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RAFAELA ROCHA LIMA, advogada, inscrita na OAB/XX sob o n.º XX. XXX,
com escritório profissional na Rua XXXX XXXXX XXX, XXXXX, XXX/XX, onde recebe
intimações, vem respeitosamente perante esse Egrégio Tribunal, com fulcro no art.
5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal de 1988 e artigos 647 e 648, ambos do
Código de Processo Penal, impetrar o presente
2. DAS NULIDADES
2.1 DA AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO
A inobservância do que dispõe o §3º do artigo 282 do CPP é causa mais que
certa de nulidade.
Nesta seara, em manifesta quebra ao direito constitucional da ampla defesa,
houve o cerceamento do direito da paciente em apresentar suas declarações, em
manifesto prejuízo ao princípio do contraditório. Ora, a paciente sequer foi ouvida
durante toda a instrução criminal, tendo sua prisão preventiva decretada sem o direito,
garantido pela Carta Magna, de manifestar-se sobre a representação de prisão
preventiva formulada pelo Delegado de Polícia Civil, haja vista não ter sido intimada
para tal pela Autoridade Coatora, o que viola expressamente as garantias
constitucionais, conforme observa-se da redação do inciso LV, do art. 5°, da
Constituição Federal, além de existir clara ofensa ao § 3º do art. 282, do Código de
Processo Penal
3. DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
A Autoridade Coatora entende que há razões fáticas emanadas dos autos que
legitimam decretação da prisão preventiva da paciente, entretanto, EM NENHUM
MOMENTO, durante todo o ato de decisão, demonstrou quais razões fáticas eram
essas, expressando unicamente a suposição, SEM NENHUMA PROVA, de que as
imputações formuladas à paciente possivelmente são procedentes, atribuindo a
esta um caráter monstruoso, repita-se, baseando-se somente em hipóteses.
Os argumentos lançados pela Autoridade Coatora não são apoiados em dados
concretos, não passando de meras ilações abstratas que, sem dúvida, não se prestam
a fundamentar decreto de prisão preventiva, independentemente da gravidade do
delito imputado à ré.
Ante todo o exposto, é direito de todo e qualquer cidadão, à luz dos princípios
da inocência e da não-culpabilidade, uma decisão devidamente fundamentada acerca
dos motivos da permanência no cárcere, máxime sob a forma de segregação cautelar.
É consabido que é dever de todo e qualquer magistrado motivar suas decisões
judiciais, sobremodo à luz do que reza o art. 93, inc. IX da Constituição Federal,
todavia, no caso dos autos, houve o decreto de prisão preventiva sem a necessária
fundamentação
A corroborar com o exposto, pode-se ainda inferir que a decisão não resta
devidamente fundamentada, através da transcrição do seguinte fragmento:
5. DOS PEDIDOS
Nestes termos,
Espera deferimento.
Paraibuna, 28 de janeiro de 2017.