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Concílio Vaticano II.
DICI – Na edição de maio de 2010 de Courrier de Rome (n°333), Professor Paolo Pasqualucci
oferece um comentário esclarecedor sobre o estudo de Monsenhor Brunero Gherardini
publicado na revista teológica Divinitas sob o título Quod et tradidi vobis – La tradizione vita e
giovinezza della Chiesa (Quod et tradidi vobis. A tradição, vida e juventude da Igreja), um
estudo que também foi republicado em um volume por Casa Mariana Editrice.
Monsenhor Gherardini, autor de Vaticano II: Un discorso da fare, publicado em francês no
início desse ano, apresenta em Quod et tradidi vobis uma análise muito pertinente do debate
teológico entre a Tradição e o Concílio Vaticano II. Aqui está o amplo extrato que pode ser
encontrado em Courrier de Rome, oferecendo uma lista de 9 dificuldades; a esta lista nós
acrescentamos os três parágrafos que seguem, onde Monsenhor Gherardini não hesita em
transmitir um julgamento pessoalmente muito explícito.
“Em meu esforço em estabelecer uma síntese de posições defendidas por Dom Lefebvre em
favor da Tradição, e sem pretender tratar exaustivamente do assunto, parece-me que o conflito
se estabelece da seguinte maneira:
1.
Monsenhor Brunero Gherardini, cônego da Basílica de São Pedro e postulante da causa de
canonização do Beato Pio IX, também questinou a aceitação da validade do cânon de Adai e
Mari, que omite as palavras da consagração, pela Congregação para a Doutrina da Fé.
“Do que acaba de ser dito, pode-se facilmente deduzir como a Fraternidade São Pio X
compreende a Tradição. Realmente, a Tradição é exatamente o que a Fraternidade não nega ou
se opõe. Diretamente ou nas entrelinhas, a Fraternidade rejeita as inogações dos documentos do
Concílio e suas aplicações pós-conciliares, e permanece em oposição ao uso selvagem que tão
casualmente foi feito deles.
“É verdade que nos escritos da Fraternidade São Pio X o conceito de Tradição não é
freqüentemente explicado, e nós não o encontramos desenvolvido sistematicamente. Mas o que
se compreende, assim como o que se conjetura, nunca permanece em sombras. Como
fundamento de tudo está “a fé de sempre” para cuja salvaguarda nasceu a
Fraternidade”. “Salvaguarda” indica uma oposição a algo presente ou possível, em favor de
seu contrário ou de sua substituição. A “fé de sempre” é o valor que Monsenhor Lefebvre quis
salvaguardar, um valor que está sendo substituído por todas as atenuações, reinterpretações,
reduções e negações do período conciliar e pós-conciliar. A “fé de sempre” é o eco alto e claro
do ensinamento agostiniano resumido pelas palavras de São Vicente de Lérins: “ Quod semper,
quod ubique, quod ab omnibus creditum est”[1]. A própria ereção da Fraternidade, com seu
objetivo primeiro que é a formação sacerdotal, obedece a este grande ideal e ao
comprometimento de salvaguardá-lo. Salvaguardar a fé e combater o erro.
“Não entrarei em detalhes sobre as relações e dificuldades entre a Santa Sé a Fraternidade São
Pio X. Atenho-me ao tema comum da Tradição e observo que “salvaguardar a fé e combater o
erro” deveria ser o ideal e o comprometimento tanto da Igreja como de seus filhos. À essa luz, é
difícil, para mim, compreender como a acusação de uma “incompleta e contraditória Tradição”
formulada por João Paulo II em 1988 [2] poderia ter alguma base verdadeira. O que
compreendo é que ela não tem nada a ver com o “espírito de Assis”. [3] (Traduzido do Italiano
— DICI n°218, July 10, 2010)
Msgr. Brunero Gherardini, Ecumenical Council Vatican II: And Open Discussion – disponível
em Courrier de Rome: 15 euros + 3 euros frete