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HIDRÀULICA II

NOTAS DE AULA

Profo Me. Vanderlei Cecchini Júnior

2020
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02/JUNHO/2021 E 28/JULHO/2021

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BOMBAS
1. POTÊNCIA HIDRÁULICA DE BOMBAS E TURBINAS

Conforme foi visto as observações sobre a Equação da linha de energia para


fluídos reais em escoamento permanente, a linha de energia sempre decai no
sentido do escoamento, a menos que uma fonte externa de energia seja
introduzida. Turbinas e bombas são máquinas hidráulicas que têm a função,
respectivamente, de extrair ou fornecer energia ao escoamento.

A aplicação do princípio da conservação da energia ao escoamento


permanente do sistema mostrado na Figura 1.6, no qual a máquina instalada
entre as seções e (entrada) e s (saída) pode ser uma bomba ou uma turbina ,
resulta em:

em que He e Hs são energias por unidade de peso do fluido em escoamento


e emáq, a e nergia fornecida pela bomba (sinal +) ou consum ida pela turbina
(sinal -), dividida pela unidade de peso do fluido em escoamento.

Pela definição de potência total (fornecida ou consumida ) como sendo energia


total por unidade de tempo, tem-se:

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em que yQ é a vazão em peso através da máquina e Emaq, a energia total for-


necida ou consumida. Assim, a expressão geral da potência hidráulica da má-
quina é dada por:

Pot = ± yQ ( Hs - He) (1.3 1 )

As cargas ou energias nas seções de entrada e saída serão a soma das três
parcelas de energia de que o fluido dispõe, isto é, H = p/y + z + αV2/2g.

Como a transformação de energia no processo não se dá em condições


ideais, sem perda de rendimento, a potência absorvida por uma turbina é in-
ferior à potência que ela recebe do escoamento, ao passo que a potência
cedida por uma bomba é superior à que o escoamento recebe.

Definindo como altura total de elevação da bomba a diferença de cargas do


escoamento entre a saída e a entrada (H = Hs - He), como queda útil da
turbina a diferença de cargas entre a entrada e a saída (Hu = He - Hs) e
corno η o rendimento da transformação, nas condições do escoamento, têm-
se:

No caso particular da água, cujo peso específico é y = 9,8·10 3 N/m3, as


expressões acima, para Q(m3/s) e H(m), tornam-se:

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A unidade de potência normalmente utilizada, principalmente quando se trata


de bombas, é o cavalo-vapor, e a equivalência entre quilowatt e cavalo-vapor é
a seguinte:

A aplicação da equação da energia aos problemas de escoamento em geral


deve ser feita sempre tendo em mente o traçado da linha de energia ou, se for
o caso, da linha piezométrica. Assim, é fundamental que se desenhe um
esquema do desenvolvimento destas linhas entre seções de interesse,
principalmente quando no problema existe uma máquina hidráulica. Tal
procedimento permite que não se aplique a equação da energia de forma
abstrata, mas de modo consciente, pelo acompanhamento gráfico das
alterações energéticas.

No caso da existência, no sistema hidráulico, que liga dois reservatórios de


grandes dimensões e abertos para a atmosfera, de uma bomba ou turbina, tais
esquemas gráficos são mostrados na Figura 1.7.

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As relações entre as cotas dos níveis d'água nos reservatórios de montante e


jusante (cotas piezométricas inicial e final), a perda de carga total do sistema
ΔH e as alturas características da bomba e da turbina, pelo traçado das linhas
de energia, são:

na qual a diferença de cotas topográficas, Zj - Zm, entre os níveis d'água nos


reservatórios é chamada de altura geométrica de elevação.

em que a diferença de cotas topográficas, Zm - Zj, entre os níveis d'água nos


reservatórios é chamada de queda bruta. Em ambos os casos, ΔHm e ΔHj são
as perdas de carga, respectivamente, nas tubulações a montante e a jusante
da máquina.

EXEMPLO 1.3

Considere um sistema de bombeamento como o da Figura 1.7, no qual uma


bomba, com rendimento de 75%, recalca uma vazão de 15 L/s de água, do
reservatório de montante, com nível d'água na cota 150,00 m, para o reserva-
tório de jusante, com nível d'água na cota 200,00 m. As perdas de carga totais
na tubulação de montante (sucção) e de jusante (recalque) são,
respectivamente, ΔHm= 0,56 me ΔHj= 17,92 m. Os diâmetros das tubulações de
sucção e recalque são, respectivamente, O,15 m e O,1O m. O eixo da bomba
está na cota geométrica 151,50 m. Determine:

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a) as cotas da linha de energia nas seções de entrada e saída da bomba;

b) as cargas de pressão disponíveis no centro destas seções;

c) a altura total de elevação e a potência fornecida pela bomba.

RESOLUÇÃO:

a) Tomando como escala de pressões a pressão atmosférica (pressões re-


lativas), as energias disponíveis no início e no fim da linha de energia do
sistema serão os níveis d'água nos reservatórios. Pela equação de Bernoulli
aplicada à tubulação de sucção, calcula-se a cota da linha de energia na
entrada da bomba, como:

Zm = He + Hm He = 150,00 - 0,56 = 149,44 m

Pela mesma equação aplicada à tubulação de recalque, determina-se a cota da


linha de energia na saída da bomba, como:

Hs = Zj + Hj Hs = 200,00 + 17,92 = 217,92 m

b) Para uma vazão Q = 15 l/s, as velocidades médias nas tubulações de


sucção e de recalque valem, respectivamente, Ve = 0,85 m/s e Vs = 1,91 m/s.
As cargas cinéticas são, respectivamente, Ve2 /2g = 0,037 m e

Vs2 /2g = 0,186 m. Com as energias dis poníveis na entrada e na saída da


bomba, determinam-se as cargas de pressão disponíveis.

He =Pe/y + Ze + Ve2 /2g 149,44 = Pe/y+151,50 +0,037 :. Pe/y = -2,097m

Hs=Ps/y + Zs + Vs2 /2g 217,92 = Os/y+151,50 +0,186 :. Ps/y = 66,23 m

c) H = Hs - He = 217,92 - 149,44 = 68,48 m; e a potência fornecida vale:

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