
f) ∅ ∈ {∅ , {a}} (V)

 TEMA 3 – CONJUNTO DAS PARTES


Dado um conjunto A, podemos fazer um conjunto cujos elementos são
todos os subconjuntos de A. Esse conjunto é chamado conjunto das
partes de A e é indicado por P(A).
29

Exemplo: se A = {1, 2, 3}, então seus subconjuntos são ∅, {1}, {2}, {3},
{1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {1, 2, 3}. Logo o conjunto das partes de A é:

P(A) = {∅, {1}, {2}, {3}, {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {1, 2, 3}}

 INTERSEÇÃO E REUNIÃO
A partir de dois conjuntos A e B podemos construir novos conjuntos
cujos elementos devem respeitar as condições dadas.
Exemplo: dados os conjuntos A e B, podemos determinar um conjunto
cujos elementos pertencem simultaneamente a A e a B, chamado de
interseção de A e B e indicado por A ⋂ B (lê-se: “A interseção B” ou “A
inter B”. Usando um diagrama de Venn, temos:

A ⋂ B = {x | x ∈ A e x ∈ B}

Casos particulares:

A B=A
30

⋂ ∅

A B = , logo A e B
são disjuntos.

Exemplo:
Dados os conjuntos A = {-2, -1, 0, 1, 2}, B = {0, 2, 4, 6, 8, 10} e C = {1, 3,
5, 7}, temos:
A ⋂ B = {0, 2}

A ⋂ C = {1}

B⋂C=∅
31

 UNIÃO
A partir de dois conjuntos A e B, também se pode obter um novo
conjunto cujo os elementos pertencem a pelo menos um dos conjuntos
dados, seja apenas A ou B, ou os dois (A ⋂B). O novo conjunto é
denominado de reunião (união) de A e B e é indicado por A ∪ B (lê-se:
“A reunião B” ou “A união B”).
Assim, temos:

A ∪ B = {x | x ∈ A e x ∈ B}
Casos particulares:

A B=B

∪ ∅

A B = , logo A e B são disjuntos.


Exemplo:
Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4}, B = {6, 7, 8}, C = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e D
= {3, 4, 6, 8}, temos:
A ∪ B = {1, 2, 3, 4, 6, 7, 8}
A ∪ C = {0, 1, 2, 3, 4, 5} = C
B ∪ D = {6, 7, 8, 3, 4}
32

A ∪ (C ∪ D) = A ∪ {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8} = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8}

 SITUAÇÃO PROBLEMA
Em uma pesquisa realizada com alunos de uma escola, foram feitas as
seguintes perguntas para que respondessem apenas “sim” ou “não”:
Você gosta de praticar esportes?
Você gosta de assistir a filmes?
Responderam “sim” à primeira pergunta 120 alunos; responderam “sim”
à segunda pergunta 85 alunos; responderam “sim” às duas perguntas 36
alunos; responderam “não” as duas perguntas 52 alunos. Vamos
determinar o número de alunos que participaram desta pesquisa:

Primeira solução:
Sendo A o conjunto dos alunos que gostam de praticar esportes, temos
que n(A) = 120.
Sendo B o conjunto dos alunos que gostam de assistir a filmes, temos
n(B) = 85.
n(A⋂ B) = 36: os alunos que gostam de praticar esportes e de assistir
filmes;
n[A – (A ⋂ B)] = 120 – 36 = 84; alunos que só gostam de praticar
esportes;
n[B – (A ⋂ B)] = 85 – 36 = 49; alunos que só gostam de assistir a filmes.
Dessa forma, podemos calcular o número de alunos que participaram da
pesquisa, isto é:
36 + 84 + 49 + 52 = 221

Segunda solução:
Além disso, também é possível utilizar o diagrama de Venn para resolver
a questão. Inicie colocando a quantidade de elementos, conforme a
seguir, na região correspondente a A⋂ B:
33

A seguir, coloque a quantidade de elementos correspondentes a A – B e


B – A e, ao lado de fora dos conjuntos, indique o número de elementos
que não pertencem a nenhum deles:

Assim, o número total de participantes da pesquisa é:


(120 – 36) + 36 + (85 – 36) + 52 = x
84 + 36 + 49 + 52 = x
x = 221

ATIVIDADES
1. Dados os conjuntos A = {p, q, r}, B = {r, s} e C = {p, s, t}, determine os
conjuntos:
a) A ∪ B = {p, q, r, s}
b) A ∪ C = {p, q, r, s, t}
c) B ∪ C = {s, p, r, t}
d) A⋂ B = {r}
e) A ⋂ C = {p}
f) B ⋂ C = {s}

2. Sendo A, B e C os conjuntos dados no exercício anterior, determine:


a) (A ⋂ B) ∪ C = {r} ∪ {p, s, t} = {p, r, s, t}
b) A⋂ B ⋂ C = {p, q, r} ⋂ {r, s} ⋂ {p, s, t} = ∅
c) (A ⋂ C) ∪ (B ⋂ C) = {p} ∪ {s} = {p, s}
34

d) (A ∪ C) ⋂ (B ∪ C) = {p, q, r, s, t} ⋂ {s, p, r, t} = {p, r, s, t}

3. Dado U = {-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4}, sejam A = {x ∈ U | x < 0}, B = {x


∈ U | -3 < x < 2} e C = {x ∈ U | x ≥ -1}, determine:
a) A⋂ B ⋂ C = {-4, -3, -2, -1} ⋂ {-2, -1, 0, 1} ⋂ {-1, 0, 1, 2, 3, 4} = {-1}
b) A ∪ B ∪ C = {-4, -3, -2, -1} ∪ {-2, -1, 0, 1} ∪ {-1, 0, 1, 2, 3, 4} = {-4, -3,
-2, -1, 0, 1, 2, 3, 4} = U
c) C ∪ (B ⋂ A) = {-1, 0, 1, 2, 3, 4} ∪ {-2, -1} = {-2, -1, 0, 1, 2, 3, 4}
d) (B ∪ A) ⋂ C = {-4, -3, -2, -1, 0, 1} ⋂ {-1, 0, 1, 2, 3, 4} = {-1, 0, 1}

4. Dos 36 alunos do primeiro ano do Ensino Médio de certa escola,


sabe-se que 16 jogam futebol, 12 jogam voleibol e 5 jogam futebol e
voleibol. Quantos alunos dessa classe não jogam futebol ou voleibol?
n(A) = 16; alunos que jogam futebol;
n(B) = 12; alunos que jogam voleibol;
n(A ⋂ B) = 5; alunos que jogam futebol e voleibol;
n[A – (A ⋂ B)] = 16 – 5 = 11; alunos que jogam apenas futebol;
n[B - (A ⋂ B)] = 12 – 5 = 7; alunos que jogam apenas voleibol.
5 + 11 + 7 = 23
36 – 23 = 13
R: 13 alunos não jogam nem futebol e nem voleibol.

 TEMA 4 – DIFERENÇA 
Dados os conjuntos A e B, podemos determinar um conjunto cujos
elementos pertencem ao conjunto A e não pertencem ao conjunto B.
Esse conjunto é chamado diferença entre A e B e é indicado por A – B
(lê-se: “A menos B”). Assim, temos: 
 
A – B = {x | x ∈ A e x ∉ B} 
35

 
 
Existem três casos particulares: 
 
A ⊂ B 

A – B = ∅ 
 
A e B são disjuntos 

 
A – B = A 
 
 

B ⊂ A 

 
A – B 
36

 OBSERVAÇÕES 
No terceiro caso, em que B ⊂ A, o conjunto A – B é chamado
de complementar de B em relação a A. 
B
Indica-se: ∁ A  = A – B, se B ⊂ A. 

Sendo A um subconjunto de um conjunto universo U, então ∁UA = U – A

pode ser representado pelo símbolo  A (lê-se: “A barra”). Assim,  A = ∁UA  =


U – A. 
 

Note que para todo elemento x do conjunto universo U, se x ∈  A, então x ∉ A e,


por contraposição, se ∈ x A, então x ∉  A.
 
 DE OLHO NA RESOLUÇÃO 1 
Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5}, B = {3, 4, 5, 6}, C = {2, 3} e D = {0,
7, 8}, temos: 
A – B = {1, 2} 
C
A – C = {1, 4, 5} (nesse caso A – C = ∁ A , pois C ⊂ A). 
B – A = {6} 
C – D = {2, 3}, pois como C ⋂ D = ∅, C – D = C. 

C – A = ∅, pois C ⊂ A. 

D – D = ∅ 

∁CB  : Não se define, isso porque C ⊄ B. 


37

 DE OLHO NA RESOLUÇÃO 2 
Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4}, B = {3, 4, 5, 6, 7} e U = {0, 1, 2, 3, 4,
5, 6, 7, 8, 9}, em cada caso vamos determinar os elementos do conjunto
indicado. 
⋂B)
I) ∁(A
U                                                                              II) ∁UA  ∪ ∁BU
Solução: 
⋂B)
A) Como A ⋂ B = {3, 4}, então ∁(A
U  = U - (A ⋂ B) = {0, 1, 2, 5, 6, 7, 8,
9}. 
B) Como ∁UA  = U – A = {0, 5, 6, 7, 8, 9} e ∁BU  = U – B = {0, 1, 2, 8, 9},
então: 
∁UA  ∪ ∁BU  = {0, 1, 5, 6, 7, 8, 9}
Os resultados encontrados nos itens a e b ilustram a validade da
seguinte propriedade: 
⋂B)
∁(A
U  = ∁UA  ∪ ∁BU
 

ATIVIDADES
1- Dados os conjuntos A = {a, b, c}, B = {a, c, d, e}, C = {c, d} e D = {a, d, e},
classifique cada uma das sentenças seguintes como verdadeira (V) ou
falsa (F). 
a) A – B = {b} (V) 
b) B – C = {a, e} (V) 
c) D – B = {c} (F) 
C
d) ∁ A  = ∅ (F) 

e) ∁∅B  = {a, c, d, e} (V) 


f) ∁BD = {c} (V) 
g) (A ⋂ B) - D = {a, d, e} (F) 
h) B - (A ∪ C) = {e} (V) 
i) (∁CB ) ∪ (∁BD) = {a, c, e} (V) 
 
2- Dados os conjuntos A = {2, 4, 8, 12, 14}, B = {5, 10, 15, 20, 25} e C = {1, 2,
3, 18, 20}, determine: 
a) A – C = {4, 8, 12, 14} 
38

b) B – C = {5, 10, 15, 25} 


c) (C – A) ⋂ (B – C) = {1, 3, 18, 20} ⋂ {5, 10, 15, 25} = ∅ 
d) (A – B) ⋂ (C – B) = {2, 4, 8, 12, 14} ⋂ {1, 2, 3, 18} = {2} 

2º BIMESTRE

 TEMA 1 – CONJUNTOS NUMÉRICOS


Os conjuntos numéricos são conjuntos cujos seus elementos são números.
Dentro do tema existem cinco conjuntos: Naturais, Inteiro, Racionais,
Irracionais e Reais.

 O CONJUNTO N
O conjunto dos números naturais é:

N = {0, 1, 2, 3, ...}, onde n representa o elemento genérico do conjunto. O


conjunto N possui infinitos elementos e pode ser representado na reta
numerada.

Este conjunto possui alguns subconjuntos importantes.

 SUBCONJUNTOS DE N
Conjunto dos números naturais não nulos:

N ¿ = {1, 2, 3, 4, ...}, N ¿ = N - {0}

Este * representa que o conjunto não possui o elemento 0.


39

Conjuntos dos números naturais pares:

N p = {0, 2, 4, 6, ..., 2n, ...}, sendo que n ∈ N.

Note que 2n representa o dobro de um número qualquer, que sempre se


resulta em um número par.

Conjunto dos números naturais ímpares:

N i = {1, 2, 3, 4, ... 2n + 1, ...}, sendo que n ∈ N .

Note que 2n + 1 representa o dobro de um número qualquer somado com 1, na


qual sempre se resulta em um número ímpar.

Conjunto dos números naturais primos:

P = {2, 3, 5, 7, 11, ...}

 O CONJUNTO Z
O conjunto dos números inteiros é:

Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...}

Note que, todo número natural também é um número inteiro, logo N é


subconjunto de Z, ou N ⊂ Z.

Em um diagrama de Venn temos:


40

A representação geométrica do conjunto dos números inteiros é feita a partir da


representação de N na reta numerada; basta acrescentar os pontos
correspondentes aos números negativos.

 SUBCONJUNTOS DE Z
 Conjuntos dos números inteiros não nulos:
Z¿ = {..., -3, -2, -1, 1, 2, 3, ...} = Z - {0}
 Conjuntos dos números inteiros não negativos:
Z+¿ ¿ = {0, 1, 2, 3, 4, 5, ...}
 Conjuntos dos números inteiros positivos:
Z+¿ ¿ = {1, 2, 3, 4, 5, ...}
¿

 Conjuntos dos números inteiros não positivos:


Z−¿¿ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
 Conjuntos dos números inteiros negativos:
Z−¿ ¿ = {..., -5, -4, -3, -2, -1}
¿

 Conjunto dos números inteiros múltiplos de 4:


M(4) = {..., -8, -4, 0, 4, 8, ...}

 NÚMEROS INTEIROS OPOSTOS


Dois números inteiros são opostos um do outro quando sua soma resulta em 0.
Em uma reta numérica, eles possuem a mesma distância em relação ao zero.

Por exemplo: os números 2 e -2 são opostos, pois 2 + (-2) = 0.

Assim, podemos dizer que -2 é o oposto, ou simétrico, de 2, e vice-versa.


41

 MÓDULO DE UM NÚMERO INTEIRO


Se x ∈ Z, o módulo ou valor absoluto de x (se escreve: |x|) é definido pelas
seguintes relações.

 Se x ≥ 0, o módulo de x é igual ao próprio valor de x, isto é, |x| = x.


 Se x < 0, o módulo de x é igual ao oposto do valor de x, isto é, |x| = -x.

Exemplos:

|7| = 7;

|-12| = - (-12) = 12;

|0| = 0.

 INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA
Na reta numerada dos números inteiros, o módulo de x é igual à distância entre
x e a origem.

|7| = 7

|-12| = 12

 EXEMPLO
Tomando os inteiros a = -3 e b = +2, calculamos:

1- a + b = -3 + (+2) = -3 + 2 = -1;

2- a ∙ b = -3 ∙ (+2) = -3 ∙ 2 = -6;

3- a – b = -3 – (+2) = -3 – 2 = -5;

4- b – a = 2 – (-3) = 2 + 3 = 5; este item e o item anterior são opostos;


42

5- -a = - (-3) = 3;

6- -b = - (+2) = -2;

7- |a| = |-3| = 3;

8- |b| = |+2| = 2;

9- |a – b| = |-3 – 2| = |-5| = 5;

10- |b – a| = |2 – (-3)| = |5| = 5.

 DE OLHO NA RESOLUÇÃO
Sejam os conjuntos A = {x ∈ Z | -3 < x ≤ 2} e B = {x ∈ N | x ≤ 4}.

Determine A ∪ B e A ∩ B.

Solução:

Observemos que A = {-2, -1, 0, 1, 2} e B = {0, 1, 2, 3, 4}. Assim, temos:

A ∪ B = {-2, -1, 0, 1, 2, 3, 4} = {x ∈ Z | -2 ≤ x ≤ 4}.

A ∩ B = {0, 1, 2} = {x ∈ N | x ≤ 2} = {x ∈ Z | 0 ≤ x ≤ 2}.

Também podemos escrever:

A ∪ B = {x ∈ Z | -3 < x < 5};

A ∩ B = {x ∈ N | x < 3} = {x ∈ Z | 0 ≤ x < 3}

ATIVIDADES
1- Determine A ∩ B e A ∪ B, sendo:

a) A = {x ∈ N | x ≥ 5} e B = {x ∈ N | x < 7}

A = {5, 6, 7, 8, ...} e B = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}

A ∩ B = {5, 6}

A ∪ B = {0, 1, 2, 3, 4, ...} = N
43

b) A = {x ∈ Z | x > 1} e B = {x ∈ Z | x ≥ 3}

A = {2, 3, 4, 5, ...} e B = {3, 4, 5, 6, ...}

A ∩ B = {3, 4, 5, ...} = B

A ∪ B = {2, 3, 4, 5, ...} = A

c) A = {x ∈ Z | x < 10} e B = {x ∈ N ¿ | x < 6}

A = {..., -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9} e B = {1, 2, 3, 4, 5}

A ∩ B = {1, 2, 3, 4, 5} = B

A ∪ B = {..., -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9} = A

d) A = {x ∈ N | 2 < x ≤ 5} e B = {x ∈ Z | 1 ≤x < 4}

A = {3, 4, 5} e B = {1, 2, 3}

A ∩ B = {3}

A ∪ B = {1, 2, 3, 4, 5}

2- Calcule:

a) -5 – 3 ∙ (-2) = 1

b) |-11| = 11

c) |7 – 4| + |4 – 7| = 6

d) 2 + 5 ∙(-3) – (-4) = -9

e) -11 – 2 ∙ (-3) + 3 = -2

f) -8 + 3 ∙ [2 – (-1)] = 1

g) |2 + 3 ∙ (-2)| - |3 + 2 ∙ (-3)| = 1

h) |5 – 10| - |10 – (-5)| - |-5 – (-5)| = -10


44

 O CONJUNTO Q
O conjunto dos números inteiros é fechado em relação às operações de
adição, multiplicação e subtração, mas o mesmo não acontece na divisão. Veja
que, (-12) : (-4) = 3, e 3 ∈ Z, porém, não existe um número inteiro x para (-4) : (-
12). Por isso, foi preciso ampliar o conjunto dos números inteiros, surgindo o
conjunto dos números racionais (simbolizado por Q).

Este conjunto é inicialmente descrito como o conjunto dos quocientes entre


dois números inteiros, em que o divisor é diferente de 0.

1 1 2 2
Exemplos: 0;±1;± ; ± ;±2; ± ; ± ; etc.
2 3 3 5

p
Resumindo: Q = { | p ∈ Z e q ∈ Z ¿}
q

p
Dessa forma, podemos definir o conjunto Q como o conjunto das frações
q
,
p
assim, os números racionais são quando pode ser escrito como
q
,sendo que
p e q são inteiros e q ≠ 0, pois nenhum número pode ser divido por 0.

p
Se q = 1, temos = p ∈ Z, mostrando que o conjunto dos números inteiros é
1
um subconjunto do conjunto dos números racionais, ou seja, Z ⊂Q.

 SUBCONJUNTOS DE Q
Q¿ : Conjunto dos números racionais não nulos;
45

Q+¿¿ : Conjunto dos números racionais não negativos;

Q +¿ ¿ : Conjunto dos números racionais positivos;


¿

Q−¿ ¿ : Conjunto dos números racionais não positivos;

Q−¿ ¿ : Conjuntos dos números racionais negativos.


¿

Este conjunto é fechado apenas para adição, subtração e multiplicação, pois na


divisão não se pode dividir nada por 0, mas o conjunto Q ¿ é fechado também
em relação à divisão, pois nesse conjunto não se tem o elemento 0.

 REPRESENTAÇÃO DECIMAL DAS FRAÇÕES


p
Tomemos um número racional
q
, onde p não é múltiplo de q. Para obtermos a
forma decimal da fração, basta dividir o numerador p pelo denominador q.
Tendo assim duas possíveis situações:

1º - O quociente obtido após a vírgula possui uma quantidade finita de


algarismos e o resto é 0.

Por exemplo:

Veja que se acrescentar inúmeros algarismos iguais a 0 ao lado do último


algarismo do quociente obtido, seu valor não é alterado. Seguindo o exemplo
anterior: o quociente obtido (0,4) mesmo se colocar vários algarismos iguais a
0 do lado direito de 4, o seu valor será o mesmo (0,400000...).

4
Inversamente, a partir do decimal 0,4 podemos identificá-lo como
10
, que
2 4 2
pode ser simplificada para
5
, ou seja, 0,4 = , .
10 5

2º - O quociente obtido após a vírgula possui uma infinidade de algarismos e


não é possível obter um resto igual a 0 em uma divisão.
46

Exemplo:

Veja que o algarismo 6 se repete infinitamente, quando os algarismos se


repetem infinitamente temos uma dízima periódica. Nesse exemplo, o
algarismo 6 que se repete forma uma parte periódica. Para não ter que
escrever 0,666666..., podemos por um traço acima dos algarismos que se
repetem (nesse caso, ficaria: 0,6́ .

Se uma fração equivale a uma dízima periódica, essa fração é denominada de

2
geratriz dessa dízima. Por exemplo, é a geratriz da dízima 0,6́ .
3

Para uma fração (irredutível) gerar uma dízima, é necessário que, na


decomposição do denominador em fatores primos, haja algum fator
diferente de 2 e de 5, por exemplo:

41 3 31 7
As frações ; ; ;− etc. não geram dízimas periódicas, pois temos 25
25 16 100 8
(5²), 16 (24 ), 100 (2² ∙ 5²) e 8 (2³).

1 1 5 2
Já as frações ; ;− ; etc. geram dízimas periódicas, pois temos 6 (2 ∙
6 42 33 45
3), 42 (2 ∙ 3 ∙ 7), 33 (3 ∙ 11) e 45 (3² ∙ 5).

 REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DO CONJUNTO Q


Daremos exemplos de números racionais e os localizaremos na reta numérica,
que já contém certos números inteiros marcados.
47

Podemos notar que entre dois números inteiros consecutivos existem infinitos
números racionais e, também, que entre dois números racionais quaisquer há

1 2
infinitos números racionais. Por exemplo, entre os racionais = 0,5 e = 0,6́,
2 3

5 3 61
podemos encontrar os racionais = 0,5́; = 0,6 e = 0,61, etc.
9 5 100

 OPOSTO, MÓDULO E INVERSO DE UM NÚMERO


RACIONAL
Os conceitos de oposto e módulo, já estudados para os números inteiros,
também se aplica em números racionais quaisquer. Por exemplo:

−3 3
O oposto de é .
4 4

17 −17
O oposto de
11
é
11
.

|−78| = |78| = 78 .
48

1 1
| | ||
−1
3
=
3
= 3.

Dois números racionas são ditos inversos um do outros se o produto deles é

5 6 1
igual a 1. Por exemplo: e são inversos um dos outro, 2 é o inverso de ,
6 5 2

−5 −3
e 3 é o inverso de 5 .

ATIVIDADES
1- Classifique cada item como verdadeiro (V) ou falso (F):

a) 10 ∈Q (V)

1
b) ∈ Q e 3 ∈ Q (V)
3

c) x ∈ Q ⇒ x ∈ Z ou x ∈ N (F)

d) 0,851 ∈ Q (V)

e) -2,3 ∉ Q (F)

f) -2 ∈ Q - N (V)

−17
g) ∉ Q (F)
9

h) -5,16666... ∉ N (V)

i) Q+¿¿ ∩ Q−¿ ¿ = { } (F)

j) Todo número racional é inteiro. (F)

−2
2- Sabendo que m = 3 - 2n e n =
3
, escreva os seguintes números racionais
na forma decimal e na forma decimal:
49

a) -m + n = - (3 – 2 ∙ ( −23 )) + ( −23 ) = - (3 + 43 ) + ( −23 ) = - ( 93 + 43 ) + ( −23 ) = - ( 133 )


+ ( −23 ) = −153 = −51 = -5
−13 13 −2 −13 52 −8 −39 5
b) m + n
4
=
3
+
3 ( )
4
=
12
+
12 12
=
12 ( )
= 0,416

3- Represente na forma fracionária mais simples:

1
a) 0,05 =
20

21
b) 1,05 = 20

−51
c) -10,2 =
5

33
d) 0,33 =
100

33
e) 3,3 =
10

−9
f) -2,25 =
4

4- Represente na forma decimal:

4 8 12
a) + = = 2,4
5 5 5

57
b) = 0,57
100

2
c) = 0,08
25

3
d) = 0,024
125
50

5 −16 25 −256 −231


e) = = = -2,8875
16 5 80 80 80

 O CONJUNTO I
Assim como existem números decimais que podem ser escritos como frações
com numerador e denominador (os números racionais), também existem os
que não admitem tal representação. Estamos falando dos números decimais
que têm uma representação infinita de algarismo, porém não periódicos, estes
números estão dentro do conjunto dos números irracionais, simbolizado por I.
Exemplos:

o 0,2121121112... não é uma dízima periódica, pois os algarismos não se


repetem de forma periódica.
o 1,203040.... também não é uma dízima periódica, uma vez que seus
algarismos também não se repetem de forma periódica.
o Os números √ 2 = 1,4142135..., √ 3 = 1,7320508... e até mesmo o próprio
π = 3,141592... são números irracionais, pois o valor deles possuem
algarismos infinitos que não se repetem de forma periódica.

Observação: o número irracional π é o quociente entre a medida do


comprimento de uma circunferência e a medida do seu diâmetro, ou seja, π

c
=
d
, onde c representa a circunferência de um círculo e d representa o
diâmetro deste mesmo círculo.

 APROXIMAÇÕES
É comum que os números irracionais e os racionais sejam aproximados. Por
exemplo, o número π pode ser aproximado para os números racionais 3; 3,1;

22
3,14;
7
; etc. O símbolo que representa a aproximação é o ≃, assim, por
exemplo, escrevemos π ≃ 3,14.

Exemplo: aproximações do número irracional √ 2.


51

o 1,4 é uma aproximação, por falta, pois 1,4² = 1,96 < 2;


o 1,41 é uma aproximação, por falta, pois 1,41² = 1,9881 < 2;
o 1,42 é uma aproximação, por excesso, pois 1,42² = 2,0164 > 2.

Veja que 1,41² < 2 < 1,42² e 1,41 < √ 2 < 1,42. Como 1,42 – 1,41 = 0,01,
dizemos que, ao usarmos o valor 1,41 (ou 1,42) para √ 2, estamos cometendo
um erro inferior a 0,01.

 O CONJUNTO R
O conjunto formado pela reunião do conjunto dos números racionais com o
conjunto dos números irracionais conjunto dos números reais, simbolizado pelo
símbolo R.

Assim, temos:

R=Q ∪ I, sendo que Q ∩ I = ∅

Vale lembrar que se um número é racional, ele não é um número irracional, e


vice-versa.

Temos: N ⊂ Z ⊂ Q⊂ R e I ⊂ R .

Observe: I = R - Q

Além desses (N, Z, Q, I), o conjunto dos números reais apresenta outros
subconjuntos importantes.

 SUBCONJUNTOS DE R
o R¿ : O conjunto dos números reais não nulos;
o R+¿ ¿ : O conjunto dos números reais não negativos;
o R+¿ ¿ : O conjunto dos números reais positivos;
¿

o R−¿ ¿ : O conjunto dos números reais não positivos;


52

o R−¿ ¿ : O conjunto dos números reais negativos.


¿

Veja que cada um desses cinco conjuntos contém números racionais e


números irracionais.

 REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DO CONJUNTO R


Retomemos a reta numerada, com alguns números racionais (inteiros ou não)
já assinalados. Vamos marcar nela alguns números irracionais:

O conceito dos números opostos, números inversos e módulo de um número


foram apresentados nos conjuntos pertinentes. Todos se aplicam (e de mesmo
modo) aos números reais, de maneira geral. Exemplos:

 O oposto de √ 5 é −√ 5, pois √ 5 + (−√ 5) = 0.


 |- π | = | π | = π .

ATIVIDADES
9 23 π ² 17
1- Represente, na reta numerada, os números reais: √ 20, 4, ,
2 5
, 2
, 5,
4
.

4 17 √ 20 9 23 π² 5

4 2 5 2
4 4,1 4,2 4,3 4,4 4,5 4,6 4,7 4,8 4,9 5
53

Entre os números acimas, quais são irracionais?

π²
Números Irracionais: √ 20 e 2 .

2- Classifique cada número real seguinte em racional ou irracional.

a) √ 50; irracional

b) √ 7²; racional

c) 1 + 2 π ; irracional

d) (√ 3 + 1)²; irracional

20
e)
√ 80
; racional

f) 0,25 : 0,25; racional

g) (√ 2 + 1) ∙ (√ 2 – 1); racional

h) (0,3)²; racional

i) √ 3 ∙ √ 5; irracional

j) √ 2 +¿ √ 7; irracional

k) √ 2+7; racional

3- Seja x ∈ R¿; classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada sentença
abaixo:

a) O oposto de x é sempre negativo. (F)

b) x² é sempre maior que x. (F)

c) O dobro de x é sempre menor que o triplo de x. (F)

d) O inverso de x pode ser maior que x. (V)

e) x + 2 pode ser menor que x. (F)


54

4- Classifique os conjuntos seguintes em vazios ou unitários.

a) {x ∈ N | x³ = -8}; conjunto vazio.

b) {x ∈ R | x 4 = 16}; conjunto unitário.

−1 2
{
c) x ∈ Z∨
5 }
≤ x ≤ ; conjunto unitário.
3

d) {x ∈ R | x² < 0}; conjunto vazio.

e) {x ∈ R | |x| = -4}; conjunto vazio.

f) {x ∈ Q | x 5 = 0}; conjunto unitário.

1
{ }
g) x ∈Q∨ =2 ; conjunto unitário.
x

1
{ 3
h) x ∈ Z∨x =
8 }
; conjunto vazio.

 TEMA 2 – INTERVALOS REAIS


O conjunto dos números reais possui também subconjuntos denominados
intervalos, nos quais os elementos determinados por meio de desigualdades.
Sejam os números reais a e b, com a < b.

 TIPOS DE INTERVALOS
o Intervalo aberto de extremos a e b é o conjunto ]a, b[ = {x ∈ R | a < x <
b}.
]3, 5[ = {x ∈ R | 3 < x < 5}

Note as “bolinhas vazias”; elas excluem os valores 3 e 5.


o Intervalo fechado de extremos a e b é o conjunto [a, b] = {x ∈ R | a ≤ x ≤
b}.
[3, 5] = {x ∈ R | 3 ≤ x ≤ 5}
55

Note as “bolinhas cheias”; elas incluem os valores 3 e 5.

o Intervalo aberto à direita e fechado à esquerda de extremos a e b é o


conjunto [a, b[ = {x ∈ R | a ≤ x < b}.
[3, 5[ = {x ∈ R | 3 ≤ x < 5}

o Intervalo aberto à esquerda e fechado à direita de extremos a e b é o


conjunto ]a, b] = {x ∈ R | a < x ≤ b}.
]3, 5] = {x ∈ R | 3 < x ≤ 5}

Existem ainda os seguintes intervalos:


o ]−∞, a] = {x ∈ R | x ≤ a}
]−∞, 3] = {x ∈ R | x ≤ 3}

Observe que o intervalo determina uma semirreta (à esquerda) com


origem em 3.

o ]−∞, a[ = {x ∈ R | x ¿ a}
]−∞, 3[ = {x ∈ R | x ¿ 3}

o [a, +∞[ = {x ∈ R | x ≥ a}
[3, +∞[ = {x ∈ R | x ≥ 3}

Observe que o intervalo determina uma semirreta (à direita) com origem


em 3.

o ]a, +∞[ = {x ∈ R | x > a}


56

]3, +∞[ = {x ∈ R | x > 3}

Na resolução de inequações e de outros problemas em que são


necessárias operações como união, interseção etc. entre intervalos,
podemos utilizar uma representação gráfica.

 EXEMPLO
Dados os intervalos:

A = {x ∈ R | -1 ≤ x < 3}

B = {x ∈ R | x > 1}

C = ]−∞, 2]

Podemos representá-los como se vê acima. Vamos determinar A ∩ B, B ∩ C, A


∪ B e A ∪ B ∪ C.

o A∩B

A ∩ B = ]1, 3[ = {x ∈ R | 1 < x < 3}

o B∩C
57

B ∩ C = ]1, 2] = {x ∈ R | 1 < x ≤ 2}

o A∪B

A ∪ B = [-1, + ∞[ = {x ∈ R | x ≥ -1}

o A∪B∪C

A ∪ B ∪ C = ]−∞, + ∞[ = R

ATIVIDADES
1- Represente graficamente cada um dos seguintes intervalos:

a) ]-3, 5]

2
b) ¿−∞ , ¿
3
58

c) ¿

d) ]0, 2[

e) [-1, 1[

f) ]√ 2, 5[

2- Descreva, por meio de uma propriedade característica, cada um dos


conjuntos representados a seguir:

a)

{x ∈ R∨x ≥−2}

b)

{ x ∈ R∨x ≤3 √ 2}
59

c)

−1
{ x ∈ R∨ < x ≤ 1}
4

d)

−3
{ x ∈ R∨ < x ≤ 0}
4

4
3- Sejam A = {x ∈ R | x > -2} e B = ¿−3 , ¿ ¿ . Determine:
3

a) A ∪ B = {x ∈ R | x > -3} = ]-3, + ∞[

4 4
b) A ∩ B = {x ∈ R | -2 < x ≤ } = ¿−2 , ¿ ¿
3 3

4 4
c) A – B = {x ∈ R | x > } = ¿ ,+∞ ¿
3 3

d) B – A = {x ∈ R | -3 < x ≤ -2} = ]-3, -2]

4- Com relação ao exercício anterior, determine a quantidade de números


inteiros pertencentes a A ∩ B.

4
= 1,3
3

A ∩ B possui 3 números inteiros: -1, 0 e 1.


60

5- Represente, por meio de uma operação entre conjuntos, os intervalos abaixo


representados:

 TEMA 3 – FUNÇÕES
No estudo científico de qualquer fenômeno, sempre procuramos identificar
grandezas mensuráveis ligadas a ele e, em seguida, estabelecer as relações
entre as grandezas.

 TEMPO E ESPAÇO
Uma pista de ciclismo tem marcações a cada 600 m. Um ciclista treina para
uma prova de resistência, desenvolvendo uma velocidade constante. Enquanto
isso, seu técnico anota, de minuto em minuto, a distância já percorrida pelo
ciclista.

O resultado pode ser visto na tabela abaixo:

Instante (min) Distância (m)


0 0
1 600
2 1200
3 1800
4 2400
5 3000
... ...

A cada instante (x) corresponde uma única distância (y). Dizemos, devido a
isso, que a distância é função do instante. A fórmula (ou a lei) que relaciona y
com x é:

y = 600 ∙ x com y em metros e x em minutos.


61

 MERCADORIA E PREÇO
Uma barraca na praia, em Fortaleza, vende água de coco ao preço de R$ 2,20
o copo. Para não ter de fazer contas a toda hora, o proprietário da barraca
montou a seguinte tabela:

Número de Copos Preço (R$)


1 2,20
2 4,40
3 6,60
4 8,80
5 11,00
6 13,20
7 15,40
8 17,60
9 19,80
10 22,00

Nesse exemplo, duas grandezas estão relacionadas: o número de copos de


água de coco e o respectivo preço. A cada quantidade de copos corresponde
um único preço. Logo, podemos dizer que o preço é função do número de
copos. A fórmula que estabelece a relação de interdependência entre preço (y),
em reais, e o número de copos de água de coco (x) é:

y = 2,20 ∙ x

 PASSAGEIROS E PREÇO DA PASSAGEM


Para fretar um ônibus de excursão com 40 lugares paga-se ao todo R$ 360,00.
Essa despesa deverá ser igualmente dividida entre os participantes.

Para achar a quantia que cada um deverá pagar (y), basta dividir o preço total
(R$ 360,00) pelo número de passageiros (x). A fórmula (ou a lei) que relaciona
y com x é:

360
y=
x

Observe na tabela abaixo alguns valores referentes à correspondência entre x


e y:

x y
4 90,00
62

12 30,00
15 24,00
18 20,00
20 18,00
24 15,00
36 10,00
40 9,00

 TEMPO E TEMPERATURA
Um instituto de Meteorologia, quando quer estudar a variação da temperatura
em certa cidade, mede a temperatura em intervalos regulares, por exemplo, a
cada 2 horas, e monta uma tabela e relaciona as grandezas hora e
temperatura. Vamos supor que a tabela seja assim:

Hora Temperatura (°C)


0 7
2 4
4 3
6 2
8 5
10 12
12 18
14 20
16 20
18 15
20 12
22 8
24 7

A cada hora corresponde uma única medida de temperatura. Dizemos, por


isso, que a medida da temperatura é a função da medida de tempo.

Observe, nesse exemplo, que não é possível encontrar uma lei para
representar a relação entre as duas grandezas.

ATIVIDADES
1- Na tabela é dado o preço pago em uma função da quantidade de carne
adquirida em um açougue:

Quantidade (em kg) Preço (em R$)


63

0,5 7,00
1,0 14,00
1,5 21,00
2,0 28,00
3,5 49,00

a) Quanto pagará um cliente que comprar 4,5 quilos de carne?

Esse cliente pagará R$ 63,00 se comprar 4,5 kg de carne.

b) Dispondo-se de R$ 350,00, qual é a quantidade máxima de carne que pode


ser adquirida?

A quantidade máxima de carne pagando 350 reais é de 25 kg.

c) Qual é a lei que relaciona o preço (y), em reais, em função da quantidade


(x), em quilogramas, comprada?

y = 14x

2- Na cidade, um veículo de passeio consome um litro de gasolina a cada 9


quilômetros rodados.

a) Faça uma tabela que forneça a distância percorrida pelo veículo ao se


consumirem: 0,25 l; 0,5 l; 2 l; 3 l; 10 l; 25 l; 40 l de gasolina.

Distância (km) Gasolina (l)


2,25 0,25
4,5 0,5
9 1
18 2
27 3
90 10
225 25
360 40

b) Qual é a fórmula que relaciona a distância percorrida (d), em quilômetros,


em função do número de litros (l) consumidos?

d = 9l
64

3- Um moderno avião é capaz de manter uma velocidade média de cruzeiro de


aproximadamente 900 km/h.

a) Qual é a distância percorrida pelo avião em 15 minutos, 30 minutos, 2 horas


e 5 horas? Represente em uma tabela.

Distância (km) Tempo (horas)


225 0,25
450 0,5
900 1
1800 2
4500 5

b) Em quanto tempo o avião percorre 2800 km?

Ele percorre 2800 km em 3,2 horas (3 horas e 12 minutos).

c) Relacione por meio de uma lei a distância percorrida (d), em quilômetros, em


função do tempo (t), em horas.

d = 900t

4- Ao receber sua nota de R$ 85,00 referente à TV por assinatura, Nair leu a


seguinte instrução: “Para pagamentos realizados com atraso, serão
acrescentados multa de R$ 1,70 e juros de R$ 0,03 por dia de atraso no
pagamento”.

a) Qual valor Nair pagaria se atrasasse 1, 5, 10 ou 30 dias?

1 dia: 85 + 1,7 + 0,03 = 86,73, ou seja, R$ 86,73.

5 dias: 85 + 1,7 + 0,03 ∙ 5 = 86,85, ou seja, R$ 86,85.

10 dias: 85 + 1,7 + 0,03 ∙ 10 = 87, ou seja, R$ 87,00.

30 dias: 85 + 1,7 + 0,03 ∙ 30 = 87,6, ou seja, R$ 87,60.

b) Seja x o número de dias de atraso (1 ≤ x ≤ 30). Qual a lei (ou fórmula) que
relaciona o total (y) a ser pago, em reais, em função de x?

y = 86,7 + 0,03x
65

5- Em uma atividade, um professor pediu aos alunos que desenhassem uma


sequência de cinco quadrados, a partir da medida de seus lados, para cada
quadrado, os alunos deveriam calcular o perímetro e a área.

a) Complete a tabela abaixo:

Medida do lado 1 3,5 5 8 10


(cm)
Medida do 4 14 20 32 40
perímetro (cm)
Área (cm²) 1 12,25 25 64 100

b) Qual é a lei de correspondência entre a medida do perímetro (p) e a medida


do lado (l)?

p = 4l

c) Qual é a lei de correspondência entre a área (a) e a medida do lado (l) do


quadrado?

a = l²

d) Dobrando-se a medida do lado, dobra-se a medida do perímetro? E a área?

Quando se dobra a medida do lado, a medida do perímetro também é dobrada,


porém a área não.

6- Juntas, duas torneiras idênticas, com a mesma vazão, enchem um


reservatório vazio em 20 minutos.

a) Faça uma tabela para representar o tempo (em minutos) gasto para encher
esse mesmo reservatório, quando vazio, se forem utilizadas 1, 4, 6, 8 e 10
torneiras, todas idênticas às duas primeiras.

Torneiras Tempo (minutos)


1 40
2 20
4 10
6 6,6
8 5
66

10 4

b) Qual é a lei que relaciona o tempo (t), em minutos, gasto para encher tal
reservatório de acordo com o número n dessas torneiras?

40
t=
n

c) Quantas dessas torneiras seriam necessárias para encher tal reservatório


em 1 minuto e 36 segundos?

1 min = 60 s

36
36 segundos = = 0,6 min.
60

t = 1,6 min

40 40
1,6 = ⇒n= = 25
n 1,6

Logo, seriam necessárias 25 torneiras para encher em 1 minuto e 36


segundos.

 TEMA 4 - A NOÇÃO DE FUNÇÃO COMO RELAÇÃO ENTRE


CONJUNTOS
 CONCEITO
Para caracterizar de modo mais preciso a noção de função, devemos recorrer
às noções sobre conjuntos.

Vamos considerar os conjuntos A = {0, 1, 2, 3} e B = {-1, 0, 1, 2, 3} e observar


algumas relações entre elementos A e elementos de B.

1º- Vamos associar que a cada elemento de x ∈ A o elemento y ∈ B tal que y =


x + 1:
67

X y
0 1
1 2
2 3

Para cada elemento x ∈ A, com exceção do 3, existe um só elemento de y ∈ B


tal que y é o correspondente de x.

Para o elemento 3 ∈ A não existe correspondente y ∈ B.

2º- Vamos associar a cada elemento x ∈ A o elemento y ∈ B tal que y² = x²:

X y
0 0
1 ±1
2 2
3 3

Para cada elemento x ∈ A, com exceção do 1, existe um só elemento y ∈ B tal


que y é o correspondente de x.

Para o elemento 1 ∈ A existem dois elementos correspondentes em B: o 1 e -1.

3º- Associamos a cada x ∈ A o elemento y ∈ B tal que y = x:


68

X y
0 0
1 1
2 2
3 3

Para todo x ∈ A, sem exceção, existe um único y ∈ B tal que y é o


correspondente de x.

4º- Associemos a cada x ∈ A o elemento y ∈ B tal que y = x² - 2x:

X y
0 0
1 -1
2 0
3 3

Para todo x ∈ A, sem exceção, existe um único y ∈ B tal que y é o


correspondente de x.

Por esse motivo, esse e o penúltimo caso, cada uma dessa relações recebe o
nome de função definida em A com valores de B.

Dados dois conjuntos não vazios A e B, uma relação (ou correspondência) que
associa a cada elemento x ∈ A um único elemento y ∈ B recebe o nome de
função de A em B.
69

 EXEMPLO
Observe abaixo a relação entre os elementos dos conjuntos A = {a, b, c, d, e} e
B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}.

Essa relação é uma função porque a todo elemento de A corresponde um


único elemento de B. Tal relação também poderia ser descrita por uma tabela
que a cada x ∈ A um único correspondente y ∈ B.

x∈A y∈B
A 2
B 3
C 5
D 7
E 1

A mesma relação poderia ser descrita por um conjunto f de pares ordenados


do tipo (x, y) em que x ∈ A, y ∈ B e y é o correspondente de x:

f = {(a, 2), (b, 3), (c, 5), (d, 7), (e, 1)}

Nessa função, dizemos que:

x = a corresponde a y = 2; ou x = a está associado a y = 2; ou ainda 2 é a


imagem de a.

Da mesma forma:

3 é a imagem de b, 5 é a imagem de c, 7 é a imagem de d e 1 é a imagem de


e.

Note, mais uma vez, que a cada x ∈ A tem uma única imagem de y ∈ B.
70

 NOTAÇÃO
De modo geral, se f é um conjunto de pares ordenados (x, y) que define uma
função de A em B, indicamos:

f=A→B

Se nessa função, y ∈ B é imagem de x ∈ A, indicamos:

y = f(x) (lê-se: y é igual a f de x)

Retomando o exemplo anterior, temos:

f(a) = 2; f(b) = 3; f(c) = 5; f(d) = 7; f(e) = 1.

 RESOLUÇÃO
−3 x+8
Seja a função f: R → R definida por f(x) =
5
.

a) Calcule: f(3), f(-2), f ( 14 ) e f(√ 2).


b) Determine o elemento do domínio cuja imagem é 0.

Solução:

−3 ∙3+ 8 −17
a) f(3) = =
5 5

−3 ∙(−2)+ 8 −2
f(-2) = =
5 5

1 35
1 −3 ∙ + 8 − −7
()
f
4
=
5
4 = 4 =
5
4

−3 √ 2+8
f(√ 2) =
5

−3 x+8 −8
b) f(x) = 0 ⇒ = 0 ⇒ -(3x + 8) = 0 ⇒ x =
5 3
71

ATIVIDADES
1- Verifique em cada caso se o esquema define ou não uma função de A em B;
os pontos assinalados representam os elementos dos conjuntos A e B.

a)

Define uma função de A em B.

b)

Define uma função de A em B.

c)
72

Não define uma função de A em B.

d)

Não define uma função de A em B.

2- Em cada caso, verifique se o esquema representa uma função de A em B,


sendo A = {-1, 0, 1} e B = {-2, -1, 0, 1, 2}. Em caso afirmativo, dê uma possível
lei que define tal função.

a)

Define uma função de A em B.

f(x) = x
73

b)

Não define uma função de A em B.

c)

Define uma função de A em B.

f(x) = 2x

d)

Não define uma função de A em B.

3- Sendo A = {-1, 0, 1, 2} e B = {-2, -1, 0, 1, 2, 3, 4}, verifique em cada caso se


a lei dada define uma função de A com valores em B:

a) f(x) = 2x

2 ∙ (-1) = -2

2∙0=0

2∙1=2
74

2∙2=4

A lei define uma função de A em B.

b) f(x) = x²

-1² = 1

0² = 0

1² = 1

2² = 4

A lei define uma função de A em B.

c) f(x) = 2x + 1

2 ∙ (-1) + 1 = -1

2∙0+1=1

2∙1+1=3

2∙2+1=5

A lei não define uma função de A em B.

d) f(x) = | x | - 1

| -1 | - 1 = 0

| 0 | - 1 = -1

|1|-1=0

|2|-1=1

A lei define uma função de A em B.

4- Sejam A = N e B = N. Responda:

a) A lei que associa cada elemento de A ao seu sucessor em B define uma


função?

f(x) = x + 1; logo, define uma função.


75

b) A lei que associa cada elemento de A ao seu quadrado em B define uma


função?

f(x) = x²; logo, define uma função.

c) A lei que associa cada elemento de A ao seu oposto em B define uma


função?

f(x) = -x; logo, não define uma função, porque o oposto de x não pertence a N,
exceto o 0.

5- Considere f uma função de R em R dada por f(x) = 3x² - x + 4. Calcule:

a) f(1) = 3 ∙ 1² - 1 + 4 = 3 – 1 + 4 = 6

b) f(-1) = 3 ∙ (-1)² - (-1) + 4 = 3 + 1 + 4 = 8

c) f(0) = 3 ∙ 0² – 0 + 4 = 0 – 0 + 4 = 4

2
1 1 1 3 1 3 2 1 1 16 17
d) f() 2
=3∙
2() - 2
+4= − +4= − +4= +4 =
4 2 4 4 4 4
+
4
=
4

e) f(√ 2) = 3 ∙ √ 2² - √ 2 + 4 = 3 ∙ 2 - √ 2 + 4 = 6 - √ 2 + 4 = 10 - √ 2

 TEMA 5 – TORRE DE HANÓI


 O QUE É?
A Torre de Hanói constitui num jogo estratégico capaz de contribuir no
desenvolvimento da memória, do planejamento e solução de problemas
através de técnicas estratégicas. O jogo se apresenta em uma base que possui
três pinos na posição vertical, sendo que no primeiro pino terá uma sequência
de discos com ordem crescente de diâmetro, de cima para baixo. O objetivo é
passar todos esses discos para o terceiro pino, porém o disco maior nunca
deve estar acima de um menor que ele. Entre seus benefícios, o quebra-
cabeça contribui no desenvolvimento da memória, do planejamento e solução
de problemas através de técnicas estratégicas.
76

A Torre de Hanói é utilizada, geralmente, a partir das séries iniciais do Ensino


Fundamental, com o objetivo de aprimorar a coordenação motora, identificação
de cores e na noção de ordem crescente e decrescente. Nas séries finais do
Ensino Fundamental (do 6º ao 9º ano) ela pode ser usada com o intuito do
estabelecimento de estratégias na transferência de peças, na contagem dos
movimentos e no raciocínio lógico.

 CRIAÇÃO
O criador deste quebra-cabeça foi o matemático francês Édouard Lucas, ele
teve inspiração de uma lenda para construir o jogo das Torres de Hanói em
1883. Já seu nome foi inspirado na torre símbolo da cidade de Hanói, no
Vietnã, localizado no continente asiático. Há várias lendas sobre a sua origem,
mas uma das principais lendas é de que em um templo Hindu, no centro do
universo, Brama (Deus da música e das canções) criou uma torre com 64
discos de ouro e mais duas estacas equilibradas sobre uma plataforma. É dito
que caso ele transferisse todos os discos para a outra estaca, o mundo
desapareceria e o templo deixaria de existir. De qualquer forma, não se tem
conhecimento se Édouard inventou ou se inspirou nessa lenda.

 LÓGICA
A lógica matemática do jogo para determinar a quantidade mínima de
movimentos possíveis está relacionada à quantidade de discos que o jogo terá,
isso porque a expressão para determinar essa quantidade é 2n−1, sendo que n
é a quantidade de discos que terá no quebra-cabeça. Aqui está uma lista de 1
até 10 discos com a quantidade mínima de movimentos possíveis.

1 disco: 21−1= 1 movimento;

2 discos: 22−1= 3 movimentos;

3 discos: 23−1= 7 movimentos;

4 discos: 24 −1= 15 movimentos;


77

5 discos: 25−1= 31 movimentos;

6 discos: 26−1 = 63 movimentos;

7 discos: 27−1= 127 movimentos;

8 discos: 28−1= 255 movimentos;

9 discos: 29−1 = 511 movimentos;

10 discos: 210−1 = 1.023 movimentos;

o MÃO NA MASSA
Aqui está a tabela com a quantidade de movimentos feitos durante o quebra-
cabeça que joguei, na qual possuía 7 discos:

Jogadas A B C
1 1
2 2
3 1
4 3
5 1
6 2
7 1
8 4
9 1
10 2
11 1
12 3
13 1
14 2
15 1
16 5
17 1
18 2
19 1
20 2
21 1
22 3
23 1
24 2
25 1
26 3
27 1
28 2
78

29 1
30 4
31 1
32 2
33 1
34 3
35 1
36 2
37 1
38 6
39 1
40 2
41 1
42 3
43 1
44 2
45 1
46 4
47 1
48 2
49 1
50 3
51 1
52 2
53 1
54 5
55 1
56 2
57 1
58 3
59 1
60 2
61 1
62 4
63 1
64 2
65 1
66 3
67 1
68 2
69 1
70 4
71 1
72 2
73 1
74 3
75 1
76 2
79

77 1
78 7
79 1
80 2
81 1
82 3
83 1
84 2
85 1
86 4
87 1
88 2
89 1
90 3
91 1
92 2
93 1
94 5
95 1
96 2
97 1
98 3
99 1
100 2
101 1
102 4
103 1
104 2
105 1
106 3
107 1
108 2
109 1
110 5
111 1
112 2
113 1
114 3
115 1
116 2
117 1
118 4
119 1
120 2
121 1
122 3
123 1
124 2
80

125 1
126 6
127 1
128 2
129 1
130 3
131 1
132 2
133 1
134 4
135 1
136 2
137 1
138 3
139 1
140 2
141 1
142 5
143 1
144 2
145 1
146 3
147 1
148 2
149 1
150 2
151 1
152 4
153 1
154 2
155 1
156 3
157 1
158 2
159 1
81

 TEMA 6 – FUNÇÕES DEFINIDAS POR FÓRMULAS


o DEFINIÇÃO
Existe um interesse especial no estudo de funções em que y pode ser
calculado a partir de x por meio de uma fórmula (ou regra, ou lei). Veja os
exemplos:

A lei de correspondência que associa cada número racional x ao número


racional y, sendo y o dobro de x, é uma função f: Q →Q definida pela fórmula y
= 2x, ou f(x) = 2x.

Nessa função:

o Para x = 5, temos y = 2 ∙ 5 = 10. Escrevemos f(5) = 10.


o A imagem de x = -3 é f(-3) = 2 ∙ (-3) = -6.
82

o x = 11,5 corresponde a y = 2 ∙ 11,5 = 23.


7
o y = 7 é a imagem de x = .
2
o f(3) = 6

o EXEMPLO
A função f que associa a cada número natural x o número natural y, sendo y o
cubo de x, é uma função f: N → N definida por y = x³, ou f(x) = x³.

Nessa função:

o Para x = 2, temos y = 2³ = 8. Dizemos f(2) = 8.


o Para x = 5, temos y = 5³ = 125. Dizemos f(5) = 125.
o y = 64 é a imagem de x = 4.

o DOMÍNIO E CONTRADOMÍNIO
Seja f: A → B uma função.

O conjunto A é chamado domínio de f, e o conjunto B é chamado


contradomínio de f.

Veja os exemplos a seguir.

1º - Sendo A = {0, 1, 2, 3} e B = {0, 1, 2, 3, 4, 5}, a função f: A → B tal que f(x) =


x + 1 tem domínio A e contradomínio B.
83

2º - Sendo A = Z e B = Z, a função f: A → B tal que f(x) = 2x tem domínio Z e


contradomínio Z.

3º - Sendo A = R e B = R, a função f: A → B definida por f(x) = 2x + 1 tem


domínio R e contradomínio R.

Observe que qualquer elemento x do domínio tem uma única imagem y dentro
do contradomínio, embora possam existir elementos do contradomínio que não
são imagem de nenhum x do domínio. Observe que, no exemplo 1, os números
0 e 5 não são imagens de x ∈ A; no exemplo 2, os números inteiros ímpares
não são imagens de x ∈ Z. No exemplo 3, todos os números reais são imagens
de algum x ∈ R, do domínio, como veremos logo em seguida.
84

o DETERMINAÇÃO DO DOMÍNIO
Muitas vezes se faz referência a uma função f, dizendo apenas qual é a lei de
correspondência que a define. Quando não é dado explicitamente o domínio D
de f, deve-se subentender que D é formado por todos os números reais que
podem ser colocados no lugar de x na lei de correspondência y = f(x), de modo
que, efetuados os cálculos, resulte um y real. Vejamos alguns exemplos:

o O domínio da função definida pela lei y = 3x + 4 é D = R, pois, qualquer


que seja o valor real atribuído a x, o número 3x + 4 também é real.
x+3
o O domínio da função dada por y = é D = R - {1}, pois, para todo x
x−1

x+3
real diferente de 1, o número é real.
x−1
o O domínio da função dada por y = √ x−2 é D = {x ∈ R∨x ≥2}, pois √ x−2
só é um número real se x – 2 ≥ 0.
1
o A função dada por y = + √ x só é definida para x – 1 ≠ 0 e x ≥ 0;
x−1
então, seu domínio é D = {x ∈ R∨x ≥0 e x ≠ 1}.

o CONJUNTO IMAGEM
Se f: A → B é uma função, chama-se conjunto imagem de f (indica-se: Im) o
subconjunto do contradomínio constituído pelos elementos y que são imagens
de algum x ∈ A. Retomando os exemplos 1, 2 e 3 temos:

o Exemplo 1: f(x) = x + 1

Im = {1, 2, 3, 4}

o Exemplo 2: f(x) = 2x
85

Im = {..., -4, -2, 0, 2, 4, ...}

o Exemplo 3: f(x) = 2x + 1

Im =

No exemplo 3, todos os números reais são imagem de algum x ∈ R, do domínio

a−1
de f. Com efeito, dado um número real qualquer a, ele é imagem de x = :
2

f( a−1
2 )
=2∙(
a−1
2 )
+ 1 = a – 1 + 1 = a, ∀a ∈ R

É importante destacar que o procedimento apresentado acima não se aplica


facilmente a qualquer função. Na maioria das vezes, a determinação do
conjunto imagem de uma função será feita por meio da leitura do seu gráfico,
como veremos adiante.

ATIVIDADES
1- Sejam os conjuntos A = {-2, -1, 0, 1, 2} e B = {-1, 0, 1, 2, 3, 4, 5}. Em cada
caso, determine o domínio, o contradomínio, e o conjunto imagem de f.

a) f: A → B dada por f(x) = x + 2.

-2 + 2 = 0
86

-1 + 2 = 1

0+2=2

1+2=3

2+2=4

Im = {0, 1, 2, 3, 4}

Domínio A e contradomínio B.

b) f: A → B dada por f(x) = x²

-2² = 4

-1² = 1

0² = 0

1² = 1

2² = 4

Im = {0, 1, 4}

Domínio A e contradomínio B.

c) f: A → B dada por f(x) = -x + 1

2+1=3

1+1=2

0+1=1

-1 + 1 = 0

-2 + 1 = -1

Im = {-1, 0, 1, 2, 3}

Domínio A e contradomínio B.

d) f: A → B dada por f(x) = | x |

| -2 | = 2
87

| -1 | = 1

|0|=0

|1|=1

|2|=2

Im = {0, 1, 2}

Domínio A e contradomínio B.

2- Se A = {x ∈ Z |−2 ≤ x ≤2 }, B = {x ∈ Z |−5 ≤ x ≤5 } e f: A → B é definida pela lei y =


2x + 1, quantos são os elementos de B que não pertencem ao conjunto
imagem da função?

A = {-2, -1, 0, 1, 2} e B = {-5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5}

2 ∙ (-2) + 1 = -3

2 ∙ (-1) + 1 = -1

2∙0+1=1

2∙1+1=3

2∙2+1=5

Im = {-3, -1, 1, 3, 5}

São 6 elementos de B que não pertencem ao conjunto imagem da função: -5,


-4, -2, 0, 2, 4.

3- Seja f: N → Z definida por f(x) = -x. Qual é o conjunto imagem de f?

N = {0, 1, 2, 3, ...}

Z = {..., -2, -1, 0, 1, 2, ...}

Im = {..., -3, -2, -1, 0} = { y ∈ Z| y ≤ 0 } = Z−¿¿


88

4- Se x e y são números reais, estabeleça o domínio de cada uma das funções


dadas pelas seguintes leis:

a) y = -4x² + 3x – 1

D = {...; -2; -1; 0; 0,5; 2; √ 12; ...} = R

−3 x+11
b) y =
2

D = {...; -2; -1; 0; 0,5; 2; √ 12; ...} = R

2 x +3
c) y =
x

D = {..., -2, -1, 1, 2, ...} = R¿

4
d) y =
x−1

D = {... -2, -1, 0, 2, 3, ...} = R - {1}

5- Se x e y são números reais, determine o domínio das funções definidas por:

a) y = √ x−2

x–2≥0

D = {2, 3, 4, 5, ...} = {x ∈ R∨x ≥2}

b) y = √3 4 x +1

D = {...; -2; -1; 0; 0,5; 2; √ 12; ...} = R

3 x+1
c) y =
√ x−3
x≥4

D = {4, 5, 6, 7, ...} = {x ∈ R∨x ≥ 4}

d) y =
√ x +1
x

D = {-1, 1, 2, 3, 4, ...} = {x ∈ R∨x ≥−1 e x ≠ 0}


89

 TEMA 7 – GRÁFICOS
o CURIOSIDADES DO BRASIL EM GRÁFICOS
O gráfico mostra uma grande conquista da sociedade brasileira: a queda na
taxa de mortalidade infantil desde 1980, passando pelos dias de hoje, até as
projeções de 2050. A relação entre essas duas grandezas (taxa e tempo)
define uma função: a cada ano está associada uma única taxa de mortalidade
infantil.

Em todo o período considerado, a taxa de mortalidade diminui à medida que


avançam os anos: trata-se de uma função decrescente. Observe que, de
1980 a 2000, a taxa diminuiu em 40 óbitos (por 1000 nascimentos): de
aproximadamente 70 por 1000 para aproximadamente 30 por 1000.

As projeções indicam que, em 2020, a taxa estará próxima de 15 em 1000. Em


2050, atingirá um valor próximo de 7 por 1000.

O gráfico seguinte mostra a relação entre duas grandezas: o número de óbitos


por aids no brasil (por 100 mil habitantes) e o tempo (de 1990 a 2009).

Essa relação define uma função, pois a cada ano corresponde uma única taxa.

No 1º ano (1990), a taxa de mortalidade por 100 mil habitantes era de 3,7 e
esse foi o menor valor registrado no período considerado. Dizemos que o valor
mínimo da função é 3,7 por 100 mil.
90

De 1990 a 1995 as taxas aumentaram (nesse intervalo a função é crescente).


Em 1995 foi registrada a maior taxa de mortalidade (por 100 mil habitantes)
que é igual a 9,7. Assim, o valor máximo dessa função é 9,7 por 100 mil.

De 1995 a 2000 as taxas diminuíram


(nesse intervalo a função é
decrescente) e de 2000 a 2003 a
taxa praticamente não se alterou.

Uma nova queda ocorreu até 2006,


seguida de novos aumentos até
2009. Quando analisamos os dez
últimos anos do período
considerado, podemos notar que a
taxa de óbitos por 100 mil de
habitantes manteve-se na faixa de 5,9 a 6,4.

O despeito dos avanços no tratamento da doença, no qual o Brasil é referência


internacional, é sempre muito importante lembrar que a aids ainda não tem
cura, e informação e prevenção são sempre as opções mais seguras.
91

o GRANDES EPIDEMIAS (século II até o século XXI)


92

o CASOS DE MORTES DIÁRIOS POR COVID-19 EM


ALGUNS PAÍSES

China

Argentina

Brasil

Estados Unidos

Reino Unido

Rússia

ATIVIDADES
1- O gráfico abaixo representa a oscilação diária do valor da ação de uma
empresa, comercializada em uma bolsa de valores, desde a abertura do
pregão, às 10 horas, até o fechamento, às 18 horas.

Convencionaremos que t = 0 correspondente às 10 h; t = 1 corresponde às 11


h; e assim por diante. Com base no gráfico, responda:
93

a) Em quais intervalos de horários o


valor da ação subiu?

Das 10 h até às 12 h; das 12 h 30 min


até às 14 h; das 15 h 30 min até às 16
h e das 17 h até às 18 h.

b) Em quais intervalos de horários o


valor da ação caiu?

Das 12 h até às 12 h 30 min; das 14 h


até às 15 h; das 15 h até às 15 h 30
min e das 16 h 30 min até às 17 h.

c) Nesse dia, entre quais valores oscilou o preço da ação dessa empresa?

Entre às 14 h e 15 h 30 min, quando o preço das ações variou de 9,20 até 12


reais (diferença de R$ 2,80).

d) Em que horários a ação esteve cotada a R$ 9,70?

Às 15 horas e às 17 horas.

e) A ação encerrou o dia em alta, estável, ou em baixa? De quanto por cento?

Valor (R$) Porcentagem


10 100
10,20 X

Como a diferença entre o valor inicial e o valor final é de R$ 0,20, colocamos os


20 centavos no lugar de 10,20.

10 100
=
0,2 x

Utilizando a regra de três, temos:

10x = 100 ∙ 0,2

10x = 20

20
x=
10
94

x=2

Logo, o dia encerrou em alta com um aumento de 2%.

2- O gráfico abaixo mostra a variação mensal do Índice Nacional de Preços ao


Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro de 2012 a setembro de 2015. Esse
índice oficial tem por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e
serviços comercializados no varejo, como habilitação, alimentação, educação,
transporte etc.

Com base nas informações do gráfico, responda:

a) Em que data (mês e ano) foi registrado o menor IPCA?

Foi em maio de 2015 com 0,06%.

b) Em que data (mês e ano) foi registrado o maior IPCA?

Foi em fevereiro de 2015 com 1,33%.

c) Indique, para o ano de 2013, os períodos em que o IPCA subiu e os


períodos em que o IPCA caiu.

Subiu nos períodos de março até abril e de julho até dezembro.

Caiu nos períodos de janeiro até março e de abril até julho.

d) Em quantos meses do período considerado o IPCA se manteve acima de


0,8% ao mês?

Janeiro de 2013 e janeiro, fevereiro, março, abril e junho de 2015.


95

e) É possível concluir que, no 1º trimestre desses anos, ocorreu uma


desaceleração da inflação?

Não, e é possível ver que não houve uma desaceleração da inflação olhando
no período de 2015.

3- O gráfico abaixo compara as taxas de desemprego nos meses de julho, no


período de 2003 a 2014, nas regiões metropolitanas de São Paulo (SP), Belo
Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ). Com base apenas nos dados do gráfico,
classifique as afirmações seguintes como verdadeiras ou falsas, justificando as
falsas:

a) Em todo o período, a região metropolitana de São Paulo registrou as


maiores taxas de desemprego.

Verdadeiro.

b) Em todo o período, quando a taxa em Belo Horizonte diminui, a taxa em São


Paulo também diminui.

Falso, pois no ano de 2013 quando a taxa de desemprego caiu na região


metropolitana de Belo Horizonte, a taxa da região metropolitana de São Paulo
aumentou.

c) A diferença entre a maior e a menor taxa de desemprego no Rio de Janeiro


é maior que 5 pontos percentuais.

Verdadeiro.
96

d) Em todo o período, a taxa de desemprego na região metropolitana do Rio de


Janeiro é menor que a taxa em Belo Horizonte.

Falso, entre 2008 e 2013 a taxa de desemprego na região metropolitana do Rio


de Janeiro foi maior que a taxa de Belo Horizonte.

e) Em 2014, o número de desempregados em Belo Horizonte superava o


número de desempregados no Rio de Janeiro.

Verdadeiro.

LISTA DE EXERCÍCIOS
1- Expresse por meio de uma fórmula matemática a função que a cada número
real x associa:

a) a sua terça parte;

x
f(x) =
3

b) o seu dobro diminuído por 3;

f(x) = 2x - 3

c) a sua metade somada com 3;

x
f(x) = +3
2

d) o seu cubo somado com o seu quadrado.

f(x) = x³ + x²

2- Escreve a fórmula matemática que expressa a lei de cada uma das funções
a seguir.

a) Um fabricante produz objetos a um custo de R$ 12,00 a unidade, vendendo-


os por R$ 20,00 a unidade. Portanto, o lucro y do fabricante é dado em função
do número x de unidades produzidas e vendidas.

Lucro (L) = 20 – 12
97

L=8

f(x) = 8x

b) A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a cada cidade


tenha no mínimo 14 m² de área verde por habitante. A área verde mínima que
deve ter uma cidade é dada em função do número x de habitantes.

f(x) = 14x

3- Considere um processo de divisão celular em que cada célula se subdivide


em outras duas a cada horas.

a) Partindo-se de uma única célula, iniciou-se uma experiência científica. Faça


uma tabela para representar a quantidade de células presentes nessa cultura
após 1, 2, 3, 4, 5 e 6 horas do início da experiência.

Horas 1 2 3 4 5 6
Células 2 4 8 16 32 64

b) Qual é a quantidade mínima de horas (completas) necessárias para que


haja mais de 1000 células na cultura?

Horas 8 9 10
Células 256 512 1024

Logo o tempo mínimo de horas para que haja mais de 1000 células é de 10
horas.

c) Qual é a lei que relaciona o número de células (n) encontrado na cultura


após t horas do início da experiência?

n = 2t

4- Considere a função A →f B dada pelo diagrama e determine:


98

a) D(f);

D(f) = {3, 4, 5, 6}

b) Im(f);

Im(f) = {1, 3, 7}

c) f(4);

f(4) = 1

d) y, quando x = 5;

y=7

e) x, quando y = 3;

x=6

f) x, quando f(x) = 1;

x = 3 ou x = 4

g) f(x), quando x = 6;

f(6) = 3

h) y, quando x = 3;

y=1

i) x, quando y = 7.

x=5
99

g B a função para a qual A = {1, 3, 4}, B = {3, 9, 12} e g(x) é o


5- Considere A →

triplo de x, para todo x ∈ A.

a) Construa o diagrama de flechas da função.

b) Determine D(g), CD(g) e Im(g).

D(g) = A

CD(g) = B

Im(g) = {3, 9, 12}

c) Determine g(3).

g(3) = 9

d) Determine x para o qual g(x) = 12.

x=4

6- Explicite o domínio das funções reais definidas por:

1
a) f(x) =
x−6

x≠6

D(f) = R - {6}

x−1
b) f(x) =
4

D(f) = R

c) f(x) = √ x−7
100

x>6

D(f) = {x ∈ R | x > 6}

d) y = √3 x

D(f) = R

e) f(x) =
√ x−2
x−3

x≠3ex≥2

D(f) = {x ∈ R | x ≠ 3 e x ≥ 2}

 TEMA 8 – CONSTRUÇÃO GRÁFICA


o REPRESENTAÇÃO DE PONTOS EM UM PLANO
Para representar pontos em um plano, procedemos da seguinte maneira:

1º - Traçamos duas retas (eixos) perpendiculares e usamos a sua interseção O


como origem para cada um desses eixos.

2º - Para cada um dos eixos, escolhemos uma unidade de medida e um


sentido positivo.

3º - Para cada ponto P do plano traçamos:

o Uma reta paralela ao eixo vertical que intersecta o eixo horizontal no


ponto X.
o Uma reta paralela ao eixo horizontal que intersecta o eixo vertical no
ponto Y.
101

4º - O número real x = med(OX) é abscissa de P, e o número real y = med(OY )


é a ordenada de P. Observe, na figura acima, que a abscissa de P é positiva e
a ordenada de P também é positiva.

Os números reais x e y são as coordenadas de P e as indicamos na forma de


par ordenado P(x, y).

O plano que contém as duas retas é o plano cartesiano.

O eixo horizontal (Ox) é o eixo das abscissas.

O eixo vertical (Ou) é o eixo das ordenadas.

Observe, no plano cartesiano seguinte, a representação dos pontos A, B, C, D,


E e F por meio de suas coordenadas:

o O(0, 0)

o A

( 52 , 1)

o B(-1, 2)
o C(-2, -3)
4
(
o D 4 ,−
3 )
102

o E(-3, 0)
o F(0, 3)

o CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS
Como podemos construir o gráfico de uma função conhecendo a sua lei de
correspondência y = f(x) e seu domínio D?

Se D é finito, pode-se proceder assim:

1º - Construímos uma tabela na qual aparecem os valores de x pertencentes a


D e os valores correspondentes y, calculados por meio da lei y = f(x);

2º - Representamos cada par ordenado (a, b) da tabela por um ponto plano


cartesiano. O conjunto dos pontos obtidos constitui o gráfico da função.

o EXEMPLOS
Vejamos como construir o gráfico da função dada por y = 2x, com domínio D =
{-3, -2, -1, 0, 1, 2, 3}.

1º - Construímos uma tabela:

X -3 -2 -1 0 1 2 3
Y -6 -4 -2 0 2 4 6

2º - Representamos os pares ordenados que estão na tabela por pontos, a


saber:

o A(-3, -6)
o B(-2, -4)
o C(-1, -2)
o D(0, 0)
o E(1, 2)
o F(2, 4)
o G(3, 6)
103

O gráfico da função é representado por esses sete pontos.

Veja como são os gráficos na função y = 2x com domínios diferentes do


exemplo anterior:

o D = [-4 ,4]

o D=Z

o D=R
104

Vamos construir o gráfico da função dada por y = x² - 4 com domínio R:

x y Ponto
-3 5 A
-2 0 B
-1,5 -1,75 C
-1 -3 D
-0,5 -3,75 E
0 -4 F
0,5 -3,75 G
1 -3 H
1,5 -1,75 I
2 0 J
3 5 K
105

Essa curva é chamada de parábola e será estudada com mais detalhes no


capítulo 5.

12
Agora, vamos construir o gráfico da função dada por y = no domínio R¿:
x

x y Ponto
-12 -1 A
-6 -2 B
-4 -3 C
-3 -4 D
-2 -6 E
-1 -12 F
1 12 G
2 6 H
3 4 I
4 3 J
6 2 K
12 1 L

Essa curva é chamada de hipérbole.


106

ATIVIDADES
1- Construa os gráficos das funções f: A → B, sendo B ⊂ R, dadas pela lei y = x
+ 1 nos seguintes casos:

a) A = {0, 1, 2, 3}

Im = {1, 2, 3, 4}

b) A = [0, 3]

Im = [1, 4]

c) A = Z

Im =

d) A = R
107

Im =

2- Construa os gráficos das funções f: A → B com B ⊂ R, dadas pela lei y = -2x


+ 1 nos seguintes casos:

a) A = {-2, -1, 0, 1, 2}

b) A = [-2, 2[

c) A = R
108

3- Construa os gráficos das funções f: A → B, com B ⊂ R definidas por f(x) = x²,


nos seguintes casos:

3 1 1 3
{
a) A = −2 ,− ,−1 ,− , 0 , ,1 , ,2
2 2 2 2 }

b) A = [-2, 2[
109

c) A = R

4- Construa os gráficos das funções f: A → B, com B ⊂ R, dadas pela lei y = 1 –


x² nos seguintes casos:

a) A = {-3, -2, -1, 0, 1, 2, 3}

b) A = [-3, 3]
110

c) A = R

EXEMPLOS FEITOS PELO GEOGEBRA


Represente graficamente cada uma das funções a
seguir

A- y = -x + 1

B- y = 3x + 2
111

1
C- y = x
3

1
D- y = x
4
112

E- y = x

F- y = -x
113

G- y = x + 4

H- y = 2x - 3
114

3º BIMESTRE

 TEMA 1 – FUNÇÃO AFIM


Antes de tudo, vamos começar o tema com algumas questões do dia a dia.

o EXEMPLOS
1º- Antônio Carlos pegou um táxi para ir à casa de sua namorada, que fica a 15
km de distância. O valor cobrado engloba o preço da parcela fixa (bandeirada)
de R$ 4,00 mais R$ 2,20 por quilômetro rodado (não estamos considerando
aqui o tempo em que o táxi ficaria parado em um eventual congestionamento).

Ou seja, ele pagou 15 ∙ R$ 2,20 = R$ 33,00 pela distância percorrida mais R$


4,00 pela bandeirada, isto é:

R$ 33,00 + R$ 4,00 = R$ 37,00

Se a casa da namorada ficasse a 25 km de distância, Antônio Carlos pagaria,


pela corrida:

25 ∙R$ 2,20 + R$ 4,00 = R$ 59,00


115

Podemos notar que, para cada distância x percorrida pelo táxi, há certo preço p
para a corrida. Nesse caso, a fórmula que expressa p (em reais) em função de
x (em quilômetro) é:

p(x) = 2,20 ∙ x + 4,00

Este é um exemplo de função polinomial de 1º grau, ou então, função afim.

2º- Um corretor de imóveis recebe mensalmente da empresa em que trabalha


um salário composto de duas partes:

o uma ajuda de custo de R$ 700,00;


o uma parte variável, que corresponde a um adicional de 2% sobre o
valor de vendas realizadas no mês.

Em certo mês, as vendas somaram R$ 300.000,00. Para calcular quanto o


corretor recebeu de salário, fazemos o seguinte cálculo:

2
700 + 2% ∙ 300000 = 700 + ∙ 300000 = 700 + 6000 = 6700
100

Salário: R$ 6 700,00

Em outro mês, as vendas somaram apenas R$ 80 000,00. Neste mês o


corretor recebeu:

2
700 + ∙ 80000 = 700 + 1600 = 2300
100

Salário: R$ 2 300,00

Observamos que, para cada total x de vendas do mês, há um certo salário s


pago ao corretor. Nesse caso, a fórmula que expressa s em função de x é:

s(x) = 700 + 0,02 ∙ x

Que é um exemplo de função afim.

3º- Restaurante self-service podem ser encontrados em todas as regiões do


Brasil. Em um deles, cobra-se R$ 3,80 por cada 100 g de comida. Dois amigos
116

serviram-se, nesse restaurante, de 620 g e 410 g. Vamos calcular quanto cada


um pagou.

Inicialmente, observe que R$ 3,80 por cada 100 g equivale a R$ 38,00 por
quilograma (kg). Assim podemos calcular quanto cada amigo pagou.

Quem se serviu de 620 g = 0,62 kg, pagou:

0,62 ∙ 38 = R$ 23,56

O outro amigo, que se serviu de 410 g = 0,41 kg, pagou:

0,41 ∙ 38 = R$ 15,58

O valor (y) pago, em reais, varia de acordo com a quantidade de comida (x),
em quilogramas, ou seja, a lei que relaciona x e y é y = 38x, que é outro
exemplo de função polinomial do 1º grau.

Chama-se função polinomial do 1º grau ou função afim qualquer função f de R


em R dada por uma lei de fórmula f(x) = ax + b, em que a e b são números
reais dados e a ≠ 0.

Na lei f(x) = ax + b, o número a é chamado coeficiente de x, e o número b é


chamado termo constante ou independente.

Veja os exemplos a seguir:

o f(x) = 5x – 3, onde a = 5 e b = -3.


o f(x) = -2x – 1, onde a = -2 e b = -1
x 2 1 2
o f(x) = + , onde a = e b =
3 5 3 5
o f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0
o y = -x + 3, onde a = -1 e b = 3
o y = -2,5x + 1, onde a = -2,5 e b = 1
117

o FUNÇÃO CONSTANTE
Vimos que a função afim f é uma função de R em R dada pela lei y = ax + b
com a ≠0.

Se em y = ax + b com a = 0, a lei não define uma função afim, mas sim outro
tipo de função denominada função constante.

Portanto, chama-se função constante uma função f: R → R dada pela lei y = 0x


+ b, ou seja, y = b para todo x ∈ R.

Vamos construir o gráfico da função f: R → R dada por y = 3 para todo x real.

Ponto A B C D E
x -2 −1 0 1 √2
2
y 3 3 3 3 3

O gráfico é uma reta paralela ao eixo das abscissas

Uma pessoa caminha com velocidade


escalar v constante de 2 m/s, descrevendo
um movimento uniforme.

O gráfico da função que relaciona v com o


tempo t, em segundos, é representado ao
lado. Trata-se da função constante definida,
para x ≥ 0, por y = 2.
118

ATIVIDADES
1- Um técnico em informática cobra R$ 45,00 a visita e um adicional de R$
80,00 por hora de trabalho, com valor proporcional no fracionamento da hora.

f(x) = 80x + 45

a) Quanto o técnico receberia por um serviço de 2,5 h?

y = 80 ∙ 2,5 + 45

y = 200 + 45

y = 245

Logo, o técnico receberia R$ 245,00.

b) Dispondo-se de R$ 400,00, seria possível contratar esse técnico para um


serviço de 4 horas?

400 = 80x + 45

-80x = 45 – 400

-80x = -355

−355
x=
−80

x = 4,4

Logo, seria possível contratar esse técnico para este serviço.

c) Qual é a lei da função que representa o valor v, em reais, de um serviço de x


horas feito técnico? Esboce o gráfico dessa função.

v(x) = 80x + 45
119

2- A um mês de uma competição, um atleta de 75 kg é submetido a um


treinamento específico para aumento da massa muscular, ganhos de 180
gramas por dia. Supondo que isso realmente ocorra, faca o que se pede.

a) Determine a massa do atleta após uma semana de treinamento.

m(n) = 75 + 0,18 ∙ 7

m(n) = 75 + 1,26

m(n) = 76,26

Logo, ele terá 76,26 kg após uma semana de treinamento.

b) Encontre a lei que relaciona a massa do atleta (m), em quilogramas, em


função do número de dias de treinamento (n).

m(n) = 75 + 0,18n

c) É possível que o atleta atinja ao menos 80 kg em um mês de treinamento?

80 = 75 + 0,18n

-0,18n = 75 – 80

-0,18n = -5

−5
n=
−0,18

n = 27,7
120

Logo, é possível que ele atinja 80 kg após um mês de treinamento.

3- Um hotel oferece a seus hóspedes duas opções para uso da rede Wi-Fi no
acesso à internet:

1º- Pagamento de uma taxa fixa de R$ 18,00 por dia com acesso ilimitado.

2º- Cobrança de R$ 2,50 por hora de acesso, com valor proporcional no


fracionamento da hora (minuto)

a) Escreva, para cada opção oferecida, a lei da função que relaciona o preço p,
em reais, pago por esse serviço, em função do tempo t (com 0 < t < 24), em
horas de acesso.

Opção 1: p(t) = 18

Opção 2: p(t) = 2,5t

b) Se escolher a 1ª opção, quanto pagará a mais um cliente que usou a rede


por 5 horas em certo dia, na comparação com a 2ª opção?

p(t) = 2,5 ∙ 5 = 12,5 ⇒ R$ 12,50

18 – 12,5 = 5,5 ⇒ R$ 5,50

Logo, haverá uma diferença de 5,50 reais em comparação a quem pagou


usando a primeira opção.

c) Por quanto tempo de uso diário da rede Wi-Fi seria indiferente a escolha de
qualquer um dos planos?

18
18 = 2,5t ⇒ t = = 7,2
2,5

0,2 hora = 0,2 ∙ 60 = 12 minutos

Logo, o tempo será de 7 horas e 12 minutos.


121

4- Uma caixa-d’água, de volume 21 m³, inicialmente vazia, começa a receber


água de uma fonte à razão de 15 litros por minuto. Lembre-se de que 1 m³ =
1000 litros.

a) Quantos litros de água haverá na caixa após meia hora?

30 ∙ 15 = 450

Haverá 450 litros na caixa após meia hora.

b) Após x minutos de funcionamento da fonte, qual será o volume (y) de água


na caixa, em litros?

y = 15x

c) Após x minutos de funcionamento da fonte, qual será o volume (y) de água


(em litros) necessário para preencher completamente a caixa?

y = 21000 – 15x

d) Em quanto tempo a caixa estará cheia?

21000
x= = 1400 minutos
15

1400
= 23,3 horas
60

Logo, levarão 1400 minutos ou 23,3 horas para preencher completamente a


caixa d’água

5- Faça os gráficos das funções de R em R dadas por:

a) y = x + 1
122

b) y = -2x + 4

c) y = 3x + 2
123

d) y = -x – 2

5
e) y =
2
124

f) y = -1

 TEMA 2 – RAIZ DE UMA FUNÇÃO DE 1º GRAU


Chama-se raiz ou zero da função polinomial do 1º grau, dada por f(x) = ax + b,
com a ≠ 0, o número real x tal que f(x) = 0.

Temos:

−b
f(x) = 0 ⇒ ax + b = 0 ⇒ x =
a

Observações:
125

o O ponto pertence ao eixo das abscissas. Desse modo, a raiz de uma


função do 1º grau corresponde à abscissa do ponto em que a reta
intersecta o eixo Ox.
o A raiz de uma função f dada por f(x) = ax + b é a solução da equação do

−b
1º grau ax + b = 0, ou seja, x = .
a

Exemplo: Obtenção do zero da função f: R → R dada pela lei f(x) = 2x – 5:

5
f(x) = 0 ⇒ 2x – 5 = 0 ⇒x =
2

Cálculo da raiz da função g: R → R definida pela lei g(x) = 3x + 6:

g(x) = 0 ⇒ 3x + 6 = 0 ⇒ x = -2

A reta que representa a função h: R → R, dada por h(x) - -2x + 10, intersecta o
eixo Ox no ponto (5, 0), pois h(x) = 0 ⇒ -2x + 10 = 0 ⇒ x = 5.

o FUNÇÃO AFIM CRESCENTE E DECRESCENTE

o COEFICIENTE ANGULAR
Já vimos que o gráfico da função afim f: R → R dada por y = ax + b, a ≠ 0, é
uma reta.

O coeficiente de x, indicado por a, é chamado coeficiente angular ou


declividade da reta e está ligado à inclinação da reta em relação ao eixo Ox.

Observe o ângulo α que a reta forma com o eixo x, convencionando tal como
mostram os dois casos a seguir.

α é agudo (0 < α < 90°)


126

é obtuso (90° < < 180°)


α α

o COEFICIENTE LINEAR
O termo constante b é chamado coeficiente linear da reta. Para x = 0, temos y
= a ∙ 0 + b = b. O ponto (0, b) pertence ao eixo das ordenadas. Assim, o
coeficiente linear é a ordenada do ponto em que a reta intersecta o eixo Oy.
127

o EXEMPLOS
1º- Seja f: R → R definida por y = 3x – 1. Observe a tabela e o gráfico de f:

x -3 -2 -1 0 1 2 3
y -10 -7 -4 -1 2 5 8

Note que a = 3 > 0; lembre-se de que a representa também a taxa média da


variação de f. A função é crescente.

2º- Seja f: R → R definida por y = -2x + 3. Observe a tabela e o gráfico de f.

x -3 -2 -1 0 1 2 3
y 9 7 5 3 1 -1 -3

Note que a = -2 < 0; lembre-se que a representa também a taxa média de


variação de f. A função é decrescente.

ATIVIDADES
1- Determine a raiz de cada uma das funções de R em R dadas pelas
seguintes leis:

a) y = 3x – 1
128

3x – 1 = 0

1
x=
3

b) y = -2x + 1

-2x + 1 = 0

1
x=
2

3 x −5
c) y =
2

−3 x−5
=0
2

5
x=
3

d) y = 4x

4x = 0

x=0

2x 1
e) y = -
5 3

2x 1
- =0
5 3

2x 1
=
5 3

5
x= 6

f) y = -x

-x = 0

x=0
129

2- Seja f uma função real definida pela lei f(x) = ax – 3. Se -2 é a raiz da


função, qual é o valor de f(3)?

-2a – 3 = 0

−3
a=
2

Logo, a lei da função é:

−3
y= x–3
2

−9 −9 −6 −15
f(3) = –3= =
2 2 2 2

3- Resolva, em R, as seguintes equações do 1º grau:

a) 12x + 5 = 2x + 8

12x – 2x = 8 – 5

10x = 3

3
x=
10

S= {103 }
b) 5(3 – x) + 2(x + 1) = -x + 5

15 – 5x + 2x + 2 = -x + 5

-5x + 2x + x = 5 – 15 – 2

-2x = -12

−12
x= =6
−2

S = {6}

c) 5x + 20(1 – x) = 5

5x + 20 – 20x = 5
130

5x – 20x = 5 – 20

-15x = -15

−15
x= =1
−15

S = {1}

d) -x + 4(2 – x) = -2x – (10 + 3x)

-x + 8 – 4x = -2x -10 – 3x

-x – 4x + 2x + 3x = -10 – 8

0x = -18

S=∅

2 x −1 5 x 4
e) = +
3 2 2 3

2 x −5 x 4 1
= +
3 2 3 2

4 x −15 x 8 3
= +
6 6 6 6

4x – 15x = 8 + 3

-11x = 11

11
x=
−11

x = -1

S = {-1}

6 x −x+3 x
f) = –1
5 2 3

12 x−5( x+3) x
10
= 3
–1

12 x−5 x−15 x
10 = 3 –1
131

7 x−15 x−3
10 = 3

3(7x – 15) = 10(x – 3)

21x – 45 = 10x – 30

21x – 10x = -30 + 45

11x = 15

15
X=
11

S= {1511 }

4- Para cada uma das funções afim dadas pelas leis seguintes, identifique o
coeficiente angular (a) e o coeficiente linear (b). Classifique a função em
crescente ou decrescente.

a) y = 3x – 2

a=3

b = -2

Função Afim Crescente

b) y = -x + 3

a = -1

b=3

Função Afim Decrescente.

5−2 x
c) y =
3

−2
a=
3

5
b=
3
132

Função Afim Decrescente

d) y = 9x

a=9

b=0

Função Afim Crescente.

e) y = (x + 3)² - (x + 1)²

y = (x + 3) ∙ (x + 3) – (x + 1) ∙ (x + 1)

y = x² + 3x + 3x + 9 – (x² + x + x + 1)

y = x² + 3x + 3x + 9 – x² - x – x -1

y = 4x – 8

a=4

b=8

Função Afim Crescente

5- Determine os valores dos coeficientes angulares e lineares (a e b,


respectivamente) das retas seguintes.

a)

−3
a=
2

b=3
133

b)

a=1

b = -1

 TEMA 3 – FUNÇÃO QUADRÁTICA


o CONTEXTO
Chama-se função quadrática ou função polinomial do 2º grau, qualquer função
f de R em R dada por uma lei da forma f(x) = ax² + bx + c, em que a, b e c são
números reais e a ≠ 0.

Veja os exemplos a seguir:

o f(x) = 2x² + 3x + 5, sendo a = 2, b = 3 e c = 5.


o f(x) = 3x² - 4x + 1, sendo a = 3, b = -4 e c = 1.
o f(x) = x² - 1, sendo a = 1, b = 0 e c = -1.
o f(x) = -x² + 2x, sendo a = -1, b = 2 e c = 0.
o f(x) = -4x², sendo a = -4, b = 0 e c = 0.

o GRÁFICO DA FUNÇÃO QUADRÁTICA


1º- Para construir o gráfico da função f: R → R dada pela lei f(x) = x² + x,
atribuímos a x alguns valores (observe que o domínio de f é R), calculamos o
valor correspondente de y para cada valor de x e, em seguida, ligamos os
pontos obtidos:
134

x y = x² + x
-3 6
-2 2
-1 0
−1 −1
2 4
0 0
1 2
3 15
2 4
2 6

2º- Consideremos f: R → R dada por y = -x² + 1.

Repetindo o procedimento usado no exemplo anterior, temos:

x y = -x² + 1
-3 -8
-2 -3
-1 0
0 1
1 0
2 -3
3 -8
135

3º- Seja f: R → R dada por f(x) = x² - 2x + 4:

x y = x² - 2x + 4
-2 12
-1 7
0 4
1 3
2 4
3 7
4 12
136

ATIVIDADES
1- Esboce o gráfico de cada uma das funções de R em R dadas pelas
seguintes leis:

a) y = x²

b) y = 2x²
137

c) y = -x²

d) y = -2²
138

2- Construa o gráfico de cada uma das funções R em R dadas pelas seguintes


leis:

a) y = x² - 2x

b) y = -x² + 3x
139

3- Faça o gráfico de cada uma das funções de R em R dadas pelas seguintes


leis:

a) y = x² - 4x + 5

b) y = -x² + 2x - 1
140

c) y = x² - 2x + 1

 TEMA 4 - RAÍZES DE UMA EQUAÇÃO DE 2º GRAU


o CONTEXTO
Chamam-se raízes ou zeros da função polinomial do 2º grau, dada por f(x) =
ax² + bx + c, com a ≠ 0, os números reais x tais que f(x) = 0.
141

Em outras palavras, as raízes da função y = ax² + bx + c são as soluções (se


existirem) da equação do 2º grau ax² + bx + c = 0.

Vamos deduzir a fórmula que permite obter as raízes de uma função


quadrática. Temos:

2 b c b c b
a (a )
f(x) = 0 ⇒ ax² + bx + c = 0 ⇒ a x + x + = 0 ⇒ x² + x + = 0 ⇒ x² + x =
a a a

−c b b2 b2 −c b b2−4 ac b √ b 2−4 ac ⇒
a
⇒ x² + x +
a
=
4 a2 4 a2 a
⇒ x +
2a
² = (
4 a2 )⇒ x +
2a
= ±
2a

−b ± √ b2−4 ac
x=
2a

Essa é a fórmula resolutiva de uma equação do 2º grau.

o EXEMPLOS
1º- Vamos obter os zeros da função f de R em R, definida pela lei f(x) = x² - 5x
+ 6. Temos a = 1, b = -5 e c = 6.

Então:

−b ± √b 2−4 ac 5± √ −52−4 ∙ 1∙ 6 5 ±1
x=
2a
= 2 ∙1
=
2

5+1
x’ = =3
2

5−1
x” = =2
2

As raízes são 2 e 3.

2º- Vamos calcular as raízes reais da função dada pela lei f(x) = 4x² - 4x + 1.
Temos a = 4, b = -4 e c = 1.

Então:
142

−b ± √b 2−4 ac 4 ± √−4 2−4 ∙ 4 ∙ 1 4 ± 0


x=
2a
= 2∙4
=
8

4+ 0 4 1
x’ = = =
8 8 2

4−0 4 1
x” = = =
8 8 2

1 1 1
As raízes são e , ou seja, a função admite duas raízes iguais a , ou
2 2 2

1
ainda, a função admite uma raiz real dupla igual a .
2

3º- Vamos calcular os zeros reais da função dada por f(x) = 2x² + 3x + 4.
Temos a = 2, b = 3 e c = 4.

Então:

−b ± √b 2−4 ac −3 ± √ 32−4 ∙ 2∙ 4 −3± √ −23 ∉ R


x=
2a
= 2∙ 2
=
4

Portanto, essa função não tem zeros reais.

ATIVIDADE
1- Determine as raízes (zeros) reais de cada uma das funções de R em R
dadas pelas seguintes leis:

a) y = 2x² - 3x + 1

3± √ −32−4 ∙ 2∙ 1 3± 1
x=
2 ∙2
= 4

3+1
x’ =
4
=1

3−1
x” =
4
= 0,5
143

Raízes: 1 e 0,5.

b) y = 4x – x²

−4 ± √ 4 2−4 ∙−1 ∙0 −4 ± 4
x=
2 ∙−1
= −2

−4 +4
x’ =
−2
=0

−4−4
x” =
−2
=4

Raízes: 0 e 4.

c) y = -x² + 2x + 15

−2± √ 22−4 ∙−1 ∙15 −2± 8


x=
2 ∙−1
= −2

−2+8
x’ =
−2
= -3

−2−8
x” =
−2
=5

Raízes: -3 e 5.

d) y = 9x² - 1

0 ± √ 02 −4 ∙ 9 ∙−1 0 ± √ 36
x=
2∙9
= 18

x’ =
√36
18

−√ 36
x” =
18

Raízes:
√ 36 e −√ 36
18 18

e) y = -x² + 6x – 9
144

−6 ± √6 2−4 ∙−1∙−9 −6 ± 0
x=
2 ∙−1
= −2

−6
x’ =
−2
=3

−6
x” =
−2
=3

Raízes: 3 e 3.

f) y = 3x²

0 ± √ 02 −4 ∙ 3 ∙0 0 ±0
x=
2∙3
= 6

0
x’ = =0
6

0
x” = =0
6

Raízes: 0 e 0.

g) y = x² - 5x + 9

5± √ −52−4 ∙ 1∙ 9 5± √ −11
x=
2 ∙1
= 2
∉R

h) y = -x² + 2

0 ± √ 02 −4 ∙−1∙ 2 0 ±√8
x=
2 ∙−1
= −2

x’ =
√8
−2

−√ 8
x” =
−2

−√ 8 √8 .
Raízes: e
−2 −2

i) y = x² - x – 6
145

1± √ −12−4 ∙1 ∙−6 1± 5
x=
2 ∙1
= 2

1+ 5
x’ = =3
2

1−5
x” = = -2
2

Raízes: 3 e -2.

j) y = (x + 3) ∙ (x – 5)

y = x² - 5x + 3x – 15 ⇒ x² - 2x – 15

2± √ −22−4 ∙1 ∙−15 2± 8
x=
2 ∙1
= 2

2+ 8
x’ = =5
2

2−8
x” = = -3
2

Raízes: 5 e -3.

 TEMA 5 – COORDENADAS DO VÉRTICE DA PARÁBOLA


o CONTEXTO
Vamos obter as coordenadas do ponto V, chamado vértice da parábola.

Se a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto mínimo de


V; se a < 0, a parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de
máximo V.

o A>0
146

o A<0


V( −b
2a
,− )
4a

Exemplo: Vamos obter as coordenadas do vértice da parábola que apresenta a


função dada por y = x² - 12x + 30

−b 12 −∆ −144−120 −24
x v= = =6 e y v = = = =−6
2a 2 4a 4 4

Observe que, como a = 1 > 0, o vértice (6, -6) representa um ponto mínimo da
função.

o CONJUNTO IMAGEM
O conjunto imagem Im da função definida por y = ax²+ bx + c, com a ≠ 0, é o
conjunto dos valores que y pode assumir. Há duas possibilidades:

o Se a > 0

−Δ
{
Im = y ∈ R∨ y ≥ y v =
4a }
147

o Se a < 0

−Δ
{
Im = y ∈ R∨ y ≤ y v =
4a }

Exemplo: Vamos determinar o conjunto imagem da função quadrática dada por


y = -3x² + 5x – 2. O vértice V dessa parábola tem coordenadas:

−b 5 −∆ −25−24 1
x v= = e yv = = =
2a 6 4a −12 12

Como a < 0, a função admite ponto de máximo.

1
O valor máximo que essa função assume é y v = .
12

1
{
Nesse caso, o conjunto imagem dessa função é Im = y ∈ R∨ y ≤
12}.
148

o RESOLUÇÃO
1º- Faça o esboço do gráfico da função quadrática dada por y = 2x² - 5x + 2.

Características:

o Concavidade voltada para cima, pois a = 2 > 0;


1
o Raízes: 2x² - 5x = 0 ⇒ x = ou x = 2;
2
∆ 5 9
o Vértice V = ( −b
2a
,− ) = ( ,− );
4a 4 8
o Interseção com o eixo Ou: (0, c) = (0, 2).

9
{
Note que Im = y ∈ R∨ y ≥−
8
.}
5 5
Observe que f é crescente se x > e decrescente se x < .
4 4

2º- Vamos fazer o esboço do gráfico da função quadrática dada por y = x² - 2x


+ 1.

Características:
149

o Concavidade voltada para cima, pois a = 1 > 0;


o Raízes x²- 3x + 1 = 0 ⇒ x = 1 (raiz dupla);

o Vértice V = ( −b
2a
,− ) = (1, 0);
4a
o Interseção com o eixo Ou: (0, c) = (0, 1).

Note que Im = { y ∈ R∨ y ≥ 0 } .

Observe que f é crescente se x > 1 e decrescente se x < 1.

ATIVIDADES
1- Obtenha a vértice de cada uma das parábolas representativas das funções
quadráticas:

Δ
V= ( −b
2a
,− )
4a

Δ=b 2−4 ac

a) y = x² - 6x + 4

6 −62−4 ∙ 1∙ 4 −20
x v = =3 e y v = = =−5
2 4 4

V =(3 ,−5).

b) y = -2x² - x + 3

−1 12−4 ∙(−2) ∙ 3 25
x v= e yv= =
4 −8 −8

V= ( −14 , 258 ).
c) y = x² - 9

−0 02−4 ∙ 1∙ 9 −36
x v= =0 e y v = = =−9
2 4 4

V =(0 ,−9).
150

2- Qual é o valor mínimo (ou máximo) assumido por cada uma das funções
quadráticas pelas leis abaixo?

a) y = -2x² + 60x

−60 2−4 ∙ (−2 ) ∙0 −3600


yv= = =450
4 ∙ (−2 ) −8

a = -2 < 0, ou seja, 450 é o valor máximo.

b) y = x² - 4x + 8

−−42 −4 ∙ 1∙ 8 −−16
yv= = =4
4 4

a = 1 > 0, ou seja, 4 é o valor mínimo.

c) y = -x² + 2x - 5

−22−4 ∙ (−1 ) ∙ (−5 ) −−16


yv= = =−4
4 ∙ (−1 ) −4

a = -1 < 0, ou seja, -4 é o valor máximo.

d) y = 3x² + 2

−0 2−4 ∙ 3 ∙ 2 −−24
yv= = =2
4 ∙3 12

a = 3 > 0, ou seja, 2 é o valor mínimo.

3- Qual é o conjunto imagem de cada uma das funções quadráticas dadas


pelas leis abaixo?

a) y = x² - 2

−0 2−4 ∙ 1 ∙ (−2 ) −8
yv= = =−2
4 ∙1 4

a=1>0

ℑ= { y ∈ R| y ≥−2 }

b) y = 5 – x²
151

−0 2−4 ∙ (−1)∙5 −20


yv= = =5
4 ∙(−1) −4

a = -1 < 0

I m= { y ∈ R| y ≤ 5 }

c) y = (x + 1) ∙ (2 – x)

y=2 x−x 2 +2−x ⇒−x2 −x+2

−−12 −4 ∙(−1)∙2 9
yv= =
4 ∙(−1) 4

a = -1 < 0

9
{
I m= y ∈ R∨ y ≤
4 }
d) y = x ∙ (x + 3)

y=x 2 +3 x

−32 −4 ∙ 1∙ 0 −9
yv= =
4 ∙1 4

a=1>0

9
{
I m= y ∈ R∨ y ≥−
4 }

 TEMA 6 – POTÊNCIA
o DEFINIÇÃO
Dados um número real a um número natural n, com n ≥ 2, chama-se potência
de base a e expoente n o número a n que é o produto de n fatores iguais a a.

a n = a ∙ a ∙ a ∙ ... ∙ a

Dessa definição decorre que:

a2 = a ∙ a
152

a3 = a ∙ a ∙ a

a 4 = a ∙ a ∙ a∙ a

Etc.

Há dois casos especiais:

o Para n = 1, definimos a¹ = a, pois com um único fator não se define o


produto;
o Para n = 0, e supondo que a ≠ 0, temos a 0 = 1.

Exemplos:

I – 4³ = 4 ∙ 4 ∙ 4 = 64

²
II – ( ) = 25 ∙ 25 = 254
2
5

III – (−6)4 = (-6) ∙ (-6) ∙ (-6) ∙ (-6) = 1296

IV – 3¹ = 3

0
3
V – 10 ( ) =1

VI – (3,2)² = 3,2 ∙ 3,2 = 10,24

VII – 05 = 0

VIII – (-8)¹ = -8

IX – 70 = 1

X – (1,5)³ = 1,5 ∙ 1,5 ∙ 1,5 = 3,375

o PROPRIEDADE
Supondo a e b reais e m e n naturais, valem as seguintes propriedades:

1º- a m ∙ an = a m+n
153

am m−n
2º- n = a (a ≠ 0 e m ≥ n)
a

3º- (a ∙ b)n = a n ∙ bn

a n
an
4º-
b () = n (b ≠ 0)
b

n
5º- ( a m ) = a m ∙n

Exemplo: Supondo que a ∙ b ≠ 0, simplifiquemos a expressão:

(a ² b ³)5
y= 2 7
(a )³ b

Aplicando as propriedades estudadas, vem:

a10 b15
y= = a 10−6 b15−7 = a 4 b8
a6 b7

o OBSERVAÇÃO
Na definição de potência com expoente natural, foi estabelecido que ∀a ∈ R ¿, a 0
= 1. Isso garante a validade das propriedades apresentadas. Veja:

o Façamos m = 0, de acordo com a 1ª propriedade:


a 0 ∙ an =a0+ n=a n
Para que ocorra igualdade, devemos ter a 0 = 1.
o Façamos m = n, de acordo com a 2ª propriedade:
an
Por um lado, n = 1, que é o quociente de dois números iguais.
a
Por outro lado, aplicando a propriedade, temos:
an n−n
, n = a = a0
a
Daí, a 0 = 1.
154

o POTÊNCIA DE EXPOENTE INTEIRO NEGATIVO


Dados um número real a, não nulo, e um número n natural, chama-se potência
de base a e expoente -n o número a−n, que é o inverso de a n.

1
a−n=
an

Exemplos:

−2 1 1
a) 3 = =
32 9

−4 1 1
b) 2 = =
2 16
4

−1 1 1
c) 11 = =
11 11
1

−2 1 1
d) (−5) = =
(−5) 25
2

−2 −2
4 2 1 1 25
e)
−2
(0,4) = ( ) ()
10
=
5
=
2 2
= =
4 4
()
5 25

−8 1 1
f) 1 = = =1
18 1

ATIVIDADES
1- Calcule:

a) 53=125

b) (−5 )3 =−125

1
c) 5−3 =¿
125

−2 3 −2 −2 −2 −8
d) ( ) ( )( )( )
3
=
3

3

3
=
27
155

1
1 −2
2500
e)
50( ) =¿ 1 ¿
2500
1
=2500

−11 0
f) ( )
7
=1

3 1 3
g) ()
2
=
2

−1 0
h)
2( )=1

i) −(−2)5 =−( (−2 ) ∙ (−2 ) ∙ (−2 ) ∙ (−2 ) ∙ (−2 ) ) =−(−32 )=32

j) −1 02=−100

1
k) 10−3 =¿
1000

−2
−1 1
l) 2 ( ) = 4
−1 ¿− =−4
1
4

2- Calcule:

a) 0,23=0,2∙ 0,2∙ 0,2=0,008

−1 1
1
−1
b) 0,1 =
10 ( ) =¿ 1 ¿ 10
10

c) 3,4 1=3,4

d) (−4,17)0=1

1
5 −2
10000
e) 0,05 =
−2
100 ( ) =¿ 25 ¿
10000
25
=400

1
125 −1
100 4
f) 1,25 =¿−1
100 ( ) =¿ 125 ¿
100
= =0,8
125 5
156

g) 1,23=1,2 ∙1,2 ∙ 1,2=1,728

h) (−3,2 )2=(−3,2 ) ∙ (−3,2 )=10,24

i) 0 , 63 =0,6 ∙0,6 ∙ 0,6=0,216

1
8 −1
100 25
j) 0,08−1=¿ ( )
100
=¿ 8 ¿
100
8
= =12,5
2

1
−3 −1
10
k) (−0,3) =¿
−1
10 ( ) =¿ −3 ¿−
10
3

−2 1
−1
−2
l) (−0,01) = ( ) 100
=¿ −1 ¿−10 000
10000

3- Calcule o valor de cada uma das expressões:

3 2 ( )3 −1 1
a) A = ()
4
∙ −2 +
2 ( )
9 1
A= ∙ (−8 )−
16 2

−72 1 −72−8 −80


A= − = = =−5
16 2 16 16

−2 −1
1 1
b) B = () ()
2
+
3

1 1
B= + =4+ 3=7
1 1
4 3

3 3 15
c) C = −2 ∙ ()2
+1 −(−2)¹

27 −54 −27
C=−2 ∙ +1+2= +3= +3
8 8 4

−27+12 −15
C= =
4 4
157

−1 −1 −1
5
d) D =
[( ) ( ) ]
−5
3
+
2

−1 −1 −1
1 1 −3 2 −1
D=
[ ] +
−5 5
= [ +
5 5 ] [ ]=
5
3 2

1
D= =−5
−1
5

−1
e) E = [ 3−1−(−3)−1 ]

−1 −1
1 1 2 1 3
E= [ ] []
+
3 3
=
3
= =
2 2
3

2 2 −2
−3
f) F = 6 ∙ () ( )
3
+4∙
2

4 4 4 40
F=6 ∙ +4 ∙ =10∙ =
9 9 9 9

4- Escreva em uma única potência:

113 ∙(114 )2 ∙ 11
a) 6
11

113 ∙ 118 ∙ 11 11 12 6
6
= 6 =11
11 11

(24 )3 ∙27 ∙ 23
b)
(2¿¿ 11)2 ¿

212 ∙27 ∙ 23 222


= 22 =1
222 2

1 −3
c)
10−2 ∙
10 ( )
(0,01)−1
158

10−2 ∙ 103 10
= 2 =10−1=0,1
1 10
0,01

d) 10 ∙10−5 ∙ ¿ ¿

10∙ 10−5 ∙10−6 10−10 2


−12
= −12 =10 =100
10 10

 TEMA 7 – EXPONENCIAIS
o CONTEXTO
Uma equação exponencial é aquela que apresenta a incógnita no expoente de
pelo menos uma de suas potências.

1 x
x
Exemplos: 4 =8 , ()
9
=81 e 9 x −3 x =72.

Um método usado para resolver as equações exponenciais consiste em reduzir


ambos os membros da equação à potência de mesma base a (com 0 < a e a ≠
1) e, daí, aplicar a propriedade:

a x =a x ⇒ x 1=x 2
1 2

Quando isso é possível, a equação exponencial pode ser facilmente resolvida.

o EXEMPLOS
Equações exponenciais são aquela em que a incógnita aparece nos expoentes.
Veja alguns exemplos:

a) 4 x =32

1 x
b) ()
3
=81

c) 25 x+1=√ 5 x

d) 22 x =2x +12
159

1- Resolva as seguintes equações em R:

1 x
a)
3 ()=81 ⇒(3−1) x =34 ⇒ 3−x =3 4 ⇒ x=−4 ⇒S={−4 }

1 x
b) ( √ 2 ) =64 ⇒ 2 2 =26 ⇒ x =6 ⇒ x=12 ⇒ S={12}
( )
x

2- Resolva as equações:

a) 3 x−1=81⇒ 3x−1=3 4 ⇒ x=5 ⇒S={5 }

1 1 2
1 x 3 2 −2 −2
b) ()
2
−1 x −x 2 3 −x
=√ 4 ⇒ ( 2 ) =4 3 ⇒ 2 =( 2 ) ⇒ 2 =2 3 ⇒−x= ⇒ x =
3 3
⇒ S=
3 { }
9 75 x 9 3 x 32 3 x 3 2
c) 0,75 =
x
16
⇒( )
100
= ⇒
16 4 ()
= 2⇒
4 4
=
4 () ()
⇒ x=2 ⇒ S={2}

1 1 −5 −5
d) 9
x+1
=
27
x+1
⇒ ( 32 ) = 3 ⇒ 32 x+2=3−3 ⇒ 2 x +2=−3 ⇒ 2 x−5 ⇒ x=
3 2 { }
⇒ S=
2

ATIVIDADES
1- Resolva as seguintes equações exponenciais:

a) 3 x =81 ⇒3 x =34 ⇒ x=4

b) 2 x =256 ⇒2x =28 ⇒ x=8

c) 7 x =7 ⇒7 x =71 ⇒ x=1

1 x 1 1 x 1 5
d) () ( ) () ()
2
=
32

2
=
2
⇒ x=5

e) 5 x+2=125 ⇒5 x+2=53 ⇒ x=1

3x 3x 5 5
f) 10 =100 000⇒ 10 =10 ⇒ 3 x=5 ⇒ x=
3
160

1 x 1 125 x 1 4
g) ()
5
=
625

625
= ( ) ( )
625
⇒ x=4

1 x 1 x 1 −1
h) ()
2
=2⇒
2
= () ()
2
⇒ x=−1

i) 0,1 x =0,01⇒ 0,1x =0,12 ⇒ x=2

j) 3 x =−3 ⇒ ∅

k) 0,4 x =0⇒ ∅

2- Resolva as seguintes equações exponenciais:

x 3x 4 4
a) 8 =16 ⇒2 =2 ⇒ 3 x=4 ⇒ x=
3

x 3x 2 2
b) 27 =9 ⇒3 =3 ⇒3 x=2⇒ x=
3

5
x x 2 5
c) 4 =32⇒ 4 =4 ⇒ x=
2

d) 25 x =625 ⇒ 25 x =252 ⇒ x=2

e)

1
x+1 1 1 6 −5 6 x −5 −5
9 x+1= √3 3 ⇒ ( 3 2) = √3 3 ⇒ 3 2 x+2=3 3 ⇒ 2 x+2= ⇒2 x= − ⇒ 2 x= ⇒ = ⇒ 6 x=−5 ⇒ x=
3 3 3 3 3 3 6

x 1 2 x 2x −1
f) 4 = ⇒ ( 2 ) =2 ⇒ 2 =2 ⇒2 x =−1⇒ x =
−1 −1
2 2

 TEMA 8 – POTÊNCIA COM EXPOENTE RACIONAL


o DEFINIÇÃO
Antes de definir as potências com expoentes racionais, vamos relembrar a
definição de raiz enésima aritmética.

Dados um número real não negativo a e um número natural n, n > 0, chama-se


raiz enésima aritmética de a o número real e não negativo b tal que b n=a .
161

O símbolo √n a, chamado radical, indica a raiz enésima aritmética de a. Nele, é


chamado radicando, e n seria a índice.

√n a=b ⇔ b ≥ 0 e b n=a
Exemplos:

o √2 16=4 , pois 4² = 16;


o √3 27=3, pois 3³ = 27;
o √6 0=0, pois 06 =0;
o √4 16=2, pois 24 =16 ;
1 1 1 5 1
o

5
= , pois
32 2 2
= ;
32 ()
o √8 1=1, pois 18=1.
1
Para dar significado às potências de expoente racional (por exemplo, 3 2 ,

1
2 3 ), devemos lembrar que sua definição deve garantir a validade das
propriedades operatórias já estudadas neste capítulo.
1 1 1 2 1
( )
o 3 2 ∙3 2 =31=3; logo, 3 2 =3, ou seja, 3 2 é a raiz quadrada aritmética de 3

1
⇒ √ 3=3 2 .
1 1 1 1 3 1
( )
o 2 3 ∙ 2 3 ∙ 2 3 =21=2; logo, 23 =2, ou seja, 2 3 é a raiz cúbica aritmética de 2

1
⇒ √3 2=2 3 .
Os exemplos anteriores sugerem a seguinte definição:
1
Para a ∈ R ,a< 0 e n ∈ N ¿, temos que a n =√n a.

o EXEMPLO
Acompanhe agora os cálculos seguintes:

3 3 3 3 3 2
( )
o 8 2 ∙ 8 2 =8 2 + 2 =¿ 8¹, assim, 8 2 = 8³ e, portanto, a raiz quadrada aritmética

3 3
de 8³ é igual a 8 2 ⇒ √ 83 =8 2 .
162

2 2 2 2 2 2 2 3
o 4 3 ∙ 4 3 ∙ 4 3 =4 3 + 3 + 3 =¿ 4², assim, (4 )3 = 4² e, portanto, a raiz cúbica

2 2
aritmética de 4² é igual a 4 3 ⇒ √3 4²=4 3 .

o RAÍZ ENÉSIMA
Dados um número real positivo a, um número inteiro m e um número natural n

m
(n > 0), chama-se potência de base a e expoente a raiz enésima (n-ésima)
n
aritmética de a m.

m
n
a n = √ am

m m
Sendo >0 , é definido: 0 n =0.
n

Exemplos:

1
5 = √5;
2

1
8 3 =√3 8;

7
1 5 =√ 17;
5

2
5 3 = √3 5² ;

−1
64 =√ 64−1;
3 3

3
2 2 =√ 2³ ;

11
0 3 =0;

−1
100 2 = √100−1;
163

o PROPRIEDADE
p r
Sendo a e b, reais positivos e e racionais, valem as seguintes
q s
propriedades:

p r p r
q
a ∙ a =a s
+
q s ;

p r p r
a q :a s =a q

s ;

p p p
( a ∙ b ) =a ∙ b ;
q q q

2 3
Atividade com Resolução - Calcule o valor de y=27 3 −16 4 .

Há duas possíveis resoluções para essa equação:

I – Escrevendo as potências na forma de raízes:


3 4
y= √ 27 2−√ 163=√3 729− 4√ 4096=9−8=¿ 1.

2 3
II – Usando as propriedades das potências: y=( 33 ) 3 −( 2 4 ) 4 =32−23=9−8=¿ 1.

ATIVIDADES
1- Calcule:

a) √ 169=13

b) √3 512=8

1 1
c)

4
=
16 2

d) √ 0,25=0,5

125 3 1 1
3
e) √ 0,125=

3

1000 √
= =
8 2

f) √5 100 000=10
164

g) √7 1=1

255 15 3
h) √ 2,25=
√ = =
100 10 2

2- Calcule:

a) √4 256 ∙ √ 25−16=4 ∙ 3=12

b) √3 1+ √ 49=¿ √3 1+7= √3 8=2

2
c) ( √3 1 000−√6 64 ) =( 10−2 )2=82=64

d)
√ 9,61−√ 6,25 ¿ 3,1−2,5 = 0,6 =3
√3 0,008 0,2 0,2

3- Calcule o valor de:

1
a) 2 7 3 =√3 27=3

1
b) 25 6 2 = √ 256=16

1
c) 3 2 5 =¿ √5 32=2

1
d) 6 4 3 = √3 64=4

1
e) 57 6 2 =¿ √ 576=24

1
f) 0,2 5 2 =√ 0,25=0,5

27 13 3 27 3
g) ( 1000
= ) =
1000 10 √
0,25
1 1 14 4 1 1
h) ( ) ( )
81
=
81
=
√ =
81 3
165

4- Calcule o valor de:

2
a) 8 3 =√3 82=√3 64=4

1 12
−1
1 1
b) 14 4 2 = ( )
144
= =

144 12

1
1 12 1
c) ( 0,2 ) = 2
()
5
=
5 √
5 5
d) 1 6 2 =( 42 ) 2 =4 5=1 024

2 2
e) 2 7 3 =( 3 3 ) 3 =32=9

100 12
−1 −1
9 100 10
f) 0,0 9 =
100
2
( ) ( ) 2
=
9 √=
9
=
3

3 3
g) 1 6 4 =( 24 ) 4 =23=8

−1
1
h) 8 2 =√ 8−1=
√ 8

 TEMA 9 – EXPONENCIAIS DE SEGUNDO TIPO


o CONTEXTO
A resolução de determinadas equações exponenciais exige, além da mudança
de base, a utilização de alguns artifícios.

Exemplos:

a) 5 x+1 +5x +2=30

Nesse caso, podemos separar cada termo com incógnita em potências de


mesma base e, em seguida, faremos a mudança de variável. É bom
lembrarmos que:

a m+n=am ∙ an;

5 x ∙ 51+ 5x ∙52 =30


166

Considerando 5 x =m, temos:

m∙ 5+m ∙25=30 ⇒ 30 m=30 ⇒ m=1


Substituindo m = 1, temos:
5 x =m⇒ 5x =1 ⇒ 5 x =50 ⇒ x=0
V = {0}

b) 2 x−1 +2 x+2=36

2x x 2
Já que a m−n=a m : an, sendo a ≠ 0 : +2 ∙ 2 =36.
21
Considerando 2 x =m, temos:
m m+ 8 m 72
+ 4 m=36 ⇒ = ⇒ 9 m=72⇒ m=8
2 2 2
Substituindo m = 8, temos:
2 x =m⇒ 2 x =8 ⇒ 2 x =23 ⇒ x=3
V = {3}

ATIVIDADES
1- Determine o conjunto verdade das seguintes equações exponenciais:

a) 3 x+1 +3 x+2=12

3 x ∙ 31 +3x ∙3 2=12⇒ m∙ 3+m∙ 9=12⇒12 m=12 ⇒m=1

3 x =m⇒ 3x =1 ⇒ 3 x =30 ⇒ x=0

V ={0 }

b) 2 x+1+ 2x+3 =20

2 x ∙ 21+2 x ∙ 23=20 ⇒m ∙2+m ∙ 8=20 ⇒ 10 m=20 ⇒ m=2

2 x =m⇒ 2 x =2 ⇒ 2 x =21 ⇒ x=1

V ={1}

c) 2 x+2+ 2x−1=18
167

x 2 2x m 8 m+ m 36
2 ∙2 + 1
=18 ⇒ 4 m+ =18 ⇒ = ⇒ 9 m=36 ⇒ m=4
2 2 2 2

2 x =m⇒ 2 x =4 ⇒2 x =22 ⇒ x=2

V ={2 }

d) 5 x−2+5 x+1=126

5x x 1 m 125 m+ m 3 150
2
+ 5 ∙5 =126⇒ +5 m=126 ⇒ = ⇒126 m=3 150
5 25 25 25

126 m=3 150 ⇒ m=25

5 x =m⇒ 5x =25 ⇒5 x =52 ⇒ x=2

V ={2 }

2- Determine o conjunto verdade das seguintes equações exponenciais:

a) 7 x−1+7 x+1 =50

7x x 1 m 49 m+m 350
1
+7 ∙ 7 =50 ⇒ +7 m=50 ⇒ = ⇒ 50 m=350 ⇒ m=7
7 7 7 7

7 x =m⇒ 7 x =7 ⇒7 x =71 ⇒ x=1

V ={1}

b) 2 x+3=2 x−2 +62

x 3 2x m 32m−m 248
2 ∙2 − 2
=62⇒ 8 m− =62 ⇒ = ⇒ 31m=248⇒ m=8
2 4 4 4

2 x =m⇒ 2 x =8 ⇒ 2 x =23 ⇒ x=3

V ={3 }

c) 5 x−1 +5 x−3=26

5x 5 x m m 25 m+m 3250
1
+ 3 =26 ⇒ + =26 ⇒ = ⇒ 26 m=3 250 ⇒ m=125
5 5 5 125 125 125

5 x =m⇒ 5x =125 ⇒5 x =53 ⇒ x=3


168

V ={3 }

d) 2 x−1 +5 ∙ 2x =11

2x x m 10 m+m 22
1
+5 ∙ 2 =11⇒ +5 m=11 ⇒ = ⇒11m=22 ⇒ m=2
2 2 2 2

2 x =m⇒ 2 x =2 ⇒ 2 x =21 ⇒ x=1

V ={1}

 TEMA 10 – EXPONENCIAIS DE TERCEIRO TIPO


o CONTEXTO
Nesse caso fazemos a substituição da variável e resolvemos a equação de 2°
grau obtida. Veja os exemplos:

a) 22 x −3∙ 2 x +2=0

Considerando 2 x =m, temos:

2
( 2 x ) −3 ∙2 x + 2=0 ⇒m2−3 m+2=0

Resolvemos a equação de 2° grau:

−b ± √ b2−4 ac 3 ± −3 2−4 ∙1 ∙2
⇒ m= √
3± 1
m= ⇒ m=
2a 2∙ 1 2

3+1
m' = =2
2

3−1
m' ' = =1
2

Agora, determinamos os valores de x:

2 x =m⇒ 2 x =2 ⇒ 2 x =21 ⇒ x=1

2 x =m⇒ 2 x =1 ⇒ 2x =20 ⇒ x=0

V = {1, 0}
169

b) 4 x −9 ∙2 x + 8=0

Consideramos que 4=22 e que 2 x =m, logo:

2
( 2 x ) −9 ∙ 2x +8=0⇒ m 2−9 m+ 8=0

Resolvemos a equação de 2° grau:

−b ± √ b2−4 ac 9 ± √−92−4 ∙ 1∙ 8 9± 7
m= ⇒ m= ⇒ m=
2a 2 ∙1 2

9+7
m' = =8
2

9−7
m' ' = =1
2

Agora, determinamos os valores de x:

2 x =m⇒ 2 x =8 ⇒ 2 x =23 ⇒ x=3

2 x=m⇒ 2x =1 ⇒2 x =20 ⇒ x =0

V = {3, 0}

o RESOLVIDO
25x −6∙ 5 x
Resolver a equação = -1
5

( 25 x −6 ∙5 x ) 2
=−1 ⇒25 x −6 ∙5 x =−5 ⇒ ( 5 x ) −6 ∙ 5 x =−5
5

Ao fazer 5 x =m, temos:

2
( 5 x ) −6 ∙ 5x =−5⇒ m2 −6 m=−5 ⇒ m2−6 m+5=0

Agora, resolvemos a equação de 2° grau:

−b ± √ b2−4 ac 6 ± −62−4 ∙ 1∙ 5
⇒ m= √
6±4
m= ⇒m=
2a 2 ∙1 2

6+4
m' = =5
2
170

6−4
m' ' = =1
2

Agora, determinamos os valores de x:

5 x =m⇒ 5x =5 ⇒ 5 x =51 ⇒ x=1

5 x =m⇒ 5x =1 ⇒ 5 x =50 ⇒ x=0

V = {1, 0}

ATIVIDADES
1- Determine o conjunto verdade das seguintes equações exponenciais:

a) 4 x −3 ∙2 x +2=0

2
( 2 x ) −3 ∙2 x + 2=0 ⇒m2−3 m+2=0

3 ± √−32 −4 ∙ 1∙ 2 3 ±1
m= =
2∙1 2

3+1
m' = =2
2

3−1
m' ' = =1
2

2 x =m⇒ 2 x =2 ⇒ 2 x =21 ⇒ x=1

2 x =m⇒ 2 x =1 ⇒ 2x =20 ⇒ x=0

V ={1 ,0 }

b) 9 x −4 ∙3 x +3=0

2
( 3 x ) −4 ∙3 x +3=0⇒ m2 −4 m+3=0

4 ± √ −42−4 ∙ 1∙ 3 4 ± 2
m= =
2∙1 2

4+ 2
m' = =3
2
171

4−2
m' ' = =1
2

3 x =m⇒ 3x =3 ⇒ 3 x =3 1 ⇒ x=1

3 x =m⇒ 3x =1 ⇒ 3 x =30 ⇒ x=0

V ={1 ,0 }

c) 25 x −30 ∙5 x =−125

2
( 5 x ) −30 ∙5 x +125=0⇒ m2 −30 m+125=0

30 ± √−302 −4 ∙ 1∙ 125 30 ±20


m= =
2∙1 2

30+20
m' = =25
2

30−20
m' ' = =5
2

5 x =m⇒ 5x =25 ⇒5 x =52 ⇒ x=2

5 x =m⇒ 5x =5 ⇒ 5 x =51 ⇒ x=1

V ={2 ,1 }

d) 4 x −10∙ 2 x +16=0

2
( 2 x ) −10 ∙2 x +16=0 ⇒ m2−10 m+16=0

10 ± √−102−4 ∙ 1∙ 16 10 ±6
m= =
2∙ 1 2

10+6
m' = =8
2

10−6
m' ' = =2
2

2 x =m⇒ 2 x =8 ⇒ 2 x =23 ⇒ x=3

2 x =m⇒ 2 x =2 ⇒ 2 x =21 ⇒ x=1

V ={3 , 1}
172

2- Para que valores de x tem-se a igualdade 32 x =12∙ 3 x −27?

2
( 3 x ) =12 ∙3 x −27

Tendo 3 x =m:

m2=12 m−27 ⇒−m2+ 12m−27=0

Fazendo a equação de 2° grau:

−12 ± √ 122−4 ∙ (−1 ) ∙(−27) −12± 6


m= =
2 ∙(−1) −2

−12+ 6
m' = =3
−2

−12−6
m' ' = =9
−2

Calculando os valores de x:

3 x =m⇒ 3x =3 ⇒ 3 x =3 1 ⇒ x=1

3 x =m⇒ 3x =9⇒ 3x =32 ⇒ x=2

V = {1, 2}

 TEMA 11 – LOGARITMO
o CONCEITO
A palavra logaritmo vem de “logos” que em grego significa razão e “aritmo”
número. O conceito de logaritmos foi introduzido pelo matemático escocês
John Napier (1550 – 1617) e aperfeiçoado pelo inglês Henry Briggs (1561 –
1630).
173

No ano de 1614, ou seja, a 406 anos, Napier criou uma maneira de simplificar
cálculos com a invenção dos logaritmos. Naquela época, multiplicar, dividir,
calcular potências era um trabalho árduo. O surgimento dos logaritmos
representou para a época um grande salto na realização de operações
aritméticas, transformando os produtos em somas e os quocientes em
diferenças. Naquele período, os logaritmos representaram um grande
instrumento que alavancou os estudos da astronomia e navegação. Também
em 1614, Napier publicou seu trabalho sobre logaritmos no livro “Descrição das
maravilhosas Regas dos Logaritmos”

o CALCULADORA
O ábaco é o artefato mais antigo conhecido para a computação e matemáticos.
Ele usa contas de fio para adicionar, subtrair, multiplicar e dividir. Alguns
afirmam que com a prática você pode obter os resultados mais rápido do que
com o uso de uma calculadora eletrônica.

No início do século XVII, o matemático chamado John Napier inventou a


primeira Calculadora Napier’s Bones. Foi usado para realizar cálculos simples
e trabalho no logaritmo

o LOGARITMO
Suponhamos que um caminhão custe hoje R$ 100 000,00 e sofra uma
desvalorização de 10% por ano de uso.

Depois de quanto tempo de uso o valor do veículo será igual a R$ 20 000,00?

A cada ano que passa o valor do caminhão fica sendo 90% do que era um ano
atrás. Então, seu valor evolui na seguinte forma:

Em 1 ano de uso: 90% de R$ 100 000,00, ou seja, R$ 90 000,00;

Em 2 anos de uso: 90% de R$ 90 000,00, ou seja, R$ 81 000,00;

Em 3 anos de uso: 90% de R$ 81 000,00, ou seja, R$ 72 900,00.

E assim por diante.


174

O valor do veículo em reais evolui, ano a ano, de acordo com a sequência:

100 000; (0,9) ∙ 100 000; (0,9)² ∙ 100 000; (0,9)³ ∙ 100 000; ...

É acrescentado mais 1 ao expoente a cada ano que passa.

Para responder a pergunta feita, devemos resolver a equação


( 0,9 ) x ∙ 100 000=20 000 , ou seja, ( 0,9 )2=0,2, que é uma equação exponencial.

No estudo de equações exponenciais, visto nos temas anteriores, só tratamos


de situações em que podíamos reduzir as potências à mesma base. Quando
temos de resolver uma equação como ( 0,9 ) x =0,2, não conseguimos reduzir
todas as potências à mesma base. Para enfrentar esse e outros tipos de
problemas, vamos estudar agora os logaritmos.

Sendo a e b números reais e positivos, sendo a ≠ 1, chama-se logaritmo de b


na base de a o expoente x ao qual deve elevar a base a de modo que a
potência a x seja igual a b.

log a b=x ⇔a x =b

Dizemos que:

o a é a base do logaritmo;
o b é o logaritmando;
o x é o logaritmo.

Vejamos alguns exemplos de logaritmos:

o log 2 8=3, pois 23=8;


o log 3 9=2, pois 32=9;
1 −2 1
o log 2 =−2, pois 2 = ;
4 4
o log 5 5=1, pois 51=5 ;
o log 4 1=0, pois 4 0=1 ;
1 1
o log 3 √ 3= , pois 3 2 = 3;
2 √
−3
1
o log 1 8=−3, pois () =8;
2 2
175

o log 0,5 0,25=2, pois 0,52 =0,25.

Nesses exemplos, o cálculo do logaritmo poderia ser feito mentalmente.


Porém, há casos em que isso não é tão simples, como mostra os exemplos
seguintes:

a) log √9 3
3

Façamos log √9 3=x , temos:


3

2x
( √3 9 ) =3 ⇒ ( √3 3 2) =3 ⇒ √3 32 x =3 ⇒ 3 3 =3 ⇒ 2 x =1 ⇒ x= 3
x x

3 2

b) log 16 0,25

Façamos log 16 0,25= y , temos:

y 1 −1
16 y =0,25 ⇒ ( 24 ) = ⇒ 24 y =2−2 ⇒ 4 y =−2⇒ y=
4 2

o EXEMPLO
1- Qual o número real x em log x 4=−2?

Solução:

O número procurado x deve ser tal que 0< x ≠1.

Aplicando a definição vem:

1 1 1 1
x−2=4 ⇒
x2
=4 ⇒ 4 x 2=1⇒ x 2= x >0 x= =
4 ⇒ 4 2√
o LOGARITMO DE BASE 10
Convencionou-se que, ao escrevermos o logaritmo de um número com a base
omitida, estamos nos referindo ao logaritmo desse número em base 10, isto é:

log x=log 10 x
176

Assim, por exemplo, log 10 000 = 4 (pois 104 =10 000);

1 1
log
1000 (
=−3 pois 10−3=
1000
. )
Os logaritmos em base 10 são conhecidos como logaritmos decimais.

Observação: As restrições para a (0 < a ≠ 1) e para b (b > 0) indicadas na


definição garantem a existência e a unicidade de log a b .

ATIVIDADES
1- Usando a definição, calcule o valor dos seguintes logaritmos:

a) log 2 16

b) log 4 16

c) log 3 81

d) log 5 125

e) log 100 000

f) log 8 64

g) log 2 32

h) log 6 216

2- Use a definição para calcular:

1
a) log 2
4

b) log 3 √ 3

c) log 8 16

d) log 4 128

e) log 36 √ 6
177

f) log 0,01

1
g) log 9
27

3
h) log 0,2 √ 25

i) log 1,25 0,64

j) log 5 0,6
3

3- Usando a definição de logaritmo, calcule:

a) log 3 27

b) log 5 125

c) log 10 000

d) log 1 32
2

e) log 10 0,01

f) log 2 0,5

g) log 2 √ 8

h) log 4 √32

i) log 1 16
4

4- Determine o valor da base a nas igualdades a seguir:

a) log a 8=3

b) log a 81=4

c) log a 1=0

1
d) log a =2
16
178

5- Determine x nas igualdades:

a) log 2 64=x

b) log x 126=3

c) log x 625=2

d) log x=0

 TEMA 12 – FUNÇÃO EXPONENCIAL


o
CONTEXTO
Chama-se função exponencial qualquer função f de R em R¿ dada por uma lei
da forma f ( x )=ax , em que a é um número real dado, a> 0 e a ≠ 1.

1 x 5 x
x
São exemplos de funções exponenciais: y=10 ; y= ()
3
; y =2x ; y=()
6
; etc.

Observe que, na definição acima, há restrições em relação a base a.

De fato:

1
o Se a< 0, nem sempre o número a x é real, como, por exemplo, (−3 ) 2 ∉ R .

o Se a=0, temos:
 Se x >0 , y=0 x =0 (função constante);
 Se x <0, não se define 0 x (por exemplo, 0−3);
 Se x=0, não se define 00 .
o Se a=1, para todo x ∈ R, a função dada por y=1 x =1 é constante.

o REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
Vejamos como construir o gráfico da função f, cuja lei é y=2x .
179

Vamos usar o método de localizar alguns pontos no gráfico e liga-los por meio
de uma curva.

x y
−3 1
8
−2 1
4
−1 1
2
0 1
1 √ 2=1,41
2
1 2
2 4
3 8

<^-^>

Observe que ∀ x ∈ R , 2 x > 0 e, deste modo, ℑ=R+¿ ¿.


¿

1 x
Vamos construir o gráfico da função f cuja lei é y= ()
2
.

X −3 −2 −1 0 1 2 3
Y 8 4 2 1 1 1 1
2 4 8

<^-^>

Observe que ℑ=R+¿ ¿. ¿

o PROPRIEDADES
1- Na função exponencial cuja lei é y=a x, temos:

x=0 ⇒ y =a0 =1

Ou seja, o par ordenado (0, 1) satisfaz a lei y=a x para todo a (com a> 0 e a ≠ 1).
Isso quer dizer que o gráfico da função y=a x intersecta o eixo Oy no ponto de
ordenada 1.
180

2- Se a> 1, a função definida por f ( x )=ax é crescente e seu gráfico está


representado logo abaixo.

<^-^>

Dados x 1 e x 2 reais, temos: x 1< x2 ⇔ a x <a x .


1 2

São crescentes, por exemplo, as funções definidas por:

3 x
x x
y=2 ; y =3 ; y=e ; y= x
2 ()
; y=10 x etc.

3- Se 0< a<1, a função definida por f ( x )=ax é decrescente e seu gráfico está
representado logo abaixo.

<^-^>

Dados x 1 e x 2 reais, temos: x 1< x2 ⇔ a x >a x .


1 2

São decrescentes, por exemplo, as funções definidas por:

1 x 1 x 1 x
y= ()
2
; y=
3 () ( )
; y=
10
; y=0,2 x etc.

4- Para todo a> 0 e a ≠ 1, temos:

a x =a x ⇔ x1 =x2 quaisquer que sejam os números reais x 1 e x 2.


1 2

5- Já vimos que para todo a> 0 e todo x real, temos a x >0 ; portanto, o gráfico da
função definida por y=a x está sempre acima do eixo Ox.

Se a> 1, então a x aproxima-se de zero quando x assume valores negativos


cada vez menores, como em 1.

Se 0< a<1, então a x aproxima-se de zero quando x assume valores positivos


cada vez maiores, como em 2.
181

Tudo isso pode ser resumido dizendo-se que o conjunto imagem da função
exponencial dada por y=a x é:

ℑ= { y ∈ R| y >0 }=R+¿ ¿ ¿

ATIVIDADE
1- Construa os gráficos das funções exponenciais definidas pelas leis
seguintes, destacando seu conjunto imagem:

a) f ( x )=4 x

x
1
b) f ( x )=()
3

1 x
c) f ( x )= ∙ 2
4

d) f ( x )=3 ∙ 2− x

 TEMA 13 – LOGARITMO DO PRODUTO, DO QUOCIENTE E


DA POTÊNCIA
o LOGARITMO DO PRODUTO
Em qualquer base, o logaritmo do produto de dois números reais e positivos é
igual à soma dos logaritmos de cada um deles, isto é, se a> 0 , a≠ 1 , b>0 e c >0,
então:

log a (b ∙ c)=log a b+log a c

Ou seja:

Fazendo log a b=x , log a c= y e log a ( b ∙ c )=z , temos:

log a b=x ⇒ a x =b
log a c= y ⇒ a y =c
log a ( b ∙ c )=z ⇒ a z=b ∙ c }
⇒ a z =a x ∙ a y =a x+ y ⇒ z =x+ y

Logo, log a ( b ∙ c )=log a b +log a c .


182

Acompanhe alguns exemplos:

o log 3 (27 ∙ 9)=log 3 243=5

Aplicando a propriedade de logaritmo de um produto, temos:

log 3 (27 ∙ 9)=log 3 27+ log 3 9=3+ 2=5


o log 2 6=log 2 (3 ∙ 2 )=¿ log 2 3+ log 2 2=¿1+ log 2 3 ¿ ¿
o log 4 30=log 4 ( 3 ∙ 2∙ 5 )=¿ log 4 3+ log 4 2+ log 4 5 ¿

o LOGARITMO DO QUOCIENTE
Em qualquer base, o logaritmo do quociente de dois números reais positivos é
igual à diferença entre o logaritmo do numerador e o logaritmo do
denominador, isto é, se a> 0 , a≠ 1 , b>0 e c >0, então:

log a ( bc )=log b−log c


a a

Ou seja:

Fazendo log a b=x , log a c= y e log a ( bc )=z, temos:


log a b=x ⇒ ax =b

()
log a
b
c
y

=z ⇒a = z b
c
} x
log a c= y ⇒ a =c ⇒ az = a =a x− y ⇒ z =x− y
ay

Isto é, log a ( bc )=log b−log c.


a a

Observe alguns exemplos:

o log 2 ( 324 )=log 8=3


2

Aplicando a propriedade do logaritmo do quociente, temos:

( 324 )=log 32−log 4=5−2=3


log 2 2 2

7
o log ( )=log 7−log 2
3 3 3
2
183

o log 10 ( 1003 )=log 10 3−log 10 100=log 3−2

 LOGARITMO DA POTÊNCIA
Em qualquer base, o logaritmo de uma potência de base real e positiva é igual
ao produto do expoente pelo logaritmo da potência, isto é, se a> 0 , a≠ 1 , b>0 e
r ∈ R, então:

log a b r=r ∙ log a b

Vejamos alguns exemplos:

o log 2 82=log 2 64=6


Aplicando a propriedade do logaritmo de uma potência, temos:
log 2 82=2∙ log 2 8=2 ∙ 3=6
o log 5 27=log 5 33=3 ∙ log 5 3
1
o log 10 √ 2=log 10 2 2 = 1 ∙ log 10 2
2
1
o log 2 =log 2 3−3=−3∙ log 2 3
27

 PARTICIPE DA RESOLUÇÃO
1- Se log 2=a e log 3=b, expresse log 72 em função de a e b.

Resolução:

log 72=log(23 ∙ 32 ¿ )=log23 +log 32=3 ∙ log 2+2∙ log3=3 a+2 b ¿

Então, log 72=3 a+ 2b.

2- Dados log a m=11 e log a n=6, qual é o valor de log a (m3 n2 )?

Resolução:

log a (m 3 n2 ¿ )=log a m3 + log a n 2=3 ∙ log a m+2 ∙ log a n=3 ∙ 11+2 ∙6=45¿
184

Então, log a (m3 n2 )=45.

ATIVIDADE
1- Sabendo que log 2=a e log 3=b, calcule, em função de a e b:

a) log 6

b) log 1,5

c) log 5

d) log 30

1
e) log
4

f) log 72

g) log 0,3

h) log √3 1,8

i) log 0,024

j) log 0,75

k) log 20 000

 TEMA 14 – FUNÇÃO LOGARITMA


 CONTEXTO
Dado um número real a (0< a e a ≠ 1), chama-se função logarítmica de base a a
função de f de R+¿ ¿ em R dada pela lei f ( x )=log a x .
¿

Essa função associa cada número real positivo ao seu logaritmo na base a.

Um exemplo de função logarítmica é a função f definida por f ( x )=log 2 x .

<^-^>
185

São logarítmicas também as funções dadas pelas leis:

y=log 3 x ; y=log10 x ; y =log e x (ou l nx) ; y=log 1 x etc.


4

 GRÁFICO DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA


Vamos construir o gráfico da função f, com domínio R+¿ ¿, definida por y=log 2 x .
¿

Para isso, podemos construir uma tabela dando valores a x e calculando os


correspondentes valores de y.

1 1 1
x 1 2 4 8
8 4 2
y=log 2 x −3 −2 −1 0 1 2 3

=(^-^)=

Note que os valores atribuídos a x são potências de base 2; desse modo,


y=log 2 x é um número inteiro facilmente calculado.

Observe que:

o O gráfico f está inteiramente contido nos 1º e 4º quadrantes, pois f está


definida apenas para x >0.
o O conjunto imagem de f é R. De fato, todo número real y é imagem de
algum x: por exemplo, y=200 é imagem de x=2200; y=−200 é imagem
de x=2−200 etc. Em geral, o número real y 0 é imagem do número real
positivo x=2 y . 0

Consideremos agora a função g dada por y=log 1 x , definida para todo x real,
3

x >0. Vamos construir seu gráfico por meio da tabela a seguir:

1 1 1
x 1 3 9
27 9 3
y=log 1 x 3 2 1 0 −1 −2
3

=(^-^)=

Observe que o conjunto imagem de g é R.


186

 FUNÇÃO EXPONENCIAL E FUNÇÃO LOGARÍTMICA


Vamos estabelecer uma importante relação entre os gráficos das funções
exponencial e logarítmica.

Consideremos as funções de f e g, dadas por f ( x )=2 x e g ( x )=log 2 x.

Se um par ordenado (a, b) está na tabela de f, temos que b=2a, isso é


equivalente a dizer que log 2 b=a e, desse modo, o par ordenado (b, a) está na
tabela de g.

Acompanhe as tabelas seguintes:

x −3 −2 −1 0 1 2 3
1 1 1
f ( x )=2 x 1 2 4 8
8 4 2

g ( x )=log 2 x −3 −2 −1 0 1 2 3
1 1 1
x 1 2 4 8
8 4 2

Quando construímos os gráficos de f e g, no mesmo sistema de coordenadas,


notamos que eles são simétricos em relação à reta correspondente à função
linear dada por y = x. Essa reta é conhecida como bissetriz dos quadrantes
ímpares.

Observe que o gráfico f corresponde ao gráfico de g “rebatido” em relação à


bissetriz (e vice-versa).

=(^-^)=

Vejamos como construir o gráfico da função dada por y=log 1 x definida para
2

todo número real positivo, isto é, x >0.

1
Vamos lembrar como é o gráfico da função exponencial de base e, por
2

1
simetria, obter o gráfico da função logarítmica de base .
2
187

x −3 −2 −1 0 1 2 3
x
1 1 1
y= ( 12 ) 8 4 2 1
2 4 8

y=log 1 x −3 −2 −1 0 1 2 3
2
1 1 1
x 8 4 2 1
2 4 8

=(^-^)=

 PROPRIEDADES
De modo geral, o gráfico de uma função f definida por f ( x )=log a x tem as
seguintes características:

o Localiza-se à direita do eixo Oy, isto é, seus pontos pertencem ao 1º e


ao 4º quadrante, pois o domínio de f é R¿;
o Corta o eixo Ox no ponto da abscissa 1, ou seja, no ponto (1, 0), pois, se
x=1, y=log a 1=0 , ∀ a∈ R , 0<a e a ≠ 1;
o É simétrico do gráfico da função exponencial g (de mesma base)
definida por y=a x em relação à reta bissetriz do 1º e 3º quadrante;
o Toma o aspecto de um dos gráficos abaixo:

a> 1

=(^-^)=

0< a<1

=(^-^)=

Leis de f e g: f ( x )=log a x e g ( x )=a x

o O conjunto imagem de f é R, pois todo número real y é imagem do


número real positivo de x=a y.
188

ATIVIDADE
1- Construa o gráfico das funções logarítmicas de domínio R+¿ ¿ definidas pelas
¿

seguintes leis:

a) y=log 3 x

b) y=log 1 x
4

c) y=log 1 x
3

d) y=log 4 x

4º BIMESTRE

 TEMA 1 – SEQUÊNCIA
 CONTEXTO
Em muitas situações da vida diária aparece a ideia de sequência ou sucessão.
Assim, por exemplo, temos:

o A sequência dos dias da semana (domingo, segunda, terça, ...,


sábado);
o A sequência dos meses do ano (janeiro, fevereiro, março, ...,
dezembro);
o A sequência dos números naturais (0, 1, 2, 3, 4, ...);
o A sequência dos anos, a partir de 2002, nos quais a Copa do Mundo
de Futebol é realizada (2002, 2006, 2010, 2014, 2018, 2022, ...).

Basicamente, uma sequência ou sucessão de números reais é uma função


¿
definida por N ={1 , 2 ,3 , … , n , … } e tomando valores no conjunto R dos
números reais.

f : N¿ → R

Assim, a cada elemento n ∈ N ¿ corresponde um único número real a n. Os


elementos a n são os termos da sequência, e as notações para a sequência são:
189

(a 1 , a2 , a3 , … , an , …) ou (a¿ ¿ n)n ∈ N ¿ ou (a n)
¿

Dessa forma, f ( 1 ) =a1 , f ( 2 )=a 2 , … , f ( n ) =an, ...

O índice n indica a posição do elemento na sequência. Desse modo, o primeiro


termo é indicado por a 1, o segundo é indicado por a 2, e assim por diante.

=(^-^)=

Exemplos:

A) A sequência dos números ímpares positivos é infinita (1, 3, 5, 7, ...) na qual


a 1=1 ,a 2=3 , a3=5 , a 4=7 etc.

B) A sequência dos quatro primeiros múltiplos de 5 é finita (0, 5, 10, 15).


Nesse caso, a 1=0 , a2=5 , a3 =10 , a4 =15.

C) (17, 12, 7, 2, -3, 8) é uma sequência finita de 6 termos.

D) Ao lançarmos uma moeda, temos dois resultados possíveis: cara ou coroa.


Se lançarmos duas moedas diferentes, por exemplo, uma de R$ 0,10 e outra
de R$ 0,50 teremos quatro possibilidades: (cara, cara), (cara, coroa), (coroa,
cara) e (coroa, coroa). Se lançarmos três moedas diferentes, serão oito
resultados possíveis, e assim por diante, confira:

A relação entre o número de moedas e o número de resultados mostrada na


tabela abaixo é uma função: a cada número de moedas corresponde um único
número de resultados.

Número
de 1 2 3 4 5 ...
moedas
Número
de 2 4 8 16 32 ...
resultados

Observe o diagrama abaixo. Nesse caso, f : N¿ → R é definida por


f ( 1 ) =a1=2 , f ( 2 )=a2=4 , f ( 3 )=a3=8 etc, e a sequência é representada por (2, 4,
8, 16, ...).
190

=(^-^)=

Observe no exemplo d que 2=21 ; 4=22 ; 8=23 ; etc. Então, se n é o número de

moedas, o número de resultados é dado por 2n. Nesse caso, temos f ( n )=a n=2n,
é chamada lei de formação ou termo geral da sequência (2, 4, 8, 16, ...), pois
fazendo n = 1, 2, 3, ... obtemos os termos de a 1=2 ,a 2=4 , a3=8 , etc, da
sequência.

 PARTICIPE DA RESOLUÇÃO
1- Encontre os cinco primeiros termos da sequência cujo termo geral é
a n=1,5 n+8 ; n ∈ N ¿ .

Resolução:

Para conhecer os termos dessa sequência, é preciso atribuir sucessivamente


valores para n (n = 1, 2, 3, 4, 5);

n=1⇒ a1=1,5 ∙ 1+ 8=9,5

n=2⇒ a2=1,5 ∙ 2+ 8=11

n=3 ⇒ a3 =1,5∙ 3+8=12,5

n=4 ⇒ a4 =1,5 ∙ 4+8=14

n=5 ⇒ a5 =1,5∙ 5+8=15,5

2- A lei de formação dos elementos de uma sequência é a n=3 n−16 ,n ∈ N . O


¿

número 113 pertence a essa sequência?

Resolução:

Se quisermos saber se o número 113 pertence a sequência, devemos substituir


a n por 113 e verificar se a equação obtida tem solução em N ¿.

113=3 n−16⇒ 3 n=129 ⇒ n=43 ∈ N ¿


191

Concluímos, então, que o número 113 pertence a sequência e ocupa a 43ª


posição.

ATIVIDADES
1- Seja a sequência definida por a n=−3+5 n , n ∈ N . Determine:
¿

a) a 2

b) a 4

c) a 11

2- Escreva os quatros primeiros termos da sequência definida por


a n=2 ∙3n , n ∈ N ¿.

3- Para cada função definida a seguir, represente a sequência associada:

a) f : N ¿ → N que associa a cada número natural não nulo o triplo de seu


sucessor.

b) g : N ¿ → N tal que g ( x )=x 2−2 x + 4.

4- O termo geral de uma sequência é a n=143−4 n , com n ∈ N ¿.

a) Qual é a soma de seus 3 primeiros termos?

b) Os números 71, -345 e -195 pertencem à sequência? Em caso afirmativo,


determine suas posições.
192

 TEMA 2 – RECORRÊNCIA
 LEI DE RECORRÊNCIA
Muitas vezes conhecemos o primeiro termo de uma sequência e uma lei que
permite calcula cada termo de a n a partir de seus anteriores: a n−1 , an−2 , … , a1.

Quando isso ocorre, dizemos que a sequência é determinada por uma lei de
recorrência.

Vamos construir uma sequência definida pela relação de recorrência:

a1=1
{an +1=2∙ a n , para n ∈ N , n ≥1

A segunda sentença indica como obter a 2 a partir de a 1 , a3 a partir de a 2 , a 4 a


partir de a 3, etc.

Para isso, é preciso atribuir valores para n:

n=1⇒ a2=2 ∙ a1=2 ∙1=2

n=2⇒ a3=2 ∙ a2=2 ∙ 2=4

n=3 ⇒ a 4=2 ∙ a3=2 ∙3=8

n=4 ⇒ a5=2 ∙ a4 =2 ∙ 4=16

Assim, a sequência procurada é (1, 2, 4, 8, 16, ...).

Exemplo:

Quando conhecemos o primeiro termo de uma sequência e uma regra que


permite determinar cada termo a n a partir de seus anteriores, dizemos que
explicitamos a sequência por recorrência. Por exemplo, vamos explicitar a
sequência dada por:

a1=1
{an +1=3 an +1 , para n ≥ 1

a 1=1
193

n=1→ a2 =3 a1 +1=3 ∙1+1=4

n=2→ a3 =3 a2 +1=3 ∙ 4 +1=13

n=3 →a 4=3 a3+ 1=3 ∙13+ 1=40

n=4 → a5 =3 a4 +1=3 ∙ 40+1=121

Portanto, a sequência é dada por: (1, 4, 13, 40, 121, ...).

 PROGRESSÃO ARITMÉTICA
1- Determinar a P.A. (Progressão Aritmética) cujo sétimo termo vale 1 e cujo
décimo termo vale 16.

Solução:

a7=1 ⇒a1 +6 r =1
Termos {
a10=16 ⇒ a1+ 9 r=16

Subtraindo a 2ª equação da 1ª, vem: −3 r=−15⇒ r=5

A P.A. é, portanto, (-29, -24, -19, -14, ...).

2- Determinar x de modo que a sequência ( x +5 ; 4 x−1 ; x 2−1) seja uma P.A.

Solução:

Como r =a2−a1=a 3−a2, podemos escrever:

( 4 x−1 )−( x +5 )=( x 2−1 )−( 4 x−1 ) ⇒ 3 x−6=x 2−4 x ⇒ x 2−7 x +6=0

Fazendo a equação de segundo grau, obtemos as raízes: x=1 ou x=6.

Podemos verificar que, para x=1, a P.A. é (6, 3, 0) e, para x=6, a P.A. é (11,
23, 35).
194

ATIVIDADES
1- Seja a sequência definida pela lei de formação a n=2 ∙3n , n ∈ N ¿. Qual é o
valor de a 2+ a4 ?

2- Construa a sequência definida pela relação:

a1=−5
{an +1=2∙ a n+ 3 ,n ∈ N ¿

3- Determine o sexto termo da sequência definida pela lei de recorrência:

a1 =2
{an +1=3 ∙ an ,n ∈ N ¿

4- Seja f : N ¿ → N definida por f ( n )=n3 +n 2+1 . Ao representar a sequência


associada a f, um estudante apresentou a seguinte solução:

( 2 ,13 , ∎ , 81, 151 ,∎ , … )

Por algum motivo, dois números da sequência acima saíram borrados.


Determine-os, reescrevendo a sequência.

 TEMA 3 – SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU


 MÉTODO DA SUBSTITUIÇÃO
Este método consiste em achar o valor de uma das incógnitas em uma das
equações e substituí-los na outra.

Exemplos:

1- Seja o sistema:

x+ y=5
{x− y=1
195

Da primeira equação podemos tirar que:

x + y=5 ⇒ x=5− y

Substituindo-se o valor de x na segunda equação, temos:

x− y =1

5− y− y=1

5−2 y =1

−2 y=−4

y=2

Substituindo-se y por 2 em x=5− y, temos:

x=5− y

x=5−2

x=3

Logo, V = {(3, 2)}

2- Seja o sistema:

{2xx−3
−2 y =3
y =5

Da primeira equação podemos tirar que:

x−2 y=3 ⇒ x=3+ 2 y

Substituindo-se o valor de x na segunda equação, temos:

2 x−3 y=5

2(3+2 y )−3 y=5

6+ 4 y−3 y =5

6+ y=5

y=5−6
196

y=−1

Substituindo-se y por -1 em x=3+2 y, temos:

x=3+2 y

x=3+2 (−1 )

x=3−2

x=1

Logo, V = {(1, -1)}

 MÉTODO DA ADIÇÃO
Este método consiste na eliminação de uma das incógnitas, adicionando-se
membro a membro as duas equações. É necessário que os coeficientes da
incógnita que se deseja eliminar sejam simétricos

Exemplos:

1- Seja o sistema:

x+ y=5
{x− y=1

Somando-se membro a membro as duas equações:

x+ y=5
x− y=1
2 x=6

6
x=
2

x=3

Substituindo-se esse valor de x em uma das equações dadas (por exemplo, na


segunda), temos:

x− y =1

3− y=1
197

y=3−1

y=2

Logo, V = {(3, 2)}

2- Seja o sistema:

{34xx−+2y=2
y=7

Nesse caso, não temos coeficientes simétricos. Vamos então multiplicar todos
os temos da primeira equação por 2:

{83 x−2 y=4


x +2 y=7

Somando-se membro a membro as duas equações:

8 x−2 y=4
3 x +2 y=7
11 x=11

11
x=
11

x=1

Substituindo-se esse valor de x em uma das equações dadas (por exemplo, na


segunda), temos:

3 x+ 2 y =7

3+2 y=7

2 y=7−3

2 y=4

4
y=
2

y=2

Logo, V = {(1, 2)}


198

ATIVIDADE
1- Apresente a solução para os seguintes sistemas de equações do 1º grau:

a) {x+x−yy=11
=3

b) {x− y=1
x+ y =9

c) {x− y=16
x+ y=74

d) {2xx−+3y=−4
y=5

e) {25x−x−y=−5
y =4

f) {5 x+3 y =1
x +3 y=17

g) {73x+x−yy=8
=42

h) {x−2 y=18
x +4 y=6

 TEMA 4 – PROGRESSÃO ARITMÉTICA


 CONCEITO
Em certo treinamento, os soldados de um batalhão militar foram organizados
em fileiras, obedecendo ao seguinte padrão:

Ordem da fileira Quantidade de soldados


1ª 1
2ª 3
3ª 5
4ª 7
⋮ ⋮
19ª 37
20ª 39
199

A quantidade de soldados de cada fileira pode ser escrita como uma


sequência:

(1, 3, 5, 7, ..., 37, 39)

Observe que a partir do segundo termo, subtraindo de um termo o seu


antecessor, obtemos sempre o mesmo resultado, nesse caso 2.

a 2−a1=3−1=2

a 3−a2=5−3=2

a 4−a3=7−5=2

a 20 −a19=3 9−37=2

Esse tipo de sequência é conhecido como progressão aritmética ou


simplesmente PA. O resultado constante obtido subtraindo de um termo o seu
antecessor é chamado de razão da PA.

PA é toda sequência numérica em que, a partir do segundo termo, a diferença


entre um termo e seu antecessor resulta em uma constante, chamada de
razão, que indicamos por r.

o Se r < 0, a PA é decrescente.
o Se r = 0, a PA é constante.
o Se r > 0, a PA é crescente.

Exemplos:

A PA (28, 21, 14, 7, 0, ...) possui r = -7. Logo, essa PA é decrescente.

A PA (7, 7, 7, 7, 7, ...) possui r = 0. Logo, essa PA é constante.

A PA (3, 8, 13, 18, 23, ...) possui r = 5. Logo, essa PA é crescente.

Observação: Em uma PA (a 1 , a2 , a3 , a4 , a5 , … , an−1 , an ,… ¿ , temos que


a 2=a1 +r , a3=a2 +r , a4 =a3 +r , e assim em diante, ou seja:
200

a n=an −1 +r , com n ∈ N ¿ e n ≥ 2

Fórmula do Termo Geral de uma PA:

a n=a1 + ( n−1 ) r

Na qual:

a n é o enésimo termo;

a 1 é o primeiro termo;

n é a ordem do termo;

r é a razão.

PARTICIPE DA RESOLUÇÃO
Retornando à situação inicial das fileiras de soldados e utilizando a fórmula do
termo geral, vamos determinar a quantidade de soldados presentes, por
exemplo, na 20ª fileira. Sabemos que a 1=1 e r =2. Logo, temos:

a n=a1 + ( n−1 ) r ⇒ a20=1+ ( 20−1 ) ∙ 2

a 20=1+ 19∙ 2 ⇒a20=39

Logo, na 20ª fileira havia 39 soldados.

ATIVIDADES
1- Quais das sequências seguintes representam progressões aritméticas?

A) (21, 25, 29, 33, 37, ...)

B) (-40, -34, -28, -22, -16, ...)


201

C) ( 17 , 17 , 17 , 17 , 17 , …)

D) (90, 80, 70, 60, 50, ...)

E) ( 13 , 23 , 1 , 43 , 53 , 2 , …)

F) (√ 3−2 , √ 3−1 , √ 3 , √ 3+1 , … ¿

2- Dada a PA (28, 36, 44, 52, ...), determine:

a) o 8º termo;

b) o 19º termo.

3- Em relação à PA (-31, -35, -39, -43, ...), determine:

a) a 15;

b) a 31;

CONCLUSÃO
Neste trabalho que abordou os temas: Regra de Três Simples, Noções de
Conjuntos, Conjunto das Parte e Diferença, foi possível concluir a relevância e
importância dos temas na vida das pessoas, principalmente a regra de três que
será um assunto muito importante na nossa vida acadêmica e empresarial.
202

Neste portfólio eu também pude concluir os símbolos matemáticos


apresentados nos temas 2, 3 e 4, seus significados, para que serve e como
utilizá-las para resolver certos questionamentos. Em relação ao tema 1, foi
possível compreender a grande importância da regra de três, isso porque o seu
uso pode ser usado para evitar desperdícios ou falta de algo, podemos trazer,
em alguns casos, prejuízos econômicos. É de muita importância o
compreendimento da regra de três e da interpretação do questionamento para
saber se é diretamente ou inversamente proporcional para que não haja erros.

REFERÊNCIAS
Brasil Escola. Torre de Hanói. Disponível em:
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/torre-hanoi.htm.
Acesso em: 19 de maio de 2021.

Sabina. Torre de Hanói. Disponível em:


https://www2.santoandre.sp.gov.br/hotsites/sabina/index.php/a--
sabina/experimentos/77-pagina-experimento-torre-hanoi. Acesso em: 19 de
maio de 2021.

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