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Alunos: Alan Vitor, Keila Roberta, Laura Dayane, Lucas Marques e Wilham

Português – Professora Rosilda Araújo

O bregafunk como cultura periférica

O bregafunk não é ouvido apenas nas comunidades periféricas


brasileiras, mas é de lá que ele surge como reflexo dessas comunidades sem o
acesso à educação e à grade de culturas, buscando através do gênero uma
forma de identificação e firmamento de identidade.

Sem o acesso adequado à cultura e educação, a maioria das pessoas


adeptas ao gênero continuam transformando tudo em bregafunk, além de
continuarem compondo músicas que expõem não só a realidade vivida por
elas, mas também iniciando jovens no crime, drogas e fazendo alusão à uma
suposta vida de ostentação baseada em dinheiro e sexo através de suas letras
normalmente escritas de forma explícita.

O estado e a escola não cumprem seu papel como agentes de


visibilidade cultural, tornando o ambiente e as pessoas periféricas pobres
culturalmente, tendo uma só visão de música, comportamento e dança.

O funk paulista está ficando cada vez mais nordestino, enquanto o


bregafunk do Nordeste se espalha pelo Brasil. Basta ouvir o que é tocado nos
bailes funk por todo o Brasil, nas caixas de som que embalam festas de rua, ou
ver vídeos do canal do Kondzilla, por exemplo, rei do funk de SP, com cada vez
mais clipes de astros de outros lugares.

Pense em como seria se todos tivessem acesso à educação de


qualidade. Ou se os jovens das comunidades periféricas fossem ouvidos sem
precisar se expressar através de linguagem explicitamente sexual. Pense em
como seria se o governo, cego por opção abrisse os olhos e se movesse a
favor da igualdade. Achamos que o fenômeno do Bregafunk não é apenas um
ritmo contagiante, mas um grito daqueles que clamam por visibilidade. Se o
governo, juntamente com a sociedade e a escola acordarem para o tema,
podemos sim melhorar as coisas, experimente olhar para realidades além da
sua.

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