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FORÇAS ESPECIAIS
As FOpEsp modernas
apareceram na Segunda Guerra Mundial. A primeira, e
que pode ser
considerada a base para as outras forças, foi o SAS
britânico.
Uma inovação no
conflito da Malásia foi o treinamento de linguagem local e
maior treinamento
em enfermagem, tanto para ajudar nas patrulhas quanto
para
ações cívico-sociais, capacidades
que se tornaram
padrão
para as Forças Especiais para
conquistar "corações e mentes".
Em meados 1991, o
SAS foi deslocado para o Golfo Pérsico, durante a Guerra no
Golfo, criar
ataques divisionários a frente do ataque principal das
forças da Coalizão,
destruir linhas
comunicações e caçar os
lançadores de Scuds.
As tropas
do SASR são especialistas em várias habilidades ao
invés de se especializarem
em
apenas uma com como nas outras forças, tende que ser capazes
de realizar
vigilância,
reconhecimento, coleta de inteligência,
salvamento de combate, ação
direta, operações
anfíbias,
operações aerotransportadas, contra-guerrilha e
antiterror. Um dos motivos é limitar o
impacto das perdas em
combate. A maioria
dos operadores do SASR também têm algumas
qualificações lingüísticas. A única
especialização visível são os meios de
infiltrações das
equipes. Uma tropa
especial do SAS é o TAG, ou Tactical Assualt Group, uma
unidade antiterror
dividida em unidades terrestre (Gaunlet Teams) e aquática (Nulla
Teams) que atuam em terra e
mar respectivamente.
A OSS americana
lançou 87 equipes Jedbourg na Europa
ocupada a Segunda Guerra Mundial. A
equipe consistia de um oficial
americano, um
operador de rádio e um oficial do país do local de
operação (francês, holandês
etc). A equipe treinava e comandava a guerrilha local em
operações
de sabotagem, inteligência
e ação direta. As equipes Jedburgh
armaram e treinaram
mais de
20 mil guerrilheiros. Foram usados para cortar linhas
ferroviárias, emboscar
tropas e
comboios de estrada com objetivo de desviar forças de
outras frentes. Depois
da invasão no
dia D passaram a proteger as pontes e fontes
elétricas das tropas
alemães que se retiravam. O
conhecimento do terreno, a
mobilidade e o moral
alto foram importantes para realizarem a
missão. Os EUA consideram que
tiveram um efeito
equivalente a 12 divisões.
Outras 19 equipes
tipo OG formadas por 15 homens podiam operar sozinhas
ou com ajuda
da guerrilha local.
Foram responsáveis por 928 mortes entre os
soldados alemães
com apenas 13 perdas. Já o
destacamento 101 da OSS atuou em
Burma com 684
americanos controlando 11 mil
guerrilheiros locais. Sofreram 22 mortos
mais 184
baixas na guerrilha contra 5 a 10 mil
japoneses mortos. Foram
responsáveis por
90% da inteligência coletada e designaram 85 dos
alvos da USAF na
região. Para
conseguir respeito da guerrilha local tiveram que aprender e
adotar a
cultura e
linguagem local. Depois da Segunda Guerra Mundial a OSS foi desbandada
por
competir com outras agências de inteligência como o FBI e a
CIA. As operações da OSS
são um dos poucos
exemplos de operações de guerra não convencional
com sucesso.
As FE americanas foram
formadas por veteranos de forças especiais da Segunda Guerra
Mundial para criar
e desenvolver doutrina, treinamento e equipamento. O problema é
que a
maioria
eram ex-rangers e tinham todas as características que as FE
não devem ter pois
eram
máquinas de matar e não eram bons em diplomacia e
compreensão. Os Boinas Verdes
recebem instrução
sobre psicologia, antropologia,
economia, ciência política, relações
internacionais e história.
- operam atrás das linhas, sem frente definida, sem saber quem
é amigo ou
inimigo;
-
deve ser
especialista em todas as habilidades básicas do
soldado, não só para
praticar mas
para ensinar;
-
deve ser
familiarizado com armas amigas e
inimigas;
-
como operar
atrás das linhas tem que ter história de cobertura;
-
deve ter
força psicológica para resistir ao estresse de ficar
sozinho, sem
muito apoio e com
risco de ser delatado;
-
além das
habilidades militares, deve ser líder político para lidar
com
pessoas que não
acreditam ou duvidam das suas
intenções. Deve ser persuasivo e
convincente;
-
os operadores fazem
política do país no exterior e tem responsabilidade para
não atrapalhar.
Algumas características
exigidas das Forças Especiais
são responsabilidade além
do posto,
capacidade de assumir riscos maiores, iniciativa, capacidade
de
instruir outros, liderança e
organização.
No
Vietnã, um sargento das
Forças Especiais era capaz de comandar até uma companhia
de
tropas locais que
eles mesmos treinavam chamados de CIDGs. Faziam ação
direta, apoiavam
postos
locais e interditavam rotas de infiltração do Vietcong.
Quando o CIDG passou a
ser
usado como tropa regular em ofensivas ao invés de defesa dos
locais que
viviam perderam a
eficiência. Já os Strikers eram
forças locais que tinham
objetivo limitado em tempo de atuação
(até uma
semana) e contra inimigos
locais. As FE davam a capacidade de chamar apoio extra
de artilharia,
apoio
aéreo aproximado e helicópteros de ataque nas
missões.
Já as
forças MIKE eram do tamanho de uma compania e respondia ao
chamado dos CIDIGs.
Era
uma força de ataque móvel e faziam
penetração atacando alvos no Laos, Camboja e
Vietnã
na trilha Ho Chi Min. Passou de força de
reação para ação com missão de
infantaria
leve
durante a guerra.
Seis destacamentos
de Forças Especiais foram
usados para treinar fugitivos do Kuwait como
soldados para liberar seu
próprio
país e treinaram a resistência local. O motivo foi mais
político
pois era uma
força que não faria diferença. Quatro grupos de
guerrilhas foram formado com
kuwaitianos com 3.500 homens mas não tiveram apoio
político para entrar em
ação. Os
membros da resistência foram usados para
fazer coleta de informações,
mas tiveram sua ação
diminuída progressivamente
quando os iraquianos começaram
a matar suspeitos de traição.
No total foram mais de 6
mil treinados que
formaram um batalhão de Forças Especiais, um
brigada de
comandos e três de
infantaria. Todas participaram da invasão. Os Seals ajudaram a
montar a marinha
do Kuwait fazendo seu papel de Forças Especiais. Os boinas
verdes
planejaram
criar guerrilha curda no norte do Iraque e xiita no sul. Outra
missão planejada
foi
matar Saddam Husseim, mas a lei não permitia isso a
não ser quando o ataque
começou.
Para iniciar as
operações
aéreas era necessário
destruir dois radares de alerta antecipado para
deixar as aeronaves
passar sem
serem detectados. Inicialmente foi pensado como alvos para
as
forças especiais,
mas não aceitaram a realização de
operações terrestres naquele
momento. Depois
foi pensado em usar helicópteros MH-53 para destruir antenas com
metralhadoras 12,7mm. Finalmente foi decidido que os MH-53
só usariam seus
sistemas de
navegação
sofisticado para guiar helicópteros Apaches para atacar alvos.
Outro plano para
o
uso das FE americanas foi resgatar pessoal da embaixada americana no
Kuwiat,
mas foram
liberados antes da missão.
A
contribuição dos CST e missões de
despistamento dos Seals no conflito do Golfo em 1991 é
difícil de comparar com estatísticas
das tropas convencionais como 1.500 carros de combate
destruídos, 80 mil tropas
capturadas etc. As Forças
Especiais diminuíram as baixas da coalizão
através da ligação, mantiveram a coalizão
junta, as missões de despistamento
conseguiram
manter as tropas de Saddam afastadas, a caça aos
Scuds conseguiram manter
Israel fora do
conflito e manter a coalizão unida, as
missões CSAR salvaram
pilotos e as operações
psicológicas fizeram os
inimigos desistir de lutar,
mostrando que a função das Forças Especais
não é só destruir o inimigo, atuando
como um multiplicador de força.
Na
Operação Enduring
Freedom no Afeganistão em 2001, as Forças Especiais
americanas
fizeram operações especiais focando em
ação direta unilateral
ou combinada. Foram mais de
400 patrulhas de combate com mais de 75
contatos
com o inimigo. Inicialmente tiveram muito
sucesso, atuando junto com as
forças
da Aliança do Norte, contra as forças talibãs que
estavam em posições fixas
facilmente visíveis. Estas posições eram
suficientes para contrapor
a Aliança
do Norte, mas eram alvos fáceis para os designadores laser das
Forças
Especiais.
Em uma ocasião uma posição foi atacada
há 8km de distância para
surpresa das tropas da
Aliança do Norte.
Uma equipe de
Forças Especiais busca cobertura
enquanto discute o próximo passo. Um operador armado com
uma
M-60 está
procurando alvos pois a área não está segura. Um
soldado da Aliança do Norte
age como tradutor.
A barba mal feita mostra o tempo que estão em
campo e ajuda
a ocultar a origem. Os operadores podem
ter um
padrão relaxado de comportamento como usar barba e cabelo
longos para
cobertura. As
FE estão armadas com
SAW M-249, M-60E3 e
escopeta SPAS12
para várias tarefas. As FE americanas
realizam incursões,
reconhecimento e operações de
inteligência em cenários de
guerra não convencional.
As FopEsp
estão tendo uma importância maior atualmente
com as chamadas “guerra de
quarta geração”. As guerras de
primeira geração são
as que usavam os mosquete de alma lisa,
que deixou as armas da idade
média como
a espada e lanças obsoletas; as guerras de segunda
geração foram as guerras de atrito
de grandes formações como a guerra civil americana; as
guerras de terceira
geração foram as guerra manobra não linear como a
Segunda Guerra
Mundial. Nas
guerras de quarta geração todas as nações
estão envolvidas e foca no colapso
de
toda a estrutura social. Não há distinção
entre guerra e paz e pequenas equipes
altamente
treinadas serão mais importantes que grandes
formações convencionais.
A polícia e os
políticos terão um papel importante
e as forças inimigas irão
operar mais como células
terroristas. As operações
na Somália foram um exemplo inicial
com as forças da ONU
assegurando a destruição de
alimentos e tentando dar uma atmosfera
de segurança e
estabilidade.
O 1º
Destacamento Operacional de Forças
Especiais (1st Special Forces Operational
Detachment Delta - 1st
SFOD-Delta
-1SFOD-D), ou Força Delta, é especializada em
ação direta,
principalmente
combate ao terrorismo mas que faz qualquer coisa como caçar
mísseis Scud
no
deserto como fez em 1991 no Golfo. Foi formado em 1977 inspirado no SAS
britânicos
como unidade de resgate de reféns e contra
terrorismo. As missões tradicionais
mudaram
devido a necessidade política, mau uso militar e novas
ameaças como caçar
Scud e missões
de paz na Somália. No Afeganistão os
Deltas operaram como parte da
Força Tarefa Sword que
cobria a fronteira com o
Paquistão. A força tinha cerca
de 2 mil tropas incluindo os Deltas,
DevGru dois esquadros do SAS e
SBS. O SAS
e SBS poderiam ter pegado Bin Laden se não
fossem ordenados
esperar para os
Deltas realizarem a captura. Na invasão do
Iraque em 2003
os Deltas operaram atrás
linhas em missões de inteligência, incursões e
designação de alvos.
Depois procuraram
autoridades do governo como o próprio Saddam Hussein.
Tropas do
batalhão de Forças Especiais do EB no
Haiti. A viatura Toyota usada nas patrulhas motorizadas está
equipada com
blindagem. As tropas podem ser identificados como membros de FOpEsp
pelos itens
não
padronizados como botas de CQB, fuzil CAR-15 com mira EOTECH, coletes
blindados
e luvas, bem característico
das unidades de combate aproximado. Os combates a curta
distância (Close Quarters Battle –
CQB) é
característico das equipes contra-terrorismo, mas
fazem parte do
treinamento de todas as FOpEsp. A luta em
ambiente fechado e curto
alcance é
feita em prédios, meios de transporte e túneis. É
uma operação muito mais
arriscada que em campo aberto onde a movimentação
significa se expor a ameaças
escondidas. O operador tem
que pensar e reagir rápido devido as
várias ameaças,
inimigos, cuidar dos reféns, e snipers. Sistemas de alertas
podem ter sido
instalados para guardar o perímetro. Usar furtividade é
difícil pois o sabe
onde as forças irão
entrar. Nos combates
aproximados o Grupo de Assalto é dividido em várias
equipes de assalto formada
pelo líder
de equipe, breacher, atirador, para-médico,
operador de comunicações
e outros especialistas de acordo com a
situação.
Durante os conflitos
das décadas de 1970 e 1980 os Comandos de Reconhecimento da
África do Sul, ou
simplesmente "Recces", se distinguiram em muitas ações,
particularmente em Moçambique, Angola e Namíbia,
através de operações de
sabotagem e reconhecimentos profundos. Os Recces mostraram
ser muito mais eficazes
que as forças convencionais, conseguindo
muito mais
contatos com o inimigo. As patrulhas dos Recces da África
do Sul
são formadas
por 3-5 com o navegador, rastreador, médico, demolidor e
sinaleiro. Fazem
treinamento
cruzado para poder realizar a missão do outro. Cerca
de 95% de todas as Forças Especiais
sul-africanas foram
levadas para operar atrás das linhas
inimigas, com
distâncias que variam 10km a 2.000km. Levam muito
armamento
pois a extração ou apoio pode demorar quando operam
atrás das linhas. O rádio
transmite em código
morse para economizar a bateria. O Kit de
primeiros
socorros fica sempre no mesmo lugar e assim todos sabem
onde fica. A
veste
nunca é retirada pois tem tudo em caso de emboscada. A
mobilidade é um fator
importante
podendo operar montados ou com transporte aéreo. Os
blindados altos sul-africanos
davam boa visibilidade nas
savanas. Os Recces agora
são a
Brigada de Forças Especiais que recebeu esta
designação em 1996.
Os membros dos Selous Scouts
deixavam a
sua barba e seus cabelos crescerem por uma questão de se ter
pouca
água a
disposição e porque isso também ajudava na
camuflagem, pois a barba surja na
reflete a luz. Os Selous
Scout era um batalhão formado na
Rodesia (atual Zimbabue) em 1973 e usado para reconhecimento e contra
insurgência
que atuou contra a guerrilha local até 1980. Eram usados para
rastreamento,
infiltração,
reconhecimento e ataque. Operavam em grupos
de oito mas podia chegar
a até 72 em ataques contra a guerrilha
em outros países.
Formavam unidades conhecidas como sticks
(mateiros), com um ou dois oficiais brancos e até
trinta
soldados negros. Os Selous Scout não iniciavam contato, mas
mesmo assim
foram responsáveis por 70%
dos guerrilheiros mortos. O
batalhão tinha a missão de infiltrar-se nas
redes de guerrilha, isolar grupos rebeldes e
transmitir
informações para as
forças convencionais, designadas para executar o ataque. A
tática principal era
se
passar por guerrilheiro para infiltra nas organizações. Era preciso
que os
batedores parecessem, agissem e
falassem como guerrilheiros de verdade.
Usavam as mesmas roupas e armas da guerrilha e a
escolha dos itens
foi liberada para aumentar a efetividade ao
invés da padronização
ou regulamentação. Os
Selous Scouts só
ficaram conhecido quando a unidade foi
desbandada.
Israel tem
várias
unidades de elite chamadas de Sayeret (compania de
reconhecimento em hebreu). A unidade
Sayeret
Mat'kal ou unidade de
reconhecimento 269 é
a FOpEsp de elite da IDF fazendo operações
contra-
terrorismo, ação direta, CSAR, e LRRP, além
de apoiar o Mossad. Foi modelada
no conceito do SAS. A unidade está
ligada diretamente ao Estado
Maior e realiza
as missões de ação direta e reconhecimento mais
difíceis. Foi
apelidada de
"The Unit". As brigadas israelenses
tem unidades de reconhecimento, anti-carro,
de choque, incursões
e infiltração e
demolição. As unidades de reconhecimento
cobrem a área de atuação da brigada que cobre uma
parte do país. Por exemplo, a
unidade Sayeret Givaty é a LRRP da brigada Giva'at também
conhecida como
PALSAR
8234. Depois da invasão do Líbano em 1982 a brigada
Giva'at passou a ter papel
anfíbio. As unidade
blindadas tem unidades de reconhecimento
equipadas com
Jipes equipados com mísseis TOW. Na invasão do
Líbano em 1982 foi responsável
pela destruição de tantos blindados sírios quanto
os próprios blindados
israelense.
As patrulhas de longo alcance são formadas por 4-5 homens e
são muito bem
armados até chegar a
exfiltração em caso de
contato com o inimigo. As unidades
também fazem incursões e ajudam as unidades anti-
terror
na segurança da zona de
incursão, coletando inteligência e esperando as unidades
anti-terror no resgate
de
reféns. Só resgatam reféns se os terroristas
começam a atirar nos reféns.
MERGULHADORES
DE COMBATE
O
ataque de
mergulhadores de combate mais espetacular da Segunda Guerra Mundial foi
realizado por seis mergulhadores de combate italianos, tripulando
veículos
submersíveis,
lançados por um submarino nas proximidades
do porto de
Alexandria, onde estavam
fundeados os dois únicos navios de
linha restantes na
esquadra inglesa do Mediterrâneo, os
encouraçados Valiant
e Queen Elizabeth. Os
navios foram afundados e esta ação, de apenas
seis
homens, deixou a marinha
inglesa em situação crítica no
Mediterrâneo. Com o navio de
guerra
britânico, Barham e o porta-aviões Ark-Royal
já torpedeados pelos
U-Bootes de Dönitz,
os comboios do Eixo puderam atravessar Mar
Mediterrâneo
quase que livremente, o que
possibilitou a grande ofensiva de Rommel
até a
El-Alamein. Ou seja, seis mergulhadores de
combate, montados sobre
estranhos
torpedos, ajudaram a balançar da guerra a pender por um
certo
tempo a favor do
Eixo.
Os Navy SEALS (Sea, Air, Land) são as FOpEsp da US Navy treinadas para
operam no mar, praia
e rios,
realizando
guerra não convencional, reconhecimento especial e
contra-terrorismo, além
de assistência
de segurança, operações anti-drogas, resgate,
defesa de porto, incursões,
aquisição
de alvos, abordagem a navios, busca e apreensão, busca e
salvamento de combate
e
apoio as operações anfíbias. São
equivalentes aos Special Forces do US Army e apóiam a Frota
nas
operações especiais no mar, rios e litoral em qualquer
região do mundo.
A
historia dos Seals iniciou com os "Scouts
and Raiders" da Segunda Guerra Mundial. Eles
participaram de todas as
campanhas do conflito, geralmente guiando forças anfíbias
e as
vezes faziam
incursões. Atuava mais com botes e as vezes nadando. Na
invasão de Tarawa
em
1943 não houve reconhecimento de praia antes e os
obstáculos inesperados
levaram a terríveis
conseqüências. Isto levou
criação dos mergulhadores de
combate e demolição (UDT). Logo
aprenderam que era
necessário tropas treinadas
e que realizar reconhecimento de praia de dia
era possível. Os
UDTs
participaram da Guerra da Coréia participando em cerca de 60
desembarques
fazendo reconhecimento de praia, limpeza de minas e obstáculos e
137
missões de
reconhecimento e sabotagem em terra. Realizaram experimentos de
infiltração e
exfiltração de helicóptero. Na época o
método era muito bom para infiltração na
água, mas
difícil encontrar as tropas para
exfiltração no mar.
O treinamento inclui
enfermagem de combate, comunicações,
navegação, tiro, combate urbano,
táticas,
demolição,
mergulho de combate, pára-quedismo tático e linguagem. Os
Seals são
treinados
para operar na selva, ártico, deserto e montanha. São
pouco armados,
relativamente,
e precisam de muito apoio externo para
sustentação e superar o
inimigo.
O
Seal Team 6 era a
unidade de guerra não convencional e contra-terrorismo dos Seals
similar
aos Deltas
do Exército. Eram chamados de cavaleiros Jedi devido a roupa
preta usada nas
operações contra-terrorista. A unidade
foi debandada em 1995 e substituída pelo
Development
Group (grupo de desenvolvimento) ou DEVGROUP ficando responsável
pelo desenvolvimento e
teste de novas armas, equipamentos e
táticas. O DevGroup é
formado por 200-300
operadores
e pessoal de apoio distribuídas em três equipes
combate e três equipes
de apoio. A equipe
Gold é a equipe de assalto principal apoiada
pelas equipes
Red e Blue. A equipe Gray é uma
unidade de transporte de barcos SWCC. A equipe Black faz
reconhecimento e a
equipe Green
recebe os novatos em treinamento. Todas as tropas tem uma
especialidade e todos são MECs
e habilitados em
pára-quedismo especial
(HALO/HAHO).
As unidades
de
embarcações SWCC estão
equipados
com lanchas rápidas MK5 para infiltração e
exfiltração de
equipes dos Seals. São as
únicas unidades da US Navy equipadas com
embarcações para guerra ribeirinha. O SBU
usarou
embarcações
para patrulhar as entradas do Canal do Panamá na invasão
de 1989. A US Navy não
tinha
meios para cumprir a missão em ambiente ribeirinho a
não ser o SBU. O SDV está
equipado com mini-submarinos
para infiltração e
exfiltração. As operações do SBU no Golfo
Pérsico durante a guerra dos petroleiros mostraram a
necessidade
de embarcações maiores como a Mark V e o PC Cyclone.
Cenas da batalha de Takur Ghar no Afeganistão. Pelo
menos sete pelotões dos esquadrões Seal Team 2, 3 e 8
serviram no Afeganistão
e parte do SDV 1. Operavam sozinhos ou com outras tropas e países. Na
Guerra do
Golfo
em 1991 os Seals atacaram plataformas petróleo
do Iraque.
Operador do Seals com um equipamento de mergulho
de circuito fechado Draeger e roupa de mergulho Sucumar.
Durante a
invasão do Panamá em 1989 os Seals realizaram a primeira
missão de sabotagem de
navio depois da
Segunda Guerra Mundial. Com o risco do General Noriega
poder
fugir do Panamá pelo ar ou mar, os Seals ficaram
responsáveis por evitar estas
possibilidades. Uma equipe do Seal Team 2 foi encarregada de colocar
cargas
explosivas em uma lancha patrulha e no Iate presidencial que poderiam
servir de
meio de fuga. Duas duplas de
mergulhadores foram encarregadas de
realizar a
missão. Não usariam minas magnéticas tipo Limpet
coladas ao
casco mas sim com
explosivos C4 amarrado nas hélices com detonador de tempo. As
cargas deveria
detonar a 1
hora da madrugada no inicio da invasão. O alvo
ficava a 3,5km de
base americana do outro lado do canal e era
visível da base
americana. Uma
equipe de apoio de fogo estava próximo em uma
embarcação armada com
metralhadoras .50 e lança-granadas automáticos. Os Seals
usaram o sistema
Draeger que recicla o oxigênio e por
isto não emite bolhas
na superfície. As
equipes de mergulho foram lançadas por dois botes Zodiac que
também
levavam o
piloto e dois Seals armados com fuzil M-16. Os Zodiac cruzaram o canal
em
zig-zag a baixa velocidade
para evitar barulho e fazer poucas ondas. No
meio do
caminho um motor falhou e um barco patrulha passou perto
sem
vê-las. Tiveram
que acelerar e se expor mais para recuperar o tempo perdido. O ponto de
inserção
era a 150
metros do alvo. Entraram na água as 11:30h. Os Seals
usaram
bússola
luminosa para navegar no escuro. Os
Zodiac voltaram para dentro do
canal para
trocar o motor e voltaram para o ponto de extração. Os
Seals chegaram
próximos
ao barco patrulha e iate na hora que a aviação
começou a atacar. As forças de
defesa panamenhas no
porto iniciaram ações defensivas
incluindo lançar granadas
na água. Mesmo assim avançaram e colocaram as
cargas. Na
volta para o ponto de
extração os Seals ficaram no caminho de um petroleiro que
passava pelo canal.
Tiveram que mergulhar mais fundo para não serem sugados pelas
hélices. O
sistema Draeger só é seguro até 7
metros de
profundidade e os Seals tiveram que
mergulhar até 15 metros. Tiveram que subir lentamente para
não
se intoxicarem
com o oxigênio. As embarcações explodiram
exatamente as 01:00h como previsto e
os Seals não
sofreram baixa.
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