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Na Presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos

(...) eu o exorto solenemente: Pregue a palavra"


É com este imperativo que Paulo inicia suas últimas palavras ao seu filho na fé,
Timóteo. Esta é a sua segunda carta ao jovem pregador e possui um valor histórico sem
precedentes, afinal, além de ser uma convocação solene ao ministério e, por isso, conter
sagradas lições para qualquer cristão vocacionado, trata-se também da última carta
paulina que temos registro. Ao que tudo indica, este foi seu último documento. Estamos
mesmo diante das últimas palavras do Apóstolo Paulo não apenas à Timóteo, mas ao
mundo. Como chega ao fim dos seus dias um homem de Deus? Quais as circunstâncias
que o rodeiam em seus momentos finais? O que o leva a escrever esta carta ao seu
amigo querido, ao seu filho amado? O pedido de Paulo não poderia ser mais solene:
pregue a palavra.
Este é o resumo de absolutamente tudo o que Paulo vem dizendo a Timóteo desde
o começo desta carta. Não é uma carta qualquer, é uma convocação última e urgente
para que Timóteo se erga de suas limitações e de seus temores e assuma o lugar de seu
tutor. Uma vez que Paulo está mesmo chegando ao fim de sua jornada ministerial, é
hora do jovem Timóteo se erguer com ainda maior compromisso e valentia. Paulo diz se
lembrar das lágrimas sinceras de Timóteo e da fé não fingida que ele recebeu de bom
grado e acolheu no peito por meio da fala de sua mãe e de sua avó Loide. Deus não nos
deu espírito de covardia, mas de poder e amor e equilíbrio" foi o que Paulo lembrou a
Timóteo no primeiro capítulo desta carta, enquanto fazia referência à santa vocação que
Cristo nos fez. "Evite conversas inúteis e profanas" enfatizou Paulo no segundo
capítulo... "fuja dos desejos malignos da juventude". No capítulo 3, Paulo se recusa em
esconder de seu discípulo a face escura do ministério e diz sem medo: "todos os que
desejam viver piedosamente em Cristo serão perseguidos". Tu porém, permaneça nas
coisas que aprendeu por meio das escrituras. Pregue as escrituras!
Esse é um mandamento tão solene que as testemunhas convocadas, diante das
quais Paulo ordena a Timóteo que pregue são Deus e Cristo Jesus. Alguns já haviam
questionado o ministério do jovem Timóteo... Mas não era hora de se entristecer por
isso... Pregue a palavra! Outros já o haviam ridicularizado por seguir um pobre coitado
feito Paulo, sempre perseguido, Mas não era hora de se envergonhar... Pregue a palavra.
Alguns chegam a sugerir que a própria personalidade de Timóteo seria também uma
barreira... Possivelmente tímido e inseguro... Mas não era hora de se ensimesmar... Era
hora de se expor e pregar a palavra em tempo, ou fora de tempo. E é como se Deus
segredasse ao ouvido de Paulo sobre os dias que viriam, os dias de hoje... E aí Paulo vai
dizer: vai chegar o tempo, Timóteo, em que não suportarão a sã doutrina... A verdade
causará coceira nos ouvidos. As pessoas vão atrás de pregações inofensivas, vão
configurar pregadores que lhes afaguem o ego. Que troca infeliz! A dura verdade pela
suave mentira. Fábulas e mitos podem emocionar, mas são incapazes de nos salvar
eternamente e é por isso que Paulo insiste: Timóteo, eles podem, você não! Seja sóbrio,
prega o verdadeiro evangelho e vem sofrer comigo feito um soldado nas trincheiras de
uma guerra. O abandono em massa do evangelho e o fracasso coletivo de boa parte dos
primeiros convertidos não eram as únicas razões pelas quais Timóteo deveria se
posicionar em favor de Cristo, assumindo sua vocação, outra razão oferecida por Paulo
era sua morte iminente ou, como ele gostava de figurar: "sua oferta de libação". Os
rituais de sacrifício praticados no velho testamento incluíam essa tal "oferta de libação"
que seria o momento em que o altar, sob o qual os animais eram sacrificados, seria
lavado por algum líquido, geralmente vinho ou óleo. O aroma perfumado destes
líquidos denunciava que já estava chegando ao fim a cerimônia.
Essa foi a figura usada por Paulo para descrever sua morte. Ele não desenha esta
tela com cores densas, escuras, mas com o vivo vermelho de um vinho sendo aspergido.
Não tem cheiro de medo ou luto... Sua morte tem cheiro de vida e festa. As rimas não
são azedas e melancólicas, não... Sua morte rima com o doce do vinho. E este é
precisamente o convite de Paulo à Timóteo... Vem sofrer comigo.

Vem depressa ao meu encontro Pois Demas, amando este mundo,


abandonou-me. Crescente foi pra Galácia, Tito pra Dalmácia, Só Lucas está
comigo. Traga Marcos, ele me é útil. Traga uma capa e meus livros

Veja o risco que Timóteo está correndo: A convocação solene de Paulo Mais
parece com um náufrago à deriva Insistindo sorridente Pra que o marinheiro abandone a
segurança do navio E se lance com ele no mar. Vem depressa Timóteo Abandone suas
frustrações, Suas inseguranças, Não há tempo a perder com questões banais sobre
aprovação, Nem espere lá que te aprovem tanto assim. Vem depressa
E por que a pressa? Paulo vai dizer que em primeiro lugar Timóteo deveria se
apressar porque Demas o abandonou. “Amando o presente século O abandonou”.
Esse é o mesmo Demas Que foi citado na carta de Colossenses ao lado de Lucas.
Certamente um companheiro na jornada paulina. Depois ele foi citado novamente em
Filemom Como um cooperador de Paulo E aqui ele encerra sua jornada Recebendo o
pior dos adjetivos para um cristão: Fujão.
Agora vejam: Se Demas abandonou o evangelho Por amar aquele século
primitivo, Quais seriam as nossas chances? Como me certificar de que eu também Não
seja tomado como um desses que Cooperam na causa nobre do evangelho, Mas fogem
na hora da morte? Feito aqueles que seguiam a Jesus Mas se recusaram a comer de sua
carne e beber seu sangue. Como Timóteo permaneceu? Como eu poderia permanecer?
Paulo lembra a Timóteo Ainda nessa carta Que seu sucesso não estaria garantido
pela força do seu próprio braço, Mas na graça, No favor imerecido de Cristo. Foi por
essa graça que Pedro bradou Uma das afirmações áureas da fé cristã. Como eu poderia
fugir? Pra onde mais eu iria? Só tu tens palavra de vida eterna.
E o abandono de Demas Não é a única razão pela qual Timóteo precisa se
apressar. Paulo vai continuar dizendo que Crescente foi pra Galácia, Tito pra Dalmácia
E, nesse caso, Não se trata de abandono de fé, Se trata de desdobrar-se Em tantos
quantos podia Afim de atender uma demanda gigante. Os campos estavam brancos E
poucos eram os ceifeiros E os poucos que ali ainda se mantinham fieis ao evangelho Se
desdobravam. E é por isso que Paulo diz: Vem depressa Timóteo. Eu sei que cê tá
cuidando aí da igreja em Éfeso, Mas sua presença aqui é muito necessária. Eu já enviei
Tíquico pra assumir seu lugar. Vem porque os campos estão brancos
Embora eu tenha crescido na igreja Nunca vi missionário nenhum Dando
testemunho de que seu campo de trabalho Tá cheio de mão de obra. É sempre o
contrário que se vê Porque é assim que se faz a obra de Deus: Em absoluta dependência,
Rogando ao Senhor da seara Que envie trabalhadores depressa. A obra de Deus sempre
vai ser maior Do que me julgo capaz de suportar.
Veja Paulo por exemplo. O grandioso Paulo era falho E por vezes inflexível. No
começo de sua relação com Marcos Não teve paciência pra suportar Os melindres do
jovem Marcos. Mas aqui, No final de sua jornada, Como um de seus últimos desejos,
Pede à Timóteo: Traga Marcos com você, ele me é útil. A obra de Deus é feita por gente
falha como Paulo, Mas que ao modelo de Paulo Se deixam persuadir Pela ação do
Espírito Santo através do tempo. Algum Paulo já te machucou por aí? Perdoe. Dê tempo
ao tempo. Algum Marcos já lhe tirou do sério? Espere. E vê bem se ele não termina
sendo no fim das contas Útil pra você na jornada cristã.
Toda essa solidão Paulina fica ainda mais evidente Na próxima frase: Traga-me
uma capa e não se esqueça dos meus livros. Paulo está só, sente frio, sente falta. E
que eu preciso lhe perguntar seriamente: Você quer esse evangelho? Talvez tenham
mentido pra você E prometendo um evangelho de glamour, Mas olhe bem aqui Que o
maior missionário da igreja Tá terminando seus dias assim: Preso, com frio, e pedindo
pra que alguém lhe traga pelo menos alguns livros. Lembre-se de Cristo na cruz
Sentindo falta não de qualquer outra coisa, Mas, a falta do próprio pai. Você quer esse
evangelho? Mesmo sabendo que tá correndo risco De tomar a mesma trilha E termina
seus dias pedindo para um amigo distante: Traga-me uma capa e alguns livros.
Uma voz antiga disse certa vez: Deus, se tratas assim seus amigos mais próximos
Não me admira de que tenhas tão poucos. Esse é Paulo Chegando ao fim de seus dias

Alexandre, o ferreiro, causou-me muitos males


O Senhor lhe dará a retribuição pelo que fez.
Previna-se contra ele
Porque se opôs fortemente às nossas palavras
Na minha primeira defesa Ninguém apareceu pra me apoiar
Todos me abandonaram
Que isso não lhes seja cobrado

Quando a gente tem em mente Que essa carta de Paulo ao seu amando Timóteo É,
na verdade, uma solene convocação Pra obra do ministério, Essa sessão aqui onde ele
fala Sobre a traição de Alexandre E o abandono que sofre durante sua primeira defesa
Demonstra o nível de sinceridade de Paulo para com Timóteo.
Não existe nenhuma intenção De maquiar a realidade do ministério. Timóteo não
estava sendo enganado Quanto aos terríveis perigos de se lançar na preciosa jornada
Que é a proclamação da verdade de Deus. Quanto ao velho Paulo, prepara seu jovem
sucessor Pra realidade das dores do ministério.
Ele poderia dar vários conselhos. Quando o assunto era sofrimentos e perdas.
Ninguém melhor pra rechear a pauta De experiências pessoais do que Paulo. Ele podia
falar sobre a dor das chicotadas, Ou dos aprisionamentos nas argolas aí Das masmorras.
Ele podia falar pra Timóteo Sobre naufrágios, Apedrejamentos. Tudo isso Paulo sofreu.
Tudo isso poderia sobrevir a Timóteo. Mas o que Paulo considera De singular
importância no fim das contas É preparar Timóteo pra traição no campo. Timóteo,
Alexandre, isso dói. Se até mesmo nosso Cristo Teve que passar pelo amargo anoitecer
De um beijo amigo Que o levou diretamente aos braços de seus perseguidores. Estaria
Paulo livre de sofrer o mesmo? Deveria Timóteo se enganar Quanto a real possibilidade
De provar também em sua face esse beijo? Ao que tudo indica, Segundo alguns
comentaristas, Alexandre teria sido alguém influente Com quem Paulo poderia ter
contado Durante seu primeiro julgamento, Mas ao invés de oferecer ajuda no caso de
Paulo, Alexandre teria sido seu principal opositor Durante a sessão de sua defesa.
Como se não bastasse, lá está o velho Paulo Lançado feito um animal, Amarrado
diante de sua presa. Se levanta com dificuldade pra falar em sua defesa, Mas quando
olha ao seu redor Encontra os magistrados, Seus perseguidores estão lá, Tem até os
curiosos Mas não acha sequer um rosto amigo. O velho Paulo está vivendo os seus dias
mais difíceis Em absoluta solidão. Ele que tanto desejou partilhar do sofrimento de
Cristo Se vê agora como ele em sua cruz Abandonado por seus amigos.
Quem de nós suportaria essa pressão? Sem amaldiçoar a si mesmo, Sem
desacreditar sua própria jornada?
Valeu a pena Paulo?
Vê bem aí ao seu redor
Gastou sua vida em favor de tanta gente
Abraçou tanto por aí
E no dia de sua terrível dor
Quantos estão aqui pra lhe devolver esse abraço?
Valeu a pena velho Paulo?
E a pergunta volta pra você Você quer esse evangelho? Olha bem pra esse texto e me
responda: Quer mesmo correr o risco? De chegar nos últimos dias de sua jornada Como
o velho Paulo? Como o seu Cristo? Olhe bem. Veja bem, se você começar a se envolver
demais Com esse negócio de igreja, De Cristo, De evangelho, Você vai ter que começar
a perder algumas coisas Que qualquer um considera de grande estima. Se seu
envolvimento chegar até o pescoço É possível que, perca alguns amigos. Talvez aquela
promoção tão sonhada na carreira profissional. Porque as ideias do evangelho Vão
bagunçar sua cabeça de uma forma bem estranha a princípio E você corre sérios riscos
De ter de reconfigurar sua postura privada. Você quer esse evangelho?
Se chegar ao ponto de envolver-se Até submergir no oceano desse evangelho E já
não saber mais quem é você e quem é Cristo, Aonde começa Cristo em você E até onde
vai você em Cristo Você pode chegar sim, ao ponto de estar sozinho Escrevendo pra
algum amigo distante: Ei, me envia aí uma capa e alguns livros. Mas as escrituras
garantem que Não é possível de forma nenhuma Que você chegue ao seu último dia
Sem a presença do mesmo Cristo que o encontrou Com mesmo olhar compassivo que
lhe acolheu. Paulo continua o texto dizendo: Mas o Senhor permaneceu ao meu lado
E me deu forças para que por mim A mensagem fosse plenamente proclamada. O
Senhor me livrará de toda obra maligna E me levará a salvo pro seu reino celestial.
A ele seja a glória pra todo sempre. Amém
O convite do velho Paulo ao seu amado, Timóteo Não era para se jogar em
absoluta insegurança No mar revolto afinal de contas, não, Era o oposto. O convite de
Paulo era pra que Timóteo Subisse ao navio mais firme. Aliás, que subisse na rocha
inabalável Que é Cristo Por isso a insistência. Timóteo, eles podem regredir. Pode
acontecer daquele lá te trair, E o outro te machucar. Na verdade, vai acontecer De
muitos virarem as costas Pro evangelho que você proclama. Tu, porém, permaneça
firme. Timóteo Eles podem, Você não.
Na realidade do evangelho A realidade das coisas Costuma ganhar outras cores.
Morte aqui tem cheiro de vida. O choro às vezes ganha contornos amarelos E soa
festivo. Na realidade subversiva do evangelho É dando que se recebe. Eu sei que você
tem sido treinado Pra reter. Sucesso pra gente é retenção em massa. Mas veja, o sucesso
de Cristo Foi medido pelo nível de seu esvaziamento. Enquanto Paulo está aos olhos de
todos ali no tribunal. Sozinho, abandonado, sujo, doente, Ele vive, na verdade, seus
momentos de maior alegria. Ao relatar esse episódio ele deixa escapulir Uma pequena e
bela canção de louvor: A ele seja a glória pra todo sempre, amém. Ele nunca esteve
tão bem acolhido como em sua solidão. Na realidade do evangelho A realidade das
coisas Costuma ganhar outras cores.

Estamos caminhando para as últimas palavras dessa carta. As últimas palavras


registradas do grandioso Paulo. Aliás, do pobre coitado e aprisionado Paulo. Porque, na
realidade do evangelho A realidade das coisas É outra.

Saudações à Priscila e Áquila E à casa de Onesíforo. Erasto, permaneceu em


Corinto, Mas deixei Trófimo doente em Mileto. Procure vir antes do inverno.
Êubulo, Prudente, Lino, Cláudia e todos os irmãos Enviam-lhe saudações. O
Senhor seja com seu espírito. A graça seja com você

Como chega ao fim de sua jornada um homem de Deus? Paulo chegou assim:
Aparentemente sozinho, Mas nenhuma gota de amargura no peito. Antes, saudações e
gratidão São exaladas por meio de suas palavras. Ele faz menção de amigos queridos
Com quem dividiu momentos importantes na fé: Priscila e Áquila que já haviam
partilhado estrada missionária com Paulo Em ocasiões passadas, Onesíforo que já foi
mencionado por Paulo Como alguém que o animava muito. Cita Erasto também,
Possivelmente tesoureiro na igreja em Corinto, Uma igreja que, parece ter demandado
muito da atenção do apóstolo. Como chega ao fim um homem de Deus? O que Paulo
está se ocupando em fazer Nos últimos momentos de sua jornada? Bem, Paulo estava
fazendo aqui O que fez durante todo o seu ministério Ele tá pensando nos outros. Deixei
Trófimo doente em Mileto
É quase como ver a Cristo ali no madeiro Em grande dor e agonia Mas ainda sim,
reservando algum momento Pra cuidar de sua mãe E de seu discípulo mais novo. Filho,
eis aí a tua mãe. Mãe, eis aí o teu filho Cristo entregou o coração partido de sua mãe
Aos cuidados de João. Paulo entregou o doente Trófimo Aos cuidados de seu discípulo
Quem de nós pensaria em mais alguém Na hora de sua dor? Paulo pensou. Cristo
também. Porque na realidade do evangelho A realidade das coisas Costuma ganhar
outras cores. Paulo ainda arranja espaço pra citar Cuidadosamente nomes daqueles que
Muito provavelmente, são seus últimos frutos: Êubulo, Prudente, Lino, Cláudia e os
irmãos todos É como quem diz Se você chegar aqui Timóteo e eu não estiver mais,
Procure por esses novos convertidos.
E aí nós chegamos de fato no fim. Pra quem acompanhou A jornada
cinematográfica de Frodo e a sociedade do Anel, Lembra muito bem da cena comovente
que Foi a despedida que esse pequeno e corajoso Hobbit com seus amigos, Mas o
momento mais emocionante foi o último abraço. Frodo olha compassivo pro seu
companheiro de jornada Sam E em silêncio solene Os dois parecem reviver toda
aventura Que os tirou do Condado e os levou até ali. É precisamente nesse ponto Da
história de Paulo e Timóteo que chegamos. As próximas frases são o último abraço de
Paulo em seu filho Timóteo. E ele poderia fazer votos de que Timóteo Fosse muito bem
na vida, Tivesse muitos amigos e tudo mais. Mas não é nada disso que Paulo deseja a
Timóteo. Paulo sabia muito bem O que foi que o livrou de padecer inúmeras vezes. E
padecer aqui, não é no sentido de morte não Porque morte pra Paulo é lucro. Lembre-se,
na realidade do evangelho A realidade das coisas Costumam ganhar outras cores. Paulo
sabe muito bem o que desejar a Timóteo. Timóteo quando eu tinha sua idade Quando
eu era jovem Eu fui até Deus Desesperado Com um espinho que me aferroava a
alma, Mas Deus disse: Paulo, não se avexe não. A minha graça te basta Porque o
meu poder se aperfeiçoa na sua fraqueza. E é isso Timóteo que eu desejo a você: O
favor imerecido dos céus que Certamente me abrirá os portões celestiais. Timóteo,
que a graça seja com você
E ao dizer isso, descansou a pena do poeta. Descansou o apóstolo eternamente.
Missão cumprida. Seu ministério findou. Eu não sei se Timóteo chegou lá antes do
inverno Como Paulo desejou, Mas a pergunta é se você Vai chegar antes do inverno.
Timóteo, vem depressa.

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