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A psicologia na vida quotidiana

Objeto de Psicologia: O comportamento e os processos mentais

Comportamento: Toda e qualquer atividade que pode ser observada (ex: o que dizemos,

Dormir, chorar, rir, correr, abraçar, etc.)

Processos mentais: toda a atividade que nã o pode ser diretamente observada


(ex: sentir, sonhar, emoçõ es, memó rias, etc.) 

Psicólogo: licenciado em psicologia, tenho um conjunto de conhecimentos teó ricos e prá ticos


para o exercício profissional no domínio da psicologia (clínica, criminal,
desportiva, organizacional, educacional, etc.) 

Psiquiatra: licenciado em medicina, especializado em psicopatologia e que se ocupa do


diagnó stico, tratamento e prevençã o de distú rbios mentais 

Psicanalista: podes ser um psiquiatra há um psicó logo com formaçã o complementar em


psicaná lise 

Wundt e a consciência

 Em 1879, deu-se o início da psicologia científica e Wundt criou o seu laborató rio


experimental 
 Para Wundt, o objeto da investigação psicológica é a consciência e os seus estudos 
 O objetivo desse estudo é o de decompor a consciência nos seus elementos mais
simples  
 Esses elementos simples sã o as sensaçõ es, os sentimentos e as ideias/imagens 
 O método utilizado nessa investigaçã o era o método introspetivo 
 Atribui-se a Wundt a fundaçã o da psicologia como ciência, por que lhe devemos a
introduçã o da experimentaçã o em psicologia 

Críticas à introspeção:

 Nã o nos permite compreender os sonhos


 Nã o nos permite ter uma perceçã o de todos os nossos problemas
 Nã o abrange pessoas com problemas mentais e crianças
 Retrospeçã o (pensar no que sentimos anteriormente)
 A quem nã o consegue verbalizar o que sente

Watson e o comportamento
 Para Watson, a psicologia é apenas o estudo do comportamento observável. O que nã o
é observá vel nã o pode ser objeto de estudo da psicologia
 O comportamento é, segundo Watson, um conjunto de respostas objetivamente
observá veis a estímulos igualmente observá veis provenientes do meio em que indivíduo se
insere
 Watson põ e a tó nica na importâ ncia do meio ambiente, considerando que os fatores
hereditá rios nã o têm influência relevante no comportamento
 Watson foi um defensor da perspetiva behaviorista e defendeu como método a
explicaçã o totalmente experimental em que o objeto (o comportamento) é estudado
objetivamente
 Watson afirmou que todo o nosso comportamento é determinado pelo meio, pela
experiência e pela aprendizagem que a observaçã o do que fazemos permite prever o nosso
comportamento futuro

Neste

sentido, para Watson, o comportamento é o conjunto de respostas objetivamente observá veis


e é determinado por um conjunto complexo de estímulos (situaçã o) provenientes do meio
físico ou social em que o organismo se insere. R=f (S): o comportamento ou resposta (R) é
funçã o (f), isto é, depende da situaçã o.

Estrutura da mente humana, segundo freud (1ºtópica)


 A descriçã o que Freud faz da mente humana resulta de uma evoluçã o. Na 1º descriçã o,
Freud recorre à imagem de um iceberg, distinguindo: o consciente, o pré-consciente e o
inconsciente

Pré-consciente

 Para Freud o objeto de estudo é o inconsciente


 O consciente é a dimensã o da mente que exerce uma profunda influência na nossa
maneira de pensar, sentir e agir
 No inconsciente estã o contidos traumas, medos, pulsõ es sexuais e agressivas, sonhos
que se situam fora da consciência porque foram recalcados
 O recalcamento é um mecanismo de defesa que consiste em enviar para o inconsciente
pulsõ es ou desejos ou traumas considerados inaceitá veis sob o ponto de vista social e moral e
que, libertos de qualquer censura seriam perigosos e destrutivos

Estrutura da mente humana, segundo freud (2ºtópica)

ID (presente desde o nascimento) Superego (Forma-se até aos 5/6 anos)

“Eu quero fazer isso agora!” “Pessoas bem formadas nã o fazem isso!”

Ego (forma-se durante o 1ºano de vida)

“Vamos tentar chegar a um acordo”

Sexualidade
Para Freud, a sexualidade nã o é exclusivamente sinó nimo de ato sexual nem se reduz à
manipulaçã o nem ao contacto genital. Na verdade, as pulsõ es sexuais centram-se, desde o
nascimento, em diversos ó rgã os do corpo e satisfazem-se de modos muito distintos ao longo
de cinco está dios de desenvolvimento psicossexual

1. Do nascimento aos 12-18 meses. Boca – tudo automá tico

1 2 3 4 5

2. Dos 12-18 meses aos 3 anos. Implica ser capaz de fazer algo – controlar o nosso corpo
3. 3 aos 6 anos. As crianças ligam-se mais ao sexo oposto, ficando o outro rival
4. 6 anos até à puberdade – tudo se centra na escola (espécie de pausa)
5. Da puberdade à idade adulta

Descreve os métodos de interpretação de sonhos, de associação livre e da


análise dos atos falhados segundo Freud
O principal objetivo de Freud é chegar à s zonas inconscientes do psiquismo e conseguir que
os doentes tomem consciência das causas dos seus problemas e se libertem dos mesmos.

 Relativamente à s associações livres, este processo consiste em pedir ao individuo que


diga tudo o que ocorre, ou vem ao pensamento sem nada a esconder, que se autoanalise e que
se descreva, mesmo que o assunto seja desagradá vel, ou lhe pareça insignificante. Assim, o
paciente vai relatando as experiências traumá ticas e acontecimentos passados, sendo este
passado, normalmente, a infâ ncia, onde por vezes se encontram os acontecimentos
traumá ticos, mas também, segundo Freud, a soluçã o deles. O objetivo das associaçõ es livres é
provocar a resistência no paciente, isto é, o paciente diz as coisas que pensa que nã o tem
interesse, para assim, fugir ao assunto, que, segundo Freud, acaba por admitir as coisas que
nã o pode dizer por ter vergonha. A razã o que leva o individuo a nã o querer falar, é pelo facto,
de estes acontecimentos terem causado choque e dor.

 Referente à interpretação dos sonhos, segundo Freud, o sonho é a realizaçã o (indireta)


de um desejo (recalcado). Nã o sendo este, um retrato fiel da realidade ou do que realmente se
passa no nosso inconsciente, pois as imagens que nos sã o apresentadas têm valor de símbolos
e, como tal, necessitam de uma leitura adequada.

Freud pretende ir além da descriçã o feita pelo paciente daquilo que se recorda da histó ria
vivida no sonho. Pretende também descobrir o conteú do latente = escondido dos sonhos
(sentido oculto do sonho, resultante da interpretaçã o simbó lica feita pelo psicanalista).

 No que diz respeito à análise dos atos falhados. No quotidiano, muitas vezes fazemos e
dizemos exatamente o oposto do que queremos dizer, e isso deve-se talvez a desejos
recalcados no nosso inconsciente, que se sobrepõ em à nossa vontade. O erro involuntá rio que
nos faz prenunciar certas palavras ou até nos leva a ter uma certa atitude, nã o é, segundo
Freud, totalmente negativo, obtendo, assim, um sentido positivo, isto é, a palavra pronunciada
por erro é precisamente aquela que inconscientemente teríamos desejado proferir. O
psicanalista pode encontrar nestes lapsos um bom apoio na exploraçã o do inconsciente, uma
vez que eles nos podem abrir pistas para encontrarmos recalcamentos e desejos
inconscientes.

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