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Experimento 4:

Esvaziamento de Tanques cilíndricos

Prof: Antonio Carlos da Silva


Turma: Laboratório de Engenharia I - LOQ4060 20212D1
Componentes:
Beatriz de Oliveira Gomes, nº USP: 10719869
Camila Dadico Ribeiro, nº USP: 10843271
Fernando Tonet de Pier, nº USP: 10872214
Gabriela de Oliveira Silva, nº USP: 10816346
Ian Romeiro Soares Alves, nº USP: 10816408
Lucas Ferreira Stanquevitchus, nº USP: 10719383
Tiago de Carvalho e Silva Boncompagno, nº USP: 10781901
Vinicius Ventura da Silva, nº USP: 10816270

Lorena/SP
2021
1. INTRODUÇÃO
A determinação do tempo de esvaziamento de um reservatório é um problema clássico
da mecânica dos fluidos e que aparece, com certa frequência, em situações de interesse da
Engenharia. Nesse sentido, a utilização e especificação do tipo de escoamento (laminar ou
turbulento) serão essenciais para esse tipo de experimento e sua completa análise.
Ainda nesse sentido, a distribuição geométrica do reservatório e tubulação é de suma
importância para especificações diretas no processo. Para os reservatórios utilizados no
relatório, com paredes cilíndricas, temos maior economia para o armazenamento de grandes
quantidades de materiais, devido à sua geometria de simetria axial. Por esta razão, este tipo
de estrutura possui uma melhor distribuição de esforços do que os reservatórios em forma
de paralelepípedo, diminuindo a espessura da parede e, por consequência, a quantidade de
material usado.
No geral, a experiência consiste em analisar o tempo de escoamento de água em
recipientes cilíndricos e também as aplicações das equações de conservação de energia e
conservação da massa para escoamento em recipiente de formato cilíndrico com fundo
plano conectado a dutos de saída também cilíndrico com diferentes comprimentos e
diâmetros.

2. OBJETIVOS
Este experimento visa principalmente a aplicação da equação de conservação de energia
e conservação de massa, para escoamento em recipiente de formato cilíndrico com duto de
saída cilíndrico e mostrar a importância da formulação teórica para comparação com
medidas experimentais.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Quando se tenta estudar o movimento de um fluido depara-se com o problema de como
lidar com o fato de que um fluido é composto por inúmeras moléculas que se movem
rapidamente umas em relação às outras, mesmo num fluido “em repouso”. Quando se pensa
um pouco sobre isso se chega à conclusão que a única saída é usar algum tipo de média.
No escoamento de fluidos as leis de conservação regem tanto sistemas macroscópicos
quanto os sistemas microscópicos. As equações de balanço para esses tipos de sistemas são
chamadas de balanços macroscópicos; para sistemas transientes, são equações diferenciais
ordinárias e para sistemas estacionários, são equações algébricas.
Segundo Fox (2006), nas medidas de vazão, a medida mais óbvia de medição em um
tubo é o método direto, que consiste em medir simplesmente a quantidade de fluido que se
acumula em um recipiente durante um período fixo ou conhecido de tempo. Tanques podem
ser utilizados para determinar a vazão de líquidos em escoamentos permanentes, pela
medição do volume ou da massa coletada durante o intervalo de tempo conhecido. Se o
intervalo for longo o suficiente para ser medido com incerteza pequena, as vazões podem
ser determinadas com precisão. Se considerarmos que temos um tanque de grandes
dimensões, ao analisar o esvaziamento desse tanque, a velocidade no início do tanque
poderá ser considerada nula, as pressões de entrada e saída serão consideradas como a
pressão atmosférica, e a cota inicial será nula, logo, será possível utilizar a equação de
Bernoulli, como mostra a equação 1, para um ponto qualquer 1 na superfície do fluido do
reservatório e o ponto 2 na saída da tubulação:

𝑃1 𝑣12 𝑃2 𝑣2 2
+ + 𝑧1 = + + 𝑧2 (1)
𝛾 2𝑔 𝛾 2𝑔

Onde: z = altura
P = pressão V = velocidade
𝛾 = peso específico da água G = aceleração gravitacional

Para a respectiva saída do reservatório podem ser conectados diversos tubos


com variação nos diâmetros internos e nos comprimentos, de forma que o comprimento
l é variável. Ainda nesse sentido, podemos introduzir as diferenciações entre
escoamento laminar e turbulento. Os escoamentos podem ser classificados de diversas
maneiras, sendo que uma das mais importantes se refere ao nível de turbulência
presente. Diferentes níveis de turbulência podem representar variações significativas
nos valores de grandezas que costumam ser avaliadas em equipamentos industriais
(perda de carga, troca térmica, difusão etc.).
Se as propriedades do fluido em um ponto do campo não mudam com o tempo,
o escoamento é denominado escoamento em regime permanente. Neste tipo de
escoamento, as propriedades podem variar de ponto para ponto no campo, mas devem
permanecer constantes em relação ao tempo para um dado ponto qualquer. Se as
propriedades do fluido em um ponto do campo variam com o tempo, o escoamento é
dito não permanente ou transiente. Partindo, inicialmente da fórmula do número de
Reynolds, temos:

𝑣×𝑑×𝜌
𝑅𝑒 = (2)
𝜇

Devido às diferentes conformações do fluido em cada regime, utilizaremos


equações distintas para especificar o tempo de escoamento e sua velocidade, sempre
em função e a partir de correlações preexistentes. Introduzindo os cálculos para regime
laminar, temos as seguintes expressões para determinação do tempo e da velocidade a
partir da equação de Bernoulli:

𝑔×𝑟2 ×(𝑙+ℎ0 )
𝑣2 = (3)
𝑙×𝑓
8×𝜇×𝑙×𝑟12 𝑙+ℎ
𝑡= × ln ( 𝑙+ℎ0 ) (4)
𝜌×𝑔×𝑟24
16
Para 𝑓 = 𝑅𝑒 (5)

Já para regime turbulento, chegamos nas seguintes equações:

1 4/7
𝑟1 2 𝑙×𝜇 4
𝑡 = 0,46 × ( 𝑟 ) × [ 1 5 ] × [(𝑙 + ℎ0 )3/7 − (𝑙 + ℎ)3/7 ] (6)
𝑔×𝜌4 ×𝑟24

𝑓 = 0,0791. 𝑅𝑒 −0,25 , para número de Reynolds entre 4000 e 104 (7)

Além disso, podemos aplicar, em conjunto com a fórmula de Blasius, a fórmula


geral desenvolvida de forma laboratorial pelo professor René Khattar (1991) para
determinação do tempo em escoamentos em tubos, válida para tubos lisos e número de
Reynolds menor que 105, pautadas na apresentação do diagrama de Moody:

4 1/2
1 𝑓×𝑙 𝑟
𝑡 = 2 × {2×𝑔 [(1 + 𝑘 + ) × (𝑟1 ) − 1]} × [(ℎ0 + 𝑙)1/2 − (ℎ + 𝑙)1/2 ] (8)
𝑑2 2

e
𝑓 = 0,316 × 𝑅𝑒 −0,25 , com valor de k sendo 0,5 (9)
Onde: v = velocidade
r1 = raio no ponto 1 g = aceleração gravitacional
r2 = raio no ponto 2 f = fator de atrito
l = altura do tubo t = tempo de esvaziamento teórico
h0 = altura inicial do reservatório 𝜇 = viscosidade do fluido
h = altura do nível do fluido 𝜌 = massa específica do fluido

4. EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS
O aparato experimental utilizado está mostrado no esquema abaixo:

Figura 1 - Esquema do aparato experimental

Este aparato é composto por um painel onde se encontra um reservatório, tubos


de mesmo diâmetro, mas com comprimentos diferentes e embaixo tem-se um balde
para coletar a água.
A seguir, é apresentado as fotos do aparato e dos equipamentos utilizados:

Figura 2 - Foto do experimento


Figura 3 - Reservatório

Figura 4 - Balde para coleta de água


Figura 5 - Tubos de mesmo diâmetro e comprimentos diferentes

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Para realizar o experimento, foram realizados os seguintes procedimentos:
1. Colocou-se o líquido no reservatório até uma altura h0 de referência, com o duto
firmemente já conectado no tanque e vedado;
2. Abriu-se o reservatório e foi anotado através de um cronômetro o tempo para
atingir a altura h(t);
3. Repetiu-se as etapas 1 e 2 até termos resultados suficientes para plotar o gráfico
h(t) x t para cada duto característico;
4. Os tubos foram mudados e retornou-se a P1, até o término do número de dutos.

6. RESULTADOS
De posse dos seguintes dados:
d1 = 14,96 cm, h0 = 20 cm, T = 25ºC, g = 9,81 m/s2 e k = 0,5 calculou-se todas as
informações necessárias para a realização do roteiro.
𝒍
● Cálculo de 𝒅
𝟐

A B C D E F

l (m) 0,0750 0,1500 0,3000 0,6000 0,6000 0,6000

d2 (m) 0,0048 0,0048 0,0048 0,0031 0,0048 0,0078

l/d2 15,625 31,25 62,5 193,548 125 76,923

● Cálculo de 𝜌 e 𝝁, para T = 25ºC


1,78 × 10−3 1,78 × 10−3
𝜇= =
1 + 0,0337 × 𝑇 + 0,000221 × 𝑇2 1 + 0,0337 × 25 + 0,000221 × 252
𝜇 = 8,98706 × 10−4 𝑘𝑔/𝑚. 𝑠

𝜌 = 999,71704 + 0,07894 × 𝑇 − 0,00864 × 𝑇2 + 5,6752 × 10−5 × 𝑇3 − 1,94502 × 10−7 × 𝑇4


𝜌 = 999,71704 + 0,07894 × 25 − 0,00864 × 252 + 5,6752 × 10−5 × 253 − 1,94502 × 10−7 × 254
𝜌 = 997,101 𝑘𝑔/𝑚3

● Cálculo das médias dos tempos (tm):


𝒕𝟏 + 𝒕𝟐 + 𝒕𝟑
𝒕𝒎 =
𝟑
● Cálculo da velocidade no ponto 1 (v1):
ℎ𝑖 − ℎ𝑖+1
𝒗𝟏 =
𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑜
● Cálculo da velocidade no ponto 2 (v2):
𝒅𝟐𝟏
𝒗𝟐 = 𝒗𝟏 × 𝟐
𝒅𝟐
● Cálculo de Reynolds (Re)
𝑣2 × 𝑑2 × 𝜌
𝑅𝑒 =
𝜇
↪ Caso Re < 4000: escoamento laminar:
16 8×𝜇×𝑙×𝑟12 𝑙+ℎ
𝑓 = 𝑅𝑒 e 𝑡𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 = × 𝑙𝑛 ( 𝑙+ℎ0 )
𝜌×𝑔×𝑟24
↪ Caso 4000 < Re < 104: escoamento turbulento:
0,0791
𝑓 = 𝑅𝑒 0,25 e
4/7
𝑟1 2 𝑙×𝜇 1/4
𝑡𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 = 0,46 × (𝑟 ) × [ 5/4 ] × [(𝑙 + ℎ0 )3/7 − (𝑙 + ℎ)3/7 ]
2 𝑔×𝜌1/4 𝑟2

↪ Caso Re > 10000: Equação desenvolvida por RK:


0,316
𝑓 = 𝑅𝑒 0,25 e
1/2
1 𝑓×𝑙 𝑟1 4
𝑡𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 = 2 × { [(1 + 𝑘 + ) × ( ) − 1]} × [(ℎ0 + 𝑙)1/2 − (ℎ + 𝑙)1/2 ]
2×𝑔 𝑑2 𝑟2
● Cálculo de hd e hl:
𝐿 𝑣2 𝑣2
ℎ𝑑 = 𝑓 × 𝑑 × 2𝑔2 e ℎ𝑙 = 𝑘 × 2𝑔2
2

● Cálculo do desvio:
(𝑽𝒕 − 𝑽𝒆)
𝑫𝒆 =
𝑽𝒆

Duto A
O duto A possui um diâmetro de 0,0048 metros e um comprimento de 0,075 metros.
● Médias dos tempos:

h (mm) 180 160 140 120 100 80 60

t1 (s) 11,2 22,38 34,33 47,25 60,85 75,48 90,84

t2 (s) 11,02 22,14 34,36 47,23 60,72 75,45 90,65

t3 (s) 10,21 22,16 34,45 47,47 60,69 74,79 90,36

Média 10,81 22,23 34,38 47,32 60,75 75,24 90,62


Gráfico 1 -Tempo experimental por altura no duto A

Com as médias dos tempos calculadas, encontram-se todos os dados necessários para o
cálculo do tempo teórico. Como o número de Reynolds estava entre 4000 e 10000,
foram utilizados os cálculos para escoamento turbulento. Segue resultados na Tabela 1
abaixo:
Tabela 1 - Resultados do duto A para escoamento turbulento

Duto A (cálculo turbulento)


h (m) texp (s) v1(m/s) v2 (m/s) Re f (Turbulento) hI hD tteórico (s) Desvio (%)
0,18 10,81 0,00185 1,7972 9570,8 0,0080 0,082 0,021 5,14 -52,441
0,16 22,23 0,00175 1,7012 9059,6 0,0081 0,074 0,019 10,52 -52,685
0,14 34,38 0,00165 1,5989 8515,2 0,0082 0,065 0,017 16,16 -52,985
0,12 47,32 0,00155 1,5013 7995,4 0,0084 0,057 0,015 22,12 -53,259
0,1 60,75 0,00149 1,4466 7703,7 0,0084 0,053 0,014 28,43 -53,198
0,08 75,24 0,00138 1,3407 7140,1 0,0086 0,046 0,012 35,17 -53,250
0,06 90,62 0,00130 1,2631 6726,9 0,0087 0,041 0,011 42,43 -53,174
Gráfico 2 - Tempo experimental através do cálculo para escoamento turbulento por altura do
tubo A

Apenas para efeito de comparação, também foram feitos os cálculos com a Equação
desenvolvida por RK, mostrados na Tabela 2 abaixo:

Tabela 2 - Resultado do duto A para a equação de RK

Duto A (cálculo RK)


h (m) texp (s) v1(m/s) v2 (m/s) Re f (RK) hI hD tteórico (s) Desvio (%)
0,18 10,81 0,00185 1,7972 9570,8 0,032 0,082 0,082 12,05 11,460
0,16 22,23 0,00175 1,7012 9059,6 0,032 0,074 0,075 24,62 10,762
0,14 34,38 0,00165 1,5989 8515,2 0,033 0,065 0,067 37,80 9,936
0,12 47,32 0,00155 1,5013 7995,4 0,033 0,057 0,060 51,65 9,154
0,1 60,75 0,00149 1,4466 7703,7 0,034 0,053 0,056 66,24 9,032
0,08 75,24 0,00138 1,3407 7140,1 0,034 0,046 0,049 81,82 8,745
0,06 90,62 0,00130 1,2631 6726,9 0,035 0,041 0,044 98,46 8,655
Gráfico 3 - Tempo experimental através do cálculo pela fórmula de RK por altura do tubo
A

Duto B
O duto B possui um diâmetro de 0,0048 metros e um comprimento de 0,15 metros.

h (mm) 180 160 140 120 100 80 60

t1 (s) 11,46 22,80 35,10 46,66 59,83 73,24 87,89

t2 (s) 10,97 22,01 34,47 46,55 59,52 73,18 87,03

t3 (s) 10,93 22,49 34,16 46,32 59,56 72,14 88,01

Média 11,12 22,43 34,58 46,51 59,64 72,85 87,64


Gráfico 4 - Tempo experimental por altura no duto B

Com as médias dos tempos calculadas, encontram-se todos os dados necessários para o
cálculo do tempo teórico. Como o número de Reynolds estava entre 4000 e 10000,
foram utilizados os cálculos para escoamento turbulento. Segue resultados na Tabela 3
abaixo:

Tabela 3 - Resultados do duto B para escoamento turbulento

Duto B (cálculo turbulento)


h (m) texp (s) v1(m/s) v2 (m/s) Re f (Turbulento) hI hD tteorico (s) Desvio (%)
0,18 11,12 0,00180 1,747 9304,0 0,008 0,078 0,039 6,63 -40,422
0,16 22,43 0,00177 1,718 9147,7 0,008 0,075 0,038 13,48 -39,885
0,14 34,58 0,00165 1,599 8515,2 0,008 0,065 0,034 20,60 -40,427
0,12 46,51 0,00168 1,628 8672,3 0,008 0,068 0,035 28,00 -39,791
0,1 59,64 0,00152 1,480 7879,7 0,008 0,056 0,029 35,73 -40,096
0,08 72,85 0,00151 1,471 7832,0 0,008 0,055 0,029 43,81 -39,861
0,06 87,64 0,00135 1,314 6995,3 0,009 0,044 0,024 52,31 -40,313
Gráfico 5 - Tempo experimental através do cálculo para escoamento turbulento por altura do tubo B

Apenas para efeito de comparação, também foram feitos os cálculos com a Equação
desenvolvida por RK, mostrados na Tabela 4 abaixo:

Tabela 4 - Resultado do duto B para a equação de RK

Duto B (cálculo RK)


h (m) texp (s) v1(m/s) v2 (m/s) Re f(RK) hI hD tteorico (s) Desvio (%)
0,18 11,12 0,00180 1,747 9304,0 0,032 0,078 0,156 11,91 7,080
0,16 22,43 0,00177 1,718 9147,7 0,032 0,075 0,152 24,20 7,899
0,14 34,58 0,00165 1,599 8515,2 0,033 0,065 0,134 37,02 7,065
0,12 46,51 0,00168 1,628 8672,3 0,033 0,068 0,138 50,16 7,842
0,1 59,64 0,00152 1,480 7879,7 0,034 0,056 0,117 64,14 7,539
0,08 72,85 0,00151 1,471 7832,0 0,034 0,055 0,116 78,46 7,694
0,06 87,64 0,00135 1,314 6995,3 0,035 0,044 0,095 93,94 7,188
Gráfico 6 - Tempo experimental através do cálculo pela fórmula de RK por altura do tubo B

Duto C
O duto C possui um diâmetro de 0,0048 metros e um comprimento de 0,3 metros.

h (mm) 180 160 140 120 100 80 60

t1 (s) 12,03 24,24 36,90 49,45 62,74 76,01 90,26

t2 (s) 11,51 24,14 36,49 48,82 62,64 75,93 90,01

t3 (s) 11,75 24,35 36,94 49,66 63,38 76,62 91,03

Média 11,76 24,24 36,78 49,31 62,92 76,19 90,43


Gráfico 7 - Tempo experimental por altura no duto C

A partir das médias dos tempos calculadas, encontram-se todos os dados necessários
para o cálculo do tempo teórico. Como o número de Reynolds estava entre 4000 e
10000, foram utilizados os cálculos para escoamento turbulento. Segue resultados na
Tabela 5 abaixo:

Tabela 5 - Resultados do duto C para escoamento turbulento

Duto C (cálculo turbulento)


h (m) texp (s) v1(m/s) v2 (m/s) Re f(Turbulento) hI hD tteórico (s) Desvio (%)
0,18 11,76 0,00170 1,652 8797,6 0,008 0,070 0,071 7,99 -32,068
0,16 24,24 0,00160 1,557 8290,1 0,008 0,062 0,064 16,17 -33,291
0,14 36,78 0,00159 1,549 8250,4 0,008 0,061 0,063 24,56 -33,231
0,12 49,31 0,00160 1,550 8257,0 0,008 0,061 0,064 33,17 -32,741
0,1 62,92 0,00147 1,427 7601,8 0,008 0,052 0,055 42,01 -33,231
0,08 76,19 0,00151 1,464 7796,6 0,008 0,055 0,057 51,11 -32,913
0,06 90,43 0,00140 1,364 7265,5 0,009 0,047 0,051 60,49 -33,104
Gráfico 8 - Tempo experimental através do cálculo para escoamento turbulento por altura do tubo C

Apenas para efeito de comparação, também foram feitos os cálculos com a Equação
desenvolvida por RK, mostrados na Tabela 6 abaixo:

Tabela 6 - Resultado do duto C para a equação de RK

Duto C (cálculo RK)


h (m) texp (s) v1(m/s) v2 (m/s) Re f (RK) hl hD tteórico (s) Desvio (%)
0,18 11,76 0,00170 1,652 8797,6 0,033 0,070 0,284 11,79 0,239
0,16 24,24 0,00160 1,557 8290,1 0,033 0,062 0,256 23,93 -1,292
0,14 36,78 0,00159 1,549 8250,4 0,033 0,061 0,253 36,29 -1,323
0,12 49,31 0,00160 1,550 8257,0 0,033 0,061 0,254 48,93 -0,765
0,1 62,92 0,00147 1,427 7601,8 0,034 0,052 0,220 62,25 -1,060
0,08 76,19 0,00151 1,464 7796,6 0,034 0,055 0,230 75,47 -0,948
0,06 90,43 0,00140 1,364 7265,5 0,034 0,047 0,203 89,62 -0,901
Gráfico 9 - Tempo experimental através do cálculo pela fórmula de RK por altura do tubo C

Duto D
O duto D possui um diâmetro de 0,0031 metros e um comprimento de 0,6 metros.

h (mm) 180 160 140 120 100 80 60

t1 (s) 47,62 102,48 156,31 212,55 265,58 321,75 378,71

t2 (s) 47,39 102,13 155,87 211,69 265,86 321,82 378,38

t3 (s) 47,42 102,29 156,02 211,77 265,78 321,63 379,76

Média 47,48 102,30 156,07 212 265,74 321,73 378,95


Gráfico 10 - Tempo experimental por altura no duto D

A partir das médias dos tempos calculadas, encontram-se todos os dados necessários
para o cálculo do tempo teórico. Como o número de Reynolds é menor que 4000, foram
utilizados os cálculos para escoamento laminar. Segue resultados na Tabela 7 abaixo:

Tabela 7 - Resultados do duto D para escoamento laminar

Duto D (cálculo laminar)


h (m) texp (s) v1(m/s) v2 (m/s) Re f (laminar) hl hD tteórico (s) Desvio (%)
0,18 47,48 0,000421 0,981 3374,0 0,005 0,025 0,045 10,82 -77,205
0,16 102,3 0,000365 0,850 2922,2 0,005 0,018 0,039 21,93 -78,566
0,14 156,07 0,000372 0,866 2979,3 0,005 0,019 0,040 33,33 -78,646
0,12 212 0,000358 0,833 2864,2 0,006 0,018 0,038 45,04 -78,754
0,1 265,74 0,000372 0,867 2981,0 0,005 0,019 0,040 57,08 -78,519
0,08 321,73 0,000357 0,832 2861,2 0,006 0,018 0,038 69,48 -78,406
0,06 378,95 0,000350 0,814 2799,7 0,006 0,017 0,037 82,24 -78,299
Gráfico 11 - Tempo experimental através do cálculo para escoamento laminar por altura do tubo D

Apenas para efeito de comparação, também foram feitos os cálculos com a Equação
desenvolvida por RK, mostrada na Tabela 8 abaixo:

Tabela 8 - Resultado do duto D para a equação de RK

Duto D (cálculo RK)


h (m) texp (s) v1(m/s) v2 (m/s) Re f (RK) hl hD tteorico (s) Desvio (%)
0,18 47,48 0,000421 0,981 3374,0 0,041 0,025 0,394 36,51 -23,098
0,16 102,3 0,000365 0,850 2922,2 0,043 0,018 0,306 74,62 -27,056
0,14 156,07 0,000372 0,866 2979,3 0,043 0,019 0,317 112,44 -27,957
0,12 212 0,000358 0,833 2864,2 0,043 0,018 0,296 151,55 -28,512
0,1 265,74 0,000372 0,867 2981,0 0,043 0,019 0,317 189,94 -28,525
0,08 321,73 0,000357 0,832 2861,2 0,043 0,018 0,295 230,52 -28,350
0,06 378,95 0,000350 0,814 2799,7 0,043 0,017 0,284 271,49 -28,357
Gráfico 12 - Tempo experimental através do cálculo pela fórmula de RK por altura do tubo D

Duto E
O duto E possui um diâmetro de 0,0048 metros e um comprimento de 0,3 metros.

h (mm) 180 160 140 120 100 80 60

t1 (s) 10,93 22,58 34,67 46,04 58,37 70,78 83,04

t2 (s) 10,82 22,51 34,66 45,98 58,30 70,75 82,98

t3 (s) 11,01 22,75 34,64 46,26 58,46 70,76 83,37

Média 10,92 22,61 34,66 46,09 58,38 70,76 83,13


Gráfico 13 - Tempo experimental por altura no duto E

A partir das médias dos tempos calculadas, encontram-se todos os dados necessários
para o cálculo do tempo teórico. Como o número de Reynolds estava entre 4000 e
10000, foram utilizados os cálculos para escoamento turbulento. Segue resultados na
Tabela 9 abaixo:

Tabela 9 - Resultados do duto E para escoamento turbulento

Duto E (cálculo turbulento)


h (m) texp (s) v1(m/s) v2 (m/s) Re f(Turbulento) hl hD tteórico (s) Desvio (%)
0,18 10,92 0,00183 1,779 9474,4 0,008 0,081 0,162 9,04 -17,258
0,16 22,61 0,00171 1,662 8850,3 0,008 0,070 0,143 18,20 -19,485
0,14 34,66 0,00166 1,612 8585,9 0,008 0,066 0,136 27,51 -20,623
0,12 46,09 0,00175 1,700 9051,6 0,008 0,074 0,149 36,96 -19,799
0,1 58,38 0,00163 1,581 8418,2 0,008 0,064 0,131 46,57 -20,232
0,08 70,76 0,00162 1,569 8357,0 0,008 0,063 0,130 56,33 -20,392
0,06 83,13 0,00162 1,571 8363,8 0,008 0,063 0,130 66,26 -20,295
Gráfico 14 - Tempo experimental através do cálculo para escoamento turbulento por altura do tubo E

Apenas para efeito de comparação, também foram feitos os cálculos com a Equação
desenvolvida por RK, mostrada na Tabela 10 abaixo:

Tabela 10 - Resultado do duto E para a equação de RK

Duto E (cálculo RK)


h (m) texp (s) v1(m/s) v2 (m/s) Re f(turbulento) hl hD tteórico (s) Desvio (%)
0,18 10,92 0,00183 1,779 9474,4 0,032 0,081 0,646 11,58 6,013
0,16 22,61 0,00171 1,662 8850,3 0,033 0,070 0,573 23,45 3,706
0,14 34,66 0,00166 1,612 8585,9 0,033 0,066 0,544 35,50 2,428
0,12 46,09 0,00175 1,700 9051,6 0,032 0,074 0,596 47,42 2,894
0,1 58,38 0,00163 1,581 8418,2 0,033 0,064 0,525 60,08 2,918
0,08 70,76 0,00162 1,569 8357,0 0,033 0,063 0,519 72,65 2,676
0,06 83,13 0,00162 1,571 8363,8 0,033 0,063 0,519 85,36 2,686
Gráfico 15 - Tempo experimental através do cálculo pela fórmula de RK por altura do tubo E

Duto F
O duto F possui um diâmetro de 0,0078 metros e um comprimento de 0,6 metros.

h (mm) 180 160 140 120 100 80 60

t1 (s) 3,16 6,68 9,21 12,85 16,78 19,73 22,40

t2 (s) 3,27 6,65 9,33 12,95 16,33 19,34 22,44

t3 (s) 3,35 6,23 9,36 12,55 16,82 18,98 22,53

Média 3,26 6,52 9,30 12,78 16,64 19,35 22,46


Gráfico 16 - Tempo experimental por altura no duto F

A partir das médias dos tempos calculadas, encontram-se todos os dados necessários
para o cálculo do tempo teórico. Como o número de Reynolds estava acima de 10000,
foram utilizados os cálculos desenvolvidos por RK. Segue resultados na Tabela X
abaixo:
Tabela 11 - Resultado do duto F para a equação de RK

Duto F (cálculo RK)


h (m) texp (s) v1 (m/s) v2 (m/s) Re f (RK) hl hD tteórico (s) Desvio (%)
0,18 3,26 0,00613 2,257 19530,0 0,027 0,130 0,534 3,52 8,100
0,16 6,52 0,00613 2,257 19530,0 0,027 0,130 0,534 7,09 8,797
0,14 9,3 0,00719 2,646 22902,1 0,026 0,178 0,705 10,59 13,859
0,12 12,78 0,00575 2,114 18295,4 0,027 0,114 0,476 14,44 13,026
0,1 16,64 0,00518 1,906 16494,3 0,028 0,093 0,397 18,32 10,084
0,08 19,35 0,00738 2,715 23493,7 0,026 0,188 0,738 21,58 11,511
0,06 22,46 0,00643 2,366 20472,0 0,026 0,143 0,580 25,60 13,999
Gráfico 17 - Tempo experimental através do cálculo pela fórmula de RK por altura do tubo F

7. CONCLUSÃO
A partir dos dados observados, é possível concluir que quando se compara os
comprimentos e mantém constante o diâmetro, quando utilizado os cálculos do escoamento
turbulento, o tubo de menor comprimento possui o menor tempo de escoamento teórico, no
caso o Tubo A. Entretanto, quando utilizado o método desenvolvido por RK pode-se concluir
que o tubo com maior comprimento possui o menor tempo de escoamento teórico, no caso o
Tubo C.
Em adição, quando se compara o diâmetro e mantém constante o comprimento pode-
se concluir que quanto maior o diâmetro menor será o tempo de escoamento, e
consequentemente maior será o número de Reynolds.
Outro aspecto importante é a relação do escoamento com o desvio, quando o
escoamento era turbulento, os desvios quando calculado pelas fórmulas do regime turbulento
ficaram em torno de 20% a 40%. Já no escoamento laminar, quando calculado pelas fórmulas
do escoamento laminar, o desvio médio foi de 79% no Tubo D.
E por último, quando comparado o método de RK com as fórmulas do escoamento
laminar ou turbulento, o método se apresentou muito mais assertivo, visto que em todos os
tubos apresentou um menor desvio, para qualquer intervalo de número de Reynolds.

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