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Nesta Lundo

Desenvolvimento da Indústria Química no Mundo


(Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitação em Ensino de Química)

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2021
Nesta Lundo

Desenvolvimento da Indústria Química no Mundo


(Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitação em Ensino de Química )

Trabalho da cadeira de Química Tecnica, a ser


entregue ao Departamento de Ciências, Tecnologia,
Engenharia e Matemática, para fins avaliativos sob
orientação do MSc: Isau Carlos Bandali

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2021
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 3

1.1. Objectivos .................................................................................................................... 3

1.1.1. Geral .......................................................................................................................... 3

1.2. Específicos ............................................................................................................... 3

2. Metodologia ........................................................................................................................ 3

3. Desenvolvimento da industria quimica no Mundo ............................................................. 4

3.1. Indústria Química............................................................................................................. 4

3.2.A evolução das indústrias química e metalomecânica: o caso de borracha, tintas e


carroçarias ............................................................................................................................... 5

3.3. Desenvolvimento da industria quimica em África .......................................................... 6

3.6. Desenvolvimento Industrial Na África Do Sul ............................................................ 7

3.7. Desenvolvimento Industrial em Moçambique ................................................................. 8

4. Conclusão ............................................................................................................................ 9

5. Referências bibliográficas ................................................................................................. 10


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1. Introdução
O presente trabalho tem como tema; Desenvolvimento da Indústria Química no Mundo, onde
abordaremos acerca de desenvolvimento da indústria em África, em Mocambique, principais
marcos, factos, datas e locais de ocorrencia dos factos. A indústria química fabrica produtos
químicos orgânicos e inorgânicos. Os produtos orgânicos são derivados de combustíveis
fósseis como petróleo e gás, que representam a parte mais significativa da produção na
indústria e são usados na fabricação de plásticos, fibras e pigmentos sintéticos e defensivos
agrícolas, entre outros produtos. O cenário industrial, desde o seu surgimento, vem
proporcionando ao panorama global horizontes diversificados. Durante a Revolução
Industrial, o setor têxtil foi o que mais se destacou, contribuindo, vertiginosamente, para o
desenvolvimento mundial como um todo. No entanto, a ampliação dessa esfera fez com que
outros ramos industriais surgem graças à dependência de um domínio para o outro.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral
 Analisar o Processo do Desemvolvimento da Indústria Química no Mundo.

1.2.Específicos
 Descrever o principal marcos da indústria química no mundo;
 Descrever a as agro-indústrias em Moçambique;
 Avaliar o grau de desenvolvimento da indústria quimica de África.

2. Metodologia
A metodologia segundo os autores é o caminho usado para alcancar os determinados
objectivos pretendidos. Para a realização do trabalho baseou-se na revisão bibliográfica e na
consulta de internet.
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3. Desenvolvimento da industria quimica no Mundo


De acordo com ABEBE, G. & SCHAEFER, F(2015), o cenário industrial, desde o seu
surgimento, vem proporcionando ao panorama global horizontes diversificados. Durante
a Revolução Industrial, o setor têxtil foi o que mais se destacou, contribuindo,
vertiginosamente, para o desenvolvimento mundial como um todo. No entanto, a
ampliação dessa esfera fez com que outros ramos industriais surgissem, graças à
dependência de um domínio para o outro. Surgiram, então, setores industriais subdivididos a
fim de dar conta da demanda, operacionalizando com as industrias responsáveis pela
extração de matérias-primas, as indústrias de base, e o setor de bens de consumo. Dando
origem a uma cadeia industrial extremamente dependente.
O crescimento vertiginoso deste setor se dá graças à sua essencialidade nas diversas
actividades humanas. Sem as quais não seria possível existir um sistema de tratamento de
esgoto, a produção de alimentos, um sistema moderno de saúde, entre outros. Essenciais ou
não, é fato que todas as vertentes industriais necessitam do setor químico para atender a
demanda de consumo.
3.1. Indústria Química
Define-se indústria química como a responsável pela fabricação dos produtos químicos,
portanto a classificação do setor se limita pela definição do que são considerados ou
não produtos químicos no Brasil. Essa classificação já foi motivo de muitas divergências, o
que dificultava a comparação e análise de dados estatísticos relacionados ao setor, e,
assim um acompanhamento sobre seu crescimento, das baixas e das mudanças econômicas.
(CREMASCO, 2010 p. 54).
A história mostra que a indústria química data de 7000 anos Antes de Cristo altura em que se
produziram no Médio Oriente os primeiros vidros. Mais tarde os chineses produziram a
pólvora. Por outro lado, a primeira evidência do uso de metais pelo homem data de 5000 a
6000 anos Antes de Cristo na Sérvia. O uso de cobre e prata, por exemplo, data de 3000 anos
Antes de Cristo no Egipto. A revolução industrial que ocorreu durante Século XIX foi
esmagadoramente suportada por grandes evoluções que ocorreram nas indústrias de química e
metalomecânica, muitas destas aliadas à borracha, tintas, farmacêuticos, do desenvolvimento
da indústria ferroviária e mais tarde do da indústria automóvel. A mineração chamou ao
envolvimento de tecnologias cada vez mais sofisticadas para fazer face ao processo de
purificação dos minerais. O desenvolvimento da indústria de automóvel levou ao
desenvolvimento da indústria de ferro, alumínio e aço.
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O cenário industrial, desde o seu surgimento, vem proporcionando ao panorama globais


horizontes diversificados. Durante a Revolução Industrial, o setor têxtil foi o que mais se
destacou, contribuindo, vertiginosamente, para o desenvolvimento mundial como um todo.
No entanto, a ampliação dessa esfera fez com que outros ramos industriais surgissem, graças à
dependência de um domínio para o outro.

Neste contexto, o conhecimento de toda a cadeia de valor de cada um dos produtos destas
indústrias é crucial para o seu desenvolvimento em Moçambique. Para o efeito, o presente
trabalho pretende avaliar, ainda que de forma não exaustiva devido a escassez da informação,
a cadeia de valor de cada um dos seguintes produtos: borracha, tintas na indústria química e
produção de carroçarias (reboques) entre alguns outros produtos identificados da indústria
metalomecânica.

3.2.A evolução das indústrias química e metalomecânica: o caso de borracha, tintas e


carroçarias
O desenvolvimento das indústrias de construção e automóvel durante os séculos XVIII e XIX
forçaram a procura de matéria de matéria-prima cada vez mais eficaz quer para tornar os
produtos dessas indústrias mais duradoiros (resistentes) como também para aumentar a beleza
e estética. Esta necessidade contribuiu para aumentar o volume de investigação para o
desenvolvimento desses materiais em cada uma dessas indústrias. A história mostra, por
exemplo, que as tintas foram utilizadas e evoluíram desde a idade da pedra, enquanto a
utilização do ferro (matéria prima fundamental d indústria metalomecânica) data desde a
metade do primeiro milénio Antes de Cristo na Índia (Sasisekaran, 2002). Segundo o autor as
investigações arqueológicas realizadas no século XX indicam a existência de fornos de
fundição e de artigos de ferro datados dessa época. Por outro lado, a borracha apesar de ser
utilizada desde os tempos primórdios para fabricar artigos de ornamentação, somente a partir
do século XIX é que começa a ser utilizada nos processos industriais, em particular na
indústria de automóvel e outras.

A cadeia de suprimentos envolve a integração de todos os processo de negócios desde o


fornecedro primário (conjunto de unidades de negócios que realizam actividades que
adicionam valor ao longo de toda a cadeia de um produto ou serviço) até ao consumidor final.
Esta cadeia deve incluir os principais processos de negócios, seus elos e custos operacionais,
portanto, esta cadeia deve reflectir as dimensões chaves para uma boa gestão.
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Porém, há vezes que a cadeia de suprimentos e cadeia produtivas são confudidas, ou


seja, tomados os conceitos como representando a mesma coisa. Na verdade, a cadeia
produtiva é um conceito amplo que envolve tanto a cadeia de suprimenos quanto a cadeia de
logistica. A cadeia produtiva é o conjunto de actividades de um segmento do mercado, por
exemplo uma indústria.
3.3.Desenvolvimento da industria quimica em África
Na ideia de ANDREONI(2013), uma das principais dinâmicas económicas no continente
africano é a rápida aceleração do processo de integração económica e a criação de um
mercado único, evidenciado pela assinatura do acordo sobre a Zona de Comércio Livre
Continental em Março de 2018. Há, portanto, a necessidade de avaliar criticamente o impacto
dos acordos de integração regional já existentes, como o caso da Comunidade para o
Desenvolvimento da África Austral (SADC, sigla em inglês), da qual Moçambique é
membro, particularmente sobre o desenvolvimento industrial local, uma das principais
prioridades estabelecidas pelos países-membros da SADC.
O desenvolvimento de competitividade industrial é essencialmente a capacidade de os países
aumentarem a sua presença em mercados domésticos e internacionais ao mesmo tempo que
desenvolvem os seus sectores industriais com um nível cada vez mais elevado de valor
agregado e de incorporação de tecnologia (Lall, 2001; UNIDO, 2002).
3.4.Na África Austral
Desde o ano 2000, a África Austral tem registrado um crescimento económico estável, mas
encontra-se agora em desaceleração. O PIB real cresceu 5.2% ao ano entre 2000 e 2008, antes
de abrandar para 2.6% entre 2009 e 2016. A volatilidade nos preços das matérias-primas e do
investimento no setor extrativo afetou fortemente o desempenho. O valor acrescentado da
indústria na região caiu de 18.2% do PIB para 12.6% do PIB entre 2000 e 2015. Esta
tendência de “desindustrialização precoce” constitui um grande desafio ao crescimento
inclusivo e à concretização da Agenda 2063.

Moçambique e África do Sul, em particular, apesar da elevada dependência do


complexo ineral-energético, apresentam diferentes padrões de desindustrialização prematura.
Por um lado, Moçambique possui uma base produtiva e tecnológica de tal modo fraca que o
aumento significativo da demanda originado pela entrada de elevados influxos de
investimento directo estrangeiro (IDE), na forma de megaprojectos, tem sido suprido
maioritariamente através de importações. Por outro lado, a África do Sul conseguiu
desenvolver a sua indústria de equipamentos e máquinas a partir de fortes ligações a montante
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com indústria de mineração, apesar de enfrentar actualmente uma redução significativa da


demanda também a nível doméstico (FESSEHAIE, 2015).
3.5.No Norte de África

Enquanto que estes três sectores – combustíveis químicos formulados a granel e produtos
farmacêuticos – têm maior saída do que se poderia esperar, atendendo ao volume geral da
economia, a indústria de químicos da África do Sul é relativamente pequena em temos
globais. Dos cerca de 80.000 tipos dos produtos básicos ou químicos puros factualmente
fabricados comercialmente no mundo, a África do Sul fabrica cerca de 300, a maioria dos
quais são valores cotados em bolsa (commodity), de baixo valor e de elevado volume.
(MARTELLI; 1979).

É neste contexto que o presente artigo procura analisar em que medida as relações
económicas entre Moçambique e a África do Sul na indústria de máquinas,
equipamentos e serviços associados promovem o desenvolvimento de capacidades
industriais em Moçambique.
3.6.Desenvolvimento Industrial Na África Do Sul
Para ASHMAN(2013), o peso das exportações da economia sul-africana é cerca de 20 vezes
superior às exportações de Moçambique. As commodities do complexo mineral-
energético constituem cerca de metade do seu cabaz de exportações, sendo a outra metade
composta por produtos da indústria manufactureira. Especificamente, os principais produtos
de exportação da África do Sul que apresentam as taxas de crescimento mais elevadas
derivam do complexo mineral-energético, nomeadamente as pedras e os metais preciosos
(platina, diamante, ouro e prata), combustíveis minerais (carvão, gás e energia eléctrica),
ferro, aço, alumínio e outros minérios diversos.

A indústria de máquinas e equipamentos, em particular, constitui um exemplo de


diversificação e ligações a montante bem-sucedidas com o sector mineiro, sendo há mais de
duas décadas um dos dez principais grupos de produtos de exportação do país.
A África do Sul possui capacidades produtivas e tecnológicas para produção de equipamento,
peças e componentes, com muitas empresas a utilizarem técnicas de design, equipamentos e
processos sofisticados. Embora as empresas entrevistadas não tenham necessariamente
alterado a sua oferta de produtos ao longo do tempo, elas tiveram de melhorar os seus
processos de produção e expandir a área de serviços de apoio ao cliente, concentrando-se na
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oferta de serviços de qualidade e flexíveis com a adaptação do equipamento ao contexto


específico, um elemento crítico na indústria para assegurar a competitividade das empresas.

3.7.Desenvolvimento Industrial em Moçambique


O cabaz de exportações de um país é ilustrativo das capacidades produtivas nele existentes, e
quanto mais complexos ou sofisticados os produtos exportados, mais avançadas são as
capacidades dentro da economia (HIDALGO, HAUSMANN&DASGUPTA, 2009; LALL,
1992).

No caso da economia de Moçambique, o cabaz de exportações é dominado por um número


bastante reduzido de commodities do complexo mineral-energético (alumínio, gás,
carvão, energia eléctrica e minérios diversos), seguido de commodities agrícolas
(açúcar, algodão, banana, castanha-de-caju e madeira), revelando o carácter
subdesenvolvido do tecido industrial doméstico dado que estes produtos são exportados sem
ou com baixo nível de processamento.
Assim, um dos principais desafios de transformação económica induzidos pelo
desenvolvimento industrial em Moçambique é o desenvolvimento de pequenas e médias
empresas (PME) nacionais com capacidades produtivas, financeiras e tecnológicas para
estabelecer ligações com os principais pólos de demanda da economia, particularmente os
megaprojectos de IDE, através do fornecimento de bens e serviços (Castel-Branco & Goldin,
2003; Langa & Mandlate, 2015; Langa, 2015; Mandlate, 2015).

Na segunda metade do século XIX, houve mais desenvolvimento no campo científico e,


consequentemente, dos polímeros. Em 1888, a profissão de Engenheiro Químico foi
reconhecida oficialmente. Apesar de o termo ter sido utilizado por muito tempo nos meios
técnicos desde a década de 1880, não havia educação formal para esse profissional nesse
período. O relatório de 1988 abriu formalmente as áreas de atuação da Engenharia Química a
outras áreas, como Biologia, Matemática, Farmacêutica etc (ZAKON; 2009).
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4. Conclusão
Contudo, as indústrias química e metalomecânica tornaram-se importantes para o
desenvolvimento das nações, geração de renda e uma das fontes mais importante de emprego.
Por exemplo, uma fábrica de pneus chega empregar mais de 1500 trabalhadores entre técnicos
e pessoal de apoio, enquanto uma têxtil pode empregar até mais de 2500 trabalhadores. Uma
indústria farmacêutica pode empregar milhares de trabalhadores. Alguns sectores da indústria
metalomecânica são geralmente intensivos em capital, mas de alto valor acrescentado. Porém,
este tipo de indústrias envolve vários processos de fabricação que chega a contribuir
significativamente não só no produto mas também, no emprego e, através de programas
sociais apoiam as várias iniciativas de desenvolvimento social e cultural.
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5. Referências bibliográficas
1. ABEBE, G. &SCHAEFER, F. Review of industrial policies in Ethiopia: a perspective
from the leather and cut flower industries. In Akbar Noman & Joseph E. Stiglitz (eds.),
Industrial policy And Economic Transformation in Africa. Nova Iorque: Columbia
University Press,2015.
2. AMSDEN, A.H. The Rise of “The Rest”: challenges to the west from late-
industrializing economies. Oxford: Oxford University Press2001.
3. ANDREONI, A. Manufacturing Development Structural Change and Production
Capabilities Dynamics. PhD. University of Cambridge 2013.
4. HOWELL, B. F. Jr., – Introduction to Geophysics – McGraw-Hill Book Co. Inc.,
1959.
5. MARTELLI, H.L Comunicação didática. Curso de Pós-Graduação em Tecnologia de
Processos Bioquímicos da Escola de Química da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, 1979.
6. MORITZ, V. Introdução à Engenharia Bioquímica. Diretório Acadêmico da Escola
de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1967.

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