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MANDADO DE SEGURANÇA
com pedido liminar em face de
1 - DA JUSTIÇA GRATUITA
O Impetrante encontra-se desempregado, sem qualquer renda e não tem
condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem
prejuízo do seu sustento e de sua família (declaração em anexo).
Por tais razões, pleiteia-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados
pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pelo Código de Processo Civil em seu artigo 98
e seguintes.
2 – TEMPESTIVIDADE DO MANDAMUS
3 - LEGITIMIDADE PASSIVA
4 - DOS FATOS
O Impetrante providenciou todas as Certidões de Tempo de Contribuição e
demais documentos necessários à concessão de aposentadoria por tempo de contribuição pelo
Regime Geral de Previdência Social, dando entrada no seu requerimento na data de
25/08/2020 junto ao INSS – Instituto Nacional do Seguro Social em CIDADE-ESTADO,
conforme comprova o protocolo nº XXX e status de andamento (ambos anexo).
Da recusa em sede administrativa, o Impetrante protocolou recurso junto ao
INSS, em 16/06/2021, com registro de requerimento sob nº XXX, conforme comprovante de
protocolo anexo. Na oportunidade, o Impetrante juntou ao pedido todos os documentos
necessários para a sua análise.
No entanto, tendo se passado mais de CINCO meses desde a data em
que o recurso administrativo foi protocolado (16/06/2021), o ente previdenciário
Impetrado ainda não realizou a análise do recurso do Impetrante.
Portanto, em apertada síntese, a autarquia Impetrada vem omitindo-se de
cumprir seu dever de proferir decisões no processo administrativo.
Com efeito, por ter o seu direito líquido e certo de resposta ao requerimento
administrativo no prazo legal, não restou alternativa ao segurado se não impetrar o presente
mandado de segurança.
No mesmo sentido, o Art. 300 do CPC aponta que havendo elementos que
demonstrem a probabilidade do direito (fumus boni juris) e o risco de dano (periculum in
mora), será concedida a tutela de urgência.
No caso, a probabilidade do direito está amplamente demonstrada na
fundamentação supra, uma vez que a demora excessiva do Impetrado em proferir decisão no
pedido administrativo formulado pelo Impetrante constitui violação ao seu direito
fundamental à duração razoável do processo administrativo (art. 5º, LXXVIII da Constituição
Federal). Ademais, conforme exposto, foram ultrapassados todos os prazos fixados na
legislação.
Há, assim, indubitável respaldo para a concessão da medida e o fundamento
é relevante nos termos do Art. 7º da Lei nº 12.016/2009.
O periculum in mora, por outro lado, se evidencia no fato de que o
Impetrante, está impossibilitado de receber os proventos de sua aposentadoria, os quais são,
notoriamente, de natureza alimentar!
Ademais, o impetrante é idoso, encontra-se desempregado e desprovido
de qualquer renda a fim de custear seu sustento e de sua família e de realizar a compra
dos remédios que necessita. Sua esposa, também idosa, tem procurado labor como
diarista a fim de custear a subsistência da família em razão da demora na averbação do
tempo de serviço e posterior concessão da aposentadoria por tempo de contribuição. E é
em razão da desídia do impetrado que toda essa situação tem sido enfrentada.
Portanto, resta absolutamente comprovado que não se pode esperar até o
ulterior julgamento do presente para que tenha resolvida essa questão. Nos termos do art. 7º
da Lei do Mandado de Segurança, há perigo concreto de ineficácia da medida se não forem
antecipados os efeitos da tutela.
Logo, requer seja fixado prazo para que a autoridade coatora seja compelida
a apreciar o recurso administrativo, em prazo razoável, julgando as razões constantes no
aludido recurso, sob pena de multa diária.
8 - PEDIDOS
Nesses termos,
Pede deferimento.
ADVOGADO
OAB/ESTADO Nº