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TEMA:
AVALIAÇÃO DE ENSINO DA HISTÓRIA NAS CLASSES DE EXAME
ELABORADO POR:
1º ANO
CURSO: HISTÓRIA
PERÍODO: REGULAR
BENGUELA, 2020
ÍNDICE
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................3
CONCEITO DE AVALIAÇÃO.........................................................................................................4
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR..............................................7
PRINCÍPIOS PARA UMA NOVA CONCEPÇÃO E PRÁTICA AVALIATIVA............................8
A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO ENSINO DE HISTÓRIA........................................10
CONCLUSÃO.................................................................................................................................14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................16
INTRODUÇÃO
A avaliação se faz presente em todos os domínios da actividade humana. O “julgar”,
o “comparar”, isto é, “o avaliar” faz parte de nosso quotidiano, seja através das reflexões
informais que orientam as frequentes opções do dia-a-dia ou, formalmente, através da
reflexão organizada e sistemática que define a tomada de decisões (Dalben, 2005, p. 66).
No entanto, em qualquer nível de ensino em que ocorra, a avaliação não existe e não
opera por si mesma; está sempre a serviço de um projecto ou de um conceito teórico, ou
seja, é determinada pelas concepções que fundamentam a proposta de ensino, como afirma
Caldeira (2000).
CONCEITO DE AVALIAÇÃO
A palavra avaliar é originária do latim e provém da composição a-valere, que
significa "dar valor a...". No entanto, o conceito "avaliação" é expresso como sendo a
"atribuição de um valor ou qualidade a alguma coisa, ato ou curso de acção...", implicando
"um posicionamento positivo ou negativo em relação ao objecto, ato ou curso de acção
avaliado" .
Haydt (1988) em sua obra, faz uma distinção entre testar, medir e avaliar.
Significando o teste verificar o desempenho de alguém através de situações previamente
organizadas. O medir significa determinar uma medida, quantidade de algo ou alguma
coisa, sendo seu resultado sempre expresso por números, daí sua objectividade. E, por
último:
Avaliar é julgar ou fazer a apreciação de alguém ou alguma coisa, tendo como base
uma escala de valores. Assim sendo, a avaliação consiste na colecta de dados quantitativos
e qualitativos e na interpretação desses resultados com base em critérios previamente
definidos. (HAYDT, 1988, p. 10).
Na mesma obra temos apontadas três modalidades de avaliação: a avaliação
diagnóstica, a formativa e a somativa, cada uma atendendo a uma função.
Outro fator importante no ato de avaliar é o papel que desempenha o professor nesse
processo. É importante que o mesmo se posicione como mediador e orientador de todo o
processo ensino-aprendizagem, passando pela avaliação do que foi apreendido pelo aluno.
Ou seja, “o ato de ensinar pressupõe uma intenção consciente do professor no sentido de
ajudar o aluno a adquirir conhecimentos, conceitos, ideias e habilidades; daí ser
fundamental que o professor se perceba responsável por garantir que a aprendizagem do
aluno se realize.” (SCHIMIDT; CAINELLI, 2004, p. 149). Sendo assim, cabe ao professor
estabelecer quais os objetivos para a aprendizagem do aluno, como frisa Luckesi (2011, p.
108):
Para avaliar, como já foi exposto, o professor de história deve levar em conta os
objetivos da disciplina que propôs para a aprendizagem de seus alunos. E ao pensar em
objetivos, suscita-se a necessidade de se fazer um planeamento que englobe todos os
requisitos para o ensino-aprendizagem, como, que conteúdos, que objectivos, como avaliar,
o que avaliar, etc
A avaliação atravessa o ato de planejar e de executar; por isso, contribui em todo o
percurso da ação planificada. [...] Ou seja, a avaliação, como crítica de percurso, é uma
ferramenta necessária ao ser humano no processo de construção dos resultados que
planificou produzir, assim como o é no redimensionamento da direcção da acção. A
avaliação é uma ferramenta da qual o ser humano não se livra. Ela faz parte de seu modo de
agir e, por isso, é necessário que seja usada da melhor forma possível. (LUCKESI, 2011, p.
137).
Existem actividades que podem ser desenvolvidas com os alunos de forma que não
suscite a mera memorização e reprodução por parte deles, sendo elas caracterizadas por
proporcionar um aprofundamento maior das questões estudadas em sala de aula. Entre elas
temos: atividades em grupos, discussões sobre determinada temática, sínteses escritas onde
o próprio aluno transforme em texto tudo que conseguiu apreender do que foi estudado.
Essas e outras actividades podem e devem ser um pouco mais exploradas pelos
professores na hora de avaliar os conhecimentos adquiridos pelos alunos ao longo das
aulas. Mas isso, claro, vai estar atrelado a vários fatores, entre eles a carga horária
disponível para as aulas de História, a quantidade de alunos que tem o professor por sala de
aula, mas principalmente aos objectivos que o professor propôs para a aprendizagem dos
seus alunos. Portanto, se o professor situa como um de seus objetivos que o aluno
desenvolva a capacidade de estabelecer conexões entre passado e presente em relação a
determinado tema, por exemplo, é necessário que o mesmo trace em seu planeamento
metodologias que possibilitem ao aluno desenvolver esse conhecimento.
(FERREIRA & VENTURA, 2007) afirmam que “as concepções que um indivíduo
tem, acerca de um assunto, influenciam sua atitude em face desse mesmo assunto”.
Portanto, não há como iniciar uma investigação sobre a prática da avaliação e as
implicações curriculares oriundas ou fomentadoras desta prática, sem que se procure
perceber o referencial que norteia a tomada de decisões no ensino e na avaliação da
disciplina história.
Um outro elemento que determina e limita possibilidades é o conteúdo,
tradicionalmente confundido como currículo. Apontar o currículo como sinónimo de
conteúdo já não mais dá conta (se é que já deu) da sua complexidade e, portanto, limita
suas possibilidades e mina sua potencialidade enquanto instrumento mobilizador de
transformações no contexto educacional, na direcção de uma escola formadora de cidadãos
socialmente incluídos de forma mais justa e igualitária