OFICINAS PEDAGÓGICAS

Joana Vitória Bristot Martini

Resumo
O objetivo deste paper é apresentar a importância das oficinas pedagógicas como forma de
ensino e aprendizagem. As oficinas pedagógicas contribuem para a construção do
conhecimento da criança de uma forma dinâmica. Dessa maneira, o presente trabalho, tem
como objetivo apresentar e compreender o desenvolvimento da aprendizagem através das
oficinas pedagógicas.

Palavras-chave: Oficinas Pedagógicas. Ensino. Aprendizagem.

Introdução
As oficinas pedagógicas possibilitam uma aprendizagem com bastante estímulos e
participação dos alunos, promovendo a interação social entre os educandos e professor.
Segundo Paulo Freire (2009), é impossível existir ensino sem aprendizagem. Para o teórico,
educar é um processo dialógico, um intercâmbio constante e através das oficinas o educador
desperta no aluno o desejo constante e a curiosidade de aprender.
A partir desse ponto, as oficinas pedagógicas facilitam no processo de aprendizagem do
aluno, esse método desperta o interesse da criança.
A prática pedagógica do professor é de suma importância para o ensino, pois a mesma
possui o poder de desenvolver múltiplas competências da criança. Compreende-se, então,
que podemos entender o desenvolvimento da aprendizagem da criança através de oficinas
pedagógicas, dessa forma o aluno aprende brincando.
A partir disso, o presente artigo busca compreender o desenvolvimento da aprendizagem
do educando através das oficinas pedagógicas.

Fundamentação Teórica
No âmbito educacional, encontramos nas oficinas pedagógicas um excelente recurso.
A junção entre teoria e prática é sempre um desafio. Entre pensar e fazer algo, há uma
grande distância que, no entanto, pode ser vencida. Um dos caminhos possíveis para a
superação dessa situação é a construção de estratégias de integração entre teóricos e
práticas, o que, fundamentalmente, caracteriza as oficinas pedagógicas.
Por isso, oficina pedagógica é uma forma de construir o conhecimento, com ênfase
na ação, mas, com base na teoria.
De acordo com Betancurt (2007), esse conceito de oficina estendeu-se à educação pelo
interesse do desenvolvimento de uma metodologia de aprendizagem colaborativa( em
grupo), caracterizada pelo aprender fazendo.
 Na pedagogia contemporânea, Freinet (apud Ander- Egg, 1991) utilizou o termo
oficina para referenciar a forma de se estabelecer conexões entre o conhecimento que se
transmite ao aluno e o seu cotidiano, ou melhor, para que os alunos aprendam
habilidades que lhes serão úteis no dia a dia.
Hoje, a utilização do termo oficinas é justamente no sentido de se construir,
coletivamente, suas aprendizagens, que se propõe, como estratégia, método de
organização. Para a realização de uma oficina, a escolha do tema é de suma importância.
Corrêa (2000), aponta como estratégias para a realização desta perspectiva de
trabalho, as seguintes etapas: decidir o tema de estudo, que se refere à escolha
realizada por pessoas que se propõe a construir uma oficina, reunir todo o material
possível sobre o tema, buscando subsídios em materiais como revistas, filmes,
livros, mas também nas conversas cotidianas; o entendimento do tema que será
abordado, que se dará através do estudo desenvolver estratégias para poder dizer
sobre o tema, podendo referir-se a qualquer meio disponível ou possível de ser
criado.(CORRÊA, 2000, P.150).

“Todo tipo de educação baseia-se na comunicação, como qualquer

interação social, mas o modelo de educação comunicativa reforça esta direção e
lhe dá, também um sentido mais profundo e humanístico” (REYZÁBAL: 2001, p.53-4

Na oficina surge um novo tipo de comunicação entre professores e alunos. É formada

uma equipe de trabalho, onde cada um contribui com sua experiência. O professor é
dirigente, mas também aprendiz. Cabe a ele diagnosticar o que cada participante sabe e
promover o ir além do imediato. (VIEIRA e tal, 2002. p.17).

Entende-se assim, por oficinas pedagógicas, espaços e tempos de aprendizagem coletiva,

onde os sujeitos terão oportunidade de produzir conhecimentos a partir das interações
grupais. Nas oficinas pedagógicas, a sala de aula se transforma em espaços livres, dinâmicos,
abertos. Local para dizer e ouvir coisas, experiências, vivências as quais serão compartilhadas
por todos os sujeitos, que efetivamente, tornar-se-ão atores e atrizes sociais das suas histórias
e dos seus conhecimentos.

Considerando o meu objetivo de investigar as práticas que envolvem as oficinas

pedagógicas que possam ser criativas no que se refere ao ensino e ao desenvolvimento de
novas habilidades. O fundamento desse estudo tem como base formada na pesquisa
bibliográfica. A pesquisa bibliográfica permite ao investigador a cobertura imensa de
fenômenos muito mais amplos. Portanto o levantamento teórico deste trabalho foi
desenvolvido a partir de materiais já elaborados, constituídos de artigo científico.

Resultados e Conclusões
A oficina, como qualquer ação pedagógica, precisa de um planejamento, mas é na
execução que ela assume características diferenciadas das abordagens centrais do professor.
O planejamento prévio caracteriza-se por ser flexível, ajustando-se às situações-problema
apresentadas pelos participantes, a partir de seus contextos reais de trabalho.
Assim, as oficinas pedagógicas possibilitam um processo educativo composto de
sensibilização, compreensão, reflexão, análise, ação, avaliação.
Na planificação, os alunos realizam a investigação da situação problema assim, cabe a
eles, mediados pelo professor, determinar qual é a melhor forma de investigar a situação,
podendo ser desde visitas a campo para observação do problema, a experimentações para
testar hipóteses apresentadas, pesquisas bibliográficas, assistir filmes e documentários,
entrevistas, coleta de dados a partir de fotos, filmagens e desenhos etc.
Por fim, a reflexão propõe a sistematização dos conhecimentos produzidos, podendo esta
se dar por meio de mapas conceituais, elaboração de textos, desenhos em quadrinhos,
produção de um vídeo e, até mesmo, a redação de um projeto ou artigo, de forma a promover
a auto avaliação do crescimento dos alunos durante a oficina, pois se exige um
aprofundamento da relação entre a teoria e a prática, oportunizando ao aluno expandir seus
horizontes e refletir de forma holística sobre os problemas e as soluções, bem como sobre os
resultados alcançados, os limites e a possibilidade de novas oficinas.

Conclusão
Para concluir, destaco, primeiramente, a valorização da confecção de oficinas para
agregar novos saberes e melhor desenvolver a teoria em sala, desenvolvendo com maior
percentual as habilidades fundamentais e necessárias para o desenvolvimento dos
educandos. Ressalto, também, a importância do planejamento inovador e criativo, se
apropriando das oficinas que atuam como um importante instrumento para que os alunos
tenham voz dentro daquele contexto. A mesma colabora para que tenhamos um espaço onde
todos possam participar, percebendo esta característica fundamental para o rompimento de
estratégias de ensino que comtemplam o professor como detentor do saber.
Acredito também, que não é apenas a escola, o único local no qual as pessoas podem
problematizar os pontos centrais deste trabalho, mas que isto possa ocorrer também em
outros espaços, bem como em cursos de formação de professores para que haja a
possibilidade da “experiência de si”.
Com este trabalho, espero contribuir para provocar inquietações dentro do espaço escolar,
assim como reflexões acerca de assuntos que fazem parte de nosso cotidiano e sobre os
quais pouco refletimos. Acredito ainda, que este estudo serve como base para novas
perspectivas de trabalho, bem como um estudo mais aprofundado das questões que foram
problematizadas.
Referências
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