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ÍNDICE
Introdução..............................................................................................................2
Âmbito do manual................................................................................................2
Objetivos.............................................................................................................2
Conteúdos Programáticos......................................................................................2
Carga horária:......................................................................................................2
1.Funções do vendedor............................................................................................3
4.Etapas da venda.................................................................................................35
5.Controlo da venda...............................................................................................43
Bibliografia............................................................................................................50
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Técnicas de venda
Introdução
Âmbito do manual
Objetivos
Conteúdos Programáticos
Funções do vendedor
Competências do profissional de vendas
Competências de comunicação na venda
Etapas da venda
Controlo da venda
Carga horária:
25 horas
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Técnicas de venda
1.Funções do vendedor
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Técnicas de venda
A venda traduz-se num acordo de vontades e, por isso, ela é uma relação psicológica
que se estabelece entre comprador e vendedor. O serviço que se vende não é o
objetivo fundamental da venda mas apenas o meio através do qual se satisfazem
necessidades.
O cliente que compra o direito de utilizar uma cama, fá-lo para satisfazer a
necessidade de dormir, de descansar. E também, aquele que compra uma refeição o
faz para satisfazer a necessidade de se alimentar. E o mesmo para o que compre o
direito de jogar golfe, que assim satisfaz a necessidade de se exercitar, de se
descontrair. Ou mesmo para aquele que compra uma entrada para um espetáculo, que
o faz para satisfazer a necessidade de se divertir e se cultivar.
O bom vendedor é justamente aquele que faz sentir ao comprador o desejo de usufruir
dos serviços que tem para vender, por sentir que lhe vão proporcionar uma satisfação
de necessidades.
No entanto muitas vezes esquecemo-nos que o vendedor mais modesto pode alcançar
o sucesso, bastando para tal, interiorizar os deveres e responsabilidades que as suas
funções envolvem.
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Técnicas de venda
Uma vez consciente do que a empresa pretende de si, ele deverá desempenhar as
suas funções de uma forma séria e competente, criando maior valor, visando a
expansão da sua carteira e a realização dos objetivos estipulados pela empresa.
Funções do vendedor:
Prospeção
O vendedor deve desenvolver todos os esforços para procurar clientes potenciais com
interesse, acesso facilitado, capacidade de compra e necessidade do produto. Sejam
eles clientes atuais da empresa noutra área de negócios ou novos na carteira.
Venda
É a função central, a essência do trabalho de vendedor. A venda propriamente dita é a
função mais exigente, pois para além de condicionar diretamente a sobrevivência da
organização e o sucesso do vendedor, é também a mais difícil de concretizar com
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Técnicas de venda
êxito, já que esta não depende exclusivamente do esforço do vendedor. É preciso que
o cliente e outras atores ambientais permitam que o processo avance.
Cabe ao vendedor prestar assistência ao cliente de uma forma tão personalizada como
foi a venda. É aqui que o cliente faz o verdadeiro teste à relação de confiança criada,
observando como o vendedor soluciona os problemas que entretanto se levantam.
Consultoria
Uma particularidade da relação de confiança estabelecida entre o cliente e o vendedor
é a necessidade que o primeiro tem, de por vezes, se aconselhar junto do último. A
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Técnicas de venda
É essencial que esta solução seja a ideal para satisfazer a necessidade do cliente.
Porém, a tarefa de consultoria prolonga-se no pós-venda, cabendo ao vendedor dar a
sua opinião sempre que lhe for requisitada ou ache pertinente.
Comunicação e promoção
A comunicação pessoal do vendedor com o cliente é geralmente mais poderosa do que
a comunicação dos mass-media, por ser interativa e por isso poder adaptar-se às
características, aos desejos e às reações dos interlocutores. Este meio é poderoso e
eficaz pois aumenta a probabilidade de retenção e compreensão da mensagem.
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Técnicas de venda
O vendedor deve prestar atenção ao feedback, ter o cuidado de fazer chegar aos
departamentos da empresa informações para delinearem os seus planos,
designadamente, o departamento de Marketing e o departamento de Produção.
Por exemplo, as reclamações dos clientes são informações gratuitas que permitem às
empresas tomar medidas corretivas ao nível da conceção do produto e da qualidade do
serviço. Contudo, os clientes fornecem informação a qualquer passo do processo de
venda, basta que o vendedor seja hábil e experiente para as recolher.
Pagamentos e cobranças
"Pagamos, não pagamos. Pagamos, não pagamos."
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Técnicas de venda
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Técnicas de venda
Independentemente da maior ou menor vocação natural que alguns possam ter para a
função Vendas, a verdade é que praticamente todas as características de um excelente
vendedor se aprendem e se exercitam.
São elas:
Competências comportamentais
Credibilidade e linguagem
Deve ser credível na sua função e no produto que anuncia, e isto consegue-se estando
plenamente informado sobre o seu produto, concorrência, tendências do mercado e
necessidades da clientela.
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Técnicas de venda
Ser bom ouvinte deve estar em consonância com a observação minuciosa de todos os
pormenores. O facto de se procurar criar um ambiente descontraído é crucial para que
o cliente se sinta à vontade a fim de as suas necessidades e preocupações serem
reveladas, quer por palavras, quer através de manifestações corporais (gestos ou
expressões faciais).
Consultor honesto
Ser um bom consultor de vendas implica saber responder corretamente às questões do
cliente, tendo por princípio a honestidade acima de tudo, sobre aquilo que é melhor
para ele, mesmo que isso signifique a perca do negócio.
Porém, quanto mais especializado for o vendedor na sua área, maiores hipóteses terá,
de virar as objeções do cliente a seu favor e superar a situação sem necessidade de
mentir.
Espírito de equipa
Deverá ser apologista do trabalho em equipa, pois em muitos casos e principalmente
nas fases de prospeção, preparação e pós-venda, a colaboração de outros profissionais
da empresa é essencial para que ao vendedor não lhe escape nada e as tarefas sejam
realizadas rapidamente.
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Técnicas de venda
Convém recordar que no interior do indivíduo com quem se pretende fechar a venda
habita um homem. Pode acontecer que apesar de se reunirem todas as condições
indicadas para que o cliente adquira o produto, este não se encontre nos seus
melhores dias e não esteja portanto com disposição para tal.
É preciso ter consciência de que em primeiro lugar lida-se com o ser humano e só
depois com o cliente. Todavia, a persistência é de extrema importância, já que é do
conhecimento comum que os resultados são fruto 95% de transpiração e 5% de
inspiração.
Não teme a abordagem de venda, pois sabe que se esta não resultar, não é a sua
pessoa que é rejeitada, mas sim o seu produto ou a forma como escolheu o
apresentar.
Para ele o fracasso não é só o obstáculo, é o meio que lhe ensina o que a formação
prévia não consegue e o instrumento que lima as arestas do seu estilo de venda.
Competências técnicas
Atitude empresarial
O vendedor vê-se como um empresário, como o único responsável pela sua atividade.
Pensa, planeia e atua como um empresário, analisando o mercado, a concorrência e as
suas forças e fraquezas intrínsecas, estabelecendo em seguida os objetivos que se
propõe atingir e controlando o desenrolar dos acontecimentos.
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Técnicas de venda
Consegue sempre criar valor à medida do cliente, para além aos benefícios
objetivamente oferecidos pelo produto. Identifica e agarra oportunidades infalíveis de
negócio, situações chave em que o cliente atribui um valor anormalmente superior a
uma solução rápida e eficiente.
Desencadeador de negócios
Depois de descobertas as dissonâncias emocionais, o vendedor deve orientar a
conversa nesse sentido e reduzi-las para que a venda retome o seu percurso normal.
Pretende-se que a fase negocial seja alcançada assim que possível e decorra
naturalmente. Um profissional de vendas tem, portanto, de ser um hábil
desencadeador de negócios, mais que um anotador de pedidos.
Deve ser persistente para alcançar o seu objetivo e ter a plena consciência de que se
aumentar o n.º de sucessos aumentará o número de falhas embora nunca tema falhar
e não desiste enquanto não atinge o seu objetivo. Tem uma grande motivação para
usar todos os meios necessários, dentro dos padrões éticos e morais, para
desencadear um negócio e fechar a venda.
Fomento de parcerias
Um bom vendedor procura estimular a relação de confiança, não só com o intuito de
fidelizar o cliente mas também cultivar um espírito de parceria.
Desta forma, os clientes farão questão de trabalhar com ele, havendo uma troca
preciosa de informações e mesmo combater a seu lado com o objetivo de melhorar as
suas ofertas e fazer valer as suas ideias.
Formação e atualização
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Técnicas de venda
Um vendedor tem de viver no mundo atual a tempo real. O mundo atual está em
constante mudança e o profissional de vendas, tal como qualquer outro profissional
atento, sabe que existem apenas duas formas de acompanhar o ritmo da mudança: a
formação contínua e a atualização permanente.
Hoje em dia, os clientes, que não se deparam com um problema, exigem uma solução
imediata e o vendedor que a fornecer no momento, está demonstrar que valoriza o
seu tempo.
Integridade profissional
A melhor maneira de o conseguir é através da adoção de uma filosofia de vida
profissional coerente e única, que o diferencie aos restantes vendedores,
proporcionando um serviço muito peculiar que os clientes reconheçam e premeiem.
Este pode ser mais um argumento para convencer o cliente, na medida em que o
vendedor pode assim cativá-lo a investir, não apenas nos serviços da empresa, mas
também na sua filosofia.
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Técnicas de venda
Passam ainda o tempo que lhes resta a elaborar estratégias e cartas de confirmação.
São profissionais com objetivos claramente definidos.
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Técnicas de venda
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Técnicas de venda
O conceito esteve sempre limitado à pura transação de um bem. A venda foi, primeiro,
a necessidade de escoar um produto, depois a satisfação da necessidade imediata do
cliente. Hoje, este conceito já se não aplica à maioria das atividades comerciais, mais
preocupadas com a manutenção de relações duráveis com os seus clientes, numa
lógica de fidelização.
Em rigor, temos agora um negociador ativo, que procura os seus interlocutores, realiza
esforços para os contactar, enfrenta a sua indiferença ou rejeição, expõe os seus
argumentos, pressiona decisões, faz novas propostas, propõe compromissos.
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Técnicas de venda
Por outro lado, temos o negociador passivo, que observa, analisa, compara, resiste,
objeta, rejeita ou aceita e, em última análise, decide.
Qualquer um destes dois tipos pode estar do lado cliente, além de que os papéis
podem alternar-se durante as fases de uma negociação. Reconhecer este facto é
compreender a subtileza e complexidade da nova perspetiva de negociação comercial.
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Técnicas de venda
Para uma pessoa estabelecer uma relação positiva com outros é necessário sincronizar
com eles, modelando comportamentos verbais e não-verbais usando uma comunicação
analógica. Ora a comunicação sincronizada estabelece uma confiança mútua, em
virtude de “mexer” com os processos mentais que utilizamos nas nossas relações com
os outros.
Os colaboradores com funções de atendimento devem ter isto em conta, pois a sua
postura perante o cliente condiciona muitas vezes a imagem da organização. O saber
ouvir é uma qualidade de extrema importância para facilitar o processo de
comunicação.
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Técnicas de venda
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Técnicas de venda
o Generosidade
o Autodisciplina
o Decisão e ação imediata
o Modéstia.
Técnicas de comunicação
O medo é uma presença constante do ato da venda. Já vimos que os vendedores têm
de ultrapassar o medo da rejeição. Mas não nos devemos esquecer de que os clientes
também receiam falhar.
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Técnicas de venda
Para vender terá de convencer o cliente de que esse risco é mínimo. Logo, quando
estiver frente -a- frente com o cliente não procure apenas vender imediatamente, mas
sim criar uma relação duradoura de confiança.
Identifique problemas
Se já estabeleceu uma relação de confiança com os clientes é tempo de detetar e
resolver os seus problemas. Lembre-se de que os clientes não gostam de tornar os
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Técnicas de venda
seus problemas públicos pois isso fragiliza -os. Por outro lado, eles não têm
consciência de como os seus produtos ou serviços os irão ajudar na solução dos seus
problemas. Logo, a sua tarefa é questioná-los.
Apresente soluções
Se já tem um bom conhecimento das carências, necessidades e problemas do seu
cliente está na altura de lhe propor uma solução. A apresentação deve ser totalmente
direcionada para a resolução dos seus problemas.
Último conselho nesta fase: não se esqueça que a compra é, em grande medida, uma
decisão emocional. Logo, ao apresentar soluções, esteja atento aos sinais emocionais
do cliente como o grau de atenção, os gestos; a expressão facial ou o tom de voz.
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Técnicas de venda
Escuta ativa
A arte de comunicar está relacionada não só com a capacidade de exprimir os nossos
próprios pensamentos, mas igualmente na aptidão de escutar os outros.
Desenvolver uma escuta real, ativa, é uma das condições para a comunicação, e é
mais do que simplesmente ouvir: requer atenção, prática e é uma participação na
comunicação, porque quem escuta demonstra atenção, paciência e interesse e um
espírito aberto e tudo isso é comunicado na forma como escutamos os outros.
Provar que estamos atentos ao que o cliente nos diz gera empatia e cria uma relação
mais favorável à negociação. Se falamos, depois de ouvir, as palavras devem aludir ao
que escutámos, resumindo o que ouvimos, ou demonstrando compreensão.
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Técnicas de venda
Caraterização de escutas:
Forma curta: designa-se comprovar compreensão e utiliza-se para sintetizar um
conjunto de afirmações anteriores produzidas pelo cliente, nos minutos
anteriores. Termina com uma pergunta de confirmação.
Forma longa: chama-se RESUMO e utiliza-se para sintetizar o conteúdo de uma
conversa, numa ou em várias sessões, produzida por uma ou várias pessoas,
ao longo de um período significativo de tempo. No final inicia-se outra
afirmação, sem realizar qualquer pergunta relacionada com o resumo.
Deve-se escutar de forma ativa. Significa que se deve demonstrar interesse pelo que o
Cliente conta. Uma forma de escuta ativa é apoiar os comentários do Cliente, tomando
uma atitude compreensiva e deixando o cliente falar o mais possível.
Quando Ouvimos:
Devemos:
Estabelecer contacto ocular
Fazer regularmente perguntas
Mostrar interesse
Ser compreensivo
Identificar os problemas e as causas
Encorajar
Estar calado quando necessário
Procurar o objetivo e o comprimento de onda do cliente
Não devemos:
Desviar o olhar do cliente
Discutir
Interromper ou falar ao mesmo tempo
Tirar conclusões prematuras
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Técnicas de venda
Movimentos:
1. Quando lhe parecer que o cliente fez uma afirmação favorável mas que a
“embrulhou” noutras, faça comprovar compreensão. Para isso, basta repetir a
afirmação favorável e pedir confirmação. Ignore o resto da observação do
cliente.
2. Após algum tempo, é natural que haja muitas afirmações já produzidas pelos
vários intervenientes na negociação. Faça um resumo, curto, dividido em
partes, usando pequenas frases de conteúdo muito claro. Ganhará assim
ascendentes sobre o seu interlocutor pela capacidade de condução da
negociação.
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Técnicas de venda
Muito destes sinais complementares podem não ser possíveis no contexto negocial, por
constrangimento, por não serem comuns, logo, não poderem ser compreendidos, ou
mesmo porque os negociadores pura e simplesmente não os emitem. Na realidade,
muitos negociadores estão convencidos que se devem reduzir a uma linguagem, não
só puramente verbal como, o que é pior, puramente lógico e racional.
Para que a compreensão mútua seja máxima, é muito importante pontuar o decurso
da conversa com instrumentos verbais clarificadores, que permitam aos intervenientes
verificar se o significado do que foi dito é claramente o mesmo para ambos os
negociadores e se o rumo de interação negocial que pretendem seguir é aceite e
assumido por ambas as partes.
Daí a força estruturante desta ferramenta que, quando bem utilizada, permitirá a
fluidez negocial e a chegada mais fácil a uma conclusão, não importa se positiva ou
negativa. Na verdade, muitas vezes é mais importante que o clima da negociação seja
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Técnicas de venda
Comunicação não-verbal
Os sinais não-verbais transmitem aproximadamente cinco vezes mais impacto do que o
canal verbal e quando os dois são incongruentes entre si, as pessoas preferem confiar
na mensagem não-verbal, aliás o conteúdo verbal pode ser ignorado.
Raros são os gestos que são feitos isoladamente de outros, pois a comunicação não-
verbal é, no entanto, um processo complexo que envolve pessoas, palavras, tons de
voz e movimentos corporais variados e que interagem simultaneamente. Os gestos
terão sempre que ser analisados consoante o contexto em que se está integrado.
Avaliação/Crítica
Se o cliente que se tem à frente, aquando da explicação e apresentação de um
produto, escutar mantendo o braço cruzado, pernas cruzadas e os dedos apoiados na
cabeça e na boca, demonstra que está numa atitude crítica, por vezes, discordante.
Mentira
Quando um cliente diz uma mentira, o seu cérebro dá instruções à mão para cobrir a
boca, numa tentativa de bloqueio das falsas palavras. Então o colocar as mãos na
boca, ou ligeiramente à frente dela, ou mesmo o gesto de tocar ou coçar o nariz indica
uma mentira, algo de falsidade no que se diz em relação ao que se pensa.
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Técnicas de venda
Outros gestos que poderão demonstrar o mesmo são, quando o emissor ao falar, baixa
os olhos, não olhando diretamente para o recetor, baixa a cabeça, aumenta o ritmo do
pestanejar, esfrega os olhos, enrubesce as bochechas.
Daqui se deixa o aviso que não se deve, despreocupadamente e logo no início, bater
nas costas a qualquer cliente, tocar no corpo durante a conversa ou dar abraços
apertados logo nos primeiros contactos.
Assim, deve-se procurar as palmas das mãos do cliente quando este dá razões para
não poder comprar o produto, porque somente as razões válidas são apresentadas
com as mãos expostas.
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Técnicas de venda
Um conselho que o vendedor deve seguir é que, é sempre melhor esperar que a outra
pessoa inicie o aperto de mão e, caso este não se anuncie, deve-se acenar com a
cabeça como sinal de cumprimento ou dar um simples avanço, como que a pedir
autorização para tal.
Para contrariar um aperto de mão agressivo poder-se-á dar uma espécie de sacudidela
e aí desarmar o cliente, ficando numa posição dominante. Que é a que mais interessa
aquando de uma tentativa de venda.
Para dar a sensação de se ser digno de confiança, de honestidade, por vezes há quem
dê um aperto de mão tipo luva, mas não se deve de todo fazê-lo a clientes
desconhecidos ou recentes. Essa forma de cumprimentar apenas se deve aplicar a
clientes ou pessoas já conhecidas e com quem se mantenha alguma confiança.
Quando as mãos estão em posição de telhado levantado, mas com a cabeça muito
inclinada para trás a pessoa assume um ar de presunção e arrogância. Se estiver com
a cabeça em posição normal já significa verdade e confiança.
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Técnicas de venda
Mãos no Rosto
O ato de esfregar a orelha mostra que a pessoa quer falar ou já ouviu que chegue e o
ato de coçar o pescoço quer dizer que há alguma incerteza, dúvida, hesitação.
Se o cliente puxar o colarinho é mau sinal, ou está muito cansado e pode perder muita
da informação que se está a tentar transmitir, ou não é o melhor momento para fechar
a venda. Pior ainda, pode representar uma desilusão em relação ao produto que se lhe
apresenta, à forma como se o faz, à empresa ou ao preço.
O mesmo se poderá transmitir com o tamborilar com os dedos sobre a mesa e o bater
continuamente com os pés no chão. Este ato, mais do que aborrecimento, transmite
impaciência. Ou seja, é tempo de terminar com o discurso o mais rapidamente possível
ou mudar de rumo à conversa, fazer perguntas para tentar quebrar o ritmo. Mas se a
atitude se mantiver não insistir.
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Técnicas de venda
Quando o cliente tem a mão fechada e apoiada na bochecha, aí sim é muito bom sinal.
Pois demonstra uma atitude de avaliação mas positiva, demonstra que está realmente
interessado no seu discurso, no produto e a apresentação está a correr bem.
Se depois desta ação, o cliente friccionar o queixo, está a tomar uma decisão. Aqui o
agente não deve interromper, não deve falar, mas sim analisar os gestos seguintes de
modo a saber se é uma decisão positiva ou negativa em relação à compra.
Mas já o ato de esfregar a testa, significará uma pessoa mais aberta, muito
descontraída que aceita erros até os seus, levando-o à própria recriminação.
Braços Cruzados
Uma atitude negativa, defensiva, nervosa, é demonstrada com a posição de braços
cruzados. Poderá ainda ser uma forma de mostrar incerteza, insegurança e aí há
necessidades de quebrar o gelo.
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Técnicas de venda
Quando o nosso cliente toma esta posição, há que tranquilizá-lo de imediato, distraí-lo,
fazer-lhe perguntas de modo a deixá-lo falar o mais possível até relaxar e perder o
medo.
Existe ainda o gesto de braços dissimulados, detetando que o emissor está inseguro de
si próprio ou nervoso. Acontece quando se cruza o braço de forma discreta para tocar
numa carteira, pulseira, relógio, punho da camisa, agarrar um copo com as duas mãos,
tentando disfarçar o nervosismo.
Por exemplo, se as pernas cruzadas se combinarem com braços cruzados, significa que
a pessoa se retirou da conversação. Atitude típica de mulheres zangadas. Nestes casos
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Técnicas de venda
nunca se deve pedir qualquer tipo de decisão. Em vez disso deve colocar questões-
sonda.
Se o cliente puxar a perna com as mãos, então significa que no debate tomou uma
atitude dura e de teimosia. As pernas cruzadas de pé tomam uma posição defensiva e
é frequente quando se encontram pessoas que não se conhecem ou têm pouco à
vontade.
O fecho dos tornozelos é igualmente negativo e defensivo, embora mais leve. Poderá
ser resultado de uma emoção, nervosismo ou receio, onde o cliente terá a necessidade
de conter uma emoção ou atitude, seja ela boa ou má.
Nesta fase deve-se usar a técnica de questionamento, quebrar o gelo, distrair o cliente
seja de que maneira for. Nesta fase tem que se fazer o cliente relaxar. Mas se a
pessoa tiver a tendência para a posição de fecho-de-pés, essa pessoa tem algum grau
de timidez e continuam a ser necessárias as técnicas referidas anteriormente, assim
como um maior envolvimento com o cliente em questão.
Quando a pessoa está a omitir algo, a ser desonesta desvia o olhar do agente, mas se
olhar muito fixamente ou está a achar a pessoa interessante, atraente ou está a emitir
um desafio hostil.
Deve-se ter atenção para nunca olhar um cliente abaixo do nível dos seus olhos, pois
quanto mais para baixo, mais íntimo se torna o olhar e poderá repelir e desagradar o
cliente.
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Técnicas de venda
Cuidado com o fecho de olhos enquanto se fala, pois significa que o cliente se está a
enfastiar, a desinteressar-se e quer ver-se fora da vista. O mesmo se passará por parte
do cliente em relação ao vendedor que lhe faz a demonstração, e nesse caso não se
deve insistir. Deve-se sim tentar marcar outra hora, outra altura para se falar com o
cliente em questão.
A melhor forma para captar e controlar a atenção do cliente é apontar, seguir com
uma caneta, falar com expressão das mãos.
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Técnicas de venda
4.Etapas da venda
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Técnicas de venda
Pode-se mesmo dizer que, se não se realiza eficazmente esta tarefa de averiguar as
necessidades, tem-se grandes dificuldades em fechar a venda, e, se a fechar, corre-se
o risco que o Cliente anule a compra pois o produto que lhe vendemos não é o que
cobre as suas necessidades e não corresponde às suas expectativas.
O Cliente pode trazer uma ideia incorreta e inadequada do que realmente deseja, daí a
importância de averiguar o que realmente quer.
A venda traduz-se num acordo de vontades e, por isso, ela é uma relação psicológica
que se estabelece entre comprador e vendedor. O serviço que se vende não é o
objetivo fundamental da venda mas apenas o meio através do qual se satisfazem
necessidades.
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Técnicas de venda
O bom vendedor é justamente aquele que faz sentir ao comprador o desejo de usufruir
dos serviços que tem para vender, por sentir que lhe vão proporcionar uma satisfação
de necessidades.
Este tipo de necessidade pode ser manifestada de várias formas, porém a mais
comum, é repetir várias vezes a mesma informação; falar devagar; falar alto;
zangarem-se quando acham que não estão a ser compreendidos; ou levarem consigo
um familiar ou amigo que os ajude a explicar-se.
Esta necessidade manifesta-se quando os clientes olham em volta antes, ou logo após
a sua entrada no estabelecimento.
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Técnicas de venda
Esta necessidade é muitas vezes evidenciada por alguém que “dá nas vistas” ou brilha
sobre os seus conhecimentos. Também se manifesta pela exibição de dinheiro, jóias ou
vestuário exuberante.
A Necessidade de Conforto.
Os clientes precisam de conforto físico: um lugar para esperar, descansar, falar ou
negociar. Também precisam do conforto psicológico: a garantia de que serão bem
tratados e a confiança de que aquela organização lhe satisfará as suas necessidades.
Esta necessidade é revelada por pessoas que adoecem com facilidade, são nervosas ou
inseguras de si próprias quando se sentem desconfortáveis. Também se manifesta, de
forma mais direta, quando é pedida ajuda, assistência ou orientação.
Pode, portanto, definir-se Necessidade como a expressão de uma solução que o cliente
acredita poder resolver o seu problema. Sucede, por vezes, que não temos consciência
direta dos problemas, até que alguém nos questiona acerca de uma dada situação.
Ou então, uma das partes pretende dissimular as suas necessidades por detrás de uma
máscara de “não quero e nem preciso de nada...” ou “a situação é suportável...”, pelo
receio de perder poder negocial para a outra parte. É o bluff que muitos vendedores
usam como modo de se defenderem da pressão contrária.
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Técnicas de venda
Os vendedores devem ser bons ouvintes para escutarem bem e para entenderem
todos os sinais transmitidos. Devem ainda vestir a pele do cliente sempre que
necessário para melhor identificarem e entenderem os seus reais problemas
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Técnicas de venda
Acima de tudo, a pesquisa como técnica de conversação com o cliente, tem um mesmo
propósito – obter informações do cliente e maneira a fazer a sua abordagem mais
efetiva.
Esta ideia reflete a nova noção do indivíduo que já não se limita a desembrulhar um
rolo de argumentos que, mesmo muito válidos, são arremessados o cliente, sem que
este seja questionado sobre os seus interesses.
A demonstração da solução
Se já tem um bom conhecimento das carências, necessidades e problemas do seu
cliente está na altura de lhe propor uma solução. A apresentação deve ser totalmente
direcionada para a resolução dos seus problemas.
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Técnicas de venda
Não esquecer que a compra é, em grande medida, uma decisão emocional. Logo, ao
apresentar soluções, esteja atento aos sinais emocionais do cliente como o grau de
atenção, os gestos; a expressão facial ou o tom de voz
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Técnicas de venda
A concretização
No decorrer da apresentação do produto, o vendedor deve procurar conduzir ao fecho
da venda. No entanto, este deparasse por vezes com algumas formas de resistência,
traduzidas por ações ou expressões verbais do potencial cliente que revelam dúvidas
ou sentimentos negativos em relação ao produto ou à empresa -
O processo de venda tem como grande objetivo, o fecho da venda. Um vendedor que
não feche a venda é um mero conversador. Assim, esta fase é a mais importante do
processo garantindo um compromisso entre o vendedor e o comprador em que o
primeiro fornecerá algo em troca do seu pagamento.
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Técnicas de venda
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Técnicas de venda
5.Controlo da venda
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Técnicas de venda
Supervisão de Vendedores
A supervisão e controlo de Vendedores é uma actividade fundamental da Gestão da
Força de Vendas, recorrendo a diferentes metodologias conforme a organização e
especialização funcional da Força de Vendas, bem como, como é evidente, o tipo de
mercados em que actua.
Assim sendo, para que se possa realizar uma supervisão adequada da Força de
Vendas, é fundamental a clarificação dos objectivos de Vendas para cada período, bem
como o conhecimento de boas práticas de Empresas congéneres quanto à frequência
de visitas e o número médio de visitas até se obter uma encomenda.
Frequência de Visitas
Deve ser encontrado um benchmark para a frequência de vistas desejada para cada
cliente. Com efeito, se, por um lado, um maior número de visitas poedrá implicar
vendas acrescidas, será necessário verificar, através da análise dos resultados obtidos
pelo Vendedor, se o acréscimo de vendas eventualmente observado compensará o
acréscimo de custos.
Poderá ser minorado o tempo que o Vendedor passa sem se encontrar em contacto
directo com o Cliente através de uma boa gestão da sua base de clientes
(proximidade), de um correcto agendamento de percursos diários de visita, através da
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Técnicas de venda
Metodologias de supervisão
Reuniões de acompanhamento
A realização frequente e periódica de reuniões de vendas permite, para além
de processos de animação e motivação, controlar efectivamente o
desempenho de cada Vendedor.
São conhecidas as metodologias “em força”, que passam, por exemplo, pela marcação
de uma reunião diária de “Agenda”, no início do dia.
Relatórios de Vendas
Os Relatórios de Vendas, elaborados periodicamente, são uma ferramenta fundamental
de supervisão e acompanhamento de Vendedores. Devem ser continuamente avaliados
face a relatórios de períodos anteriores e confrontados com relatórios apresentados
por colegas e até com relatórios de vendas da concorrência.
Agendas
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Técnicas de venda
Para além dos efeitos resultantes da iniciativa de supervisão, este tipo de vistas poderá
ainda ser uma auxiliar precioso para o Vendedor, na medida em que a presença de um
Gestor de Vendas resulta, habitualmente, em resultados mais positivos para aquela
visita.
Motivação de Vendedores
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Técnicas de venda
A fixação de Quotas de Vendas por Vendedor, por equipa de Vendas ou para toda a
Força de Vendas pode constituir um poderoso factor de motivação. Uma quota de
Vendas elevada, poderá estimular um esforço extra por parte do Vendedor; entretanto,
se a quota estabelecida for demasiado elevada, esse estímulo desaparecerá, dando
lugar a um sentimento de resignação ou de recusa de identificação com a quota
estabelecida.
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Técnicas de venda
Uma quota de Vendas baixa pode estimular o Vendedor fornecendo confiança; por
outro lado, a fixação de uma quota de Vendas demasiado baixa poderá levar ao
desinteresse e à frustração.
Avaliação de Vendedores
Tipos de avaliação
A avaliação de Vendedores é absolutamente fundamental. Essa avaliação pode assumir
um carácter qualitativo. Entre os critérios mais utilizados poderemos referir:
Conhecimentos demonstrados pelo Vendedor. Estes conhecimentos poderão
incidir sobre os produtos, procedimentos da Empresa, técnicas de Venda, entre
outros;
Nível de motivação do Vendedor;
Capacidade de integração na equipa da Força de Vendas;
Empenho na Formação e na actualização de conhecimentos ou em contribuir
para a Formação de novos Vendedores;
Capacidade para manter clientes satisfeitos.
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Técnicas de venda
Fontes de Informação
As Fontes de informação mais comuns para a elaboração de critérios e sistemas de
avaliação são:
Relatórios de Vendas periódicos;
Observação pessoal por parte do Gestor de Vendas e/ou das Chefias
intermédias;
Reclamações de Clientes;
Pesquisas com Clientes e utilização de Clientes-mistério;
Outros Vendedores.
51
Técnicas de venda
Bibliografia
52