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Waltz - Anotações da aula do professor Sérgio feitas em


2018.2
Teoria Classicas de Relações Internacionais (Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro)

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Baixado por Anna Carolina Pereira (ybbpereira@gmail.com)
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8 aulas até o fim do semestre.

8 de novembro – entrega da resenha de Morgenthau  explicação dos 6 princípios de forma


detalhada com o máximo de duas páginas.

22 de novembro – Waltz. Capítulos 1,2,4,6.

6 de dezembro – Redley Bull

Última aula 29 de novembro.

Aula 25 de outubro – Waltz

O Homem, o Estado e a Guerra

Aula sobre a introdução do livro

Objetivos da introdução  expor a problemática que será abordada, a forma como ela será
abordada, como o texto será organizado para abordar essa problemática.

Não há vitórias, mas graus variados de derrota.

A problemática é a de que – a guerra é a dificuldade de alcançar a paz

Texto publicado no auge da GF. A guerra como problemática.

“o desejo de paz”  Carr diz que o desejo é necessário, mas não é suficiente. Para Waltz, o
desejo também não é suficiente. Ele articula por meio da história. Fica evidente a abordagem
da problemática que ele propõe  o desejo não é suficiente, o que importa é a história.
Abordagem realista do autor. Nada existe fora do processo histórico.

Para Morgenthau – o realismo serve para entender o problema. Para Waltz – quer resolver por
meio do realismo. Tem uma agenda transformadora, utópica de maneira limitada pela
realidade. Ele propõe uma pergunta que esteja dentro do limite do possível – formas de
manter mais a paz. Waltz inaugura por isso, o Neorrealismo. Converge em alguns pontos com o
realismo e em outros diverge.

Ele quer compreender as causas que levam a guerra para construir mais paz, um mundo mais
pacífico. Ele não quer só entender a realidade. Argumento como o de Carr.

Ele quer encontrar a paz, encontrando antes as causas da guerra. Observação da antítese –
guerra e paz. Busca um caminho para evitar a antítese da paz, a guerra.

Busca rearranjar novas combinações de modo a vislumbrar o problema da guerra por outros
caminhos.

Como o texto será organizado. Detalhe cada capítulo, seriam ensaios da teoria política. Ele faz
uma revisão de literatura. Organiza vários autores, arranja-os. A causa da guerra é a estrutura

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anárquica do SI. A inexistência de uma estrutura acima dos Estados faz com que a guerra seja
possível.

Teorias clássicas 30-10

Ele é diferente de Morgenthau. Lembra mais Carr.

Waltz não abre mão da esperança de um mundo mais pacífico, mas ele não quer construir esse
mundo apenas a partir de seu desejo, mas analisando as causas da guerra. O realismo dele é
diferente do de Morgenthau. O de Waltz é uma força transformadora que age a partir do
estudo analítico da realidade.

Capítulo 2

As guerras resultam da natureza humana, do egoísmo. “Se essas são as causas fundamentais
da guerra, a eliminação desta tem de vir da elevação do esclarecimento dos homens ou de
medidas que assegurem seu reajustamento psicossocial.” Mostra que quer eliminar a guerra.

A guerra é um sintoma de uma doença. Não se sabe ainda o que é a doença  se é o ser
humano, se é a política estatal, se é a política internacional – cada uma tem um remédio.

Nesse capítulo a doença é a natureza humana. Nesse texto Waltz quer reformular o
pensamento realista. Para isso precisou quebrar com alguns conceitos de Morgenthau, uma
vez que este acreditava que não há que se possa fazer para impedir que a guerra aconteça, a
única possibilidade é a compreensão dos processos históricos, ou seja, da guerra. O ponto de
partida de Morgenthau é a natureza humana, a política e a sociedade são regidas por leis
baseadas na natureza humana que visam o poder, a política acontece da mesma forma em
qualquer lugar e em qualquer tempo, logo a natureza humana não se transforma. Waltz rompe
com o realismo político de Morgenthau. Esse pensamento não serve para os interesses do
Waltz. Ele refuta pensamento morgenthaniano em duas frentes: rompe com a natureza
humana e com o “a política é uma esfera autônoma”  a prática de política em um ambiente
anárquico e um não anárquico se dão de formas diferentes. Ou seja, ele divide a esfera de
Morgenthau em duas. Uma se dá na esfera doméstica, soberana. A outra se dá na esfera
internacional, anárquico. As práticas da política nessas duas dimensões são distintas, fazendo
com que para se compreender a internacional deve-se ter a racionalidade de um contexto
anárquico.

RI analisa a dimensão da política internacional. Tudo que não é internacional não está dentro
da alçada dessa matéria, disciplina.

Como ele rompe com esse fator da natureza humana? Pagina 36. “Morgenthau rejeita o
pressuposto da “bondade essencial e infinita maleabilidade da natureza humana” e explica o
comportamento político por meio do comportamento do homem, por vezes simplesmente
cego e outras vezes muito astutamente egoísta”. As aspas referem-se ao pensamento de Santo
agostinho.

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Waltz rearticula os conceitos de Morgenthau, pois todas as premissas dele negam os objetivos
de Waltz. A natureza humana é a causa de tudo que o homem faz, é uma causa muito genérica.
Ao explicar tudo não explica nada.

“ela não pode por si só explicar... a natureza homem é tal... se a natureza humana é a causa da
guerra”

“variedade de eventos sociais. Qualquer um pode “provar” que o homem é ruim”

Pagina 46 – tem a ideia que parte da natureza humana (nesse caso não há esperança para a
paz) e a guerra pode ser derivada, consequência de uma competição de atores que se dá por
recursos escassos. A guerra deriva do desejo. “lutas pela preferência”

Natureza humana  interesse  poder – Morgenthau. Tudo que é político se encerra na


busca pelo poder. Poder aqui é fim, para Waltz é meio e desejo é o início e o fim são recursos
escassos. Esses recursos, por meio do poder, levam a competição.

Como que Waltz desconstrói o pensamento de Morgenthau

Exercício do Morgenthau – só dizer quais são os princípios e explicar. Pegar uma citação para
cada um que sintetize bem o que é a citação e explicar a partir dela.

Em relação aos outros exercícios – responder a pergunta. No primeiro parágrafo diz que quer
responder aquela pergunta que o professor pediu, enunciar o que será feito. Diz que irá
responder a pergunta dele.

Capítulo 4 – Waltz. Faz ensaios de teoria política no texto.

A segunda imagem

Waltz é divisor de águas nas Relações Internacionais. Movimentos epistemológicos.

No capitulo um a analise parte de que a guerra é fruto da natureza humana. A política é uma
esfera autônoma, e o centro dela, a raiz está na natureza humana. Waltz afirma que isso é
muito geral, a natureza humana é a causa de todas as atividades humanas.

No capitulo dois, ele passa pela dimensão do Estado. Se o Estado é a causa da guerra, é
necessário entender o Estado como um agente político. O Estado age por intermédio das
pessoas que vivem no estado, o que leva de volta a questão da natureza humana. Deve-se
pensar o Estado como uma unidade em si, logo, a ação dele é independente. Não depende do
ser humano e age por si só. Ele retira dimensão humana. Que forma estatal conduz a uma paz
mais duradoura? Ele analisa a teoria liberal para isso. O Norman Angell enxerga que, para o
Estado ser um condutor da paz, ele buscava desiludir a opinião pública – a crença liberal, tese
de que um Estado democrático, no qual o povo tem sua voz respeitada, é mais propenso a paz.
Waltz propõe dois caminhos para entender essa tese de que o Estado democrático é mais
propenso a paz  “a fé nas democracias (...) dois fundamentos principais”. Há voz e poder

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decisório dado aos cidadãos; todos devem ser ouvidos. A racionalidade é, para os liberais, uma
capacidade inerente a cada ser humano – ou seja, todo ser humano pode ser e aprender a
pensar de forma racional  prosperidade econômica e material. Há a harmonia, convergência
de interesses (principal objetivo de um pensamento liberal) “perfectibilidade” (pode ser
projetada para o Estado)  passa a racionar em termos de ganhos econômicos e assim,
Norman Angell diz que não haverá guerra. O Estado também é indivíduo, também pode ser
racional e também poder ter o mesmo interesse de outro estado, tendo uma harmonia.
Quando os Estados são racionais, prevalece a paz. Waltz diz que botar o remédio no homem ou
no Estado não resolve.

Esses Estados se relacionam em um sistema anárquico. Fora do Estado, o conflito entre


estados, não há uma corte mediadora de conflito. Dentro do estado, ele controla, media um
conflito, pois tem legitimidade e soberania para controlar a lei. Por mais racional que os
Estados sejam, na hora que surge um conflito internacional, esse conflito não pode contar com
nenhuma instituição soberana capaz de mediar. A guerra é vista como um fazer da justiça; daí a
guerra não tem as causas principais no ser humano ou no Estado, a guerra é uma condição
sistêmica.

A guerra não está no nacional, mas no internacional. Estuda-se um sistema cuja estrutura é
anárquica. A guerra é o SI, que se apresenta devido ao fato de o SI ser anárquico.

06/11/2018

Capítulo 6 – a Terceira Imagem

Análise da guerra internacional

1. Natureza humana – explica tudo, logo não explica nada


2. Estado – não é a principal causa da guerra
3. Conflito e anarquia internacional

A política internacional tem dinâmica diferente da nacional  o internacional é dotado de


anarquia que é o princípio estruturante do SI, enquanto o nacional é dotado de soberania.
Logo, o ambiente influencia o tipo de conflito que acontece e também o tipo de política.

Waltz – momento de maturidade das RI.

A guerra ocorre pois os estados Fora de um sistema jurídico imposto a eles o conflito está
fadado a acontecer Uma vez que esses buscam suas ambições a partir de sua própria razão.

estado de natureza de Hobbes é o Internacional na visão de Waltz. A força irrestrita é o que


prevalece  A capacidade do Estado de exercer poder. Para ele o poder é o dispositivo é o

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meio que o Estado tem de fazer algo. “Posição relativa de poder” - Poder é relativo ao de outro
ator e de outro ponto de vista temporal.

Diante de tanto poder, a prudência se torna cada vez mais necessária. Os Estados Unidos
entendem que não estavam mais em contexto de paz durante a segunda guerra mundial e a
Guerra Fria. Nesse momento a partir do estudo de demanda pela inteligência de guerra as
relações internacionais ganharam a função estratégica.

Internacional  estado de natureza  anarquia  poder do Estado (a anarquia é a constante


sistêmica que causa a guerra)

Doméstico estado de sociedade  soberania  poder

A solução não é acabar com a anarquia é, em meio a anarquia encontrar formas de


cooperação. “Cada estado é o juiz final de sua própria causa”

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