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UNIDADES DE

FORÇAS ESPECIAIS

As FOpEsp modernas
apareceram na Segunda Guerra Mundial. A primeira, e
que pode ser
considerada a base para as outras forças, foi o SAS
britânico.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o


conceito do SAS - Special Air Service - nasceu
de um
conceito de força ofensiva pequena e móvel,
inspirado nos comandos
Boers sul africanos que
aterrorizavam as tropas britânicas no fim
do século
XIX. O SAS inicialmente seriam chamados
de "Storm Troops” ou Leopardos.
Com o treinamento de pára-quedismo passou a ser SAS.

O SAS foi usado inicialmente para


atacar bases aéreas alemãs no Norte da
África. Após uma
incursão sem sucesso com
infiltração por pára-quedas contra uma base
aérea o SAS passou a
atuar com o LRDG para infiltrar e
exfiltrar por
terra no deserto. O SAS passou a plantar bombas
nos aviões
alemães e em uma
ocasião atacou com metralhadoras e granadas passando a ser
uma
opção. O SAS
destruiu mais de 400 aviões da Luftwaffe, ou mais que RAF
destruiu em
terra e no
ar. Após a Segunda Guerra Mundial foi decidido que os Roryal
Marines e o SBS
iriam
fazer incursões de curto alcance e o SAS incursões
de longo alcance e
longa duração dentro de
uma estratégia contra a
União Soviética. O SAS atuou na
Malásia em 1948 onde foram
apoiados por helicópteros.
Faziam ações psicológicas
como as Forças Especiais americanas.

Uma inovação no
conflito da Malásia foi o treinamento de linguagem local e
maior treinamento
em enfermagem, tanto para ajudar nas patrulhas quanto
para
ações cívico-sociais, capacidades
que se tornaram
padrão
para as Forças Especiais para
conquistar "corações e mentes".

O SAS tem um regimento regular, o 22


Regimento, e os Regimentos 21 e 23 da força
de reserva
territorial. Os regimentos de reserva só não
recebem treinamento
anti-terror e o treinamento é
mais arrastado. Geralmente atuam
como
"inimigos" nos treinamentos de tropas convencionais.

Em meados 1991, o
SAS foi deslocado para o Golfo Pérsico, durante a Guerra no
Golfo, criar
ataques divisionários a frente do ataque principal das
forças da Coalizão,
destruir linhas
comunicações e caçar os
lançadores de Scuds.

O SAS australiano (SASR) era


inicialmente parte do SAS britânico mas se
tornou independente.
Atuou em Bornéu em 1965 em missões
de
"corações e
mentes", depois no Vietnã onde
realizaram patrulha de longo
alcance,
incluindo junto como MACV-SOG. Durante a
atuação em
Bornéu tiveram que aprender
enfermagem para ensinar cuidados de saúde a
população devido
as condições
sanitárias
ruins. Para respeitar a cultura local tiveram que aprender a linguagem
e
costumes locais. O SASR atuou
no Vietnã em patrulhas a
pé e veículos, fazem
proteção VIP e
atuam como força de
reação rápida. O curso de patrulha atual é igual
ao curto de
Recondo do
Vietnã.

As tropas
do SASR são especialistas em várias habilidades ao
invés de se especializarem
em
apenas uma com como nas outras forças, tende que ser capazes
de realizar
vigilância,
reconhecimento, coleta de inteligência,
salvamento de combate, ação
direta, operações
anfíbias,
operações aerotransportadas, contra-guerrilha e
antiterror. Um dos motivos é limitar o
impacto das perdas em
combate. A maioria
dos operadores do SASR também têm algumas
qualificações lingüísticas. A única
especialização visível são os meios de
infiltrações das
equipes. Uma tropa
especial do SAS é o TAG, ou Tactical Assualt Group, uma
unidade antiterror
dividida em unidades terrestre (Gaunlet Teams) e aquática (Nulla
Teams) que atuam em terra e
mar respectivamente.

As Forças Especiais (Special


Forces) do US Army, ou os Boinas Verdes,
foram criadas em 1952
por veteranos da OSS da Segunda Guerra Mundial
para
realizar ações de guerrilha ou guerra
irregular contra a
URSS. Esta capacidade
automaticamente a faz ser ideal para guerra anti-
guerrilha. A USAF e a
CIA
proporam criar uma força para operar atrás das linhas
junto com o
apoio da
população local e passou a atuar como força
anti-guerrilha.

A OSS americana
lançou 87 equipes Jedbourg na Europa
ocupada a Segunda Guerra Mundial. A
equipe consistia de um oficial
americano, um
operador de rádio e um oficial do país do local de
operação (francês, holandês
etc). A equipe treinava e comandava a guerrilha local em
operações
de sabotagem, inteligência
e ação direta. As equipes Jedburgh
armaram e treinaram
mais de
20 mil guerrilheiros. Foram usados para cortar linhas
ferroviárias, emboscar
tropas e
comboios de estrada com objetivo de desviar forças de
outras frentes. Depois
da invasão no
dia D passaram a proteger as pontes e fontes
elétricas das tropas
alemães que se retiravam. O
conhecimento do terreno, a
mobilidade e o moral
alto foram importantes para realizarem a
missão. Os EUA consideram que
tiveram um efeito
equivalente a 12 divisões.
Outras 19 equipes
tipo OG formadas por 15 homens podiam operar sozinhas
ou com ajuda
da guerrilha local.
Foram responsáveis por 928 mortes entre os
soldados alemães
com apenas 13 perdas. Já o
destacamento 101 da OSS atuou em
Burma com 684
americanos controlando 11 mil
guerrilheiros locais. Sofreram 22 mortos
mais 184
baixas na guerrilha contra 5 a 10 mil
japoneses mortos. Foram
responsáveis por
90% da inteligência coletada e designaram 85 dos
alvos da USAF na
região. Para
conseguir respeito da guerrilha local tiveram que aprender e
adotar a
cultura e
linguagem local. Depois da Segunda Guerra Mundial a OSS foi desbandada
por
competir com outras agências de inteligência como o FBI e a
CIA. As operações da OSS
são um dos poucos
exemplos de operações de guerra não convencional
com sucesso.

As FE americanas foram
formadas por veteranos de forças especiais da Segunda Guerra
Mundial para criar
e desenvolver doutrina, treinamento e equipamento. O problema é
que a
maioria
eram ex-rangers e tinham todas as características que as FE
não devem ter pois
eram
máquinas de matar e não eram bons em diplomacia e
compreensão. Os Boinas Verdes
recebem instrução
sobre psicologia, antropologia,
economia, ciência política, relações
internacionais e história.

Durante a Segunda Guerra Mundial a OSS fazia sabotagem e


incursões contra instalações e
comboios
alemães na Franca e treinava
resistência local. Tinham treinamento na língua local. O
SAS britânico fazia a
mesma coisa. Um bom exemplo seguido pelos Boinas Verdes eram as
operações do
SAS na Malásia. Um mau exemplo era a guerra colonial da
França na Indochina e
Argélia.

A experiência do SAS e OSS na Segunda Guerra Mundial mostrou as


qualidades dos
operadores
necessárias:

- operam atrás das linhas, sem frente definida, sem saber quem
é amigo ou
inimigo;

- operam em ambiente de grande ameaça e com muito estresse, sem


muito apoio de
forças
amigas;

-
deve ser
especialista em todas as habilidades básicas do
soldado, não só para
praticar mas
para ensinar;

-
deve ser
familiarizado com armas amigas e
inimigas;

- deve ter boa habilidade na linguagem da população onde


opera e conhecer a
cultura local;

-
como operar
atrás das linhas tem que ter história de cobertura;

-
deve ter
força psicológica para resistir ao estresse de ficar
sozinho, sem
muito apoio e com
risco de ser delatado;

-
além das
habilidades militares, deve ser líder político para lidar
com
pessoas que não
acreditam ou duvidam das suas
intenções. Deve ser persuasivo e
convincente;
-
os operadores fazem
política do país no exterior e tem responsabilidade para
não atrapalhar.

Algumas características
exigidas das Forças Especiais
são responsabilidade além
do posto,
capacidade de assumir riscos maiores, iniciativa, capacidade
de
instruir outros, liderança e
organização.

No
Vietnã, um sargento das
Forças Especiais era capaz de comandar até uma companhia
de
tropas locais que
eles mesmos treinavam chamados de CIDGs. Faziam ação
direta, apoiavam
postos
locais e interditavam rotas de infiltração do Vietcong.
Quando o CIDG passou a
ser
usado como tropa regular em ofensivas ao invés de defesa dos
locais que
viviam perderam a
eficiência. Já os Strikers eram
forças locais que tinham
objetivo limitado em tempo de atuação
(até uma
semana) e contra inimigos
locais. As FE davam a capacidade de chamar apoio extra
de artilharia,
apoio
aéreo aproximado e helicópteros de ataque nas
missões.

Já as
forças MIKE eram do tamanho de uma compania e respondia ao
chamado dos CIDIGs.
Era
uma força de ataque móvel e faziam
penetração atacando alvos no Laos, Camboja e
Vietnã
na trilha Ho Chi Min. Passou de força de
reação para ação com missão de
infantaria
leve
durante a guerra.

O treinamento das Forças Especiais inclui linguagem para


operar
em território
inimigo, além de
treinamento em operações e armas
de vários países,
inteligência, demolição,
comunicações,
medicina de combate, patrulha de longo
alcance e precursor pára-quedistas (as Forças
Especiais
são todos
pára-quedistas). São preparados para realizar tarefas de
segurança,
sabotagem,
evasão e escape, atuando em operações
anfíbias, montanhas e regiões desérticas,
selva e árticas. Em tempo de paz podem atuar como força
opositora para treinar
forças
convencionais contra guerrilha. O treinamento de
enfermagem é longo,
cerca de 40 semanas,
incluindo estagio em hospital.

As Forças Especiais tem como formação


básica a equipe A de 10-12 tropas cada um
com uma
especialização e treinam um ao outro. O
treinamento cruzado não é para
criar especialistas
(armas leves, armas pesadas,
comunicações, engenharia e
enfermagem) mas para ter
capacidade de cumprir a missão.
Inicialmente
foi pensado em uma equipe de 13 a 15 homens
para ter capacidade de
realizar
ação direta. Depois passaram a ter papel apenas de
treinamento de forças
guerrilheiras.

O 10o Grupo de Forças Especiais é baseado na Europa e


tinha a tarefa de organizar guerrilhas e
sabotagem em caso de
invasão do Pacto
de Varsóvia. Para operar por longos períodos atrás
das linhas as FE recebem
treinamento para deprivação sensorial sendo capazes de
viver sem
apoio material
e social atrás das linhas. Entre as capacidades para operar
neste cenário as FE
eram treinados em armas individuas e coletivas dos países
inimigos, demolição,
comunicações, operações clandestinas,
reconhecimento, criação de redes de
inteligência e
evasão e escape, ressuprimento a noite e
criação de campo de
pouso e zonas de
desembarque. Tinham muito treinamento na linguagem e
cultura
dos países onde deveriam
operar. A linguagem não precisava ser
fluente, mas
apenas para manter uma conversa.

Na Guerra do Golfo em 1991 as Forças Especiais tiveram a


oportunidade de
operar em um
conflito de grande intensidade. Neste
conflito as FE americanos participaram em grande
número, cerca
de 7 mil, de
todos os tipos além dos Boinas Verdes.

Seis destacamentos
de Forças Especiais foram
usados para treinar fugitivos do Kuwait como
soldados para liberar seu
próprio
país e treinaram a resistência local. O motivo foi mais
político
pois era uma
força que não faria diferença. Quatro grupos de
guerrilhas foram formado com
kuwaitianos com 3.500 homens mas não tiveram apoio
político para entrar em
ação. Os
membros da resistência foram usados para
fazer coleta de informações,
mas tiveram sua ação
diminuída progressivamente
quando os iraquianos começaram
a matar suspeitos de traição.
No total foram mais de 6
mil treinados que
formaram um batalhão de Forças Especiais, um
brigada de
comandos e três de
infantaria. Todas participaram da invasão. Os Seals ajudaram a
montar a marinha
do Kuwait fazendo seu papel de Forças Especiais. Os boinas
verdes
planejaram
criar guerrilha curda no norte do Iraque e xiita no sul. Outra
missão planejada
foi
matar Saddam Husseim, mas a lei não permitia isso a
não ser quando o ataque
começou.

Os boinas verdes foram as forças de ligação para


viabilizar as operações
conjuntas com 109
times espalhados entre as forças aliadas
até o nível
de batalhão nas formações árabes,
francesas
e britânicas. Estes
destacamentos eram chamados de Coalision Support Team (CST)
e
facilitaram o
treinamento, planejamento, comando e controle e
comunicações e ligação com
o
apoio de fogo. Treinaram as forças árabes desde a entrar
nas casas sem matar
civis e até os
oficiais a usar garfo certo em almoço em
embaixada.

Um problema com as CST


era a falta de pessoal
treinado em linguagem o que lembra que não
dá tempo de
desenvolver estas
habilidades depois de iniciado o conflito. Também não
tinham
experiência com operações
de grandes unidades.
 
Inicialmente eram visto com desconfiança, mas após
passarem a disseminar dados
de
inteligência, por terem acesso a GPS e poder chamar apoio
aéreo foram muito
valorizadas. O
treinamento em linguagem ajudou a atuar com qualquer
nação sendo os responsáveis pela
coordenação e manobra de uma força com
vários exércitos
com linguagem diferentes. A arma
principal era o uso da diplomacia e
confiança.

Suas operações em profundidade iniciaram junto com os


ataques aéreos
operando junto com o
SAS e Delta Force. Participaram de um raid junto
com o SAS
para roubar um radar no Kuwait.
As equipes que operaram atrás
das linhas faziam
vigilância e reconhecimento em
profundidade, captura de
prisioneiros, raids
para atrapalhar as operações de comando e
controle e
obter inteligência, salvamento
de combate e designação de alvos com laser
portátil.

Para iniciar as
operações
aéreas era necessário
destruir dois radares de alerta antecipado para
deixar as aeronaves
passar sem
serem detectados. Inicialmente foi pensado como alvos para
as
forças especiais,
mas não aceitaram a realização de
operações terrestres naquele
momento. Depois
foi pensado em usar helicópteros MH-53 para destruir antenas com
metralhadoras 12,7mm. Finalmente foi  decidido que os MH-53
só usariam seus
sistemas de
navegação
sofisticado para guiar helicópteros Apaches para atacar alvos.
Outro plano para
o
uso das FE americanas foi resgatar pessoal da embaixada americana no
Kuwiat,
mas foram
liberados antes da missão.

A
contribuição dos CST e missões de
despistamento dos Seals no conflito do Golfo em 1991 é
difícil de comparar com estatísticas
das tropas convencionais como 1.500 carros de combate
destruídos, 80 mil tropas
capturadas etc. As Forças
Especiais diminuíram as baixas da coalizão
através da ligação, mantiveram a coalizão
junta, as missões de despistamento
conseguiram
manter as tropas de Saddam afastadas, a caça aos
Scuds conseguiram manter
Israel fora do
conflito e manter a coalizão unida, as
missões CSAR salvaram
pilotos e as operações
psicológicas fizeram os
inimigos desistir de lutar,
mostrando que a função das Forças Especais
não é só destruir o inimigo, atuando
como um multiplicador de força.

Na
Operação Enduring
Freedom no Afeganistão em 2001, as Forças Especiais
americanas
fizeram operações especiais focando em
ação direta unilateral
ou combinada. Foram mais de
400 patrulhas de combate com mais de 75
contatos
com o inimigo. Inicialmente tiveram muito
sucesso, atuando junto com as
forças
da Aliança do Norte, contra as forças talibãs que
estavam em posições fixas
facilmente visíveis. Estas posições eram
suficientes para contrapor
a Aliança
do Norte, mas eram alvos fáceis para os designadores laser das
Forças
Especiais.
Em uma ocasião uma posição foi atacada
há 8km de distância para
surpresa das tropas da
Aliança do Norte.

O Talibã reagiu criando


posições bem camufladas e posições falsas e
passou a
atuar com mais
mobilidade o que forçou o uso de forças
convencionais. Em uma ocasião
uma ordem de atacar
foi mal entendida e uma tropa a cavalo da
Aliança do Norte
avançou contra uma posição
inimiga que estava
prestes a ser atingida por uma
bomba guiada a laser. A bomba caiu no alvo
poucos antes da tropa chegar
na
posição e acabou usando a poeira e a confusão dos
inimigos
para ultrapassar a
posição o que levou a rendição da mesma ao
verem inimigos na sua
retaguarda.

Uma equipe de
Forças Especiais busca cobertura
enquanto discute o próximo passo. Um operador armado com
uma
M-60 está
procurando alvos pois a área não está segura. Um
soldado da Aliança do Norte
age como tradutor.
A barba mal feita mostra o tempo que estão em
campo e ajuda
a ocultar a origem. Os operadores podem
ter um
padrão relaxado de comportamento como usar barba e cabelo
longos para
cobertura. As
FE estão armadas com
SAW M-249, M-60E3 e
escopeta SPAS12
para várias tarefas. As FE americanas
realizam incursões,
reconhecimento e operações de
inteligência em cenários de
guerra não convencional. 

Os Boinas Verdes são a


força mais numerosa do Comando de Operações
Especiais
americano
com seis mil tropas. Devido ao combate ao terrorismo este
número deve
crescer para nove mil
e os fuzileiros estão criando uma
força própria com 2.600
homens. Já foi até estudado o uso
das forças
convencionais como apoio as forças
especiais quando atualmente funciona de
modo contrário. No
Afeganistão foi a primeira vez que as forças
convencionais apoiaram as
FOpEsp.

As FopEsp
estão tendo uma importância maior atualmente
com as chamadas “guerra de
quarta geração”. As guerras de
primeira geração são
as que usavam os mosquete de alma lisa,
que deixou as armas da idade
média como
a espada e lanças obsoletas; as guerras de segunda
geração foram as guerras de atrito
de grandes formações como a guerra civil americana; as
guerras de terceira
geração foram as guerra manobra não linear como a
Segunda Guerra
Mundial. Nas
guerras de quarta geração todas as nações
estão envolvidas e foca no colapso
de
toda a estrutura social. Não há distinção
entre guerra e paz e pequenas equipes
altamente
treinadas serão mais importantes que grandes
formações convencionais.
A polícia e os
políticos terão um papel importante
e as forças inimigas irão
operar mais como células
terroristas. As operações
na Somália foram um exemplo inicial
com as forças da ONU
assegurando a destruição de
alimentos e tentando dar uma atmosfera
de segurança e
estabilidade.

O 1º
Destacamento Operacional de Forças
Especiais (1st Special Forces Operational
Detachment Delta - 1st
SFOD-Delta
-1SFOD-D), ou Força Delta, é especializada em
ação direta,
principalmente
combate ao terrorismo mas que faz qualquer coisa como caçar
mísseis Scud
no
deserto como fez em 1991 no Golfo. Foi formado em 1977 inspirado no SAS
britânicos
como unidade de resgate de reféns e contra
terrorismo. As missões tradicionais
mudaram
devido a necessidade política, mau uso militar e novas
ameaças como caçar
Scud e missões
de paz na Somália. No Afeganistão os
Deltas operaram como parte da
Força Tarefa Sword que
cobria a fronteira com o
Paquistão. A força tinha cerca
de 2 mil tropas incluindo os Deltas,
DevGru dois esquadros do SAS e
SBS. O SAS
e SBS poderiam ter pegado Bin Laden se não
fossem ordenados
esperar para os
Deltas realizarem a captura. Na invasão do
Iraque em 2003
os Deltas operaram atrás
linhas em missões de inteligência, incursões e
designação de alvos.
Depois procuraram
autoridades do governo como o próprio Saddam Hussein.

Nossas Forças Especiais


são
copias do Special Forces americanos. As FEs, além das
missões
dos comandos, são
empregadas em missões mais elaboradas. Na guerra convencional
eles
tem a missão
de elaborar redes para fuga e evasão, reconhecimento em
profundidade etc. Na
contra guerrilha geralmente são empregados na coleta de
inteligência.

Tropas do
batalhão de Forças Especiais do EB no
Haiti. A viatura Toyota usada nas patrulhas motorizadas está
equipada com
blindagem. As tropas podem ser identificados como membros de FOpEsp
pelos itens
não
padronizados como botas de CQB, fuzil CAR-15 com mira EOTECH, coletes
blindados
e luvas, bem característico
das unidades de combate aproximado. Os combates a curta
distância (Close Quarters Battle –
CQB) é
característico das equipes contra-terrorismo, mas
fazem parte do
treinamento de todas as FOpEsp. A luta em
ambiente fechado e curto
alcance é
feita em prédios, meios de transporte e túneis. É
uma operação muito mais
arriscada que em campo aberto onde a movimentação
significa se expor a ameaças
escondidas. O operador tem
que pensar e reagir rápido devido as
várias ameaças,
inimigos, cuidar dos reféns, e snipers. Sistemas de alertas
podem ter sido
instalados para guardar o perímetro. Usar furtividade é
difícil pois o sabe
onde as forças irão
entrar. Nos combates
aproximados o Grupo de Assalto é dividido em várias
equipes de assalto formada
pelo líder
de equipe, breacher, atirador, para-médico,
operador de comunicações
e outros especialistas de acordo com a
situação.
Durante os conflitos
das décadas de 1970 e 1980 os Comandos de Reconhecimento da
África do Sul, ou
simplesmente "Recces", se distinguiram em muitas ações,
particularmente em Moçambique, Angola e Namíbia,
através de operações de
sabotagem e reconhecimentos profundos. Os Recces mostraram
ser muito mais eficazes
que as forças convencionais, conseguindo
muito mais
contatos com o inimigo. As patrulhas dos Recces da África
do Sul
são formadas
por 3-5 com o navegador, rastreador, médico, demolidor e
sinaleiro. Fazem
treinamento
cruzado para poder realizar a missão do outro. Cerca
de 95% de todas as Forças Especiais
sul-africanas foram
levadas para operar atrás das linhas
inimigas, com
distâncias que variam 10km a 2.000km. Levam muito
armamento
pois a extração ou apoio pode demorar quando operam
atrás das linhas. O rádio
transmite em código
morse para economizar a bateria. O Kit de
primeiros
socorros fica sempre no mesmo lugar e assim todos sabem
onde fica. A
veste
nunca é retirada pois tem tudo em caso de emboscada. A
mobilidade é um fator
importante
podendo operar montados ou com transporte aéreo. Os
blindados altos sul-africanos
davam boa visibilidade nas
savanas. Os Recces agora
são a
Brigada de Forças Especiais que recebeu esta
designação em 1996.
Os membros dos Selous Scouts
deixavam a
sua barba e seus cabelos crescerem por uma questão de se ter
pouca
água a
disposição e porque isso também ajudava na
camuflagem, pois a barba surja na
reflete a luz. Os Selous
Scout era um batalhão formado na
Rodesia (atual Zimbabue) em 1973 e usado para reconhecimento e contra
insurgência
que atuou contra a guerrilha local até 1980. Eram usados para
rastreamento,
infiltração,
reconhecimento e ataque. Operavam em grupos
de oito mas podia chegar
a até 72 em ataques contra a guerrilha
em outros países.
Formavam unidades conhecidas como sticks
(mateiros), com um ou dois oficiais brancos e até
trinta
soldados negros. Os Selous Scout não iniciavam contato, mas
mesmo assim
foram responsáveis por 70%
dos guerrilheiros mortos. O
batalhão tinha a missão de infiltrar-se nas
redes de guerrilha, isolar grupos rebeldes e
transmitir
informações para as
forças convencionais, designadas para executar o ataque. A
tática principal era
se
passar por guerrilheiro para infiltra nas organizações. Era preciso
que os
batedores parecessem, agissem e
falassem como guerrilheiros de verdade.
Usavam as mesmas roupas e armas da guerrilha e a
escolha dos itens
foi liberada para aumentar a efetividade ao
invés da padronização
ou regulamentação. Os
Selous Scouts só
ficaram conhecido quando a unidade foi
desbandada.

Israel tem
várias
unidades de elite chamadas de Sayeret (compania de
reconhecimento em hebreu). A unidade
Sayeret
Mat'kal ou unidade de
reconhecimento 269 é
a FOpEsp de elite da IDF fazendo operações
contra-
terrorismo, ação direta, CSAR, e LRRP, além
de apoiar o Mossad. Foi modelada
no conceito do SAS. A unidade está
ligada diretamente ao Estado
Maior e realiza
as missões de ação direta e reconhecimento mais
difíceis. Foi
apelidada de
"The Unit". As brigadas israelenses
tem unidades de reconhecimento, anti-carro,
de choque, incursões
e infiltração e
demolição. As unidades de reconhecimento
cobrem a área de atuação da brigada que cobre uma
parte do país. Por exemplo, a
unidade Sayeret Givaty é a LRRP da brigada Giva'at também
conhecida como
PALSAR
8234. Depois da invasão do Líbano em 1982 a brigada
Giva'at passou a ter papel
anfíbio. As unidade
blindadas tem unidades de reconhecimento
equipadas com
Jipes equipados com mísseis TOW. Na invasão do
Líbano em 1982 foi responsável
pela destruição de tantos blindados sírios quanto
os próprios blindados
israelense.
As patrulhas de longo alcance são formadas por 4-5 homens e
são muito bem
armados até chegar a
exfiltração em caso de
contato com o inimigo. As unidades
também fazem incursões e ajudam as unidades anti-
terror
na segurança da zona de
incursão, coletando inteligência e esperando as unidades
anti-terror no resgate
de
reféns. Só resgatam reféns se os terroristas
começam a atirar nos reféns.

Uma equipe de Spetsnaz


se prepara para uma
missão durante o conflito do Afeganistão em 1988.
Spetsnaz é o
termo russo para
forças especiais, ou unidades de propósitos especiais. O
termo pode ser usado
para várias
forças especiais russas como os
contra-terroristas
do FSB (Polícia Federal russa), os GRU do
serviço de
inteligência do Exército, o OSNAZ da KGB
(desbandados e virou FSB) e o
OMOM do ministério do
interior (MVD). A
Marinha Russa tem
uma unidade Spetsnaz similar aos Seals. O FSB tem as equipes Alfa e Vympel. A
Vympel é
usada
para operações
anti-sabotagem como a proteção de
instalações nucleares. O OMOM é mais uma unidade
anti-crime tipo SWAT, mas atuou na Chechênia
com um kill ratio de 1 para 200. O OMOM também apóia as equipes
do
FSB nas operações de
resgate assim como os Rangers apóiam os Deltas. O GRU do
Exército são os Spetsnaz
originais realizando ação direta e reconhecimento
especial, mas não são similares as FE americanas. Durante
a
Guerra Fria fariam
reconhecimento especial e sabotagem contra instalações da
OTAN em caso de guerra.
Atuaram
no Afeganistão e Chechênia. Os Spetsnaz usam
uniforme das tropas
aerotransportadas VDV para evitar
identificação e podem
usar outros uniformes. Em 1991 a KBG mangou
grupo Alfa prender o presidente Boris
Yeltsin durante uma tentativa de
golpe. O
comandante da unidade deixou os membros votarem e se recusaram a
realizar a missão.
A ordem era inconstitucional e ilegal. Este tipo de atitude é
rara na FopEsp. Os
Spetsnaz são
uma das poucas FopEsp que aceita conscritos, mas
mesmo assim são os
que têm ótimo desempenho nas forças
convencionais. Os Spetsnaz são as
FOpEsp que mais treinam com facas. A baioneta NRS-2 pode até
disparar um
projétil
7,62mm apesar de ser bem impreciso.

MERGULHADORES
DE COMBATE

Os Mergulhadores de Combate (MEC) são as FOpEsp que atuam


nos mares, rios e próximo da
praia. São usados para
realizar
tarefas como
salvamento, proteção de porto, operações
ribeirinhas, reconhecimento anfíbio,
guerra não convencional no mar, demolição e
limpeza de
obstáculos de praia. Uma
função é realizar ataques furtivos a
embarcações destruindo-as com
minas e explosivos.

O
ataque de
mergulhadores de combate mais espetacular da Segunda Guerra Mundial foi
realizado por seis mergulhadores de combate italianos, tripulando
veículos
submersíveis,
lançados por um submarino nas proximidades
do porto de
Alexandria, onde estavam
fundeados os dois únicos navios de
linha restantes na
esquadra inglesa do Mediterrâneo, os
encouraçados Valiant
e Queen Elizabeth. Os
navios foram afundados e esta ação, de apenas
seis
homens, deixou a marinha
inglesa em situação crítica no
Mediterrâneo.  Com o navio de
guerra
britânico, Barham e o porta-aviões  Ark-Royal
já torpedeados pelos
U-Bootes de Dönitz,
os comboios do Eixo puderam atravessar Mar
Mediterrâneo
quase que livremente, o que
possibilitou a grande ofensiva de Rommel
até a
El-Alamein. Ou seja, seis mergulhadores de
combate, montados sobre
estranhos
torpedos, ajudaram a balançar da guerra a pender por um
certo
tempo a favor do
Eixo.

Os Navy SEALS (Sea, Air, Land) são as FOpEsp da US Navy treinadas para
operam no mar, praia
e rios,
realizando
guerra não convencional, reconhecimento especial e
contra-terrorismo, além
de assistência
de segurança, operações anti-drogas, resgate,
defesa de porto, incursões,
aquisição
de alvos, abordagem a navios, busca e apreensão, busca e
salvamento de combate
e
apoio as operações anfíbias. São
equivalentes aos Special Forces do US Army e apóiam a Frota
nas
operações especiais no mar, rios e litoral em qualquer
região do mundo.

A
historia dos Seals iniciou com os "Scouts
and Raiders" da Segunda Guerra Mundial. Eles
participaram de todas as
campanhas do conflito, geralmente guiando forças anfíbias
e as
vezes faziam
incursões. Atuava mais com botes e as vezes nadando. Na
invasão de Tarawa
em
1943 não houve reconhecimento de praia antes e os
obstáculos inesperados
levaram a terríveis
conseqüências. Isto levou
criação dos mergulhadores de
combate e demolição (UDT). Logo
aprenderam que era
necessário tropas treinadas
e que realizar reconhecimento de praia de dia
era possível. Os
UDTs
participaram da Guerra da Coréia participando em cerca de 60
desembarques
fazendo reconhecimento de praia, limpeza de minas e obstáculos e
137
missões de
reconhecimento e sabotagem em terra. Realizaram experimentos de
infiltração e
exfiltração de helicóptero. Na época o
método era muito bom para infiltração na
água, mas
difícil encontrar as tropas para
exfiltração no mar.

Os primeiros Seals apareceram em


1962 como
resposta ao pedido do Presidente Kennedy para
realizar as
missões de
mergulhadores de combate, operações de comandos e tipo
Forças
Especais.
Apoiariam a US Navy e não só o USMC. Passaram a ter
ênfase em guerra terrestre
ao
contrario dos UDTs que atuam mais no mar. Inicialmente foram
formadas duas
equipes, uma
em cada costa leste e oeste. O
pessoal veio dos mergulhadores UDTs e realizaram
operações
clandestinas na
região marítima do Vietnã como
interdição marítima, ribeirinha, emboscadas e
salvamento de combate, além de treinar tropas do Vietnã
do Sul em funções
semelhantes. As
missões de ação direta não
eram coordenadas com o esforço geral
e tinham que realizar as
próprias missões de
inteligência. O presidente
Kennedy iniciou o plano para aumentar a
capacidade das FOpEsp mudando a
política
de "resposta massiva" de Eisenhower.

Em 1964 iniciou a criação de unidades de


embarcações (SBU) para apoiar as operações
dos
Seals. No inicio só atuavam com o Seal Team 6, de depois
tiveram reforço do
Seal Team 2.
Uma das missões era liberar prisioneiros de guerra,
mas não
encontraram nenhum americanos
apesar de libertar 152 vietnamitas do
sul. Os
Seals foram a ultima unidade americana a se
retirar do Delta Mekong.

Durante a Guerra Fria a US Navy treinava para conflito aberto em alto


mar
contra os Soviéticos
enquanto os Seals treinavam para atuar em
terra praia e
rios. Ficavam isolados da frota e os
oficiais tinham a carreira
limitada na
marinha por terem sido parte dos Seals. Tiveram que
treinar em
cenários de
alvos no Terceiro Mundo ou aliados Soviéticos.

O treinamento inclui
enfermagem de combate, comunicações,
navegação, tiro, combate urbano,
táticas,
demolição,
mergulho de combate, pára-quedismo tático e linguagem. Os
Seals são
treinados
para operar na selva, ártico, deserto e montanha. São
pouco armados,
relativamente,
e precisam de muito apoio externo para
sustentação e superar o
inimigo.

Os Seals são uma misturam de


comandos, Forças Especiais e de reconhecimento com ênfase
no meio em que operam.
São a referência para outras unidades navais do tipo. No
Afeganistão
passaram
operar bem dentro terra e receberam mobilidade tática na forma
de veículos
leves. A
boa condição
física e conhecimento de montanhismo dos
Seals permitiu operar local no local
sem problemas.

Os Seals são formados por 2.800 tropas incluindo 600 tripulantes


das forças de embarcações
especiais (400 tropas), reserva e apoio. Para comparar os Rangers
são apenas
2.000 homens.
Os
mergulhadores de combate UDTs passaram a ser chamados de Seals desde
1983 com a
designação de equipe Seals Delivery Vehicles (SDV).

O
Seal Team 6 era a
unidade de guerra não convencional e contra-terrorismo dos Seals
similar
aos Deltas
do Exército. Eram chamados de cavaleiros Jedi devido a roupa
preta usada nas
operações contra-terrorista. A unidade
foi debandada em 1995 e substituída pelo
Development
Group (grupo de desenvolvimento) ou DEVGROUP ficando responsável
pelo desenvolvimento e
teste de novas armas, equipamentos e
táticas. O DevGroup é
formado por 200-300
operadores
e pessoal de apoio distribuídas em três equipes
combate e três equipes
de apoio. A equipe
Gold é a equipe de assalto principal apoiada
pelas equipes
Red e Blue. A equipe Gray é uma
unidade de transporte de barcos SWCC. A equipe Black faz
reconhecimento e a
equipe Green
recebe os novatos em treinamento. Todas as tropas tem uma
especialidade e todos são MECs
e habilitados em
pára-quedismo especial
(HALO/HAHO).

As unidades de embarcações Special


Warfare Combatantcraft Crewmen (SWCC), ex SBU,
são
usados para
infiltração e exfiltração
clandestina, além de patrulha e vigilância,
interdição
marítima, despistamento,
busca e salvamento, escolta armada e defesa externa.

A água é o local de operação dos


Seals onde
foram treinados para atuar de forma "confortável".

As unidades
de
embarcações SWCC estão
equipados
com lanchas rápidas MK5 para infiltração e
exfiltração de
equipes dos Seals. São as
únicas unidades da US Navy equipadas com
embarcações para guerra ribeirinha. O SBU
usarou
embarcações
para patrulhar as entradas do Canal do Panamá na invasão
de 1989. A US Navy não
tinha
meios para cumprir a missão em ambiente ribeirinho a
não ser o SBU. O SDV está
equipado com mini-submarinos
para infiltração e
exfiltração. As operações do SBU no Golfo
Pérsico durante a guerra dos petroleiros mostraram a
necessidade
de embarcações maiores como a Mark V e o PC Cyclone.
Cenas da batalha de Takur Ghar no Afeganistão. Pelo
menos sete pelotões dos esquadrões Seal Team 2, 3 e 8
serviram no Afeganistão
e parte do SDV 1. Operavam sozinhos ou com outras tropas e países. Na
Guerra do
Golfo
em 1991 os Seals atacaram plataformas petróleo
do Iraque.
Operador do Seals com um equipamento de mergulho
de circuito fechado Draeger e roupa de mergulho Sucumar.
Durante a
invasão do Panamá em 1989 os Seals realizaram a primeira
missão de sabotagem de
navio depois da
Segunda Guerra Mundial. Com o risco do General Noriega
poder
fugir do Panamá pelo ar ou mar, os Seals ficaram
responsáveis por evitar estas
possibilidades. Uma equipe do Seal Team 2 foi encarregada de colocar
cargas
explosivas em uma lancha patrulha e no Iate presidencial que poderiam
servir de
meio de fuga. Duas duplas de
mergulhadores foram encarregadas de
realizar a
missão. Não usariam minas magnéticas tipo Limpet
coladas ao
casco mas sim com
explosivos C4 amarrado nas hélices com detonador de tempo. As
cargas deveria
detonar a 1
hora da madrugada no inicio da invasão. O alvo
ficava a 3,5km de
base americana do outro lado do canal e era
visível da base
americana. Uma
equipe de apoio de fogo estava próximo em uma
embarcação armada com
metralhadoras .50 e lança-granadas automáticos. Os Seals
usaram o sistema
Draeger que recicla o oxigênio e por
isto não emite bolhas
na superfície. As
equipes de mergulho foram lançadas por dois botes Zodiac que
também
levavam o
piloto e dois Seals armados com fuzil M-16. Os Zodiac cruzaram o canal
em
zig-zag a baixa velocidade
para evitar barulho e fazer poucas ondas. No
meio do
caminho um motor falhou e um barco patrulha passou perto
sem
vê-las. Tiveram
que acelerar e se expor mais para recuperar o tempo perdido. O ponto de
inserção
era a 150
metros do alvo. Entraram na água as 11:30h. Os Seals
usaram
bússola
luminosa para navegar no escuro. Os
Zodiac voltaram para dentro do
canal para
trocar o motor e voltaram para o ponto de extração. Os
Seals chegaram
próximos
ao barco patrulha e iate na hora que a aviação
começou a atacar. As forças de
defesa panamenhas no
porto iniciaram ações defensivas
incluindo lançar granadas
na água. Mesmo assim avançaram e colocaram as
cargas. Na
volta para o ponto de
extração os Seals ficaram no caminho de um petroleiro que
passava pelo canal.
Tiveram que mergulhar mais fundo para não serem sugados pelas
hélices. O
sistema Draeger só é seguro até 7
metros de
profundidade e os Seals tiveram que
mergulhar até 15 metros. Tiveram que subir lentamente para
não
se intoxicarem
com o oxigênio. As embarcações explodiram
exatamente as 01:00h como previsto e
os Seals não
sofreram baixa.

Os mergulhadoras de combate israelenses Commando Shayetet


13 (S-13) é uma equipe de demolição,
reconhecimento especial e choque similar aos Seals. Foram usados na
invasão do
Líbano em 1982 nas
praias e
estradas próximas para reconhecimento de
reforços e emboscada contra a
OLP em fuga. Usavam fuzis AK-47 por
ser mais resistente a água e
eram capazes
de dispararam lança-rojões LAW da água. Os
israelenses observaram
que era mais fácil
treinar os mergulhadores para operar em terra do que treinar FOpEsp
terrestres para operar a
partir da água com mergulho ou nado. O
S-13 já realizou
centenas de missões e continua operando continuamente
no
Líbano.

O Corpo de Fuzileiros Navais da MB tem uma força similar


aos
Force Recon chamados Comandos Anfíbios
(COMANF) que atua em
ambientes anfíbios e ribeirinhos. Os COMANF são
um batalhão de
500 homens divididos
em uma companhia de comando e serviços, uma
companhia de reconhecimento
anfíbio (RECONANF), uma
companhia de
reconhecimento terrestre (RECONTER) com função similar as
patrulhas de longo
alcance (LRRP) e
duas companhias de comandos anfíbios para
realizar ação direta
como incursões anfíbias e retomada de navios.
O
batalhão também tem uma unidade
chamada GER (Grupo Especial de Resgate) com 120 homens capazes de
realizar
infiltração por pára-quedas e mergulho. O COMANF
foi formado em 1957 e chamado
de batalhão Tonelero.

A Marinha formou em 1983 o


Grupo de Mergulhadores de Combate (GRUMEC) como parte
integrante do
Comando da
Força de Submarinos sendo o equivalente brasileiro dos Navy
Seals.
O GERR/ME é uma unidade
contra-terrorista dos
GRUMEC mesma função do GER mas atuando
em plataformas de
petróleo.
Próxima
Parte: Comandos

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