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Engenharia Civil
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
108 pag.
Ele insere-se num projeto mais amplo de apoio a capacitação técnica, atualização e
reciclagem dos profissionais da Engenharia e em particular aos associados do SENGE-PB.
Em particular, este módulo sobre Barragens de Terra busca atender demanda dos
colegas Engenheiros e Técnicos da EMATER – Empresa de Assistência Técnica e Extensão
Rural da Paraíba e da SUPLAN – Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento
do Estado.
A Direção do SENGE-PB se sente feliz em poder ofertar esse curso aos colegas
Engenheiros e associados na perspectiva de que ele não é um fato episódico, mas uma ação
que nessa área se pretende permanente e diversificada.
01. INTRODUÇÃO
DEFINIÇÃO
Características
Tipo Terra
Acumulação (m3) 2.400.000.000
Altura Máxima (m) 68,00
Volume Maciço (m3) 4.610.000
Descarga Máx. Tomada D’água (m3/s) 20
Vazão do Sangradouro (m3/s) 13.200
10
Tipo Zonada
Acumulação (m3) 2.100.000.000
Altura Máxima (m) 54,00
Volume Maciço (m3) 5.899.325
Descarga Máx. Tomada D’água (m3/s) 31
Vazão do Sangradouro (m3/s) 5.200
Tipo Terra/CCR
Acumulação (m3) 4.450.000.000
Altura Máxima (m) 60
Extensão da Barragem (km) 3,5
Extensão do Vertedouro (m) 153
Extensão do Lago (km) 48
Vazão Regularizada (m3/s) 22
Figura 1.3 – Barragem Castanhão – Jaguaribara - Ceará
11
É importante frisar que um mesmo açude pode ter finalidades várias e que o
seu estudo deve estar perfeitamente integrado na problemática sócio-econômica do vale a
que pertence.
• Forma do vale;
• Solo de fundação;
• Materiais existentes;
• Condições climáticas;
• Fatores hidráulicos;
• Meios de transporte;
• Equipamentos disponíveis;
• Posicionamento do vertedouro;
• Finalidade;
• Segurança da obra;
• Custo da obra.
12
4.1 – Generalidades.
13
• Estudos topográficos;
• Estudos geológicos;
• Estudos hidrológicos;
• Estudos geotécnicos.
14
4.5.1.1 - Introdução
• Condições técnica;
• Condições econômicas.
15
• Granulometria;
• Limite de Liquidez;
• Limite de Plasticidade;
• Compactação.
• Ensaio de permeabilidade
• Ensaio de cisalhamento.
Volume total da jazida é dado pelo produto da área pela profundidade média
do solo.
Vt = (A) x (hm)
Onde;
Vt – Volume total da jazida;
A – Área da jazida;
Hm – Profundidade média do material.
c) Argilas em torrões cujo destorroamento não seja fácil pela ação de grades
de disco e rolos, dificultando assim a compactação.
17
Os solos finos são classificados como argila e silte. A classificação dos solos
finos é realizada tomando-se como base apenas os limites de plasticidade e liquidez do solo,
plotados na forma da carta de plasticidade de Casagrande. Em outras palavras, o
conhecimento da curva granulométrica de solos possuindo mais do que 50% de material
passando na peneira 200 pouco ou muito pouco acrescenta acerca das expectativas sobre
suas propriedades de engenharia.
18
19
Figura 4.2 - Características dos Materiais Classificados Conforme os Grupos da Tabela Unificada
21
VERMELHO
-2
GW DREGULHO E AREIA, BEM GRADUA- k > 10 2000 — 2160
DOS, COM POUCO OU SEM FINOS DE DIQUES E BARRAGENS E RÔLO LISO DE SUPORTE TANTE**
PEDRE- PEDREGULHOS E MISTURAS DE PE- RAZOÁVELMENTE ESTÁVEIS, ABAS PER -2 BOAS, TRATOR, RÔLO PNEUMÁTICO BOA CAPACIDADE MURO INTERCEP-
GULHOS G P DREGULHO E AREIA, MAL GRADUA- k > 10 1940 — 2000
DOS, COM POUCO OU SEM FINOS MEÁVEIS DE DIQUES E BARRAGENS E RÔLO LISO DE SUPORTE TANTE
E
RAZOÁVELMENTE ESTÁVEIS, POUCO -3
SOLOS CASCALHOS SILTOSOS, MISTURAS INDICADOS PARA ABAS, PODENDO k > 10 BOAS COM CONTROLE APURADO, RÔLO BOA CAPACIDADE TRINCHEIRA DE
AMARELO
GM -6 1920 — 2150
PEDREGU- DE CASCALHO, AREIA E SILTE SER USADOS EM NÚCLEOS IMPER- a 10 PNEUMÁTICO E RÔLO PÉ-DE-CARNEIRO DE SUPORTE PÉ OU NADA
VERMELHO
-3
LAÇÃO SW BEM GRADUADAS, COM POUCO OU k > 10 BOAS, TRATOR 1760 — 2070 TANTE E DRENAGEM
SEM FINOS VEIS, NECESSÁRIA PROTEÇÃO DE TALUDE DE SUPORTE OU POÇOS, DE PÉ
GROSSA
AREIAS AREIAS E AREIAS PEDREGULHOSAS BOA A MÁ CAPACIDA- BANQUETA DE MON-
RAZOÁVELMENTE ESTÁVEIS, PODEM SER -3
1800 — 1920
E SP MAL GRADUADAS, COM POUCO OU k > 10 BOAS, TRATOR DE DE SUPORTE CON- TANTE E DRENAGEM
SEM FINOS USADOS EM DIQUES DE TALUDES SUAVES FORME A DENSIDADE OU POÇOS, DE PÉ
SOLOS -3
AREIAS SILTOSAS, MISTURAS MEDIANAMENTE ESTÁVEIS, POUCO INDICA- BOAS, COM CONTRÔLE APURADO, BOA A MÁ CAPACIDA- BANQUETA DE MON-
k > 10
AMARELO
ARENO- SM DOS PARA ABAS, PODENDO SER USADOS -6 RÔLO PNEUMÁTICO, RÔLO PÉ-DE- 1760 — 2000 DE DE SUPORTE CON- TANTE E DRENAGEM
DE AREIA E SILTE NÚCLEOS IMPERMEÁVEIS OU DIQUES a 10 CARNEIRO FORME A DENSIDADE OU POÇOS, DE PÉ
SOS
MEDIANAMENTE ESTÁVEIS, USADOS -6
AREIAS ARGILOSAS, MISTURAS k > 10 REGULARES, RÔLO PÉ-DE-CARNEIRO, BOA A MÁ CAPACI-
SC EM NÚCLEOS IMPERMEÁVEIS DE ES- -8 1670 — 2000 NENHUM
DE AREIA E ARGILA TRUTURAS CONTRA ENCHENTES a 10 RÔLO PNEUMÁTICO DADE DE SUPORTE
SILTES INORGÂNICOS E AREIAS MUITO ESTABILIDADE MÁ, PODE SER USADO -3 BOAS A MÁS, ESSENCIAL O CONTRÔLE MUITO MAU SUSCE-
FINAS, PÓ DE PEDRA, AREIAS FINAS SILTO- k > 10 TRINCHEIRA DE
ML EM ATERRO MEDIANTE CONTROLE -6 APURADO, RÔLO PNEUMÁTICO, 1520 — 1920 PTÍVEL À LIQUE-
SAS OU ARGILOSAS, E SILTES ARGILO- a 10 PÉ OU NADA
SILTES SOS POUCO PLÁSTICOS ADEQUADO RÔLO PÉ-DE-CARNEIRO FAÇÃO
E
VERDE ARGILAS INORGÂNICOS DE PLASTICIDADE -6
BAIXA OU MÉDIA, ARGILAS PEDREGULHO- ESTÁVEIS, NÚCLEOS IMPERMEÁVEIS k > 10 REGULARES A BOAS, RÔLO PÉ-DE- SUPORTE
ARGILAS CL -8 1520 — 1920 NENHUM
SAS, ARGILAS ARENOSAS, ARGILAS SILTO- E BANQUETAS a 10 CARNEIRO, RÔLO PNEUMÁTICO BOM A MAU
LL < 50 SAS, ARGILAS MAGRAS
SOLOS -4 SUPORTE REGULAR
SILTES ORGÂNICOS E SILTES E ARGILAS k > 10 REGULARES A MÁS, RÔLO PÉ-DE-
DE OL NÃO SERVEM PARA ATÊRRO -6 1260 — 1600 A MAU E NENHUM
ORGÂNICAS DE PLASTICIDADE BAIXA a 10 CARNEIRO RECALQUES
GRANU-
SILTES INORGÂNICOS, SOLOS ARENO- ESTABILIDADE MÁ, NÚCLEO DE ATÊRRO -4
MÁS A MUITO MÁS, RÔLO PÉ-DE-
LAÇÃO SOS FINOS OU SILTOSOS MICÁCEOS k > 10 1120 — 1520 SUPORTE MAU NENHUM
MH HIDRÁULICO, INDESEJÁVEIS EM ATÊRRO -6
SILTES E DIATOMÁCEOS, SOLOS ELÁSTICOS COMPACTADO C/ RÓLO PÉ-DE-CARNEIRO a 10 CARNEIRO
FINA
-6
AZUL
E ARGILAS INORGÂNICAS DE PLASTICI- ESTABILIDADE MÉDIA C/ TALUDES SUAVES k > 10 REGULARES A MÁS, RÔLO PÉ-DE- SUPORTE REGULAR
CH -8 1200 — 1500 NENHUM
ARGILAS DADE ELEVADA, ARGILAS GORDAS NÚCLEOS FINOS, BANQUETAS E DIQUES a 10 CARNEIRO A MAU
LL > 50 -6
MÁS A MUITO MÁS, RÔLO PÉ-DE- SUPORTE MUITO
ARGILAS ORGÂNICAS DE PLASTICIDADE k > 10 1040 — 1600 NENHUM
OH NÃO SERVEM PARA ATÊRRO -8
MAU
MÉDIA À ELEVADA, SILTES ORGÂNICOS a 10 CARNEIRO
JADO
RAN-
SOLOS MUITO
ALA-
NOTAS: 1 — Os valores nas colunas 7 e 11 servem apenas de orientação. O projeto deve basear-se em resultados de ensaios.
2 — Na coluna 9, os equipamentos relacionados produzirão normalmente as densidades visadas, mediante um número razoável de passadas, quando a umidade
e a espessura da camada fôrem devidamente controladas
3 — Na coluna 10, as massas específicas sêcas referem-se a solos compactados no teor de umidade ótima, correspondente ao ensaio A.A.S.H.O. (PROCTOR NORMAL)
* — Zona que envolve o núcleo
** — Positive Cut-Off
GW > 1,90 > 13,3 (x) 27.000 ± 13.000 < 1,4 (x) (x) (x) > 0,79
GP > 1,76 > 12,4 (x) 64.000 ± 34.000 < 0,8 (x) (x) (x) > 0,74
GM > 1,82 > 14,5 (x) > 0,3 < 1,2 < 3,0 (x) (x) > 0,67
GC > 1,84 > 14,7 (x) > 0,3 < 1,2 < 2,4 (x) (x) > 0,60
1,90 ± 13,3 ± 0,37 ± 0,40 0,79 ±
SW (x) 1,4 ± (x) (x) (x)
0,08 2,5 (x) ±0,04 0,02
1,76 ± 12,4 ± 0,50 ± 0,23 ± 0,74 ±
SP > 15,0 0,8 ± 0,3 (x) (x)
0,03 1,0 0,03 0,06 0,02
1,82 ± 14,5 ± 0,48 ± 0,52 ± 0,20 0,67 ±
SM 7,5 ± 4,8 1,2 ± 0,1 3,0 ± 0,4
0,02 0,4 0,02 0,06 ±0,07 0,02
SM- 1,90 ± 12,8 ± 0,41 ± 0,51 ± 0,14 ± 0,66 ±
0,8 ± 0,6 1,4 ± 0,3 2,9 ± 1,0
SC 0,02 0,5 0,02 0,02 0,06 0,07
1,84 ± 14,7 ± 0,48 ± 0,76 ± 0,11 ± 0,60 ±
SC 0,3 ± 0,2 1,2 ± 0,2 2,4 ± 0,5
0,02 0,4 0,01 0,02 0,06 0,07
1,65 ± 19,2 ± 0,63 ± 0,68 ± 0,09 ± 0,62 ±
ML 0,59 ± 0,23 1,5 ± 0,2 2,6 ± 0,3
0,02 0,7 0,02 0,01 (x) 0,04
ML- 1,74 ± 16,8 ± 0,54 ± 0,64 ± 0,22 ± 0,62 ±
0,13 ± 0,07 1,0 ± 0,2 2,2 ± 0,0
CL 0,03 0,7 0,03 0,02 (x) 0,06
1,73 ± 17,3 ± 0,56 ± 0,88 ± 0,13 ± 0,54 ±
CL 0,08 ± 0,03 1,4 ± 0,2 2,6 ± 0,4
0,02 0,3 0,01 0,01 0,02 0,04
OL (x) (x) (x) (x) (x) (x) (x) (x) (x)
1,31 ± 36,3 ± 1,15 ± 0,73 ± 0,20 ± 0,47 ±
MH 0,16 ± 0,10 2,0 ± 1,2 3,8 ± 0,8
0,06 3,2 0,12 0,03 0,09 0,05
1,50 ± 25,5 ± 0,80 ± 1,04 ± 0,11 ± 0,35 ±
CH 0,05 ± 0,05 2,6 ± 1,3 3,9 ± 1,5
0,03 1,2 0,04 0,03 0,06 0,09
OH (x) (x) (x) (x) (x) (x) (x) (x) (x)
± indica um limite de confiança de 90%. (x) representa número insuficiente de valores.
Figura 4.4 - Valores médios para propriedades de engenharia, recomendados pelo USBR – United
States Bureau of Reclamation, para solos classificados pelo SUCS.
23
U )
a- -8 - A 20)
iL nh 9(LL ha -
. Lin 3(LL
50 =0 . 7
IP 0
I P=
Argila
inorgânica
de alta
40
plasticidade
ÍNDICE DE PLASTICIDADE
CH
Solos arenosos e siltosos
finos, micáceos ou diatomáceos;
30
Argila siltes elásticos; siltes orgânicos,
inorgânica argilas, e argilas siltosas
de média
Argilas inorgânicas plasticidade
arenosas/siltosas de
20
baixa plasticidade OH
ou
Argilas siltosas,
siltes argilosos
e areias CL OL MH
10
ou Siltes inorgânicos e
7 orgânicos, silte argiloso
CL-ML ML
4 e areia fina argilosa ou
siltosa de baixa
ML plasticidade
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
LIMITE DE LIQUIDEZ
0 100 AR
EIA
10 90 ARGILA
TE
20 80
SIL
30 70
ARGILA
40 60
)
(%
EIA
50 50
AR
AR
G I LA
60 ARGILA ARGILA 40
(%
ARENOSA SILTOSA
)
70 30
AREIA SILTE
ARGILOSA ARGILOSO
80 20
90 AREIA SILTE 10
AREIA
SILTOSA ARENOSO SILTE
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
SILTE (%)
24
PROJETO: INTERESSADO:
PROCEDÊNCIA: LOCALIZAÇÃO:
LABORATÓRIO: OPERADOR:
1 2 3 4 5
REGISTRO NO
FURO
PROFUNDIDADE
2”
1”
3/8”
N0 4
N0 10
N0 40
N0 80
N0 200
L L (%)
IP (%)
CLASSIF.
UNIFICADA
DENS.
MÁX .(kN/m3)
UMIDADE
ÓTIMA (%)
25
OBRA :
CLIENTE :
JAZIDA :
LOCALIZAÇÃO :
MUNICÍPIO :
PROFUNDIDADE
FURO (m) CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS DE JAZIDA
DE A
01 0,10 1,20 Argila arenosa pedregulhosa de cor vermelha
02 0,10 1,30 Argila arenosa de cor vermelha
03 0,10 1,20 Argila arenosa pedregulhosa de cor vermelha
04 0,10 1,30 Argila arenosa pedregulhosa de cor vermelha
05 0,10 1,20 Argila arenosa pedregulhosa de cor vermelha
06 0,10 1,00 Argila arenosa de cor vermelha
07 0,10 1,00 Argila com rocha decomposta de cor vermelha
08 0,10 1,00 Argila com rocha decomposta de cor vermelha
26
27
- Informações a respeito de cheias, que pode ser obtidas com moradores das
proximidades;
- Aspectos de indenizações e desapropriações do sítio;
- Possíveis locais para empréstimos de materiais;
- Locais de dificuldades potenciais e particulares, tais como, áreas de turfas ou
argilosas, presença de solos saturados, falhas geológicas, etc.
28
a) Barragens homogêneas;
b) Barragens zoneadas;
c) Barragens mistas.
29
30
Barragens mistas são aquelas em que vários tipos de materiais entram na sua
composição, tais como solo, areia, brita e blocos de pedras..
7.1 – Generalidades.
31
• Fundações em rocha;
• Fundações em solos permeáveis ( solos arenosos ou pedregulhosos)
• Fundações em solos impermeáveis (solos argilosos ou siltosos)
As valas devem ser colocadas para montante do eixo da barragem, mas tendo
em atenção que a cobertura impermeável do maciço ofereça em todas as seções, uma
resistência a percolação pelo menos igual a oferecida pela própria vala.
Q = K.(H/L).A
Onde;
K - coeficiente de permeabilidade do solo da fundação;
L – Largura do manto permeável;
A – Área correspondente ao fluxo percolado.
33
Por vezes tem sido usadas cortinas de estacas pranchas, associadas a valas
corta-águas parciais, com a finalidade de aumentar o caminho de percolação ou mesmo
atingir uma camada impermeável.
Nas melhores condições, poder-se-á esperar que uma cortina até uma base
impermeável, seja apenas 80 a 90% efetiva.
7.3.5 – Injeções
35
36
37
• Fundações saturadas;
• Fundações em solos relativamente secos.
38
39
40
Mesmo um riacho intermitente pode ser utilizado para abastecer uma cidade,
por exemplo, contanto que a sua descarga anual supere com folga o consumo anual de água
e nele seja construída uma barragem de determinada altura.
• Consumo de água.
Onde:
Va = volume afluente anual, em m3;
R = rendimento da bacia hidrográfica, em %;
H = altura anual de chuva, em m;
U = coeficiente de correção do tipo de bacia;
A = área da bacia hidrográfica, em m2.
42
43
Concluindo, a área da bacia hidrográfica é uma linha que passa pelos pontos
de cumeada, perpendicular as curvas de nível.
44
45
H 2
− 400 H + 230 . 000
R = , (Fórmula do Engo. Aguiar)
55 . 000
Onde,
H – Altura média de chuva compreendida entre 500 e 1000mm;
R – Rendimento da bacia hidrográfica em %.
46
Onde,
R – Rendimento anual em mm.;
H – Altura anual de chuvas em m.
Rmm
R% =
10 H
Cr = 2Va;
Onde:
Cr – Capacidade disponibilizada pela bacia, em m3;
Va – Volume afluente anual.
47
Por outro lado as perdas por infiltração na bacia hidráulica e por vazamentos
ao longo da barragem são estimadas, para facilidade de cálculo, em função da área de
contribuição e de uma altura da ordem de 30 milímetros.
48
49
A partir desse ponto prolonga-se uma linha paralela ao eixo das abscissas até
encontrar a curva cotas x área inundada da barragem para aquela cota considerada, ou seja,
definirá a área da bacia hidráulica, Figuras 8.4 e 8.5.
3 )
(m
Volume acumulado - 2.047.112 m 3
es
lum
Vo
Área inundada - 546.643 m2
) 2
90 (m 90
as
Áre
85 85
83 83
0 50 100 150 200 Volumes (x10 4 ) 250
0 100 200 300 400 500 Áreas (x10 3 ) 600
50
as (m²)
Áre
Volu
mes
(m 3)
85 85
83 83
0 250 Volumes (x10 4 ) 200 150 150 100 200 50 4
51
1150.S
Qs = ; (m3/s)
LC (120 + KLC )
Sendo,
Qs = vazão de cheia (m3/s)
52
Q = C.A2/3 ; (m3/s)
Onde:
C – coeficiente que depende da natureza da bacia hidrográfica;
A – área de contribuição, em Km2.
O Método Racional pode ser utilizado para pequenas bacias com até 100
hectares ou 1 Km2. Admite-se para o cálculo da descarga de projeto, que a chuva cai
uniformemente distribuída em toda a bacia.
C.I . A
Q= ; (m3/s)
36
Onde;
C – Coeficiente de “Runoff” ou de escoamento, já tabelado;
53
Onde;
C – Coeficiente de “Runoff”;
S – Declividade longitudinal, em %;
L – Extensão da linha de fundo, em m.
54
Qx = 17.( A)
0.,80
.Fc
Qx = 25.( A)
0.58
.Fc
Onde:
1. Uma grande altura de lâmina vertida implica numa diferença de nível bem
maior entre a cota de sangria e do coroamento. Neste caso haverá uma
necessidade de construir uma barragem mais alta e mais onerosa.
55
Qs
L =
mH (2 gH )1 / 2
Sendo:
L – Largura do vertedouro, em metros;
H – lâmina de sangria, em metros;
Qs – descarga máxima de enchente, em m3/s;
m – coeficiente igual a 0,385;
g – aceleração da gravidade, em m/s2.
Qs
L =
1,77 H H
Sendo:
L – Largura do vertedouro, em metros;
H – lâmina de sangria, em metros;
Qs – descarga máxima de enchente, em m3/s;
Qs = C.L.(H)1,5
Onde,
L – Largura do vertedouro, em metros;
Qs = descarga máxima de enchente, em m3/s;
56
1,5
i% = 0 , 33
; Para um canal com fundo irregular;
(H )
0,15
i% = 0 , 33
; Para um canal revestido em concreto;
(H )
57
H = (Qs / C.L)0,67
Onde:
v = 1,5 + 0,66 h
Onde:
58
Onde;
f = Folga mínima, em metros;
F = “Fetch” da barragem, em km.
59
B= 1,1 H + 0,9
B= 1,65 H
B= 3,633 H − 1,50
Onde;
B – Largura do coroamento, em metros;
H – Altura da barragem, em metros.
B = (H/5) + 3
Onde:
B – Largura do coroamento, em metros;
H – Altura da barragem, em metros.
8.11.1.1 - “Rip-Rap”
As pedras devem ser lançadas sobre uma camada de material que efetue a
transição granulométrica adequada para os solos do aterro, como se trata de um filtro, não
só atendendo a ação das ondas mais também a do esvaziamento do reservatório.
A forma das pedras deve ser tal que proporcione a maior dificuldade ao
movimento. Assim, são preferíveis as formas angulares às arredondadas.
61
c) A granulometria deve ser tal que se tenha: D85 > 2,5 cm.
d) Para ondas de altura superior a 1,50m devemos adotar D85 > 4,0 a 5,0 cm.
62
8.12.1 – Generalidades
a) D(15) do filtro / D(15) da base maior ou igual a 5. (O filtro não deve ter
mais de 5% de grãos passando na peneira No. 200 – diâmetro igual a
0,075mm);
1
geotecnia – ramo da engenharia que se ocupa da caracterização e do comportamento dos materiais e
terrenos da crosta terrestre para fins de engenharia; atentando para as peculiaridades dos solos com base no
entendimento dos mecanismos de comportamento.
2
QC/QA – Quality Control/Quality Assurance
65
9.2.1 - INTRODUÇÃO
A utilização de solos como material de construção pressupõe a sua
densificação através de compactação. Entende-se por compactação de um solo o processo
manual ou mecânico que visa reduzir o volume de seus vazios através da expulsão de ar,
aumentando, assim, o seu peso específico e melhorando as suas propriedades como:
resistência, permeabilidade, compressibilidade e estabilidade.
66
67
γ
Esta curva nos mostra que há um determinado ponto para qual S é máximo.
O teor de umidade correspondente a este ponto de peso específico aparente máximo é
h
denominada umidade ótima - ot . Para cada solo, sob uma dada energia de compactação,
existem, então, um
h ot e um γ S. max . Esse comportamento pode ser explicado
considerando-se que à medida em que cresce o teor de umidade o solo torna-se mais
γ
trabalhável, resultando em S maiores e teores de ar menores. Observa-se que, com o
aumento de umidade até determinado ponto, o solo aumenta de densidade para depois
h γ
diminuir. Neste ponto o solo está na umidade ótima ( ot ) e densidade máxima ( S. max ) –
Figura 9.2. Como, porém, não é possível expulsar todo o ar existente nos vazios do solo, a
curva de compactação não poderá nunca alcançar a curva de saturação (curva de
Var = 0 ),
γ S. max
justificando-se, assim, o ramo decrescente a partir de .
68
1+ h
γ=δ γa (1)
1+ e
e = h.δ (2)
donde:
1+ h
γ=δ .γ a (3)
1 + h.δ
69
δ
γS = .γ a (4)
1 + h.δ
δγ a
1 + h.δ = (6)
γs
δ.γ a
h.δ = −1 (7)
γS
γ 1
h= a − (8)
γS δ
γ
Esta equação - para δ e a constantes - representa uma hipérbole eqüilátera,
que é justamente a curva de saturação, limitando, pois, uma zona onde se situam todas as
curvas de compactação. Assim, o teor de umidade necessário para saturar um solo é dado
por:
γ 1
h (% ) = a − .100 (9)
γ
S δ
70
P.h.N.n
E= (10)
V
71
Esse fenômeno pode ser explicado pelo fato de que quanto maior for o
esforço de compactação tanto mais próximos uns dos outros se poderá forçar os grãos dos
solos a ficarem. Porém, com pequenas umidades aparecerá um atrito grão-a-grão que
dificultará o esforço de compactação, impedindo o seu entrosamento completo, de forma a
atingir grandes densidades. É o que acontece no ramo esquerdo das curvas de compactação.
Quando a umidade do solo for muito grande, esse estará quase saturado e os
grãos como que ‘boiando” em água, não oferecendo resistência à compactação, porém, as
densidades serão tanto mais baixas quanto maiores forem os teores de umidade, pois os
filmes de água em torno dos grãos crescerão de espessura à medida que as umidades
crescem. É o que acontece no ramo direito das curvas. No ponto correspondente à umidade
ótima a espessura do filme de água é próxima à estritamente necessária para saturar os
vazios correspondentes à máxima densidade possível de ser obtida com o esforço de
compactação empregado.
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Proctor cilindro
Normal pequeno
4pol. 4,6pol 2,5kg 12pol. 3 25 6,00
(cilindro e soquete
pequeno) pequeno
Proctor cilindro
Interm. pequeno e
4pol. 4,6pol 4,5kg 18pol. 3 25 13,00
(cilindro soquete
pequeno) grande
Proctor cilindro
modificado pequeno e
4pol. 4,6pol 4,5kg 18pol. 5 25 27,30
(cilindro soquete
pequeno) grande
cilindro e
AASHTO soquete
normal grandes;
6pol. 7pol. 4,5kg 18pol. 5 12 6,00
(cilindro disco
CBR) espaçador
de 2,5pol.
cilindro e
AASHTO soquete
Interm. grandes;
6pol. 7pol. 4,5kg 18pol. 5 26 13,00
(cilindro disco
CBR) espaçador
de 2,5pol.
cilindro e
AASHTO soquete
modificado grandes;
6pol. 7pol. 4,5kg 18pol. 5 55 27,40
(cilindro disco
CBR) espaçador
de 2,5pol.
73
i. Natureza do solo;
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ix. Temperatura
x. Outras
i. Número e espessura da camada
ii. Número de golpes
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Sabe-se, por exemplo, que a camada superior dos solos tropicais de origem
residual apresenta-se normalmente em baixas umidades na jazida e que sua compactação
em campo é em geral, procedidos com umidades abaixo da ótima, desta forma se os
resultados discutidos acima forem válidos também para os métodos de compactação de
campo, a estrutura gerada deveria tender ao tipo floculada. Já no caso de solos saprolíticos,
que normalmente são compactados acima de ótima, o desenvolvimento da influência dos
diferentes métodos de compactação é ainda maior, que devido à sua maior complexidade
estrutural, quer pela sua mais recente utilização.
77
• tipo de solo
• espessura da camada
• entrosamento entre as camadas
• número de passadas
• tipo de equipamento
• umidade do solo
• grau de compactação alcançado.
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γ (campo)
GC = S x100
γ S,max (lab)
(11)
79
80
9.9.1 – Introdução
A energia que se requer para compactar os solos no campo pode ser aplicada
mediante qualquer das quatro formas que segue, as quais se diferenciam pela natureza dos
esforços e pela duração dos mesmos.
• Por amassamento;
• Por pressão;
• Por impacto;
• Por vibração;
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A pressão que exerce o rolo pé-de-carneiro ao passar com suas pontas sobre
o solo não é continua, as pontas penetram exercendo pressões crescentes, as quais levam a
um máximo no instante em que a ponta está vertical e em sua máxima penetração, a partir
deste momento a pressão diminui vista que a ponta sai. Afinal, a ação do rolo é de tal forma
que faz progredir a compactação da camada do solo de baixo para cima, nas primeiras
passadas as pontas e uma parte do tambor penetram no solo, o que permite que a maior se
exerça no leito inferior da camada à compactar. Para que isto ocorra a espessura da camada
não deve ser muito maior que a altura da ponta.
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Com isto, a terra empurra o objeto para cima, numa pequena distância, e
assim inicia-se um movimento oscilante que é chamado vibração. Por não haver qualquer
peça de sustentação, a vibração cessa rapidamente, devido a ação amortecedora do solo.
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a) A força estática ou peso morto produza uma pressão adequada para o tipo de solo
que está sendo compactado;
b) A freqüência da força dinâmica seja tal que a massa do solo e o vibrador estejam
em ressonância;
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10.1 - Introdução
Estudo neste sentido foi apresentado por BRITO et alli (1989), que consistiu
na construção de 3 barragens sucessivas em uma área em que o terreno apresentava
espessura de cerca de 1 m, cuja área de captação da chuva precipitada acumulava a água
formando um lençol freático. Esta área foi utilizada para plantação de feijão, milho e sorgo
que apresentaram aumento de produtividade em relação à média da região de 300, 1.140 e
629%, respectivamente. Ainda segundo os autores, o déficit hídrico ocorrido praticamente
em todas as fases de cultivo nos três anos em estudo, foi amenizado pela maior
90
Nas Figuras 10.1 e 10.2 pode-se ver este esquema clássico das barragens
subterrâneas que interceptam o leito de um rio.
Figura 10.1 - Perfil Longitudinal de uma Figura 10.2 - Corte Transversal de uma
Barragem Subterrânea Barragem Subterrânea - Esquema Clássico
91
O autor visitou ainda uma terceira barragem, mais recente, construída em,
1993, em material argiloso compactado. Esta barragem está localizada na Fazenda Fechado,
de propriedade do Sr. Luiz Costa, no município de Patos. Os efeitos da barragem já são
perfeitamente notados na vegetação existente na área da bacia de acumulação, sendo que
são plantados no local forrageira para o gado e feijão, com produtividade excelente segundo
o seu proprietário. A barragem foi construída até cerca de 1,5 m acima do nível do terreno,
com 120 m de comprimento e 2,5 m de largura, possuindo um sangradouro no leito do
riacho. O seu proprietário informou que sua construção ocorreu durante a estiagem rigorosa
de 1993 e que no fim da mesma já se pode captar a água represada do fluxo subterrâneo. A
água que abastece a barragem não é considerada de boa qualidade mas, devido à forma de
construção que possibilita o alagamento da área no período de chuvas e conseqüente
lixiviação dos sais que possam ter sido depositados no solo, acredita-se que sua utilização ao
longo do tempo só trará benefícios para seu proprietário.
Outra grande vantagem que deve ser considerada na utilização das barragens
subterrâneas consiste na menor agressão ao meio ambiente, pois o sistema passa
rapidamente a ser integrado ao mesmo, sem provocar o impacto observado nas barragens
superficiais.
94
Caso o leito do rio esteja muito abaixo do nível do terreno nas margens,
pode-se projetar o septo, no leito do rio, como uma barragem submersível, que permitirá a
acumulação de sedimentos, bem como proporcionará uma maior altura do lençol freático
não só no depósito aluvial, como em todo o terreno da bacia de acumulação. (Figura 10.3).
Este tipo de barramento, dentro de certo tempo poderá estar todo submerso pelo acúmulo
de solo no leito do rio. O ideal, nestes casos é ir elevando o septo conforme ocorra o
assoreamento, pois assim se terá o aluvião aumentado somente pela deposição das
partículas grossas do solo, o que garantirá sempre um elevado coeficiente de permeabilidade
para o mesmo, permitindo desse modo, a retirada da água armazenada pelos métodos
convencionais.
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Figura 10.7 - Sistema de Drenagem Tipo "Espinha Figura 10.8 - Proteção do Septo Impermeável
de Peixe"
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103
Figura 10.12 - Poço Amazonas com Paredes Vazadas (COSTA et alli, 1990.)
104
Figura 10.13 - Sistema com Barragem de Cabeceira e Barragens Subterrâneas Sucessivas (UEHARA et alli 1981)
Para que se utilize esta tecnologia com sucesso é necessário, no entanto, que
se proceda a alguns estudos preliminares, principalmente, quanto à qualidade da água dos
recursos hídricos disponíveis na bacia hidrográfica e quanto ao tipo, dimensão e espessura
do material aluvial, que definirão a capacidade de armazenamento da barragem e permitirão
a programação adequada de seu aproveitamento.
Deve-se atentar para o fato de que esta tecnologia pode ser aplicada não só
no barramento subterrâneo de leitos de cursos d'água, mas também para barramento de
linha de drenagem natural do terreno, beneficiando-se o agricultor, neste caso,
principalmente da subirrigação que aumentará sua produtividade.
105
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