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Influências filosóficas na psicologia

associacionismo, empirismo e racionalismo


• A psicologia como a conhecemos não apareceu

repentinamente.

• É impossível dizer exatamente quando começou ou quem foi


responsável por isso.

• Podemos apenas apontar para uma série de correntes que

nos levam da filosofia e das ciências naturais a algo

reconhecidamente psicológico.
Associacionismo

Teoria que presume que a mente é composta por elementos (geralmente relacionados com as sensações e as
ideias) que são organizados através de várias associações.

Embora a ideia original possa ser encontrada em Platão (428/427 a.c. – 348/347 a.c.), é Aristóteles (384 a.c. –
322 a.c.) quem recebe o crédito por elaborá-la. Aristóteles apresentou quatro leis de associação:
Lei da contiguidade
Leis da A
associação Lei da frequência
B
Aristóteles

Lei da similaridade
C

Lei do contraste
D

E
Lei da contiguidade

• Coisas ou eventos que ocorrem próximos no espaço

ou no tempo tendem a relacionar-se na mente.

• Por exemplo, se pensarmos num acidente,

pensamos em ambulâncias ou hospitais.


Lei da frequência

• Quanto mais frequentemente duas coisas ou eventos

estiverem vinculados, mais poderosa será essa

associação.

• Por exemplo, se comer um eclair com um café todos

os dias e o fizer todos os dias nos últimos vinte anos,

a associação será forte.


Lei da similaridade

• Se duas coisas são semelhantes, o pensamento de

uma tende a desencadear o pensamento do outra.

• Por exemplo, se se pensa num gémeo, é difícil não

pensar no outro.
Lei do contraste

• Ver ou recordar algo também pode desencadear a

lembrança de algo completamente oposto.

• Por exemplo, se pensarmos na pessoa mais alta que

conhecemos, de repente lembramo-nos da pessoa

mais baixa.
A associação, segundo Aristóteles, ocorre no
“senso comum".
É no senso comum que a aparência, a sensação,
o cheiro e o sabor de uma maçã, por exemplo,
se unem para dar origem à ideia de uma maçã.
O associacionismo é um sistema que defende
que as associações de ideias e de
representações são o princípio básico da
actividade mental.
Ninguém, no entanto, se importava muito com a associação.

Foi vista apenas como uma descrição simples de uma

ocorrência comum.

Era vista como a actividade da razão passiva, enquanto a

abstração de princípios ou essências - muito mais

significativa para os filósofos - era do domínio da razão

activa.
Durante o Iluminismo, os filósofos começaram a interessar-se

pela ideia novamente.

Thomas Hobbes (1588-1679) entendeu experiências complexas

como associações de experiências simples, que, por sua vez.

eram associações de sensações.

A medida básica da associação, segundo Hobbes, era a

coerência (contiguidade) e o factor básico de força era a

repetição (frequência).
O principal representante do
Associacionismo, na Psicologia,
é Edward L. Thorndike (1874-1949).

A sua importância está em ter sido


o responsável pela primeira teoria
da aprendizagem na Psicologia.
O termo associacionismo tem origem concepção de que a aprendizagem
ocorre através de um processo de associação das ideias — das mais simples
às mais complexas.
Assim, para aprender um conteúdo complexo, a pessoa precisa primeiro
de aprender as ideias mais simples, que estariam associadas àquele
conteúdo.
• Thorndike formulou a Lei do Efeito, que seria de grande utilidade para a Psicologia
Comportamentalista.
• De acordo com esta lei, todo o comportamento de um organismo vivo (um homem,
um pombo, um rato etc.) tende a repetir-se se nós recompensarmos (efeito)
o organismo assim que este emitir o comportamento.
• Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for
castigado (efeito) após a sua ocorrência.
• E, pela Lei do Efeito, o organismo irá associar estas situações com outras
semelhantes. Por exemplo, se, ao apertarmos um dos botões do rádio, formos
“premiados” com música, noutras oportunidades apertaremos o mesmo botão, bem
como generalizaremos essa aprendizagem a outros aparelhos.
Empirismo

O empirismo consiste numa teoria epistemológica que indica que todo o conhecimento é fruto da
experiência, e por isso, uma consequência dos sentidos. A experiência estabelece o valor, a
origem e os limites do conhecimento.
Movimento Empirista
O principal teórico do John Locke
empirismo foi o filósofo
inglês John Locke (1632 –
1704), que defendeu a
ideia de que a mente
humana é uma "folha em
branco" ou uma "tábua
rasa", onde são gravadas
impressões externas. Por
isso, não reconhece a
existência de ideias natas,
nem do conhecimento
universal.
John Locke, rejeitando a possibilidade de ideias inatas, tornou

todo o seu sistema dependente da associação de sensações em

ideias simples.

No entanto, ele distinguiu entre ideias de sensações e ideias de

reflexão, significando razão activa. Somente adicionando ideias

simples de reflexão a ideias simples de sensação podemos derivar

ideias complexas. Por exemplo, sugeriu que as emoções

complexas derivavam da dor e do prazer (ideias simples).


Empirismo

Aristóteles marcou fortemente


esta abordagem ao considerar
que elaboramos ideias através
da percepção.
Esta elaboração é efectuada
através de duas operações:
abstracção e generalização.
Função mental de
reflexão depende
da experiência
sensorial, na
medida em que é
necessário haver
primeiro
impressões
sensoriais para a
mente reflectir.
Empirismo
A Psicologia como ciência
deve apoiar-se na Reivindicação do
experiência, mais comportamentalismo
especificamente, na
percepção

O objecto da Psicologia
Crítica à introspecção deve ocorrer na
experiência (e não na
mente nem na alma): o
comportamento
Empirismo
Método científico deve
dispor de hipóteses e
teorias comprovadas
através da observação
do mundo. Para que o
Sistema filosófico conhecimento
baseado nos dados seja válido, deve
O empirismo é o da experiência. ser provado
conhecimento que Teoria do
conhecimento através da
resulta da própria experiência,
experiência. que dá ênfase ao
O raciocínio, convertendo-se
papel da
a intuição e a assim na base de
experiência e da
revelação ficam todos os
percepção
subordinados à conhecimentos.
sensorial na
experiência.
formação das
ideias.
Distinção entre ideias simples e ideias complexas

Ideias simples Ideias complexas


Advêm da Advêm da
combinação das Teoria da Associação
sensação. ideias simples. A noção de ideias complexas marca
Mediante o processo o início da Teoria da Associação.
São elementares
de reflexão a mente A mente passa a ser concebida
cria novas ideias. como uma máquina.
Distinção entre as qualidades primárias e
secundárias dos objectos

Existem no
objecto
Qualidades independenteme
primárias nte de as
percebermos ou Não existem no
não: tamanho, Qualidades objecto mas no
forma, estrutura secundárias acto da
(objectivas). percepção: cor,
odor, som, gosto
(subjectivas, pois
dependem da
experiência do
individuo).
Racionalismo

Confiança na razão como base para o estabelecimento da verdade. Trata-se de uma teoria que
sustenta que a razão é em si uma fonte superior de conhecimento e independente das percepções
sensoriais; por isso, é uma perspectiva de que razão e experiência, e não o não-racional, são os
critérios fundamentais para resolver problemas.
Racionalismo
Os sentidos não são
A palavra Doutrina que atribui confiaveis porque podem
racionalismo exclusiva confiança fornecer uma da realidade
deriva do latim na razão humana como, por exemplo, o
ratio, que como instrumento bastão que, mergulhado
significa "razão". capaz de conhecer a na água, parece estar
verdade. partido.
René Descartes (1596-1650)
• A matemática teve uma influência decisiva no método cartesiano.
• A “dúvida metódica” levou à afirmação do “Penso, logo existo”.
• Regras do método:
• (1) não admitir coisa alguma como verdadeira, desde que saiba com evidência que o é;
• (2) dividir em quantas partes for possível cada dificuldade, para assim melhor encontrar u
ma solução;
• (3) conduzir os pensamentos ordenando dos mais simples e fáceis de conhecer, e gradua
lmente, chegar aos mais complexos;
• (4) fazer recontagens e revisões tão gerais, que chegue a estar certo de não ter omitido n
ada.
René Descartes (1596-1650)
• Descartes reconhece que, ao conhecer-se intuitivamente como ser, reconhece

que o seu corpo é distinto do seu pensamento, surgindo a distinção entre a sub

stância pensante e a extensa.

• A alma, como pensamento, pode ser pensada sem extensão, porque a extensã

o não lhe é essencial, enquanto a essência do corpo é a extensão.

• Dessa forma, os modos de extensão são a posição, a figura e o movimento.

• Os modos da substância pensante são a sensação, a paixão e a vontade.


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Antecedentes da Psicologia: estado pré-científico

• Origem da ideia da aplicação das ciências exactas ao estudo do funci


onamento da mente: pensamento filosófico e pesquisas fisiológicas d
os séculos XVIII e XIX.

• A união final destas duas disciplinas de métodos tão distintos produziu


uma nova área de investigação, que veio dar origem ao campo de est
udo de uma nova ciência: Psicologia.
Linha temporal – Evolução da Psicologia conhecimento, ciência e profissão

2012

Destacam-se novas áreas de


actuação para além da psicol
ogia clinica: Organizacional,
Escolar, Forense, Desportiva
, etc…

Próxima
s aulas

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