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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL

FACULDADE DE DIREITO DE ALAGOAS – FDA


FILOSOFIA DO DIREITO II – PROF. ROSMAR ALENCAR – DIURNO

FICHAMENTO DO CAPÍTULO PRIMEIRO DO LIVRO A GARANTIA FUNDAMENTAL


À MOTIVAÇÃO DA DECISÃO JUDICIAL
Beclaute Oliveira. A Garantia Fundamental à Motivação da Decisão Judicial. 1. ed. Salvador - BA:
Jus Podivm, 2007. [Capítulo Introdutório – Direito: fenômeno linguístico normativo (estipulando
pressupostos teóricos)].

Evanilson Kleverson da Silva Melo

Maceió – AL
21 de julho de 2021
Evanilson Kleverson da Silva Melo

FICHAMENTO DO CAPÍTULO PRIMEIRO DO LIVRO A GARANTIA FUNDAMENTAL


À MOTIVAÇÃO DA DECISÃO JUDICIAL
Beclaute Oliveira. A Garantia Fundamental à Motivação da Decisão Judicial. 1. ed. Salvador - BA:
Jus Podivm, 2007. [Capítulo Introdutório – Direito: fenômeno linguístico normativo (estipulando
pressupostos teóricos)].

Trabalho de graduação apresentado ao curso


de Direito da Universidade Federal de Alagoas
(UFAL) como parte dos requisitos para a
aprovação na disciplina de Filosofia do Direito
II.

Professor (a): Rosmar Alencar


Disciplina: Filosofia do Direito II
Turma: DIRT090 – A

Maceió – AL
30 de Julho de 2021
FICHAMENTO

SILVA, Beclaute Oliveira. A Garantia Fundamental à Motivação da Decisão Judicial. 1. ed.


Salvador - BA: Jus Podivm, 2007. [Capítulo Introdutório – Direito: fenômeno linguístico normativo
(estipulando pressupostos teóricos)].

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Direito como um fenômeno linguístico normativo? - decisão judicial civil

- Sofistas dão centralidade à linguagem - verdade não tem por objetos os fatos, mas outra
proposição.

• Pág. 32

- teoria da prova - necessidade de fundamentação.

- Sofista - poderia se chegar a um juízo de verdade dissociado do real.

- manipulação da linguagem.

- Sócrates - precisão do conceito - evitando juízos contraditórios.

- verdade correspondência - relação entre o objeto e a sua interpretação

- distinção entre representação e pensamento - Habermas - representação é algo individual,


subjetivo, historicamente determinado. Os pensamentos transcendem os indivíduos apreendidos por
diferentes sujeitos de forma diferente.

• Pág. 33

- Fato como um fenômeno linguístico - quando o pensamento é verdadeiro - Paulo de Barros


Carvalho

- Real é o que pode ser representado em proposições verdadeiras.

- Verdade deixa de ser vista como correspondência, no sentido aristotélico-tomista, e passa a ser
trabalhada como produto do consenso

- Verdade é aceitação racional a partir de uma pretensão de validade criticável sob as condições
comunicacionais de auditório.

- Direito não pode prescindir da linguagem.


• Pág. 34

Objeto material e sua manifestação como signo linguístico.

- conhecimento é apenas a relação entre sujeito e objeto? Não

• Pág. 35

Captação dos fenômenos

- sujeito capta um conjunto de informações do meio e depois organiza racionalmente, dando-lhe


sentido.

- Manifestação do signo - ícone - similidade com o objeto representado - ex: foto


Índice - algum vínculo existencial com o objeto representado - fumaça = fogo
Símbolo - relações convencionais com o objeto

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- direito positivo - enunciados expressionais - direito é algo que se realiza do enunciado.

• Pág. 37

- O sentido não está no texto, o sentido será dado pelo intérprete.

- Norma jurídica não se confunde com meros textos normativos - que são apenas suportes físicos.
antes do contato do sujeito cognoscente, não temos normas, e sim, meros enunciados linguísticos
esparramados pelo papel.

- disposição normativa (texto) e norma jurídica (significação)

- norma pode buscar seus componentes significativos em significações construídas a partir de


diversos documentos de direito positivo.

• Pág. 38
Norma é um conjunto de significados encadeados em uma estrutura lógica que se pode representar
desta maneira: deve ser que dado um fato X, deve ser a relação entre dois sujeitos ou mais sujeitos,
estipulando-se entre eles, pelo menos direitos e deveres, em torno de um objeto; havendo o
descumprimento do estipulado na mencionada relação, então deve ser uma sanção.

• Pág. 39

- Não basta apenas o uso da moldura de Kelsen, tem-se que utilizar-se das ferramentas e de técnicas
de manuseio para se pintar o quadro.
- Estrutura lógica da norma em seus múltiplos aspectos- sintático - plano de análise lógico-formal,
unívoca - nada diz. Semântico - lógico-formal - análise dos sentidos. Pragmático - aplicação das
normas e da linguagem no mundo social.

- enunciados descritivos se explicam, prescritivos se fundamentam ou justificam.

• Pág. 40

- sujeitos do conhecimento: a) sujeito cognoscente; b) atos de percepção e de julgar; c) objeto do


conhecimento; d) a proposição.

- sujeito capta um determinado dado sensorial (fenômeno), reveste-o num arcabouço linguístico,
gerando o objeto, mediante a expressão de uma proposição ou juízo - significação.

- o direito, enquanto ser, não pode ser apreendido, apenas apreende-se o que dele aparece sob o
manto da linguagem.

• Pág. 41

- Determinação do objeto formal.


Ente linguístico, característica que se pretende conhecer.

• Pág. 42
- necessidade lógica de delimitação do estudo do direito à categoria norma, pelas outras categorias
(fato e valor) pertencerem a outras áreas.

• Pág. 43

A norma jurídica
Demarcando um conceito de norma
- campo do fato - ser - é
- normativo - dever ser
- lei não é norma, mas enunciado - suporte físico

• Pág. 44

- Deôntico - relativo às normas.

- norma jurídica tem o escopo de alterar o mundo social.

- Norma como esquema de interpretação – Kelsen.

• Pág. 45

- Norma jurídica como a significação que o sujeito cognoscente constrói do enunciado, é expressa
em proposição - norma primária e norma secundária.

- norma primária - estabelece a conduta devida

- secundária - possui por pressuposto a inobservância da conduta prescrita.

4.2 - Vínculos interativos das normas - o sistema

-normas não existem isoladamente, mas em relação, essa relação forma um sistema - conjunto de
elementos que entram em relação formando um todo unitário.

• Pág. 46

- diferentes tipos de sistemas


Elementos do mundo físico ou social - sistema real ou empírico.
Formados por proposições - proposicionais.
Que são divididos em: nomólogos - elementos constituintes são ideais
e nomoempíricos - constituídos por proposições que se referem a dados materiais.

Descritivos - proposições que descrevem elementos reais e prescritivos - juízos que têm por função
alterar a conduta social.

- uniformidade do ordenamento jurídico

- Norma fundamental hipotética


- forma de manifestação do fundamento de validade de um sistema determina se o sistema de
normas é do tipo estático ou dinâmico.

- Estático - norma fundamental pressuposta reúnem em si todo o conteúdo do sistema, bem como o
fundamento de validade. - direito natural - conteúdo da norma.

- dinâmico: norma fundamental responsável pelo estabelecimento de autoridade, que tende a


conferir a outras autoridades a competência para criar normas.

• Pág. 47

- a norma não ensina, prescreve.

- lei não é um conselho, mas uma ordem - Hobbes.

- não se pode atribuir a uma proposição prescritiva a valência certo ou errado.

- permite, obriga e proíbe.

- direito positivo é um sistema que está inserto no sistema proposicional nomoempírico prescritivo
dinâmico.

4.3 Estrutura da norma jurídica.


Por ser vertida em linguagem, possui homogeneidade sintática -

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- A - hipótese - descreve a possível situação fática do mundo (natural ou social), cuja ocorrência na
realidade verifica o descrito na hipótese - plano da validade, uma vez que é posto consoante norma
preexistente.

- C - tese - consequência implicada à hipótese, a prescrição.

- o fático se insere no jurídico a partir de determinada hipótese.

• Pág. 49
- a hipótese da norma secundária é definida por Kelsen como o delito ou ilícito.

• Pág. 50
- 4.4 Classificação das normas a partir da sua estrutura lógica

- hipótese (antecedente) e proposição tese (consequente)

- Norma abstrata e geral: antecedente - descreve, mas como função prescritiva, uma situação de
possível ocorrência, e o consequente, uma relação em que os sujeitos não são previamente
determinados, cuja conduta é modalizada sob a forma permitida ou proibida ou obrigada.

- Norma concreta individual: antecedente - descreve, com função prescritiva, um fato e o


consequente, estipula relação entre sujeitos determinados, cuja conduta é modalizada sob a forma
permitida ou proibida ou obrigada - sujeito específico.

• Pág. 51

- Norma abstrata e individual: antecedente - descreve, com função prescritiva, um fato de possível
ocorrência, e o consequente, estipula relação entre sujeitos determinados, cuja conduta é
modalizada sob a forma permitida ou proibida ou obrigada. (entes gerais. ex: Maceió)

- Norma concreta e geral: antecedente - descreve - com função prescritiva um fato, e o consequente,
estipula relação entre sujeitos indeterminados, cuja conduta é modalizada sob a forma permitida ou
proibida ou obrigada. (ex: STF, União, Lei)

- Enunciado conotativo? Figura de linguagem? - antecedente

- individualização - enunciados denotativo - consequente

• Pág. 52

- 4.5 Classificação das normas a partir de seu papel no ordenamento jurídico.

- Normas de conduta e normas de estrutura ou competência - Bobbio (já li)

- de conduta - prescrevem o modo como os indivíduos deve se comportar

- de estrutura - prescrevem uma conduta, fixam condições e os procedimentos para produzir normas
válidas de conduta.

- Alf Ross - condições para uma norma de estrutura:


- a) autoridade competente, órgão jurisdicional, que se manifesta imerso na garantia do juiz natural,
também denominado de princípio do juiz natural, que como demonstramos, é realizado através de
motivações da sentença.

- b) procedimento: devido processo legal, bem como a motivação da decisão.

- c) regras que delimitam a matéria que a autoridade competente pode, mediante o procedimento,
criar, modificar e extinguir.

- normas de estrutura - direito é um sistema autopoiético - regula sua própria criação - norma pare
norma (como diria o Prof. Raimundo)

• Pág. 53

- norma de estrutura é que atribui competência para que a autoridade introduza ou retire do sistema,
através da revogação ou anulação, normas jurídicas, bem como estabelece procedimento para que
tal mister seja ultimato.
- interpretação e aplicação estão umbilicalmente unidas - a aplicação da norma jurídica só será
ultimada após a interpretação.
5. Proposta Kelseniana para a interpretação
Teve uma?

• Pág. 54

- Interpretar é dar sentido.

• Pág. 55

- interpretação autêntica e não autêntica


- juiz e o cientista

- decisória e criativa

• Pág. 56

6. Aplicação
- atribuir sentido é um ato de escolha
- Mas não pode ser arbitrário - querer fundado

- elementos metajurídicos para condicionar a escolha.


- conteúdo da racionalidade é dado pelo jurista

• Pág. 57
- embora haja uma relação entre a sentença e a lei, ela nunca é completa. - norma de escalão
superior não pode vincular o ato através do qual é aplicada.

- Questão interessante sobre os diferentes juízes julgando o mesmo caso e com resultados e
justificativas diversas.

• Pág. 58

- 7. Próximo capítulo

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