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O PAPEL DO ENFERMEIRO NA AUTOGESTÃO DA DOENÇA ONCOLÓGICA: UMA


REVISÃO SISTEMÁTICA

Conference Paper · January 2014

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Ligia Lima Celeste Bastos


Center for Health Technology and Services Research (CINTESIS) Center for Health Technology and Services Research (CINTESIS)
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PSICOLOGIA, SAÚDE & DOENÇAS, 2014, 15 (suplemento)

Dunst e Bruder (2002), definem a Intervenção Precoce como uma prática focada em serviços,
apoios e recursos para atender às necessidades das crianças com atraso de desenvolvimento
global. Os objetivos da Intervenção Precoce são promover a saúde e bem estar, ampliar
habilidades emergentes, minimizando atrasos no desenvolvimento, corrigindo disfunções
prevenir a deterioração funcional (Shonhoff & Meisels, 2000).
No entanto, Wolery & Bailey (1992) sugerem sete objetivos básicos que devem sustentar a
intervenção precoce: 1) apoiar as famílias, a fim de ajudá-los a alcançar os seus próprios
objetivos; 2) promover o desenvolvimento, a independência e a competência da criança; 3)
promover o desenvolvimento da criança em áreas-chave; 4) Promover e apoiar as habilidades
sociais da criança; 5) promover a integração das capacidades da criança; 6) proporcionar as
experiências de vida da criança normalização; e, 7) evitar o surgimento de problemas e
mudanças no futuro.
Assim, inclui atividades específicas individuais e em grupo projetadas para encorajar diferentes
formas de aprendizagem, experiências práticas, assim como modelar o desempenho e os
resultados da interação social e o desenvolvimento de diferentes níveis cognitivos e
psicossociais, pré-linguísticos e neuro-motoras das crianças.
Elijah Social Cognitive Skills Centre (ESCSC) desenvolve um programa de intervenção
precoce em crianças dos 18 meses aos 4 anos de idade em Londres, com base nos diferentes
módulos de intervenção do programa PROSCIG (Elijah, 2013), com o objetivo das famílias
poderem promover o desenvolvimento de seus filhos, criando oportunidades para que eles
assumam um papel ativo neste processo.
Debora Elijah
Elijah Social Cognitive Skills Centre
46 Woodlands NW119QU Golders Green, London
elijasocialskills@btinternet.com

O PAPEL DO ENFERMEIRO NA AUTOGESTÃO DA DOENÇA ONCOLÓGICA:


UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Rúben Encarnação, Lígia Lima, & Maria Almeida
Unidade de Investigação da Escola Superior de Enfermagem do Porto

Hoje sabe-se que as doenças crónicas são e serão um dos grandes problemas do sistema de
saúde, não só porque o seu número continuará a aumentar, mas também porque envolvem uma
série de custos para os sistemas de saúde e acima de tudo para o próprio cliente. A doença
oncológica surge como uma doença sem cura, com a qual é preciso “aprender a viver”, sendo
necessário que as pessoas adquiram competências e habilidades para a gerir.
Neste contexto, pretendeu-se determinar de que forma é que o enfermeiro, como parte do
suporte social formal, pode ser um elo importante no apoio à autogestão da doença oncológica.
Desenvolveu-se uma revisão sistemática de estudos publicados entre setembro de 2004 e março
de 2013, presentes nas bases de dados CINAHL Plus with Full Text e MEDLINE with Full
Text. Foram identificados 953 artigos, sendo selecionados sete ensaios clínicos aleatórios e três
estudos quasi-experimentais.
As intervenções descritas nos estudos selecionados compreenderam o ensino sobre a doença,
tratamentos e efeitos adversos, assim como o desenvolvimento e incentivo à aquisição de
capacidades para gerir a doença e as limitações e adversidades a ela inerentes.
Embora os estudos apresentem algumas limitações metodológicas, parecem existir indícios de
que os programas e intervenções desenvolvidos por enfermeiros ou equipas de enfermagem
têm um impacte positivo na autogestão da doença oncológica.
Neste estudo concluiu-se que a promoção da autogestão da doença é, de facto, um meio
essencial para promover a qualidade de vida das pessoas com doença oncológica.

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