CRÉDITOS

Criadores dos Doug Seacat Editor-Chefe Arte da Capa

William Shick
Reinos de Ferro Jason Soles da No Quarter Nestor Ossandon
Brian Snoddy Aeryn Rudel
Matthew D. Wilson
Brent Waldher Ilustradores
Matthew. D. Wilson
Gerente Editorial Mike Capprotti
Diretor Geral Continuístas Darla Kennerud
Mariusz Gandzel
Jerome Jacinto
Bryan Cutler Douglas Seacat Eric Lofgren
Jason Soles Editor Shu Cheng Luo
Diretor Criativo Michele Carter Néstor Ossandón
Ed Bourelle Escritores Mateusz Ozminski
Simon Berman Diretor de Michael Rookard
Game Design N. Conte Projeto Gráfico Greg Smith
Jason Soles Aeryn Rudel Brian Snoddy
Josh Manderville
Matthew D. Wilson William Schoonover Tobias Trebeljahr
William Shick Projeto Gráfico Andrea Uderzo
Desenvolvimento Jason Soles Matt Ferbrache Damon Westenhofer
Adicional Ross Watson Laine Garret Matthew D. Wilson
Simon Berman Josh Manderville
David Carl Outros Escritores
Aeryn Rudel Douglas Seacat Diretor de Arte
William Schoonover Brent Waldher Michael Vaillancourt

Copyright © 2013-2019 Privateer Press, Inc. Todas as marcas comerciais neste livro, incluindo Privateer Press®, Reinos de Ferro,
Immoren, Fantasia Forjada em Metal, WARMACHINE®, Cygnar, Cryx, Khador, Protetorado de Menoth, Retribuição de Scyrah,
HORDAS, Trolloide, Trolloides, Círculo de Orboros, Legião do Flagelo Eterno, Skorne, gigante-de-guerra, conjurador de guerra, besta
de guerra e seus respectivos logotipos, são propriedade de Privateer Press, Inc.

CRÉDITOS DA EDIÇÃO BRASILEIRA

Tradução Editor Diagramador Editor-Chefe
Equipe Reduto do Bucaneiro Rogerio Saladino Tiago H. Ribeiro Guilherme Dei Svaldi

Publicado em março de 2019.

ISBN: 978858365103-1.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

C989s Cutler, Bryan

v.4 Sem Trégua / Bryan Cutler; tradução de Rafael
Araújo — Porto Alegre: Jambô, 2018. Rua Coronel Genuíno, 209 • Porto Alegre, RS
80p. il. CEP 90050-170 • Tel (51) 3391-0289
contato@jamboeditora.com.br • www.jamboeditora.com.br
1. Jogos eletrônicos — RPG. I. Araújo, Rafael.
II. Título. Todos os direitos desta edição reservados à Jambô Editora. É proibida
CDU 794:681.31 a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios existentes ou que
venham a ser criados, sem autorização prévia, por escrito, da editora.

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 SUMÁRIO
NOVA CARREIRA:
GINETE NÔMADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

FORJA & FUNDIÇÃO:

FERRAMENTAS DE TRABALHO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

ADQUIRINDO GIGANTES-A-VAPOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

MODIFICANDO GIGANTES-A-VAPOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

NOVA CARREIRA:
CABEÇAS DE FERRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

MANUTENÇÃO DE GIGANTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

FORJA & FUNDIÇÃO:

PEÇA RARA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

OS MISTÉRIOS DA DONZELA:
A CONVERGÊNCIA DE CYRISS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

NOVA CARREIRA:
CEIFADOR DA RUÍNA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

GEOGRAFIA DOS REINOS DE FERRO:

WEXMERE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

AVENTURA:
ESPÍRITO NO AÇO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

ARQUIVOS DOS REINOS DE FERRO:

A OCUPAÇÃO ORGOTH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76

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 GINETE NÔMADE
Por William Shick • Arte de Chris Bourassa, Matt Dixon e Matthew D. Wilson

Trecho de um relatório para o Ministério do Grande Vizir, Seções Quatro e Cinco:

Conselhos de Comércio e Alimentação, compilados por Pytor Olivanko, 608 DR.
Estimados senhores,
A partir das recentes conquistas militares, chegamos a um ponto em que devemos pensar na logística e na estabilização de nosso glorioso império.
As vitorias em Llael e na Floresta dos Espinhos nos proveram de ricos ganhos em recursos materiais, contudo, algumas conquistas resultaram em
um aumento da população, e nossas extensas campanhas militares exigem cada vez mais das reservas de alimentos do império.
Acompanhando o desenvolvimento e expansão de nosso orgulhoso exército, é imperativo que nossa próxima ação seja a expansão de novas fazendas.
Originalmente, foi pensado que a rica agricultara de Llael iria aumentar nossos estoques de alimentos. Infelizmente, a luta contínua na nação
ocupada tem demandado um crescente armazenamento de comida na região, tomando trigo de nosso estoque doméstico. Agora, com o Protetorado
de Menoth contestando nossa dominação, e sem um final próximo para as lutas, não podemos contar que a região se torne autossuficiente em breve.
Nossa única opção, entretanto, é desenvolver novas terras cultiváveis próximas. Mesmo que nosso glorioso império tenha feito uso da imensa
maioria das terras adequadas para a agricultura, ainda existem lugares onde fazendas podem instauradas. Nossos interesses primários para
autossuficiência são as extensas planícies ao sul das colinas de Kovosk e uma pequena expansão entre Cherov-em-Dron e Nova Vroggen.
Essas duas áreas representam uma quantidade excepcional de terras cultiváveis intocadas. Contudo, nossas tentativas de estabelecer fazendas tem
enfrentado um obstáculo; tais planícies são o lar ancestral de tribos trolloides e dos últimos rebanhos de bisões. Parece que existe uma razão para as
fronteiras invisíveis entre nossas terras cultiváveis e as grandes planícies, e não apenas devido às dificuldades de se fazer a terra produzir.
As difusas tribos nômades da área são altamente territoriais. Diferente das tribos trolloides que vivem na Floresta da Cicatriz e Mata da Raiz
Negra, que constroem vilarejos sedentários, as tribos das planícies estão em constante movimento e cada grupo controla um pequeno rebanho de
bisões. Essa tendência cria conflitos entre eles e qualquer um que tente se assentar na área. As respostas violentas do povo trolloide a qualquer
intruso fez com que até mesmo nossos mais resolutos cidadãos fiquem extremamente relutantes em colonizar essas terras sem a promessa de uma
significante proteção militar. Um velho fazendeiro me contou durante uma de nossas vistorias, “eu desejo servir ao Império, mas eu não posso fazer
isso sendo esmagado pelos cascos de um bisão ou cortado em dois pelo machado de um trolloide”.
Se existe um lado positivo, é a evidência que sugere que o número de tribos e rebanhos de bisões está diminuindo, apesar de não se saber por quais
razões. Fui afortunado o bastante para conseguir os serviços de vários Andulhar, khadoranos que ainda vivem como caçadores e coletores nas pla-
nícies. Eles me informaram que os rebanhos de bisões estão desaparecendo com o passar dos anos, juntamente com seus guardiões trolloides. Após
rever relatórios militares feitos entre 500 DR e 603 DR sobre as populações trolloides e os possíveis perigos que representam para a nação, tenho
razões em acreditar na informação dos Andulhars. Enquanto a explicação para o êxodo continua um mistério, o momento não poderia ser melhor.
É dever de cada khadorano patriota sacrificar o conforto em serviço do Império; contudo, uma população faminta é uma população improdutiva.
É necessária a expansão de forma a se continuar a prover o sustento necessário para cada cidadão. Entretanto, recomento fortemente uma força
militar estabelecida para eliminar os remanescentes dos povos trolloides das regiões de Cherov e Vroggen e das planícies ocidentais de Umbrey, para
abrir o caminho necessário para a nossa agricultura, o mais rápido possível. Não tenho dúvida que o poder de nossas forças resultará no rápido
desbaratamento das tribos nômades restantes em nossas fronteiras.
Seu servo leal,
Pytor Olivanko.

Um relato oral sobre a tradição dos ginetes nômades,

por Thobrek Grindor, da tribo Hathor das planícies do sul de Khador, 608 DR.
Embora muitos entre os kriels não se lembrem do tempo em que e bisões viveram como predador e presa. O bisão fornecia ao
os ginetes nômades não galopavam pelas vastas planícies para nosso povo tudo o que necessitava para sobreviver num mundo
esmagar aqueles que ameaçavam nossos irmãos, nossa orgulho- hostil. Naquela época, as manadas cobriam distâncias tão longas
sa tradição não surgiu com nossa raça, mas foi forjada a partir da quanto os olhos podiam alcançar através das vastas planícies do
necessidade da guerra. leste. Lendas dizem que trolloides podiam andar por dias antes
Antes dos molgur serem destruídos sob o Escudo de Thrace, de encontrar o fim de um único bando de animais, e precisavam
antes até de Horfar Grimmr ter nascido, guerreiros trolloides apenas caminhar algumas horas para encontrar o próximo.

4
Mesmo naquela época, muitos conflitos assolavam a terra. Ninguém sabe exatamente como ou quando nossa tradição
Nossos irmãos competiam com as tribos humanas que queriam surgiu. Tal conhecimento foi perdido nas brumas da história e
controlar os bisões, mas nossa força era mais do que suficiente a lenda precisa continuar a passar como verdade. Algumas his-
para repelir os ataques dos homens primitivos e nossas famílias tórias dizem que um jovem xamã chamado Korgut Rokslayer,
tiveram um período de plenitude. Os bisões forneciam tudo que quando sua tribo foi atacada por cavaleiros humanos, pulou
era necessário para sustentá-las e a confiança que nosso povo no dorso de um bisão com a intenção de quebrar a moral do
tinha nas manadas moldou nossa forma de vida. inimigo, destruindo-os com os cascos e chifres da criatura. Outra
lenda fala sobre três irmãos que foram banidos de sua tribo, e
Com o tempo, as tribos humanas mudaram sob o olhar rígido
que surgiram anos mais tarde quando tharns perversos ataca-
de seu deus Menoth. Logo formaram as primeiras cidades e
vam seu povo. Os irmãos lutaram descendo das montanhas
então as primeiras metrópoles. Fortalecidos por sua união, os
montados em bisões e dispersaram os tharns como folhas ao
humanos concentraram seus esforços para dobrar o mundo à
vento. Quando perguntados como haviam conseguido cavalgar
sua vontade. Foi nesse período que a humanidade dominou os
suas poderosas montarias, os irmãos disseram que Dhunia os
cavalos selvagens que corriam pelas planícies, e fazendo isso
havia unido e agora eles tinham a missão de espalhar o novo
criaram uma nova e poderosa arma. Sobre seus
método de guerra para os kriels.
poderosos garanhões, os humanos do norte
criaram uma nova alcunha para si próprios, Independentemente da verdadeira origem de nossa
lordes cavaleiros. tradição, no dia em que os guerreiros trolloides e os
bisões foram unidos, nossa conexão com as mana-
Os cavalos deram aos homens a vantagem que
precisavam contra nosso povo e aos poucos fomos
expulsos de nossas terras ancestrais. Batalhando
como podíamos, não conseguíamos fazer frente ao
poder do cavalo e do cavaleiro e muitos de nossos
ancestrais morreram transpassados por lanças
ou pisoteados pelos cascos. Por um tempo,
toda terra que os homens desejavam, eles
tomavam de nosso povo.

5
 GINETE NÔMADE
das mudou para sempre. Os animais não só forneciam tudo que
precisávamos para sustentar nossa vida, como agora também
forneciam um modo de protegê-la.
Como montaria, o bisão é o perfeito corcel para a nossa espécie.
Cavalos não nos servem, pois temem nosso cheiro. O bisão não
possui esse medo natural e tolera toda nossa espécie, sendo
mais do que capaz de lidar com qualquer tipo de ameaça. Seu
físico avantajado também o torna mais apto às severas condições
de nossa terra natal e precisam de menos cuidados do que os
animais das nações humanas. Uma importante habilidade para
um povo, que leva a vida da forma que levamos nas planícies.
Os primeiros ginetes nômades cavalgavam sem selas nem ar-
reios, pois nosso povo não possuía o conhecimento para fabricar
tais itens. Mesmo com essa desvantagem, o poder do bisão e do
trolloide era impressionante, e logo os humanos descobriram
que seus cavaleiros não eram páreos. Como cada um de vocês
que se provar merecedor de nossa tradição irá descobrir, não
existe nada mais prazeroso do que o violento impacto de seu
bisão contra um inimigo montado e ver tal inimigo e seu animal
sendo atirados no chão.
Adaptabilidade sempre foi a marca de nossa raça e nos serviu
para o domínio desse modo de guerrear. Para se tornar um gi-
nete nômade, leva-se anos de treinamento e prática. Um ginete
não procura dominar sua montaria como os cavaleiros de outras
raças, mas sim formar uma parceria com seu animal. Graças a
essa união, um ginete nômade consegue controlar sua montaria
sem sela e rédea, deixando ambas as mãos livres para o combate.
Aqueles que não conhecem nossa tradição brincam dizendo
que um ginete nômade é casado com sua montaria e quando
6
um está irritado o outro também estará. Onde eles acham graça,
um ginete nômade encontra a perfeição de sua arte. Com apenas
a menor pressão de sua perna no flanco, o bisão de um ginete
nômade sabe quando virar, quando parar e mais importante,
quando baixar sua cabeça para a carga.
Vendo nossa força, nossos inimigos encontraram novas manei-
ras de nos enfrentar. Enquanto construíam grandes metrópoles
e rodovias, eles começaram um sistemático extermínio das
grandes manadas de bisões. Não mataram nem por comida,
nem por esporte, mas somente para remover completamente
nosso modo de viver, e fazendo isso abriram caminho para seus
próprios modos. Com o passar dos anos, as planícies que antes
se estendiam através de Immoren Ocidental encolheram, assim
como as grandes manadas que lá viviam.
Hoje, as grandes manadas se foram e aquelas que permanece-
ram são apenas sombras de sua glória de outrora. Onde antes
víamos o bisão como forma de sustento e sobrevivência, agora
as pequenas manadas nos procuram por proteção. Somos os de-
fensores da tradição do ginete nômade, de nosso modo de vida.
Ainda que nossas terras estejam diminuindo, não permitiremos
que nossas tradições sejam apagadas da face de Caen. Muitos de
nossos irmãos responderam ao chamado de Madrak Couro de
Ferro e levaram seus rebanhos para se juntar aos kriels unidos.
Alguns, como nosso orgulhoso kriel, permaneceram em nos-
sas terras ancestrais, encontrando segurança em meio às frágeis
fronteiras dos domínios humanos. Nós sabemos que isso é so-
mente uma trégua temporária no apetite voraz da humanidade.
A guerra nos encontrará, como sempre faz. Os ginetes nômades
devem estar preparados para esmagar aqueles que cheguem em
busca da violência em cascos trovejantes, músculos e machados.
GINETE NÔMADE PRÉ-REQUISITO: TROLLOIDE
Habilidades: Carga de Cavalaria, Cavaleiro Treinado (Bisão)*, Investida dos Búfalos*.
HABILIDADES Perícias Militares: Arma de Mão 1 ou Arma Grande 1, Escudo 1.
E PERÍCIAS INICIAIS
Perícias Profissionais: Cavalgar 1, Conhecimento (Trolloide) 1, Lidar com Animais 1.

BENS INICIAIS 75 CO, bisão, arreios e adornos.

Acompanhar*, Ataque Montado, Ginete de Combate, Ginete Especialista, Investida

HABILIDADES de Cavalaria, Investida dos Búfalos*, Montado: Contra Investida*, Rompe-Linha*,
Suportar Carga.

PERÍCIAS MILITARES Arma de Mão 3, Arma Grande 4, Combate Desarmado 3, Escudo 4.

PERÍCIAS PROFISSIONAIS Intimidar 4, Sobrevivência 3.

O ginete nômade é o guerreiro montado do kriels trolloides. enquanto um salteador fornece um maior leque de habilidades
Abstendo-se de cavalos, estes ginetes montam poderosos bi- para combater em cima da sela, como Disparo Montado e Pis-
sões. A combinação de um trolloide guerreiro e um bisão desme- tola 1. Obviamente, juntar um ginete nômade com um arauto
dido é formidável, e quando galopam juntos em uma investida, da matança pode criar um trolloide singular, com poder tanto
são capazes de esmagar até mesmo um gigante-a-vapor pesado. para combates corpo-a-corpo quanto à distância.
A vida de um ginete nômade é nas estradas, e tais guerreiros
raramente são encontrados fora da sela. Enquanto muitos lutam
para defender Kith e Kriel, alguns ouvem o chamado das
grandes aventuras e partem para ganhar fama e fortuna nas
terras perigosas dos Reinos de Ferro.
Jogando com um Ginete Nômade: esta car-
reira é voltada para o combate montado
e algumas outras carreiras iniciais po-
dem maximizar sua capacidade
de montaria. Investida dos
Búfalos permite que o gi-
nete nômade realize um
ataque poderoso com
seu bisão, dando a ele
uma vantagem quan-
do enfrenta inimigos
perigosos, como gi-
gantes-a-vapor. Diversas car-
reiras podem ser combinadas para se
obter um bom resultado; soldado au-
menta a letalidade do combate direto

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 GINETE NÔMADE

NOVAS HABILIDADES NOVO

ACOMPANHAR EQUIPAMENTO
Pré-requisito: Cavalgar 2, Investida dos Búfalos.
Quando este personagem está montando e Lança um inimigo, BISÃO
imediatamente após o Lançamento ser resolvido, este persona-
FIS 14
gem pode avançar em direção ao inimigo pela distância que ele
foi lançado. FOR 14

CAVALEIRO TREINADO
Pré-requisito: Cavalgar 1.
O personagem foi treinado para montar animais que são quase
impossíveis de se montar, como este robusto bisão. Um perso-
nagem pode escolher essa habilidade várias vezes, cada vez
poderá escolher montar um tipo de montaria diferente.
INVESTIDA DOS BÚFALOS
Pré-requisito: Cavalgar 1.
Quando está montado, o personagem pode realizar um ataque
poderoso Lançar. Um alvo lançado sofre uma jogada de dano
com o POD igual ao POD da arma da natural da montaria. Após
o ataque poderoso Lançar ser resolvido, o atacante pode fazer
um ataque corporal normal.
VEL 7
Custo: 240 CO
Descrição: um bisão é um animal forte e poderoso, nativo das
grandes planícies de Khador meridional. Kriels trolloides nati-
vos treinaram esses animais como montarias desde os dias dos
senhores dos cavalos originais. Embora não tão rápido quanto
os seus equivalentes equinos, bisões compensam a marcha
lenta com uma carga devastadoramente eficaz, capaz de fazer
gigantes a vapor pesados serem atirados pelo ar. Um bisão pode
fazer Investidas de Cavalaria e Investida dos Búfalos enquanto
cavalgados por um cavaleiro habilidoso.
Apenas um personagem trolloide com a habilidade Cavaleiro
Treinado (Bisão) pode montar um bisão.
Um bisão possui ARM 14 e 14 pontos de vitalidade. Desmontado
um bisão possui DEF 10.

MONTADO: CONTRA INVESTIDA Um bisão pode ser equipado com qualquer tipo de armadura
de montaria. No entanto, devido ao tamanho e à natureza selva-
Pré-requisitos: Cavalgar 3 e Investida de Cavalaria.
gem, aumente em 20% o preço de tabela.
Quando um inimigo avança e termina o seu movimento em até
Um bisão que seja perturbado e esteja sem um cavaleiro pode
12 metros (6’’) de você e na sua linha de visão, você pode imedia-
atacar com ACO 5. O animal pode fazer ataques de impacto.
tamente fazer uma investida montada contra esse inimigo. Você
Qualquer pessoa atingida por um ataque de bisão sofre uma
não pode usar este benefício se estiver engajado.
jogada de dano com um POD igual a FOR do mesmo.

ROMPE-LINHA
Pré-requisito: Cavalgar 3, Investida de Cavalaria.
O personagem ganha um dado adicional nas jogadas de ataque
de impacto.

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 FERRAMENTAS DE TRABALHO
Por Matt Goetz • Arte de Justin Oaksford
Existe um longo histórico sobre o uso de ferramentas em comba-
te nos Reinos de Ferro. Nas mãos dos camponeses revolucioná-
rios e engenheiros militares, ou manuseados por moradores ou
equipes em grandes construções, tais armas improvisadas têm
um nicho sangrento no campo de batalha. Utilizados por quem
não tem acesso a armas convencionais, ferramentas de quase
todos os tipos são reutilizadas para a batalha.
Embora não sejam tão eficientes em combate como armas feitas
para tal, alguns usam essas armas improvisadas por sua utilida-
BORRIFADOR QUEBRA-ROCHA
Custo: 80 CO.
Munição: 6.
Alcance Efetivo: RJ 6.
Alcance Extremo: —.
Perícia: Artilharia Leve.
Modificador de Ataque: –2.
POD: 10.
ADE: —.
Descrição: o borrifador quebra-rocha usa um coquetel alquí-
mico aquecido em câmaras de pressão posicionadas nas costas
do operador. Apertar a válvula de escape da arma faz que os
produtos químicos sejam borrifados, onde se misturam no ar.
Quando borrifada sobre pedra, a mistura aquecida tem um efei-
to corrosivo intenso de curta duração. A superfície da pedra que
não é corroída na pulverização tornam-se frágil e mais fácil de se
de em outras áreas ou como um meio de não levantar suspeita.
O pé de cabra é quase tão eficaz numa briga com um guarda da
cidade quanto quebrando um cadeado, e um assassino armado
com uma marreta disfarçado de trabalhador pode chegar perto
de seu alvo sem levantar suspeitas.
Muitos comércios em Immoren Ocidental usam ferramentas que
cortam, esmagam, queimam e quebram, e um guerreiro astuto,
com alguma criatividade – ou um pouco de desespero – pode
adaptar a maioria delas para batalha.
trabalhar com ferramentas tradicionais. Usado principalmente
em minas para destruir paredes de rocha, o borrifador quebra
-rocha também é muito útil para minar fortificações inimigas.
O borrifador quebra-rocha pode ser disparado em personagens,
e seus efeitos sobre a carne são terríveis. No entanto, é pesado e
impreciso e não é muito utilizado contra infantaria.
Regras Especiais: esta arma provoca dano de corrosão e per-
sonagens atingidos sofrem efeito contínuo de corrosão. Além
disso, alvos de pedra e construções sofrem um dado adicional de
dano. Custa 10 CO para um recipiente adicional de compostos
alquímicos corrosivos para o borrifador quebra-rocha.
CROQUE DE HASTE
Custo: 1 CO.
Perícia: Arma Grande.
Modificador de Ataque: –1.
POD: 3 (uma mão) , 4 (as duas mãos).
Borrifador Quebra-Rocha
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 FERRAMENTAS DE TRABALHO

Lança-Bomba

Descrição: o croque de haste tem um gancho com fisga em uma LANÇA-BOMBA

haste de madeira com 1,2 a 1,8m de comprimento.
Custo: 30 CO.
Regras Especiais: empunhada com as duas mãos, o croque de
Munição: 1 (arpão).
haste é uma arma de alcance. Em um acerto crítico, o persona-
gem que sofrer dano estará derrubado. Alcance Efetivo: 16 m (8˝).
Alcance Extremo: 80 m (40”).
CROQUE DE MÃO Perícia: Artilharia Leve.
Custo: 1 CO. Modificador de Ataque: –2.
Perícia: Arma de Mão. POD: 12
Modificador de Ataque: 0. ADE: —.
POD: 2. Descrição: um dispositivo temível usado por equipes de baleei-
Descrição: o croque é um gancho de metal forte, usado para ros, este canhão de ombro lança um arpão cheio de explosivos.
pescar e puxar peixes a bordo do navio. O croque de mão tem Um gatilho detona o projétil, rasgando o alvo e acertando a área
um cabo transversal ao gancho que encaixa na mão e permite ao redor com estilhaços de aço. Como dispara um projétil muito
que o gancho saia através dos dedos da mão. mais pesado que um arpão comum, o lança-bomba tem um
alcance reduzido e precisa de uma mão hábil para pontaria.

ENXÓ DE TRILHO Regras Especiais: em caso de acerto, centralizar um ADE 3” so-

bre o alvo. Personagens dentro da ADE, incluindo o alvo inicial,
Custo: 20 CO.
sofrem um dano de POD 6.
Perícia: Arma Grande.
Custa 5 CO para cada arpão, além de pólvora e uma cápsula
Modificador de ataque: –2. para um disparo.
POD: 7.
Descrição: com uma lâmina curvada em ângulo acentuado
LANÇA-GANCHO
num cabo longo de madeira, o enxó de trilho serve para es- Custo: 40 CO.
cavar os dormentes de madeira das ferrovias que cortam os Munição: 1.
Reinos de Ferro. A cabeça do enxó de trilho é muito pesada
Alcance Efetivo: 8 m (4˝).
e sua utilização é muito cansativa. Usar o enxó de trilho em
combate é uma resposta aos frequentes ataques de bandidos Alcance Extremo: 40 m (20”).
e predadores selvagens aos trabalhadores de estrada de ferro. Perícia: Artilharia Leve.
Com poucas armas a disposição, os trabalhadores lutam com
o que tem a mão, e o enxó de trilho rapidamente ganhou uma Modificador de Ataque: –2.
reputação feroz por sua capacidade de fazer golpes pesados. POD: 10.
Porém, isso não é sem um custo.
ADE: —.
Golpear com uma arma tão pesada como esta pode deixar o
Descrição: um canhão de ombro para disparar e prender espias
usuário muito vulnerável a​​ ataques, já que deve puxar todo o
(cabos de reboques e sustentação) para erguer estruturas e
peso do enxó de trilho de volta a posição inicial.
lançar cabos a grandes distâncias para pontes temporárias, o
Regras Especiais: o personagem deve ter FOR 6 para utilizar o lança-gancho tem duas etapas de disparo. O primeiro lança um
enxó de trilho como uma arma. Mesmo assim, o enxó deve ser arpão que se prende à superfície do alvo, enquanto um disparo
utilizado com duas mãos. Se o ataque errar, o personagem com o secundário cria um ponto de ancoragem. Dispositivos nos dois
enxó sofre –2 DEF até o início do seu próximo turno. arpões se retraem, deixando o cabo esticado. Em combate, os

10

operadores usam a arma para criar obstáculos para investida
de cavalaria, derrubar paredes fracas, ou puxar os soldados
inimigos de muralhas e torres.
Regras Especiais: o disparo do lança-gancho requer tanto um
ataque como uma ação rápida. A ação rápida dispara o ponto
de ancoragem no chão, e uma jogada de ataque é usada para
lançar o arpão contra o alvo. Se o lança-cabo ferir o alvo com
base média ou menor, após resolvido o ataque, o alvo faz um
teste resistido de FOR contra o lança-gancho (FOR 7). Se o alvo
falhar, é puxado 3” em direção ao ponto de ancoragem. O ope-
rador do lança-gancho pode continuar a puxar o alvo em cada
rodada com uma ação rápida, desde que o alvo continue a falhar
no teste resistido de FOR. Se o alvo for bem-sucedido no teste,
ele remove o arpão de seu corpo.
O operador do lança-gancho também pode liberar o alvo a
qualquer momento com uma ação rápida.
O lança-gancho é uma arma de duas mãos e vem com uma
âncora e um arpão com cabo. Custa 1 CO por pólvora e cápsula
para cinco usos. Arpões adicionais custam 3 CO cada.
MAÇARICO
Custo: 15 CO.
Munição: 10 turnos de uso contínuo.
Alcance efetivo: 1 m (0.5˝).
Alcance Extremo: —.
Perícia: Pistola.
Modificador de Ataque: –1.
POD: 10.
ADE: —.
Descrição: comum em kits de mekânica, o maçarico é usado
principalmente para soldar e fundir metal e aquecer placas de
blindagem para moldagem. Eles emitem fogo com cerca de 60
centímetros de comprimento e são alimentados por botijões de
gás inflamável comprimido. Alguns modelos incluem um fole
que bombeia oxigênio para a chama, para aumentar a tempera-
tura e a eficiência do maçarico.
Lança-Gancho
Regras Especiais: um personagem com um maçarico recebe +1 de
bônus testes de Ofício (metalurgia). Maçaricos causam dano de
fogo. Em um acerto crítico, o alvo sofre o efeito contínuo de fogo.
Um personagem pode usar um maçarico para fazer ataques à
distância contra alvos em seu alcance corporal. O personagem
não sofre a penalidade de –4 nas jogadas de ataque por estar
engajado quando ataca um alvo em alcance corporal.
Uma recipiente extra de combustível custa 3 CO e fornece com-
bustível suficiente para 10 minutos de uso contínuo.
MARRETA PARA GRAMPO
Custo: 25 CO.
Perícia: Arma Grande.
Modificador de Ataque: –2.
POD: 6.
Descrição: feita para pregar grampos de ferrovias nos dormen-
tes com um único golpe, essa marreta pesada tem uma cabeça
pesada e um cabo robusto de madeira. Ainda tem braçadeiras de
ferro ao longo do cabo, para dar mais peso a marreta e proteger
o cabo contra estilhaços. A cabeça da marreta afunila para uma
superfície de impacto melhor, para dar mais força para o golpe.
Uma marreta para grampo pode derrubar facilmente um
oponente. No entanto, é muito mais pesada que os martelos de
batalha e pode deixar o seu usuário vulnerável a contra-ataques,
pelos amplos movimentos necessários para usá-la.
Regras Especiais: um personagem deve ter FOR 5 para usar
uma marreta para grampo como arma. E quando usada, a mar-
reta deve ser utilizada com as duas mãos. Se um ataque errar, o
personagem equipado com a marreta para grampo sofre -2 DEF
até o início do seu próximo turno. Em um sucesso crítico, o alvo
é derrubado.
MARRETA PESADA
Custo: 15 CO.
Perícia: Arma de Mão.
Modificador de Ataque: –1.
POD: 3.
11
 FERRAMENTAS DE TRABALHO
Descrição: uma marreta pesada tem sua cabeça cheia de areia ou
granalha (partículas de metal). O material no interior se move
quando a marreta é usada, aumentando a força de cada golpe
e reduzindo o coice de uma batida forte. Marretas pesadas são
grandes, mas são menos cansativas de se usar do que martelos
comuns, pois a força do golpe é passada para o alvo.
Quando usada em combate, têm a reputação de derrubar os
inimigos com ataques devastadores. Nos dias das Mil Cidades,
alguns senhores da guerra empregavam equipes de infantaria
armados com marretas pesadas — conhecidos como “martela-
dores” — que seguiam atrás da linha de frente de um ataque,
despachando os feridos com golpes de marreta.
Regras Especiais: um personagem usando uma marreta pesada
ganha +1 nas jogadas de Ofício (metalurgia). Se usar a marreta
como arma pode gastar 1 ponto de façanha para ganhar um dado
adicional na jogada de dano contra alvos derrubados ou deitados.
PÁ DE TRINCHEIRA, MILITAR
Custo: 15 CO.
Perícia: Arma de Mão.
Modificador de Ataque: –1.
POD: 3.
Descrição: a evolução da pá de trincheira comum, a versão
militar é uma arma utilitária quase indispensável, que combina
as qualidades de pá, serra e machadinha. Projetada a partir da
experiência de soldados veteranos, a pá de trincheira militar é
mais resistente que a comum, com um lado afiado mais grosso
e um lado com dentes de corte transversal, que permite que
funcione como um serrote de mão.
Regras Especiais: uma pá de trincheira militar é considerada
uma pá para os efeitos da habilidade Entrincheirar-se e similares.
PÉ DE CABRA
Custo: 6 CO.
Perícia: Arma de Mão.
Modificador de Ataque: –1.
POD: 2
Descrição: uma ferramenta que fornece alavanca para abrir ou
quebrar objetos, também é usada em carpintaria, construção e
por estivadores para abrir caixas. O pé de cabra é uma barra
grossa de ferro com um cinzel pontudo e curvo em uma ponta.
Alguns modelos foram concebidos como arma, e tem uma
empunhadura com tiras de couro. Em combate, o pé de cabra é
usado como um porrete ou uma maça.
Regras Especiais: um personagem pode usar o pé de cabra para
arrombar um cadeado com uma jogada de FOR. O mestre define
a dificuldade com
​​ base na qualidade da porta e da fechadura.
Um cadeado frágil e uma porta residencial teriam dificuldade
12, enquanto um portão da cidade teria 17 ou mais. Uma porta
de metal reforçada com um cadeado pesado teria dificuldade 20,
isso se for possível ser quebrado com o pé de cabra. Uma tenta-
tiva de forçar uma porta fechada atrai a atenção de qualquer um
nas proximidades. Tal processo não é tão sutil quanto a perícia
Arrombar, mas é mais rápido.
12
Em um acerto crítico num ataque, o alvo atingido tem a chance
de ser nocauteado. Se o alvo sofrer dano do ataque, deve fazer
um teste FIS contra a dificuldade igual a FOR do personagem
atacante +11. Se o alvo passar no teste, permanece consciente. Se
ele falhar, é nocauteado.
PIOLET
Custo: 5 CO.
Perícia: Arma de Mão.
Modificador de ataque: 0.
POD: 2.
Descrição: um piolet é uma ferramenta versátil e ajuda tanto
em escalada como em declives em condições de frio extremo.
A cabeça do piolet é similar as picaretas grandes e tem serrilhas
afiadas na ponta da lâmina de corte. A ponta longa é balanceada
do outro lado com um “martelo” para bater pinos de escalada
na rocha ou uma lâmina forte usada para abrir pontos de apoios
no gelo. A piolet tem uma dragona (tira de couro) presa a em-
punhadura e permite que o usuário solte a mão, mantendo a
ferramenta presa.
Regras Especiais: usar um piolet fornece um bônus de +1 na
jogada de Escalar com superfícies de neve e gelo.
PISTOLA SINALIZADORA
Custo: 25 CO.
Munição: 1 (sinalizador).
Alcance efetivo: 12 m (6˝).
Alcance extremo: 60 m (30”).
Perícia: Pistola.
Modificador de ataque: –3.
POD: veja a seguir.
ADE: veja a seguir.
Descrição: capaz de criar sinais visíveis a até 3 quilômetros de
distância, pistolas sinalizadoras são comuns entre exploradores,
escoltas militares, e as tripulações navais. Pistolas sinalizadoras
podem disparar vários sinalizadores alquímicos. Imprecisa e
com um alcance efetivo muito curto, pistolas sinalizadoras são
usadas em combate apenas como último recurso.
Regras Especiais: uma pistola sinalizadora dispara um dos dois
tipos de munição:
Sinal Luminoso: este projétil emite luz equivalente ao efeito de
uma tocha alquímica por 3 turnos. Um sinal luminoso é visível
até a 3 quilômetros de distância à noite e metade disso durante
o dia. Usados como arma, sinais luminosos causam POD 8
de dano de fogo. Em um acerto crítico, o alvo sofre o efeito
contínuo de fogo.
Projétil de Fumaça: gera um ADE 3 e não causa dano algum.
O ADE é um efeito de nuvem que permanece por uma rodada.
Um projétil de fumaça é visível até 3 quilômetros de distância
durante o dia e um quarto disso à noite.
Custa 5 CO para a pólvora, cápsula e compostos alquímicos para
cinco munições de qualquer tipo.
 ADQUIRINDO GIGANTES-A-VAPOR
Por Willian Schoonover • Arte de Brian Despain e Ben Lo
Gigantes-a-vapor são um elemento icônico dos Reinos de Ferro
e têm um papel importante em muitas campanhas de Reinos de
Ferro RPG. A aquisição de um gigante pode ser o início de uma
COMPRA
Comprar um gigante-a-vapor é o modo mais direto para se
adquirir uma dessas máquinas formidáveis, mas elas são bem
caras. O mestre pode mitigar esse custo ao providenciar oportu-
nidades dos personagens adquirirem riquezas e ao sediar a cam-
panha em uma área com amplo acesso às mercadorias. Também
pode decidir que conseguir os fundos necessários e encontrar
um vendedor é o foco principal de uma aventura inteira.
Nas  cidades de Immoren ocidental, comprar um gigante-de-
trabalho é comum. Os centros industriais e portos de muitas
cidades ostentam mercadores que possuem uma variedade de
gigantes-de-trabalho novos e usados, construídos para executar
qualquer função industrial.
campanha ou a recompensa de muitas sessões de jogo. Jogadores
podem querer adquirir gigantes para enriquecer sua experiência
de jogo, mas é o mestre que determina como isso acontecerá.
Comprar legitimamente um gigante-de-guerra, por outro lado, é
muito mais complicado. O maiores empecilhos são a escassez e
a falta de fornecedores confiáveis. Os gigantes-de-guerra usados
pelas principais forças militares dos Reinos de Ferro quase nun-
ca estão disponíveis para venda quando novos. Os personagens
até podem encontrar fornecedores no mercado negro oferecendo
um modelo recém-saído da linha de produção, mas tais acordos
devem ser feitos com extrema cautela. O primeiro risco de uma
transação no mercado negro é a possibilidade de que a mercado-
ria seja de baixa qualidade, e nem sempre há tempo o suficiente
para inspecionar apropriadamente o gigante-de-guerra em
questão. Outro perigo é que o vendedor seja, na verdade, um
representante da agência de Inteligência do reino em questão,
montando uma armadilha para capturar contrabandistas e
13
 ADQUIRINDO GIGANTES-A-VAPOR
acabar com a distribuição ilegal de gigantes-de-guerra. Um
personagem pego em uma venda ilegal de propriedade militar
provavelmente irá encarar punições severas.
As  variedades de gigantes-de-guerra usados por mercenários
podem ser encontrados à venda em regiões com grandes com-
panhias mercenárias. As Indústrias Pesadas Âncora Negra, por
exemplo, é a maior produtora privada desses gigantes-de-guerra
e fornece a muitas das mais prósperas companhias mercenárias
de Immoren ocidental.
Gigantes-de-guerra usados podem ser encontrados à venda em
algumas das maiores cidades de Cygnar, Khador e Ord. Cos-
tuma ser de três tipos: descontinuados, revenda e recuperados.
Quando for determinar o preço de um gigante-de-guerra, o
Mestre deve levar em consideração a oferta e a procura, assim
como as condições do gigante. Se o mercado da região está inun-
dado com excesso de gigantes-de-guerra de um tipo específico
e não há nenhum grande conflito na região, os gigantes serão
oferecidos com um pequeno desconto. Se poucos gigantes de
um modelo muito popular se tornam disponíveis, entretanto,
o preço irá inflacionar para equilibrar a demanda. Além disso,
muitos desses gigantes têm descontos nos preços devido a pro-
blemas mecânicos persistentes que o comprador provavelmente
não irá perceber durante uma transação apressada. Um gigante
com problemas mecânicos é sempre oferecido com um desconto
maior. A tabela abaixo é um guia para tipos de descontos mais
comuns para cada tipo de gigante.
TIPO DE MENOR MAIOR
GIGANTE DESCONTO DESCONTO
Descontinuado 5% 15%
Revenda 10% 25%
Recuperado 15% 50%
14
O tipo de problemas mecânicos que o gigante possui e a possibi-
lidade de conserto desses problemas é determinada pelo seu his-
tórico. Um gigante-de-guerra em boas condições terá pequenos
sinais de uso e desgastes que podem resultar em um consumo
maior de combustível ou em um -1 em um atributo primário.
Gigantes-de-guerra com problemas significativos podem ter
um ou mais danos catastróficos, incluindo o Dano Catastrófico
Desgaste, o que precisaria de uma inspeção completa para ser
descoberto. Gigantes com múltiplos problemas podem estar
faltando partes ou até mesmo não funcionarem.
Um gigante-de-guerra descontinuado é um modelo que saiu de
linha e foi vendido como sucata ou excedente. Normalmente
são os gigantes usados de maior qualidade disponíveis e repre-
sentam a vasta maioria dos gigantes-de-guerra mercenários.
Durante o seu tempo entres os militares do reino, eles receberam
manutenção regular, mas sua condição atual depende muito de
seus donos recentes. Um gigante descontinuado mantido como
excesso de contingente ainda estará em boas condições, mas os
que passaram por múltiplos donos normalmente não recebem o
mesmo nível de manutenção.
Um gigante-de-guerra oferecido em revenda provavelmente era
propriedade de uma companhia mercenária debandada ou uma
que esteja com problemas financeiros. Para uma companhia
mercenária recém-fundada, a disponibilidade desses gigantes-
de-guerra é de grande ajuda no processo de firmar o grupo. Uma
companhia mercenária debandada pode vender esses gigantes
com um bom desconto, permitindo que um grupo mercenário
recente possa adquirir gigantes muito além de seu orçamento
normal. Porém, gigantes revendidos tem uma probabilidade
maior de apresentar problemas mecânicos, já que a maioria
das companhias mercenárias não tem os recursos para fazer a
manutenção apropriada.
Gigantes  recuperados são a opção mais barata e quase todos
têm problemas significativos. São oportunidades únicas que
desafiam até mesmo a habilidade dos mais talentosos mekâni-
cos. Tais gigantes sempre têm sinais de desgaste e alguns nem
mesmo são capazes de cumprir funções básicas. Gigantes recu-
perados estão à venda em cidades próximas às linhas de frente
de conflitos, mas eventualmente estão disponíveis em bandos
itinerantes de remendões. Esses remendões são, geralmente,
uma mistura de humanos e gobbers que viajam em pequenas
caravanas, encontrando sucata onde podem e oferecendo seus
serviços em vilas. Algumas dessas caravanas se especializam em
vender gigantes-de-guerra recondicionados para companhias
mercenárias desesperadas.
EMPRÉSTIMO
Para alguns personagens, pegar um gigante-a-vapor emprestado
com seu empregador é muito mais fácil que comprar. Um con-
jurador de guerra ou um controlador de gigantes servindo aos
militares de um reino ou em uma companhia mercenária pode
requisitar gigantes-de-guerra. Alguns conjuradores de guerra
mais graduados nessas organizações também pode contar com
uma equipe de apoio para acompanhar seus gigantes-de-guerra
e mantê-los abastecidos e em ordem.
O mestre deve determinar, com base no risco, na necessidade e
até mesmo nas perícias persuasivas do personagem, se ele terá
acesso a gigantes-de-guerra para uma missão em particular. O
mestre também deve determinar quais gigantes estarão dispo-
níveis. Para um posto de fronteira, a seleção será muito mais
restritiva do que para uma grande instalação militar. Algumas
instalações podem até mesmo não ter um gigante extra à dispo-
sição. Por exemplo, um personagem trabalhando para uma sede
menor dos Cabeça-de-Aço pode ter que pedir para uma sede
próxima para usar temporariamente um gigante. Não apenas
terá que esperar pela entrega, mas o personagem ainda terá
que lidar com qualquer gigante-de-guerra que foi considerado
barato o suficiente para ser emprestado. Esses gigantes podem
estar em condições precárias, ter traços de personalidade estra-
nhos ou simplesmente estar sendo usado pela primeira vez após
décadas de inatividade.
Se o personagem recebe um grupo de gigantes-de-guerra para
uma jornada longa, também irá receber uma carroça de tamanho
apropriado para armazenar os gigantes e cupons para requisitar
combustível e água em estações ao longo da rota.
ROUBO
A forma mais perigosa (e emocionante) de adquirir um gigante
-a-vapor é o roubo. Você pode construir uma campanha inteira
ao redor do conceito de um grupo de ladrões de gigantes!
O roubo e revenda de gigantes-a-vapor é um negócio lucrativo.
É mais rentável roubar um gigante-a-vapor logo que sai da
linha de montagem, permitindo ao ladrão conseguir o maior
preço dos possíveis compradores. Porém, tais gigantes são mais
difíceis de roubar, já que provavelmente estarão vigiados dentro
de um forte esquema de segurança. Um conjurador de guerra
que consiga aprender os códigos de tranca de córtex de um reino
SUCATA VELHA
Um mestre que queira apresentar um gigante-de-guerra re-
cauchutado, como aqueles oferecidos por bandos itinerantes
de remendões, deve considerar dar ao gigante-de-guerra
alguns traços negativos para refletir sua manutenção desas-
trosa. Por exemplo, um remendão louco pode ter escolhido
montar três mochilas de propulsão de um gigante destruído
em um outro, com uma enorme caldeira que sucateou. Se
essa gambiarra funcionar, pode ser muito perigosa e ter uma
tendência a dar panes quando utilizada.
só terá algumas poucas chances de roubar um gigante-de-guerra
e apenas em algumas vezes, quando o gigante-de-guerra estará
sem as travas que tornam impossível para outro conjurador de
guerra controlá-lo. Boas oportunidades para roubo então, são
quando as travas ainda não foram instaladas, antes do gigan-
te-de-guerra ser designado, ou quando foram removidas para
serem transferidas entre conjuradores de guerra.
Ser um gigante de trabalho ou de guerra é um grande fator na
chance de sucesso do roubo. A segurança de gigantes-de-traba-
lho é baseada em códigos verbais — qualquer um que saiba a
série correta de frases e a localização do botão de reiniciar do
gigante pode falar o código e assumir o controle do gigante.
Porém, em regiões onde roubo é comum, trancas físicas são
instaladas nos botões de reinicialização. Segurança adicional
normalmente significa que os gigantes-de-trabalho são armaze-
nados em depósitos com vigias e outros métodos de segurança.
Gigantes-de-guerra sempre têm os botões de reiniciar protegidos
por trancas físicas de qualidade e trancas de córtex. Uma tranca
de córtex só pode ser ultrapassada com os comandos mentais de
um conjurador de guerra que saiba o complexo código visual e
verbal gravado na tranca. Uma vez que um conjurador de guer-
ra se una ao gigante, instala um segundo código pessoal além da
tranca de córtex. Uma vez que o gigante se ligue a um conjurador
de guerra, não responde ao comando de mais ninguém.
SEGURANÇA
ADICIONAL DE CÓRTEX
Os córtices de gigantes-de-trabalho não são construídos com
trancas de córtex porque raramente são necessárias em um gi-
gante que irá passar anos simplesmente carregando cargas para
navios. Além disso, os córtices mais simples não são capazes
de acomodar os componentes adicionais do aspecto físico da
trava. Além dos componentes físicos, o processo para adicionar
a barreira mental é extremamente demorado e caro.
Uma vez que os personagens coloquem as mãos em um gigante-
de-guerra, precisam garantir que mantenham o controle quando
um conjurador de guerra inimigo estiver presente. Isso é feito
com travas de córtex ou baluartes de córtex.
15
 ADQUIRINDO GIGANTES-A-VAPOR
GIGANTES-DE-GUERRA
LLAELESES?
Gigantes-de-guerra que pertenceram ao exército llaelês se en-
caixam nas categorias descontinuados e recuperados. Durante
os meses posteriores à queda de Llael, alguns dos conjurado-
res de guerra da nação se tornaram refugiados sem dinheiro,
em cidades de Cygnar e Ord e muitos desses conjuradores de
guerra venderam os gigantes-de-guerra apenas para consegui-
rem se manter.
16
INSTALANDO
BALUARTES DE CÓRTEX
Um baluarte de córtex é um dispositivo mekânico bem simples.
Consiste de um invólucro e uma placa rúnica. Não requer um
capacitor, já que é instalado no córtex e ligado ao suprimento de
energia do gigante. Um baluarte de córtex não impede que um
conjurador de guerra se vincule ao córtex de um gigante, mas
torna o processo mais difícil ao criar um campo mentalmente
disruptor ao redor do córtex. Isso torna baluartes de córtex po-
pulares entre controladores de gigantes que esperam encontrar
conjuradores de guerra inimigos. Um baluarte de córtex é um
dispositivo mekânico dedicado.
BALUARTE
Custo: 170 CO.
Descrição:  este é um dispositivo mekânico anexado a
um córtex sem trancas para tornar mais difícil para
um conjurador de guerra se vincular a ele.
Pontos Rúnicos: 1.
Regras Especiais: um conjurador de guer-
ra tentando se vincular a um gigante-de-
guerra que possua um baluarte de cór-
tex deve fazer um teste de ARC contra o
número-alvo 16 para se vincular com o
gigante. Esse teste só pode ser ampliado
gastando pontos de foco. Se o teste for
bem sucedido, o baluarte de córtex é des-
truído e o conjurador de guerra se liga ao
gigante. Se o teste falhar, o conjurador de
guerra pode gastar sua próxima ação com-
pleta tentando se vincular ao gigante, rece-
bendo um bônus de +2 no teste.
Fabricação: o material do invólucro do baluarte
custa 20 CO. Leva uma semana para construir o
dispositivo. O teste de Ofícios pertinente para a
construção é Ofício (Metalurgia).
A  placa rúnica do baluarte requer uma semana
para ser inscrita e um teste bem sucedido de INT
+ Engenharia Mekânica contra o número-alvo 14.
Instalar o baluarte requer acesso a uma oficina
mekânica completa e duas horas de trabalho.
Ao final desse tempo o personagem faz um
teste de INT + Engenharia Mekânica con-
tra o número-alvo 14. Se o teste falhar
o personagem pode tentar novamente
depois de outra hora de trabalho.
INSTALANDO
TRAVAS DE CÓRTEX
Companhias mercenárias que transferem seus gigantes entre
conjuradores de guerra podem melhorar os córtex com travas USANDO UM
de córtex. Córtices de nível militar têm mecanismos inteiros de CÓRTEX ROUBADO
travas de córtex no exterior de seus invólucros, e tais mecanis-
A trava de córtex nos gigantes-de-guerra dos Reinos de Ferro
mos não podem ser facilmente extraídos ou isolados. Adicionar
não pode ser contornada por um indivíduo não autorizado.
travas de córtex a um gigante-de-trabalho simples envolve
Isso acontece devido à utilização de uma complexa combina-
anexar mecanismos externos à base do córtex, que se liga aos
ção de imagens, frases e sons. As imagens são a porção mais
mecanismos internos por conduítes. Isso requer acesso completo
forte do código por causa de sua especificidade. Durante o
ao córtex, um tempo considerável e um bom nível de conheci-
treinamento dos conjuradores de guerra militares, os apren-
mento. Em raras ocasiões, um trabalho mal feito pode resultar
em dano permanente ao córtex.
dizes passam repetidamente por de um processo complexo,
mas bem específico, para alcançar essas experiências únicas,
O  componente mais essencial de uma trava de córtex é o que devem ser relembradas com detalhes perfeitos. Muitas
receptor de código de travamento, um dispositivo que recebe
dessas memórias envolvem a visualização de pontos de re-
os comandos mentais do conjurador de guerra e intercepta
ferência em um ângulo específico ou sons que só podem ser
esses comandos, a menos que acompanhados de uma série de
ouvidos em um único lugar. Alcançar essas memórias exatas
pensamentos bem específica – normalmente uma sequência
sem passar pelo mesmo processo que um aprendiz passa é
de imagens, palavras e sons. Um conjurador de guerra deve
quase impossível. Uma vez que o conjunto de imagens, sons
saber essa sequência para acessar e se vincular a um córtex
e frases foi memorizado, pode ser recombinadoa em ordens
travado. Córtices criados pelos militares nos Reinos de Ferro
instalam códigos padrão conhecidos por todos os conju-
diferentes para criar novos códigos.
radores de guerra do reino. Existe um pequeno número de Desnecessário dizer que o processo para aprender todas as
códigos padrão e é caro e demorado substituí-los. Receptores imagens torna difícil que um espião tenha acesso sem de fato
de códigos de trava podem estar “em branco” ou “cheios”. passar pelo treinamento militar de conjurador de guerra. Sim-
Receptores em branco podem receber uma nova sequência plesmente ouvir uma descrição geral do terreno ou dos sons
feita por um conjurador de guerra, e a partir daí se tornam seria insuficiente. Se um córtex com uma trava é adquirido
permanentemente cheios. Exceto pela remoção e substituição por meios escusos, somente será útil se for completamente
da tranca de córtex, apenas uma formatação completa pode
formatado ao seu estado original. Isso também elimina
restabelecer o estado em branco.
qualquer experiência em combate, personalidade acumulada e
Fábricas  como o Armorial Cygnarano mantêm um modelo treinamentos com sistemas de arma específicos.
mestre para replicar seus receptores padrões em cada córtex
que criam, o que não exige o envolvimento de um conjurador
de guerra. Conjuradores de guerra mercenários preferem
preencher seus próprios códigos únicos e compram receptores
em branco ou formatam córtices pilhados para restaurá-los ao
seu estado em branco. Depois que a trava de córtex for instalada, ou depois que o córtex
for formatado, um conjurador de guerra deve comungar com o
Os componentes físicos de uma trava de córtex custam 350 CO.
Instalar a parte física de uma trava de córtex requer que o córtex córtex para instalar o código de imagens e frases no receptor da
seja removido do gigante-a-vapor, quatro horas de trabalho trava. Essa ação só pode ser executada depois do conjurador de
com as ferramentas apropriadas (veja Instalar ou Substituir um guerra ter gasto uma hora em contato físico com o córtex e um
Sistema, Reinos de Ferro RPG, p. 306) e um teste bem sucedido teste bem sucedido de ARC contra o número-alvo 14. Se o teste
de INT + Engenharia Mekânica contra o número-alvo 18. Se o falhar, o personagem pode tentar novamente depois de outra
teste falhar, o personagem pode tentar novamente depois de hora. Se o personagem deseja replicar uma trava de córtex de
outra hora de trabalho. Pagar para ter o material da trava de um receptor em outra trava de córtex, o custo em materiais é o
córtex instalado custa 500 CO (incluindo o custo dos materiais e mesmo, mas o dispositivo pode ser preparado sem um conjura-
o processo de ter o córtex removido e reinstalado, e as pequenas dor de guerra. Uma trava de córtex replicada abre com a mesma
modificações no local onde o córtex fica alojado). sequência mental que o original.

17
 MODIFICANDO GIGANTES-A-VAPOR
Por Matt Goetz • Arte de Ben Lo
Apesar de gigantes-a-vapor serem capazes de proezas físicas im-
pressionantes, mekânicos sempre tentam conseguir um pouco
mais. Com ajustes nos sistemas, um mekânico habilidoso pode
redirecionar o fluxo de energia de uma parte do sistema para
outra, aumentando subitamente as capacidades do gigante.
Tais esforços exigem um conhecimento profundo dos com-
ponentes de um gigante e a capacidade de fazer ajustes em
questão de segundos, portanto apenas aqueles capazes de muita
concentração e proezas de aptidão mekânica podem mantê-los
por algum tempo. Mekânicos com o talento para isso são muito
procurados pelas forjas e fábricas dos Reinos de Ferro, contrata-
dos para manter em eficiência máxima os gigantes vitais para o
funcionamento de uma operação.
Às vezes acontecem acidentes com este grupo de engenheiros
de elite: trabalhar tão perto das engrenagens móveis e membros
de um gigante-a-vapor em operação é um serviço cruel. Um
único lapso de atenção pode ter resultados até mesmo mortais.
Em particular, gigantes-de-trabalho pesados são conhecidos por
causar acidentes desfiguradores, resultando na perda de dedos
ou até membros inteiros. Alguns mekânicos experientes usam
próteses, resultado de falta de atenção enquanto trabalhavam
nas entranhas de um gigante ativo.
Tais ajustes não são modificações permanentes. São alterações
menores no desempenho de um gigante-a-vapor, para atingir
um aumento temporário em uma única função. A trepidação
e balançar resultante dos movimentos do gigante-a-vapor vão
inevitavelmente fazer esses ajustes voltarem ao estado original.
Tampas de pistão apertadas ficarão folgadas, excesso de graxa
vai se perder nas engrenagens, e refinamentos na caldeira gra-
dualmente perderão a pressão.
REALIZANDO
UM AJUSTE
Para fazer um ajuste, o personagem precisa primeiro escolher o
ajuste específico e fazer um teste de INT + Engenharia Mekânica
contra o número-alvo do ajuste. Um gigante-a-vapor só pode ser
afetado por um ajuste de cada vez.
Um personagem deve possuir a perícia Engenharia Mekânica
e um kit de ferramentas de mekânico para fazer ajustes em um
gigante-a-vapor. Um personagem precisa estar BAB com um
gigante-a-vapor para fazer ajustes nele. Ajustar um gigante-a-
vapor é uma ação completa. Um gigante-de-guerra só pode ser
afetado por um ajuste de cada vez e não pode ser afetado por
outro até o primeiro expirar.
18
FALHA DE AJUSTE
Se um personagem falhar na jogada do ajuste, role 1d6 e consulte
a tabela a seguir para determinar os efeitos da falha.
1D6 DANO INTERNO
Desalinhado — Os sistemas internos do
gigante-a-vapor acabaram desalinhando
devido à tentativa de ajuste. Até serem
restaurados, o gigante sofre -1 em jogadas
1
de ataque. Restaurar os sistemas do gigante-
a-vapor exige uma ação completa do
mekânico, em BAB com o gigante-a-vapor,
mas não exige um teste de perícia.
Perda de Pressão — Os sistemas internos
do gigante-a-vapor perderem pressão por
uma descarga de vapor desnecessária. O
2
gigante-a-vapor sofre –1 de VEL e de FOR e
não pode correr, fazer investidas, ou ataques
poderosos por uma rodada.
Sistema Danificado — O gigante-a-vapor
3
sofre 1d3 pontos de dano.
Cabeça de Vapor — Ao invés do ajuste
pretendido, as manipulações do mekânico
4
só superaqueceram o gigante-a-vapor, que
deve correr no seu próximo turno.
Fumaça Ventilada — Com um grande tremor,
o gigante-a-vapor solta uma grossa nuvem de
fumaça ao invés de ser afetado pelo ajuste.
5 Centralize um efeito de nuvem com ADE de
4” (8 m) no gigante-a-vapor. Modelos vivos
na ADE sofrem –1 nas jogadas de ataque.
A ADE permanece em jogo por uma rodada.
Engrenagens Famintas — O mekânico que
6 fracassou nos ajustes se fere na tentativa. O
personagem sofre 1d3 pontos de dano.
AJUSTES
AJUSTE DE TORQUE
Descrição: apertar os componentes dos membros do gigante-a-
vapor permite que ele produza uma explosão de força grande,
mas lenta. Para fazer o ajuste, o personagem deve fazer um teste
de INT + Engenharia Mekânica contra o número-alvo 12. Se
for bem sucedido, o próximo teste de FOR não relacionado a
combate do gigante-a-vapor é ampliado.
ALINHAMENTO DE ARMAS
Descrição: o mekânico alinha cuidadosamente os componentes
da arma principal do gigante-a-vapor. Para fazer o ajuste, o
personagem deve fazer um teste de INT + Engenharia Mekânica
contra o número-alvo 14. Se for bem sucedido, adicione um
dado à próxima jogada de ataque do gigante com a arma. Se
acertar, adicione um dado extra à jogada de dano. Descarte o
menor número de cada jogada.
CALDEIRA SUPERPRESSURIZADA
Descrição: ajustes cuidadosos nas válvulas de pressão da cal-
deira dão um aumento momentâneo na potência. Para fazer o
ajuste, o personagem deve fazer um teste de INT + Engenharia
Mekânica contra o número-alvo 14. Se for bem sucedido, na
próxima vez que o gigante-a-vapor se mover em seu turno, pode
fazer um ataque poderoso atropelar.
DISTRIBUIÇÃO DE PESO
Descrição: ajustando os contrapesos do gigante-a-vapor, seu
centro de gravidade é erguido, o que o permite avançar com um
ímpeto maior. Para fazer o ajuste, o personagem deve fazer um
teste de INT + Engenharia Mekânica contra o número-alvo 14.
Se for bem-sucedido, o gigante ganha Arrasar por uma rodada.
Quando um personagem com Arrasar avança para contato BAB
com um inimigo, pode empurrar o inimigo até 2” (4 m) para
longe de si. Um personagem só pode ser empurrado uma vez
por Arrasar a cada ativação. Arrasar não tem efeito quando o
personagem faz um ataque poderoso de atropelar.
LUBRIFICAÇÃO DOS PISTÕES DAS PERNAS
Descrição: uma generosa dose de graxa nos pistões das pernas
do gigante-a-vapor permite que ele se mova mais rápido. Para
fazer o ajuste, o personagem deve fazer um teste de INT + Enge-
nharia Mekânica contra o número-alvo 13. Se for bem sucedido,
o gigante-a-vapor ganha +1 de AGI e de VEL por uma rodada.
OPTIMIZAÇÃO DE VENTILAÇÃO
Descrição: abrir as válvulas de entrada da fornalha dá ao gigan-
te-a-vapor uma súbita explosão de força. Para fazer o ajuste, o
personagem deve fazer um teste de INT + Engenharia Mekânica
contra o número-alvo 14. Se for bem sucedido, o gigante-a-vapor
ganha +2 em jogadas de dano neste turno.
QUEIMA LENTA
Descrição: instalar anéis de condensação em juntas importan-
tes de fluxo de vapor faz o gigante funcionar por um período
de tempo maior, ainda que com capacidade reduzida. Para
fazer o ajuste, o personagem deve fazer um teste de INT +
Engenharia Mekânica contra o número-alvo 12. Se for bem
sucedido, o gigante-a-vapor sofre –1 de FOR, MAE e PER, mas
dobra seu uso/capacidade de combustível. Queima lenta dura
por um dia. A qualquer momento, um personagem pode fazer
um teste de INT + Engenharia Mekânica contra o número-alvo
12 para terminar o efeito.
RECALIBRAGEM DOS
SENSORES AURICULARES
Descrição: um ajuste cuidadoso dos sensores auriculares do
gigante-a-vapor permite receber ordens de distâncias maiores.
Para fazer o ajuste, o personagem deve fazer um teste de INT
+ Engenharia Mekânica contra o número-alvo 14. Se for bem
sucedido, dobre a área de controle do personagem ligado ao
gigante por 1d3 turnos.
RECALIBRAGEM ÓTICA
Descrição: ajuste cuidadoso nos sistemas óticos do gigante-a-
vapor o permite atingir alvos distantes com maior precisão. Para
faz o ajuste, o personagem deve fazer um teste de INT + Enge-
nharia Mekânica contra o número-alvo 14. Se for bem sucedido,
o próximo ataque à distância do gigante-a-vapor ganha mais 6m
(3”) de alcance efetivo e 30m (15”) de alcance extremo.
MODIFICAÇÕES
PERMANENTES
Mekânicos com uma necessidade específica podem integrar
modificações permanentes em seus gigantes-a-vapor. Tais me-
lhorias variam de simples modificações como caldeiras pesadas
para produzir mais energia a sistemas complexos e delicados
como a Matriz de Reflexos Defensivos de Cygnar.
As melhorias apresentadas abaixo funcionam em adição àquelas
vistas em Reinos de Ferro RPG.
INTEGRANDO MELHORIAS
Adicionar melhorias a um gigante-a-vapor é um processo
complexo que requer uma oficina mekânica para a substituição
das peças. Além disso, o chassi de um gigante-a-vapor deve ser
modificado para integrar as melhorias, e quanto mais partes fo-
rem adicionadas, mais difícil isso fica. Isto também acontece em
tentativas de integrar componentes produzidos por uma nação
diferente daquela que projetou o gigante-a-vapor.
Para cada melhoria instalada no gigante-a-vapor, o número-alvo
dos testes para integrar novas melhorias é aumentado em +1 e o
tempo para instalar as melhorias aumenta em três horas.
Instalar melhorias construídas por uma nação que não seja a de
origem do gigante-a-vapor também aumenta o número-alvo em
+1, e em uma hora para se ajustar o componente. Os modifica-
dores são cumulativos.
Exemplo: após instalar uma caldeira pesada em seu Impetuoso
Cygnarano, Aeryn quer instalar a Matriz de Reflexos Defensi-
vos que comprou em Khador. Normalmente o número-alvo
da instalação seria 14, mas como é a segunda melhoria do seu
gigante-a-vapor e foi fabricado com a tecnologia de outra nação,
seu número-alvo final é 16, e o trabalho levará duas horas a mais
que o normal para terminar.
AJUSTES E
GIGANTES VINCULADOS
Embora um personagem não possa usar manobras em um
gigante-a-vapor vinculado a outro personagem, pode ajustar
qualquer gigante aliado — contanto que os outros critérios
para realizar os ajustes sejam preenchidos. Claro, se o mekâni-
co não tiver permissão para isso pode acabar se encrencando!
19
 MODIFICANDO GIGANTES-A-VAPOR
APARATOS
E MELHORIAS
As melhorias para gigantes-de-guerra têm os seguintes atributos
para definir como funcionam em jogo.
Custo: preço da melhoria em coroas de ouro cygnaranas.
Descrição: o que é a melhoria.
Regras Especiais: as regras específicas para a melhoria.
APARELHAGEM DE TRINCHEIRA
Custo: 300 CO (gigante-a-vapor leve), 500 CO (gigante-a-va-
por pesado).
Descrição: modificações nas mãos e casco do gigante-a-vapor
que permitem cavar rapidamente uma trincheira rasa ou um
túnel grande o bastante para acomodar seu casco.
Regras Especiais: um gigante-a-vapor equipado com a apare-
lhagem de trincheira recebe a habilidade Entrincheirar-se. As
mãos do gigante-a-vapor ignoram a necessidade de usar uma
pá. Se um dos braços do gigante-a-vapor estiver enfraquecido,
perde o benefício. Um gigante-a-vapor com Entrincheirar-se
pode usar uma ação rápida para cavar uma trincheira. Até se
mover, ser deslocado, ficar deitado ou entrar em combate, o
gigante-a-vapor ganha cobertura, não sofre dano de explosão e
não tem sua linha de visão bloqueada. Um gigante-a-vapor não
pode entrincheirar-se em um turno em que correu.
Montar uma aparelhagem de trincheira em um gigante-a-vapor
requer ferramentas adequadas, quatro horas de trabalho, e um
teste bem sucedido de INT + Engenharia Mekânica contra o
número-alvo 14. Se o teste falhar, pode ser repetido depois de
outra hora de trabalho.
Pagar para ter uma aparelhagem de trincheira nos braços de um
gigante-a-vapor custa 80 CO adicionais.
APARELHAMENTO DE CARGA
Custo: 90 CO
Descrição: uma modificação simples, o aparelhamento de carga
adiciona ganchos de fixação e um reforço ao corpo do gigante-a-
vapor para que carregue uma quantidade substancial de carga.
Algumas companhias madeireiras e de mineração adicionam
essa aparelhagem aos seus gigantes-a-vapor para carregar equi-
pamento pesado em áreas em que carroças não podem chegar.
Regras Especiais: um gigante-a-vapor leve pode carregar até
180kgs adicionais de carga em seu aparelhamento de carga. Um
gigante-a-vapor pesado pode carregar até 360kgs adicionais de
carga em seu aparelhamento de carga.
Objetos devem ser ou pequenos o bastante para caberem dentro
do aparelhamento ou para serem pendurados nos reforços ou
para serem fixados em um dos ganchos da estrutura.
Montar um aparelhamento de carga em um gigante-a-vapor requer
ferramentas adequadas, uma hora de trabalho, e um teste bem su-
cedido de INT + Engenharia Mekânica contra o número-alvo 10. Se
o teste falhar, pode ser repetido depois de outra hora de trabalho.
Pagar para ter o aparelhamento de carga em um gigante a vapor
custa 30 CO adicionais.
20
CONJUNTO DE GIROSCÓPIOS
Custo: 300 CO (gigante-a-vapor leve), 500 CO (gigante-a-vapor
pesado).
Descrição: giroscópios e sensores de resposta que dão ao gigan-
te-a-vapor equilíbrio impecável, permitindo se manter de pé até
nas piores condições.
Regras Especiais: o gigante-a-vapor não pode ser derrubado e
perde este benefício se o seu movimento for enfraquecido.
Montar um conjunto de giroscópios em um gigante-a-vapor
requer ferramentas adequadas, duas horas de trabalho, e um
teste bem sucedido de INT + Engenharia Mekânica contra o
número-alvo 14. Se o teste falhar, pode ser repetido depois de
outra hora de trabalho.
Pagar para ter o conjunto de giroscópios em um gigante-a-vapor
custa 50 CO adicionais.
ESPINHO DE CABEÇA
Custo: 100 CO (gigante-a-vapor leve), 200 CO (gigante-a-vapor
pesado).
Descrição: geralmente vistos nos gigantes de guerra de Khador,
grandes espinhos ou lâminas na cabeça tornam a cabeçada do
gigante-a-vapor ainda mais letal.
Regras Especiais: o POD dos ataques poderosos cabeçada do
gigante-a-vapor aumenta em +2.
Montar um espinho de cabeça em um gigante-a-vapor requer
ferramentas adequadas, duas horas de trabalho, e um teste bem su-
cedido de INT + Engenharia Mekânica contra o número-alvo 12. Se
o teste falhar, pode ser repetido depois de outra hora de trabalho.
Pagar para ter um espinho de cabeça em um gigante-a-vapor
custa 25 CO adicionais.
FUNIL DE MUNIÇÃO
Custo: 150 CO (gigante-a-vapor leve), 300 CO (gigante-a-vapor
pesado).
Descrição: um funil de munição é montado no gigante-a-vapor,
acoplado ao mecanismo de alimentação da sua arma principal.
Regras Especiais: a capacidade de munição de uma das seguin-
tes armas de ataque à distância do gigante a vapor é aumentada
para 2: arpão, canhão, canhão duplo, canhão leve, canhão longo,
canhão de dispersão, lança-foguetes martelo celeste, lançador de
vapor. Se o gigante-a-vapor estiver debilitado, existe a chance
de que o funil de munição seja danificado. Jogue um d6. Se o
número for 1 ou 2, o funil de munição explode e é destruído.
Centralize uma ADE de 4” (8 m) no gigante-a-vapor. Persona-
gens dentro da ADE sofrem uma jogada de dano de explosão
com POD 12.
Montar o funil de munição em um gigante-a-vapor requer
ferramentas adequadas, seis horas de trabalho, e um teste bem
sucedido de INT + Engenharia Mekânica contra o número-al-
vo 14. Se o teste falhar, pode ser repetido depois de outra hora
de trabalho.
Pagar para ter um funil de munição em um gigante a vapor
custa 50 CO adicionais.

PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO
Custo: 300 CO (gigante-a-vapor leve), 500 CO (gigante-a-vapor
pesado).
Descrição: um revestimento de cerâmica não reativa aplicada no
casco do gigante-a-vapor para protegê-lo dos efeitos de corrosão.
Regras Especiais: o gigante ganha Imunidade: Corrosão.
Adicionar proteção contra corrosão em um gigante-a-vapor
requer ferramentas adequadas, seis horas de trabalho, e um
teste bem sucedido de INT + Engenharia Mekânica contra o
número-alvo 14. Se o teste falhar, pode ser repetido depois de
outra hora de trabalho.
Pagar para ter proteção contra corrosão em um gigante-a-vapor
custa 80 CO adicionais.
REFORÇO DE CASCO
Custo: 400 CO (gigante a vapor leve), 600 CO (gigante-a-vapor
pesado).
Descrição: camadas de blindagem que são adicionadas ao casco,
para proteger sistemas críticos. O reforço torna o gigante-a-va-
por mais durável, mas reduz sua capacidade de resposta.
Regras Especiais: o gigante ganha +1 de ARM, mas sofre –1
de DEF.
Adicionar reforço de casco em um gigante-a-vapor requer ferra-
mentas adequadas, seis horas de trabalho, e um teste bem suce-
dido de INT + Engenharia Mekânica contra o número-alvo 14. Se
o teste falhar, pode ser repetido depois de outra hora de trabalho.
Pagar para ter o reforço de casco adicionado a um gigante-a-
vapor custa 75 CO adicionais.
TANQUES DE LASTRO
Custo: 300 CO (gigante-a-vapor leve), 500 CO (gigante-a-va-
por pesado).
Descrição: usado quase exclusivamente por tripulações navais,
tanques de lastro são recipientes metálicos acoplados ao casco
de um gigante-a-vapor para dar flutuabilidade. Bombeando ar
nos tanques, eles podem manter um gigante-a-vapor flutuando
por tempo o bastante para que os tripulantes o resgatem, caso
caia no mar.
Regras Especiais: contanto que ar suficiente tenha sido bom-
beado nos tanques de lastro do gigante-a-vapor nas ultimas
24 horas, caso o gigante-a-vapor caia em águas profundas, ele
permanecerá perto da superfície, tornando possível recuperá-lo.
Montar o tanque de lastro em um gigante-a-vapor requer ferra-
mentas adequadas, seis horas de trabalho, e um teste bem suce-
dido de INT + Engenharia Mekânica contra o número-alvo 14. Se
o teste falhar, pode ser repetido depois de outra hora de trabalho.
Pagar para ter o tanque de lastro em um gigante a vapor custa
50 CO adicionais.
TRATAMENTO ÓTICO ALQUÍMICO
Custo: 200 CO.
Descrição: os sistemas óticos do gigante-a-vapor são tratados
com um composto alquímico que permite enxergar no escuro
com facilidade.
Regras Especiais: o gigante-a-vapor trata luz suave como luz
brilhante e escuridão como luz suave. Um conjurador da guerra
que enxergar através dos olhos do gigante-a-vapor também re-
cebe o benefício. Se o córtex for enfraquecido, perde o benefício.
Integrar o tratamento alquímico ótico em um gigante-a-vapor
requer ferramentas adequadas, duas horas de trabalho e um
teste bem sucedido de INT + Engenharia Mekânica contra o
número-alvo 14. Se o teste falhar, pode ser repetido depois de
outra hora de trabalho.
Pagar para ter o tratamento alquímico ótico em um gigante-a-
vapor custa 75 CO adicionais.
21
 CABEÇAS DE FERRO
Por Matt Goetz
Arte de Carlos Cabrera e Kory Lynn Hubbel
Envolto em uma pesada armadura movida a vapor, o Cabeça
de Ferro é um mekânico especialista que construiu e persona-
lizou sua armadura para suas necessidades pessoais. Enquanto
estiver dentro de da armadura, a força de um Cabeça de Ferro
é a de vários homens e pode ter toda uma loja mekânica inteira
de ferramentas e componentes afixados a sua carapaça. Cabeças
de Ferro são usados em trabalhos de manufatura pesada, sua
força os ajuda a trabalhar com cargas incrivelmente pesadas, e
no campo de batalha.
Alguns Cabeças de Ferro começam sua busca por perfeição com
conjuntos relativamente simples de armaduras movidas a vapor,
mas seu entusiasmo por melhorias faz que, em pouco tempo,
22
várias partes sejam substituídas ou aprimorada com componen-
tes remendados ou equipamentos pilhados de ferros velhos. Em
pouco tempo, a armadura estará completamente irreconhecível,
coberta por equipamento antigo, caldeiras sobressalentes e
placas rebitadas para fornecer mais armadura.
Dependendo de sua habilidade como engenheiros mekânicos,
Cabeças de Ferro comandam suas armaduras direto contra ad-
versidades, seja dentro ou fora do campo de batalha. Trabalhando
como mercenários, poucos Cabeças de Ferro vão atrás de bene-
fícios financeiros. A empolgação de controlar sua armadura, de
exercer uma força incrível e de portar armas que nenhum mortal
poderia usar naturalmente parece ser recompensador o suficiente.
CABEÇA DE FERRO PRÉ-REQUISITOS: ANÃO OU HUMANO
Habilidades: Cabeça de Ferro e Construtor.
HABILIDADES, Perícias Militares: Armas Grandes 1 ou Artilharia Leve 1.
PERÍCIAS E CONEXÕES
INICIAIS
Perícias Profissionais: Engenharia Mekânica 1 e Ofício (Metalurgia) 1.
Conexões: Associação de Mekânicos.

BENS INICIAIS Um conjunto de armadura Cabeça de Ferro com uma melhoria de equipamento.

Cabeça de Ferro, Construtor, Engenharia Improvisada, Fabricante, Firme como Rocha,

HABILIDADES
Jóquei do Vapor, Recuperar, Sábio do Vapor e Sobrecarga.

PERÍCIAS MILITARES Armas Grandes 3, Artilharia Leve 3.

Engenharia Mekânica 4, Ofícios (Armas de Fogo) 3, Ofícios (Metalurgia) 4, Perícias

PERÍCIAS PROFISSIONAIS
Gerais 4 e Pesquisa 3.

CONEXÕES Associações de Mekânicos.

Cabeças de Ferro são um tipo único de entusiastas mekânicos

com armaduras movidas à vapor que constroem e aprimoram
obsessivamente. Nunca satisfeitos em deixar um projeto im-
perfeito, um Cabeça de Ferro está constantemente ajustando e
melhorando sua armadura.
O personagem Cabeça de Ferro
pode pertencer a uma com-
panhia mercenária que pega
contratos para financiar o
refinamento interminável
de sua armadura ou um
homem obcecado em tes-
tar suas capacidades con-
tra todos os tipos de es-
tresse — sempre buscando
novas situações para analisar
os limites de sua criação. Seja qual
for o motivo, a vida de aventuras geralmente cai bem para um
Cabeça de Ferro, desde que tenha tempo livre para desmontar,
melhorar e reconstruir o verdadeiro objeto de sua paixão.
Jogando com um Cabeça de Ferro: a carreira do Cabeça de
Ferro é definida por sua armadura e as habilidades que o
permitem melhorá-la. Suas habilidades iniciais permitem que
use a armadura e torna mais fácil para ela ser modificá-la para
se adequar às suas necessidades e as habilidades posteriores
melhoram suas capacidades de usá-la. Conforme um Cabeça
de Ferro ganha experiência, terá múltiplas oportunidades para
alterar sua armadura com a habilidade Construtor, e para con-
seguir ainda mais da habilidade, deve pegar Sobrecarga assim
que possível.
Cabeças de Ferro veteranos tem acesso à habilidade Sábio do
Vapor, que lhe permite levar sua armadura ao limite sem se
preocupar com consequências adversas.

23
23
 CABEÇAS DE FERRO
NOVAS HABILIDADES
CABEÇA DE FERRO
Pré-requisito: nenhum.
Você sabe como utilizar e controlar armaduras mecânicas movi-
das a vapor.
Qualquer Mekânico Arcano ou Mekânico de Campo pode ga-
nhar a habilidade Cabeça de Ferro como se fosse uma habilidade
de classe.
CONSTRUTOR*
Pré-requisitos: Engenharia Mekânica 1
O tempo necessário para construir uma armadura de Cabeça de
Ferro ou adicionar uma melhoria de equipamento é reduzido
pela metade.
ENGENHARIA IMPROVISADA*
Pré-requisitos: Engenharia Mekânica 1
Você é bom em encontrar substitutos baratos e comuns consertar
sua armadura. Com um dia para encontrar partes em uma ci-
dade ou assentamento industrializado, pode encontrar qualquer
parte que precise (ou algo parecido o suficiente para fazer uma
gambiarra). Você pode comprar partes, armas e equipamentos
pela metade do preço normal.
FABRICANTE*
Pré-requisitos: INT 5, Engenharia Mekânica 2
Você pode jogar novamente falhas de Engenharia Mekânica
para consertar ou desmontar armaduras movidas a vapor. Cada
jogada pode ser rejogada apenas uma vez como resultado de
Fabricante. Além disso, sua armadura recupera um ponto adi-
cional quando conserta dano.
FIRME COMO ROCHA*
Pré-requisitos: Cabeça de Ferro
Enquanto estiver usando uma armadura movida a vapor, você
não pode ser derrubado e a distância que for empurrado ou
lançado é reduzida em 2m (1”), até o mínimo de 2m (1”).
JÓQUEI DO VAPOR*
Pré-requisitos: Cabeça de Ferro
Você pode entrar ou sair de uma armadura movida a vapor
como uma ação completa.
REMENDAR*
Pré-requisitos: Cabeça de Ferro
Você pode tentar consertar temporariamente sua armadura
movida a vapor durante o combate. Para fazer isso, gasta uma
ação completa e faz um teste de INT + Engenharia Mekânica
com número-alvo 14. Se o teste falhar, nada acontece.
Se o teste for bem sucedido, a armadura imediatamente recupera
um número de caixas de dano igual ao seu nível de Engenharia
Mekânica, ou remove o efeito de um único sistema danificado.
24
Você deve ter as ferramentas apropriadas para tentar consertar
sua armadura.
Remendar não tem efeito em armaduras movidas a vapor
destruídas.
SÁBIO DO VAPOR*
Pré-Requisitos: Cabeça de Ferro, Engenharia Mekânica 3
A sua armadura não sofre dano quando usa a habilidade
Sobrecarga.
SOBRECARGA*
Pré-requisitos: Cabeça de Ferro, Engenharia Mekânica 2
Uma vez por turno, você pode redirecionar recursos de uma
área da sua armadura movida a vapor para outra, gerando
um número de efeitos diferentes. Quando usa essa habilidade,
sua armadura sofre imediatamente 1d3 pontos de dano e pode
selecionar um dos seguintes efeitos:
• Estimulador de Pernas – o Cabeça de Ferro pode correr ou
investir durante seu turno.
• Estimulador de Braços – o Cabeça de Ferro ganha +1 FOR
adicional por uma rodada.
• Redirecionar Energia – um sistema danificado funciona nor-
malmente esse turno.
• Lançar – faz um ataque poderoso de lançamento (Reinos de
Ferro RPG, pág. 300) nesse turno.
• Torque – o Cabeça de Ferro faz testes de FOR ampliados
nesta rodada.
ARMADURA
MOVIDA A VAPOR
Armaduras movidas a vapor existem há séculos. Encontraram
algum destaque entre mercenários e milícias incapazes de cus-
tear gigantes-de-guerra, já que a armadura tem fama de causar e
suportar dano em uma escala similar. A armadura dos blindados
khadoranos é o tipo mais comum de armadura movida a vapor,
uma versão produzida em massa usada pelos militares para
complementar seus gigantes-de-guerra em combate. Porém,
uma armadura movida a vapor frequentemente é um item úni-
co, feito a partir de várias peças diferentes pelo engenheiro que
a usa. Algumas são modificadas de armaduras industrializadas
e irreconhecíveis, enquanto outras são construídas inteiramente
do nada até atingir as exigências do engenheiro.
As particularidades de um conjunto de armadura movida a
vapor frequentemente significa que apenas o engenheiro que
a construiu pode pilotar a armadura, já que mais ninguém
teria a compreensão necessária de seu funcionamento interno
para fazê-lo. A única coisa em comum entre as armaduras é o
enorme gerador afixado à suas costas. O escapamento externo
impede que o calor intenso da caldeira asse o operador dentro
da armadura, evitando que morra queimado quando é ativada.
A maioria das armaduras é volumosa, pesadamente blindada e
com diversos assessórios mekânicos.

ARMADURA CABEÇA DE FERRO
Custo: uma armadura cabeça de ferro é construída pelo Cabeça
de Ferro que a usa e normalmente não está disponível para
venda.
Modificador de VEL: –3.
Modificador de DEF: –3.
Modificador de ARM: +8.
Descrição: uma armadura cabeça de ferro é um pesado conjunto
de armadura mekânicamente aprimorada e alimentado por uma
caldeira pesada montada em suas costas.
Pode ser carregada com 15 quilos de carvão e 75 litros de água e
irá consumir todo o combustível em 8 horas de atividade normal
ou em 1,5 horas de combate. Todos os dias que a armadura esteja
em operação, seja em combate ou não, deve ser reabastecida com
carvão e água.
Regras Especiais: um personagem deve ter a habilidade Cabeça
de Ferro para usar uma armadura cabeça de ferro. Cada arma-
dura é personalizada para o corpo de seu construtor e só pode
ser usada por personagens com proporções similares. Colocar
ou remover uma armadura cabeça de ferro demora cinco minu-
tos. Um personagem sendo ajudado pode tirar a armadura um
minuto mais rápido para cada personagem ajudando, até um
mínimo de dois minutos para colocar ou remover a armadura.
Uma armadura cabeça de ferro é pesada e volumosa. Um perso-
nagem que a use não pode correr ou investir.
Um personagem usando uma armadura cabeça de ferro ganha
+1 FOR e ganha seis caixas de dano adicionais que devem ser
perdidas antes que o personagem comece a perder vitalidade de
sua espiral vital. Estas caixas representam a proteção adicional
fornecida pela armadura.
Obs.: Ao utilizar uma armadura cabeça de ferro o personagem
se torna base média.
CONSTRUINDO UMA
ARMADURA CABEÇA DE FERRO
Cabeças de Ferro que queiram construir suas próprias armadu-
ras cabeças de ferro do zero devem começar um longo trabalho
de projetar, fazer os componentes e montar a armadura. Esse
processo requer que o Cabeça de Ferro tenha um suprimento
amplo de metal e peças valendo no mínimo 1.500 CO e acesso a
uma oficina mekânica completa.
Um personagem deve primeiro desenvolver um projeto para
sua armadura cabeça de ferro, um processo que requer ao menos
uma semana de tempo, tomando medidas do usuário, desenvol-
vendo componentes e testando os componentes criados. Ao final
desse tempo, o personagem faz um teste de INT + Engenharia
Mekânica contra o número-alvo 15. Se for bem sucedido, conse-
guir projetar a armadura com sucesso e pode começar o trabalho
de construí-la. Se o falhar, pode tentar novamente após um dia,
alterando seus projetos.
Para criar sua armadura, o personagem deve passar outra
semana construindo e montando os componentes individuais.
Ao final desse tempo, faz um teste de INT + Ofício (Metalurgia)
contra o número-alvo 17. Se for bem sucedido, consegue criar
sua armadura. Se falhar, pode tentar novamente após três dias
gastos desmontando e reconstruindo os componentes.
DANO E DESTRUIÇÃO
Consertar os danos causados a uma armadura cabeça de ferro
requer acesso a metal, sucata e um kit de reparos completo.
Cada hora que um mekânico trabalha na armadura, conserta
uma quantidade de dano igual ao seu nível em Engenharia
Mekânica. Se um personagem tiver acesso a uma oficina mekâ-
nica e/ou a um suprimento de partes reservas, pode remover
um adicional de 1d3 pontos de dano a cada hora. Um mekânico
que tenha ajuda em seu trabalho pode remover um ponto de
dano adicional para cada personagem ajudando. O conserto de
danos externos a uma dessas armaduras custa 10 CO por hora
por mekânico trabalhando.
TABELA DE DANO INTERNO DA
ARMADURA CABEÇA DE FERRO
Apesar de ser incrivelmente durável e resistente, armaduras
cabeça de ferro possuem um conjunto complexo de mecanismos
que é um alvo de dano em potencial. Seja o dano aplicado às cai-
xas de dano da armadura ou à espiral vital do usuário, quando
um personagem usando uma armadura cabeça de ferro sofre 5
ou mais de dano como resultado de uma rolagem de dano, uma
rolagem deve ser feita na tabela de dano interno para determinar
se algum sistema interno também foi danificado.
1D6 DANO INTERNO
Nenhum sistema interno foi
1
danificado. Sem penalidades.
Um equipamento aleatório
2
foi danificado e não funciona mais.
Braço Danificado. Um dos braços está
3
quebrado. Até o dano ser consertado,
o personagem sofre -3 em testes
de ataque com o braço danificado.
Perda de Força. A pressão do vapor
foi comprometida, resultando em uma
4 severa queda de energia na armadura.
Até ser consertada, o personagem
perde o bônus de FOR da armadura.
Movimento Danificado. Os sistemas
de movimentação foram danificados.
5
Até serem consertados, o personagem
sofre –1 de VEL e de DEF.
Vazamento na Caldeira. A caldeira
da armadura foi danificada, resultando
no vapor ventilando para dentro do
traje. Até a armadura ser removida, o
6
personagem usando a armadura sofre
1d3 pontos de dano ao final de cada
um de seus turnos. Fora de combate,
sofre esse dano uma vez por minuto.
25
 CABEÇAS DE FERRO
DESTRUINDO UMA ARMADURA
CABEÇA DE FERRO
Se uma armadura cabeça de ferro não tem mais caixas de dano e
sofre dano em todos os seus sistemas internos, está efetivamente
destruída, reduzida à sucata inerte e prendendo o seu usuário
dentro dela. Um personagem preso em uma armadura cabeça
de ferro deve fazer um teste de FOR ou Arte da Fuga contra o
número-alvo 14. Se for bem-sucedido, consegue desmontar o
suficiente da armadura para se soltar.
Outro personagem pode tentar soltar um personagem preso
numa armadura cabeça de ferro destruída, realizando um teste
de Engenharia Mekânica contra um número-alvo 14. Se for bem-
sucedido, consegue desmontar partes da armadura o suficiente
para soltar o usuário.
RECUPERAÇÃO DE PEÇAS
Uma armadura cabeça de ferro destruída pode ser pilhada para
se obter partes. Desmontar uma armadura para recuperar peças
requer uma hora de trabalho seguida por um teste bem sucedido
de INT + Engenharia Mekânica contra o número-alvo 14. Se o
teste falhar, o personagem pode testar novamente depois de 30
minutos de trabalho. Se o mekânico tiver acesso a uma oficina
mekânica completa ganha +2 no teste. Equipamentos Apri-
morados recuperados de uma armadura destruída podem ser
integrados a uma nova armadura na metade do tempo normal.
APRIMORAMENTOS
DE CABEÇA DE FERRO
Os seguintes aprimoramentos são equipamentos especializados
e modificações para uma armadura cabeça de ferro que permite
que se personalize a armadura para suas necessidades específicas.
Equipamentos integrados à armadura cabeça de ferro podem ser
controlados pelo personagem usando a armadura de dentro da
área de controle da armadura.
A menos que seja dito o contrário, armaduras cabeça de ferro só
podem ter cada equipamento aprimorado uma única vez.
ADICIONANDO EQUIPAMENTOS
APRIMORADOS
Montar um equipamento aprimorado exige muito tempo e in-
vestimento. Quando um Cabeça de Ferro seleciona um aprimo-
ramento da lista a seguir, deve gastar seis horas em uma oficina
mekânica construindo e modificando sua armadura para aco-
modar o novo aprimoramento. Cabeças de Ferro normalmente
constroem seus aprimoramentos com sucata e componentes
pilhados, ao invés de comprá-los.
Um Cabeça de Ferro deve ter um suprimento próximo de metal e
sucata para a construção de um aprimoramento, valendo o custo
deste em CO. Ele faz um teste de Engenharia Mekânica contra o
número-alvo determinado pelo aprimoramento específico a ser
26
adicionado. Se o mekânico tiver acesso a uma oficina mekânica
completa, ganha +2 no teste.
O número-alvo para adicionar um equipamento aprimorado
aumenta cumulativamente em +1 para cada aprimoramento
depois do primeiro.
Se o teste for bem sucedido, o Cabeça de Ferro construiu e inte-
grou o novo componente. Se o teste falhar, deve testar na tabela
Falha de Integração para determinar as consequências.
TABELA DE FALHA
DE INTEGRAÇÃO
Adicionar equipamento a uma armadura cabeça de ferro pode
ser bem difícil, já que os aprimoramentos normalmente não
fazem parte do projeto inicial. Frequentemente o Cabeça de
Ferro deve instalar o equipamento pretendido em áreas não
ideais ou fabricar rapidamente uma estrutura de suporte para
segurá-lo. Algumas vezes a construção provisória não consegue
suportar o equipamento e essas falhas de construção podem ter
resultados catastróficos. Quando um personagem falha em um
teste de Engenharia Mekânica para adicionar um equipamento
aprimorado, deve rolar na seguinte tabela.
1D6 DANO INTERNO
Sem Falhas Significativas.
1 O personagem pode testar novamente após
uma hora, modificando seu projeto.
Mau Funcionamento Caro.
Durante o teste, um componente caro quebra.
O custo do melhoramento aumenta em 50
2
CO e o personagem pode tentar novamente
depois de uma hora gasta consertando
o componente danificado.
Componente Destruído.
As peças usadas na construção do
3 aprimoramento foram destruídas.
O personagem deve pagar o custo do
aprimoramento novamente para construí-lo.
Vazamento na Caldeira. A caldeira da
armadura foi danificada, o que fez com
que o vapor fosse ventilado perigosamente
para dentro da armadura. Até a armadura
4
ser consertada, um personagem usando a
armadura sofre d3 pontos de dano ao final de
cada um de seus turnos. Fora de combate ele
sofre esse dano uma vez por minuto.
Falha de Retorno. A falha no sistema
causa uma reação em cadeia na armadura.
5
Outro equipamento determinado
aleatoriamente é destruído.
Falha Catastrófica. Um componente crítico
quebra durante o processo de construção,
causando uma série de falhas através da
6
armadura. O personagem deve gastar uma
semana inteira ajustando sua armadura
antes dela ficar operacional novamente.

EQUIPAMENTOS APRIMORADOS
AMPLIFICADOR DE FORÇA
Custo: 150 CO.
Efeito: a armadura concede um bônus adicional de +1 FOR. Um
personagem pode pegar essa melhoria até três vezes.
Adicionar um amplificador de força requer 30 minutos de traba-
lho seguidos por um teste bem sucedido de INT + Engenharia
Mekânica contra o número-alvo 12.
ARMADURA ABLATIVA
Custo: 250 CO.
Efeito: a armadura ganha +3 caixas de dano. Esse melhoramento
pode ser pego mais de uma vez.
Adicionar armadura ablativa requer uma hora de trabalho
seguida por um teste bem sucedido de INT + Engenharia Mekâ-
nica contra –– dificuldade 12.
CALDEIRA PESADA
Custo: 400 CO.
Efeito: a armadura ganha uma caldeira pesada. O consumo de
combustível da armadura aumenta em 25%. O número-alvo
para integrar as próximas melhorias é diminuído em 1, e o
personagem pode correr ou investir normalmente.
Adicionar uma caldeira pesada requer seis horas seguidas de
trabalho por um teste bem sucedido de INT + Engenharia Mekâ-
nica contra o número-alvo 14.
COMPENSADORES DE PESO
Custo: 150 CO.
Efeito: a penalidade de VEL é diminuída em 1. O personagem
pode pegar esse melhoramento até três vezes. Adicionar com-
pensadores de peso requer 30 minutos de trabalho seguidos por
um teste bem sucedido de INT + Engenharia Mekânica contra o
número-alvo 12.
COMPENSADOR DE RECUO
Custo: 200 CO.
Efeito: o modificador de ataque de armas de artilharia montadas
é reduzido para 0.
Adicionar um compensador de recuo requer uma hora de tra-
balho seguida por um teste bem sucedido de INT + Engenharia
Mekânica contra o número-alvo 14.
CONSTRUÇÃO ANFÍBIA
Custo: 300 CO.
Efeito: a armadura é feita com uma área de controle selada com
vedação a prova d’água, tanques de ar reservas e um elmo com
um visor de vidro grosso, permitindo à armadura funcionar
por até cinco minutos enquanto totalmente submersa. O perso-
nagem não pode nadar na armadura, mas pode andar em sua
velocidade normal. Enquanto estiver completamente submerso
em águas profundas, o personagem não pode ser alvo de ata-
ques à distância ou mágicos, não pode fazer ataques à distância
e só pode fazer ataques corporais contra outros oponentes sub-
mersos em águas profundas. Enquanto estiver completamente
submerso, o personagem não bloqueia linha de visão.
Adicionar Construção Anfíbia requer seis horas de trabalho
seguidas por um teste bem sucedido de INT + Engenharia
Mekânica contra o número-alvo 14.
EQUIPAMENTO EJETOR
Custo: 400 CO.
Efeito: a armadura é preparada com cargas explosivas feitas
para liberar rapidamente seu ocupante ao soltar seções da área
de controle. O personagem pode ativar o equipamento ejetor
para remover uma armadura movida a vapor como uma ação
rápida, mesmo se a armadura estiver destruída.
Usar esse equipamento desmonta parcialmente a armadura
movida a vapor. Antes que o personagem possa recolocar a
armadura, deve gastar 30 minutos recolhendo e remontando os
componentes da armadura.
Adicionar um equipamento ejetor requer seis horas de trabalho
seguidas por um teste bem sucedido de INT + Engenharia
Mekânica contra o número-alvo 14.
GUINDASTE DE CARGA
Custo: 150 CO.
Efeito: a armadura ganha um guindaste de carga capaz de
levantar até 4 toneladas. Para que o guindaste funcione, o
personagem precisa redirecionar energia de outros sistemas. O
personagem não pode se mover e usar o guindaste de carga na
mesma ativação.
Adicionar um guindaste de carga requer duas horas de trabalho
seguidas por um teste bem sucedido de INT + Engenharia
Mekânica contra o número-alvo 12.
PROTEÇÃO CONTRA CHAMAS
Custo: 200 CO.
Efeito: a armadura concede Imunidade: Fogo.
Adicionar proteção contra chamas requer 30 minutos de traba-
lho seguidos por um teste bem sucedido de INT + Engenharia
Mekânica contra o número-alvo 12.
PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO
Custo: 200 CO.
Efeito: a armadura concede Imunidade: Corrosão
Adicionar proteção contra corrosão requer 30 minutos de traba-
lho seguidos por um teste bem sucedido de INT + Engenharia
Mekânica contra o número-alvo 12.
PROTEÇÃO CONTRA ELETRICIDADE
Custo: 200 CO.
Efeito: a armadura concede Imunidade: Eletricidade.
27
 CABEÇAS DE FERRO

Adicionar proteção contra eletricidade requer 30 minutos de tra-

balho seguido por um teste bem sucedido de INT + Engenharia
Mekânica contra o número-alvo 12.
REGULADORES DE TEMPERATURA
Custo: 150 CO.
Efeito: a armadura movida a vapor concede Imunidade: Frio
Adicionar reguladores de temperatura requer 30 minutos de tra-
balho seguidos por um teste bem sucedido de INT + Engenharia
Mekânica contra o número-alvo 12.
REVESTIMENTO ENDURECIDO
Custo: 150 CO.
Efeito: a armadura concede um modificar adicional de +1 ARM.
Um personagem pode pegar essa melhoria até três vezes.
Adicionar revestimento endurecida requer uma hora de traba-
lho seguida por um teste bem sucedido de INT + Engenharia
Mekânica contra o número-alvo 14.
SISTEMAS CONTRA FALHAS
Custo: 300 CO
Efeito: a armadura sofre danos em sistemas a cada 7 pontos de
dano ao invés dos 5 normais.
Adicionar sistemas contra falhas requer duas horas de trabalho
seguidas de um teste bem sucedido de INT + Engenharia Mekâ-
nica contra o número-alvo 14.
SUPORTE DE ARTILHARIA
Custo: 200 CO.
Efeito: a armadura ganha uma montagem que pode acomodar
uma arma à distância de gigante a vapor leve. O personagem
usa sua DES + Artilharia Leve para fazer ataques com a arma
montada. Armas montadas de artilharia tem um Modificador de
Ataque de -2.
A arma montada segue todas as outras regras normais para
recarregar, remover e substituir do Reinos de Ferro RPG.
Adicionar uma montagem de artilharia requer uma hora de tra-
balho seguida por um teste bem sucedido de INT + Engenharia
Mekânica contra o número-alvo 14.
VENTILAÇÃO DE VAPOR
Custo: 150 CO.
Efeito: o personagem pode sacrificar seu movimento para
ventilar o excesso de vapor. Coloque um marcador de 6m (3”)
centrado no Cabeça de Ferro. Esse marcador é um efeito de
nuvem que permanece em jogo por uma rodada.
Adicionar ventilação de vapor requer uma hora de trabalho
seguida por um teste bem sucedido de INT + Engenharia Mekâ-
nica contra o número-alvo 12.

28
 MANUTENÇÃO DE GIGANTES

Por Simon Berman, Kyle Hagan e Jason Soles • Arte de Néstor Ossandón, Brian Snoddy e Matthew D. Wilson

A manutenção de gigantes-a-vapor pode ser muito complexa e
não precisa ser usada em todas as campanhas. Porém, o conhe-
cimento básico sobre como funciona um motor a vapor pode ser
útil para mestres criando desafios e para jogadores que queriam
entrar mais no mundo movido a vapor dos Reinos de Ferro.
Vale lembrar que a transporte e suprimentos são aspectos
importantes na vida nos Reinos de Ferro, mas não devem ser
usados para punir jogadores jogando com mekânicos de cam-
po, conjuradores de guerra e outros que dependem do uso de
gigantes-a-vapor. A menos que o mestre esteja fazendo uma
campanha com ênfase em suprimentos, recomendamos consi-
derar que os personagens fazem suas preparações para o uso
dos seus construtos no tempo “fora da tela” e, durante o jogo
propriamente dito, se focar na parte mais divertida — o uso.

ALIMENTADOS movimentam o gigante. O abrir e fechar dessas válvulas dá ao

gigante sua força de movimento. A segunda válvula direciona

A CARVÃO, um fluxo constante de vapor através da turbina arcana. O vapor

quente em alta pressão gira a turbina, que fornece energia arca-

MOVIDOS A VAPOR na para o córtex, sensores e relés internos do gigante-a-vapor.

Isso permite ao gigante seguir comandos, observar o mundo ao
Gigantes-a-vapor são máquinas movidas por motores indus- seu redor e controlar seus sistemas internos. A terceira e última
triais a vapor especializados. Tais motores são compostos por válvula é a de emergência. Esse componente crítico previne que
diversos componentes: uma caldeira, uma fornalha, um depó- a pressão na caldeira aumente demais, o que po-
sito de carvão, um sistema de alimentação, um sistema
de válvulas pneumáticas e uma válvula de pressão de
emergência. O motor a vapor usa o fogo do carvão para
ferver água, gerando vapor. Por sua vez, o vapor mo-
vimenta a máquina, aciona os pistões e a faz se mover,
trabalhar e lutar.
A caldeira é um grande tanque que armazena o suprimento
de água do motor e o vapor criado. Na maioria dos gigantes-a-
vapor, a caldeira é instalada diretamente abaixo da fornalha,
onde o carvão é queimado para aquecer a água na caldeira e ge-
rar vapor. Esse vapor é constantemente renovado à medida que
a fornalha ferve mais do suprimento de água. Para manter a
fornalha acesa, ela precisa receber um suprimento constante de
carvão, que é suprido pela gravidade, direto do depósito
de carvão. Normalmente, a quantidade que o carvão
é depositado na fornalha é regulada por um con-
trolador de alimentação mecânico, controlado pelo
córtex do gigante. Este regulador é circular e abre em
diâmetros variados, permitindo que uma quantidade
variável de carvão entre na fornalha antes de fechar
novamente. O regulador pode ser usado para reduzir o
calor e desacelerar a pressão do vapor, ou alimentar o fogo e
rapidamente criar pressão adicional de vapor.
Uma vez que haja pressão suficiente do vapor na caldeira,
ele pode ser usado para acionar o gigante. O vapor é libe-
rado da caldeira por três válvulas principais. A primeira
válvula direciona o fluxo para a câmara pneumática. Ali
o vapor é direcionado através de uma ou mais válvulas
secundárias. Estas válvulas encaminham o vapor para
o sistema pneumático do gigante e para os pistões que

29
 MANUTENÇÃO DE GIGANTES
O PREÇO DO
PODER DO VAPOR
A logística de se operar gigantes-a-vapor pode ser assustadora,
mas os custos de combustível em si são relativamente baixos.
Quando comprado a granel, o carvão é barato. Na maioria das
regiões povoadas de Immoren Ocidental, uma tonelada custa
100 moedas de ouro. Mekânicos e conjuradores de guerra pre-
venidos estocam o excesso de carvão em qualquer cidade ou
ponto avançado que seja sua base de operações. Acesso fácil a
água é um fator limitante em áreas como as Planícies da Pedra
Sangrenta e outros desertos. A maioria dos gigantes-a-vapor
possui combustível que permite muitas horas de exploração,
mas todos queimam combustível muito rápido em combate.
Entretanto, como fora do campo de batalha poucos confrontos
duram mais que alguns minutos, um gigante-a-vapor abasteci-
do pode fazer vários pequenos combates.
O tanque de combustível de um gigante-a-vapor contém centenas
de litros de água e quilos de carvão. A proporção padrão é de
cinco litros de água por quilo de carvão. Um gigante-de-guerra
carregando 300 quilos de combustível terá 250 litros de água e
50 quilos de carvão. A seguir estão os preços comuns de carvão.
Carvão, sacola de 10 quilos: 3 CO
Carvão, sacola de 22 quilos: 5 CO
Carvão, entrega de 500 quilos: 60 CO
Carvão, entrega de 1000 quilos: 100 CO
30
deria causar o rompimento da caldeira e uma grande explosão.
A válvula é mecânica e abre automaticamente sempre que o
nível de pressão na caldeira atinge determinado nível. Vapor em
excesso será expulso da caldeira e a válvula fechará automati-
camente quando a pressão estiver num nível seguro. Gigantes
que desenvolveram personalidade muitas vezes usam o assobio
dessa válvula para expressar sua frustração, gratidão ou outras
emoções simples.
O tanque de combustível de um gigante-a-vapor costuma conter
algumas centenas de litros de água e quilos de carvão. Durante
o uso, a água é consumida muito mais rápido que o carvão,
quando o vapor é direcionado pelos mecanismos pneumáticos
do gigante e a turbina arcana e para fora do sistema. A quantida-
de padrão de combustível é dois litros de água para cada meio
quilo de carvão.
Ao preparar um gigante para funcionar, um mekanico deve
colocar carvão triturado no depósito e água fresca na caldeira.
Carvão triturado garante uma queima uniforme e água fresca
mantém os mecanismos limpos. Em uma emergência, outros
combustíveis como madeira ou água do mar podem ser usados,
porém podem causar danos ao motor e força reduzida.
Para ligar o gigante, o mekanico acende um fogo na fornalha
e começa a aquecer a caldeira e gerar pressão. Alguns minutos
após a água começar a ferver, a caldeira terá pressão suficiente
para acionar a turbina arcana e energizar o córtex. Uma vez
ligado, o gigante alimentará sua fornalha para gerar pressão
adicional. Quando tiver pressão suficiente, o gigante direcionará
o vapor para a câmara de válvula pneumática e começará a
se mexer. Por isso a maioria dos gigantes é equipada com um
botão para o controlador iniciar seus sistemas de forma simples.
O gigante-a-vapor está agora pronto para seguir comandos e
trabalhar. A partir deste ponto, vai regular o uso de seu combus-
tível para manter-se funcionando da melhor forma.
TRANSPORTE
Para a maioria dos donos de um gigante-a-vapor é econômico e
conveniente ter seus gigantes lhes acompanhando, movido por
seu próprio motor, em tarefas curtas nas cidades. Porém, em jor-
nadas prolongadas, arranjos devem ser feitos para o transporte
mesmo de gigantes-a-vapor leves.
Viajando entre cidades, operadores de gigantes-a-vapor usam
carroças a cavalo e reforçadas. Tais carroças são construídas com
rampas ou degraus de metal reforçados, pelos quais o gigante é
carregado. Uma vez no lugar, ordena-se que o gigante agache,
para tornar a carga mais estável. O gigante então é resfriado
e correntes são presas a vários pontos do chassi. Elas por sua
vez são presas a aros instalados na carroça para garantir que o
gigante não tombe durante o transporte.
Um par de cavalos é capaz de puxar uma carroça com dois gi-
gantes-a-vapor leves ou um gigante-a-vapor pesado. Porém, ter-
renos inclinados podem ser trabalhosos, e podem ser necessárias
parelhas maiores de cavalos para levar gigantes-a-vapor através
de passagens em montanhas ou outros terrenos acidentados.
Também é quase impossível trafegar com carroças pesadas em
terrenos pantanosos ou florestas densas, onde gigantes-a-vapor
devem se mover sozinhos — apesar de alguns tipos de solo não
suportarem sequer o peso de um gigante-a-vapor leve.
ÁGUA, CARROÇAS, ETC.
Além do custo do combustível, um controlador de gigantes preci-
sa considerar a logística de levá-lo à sua máquina. A menos que
se limite a ficar em uma área próxima ao suprimento de carvão,
em algum momento, vai precisar investir em tanques de água,
carroças e cavalos para levar seu gigante de um lugar a outro.
Carroça, pequena: 50 CO
Carroça, grande: 85 CO
Bomba de água, manual: 10 CO
Tanque de água, (20 litros): 2 CO
Tanque de água, (40 litros): 3 CO
Tanque de água, (200 litros de água): 5 CO
Carroças para carregar gigantes-a-vapor são estruturas
reforçadas de madeira e aço. São descobertas e tem compar-
timentos separados para combustível. Os gigantes-a-vapor são
amarrados ou acorrentados para limitar a chance de queda.
Uma carroça pequena pode acomodar um gigante-a-vapor leve
e uma carga modesta de combustível. Carroças pequenas têm
espaço para um condutor e um passageiro e são puxadas por
uma parelha de cavalos de tração (vendidos separadamente).
Uma carroça grande tem espaço para acomodar um
gigante-de-guerra pesado ou um par de gigantes-a-
vapor leves, além de uma carga maior de combustível.
Carroças grandes têm espaço para
um condutor e dois passageiros e
devem ser puxadas por no
mínimo uma parelha de
cavalos de tração.
31
 PEÇA RARA
Por Matt Goetz • Arte de Michael Rookard
Apesar das armas de fogo terem se tornado comuns nos Reinos
de Ferro, algumas são verdadeiramente distintas. Trabalhadas
com magia e mekânica, esses itens raros variam entre as que
ajudaram a construir dinastias, objetos amaldiçoados que
deixaram uma litania de tragédias no seu rastro e armas que
encerraram a vida de pessoas famosas. Algumas são únicas,
enquanto outras foram duplicadas ao longo dos anos. Entre-
tanto, todas são especiais, diferentes e perigosas.
ARTIGO 1185
Custo: este artefato amaldiçoado não está disponível à venda.
Munição: 1.
Perícia: Artilharia Leve.
Alcance Efetivo: 12 m (6”).
Alcance Extremo: –.
Modificador de Ataque: –2.
POD: 13.
ADE: –.
Descrição: no final da Rebelião, quando confrontados pelas ar-
mas novas e imprevisíveis de seus inimigos, os orgoth desen-
volveram suas próprias armas de fogo. Essas construções de fer-
ro brutas eram mais parecidas com pequenos canhões do que
com as pistolas dos rebeldes. Apesar de poderosos, os dragões
negros dos Orgoth eram pesados e imprecisos. Os mais terrí-
veis eram forjadas nos fogos cruéis atiçados pela magia das bru-
xas de guerra orgoth. Dizia-se que tais armas reivindicavam não
apenas o corpo, mas também as almas de suas vítimas.
A maior parte dos dragões negros se perdeu ao longo dos sé-
culos, mas algumas poucas peças sobrevivem em coleções par-
ticulares e nas profundezas das ruinas orgoth. Uma dessas
descobertas marcantes foi feita quando o Exército Khadorano
consolidou seu controle em Llael em 605 DR. Depois da bata-
lha nas colinas a oeste de Dois Rios, os khadoranos descobriram
um antigo cofre orgoth selado desde a Rebelião. Os Lordes Cin-
zentos tomaram o controle do local imediatamente e chamaram
seus especialistas, que chegaram de Khardov pouco depois. Eles
encontram, em meio a outros artefatos orgoth, um dragão negro
único que viria a ser chamado de Artigo
1185, o número pelo qual foi catalogado.
A arma ornamentada possuía a aura
de magia orgoth. Quando dispara-
da, emitia um uivo agudo de gelar o
sangue. Testando as capacidades da
arma, os Lordes Cinzentos descobri-
32
De contendas em Rhul aos campos de batalha da Rebelião, as
armas a seguir são produtos da longa e sangrenta história dos
Reinos de Ferro. Construídas com um propósito, são valiosas
tanto como artefatos históricos quanto como instrumentos de
destruição. Essas armas podem ser incluídas como recompensa
numa aventura, ou serem o próprio motivo da aventura! Várias
das armas a seguir se perderam de seus legítimos proprietários,
e sua descoberta pode levar a vastas recompensas — e perigos.
ram que ela era particularmente eficiente contra alvos que dis-
punham do Dom, causando perda temporária de poderes. O
Dom da Magia proveu a Rebelião com armas potentes para en-
frentar os Orgoth, e esse dragão negro foi feito para puni-los
por sua impertinência.
Os Lordes Cinzentos pretendiam levar a arma para Khardov. Lá
ela seria estudada e, eles esperavam, replicada, mas ela nunca
chegou a seu destino. Lutzkov e seus homens foram descobertas
a muitos quilômetros da estrada, seus corpos cobertos por feri-
mentos medonhos, e as árvores em volta cheias de corvos que se
negavam a se alimentar dos corpos. A arma orgoth não pôde ser
encontrada. Os Lordes Cinzentos estabeleceram uma grande re-
compensa que pode ser reivindicada por qualquer um que ofe-
reça pistas sobre a atual localização da arma.
Regras Especiais: Artigo 1185 é uma arma mágica.
Recebe um dado adicional de dano em jogadas contra persona-
gens Dotados. Magias de Manutenção em um alvo atingido por
esta arma se encerram imediatamente. Um personagem precisa
ter pelo menos FOR 6 para usar esta arma.
Artigo 1185 pode ser usada como uma arma de mão. Seu peso
imenso, espinhos afiados e coronha robusta permitem que seja
usada como clava. Como uma arma corpo-a-corpo, Artigo 1185
tem um modificador de ataque de –1, POD 4 e utiliza a perícia
Arma Grande.
A munição para esta arma precisa ser feita sob en-
comenda. A pólvora e o projétil para um único
disparo custam 3 CO. Esta arma requer uma ação
completa para ser recarregada.
Artigo 1185
 BRAÇO-CURTO DE TRAMMEL
Custo: 1.010 CO.
Munição: 5 (munição leve).
Perícia: Pistola.
Alcance Efetivo: 16 m (8”).
Alcance Extremo: 80 m.
Modificador de Ataque: 0.
POD: 10.
ADE: –.
Descrição: outrora propriedade do barão Malyk Argyll, um
proeminente nobre e colecionador de armas llaelês, o Braço-Cur-
to de Trammel tem esse nome graças a quem o roubou — Rikard
Trammel, um notório salteador que atuou em Ord ocidental,
norte de Cygnar e sul de Llael. O golpe mais famoso de Trammel
ocorreu em 487 DR, quando roubou a casa do barão. Em meio
ao roubo, estava o Braço-Curto, a posse mais valiosa de Argyll.
A pistola foi projetada para aumentar a habilidade de seu atira-
dor. Argyll foi treinado de acordo com a escola de duelos de sua
nação, e desejava uma arma que complementasse seus talentos.
O Braço-Curto foi um projeto único, com uma coronha e cano
mais compridos. Visitas a nobres renderam o sarcástico nome
de Braço-Curto, já que seu tamanho era mais próximo de um
pequeno fuzil. Cada disparo da arma atinge o alvo com força
ampliada, como se cada bala aproveitasse um pouco da energia
cinética da que foi disparada antes dela.
Rikard Trammel permaneceu foragido por quase vinte anos, em
grande parte pelas qualidades da pistola, que sempre permane-
ceu a seu lado. Apesar da fortuna oferecida por Argyll para caça-
dores de recompensas, o Braço-Curto ficou fora de seu alcance.
No final, Trammel foi cercado nas proximidades de Fharin em
505 DR, onde foi capturado e enforcado por seus crimes. O
paradeiro da Braço-Curto permanece um mistério desde então.
Pontos Rúnicos: 4.
Regras Especiais: o Braço-Curto fornece um bônus cumulativo
de +1 em jogadas de ataque e dano para cada disparo anterior
realizado no mesmo turno. Se não tiver um acumulador funcio-
nal, sofre –1 nas jogadas de ataque e perde seu bônus cumulativo.
Repor o cilindro de munição requer uma ação rápida. Recarregar
cada compartimento do cilindro de munição requer uma ação
rápida. A pólvora, balas e revestimentos para cinco tiros custam
2 CO. Cilindros de munição adicionais custam 15 CO cada.
Fabricação: os materiais para a construção do cárter do Braço-
Curto de Trammel custam 105 CO. São necessárias três semanas
para construir o dispositivo. A perícia usada é Ofício (metalurgia).
As placas rúnicas do Braço-Curto de Trammel requerem quatro
semanas para inscrição e um teste bem sucedido de INT + Enge-
nharia Mekânica contra um número alvo de 16.
Braço-Curto de Trammel
GRILHÃO
Custo: 2.160 CO.
Munição: 3 (munição pesada).
Perícia: Fuzil.
Alcance Efetivo: 20 m (10”).
Alcance Extremo: 100 m.
Modificador de Ataque: –2.
POD: 12.
ADE: –.
Descrição: o Grilhão é um fuzil robusto de três canos criado pelo
clã Dolan, de Rhul, uma pequena ramificação do clã Dohl. Foi
desenvolvido por Hjurd Dolan, um astuto guerreiro e engenhei-
ro que participou na defesa da Fortaleza de Dohl em uma longa
e violenta contenda do clã. Hjurd queria uma arma que anulasse
a efetividade dos gigantes-a-vapor inimigos.
Essa arma foi desenvolvida para impor a seus alvos um peso
esmagador, ampliado a cada disparo subsequente. Hjurd inscre-
veu placas rúnicas com fórmulas que transformavam pequenos
movimentos em esforços titânicos.
O Grilhão foi testado em batalha, onde Hjurd e um grupo de fu-
zileiros de elite o utilizou para reduzir a velocidade e até mesmo
parar completamente os gigantes do clã inimigo. O impacto da
primeira saraivada no clã rival foi tamanho, que a paz foi pedida
imediatamente. O uso do Grilhão encerrou a longa contenda,
promovendo Hjurd a posição proeminente de campeão e inspi-
rando alguns capitães mercenários de Rhul a levar o Grilhão a
oeste, onde o projeto da arma foi copiado.
Esta arma é abastecida por um acumulador arcanodinâmico
localizado em sua coronha.
Pontos Rúnicos: 4.
Regras Especiais: cada vez que um alvo é atingido, sofre um
modificador cumulativo de –1 VEL por uma rodada. A VEL de
um alvo não pode ser reduzida a menos que VEL 1.
Se o acumulador não estiver funcional, recebe –1 nas jogadas de
ataque e perde seu efeito cumulativo.
A pólvora, balas e revestimentos para cinco tiros custam 3 CO.
Fabricação: O custo de materiais para a construção do cárter do
Grilhão é de 450 CO. São necessárias três semanas para construir
o dispositivo. A perícia Ofícios pertinente para sua construção é
Ofícios (Metalurgia).
As placas rúnicas do Grilhão requerem quatro semanas para ins-
crição e um teste bem sucedido de INT + Engenharia Mekânica
contra um número alvo de 16.
Grilhão
33
 PEÇA RARA
RECONCILIADOR
Custo: 1.160 CO.
Munição: 1 (munição leve).
Perícia: Fuzil.
Alcance Efetivo: 28 m (14”).
Alcance Extremo: 140 m.
Modificador de Ataque: 0.
POD: 10.
ADE: –.
Descrição: a arma ideal para um assassino, este fuzil mekânico
desmontável foi construído no final das Guerras de Fronteira,
parte de um plano clandestino orquestrado pelos agentes da
Coroa para assassinar o Lorde Regente Velibor, de Khador.
Acreditando que o assassino só conseguiria disparar um único
tiro em seu alvo, os arquitetos do plano queriam fornecer a ele
uma arma de letalidade garantida. Gavryll di Wynnel, o atirador
escolhido para a missão, entrou no território khadorano em um
uniforme de oficial, roubado anteriormente, com o Reconci-
liador desmontado em sua bagagem. Porém, pouco depois de
cruzar a fronteira khadorana, desapareceu. Nem Wynnel, nem o
Reconciliador foram encontrados.
O plano foi descoberto alguns anos depois, quando o criador da
arma, Niclaeys di Glayes, começou a vender cópias dela para
ricas companhias mercenárias. Di Glayes foi morto em 329 DR,
mas antes produziu uma pequena quantidade dessas armas,
todas com maletas personalizadas.
Pontos Rúnicos: 4.
Regras Especiais: o Reconciliador pode ser desmontado em
componentes fáceis de serem escondidos. Montá-lo requer uma
ação completa para um personagem com Ofício (armeiro) ou
três ações completas para um personagem sem a perícia.
Personagens atingidos por essa arma perdem a habilidade Durão,
não podem curar ou serem curados e não podem transferir o
dano por uma rodada. Se essa arma incapacitar um personagem,
o número alvo para estabilizá-lo aumenta em 2.
Esta arma requer duas mãos. A pólvora, balas e revestimentos
para cinco tiros custam 2 CO.
Fabricação: os materiais para o cárter do Reconciliador custam
150 CO. São necessárias três semanas para construir o dispositi-
vo. A perícia usada é Ofício (metalurgia).
As placas rúnicas do Reconciliador requerem quatro semanas
para inscrição e um teste bem sucedido de INT + Engenharia
Mekânica contra um número alvo de 16.
Reconciliador
34
A ROGADORA
Custo: este artefato amaldiçoado não está disponível à venda.
Munição: 1 (munição leve).
Perícia: Pistola.
Alcance Efetivo: 16 m (8”).
Alcance Extremo: 80 m.
Modificador de Ataque: 0.
POD: 11.
ADE: –.
Descrição: a Rogadora é o produto traiçoeiro do pistoleiro thama-
rita Errigan, que perambulava pelas ruas de Corvis no final dos
anos 400 DR. Apesar de ser a culminação de décadas de pesquisas
de Errigan e da aplicação de magia negra, a pistola é visualmente
inexpressiva. Áspera e manchada, sua superfície coberta de
ferrugem tem um tom cinza gorduroso. Sua coronha rachada foi
feita de madeira de baixa qualidade adornada por runas Telgesh
gastas, que sugerem os rituais profanos utilizados em sua criação.
É uma arma maligna, criada por Errigan para se vingar de seus
inimigos. Ironicamente, ele veio a ser a última vítima da pistola,
quando foi cercado pela Guarda de Corvis. Recusando-se a
ser levado vivo, apontou a pistola para si. Seu fantasma ficou
permanentemente preso à arma.
A pistola foi guardada em um dos quartéis da guarda, mas
desapareceu poucos dias depois. Ao longo dos anos, a Rogadora
surgiu diversas vezes, sempre como o centro de uma grande tra-
gédia, apenas para sumir novamente. A Ordem da Iluminação
busca pela Rogadora e oferece uma recompensa por informações
que levem a sua aquisição e destruição.
Regras Especiais: a Rogadora é uma arma mágica. Um perso-
nagem armado com a Rogadora pode gastar uma ação rápida
durante seu turno para falar o nome verdadeiro do alvo. Por uma
rodada, o personagem pode jogar novamente ataques feitos com
a Rogadora que tenham errado o alvo. Cada ataque pode ser
jogador novamente apenas uma vez. Além disso, em um acerto
crítico, o dano que superar a ARM do alvo é duplicado.
Um personagem destruído por um ataque desta arma não gera
um marcador de alma. A pistola reivindica a alma de suas vítimas.
As balas, pólvora e revestimento para cinco disparos custam 2 CO.
O ESPECTRO DE ERRIGAN
O espirito de Errigan permanece eternamente ligado a Rogadora.
Apesar de sua memória e personalidade serem apenas ecos do
que foram em vida, sua maldade e crueldade permanecem.
Errigan sente prazer em atormentar os que tem contato com a
Rogadora, eventualmente os virando contra seus aliados.
A Rogadora
Ele ouve tudo que ocorre perto da pistola e usa essa informação
para atormentar o portador. Permanecendo incorpóreo e invisí-
vel, sussurra dúvidas e medos na mente daquele em contato com
a Rogadora, possuindo sua vítima quando a vontade dela for
exaurida. Uma vez em controle, Errigan aponta a Rogadora para
seus amigos, continuando seu ciclo de traições e assassinatos.
Se ameaçado, Errigan descarta a sutileza. Qualquer tentativa de
destruir a Rogadora resulta em um ataque imediato do espectro.
Errigan é o verdadeiro custo da Rogadora. Lidar com a assom-
bração pode ser uma aventura por si só, culminando na tentativa
do espectro forçar o proprietário da arma a matar seus aliados.
ERRIGAN PE: 22
VEL FOR ACO ADI DEF ARM
7 6 7 6 17 12
VON INICIATIVA DETECTAR ESGUEIRAR-SE
14 17 5 7
HABILIDADES
Incorpóreo: Errigan pode mover-se normalmente através de terreno difícil, objetos
sólidos e outros personagens. Armas abençoadas afetam Errigan normalmente. Magias e
armas mágicas afetam Errigan, mas sofrem um dado a menos em suas jogadas de dano.
Nenhum outro tipo de arma afeta Errigan.
Invisibilidade: Errigan é invisível. Quando está invisível, Errigan recebe ocultação e
furtividade e um bônus de +5 em seus testes de Esgueirar-se.
Morto-Vivo: Errigan é um morto-vivo e nunca foge de um combate.
Pontos de Façanha: Errigan começa cada encontro com 1 ponto de façanha. Recebe
um ponto de façanha no começo de cada um de seus turnos. Errigan pode ter no máximo
1 ponto de façanha por vez.
Possessão: Errigan pode tentar possuir um personagem em contato com a Rogadora.
Quando tenta a possessão, Errigan e seu alvo fazem um teste resistido de Força de
Vontade. Se Errigan vencer, possui o personagem. Se o personagem vencer, Errigan falha
em sua tentativa e perde 1 ponto de vitalidade.
Quando Errigan possui um personagem, todos os efeitos de Errigan expiram, seu modelo
é removido da mesa, e sua ativação encerra. O personagem possuído perde seu turno
naquela rodada e então fará seu turno na próxima vez de Errigan. Errigan controla um per-
sonagem possuído completamente, mas não ganha acesso as memórias do personagem,
perícias, habilidades, magias, etc. (mas saberá de tudo que foi dito próximo da pistola).
O personagem pode tentar se livrar da possessão a cada rodada no final da fase de
ativação de Errigan (exceto na rodada em que foi possuído), fazendo um teste resistido de
Força de Vontade contra Errigan. Se a vítima vencer o teste, a possessão encerra e Errigan
aparece em contato base-a-base com o personagem. A ativação do personagem ocorre
após a ativação de Errigan na rodada seguinte. Se Errigan vencer, permanece no controle.
Ressurreição Negra: se Errigan for incapacitado, retorna com 1 ponto de vitalidade
em cada aspecto. Ele recupera 1 ponto de vitalidade em cada aspecto por dia até estar
totalmente recuperado. Errigan só pode ser destruído através da destruição da arma.
Terror: Errigan causa Terror [16].
Vínculo: Errigan está vinculado a Rogadora. Ele não pode se mover além de 18 m (6”) da
arma. Se a Rogadora for destruída, Errigan também será.
TAMANHO DA BASE PEQUENO
1 2
Agilidade
3
Físi
4
co
to
lec
6
te
5
In
VENTO GÉLIDO
Custo: 1.560 CO.
Munição: 1 (munição pesada).
Perícia: Fuzil.
Alcance Efetivo: 16 m (8”).
Alcance Extremo: 80 m.
Modificador de Ataque: –2 (uma mão), –1 (duas mãos).
POD: 12.
ADE: –.
Descrição: desenvolvida pelo renomado armeiro e mekânico
Arasnik Iradanov, Vento Gélido foi um presente ao grande
príncipe de Feodoska em reconhecimento a seu poderio marcial
no centésimo aniversário da lenda local que fala do embate da
família Descra com o dragão Halfaug. As placas rúnicas do
bacamarte foram inscritas de acordo com os altos padrões de
Iradanov, cada uma afinada para imbuir os disparos de Vento
Gélido com a força do inverno de Khador. O grande príncipe
ficou tão maravilhado que indicou Iradanov como armeiro
pessoal de sua casa e sempre manteve a arma ao seu alcance.
Uma vez que a fama de Vento Gélido se espalhou entre os gran-
des príncipes, a posse desse tipo de arma se tornou um símbolo
de status. Apesar do desejo de Iradanov de não reproduzir a
arma, Vento Gélido foi copiado por outros mekânicos. Entre-
tanto, apenas algumas cópias conseguiram capturar a elegância
do original. As poucas cópias que atravessaram as fronteiras de
Khador tem um valor alto e são itens de colecionadores.
Os canos destas armas são ornamentados com gravuras delicadas
em prata, retratando campos de batalha, paisagens congeladas
e animais selvagens. Não existem duas iguais, cada uma tendo
sido personalizada para atender ao gosto do nobre que a enco-
mendou. As coronhas de marfim espesso e enfeitado recebem o
acumulador arcanodinâmico que abastece a placa rúnica da arma.
Enquanto ativo, a arma sopra uma suave névoa de seu cano.
Pontos Rúnicos: 4.
Regras Especiais: personagens atingidos por essa arma são
empurrados d3” do personagem atacante. Em um acerto crítico,
alvos sem Imunidade: Frio ficam imóveis por uma rodada. Se
essa arma não tiver um acumulador funcional, sofre –1 em suas
jogadas de ataque, e perde seu efeito crítico.
A pólvora, balas e revestimento para cinco disparos custam 3 CO.
Fabricação: os materiais para a construção do cárter do Vento
Gélido custam 270 CO. São necessárias três semanas para cons-
truir o dispositivo. A perícia usada é Ofício (metalurgia).
As placas rúnicas requerem quatro semanas para inscrição e um
teste bem sucedido de INT + Engenharia Mekânica contra um
número alvo de 16.
Vento Gélido
35
 A CONVERGÊNCIA DE CYRISS
Por Matt Goetz, Doug Seacat e Jason Soles •
Arte de Mariusz Gandzel, Ross Grams, Nicholas Kay, Michael Rookard e Andrea Uderzo
Nas próximas páginas teremos tudo o que é necessário para
usar o estilo mekânico dos cyristas no seu jogo, desde a carreira
HISTÓRIA
A Convergência é o círculo interno do culto de Cyriss. Uma
sociedade secreta autossuficiente e regida por uma cultura
distinta, com crenças e objetivos que exigem um poderio militar
grande e tecnologicamente avançado. Seus membros se consi-
deram despertados para os mistérios fundamentais da deusa e
vivem por um conjunto de preceitos conhecidos como os Nove
Harmônicos, a base da Convergência. Tais preceitos simples,
porém abrangentes, são estudados e meditados por todos os
membros, mas são especialmente importantes para o sacerdócio.
O objetivo primordial da Convergência é trazer a manifestação
de Cyriss em Caen, um imperativo divino. Realizar tal tarefa
exige a obtenção de um grau de controle sobre a energia geo-
mântica do mundo por uma vasta rede interligada. Além de
serem lugares de culto, oficinas, instalações de pesquisa e cen-
tros de comunidades cyristas, cada templo contém um enorme
maquinário especializado que permite que sirva como um nodo
na rede de templos. Juntas, essa rede e a energia geomântica que
flui através dela são consideradas uma grande máquina, ainda
incompleta. Alcançar convergência harmônica é conhecida como
a Grande Obra, uma sequência complicada de construções que
está em andamento há quase vinte e cinco décadas.
A Convergência controla um pequeno território e suas fron-
teiras geográficas são limitadas. A fé se espalha por Immoren
Ocidental, concentrada nos Reinos de Ferro. A maioria de seus
membros passa a vida em templos escondidos. Alguns deles
ficam nas maiores cidades e vilas, enquanto outros são construí-
dos em áreas selvagens inóspitas. Praticamente todos esses tem-
plos são subterrâneos ou possuem grandes áreas subterrâneas,
tornando-os difíceis de serem encontrados e fáceis de defender.
Os lideres da Convergência constroem tais instalações em locais
de importância geomântica, o que os permite explorar a energia
mística que flui nos veios da terra. Essas energias formam uma
fonte de energia vital e essencial para as oficinas da seita, labo-
ratórios e grandes máquinas.
RECRUTAMENTO
& DOUTRINAÇÃO
A Convergência atrai seus membros principalmente a partir dos
cultos dedicados a Cyriss. Esses grupos tendem a surgir onde o
36
para cyristas, habilidades e equipamentos até as estatísticas dos
poderosos vetores, os gigantes-a-vapor da Convergência.
estudo e a construção de máquinas são realizados. Profissionais
em alquimia, pesquisa arcana, astronomia, engenharia, mate-
mática, mekânica, metalurgia ou outras ciências são atraídos
por Cyriss. Algumas dessas mentes podem ser aptas a receber
segredos mais profundos.
Agentes da Convergência sondam tais cultos em busca de
recrutas promissores. A Convergência às vezes chega ao ponto
de espalhar trabalhos acadêmicos com enigmas ocultos e pistas
que podem atrair pessoas interessadas para a direção do cír-
culo interno. Conjuradores de guerra latentes são geralmente
levados para a Convergência ainda jovens. Se tornar um inte-
grante da Convergência exige um compromisso permanente e,
geralmente, o abandono da vida anterior. A Convergência não
pode correr o risco de ter seus segredos revelados e por isso
isola os novos recrutas, enviando-os para instalações remotas
para doutrinação.
AFILIAÇÃO
O processo de se tornar um membro da Convergência revela as
aptidões e as competências do candidato, o que ajuda a deter-
minar o papel que ele terá na organização. Os novos membros
que possuem as qualidades necessárias podem procurar aderir
ao sacerdócio. Ser sacerdote requer uma inclinação espiritual e a
capacidade de controlar energias arcanas, para ajudar a projetar,
fabricar ou reparar equipamentos essenciais. Talento arcano
apenas não garante a entrada no sacerdócio.
A maioria dos membros despertos da Convergência é de téc-
nicos, a menos que tenha outros títulos ou funções específicas.
Todos devem contribuir para a manutenção de seus templos e a
fabricação de novas máquinas. Os altamente qualificados para
tais tarefas podem se tornar engenheiros, um patamar estimado
representando habilidade considerável. Vários engenheiros se-
niores estão envolvidos em tarefas mais cerebrais, mas igualmen-
te valorizadas, como matemática pura, astronomia, ou pesquisa.
Alguns membros despertos se tornam guardiões do templo.
Guardiões treinam com armas e armamento do templo e são
dedicados à proteção. Quando não estão em patrulha ou se exer-
citando, guardiões fazem outras tarefas, conforme necessário,
incluindo a manutenção do templo. Guardiões são diferentes
dos soldados do templo, uma posição ocupada por receptáculos
de engrenagens. A maioria dos guardiões se torna soldados de
engrenagens depois de se render a mortalidade.
TRANSFORMAÇÃO
EM ENGRENAGENS
Um dos maiores milagres da convergência é a capacidade de OS NOVE HARMÔNICOS
transferir a alma de um adorador em uma câmara de essência,
que pode alimentar um corpo mekânico conhecido como um O Primeiro Harmônico
receptáculo de engrenagens. Isto é visto como um processo A precisão é o teorema de abertura na prova da perfeição.
sagrado, e constitui a vida após a morte para os membros
O Segundo Harmônico
da Convergência. Todos despertos aspiram se tornar recep-
Matemática é a única linguagem verdadeira.
táculos de engrenagens, e quase todos podem eventualmente
atingir tal estado. O sacerdócio insiste que para a melhoria O Terceiro Harmônico
da alma é necessário viver tanto quanto for possível antes de O poder de compreensão transcende o inexplicável.
ser transformado.
A convergência tem os meios para preservar as almas dos mem- O Quarto Harmônico
bros que morrem de forma inesperada, para transferi-las ime- Mágica obedece a princípios científicos e não exige misticismo.
diatamente em câmaras de essência. Na maioria dos templos,
membros de engrenagens são mais numerosos que os vivos.
O Quinto Harmônico
Eles continuam contribuindo no trabalho dos templos e também A Deusa da perfeição se manifestará para habitar o receptáculo.
atuam como soldados da Convergência.
O Sexto Harmônico
Leva-se tempo para se acostumar com esse estado mekânico A perfeição mekânica requer a ausência da entropia.
e o treinamento militar acelera a familiaridade. Todos os
receptáculos de engrenagens tem capacidades de combate O Sétimo Harmônico
formidáveis, empunhando armas avançadas, além de serem As almas são elementos na equação divina.
imunes à dor e com a certeza de que a destruição permanente
de seus corpos é improvável. O Oitavo Harmônico
Sombras falsas de consciência zombam da equação divina

A HIERARQUIA O Nono Harmônico

DA CONVERGÊNCIA Para despertar a alma deve-se buscar a harmonia com a deusa.
O sacerdócio é a liderança da Convergência em todos os níveis,
tanto dentro templos como coordenando suas relações. As
três grandes fileiras de sacerdotes, em ordem decrescente, são:
fluxo, estatístico e optifícies. A maioria dos templos individuais
é conduzida por um único fluxo, enquanto complexos maiores
podem ser liderados por uma diretoria composta de vários
fluxos. Liderando a fé como um todo e coordenando os fluxos Armadura
está a mãe de ferro ou pai de ferro, uma posição única, que muda de Optifície
a cada nove anos. A atual mãe de ferro é Directrix.
Abaixo dos fluxos estão os estatísticos, líderes muito respeitados
que supervisionam projetos específicos ou trabalhos em curso.
Atingir tal patente requer considerável perspicácia mental, uma
liderança forte e uma ampla gama de habilidades técnicas. A
maioria do sacerdócio é composta por optifícies, o nível mais
baixo. Cada optifície cumpre uma ampla gama de funções,
trabalhando como mekânicos, matemáticos, engenheiros e
técnicos. Optifícies têm autoridade limitada, mas desempenham
a maior parte do trabalho técnico avançado da Convergência.
Muitos optifícies especializados nunca são promovidos, por isso
o posto nem sempre represente falta de experiência.
Além do(s) fluxo(s) no comando de um templo, o mais alto
título individual é o mestre da forja, responsável pela manu-
tenção e produção de suas máquinas, bem como do arsenal.
Mestres da forja raramente são sacerdotes, mas muitas vezes
são mekânicos arcanos qualificados, com experiência na tecno-
logia da Convergência.

37
 A CONVERGÊNCIA DE CYRISS

SACERDOTE DE CYRISS
PRÉ-REQUISITOS: HUMANO, DOTADO,
ADORADOR DE CYRISS

Habilidades: Decifrar Enigmas.

Pericias Militares: Armas de Mão 1.
Pericias Profissionais: Conhecimento (Cyriss) 1, Engenharia Mekânica 1.
HABILIDADES,
PERÍCIAS E CONEXÕES Conexões: Convergência de Cyriss.
INICIAIS Magias: Lâmina Guiada e Raio de Decomposição.
Especial: um personagem que escolher Sacerdote de Cyriss como carreira inicial
ganha o benefício Gênio, do arquétipo Intelectual.

BENS INICIAIS Armadura de optifície e kit de ajuste.

Decifrar Enigmas, Detonador, Idioma, Inscrever Formula, Melhoria de Receptáculo,

HABILIDADES
Remendão, Transcendência das Engrenagens.
Alquimia 3, Comandar 3, Criptografia 4, Engenharia Mekânica 4, Ofício (qualquer) 4,
PERÍCIAS
Perícias Gerais 4, Pesquisar 4.

MAGIAS Magias da lista do sacerdote de Cyriss.

CONEXÕES Convergência de Cyriss.

Enquanto os clérigos de nível superior são os líderes da Con-

vergência de Cyriss, a maioria do sacerdócio cumpre o papel de
matemáticos, engenheiros e mekânicos, fazendo trabalhos téc-
nicos qualificados e pesquisas teóricas como parte da adoração.
Sacerdotes da Convergência servem tanto como organismos
biológicos quanto como receptáculos de engrenagens. Para que
as suas mentes e almas se desenvolvam, os sacerdotes geralmen-
te são obrigados a manter os seus corpos vivos o maior tempo
possível antes de transcender a um receptáculo de engrenagem.
Após a morte, ou mediante aprovação da diretoria de fluxos, a
alma de um membro é transferida para uma câmara de essência,
que é então instalado em um receptáculo de engrenagem. Este
renascimento como uma máquina permite a um adepto conti-
nuar no caminho da perfeição. Os membros da Convergência
podem passar vários receptáculos diferentes nessa busca.
A contemplação dos Nove Harmônicos é fundamental para os
clérigos de Cyriss. Cada ação tomada por eles deve estar de
acordo com esses princípios, que asseguram que as obras da
Convergência atendam aos exigentes padrões da deusa.
Jogando com um Sacerdote de Cyriss: entre um clérigo tradicio-
nal e um engenheiro, esses devotos possuem várias habilidades
que lhes permitem exercer o culto da Deusa das Engrenagens.
A habilidade Decifrar Enigmas premia clérigos que resolvem
problemas complexos, enquanto que o benefício Gênio, do
arquétipo Intelectual, garante que sejam capazes de fazê-lo. Um
sacerdote de Cyriss pode exercer muitas tarefas com habilidades
de engenharia mekânica, alquimia e ofício.
Conforme o sacerdote adquire experiência, ganha acesso a
magias ofensivas e defensivas. A verdadeira capacidade de um
sacerdote de Cyriss, porém, só fica evidente quando passa pela
Transcendência de Engrenagem. Dentro de um receptáculo de
engrenagens, um sacerdote pode adaptar o seu corpo de várias
formas, para se tornar uma força dentro e fora da batalha.

38
CONJURADOR
PRÉ-REQUISITOS: HUMANO, DOTADO,
DE GUERRA CYRISTA ADORADOR DE CYRISS, CARREIRA INICIAL

Habilidades: Conjurador de Guerra da Convergência e Vínculo.

Pericias Militares: Arma Grande 1 e Arma de Mão 1.
Pericias Profissionais: Detectar 1, Engenharia Mekânica 1.
Conexões: Convergência de Cyriss.
HABILIDADES,
PERÍCIAS E CONEXÕES Magias: Golpe Arcano, Impulsionar, Temperar Metal.
INICIAIS Especial: deve escolher entre alquimista, arcanista, aristocrata, explorador, homem de
armas, investigador, mago pistoleiro, mekânico arcano, mekânico de campo, oficial mili-
tar ou sacerdote de Cyriss como sua outra carreira. Se tiver outra carreira arcana, mude a
tradição para focalizador. Só pode ampliar armas mekânicas com as quais possui vínculo.
Escolha um dos seguintes: armadura de conjurador de guerra (leve ou média), arma
de mão mekânica ou um vetor leve. Armas mekânicas têm o cárter do tipo da arma es-
BENS INICIAIS
colhida, placas rúnicas inscritas com a runa Vínculo, e são energizadas por capacitores
mecânicos. O conjurador de guerra começa o jogo vinculado a este item.

Comandante de Campo: Ataque Mágico, Comandante de Campo:

Harmonia Celestial*, Comandante de Campo: Proteção de
Escudo, Conjurador de Guerra da Convergência,
HABILIDADES
Detonador, Melhoria de Receptáculo*, Subjugar*,
Transcendência das Engrenagens*, Vínculo.
*Habilidades novas, descritas a seguir.
Arma de Mão 3, Arma Grande 3, Comandar 3,
PERÍCIAS Engenharia Mekânica 3, Ofício (qualquer 3),
Perícias Gerais 4, Pesquisar 3.
Magias da lista do conjurador
MAGIAS
de guerra cyrista.

Conjuradores de Guerra Cyristas são vitais para a

Convergência de Cyriss, uma vez que vetores exigem
o comando direto de um Conjurador de Guerra.
Muitos dos que manifestam o talento para tal car-
reira são atraídos para o culto da Deusa das Engre-
nagens, dando a seita um numero desproporcional
de Conjuradores de Guerra.
Conjuradores de Guerra Cyristas começam na seita
como soldados de carne e sangue, mas, eventual-
mente, transcendem para viver os seus dias como
receptáculos de engrenagens. Ser livre de um corpo
mortal concede-lhes uma maior clareza de pensa-
mento e ligação especial com o nodo de interface.
Jogando com um Conjurador de Guerra Cyrista:
um Conjurador de Guerra Cyrista experiente se
beneficia da seleção adicional da habilidade de
Vinculo, mas as vantagens da Transcendência da
Engrenagem não podem ser ignoradas. Um recep-
táculo de engrenagem traz consigo toda uma nova
gama de habilidades especiais que o Conjurador
de Guerra pode usar para se transformar em um
instrumento bem afinado de guerra.

39
 A CONVERGÊNCIA DE CYRISS
NOVAS HABILIDADES
A seguir estão seis novas habilidades, que podem ser escolhidas
por personagens das carreiras acima.
CONJURADOR DE GUERRA
DA CONVERGÊNCIA
Pré-requisito: nenhum.
Você pode se vincular a vetores. Além disso, apesar de poder
tecnicamente vincular-se a gigantes-a-vapor padrão, não o faz
por uma questão de fé, pois o Oitavo Harmônico mostra o claro
desdém de Cyriss por tentativas de criar falsa senciência.
DECIFRAR ENIGMAS
Pré-requisito: nenhum.
Você ganha um ponto façanha quando resolve um enigma,
charada, ou outro problema complexo. Exatamente o que se
qualifica como um enigma compete a Mestre.
COMANDANTE DE CAMPO:
HARMONIA CELESTIAL
Pré-requisito: ARC 6.
Você pode gastar um ponto de foco durante sua vez para usar
Comandante de Campo: Harmonia Celestial. Por uma rodada,
pode canalizar feitiços através dos vetores em seu grupo de
batalha enquanto estiverem em sua área de controle.
MELHORIA DE RECEPTÁCULO
Pré-requisito: Transcendência das Engrenagens.
O personagem ganha uma melhoria para seu receptáculo de en-
grenagens. Essa habilidade pode ser escolhida mais de uma vez.
SUBJUGAR
Pré-requisito: ARC 5.
Durante a sua fase de controle, depois de reabastecer seu foco,
mas antes de atribuir o foco, pode gastar foco para aumentar sua
área de controle por uma rodada em um ponto de foco para cada
1˝ aumentada.
TRANSCENDÊNCIA DAS ENGRENAGENS
Pré-requisito: INT ou PER 5.
A sua essência é colocada em um receptáculo de engrenagens
clerical.
NOVA CONEXÃO
Convergência de Cyriss: o personagem tem ligações com a
Convergência. Se não for um membro do culto, seus contatos
apenas lhe fornecem informações gerais, ainda que úteis.
Se o personagem for um membro do culto, tem acesso aos tem-
plos e ajuda em atividades de investigação, desenvolvimento e
aperfeiçoamento de trabalhos relacionados a temas de interesse
40
para a Convergência. Se provou seu valor para a organização,
o personagem pode consultar diretamente os clérigos para
conselhos sobre seus teoremas e projetos. Se seus objetivos
estão alinhados com os da convergência, como a aquisição de
um novo nodo de templo, pode receber ainda maior ajuda. Por
exemplo, com esses objetivos, o Conjurador de Guerra Cyrista
pode pedir a seus superiores acesso aos vetores de um templo,
embora tais pedidos nunca sejam concedidos sem uma análise
cuidadosa. A Convergência é um grupo secreto, e as medidas
tomadas pelo personagem que exponham ou coloquem em
perigo a organização podem resultar em uma punição severa,
incluindo a expulsão e o corte de todas as conexões.
RECEPTÁCULOS
DE ENGRENAGENS
Alguns dos membros da Convergência têm suas essências
transferidas para corpos mekânicos chamados receptáculos
de engrenagens.
A Transferência de Essência é a melhor vida após a morte que
muitos na Convergência podem esperar, eles veem sua transfe-
rência como algo que os leva a um passo mais próximo a Deusa.
Aqueles que passam por esse processo se tornam praticamente
imortais, não mais sujeitos às limitações da carne. Não precisam
comer, respirar ou dormir. No entanto, caso a câmara de essência
seja destruída, a alma que ela abriga desocupa imediatamente o
corpo da máquina.
O processo de ter uma alma transferida para uma câmara de
essência é permanente e resulta na morte do corpo físico. Porém,
a transferência da câmara de essência para um receptáculo de
engrenagens específico não é permanente. Um personagem
pode transferir sua essência para outros receptáculos. Membros
experientes da Convergência se transferem entre as diferentes
formas conforme a necessidade. Há uma grande variedade de
configurações e personalizações de receptáculos de engrenagens,
embora certos tipos de soldados de engrenagens compartilhem
uma forma comum.
Um receptáculo de engrenagens é alimentado por uma câmara
de essência contendo uma alma. Sem uma câmara de essência,
um receptáculo de engrenagens não pode funcionar e se torna
inerte. Uma câmara de essência pode subsistir indefinidamente
fora de um receptáculo de engrenagens, mas a alma contida
não tem aparato sensorial ou capacidade de se mover ou agir.
Certas instalações da Convergência têm aparelhos que podem
armazenar câmaras de essência e permitir que os indivíduos
nelas se comuniquem.
REGRAS
Há uma série de regras especiais para personagens receptáculos
de engrenagens.
Receptáculos de Engrenagens são construtos (veja Reinos de Ferro
RPG) que fornecem marcadores de alma quando são destruídos.
Além disso, apesar de ser um construto, um personagem que ha-
bita um receptáculo de engrenagens não passa automaticamente
em testes de Força de Vontade.
Se um personagem for apto para mais de um receptáculo de
engrenagens, deve escolher um entre os que pode habitar.
Todos os receptáculos de engrenagens são considerados como
tendo o beneficio Ambidestro e a habilidade Combater com
Duas Armas (veja Reinos de Ferro RPG).
ATRIBUTOS
Os atributos físicos são baseados no receptáculo de engrenagens
que a essência habita, ao invés de sua raça. Quando um persona-
gem transfere sua essência para um receptáculo de engrenagens,
seus FIS, VEL, FOR, AGI, DES e MAE base são alterados para os
de sua nova forma.
Tais atributos não podem ser aumentados com experiência
e o personagem perde quaisquer aumentos de atributo que
tiver adquirido antes de transferir sua essência. Quando um
personagem com um receptáculo de engrenagens ganha um
aumento de um atributo como resultado de experiência, só
pode aumentar sua INT, PER, ou ARC, ou ganhar uma nova
habilidade em seu lugar.
DEFESA
A defesa é modificada por seu corpo de engrenagens. Um recep-
táculo de engrenagens sofre -2 de penalidade para DEF.
ARMADURA
A ARM também é determinada pelo seu corpo de engrena-
gens. Receptáculos de engrenagens não podem usar armadu-
ra adicional.
DANO E DESTRUIÇÃO
Personagens que habitam um receptáculo de engrenagens não
têm pontos de vida, mas sim um número de caixas de dano de
acordo com seu corpo de engrenagens.
Consertar dano de um receptáculo de engrenagens exige metal,
sucata e um kit de ferramentas mekânicas. Cada hora que um
mekânico gastar consertando um receptáculo de engrenagens
danificado, pode consertar uma quantidade de dano igual ao
seu nível de habilidade Engenharia Mecânica. Se tiver acesso a
uma loja de máquinas completa e/ou um pronto fornecimento
de peças de reposição, pode remover um d3 adicional de pon-
tos de dano por hora. Um mekânico que for ajudado em seus
consertos por personagens adicionais com a habilidade de
Engenharia Mekânica pode remover um ponto de dano a mais
para cada personagem ajudando. O conserto de dano externos
de um receptáculo de engrenagens custa 10 CO por hora por
cada mekânico trabalhando.
TABELA DE DANOS INTERNOS
DOS RECEPTÁCULOS DE ENGRENAGENS
Quando receptáculo de engrenagens sofre 5 ou mais pontos de
dano, como resultado de uma única jogada de dano, um teste
deve ser feito na tabela de dano interno dos receptáculos de
engrenagens para determinar se algum dos sistemas internos
também foi danificado. Se o receptáculo sofrer o mesmo efeito
em um teste posterior antes de o efeito anterior ter sido conser-
tado, não sofre mais danos internos.
D6 RESULTADO
Nenhum sistema interno foi danificado —
1a2
nenhuma penalidade.
Dano no Braço — um dos braços está
danificado, pelos dos danos sofridos.
Escolha aleatoriamente qual braço
3
está danificado. Até que o dano seja
consertado, sofre –3 nas jogadas de ataque
feitas com o braço danificado.
Perda de Potência — o fluxo de energia
interna foi comprometido, resultando
4 em uma grave perda de energia para
o receptáculo de engrenagens. Até ser
consertado, o personagem sofre –3 FOR.
Movimento Prejudicado — os sistemas de
movimentação foram danificados.
5
Até ser consertado, sofre –1 VEL e DEF e não
pode correr ou fazer investida.
Câmara de Essência Danificada — a câmara
de essência foi danificada e o controle no
6
receptáculo foi reduzido. Até ser consertado,
sofre –1 INT e PER.
Consertar danos internos de um receptáculo de engrenagens
exige duas horas de trabalho com as ferramentas adequadas e
um teste bem sucedido de INT + Engenharia Mekânica contra
um número-alvo 14. Se o teste falhar, o personagem pode tentar
fazê-lo novamente depois de uma hora de trabalho. Um conserto
bem sucedido remove um efeito de dano interno.
Os consertos de sistemas internos de um receptáculo de engre-
nagens custam 75 CO por efeito removido.
DESTRUINDO UM
RECEPTÁCULO DE ENGRENAGENS
Um receptáculo de engrenagens é destruído quando perde sua
última caixa de dano. Porém, a câmara de essência e a alma
dentro dela podem ser recuperadas, a menos que a câmara
tenha sido danificada antes do receptáculo ser destruído. Se o
receptáculo estava com o efeito Câmara de Essência Danificada
no momento que foi destruído, a câmara de essência é violada
no momento da destruição. A menos que um personagem aliado
imediatamente recupere a alma, ela vai passar para Urcaen e o
personagem estará efetivamente morto.
A remoção de uma câmara de essência dos destroços de um
receptáculo de engrenagens exige um teste bem sucedido de
Engenharia Mekânica contra um número-alvo 15, depois de 20
minutos de trabalho. Se o teste falhar, pode ser repetido após dez
minutos de trabalho.
Se uma câmara de essência intacta é devolvida para um grande
templo cyristas, a alma contida nela será colocada em um novo
receptáculo de engrenagens de um tipo escolhido pelo perso-
nagem. O novo receptáculo do personagem também terá uma
série de atualizações iguais as quais pode ter (veja a habilidade
Melhoria de Receptáculo).
41
 A CONVERGÊNCIA DE CYRISS

RECEPTÁCULO DE AUMENTO DA AGI

ENGRENAGENS CLÉRIGO O receptáculo de engrenagens ganha +1 AGI. Esta melhoria

pode ser adquirida até três vezes.
Este modelo é reservado para as fileiras de sacerdotes da fé.
Embora não seja tão poderoso quanto alguns dos receptáculos AUMENTO DA ARM
de engrenagens soldados, é mais gracioso e elegante.
O receptáculo de engrenagens ganha +1 ARM. Esta melhoria
Tamanho Base: Média pode ser adquirida até três vezes.
Caixas de Danos: 18
AUMENTO DE DES
FIS 8
O receptáculo de engrenagens ganha +1 DES. Esta melhoria
FOR 6 pode ser adquirida até três vezes.
VEL 5
AUMENTO DA FOR
AGI 4
O receptáculo de engrenagens ganha +1 FOR. Esta melhoria
DES 3 pode ser adquirida até três vezes.
MAE 4
AUMENTO DE MAE
ARM 15
O receptáculo de engrenagens ganha +1 MAE. Esta melhoria
pode ser adquirida até três vezes.
MELHORIAS PARA
RECEPTÁCULOS AUMENTO DE VEL
DE ENGRENAGENS O receptáculo de engrenagens ganha +1 VEL.
Melhorias permitem modificar ou melhorar seu receptáculo
de engrenagens. Melhorias são adquiridas com a habilidade CAMPO ARCANO
Melhorias de Receptáculo. Um receptáculo só pode ter uma Apenas conjuradores de guerra cyristas podem adquirir esta
melhoria de cada tipo, a menos que seja especificado o contrário. melhoria. O receptáculo tem um campo de energia com potência

42
de campo de seis caixas de danos. Quando sofre dano, marque
suas caixas de campo de energia antes de marcar as caixas de
dano do receptáculo de engrenagens. O conjurador de guerra
pode gastar pontos de foco durante sua vez para regenerar as
caixas de campo de energia perdidas a uma taxa de 1 ponto de
foco para cada caixa de campo restaurada. Pontos de foco não
gastos pelo conjurador de guerra com esta melhoria aumentam
sua ARM em 1 para cada ponto de foco não gasto.
ESTABILIDADE MELHORADA
O receptáculo de engrenagens tem quatro ou mais pernas para
maior estabilidade. O tamanho da base do receptáculo de engre-
nagens é aumentada em um passo e o personagem não pode ser
derrubado.
ISOLAMENTO ELÉTRICO
O receptáculo de engrenagens é imune a danos elétricos.
MATRIZ ÓPTICA
O receptáculo de engrenagens tem uma matriz óptica complexa
que lhe permite ignorar Furtividade.
RAIO DE FENDA
Você possui uma arma de longo alcance incorporada. A arma é
ALC 8, ADE-, POD12 de ataque que causa danos elétricos. Ao
fazer um ataque a distância com o raio, o personagem faz a joga-
da de ataque usando sua DES. Esta melhoria pode ser adquirida
mais de uma vez, adicionando os seguintes bônus cada vez que
é escolhida: +3 ALC, ADE 3 ou POD +2. Um personagem pode
adquirir esses bônus apenas uma vez cada.
REFORÇADO
O receptáculo de engrenagens ganha +3 caixas de danos. Essa
melhoria pode ser adquirida até três vezes.
UNIDADE DE DESLOCAMENTO DE CAMPO
O receptáculo de engrenagens tem uma unidade de deslocamen-
to de campo integrada, permitindo que flutue acima do solo. Ele
ganha +4 ARM ao resolver dano de queda e ignora penalidades
de movimento de terrenos acidentados.
VISÃO CIRCULAR
O seu arco frontal se estende a 360˚.
EQUIPAMENTO
Os cyristas são conhecidos por suas refinadas habilidades de
fabricação e pela complexidade de suas armas e equipamentos.
Assim, tais equipamentos exóticos podem atingir um preço
elevado no mercado aberto.
ARMADURA DE OPTIFÍCIE
Custo: 885 CO (100 CO sem o elmo).
Modificador de DEF: –2.
Modificador de ARM: +7.
ACUMULADOR
AMBIENTAL
Custo: 175 CO.
Potência: 4.
Vida útil: inesgotável dentro de um templo de Cyriss, uma
semana fora de um templo.
Descrição: o acumulador ambiental é um capacitor especial
utilizado pela Convergência de Cyriss. Tais acumuladores são
carregados pelas energias ambientais emitidas pelos templos
de Cyriss. Dentro de um templo, essas fontes de energia são
praticamente inesgotáveis. Caso um acumulador ambiental per-
ca a carga, será totalmente recarregado depois de cinco horas
de exposição à energia ambiental de um templo de Cyriss.
Descrição: usada pelos sacerdotes da Convergência da Cyriss,
esta armadura combina uma roupa de couro grosso com blinda-
gens. Um capacete de aço pesado protege a cabeça, permitindo a
visão através de lentes de vidro polido. A armadura é coberta de
bolsos para peças e ferramentas. A armadura optifície é alimen-
tada por um acumulador ambiental (veja acima).
Pontos Rúnicos: 2.
Regras Especiais: o capacete é capaz de gerar luz equivalente à
luz de uma tocha. Essa luz é mantida geralmente fraca quando o
optifície não está trabalhando.
Fabricação: o custo do material do capacete é de 90 CO. Leva
três semanas para construir. A perícia para a construção é Ofício
(metalurgia).
A placa rúnica do capacete exige duas semanas para ser inscrita,
e exige um teste bem sucedido INT + Engenharia Mekânica
contra um número-alvo 14.
CAJADO DE AJUSTE
Custo: 1.485 CO.
Habilidade: Arma Grande.
Modificador de Ataque: –1 (com uma mão), 0 (com duas mãos).
POD: 4 (com uma mão), 5 (com duas mãos).
Descrição: Esse equipamento mekânico incorpora um conjunto
de ferramentas acionadas por um motor arcano alimentado por
um acumulador ambiental. Sua ponta está equipada com um
maçarico industrial capaz de lançar torrentes de fogo.
Pontos Rúnicos: 4.
Regras Especiais: o cajado de ajuste é uma arma de alcance.
Você pode usá-lo disparar rajadas de chamas, que são ataques
a distância com ALC RAJ 6, ADE-, POD 12 que causam dano
de fogo. Um alvo atingido por uma rajada sofre o efeito de fogo
43
 A CONVERGÊNCIA DE CYRISS

Cajado de Ajuste

Cajado Telescópico

Lança Carregada

contínuo. Ao fazer um ataque a distancia de rajada de chamas, Modificador de Ataque: –1.

você faz a jogada de ataque usando sua DES.
POD: 3.
Equipado com um cajado de ajuste carregado, você pode
Descrição: este dispositivo mekânico incorpora todas as
remendar gigantes-a-vapor aliados mesmo não possuindo a
ferramentas que um optifície precisa para fazer seu trabalho.
habilidade Remendão. Além disso, equipado com o cajado de
Seu motor arcano impulsiona uma variedade de serras, pinças,
ajuste você ganha +1 em seus testes de Engenharia Mekânica
brocas e cortadores. O kit de ajuste ainda tem um pequeno
para fabricação mekânica, consertar ou desmontar gigantes-a-
maçarico movido a acumulador para consertos pontuais. Esse
vapor.
maçarico não é forte o suficiente para ser utilizado como arma.
Fabricação: o custo do material do cárter do cajado de ajuste é Este dispositivo é alimentado por um acumulador ambiental.
210 CO. Leva três semanas para construir o dispositivo. A perícia
Pontos Rúnicos: 1.
para a construção é Ofícios (metalurgia).
Regras Especiais: enquanto equipado com um kit de ajuste
As placas rúnicas do cajado de ajuste exigem quatro semanas
carregado, você pode remendar gigantes-a-vapor aliados mes-
para serem inscritas, e exigem um teste bem sucedido INT +
mo não tendo a habilidade Remendão. Além disso, equipado
Engenharia Mekânica contra um número-alvo 16.
com o kit de ajuste, você ganha +1 em testes de Engenharia
Mekânica para fabricação mekânica, consertar ou desmontar
CAJADO TELESCÓPICO gigantes-a-vapor.
Custo: 25 CO. Fabricação: o custo do material da caixa do kit de ajuste é de 120
Habilidade: Arma de Mão, Arma Grande. CO. Leva duas semanas para se construir o dispositivo. A perícia
para a construção é Ofício (metalurgia).
Modificador de Ataque: 0.
A placas rúnicas do kit de ajuste exige uma semana para ser ins-
POD: 3 (com uma mão), 4 (com duas mãos).
crita, e um teste bem sucedido de  INT + Engenharia Mekânica
Descrição: uma maravilha da engenharia, essa arma é uma contra um número-alvo 13.
pequena haste de metal que pode ser estendida em um cajado
de batalha completo. Mesmo retraído, pode ser usado para fazer
ataques corpo a corpo. Essa arma é a favorita dos guardiões
vivos dos templos de Cyriss.
Regras Especiais: você pode estender ou recolher um cajado te-
lescópico como uma ação rápida. Ele usa a perícia Arma de Mão
se recolhido e a perícia Arma Grande se estendido. Estendido, o
cajado é uma arma de alcance e deve ser usado com duas mãos.
Você pode gastar 1 ponto de façanha para fazer um ataque de
derrubar ao invés de um ataque normal com seu cajado estendi-
do. Se tiver sucesso, o alvo é derrubado ao invés de sofrer o dano.

KIT DE AJUSTE
Custo: 735 CO.
Kit de Ajuste
Habilidade: Arma de Mão.

44

LANÇA CARREGADA
Custo: 785 CO.
Habilidade: Arma Grande.
Modificador de Ataque: –1.
POD: 4 (com uma mão), 5 (com duas mãos).
Descrição: essa lança curta com duas pontas de metal é uma
arma mekânica projetada para causar um choque a cada golpe.
Ela é alimentado por um acumulador ambiental.
Pontos Rúnicos: 2.
Regras Especiais: enquanto estiver carregada, um persona-
gem sem Imunidade: Eletricidade atingido pela arma é em-
purrado 1˝ diretamente para longe do ataque. Em um acerto
crítico, a menos que o alvo tenha Imunidade: Eletricidade,
também será derrubado.
Fabricação: o custo do material da caixa de sintonia da lança é 90
CO. Leva duas semanas para se construir o dispositivo. A perícia
para a construção é Ofício (metalurgia).
As placas rúnicas exigem uma semana para serem inscritas, e
um teste bem sucedido de INT + Engenharia Mekânica contra
um número-alvo 14.
MECANO-MANGUAL
Custo: 200 CO (quando disponível).
Habilidade: Arma de Mão.
Modificador de Ataque: –1.
POD: 5.
Mecano-mangual
Descrição: o mecano-mangual é uma arma de engrenagens pro-
jetada para girar suas cabeças em alta velocidade para aumentar
o dano. A arma deve ser rebobinada após o uso prolongado.
Tais armas são extremamente raras e produzidas apenas pelos
engenheiros dos templos de Cyriss.
Regras Especiais: ataques de mecano-mangual ignoram bônus
de ARM fornecidos por um escudo ou broquel.
Uma vez durante a sua ativação, você pode gastar 1 ponto de
façanha para fazer um ataque adicional contra um alvo que já
tiver atingido esse turno com esta arma.
Depois de fazer dez ataques com um mecano-mangual, você
deve gastar cinco minutos rebobinando antes que possa ser
usado novamente.
GRUPOS DE
AVENTUREIROS
CULTISTAS MARGINAIS
Os personagens são parte de um culto cyristas na periferia da
Convergência, como Equação da Donzela ou os Discípulos
dos Harmônicos. Atuando além do círculo interno da fé, seitas
marginais trabalham muito em seu próprio culto secreto a Deusa
das Engrenagens.
Requisitos: cada personagem deve ser um adorador de Cyriss.
Pelo menos um personagem deve ter o arquétipo Intelectual ou
ser um sacerdote de Cyriss. Se houver vários clérigos ou perso-
nagens com o arquétipo Intelectual, devem escolher um para ser
o líder da seita. Todos os outros são considerados seus apóstolos
e seguidores.
Benefícios: o líder da seita ganha a habilidade Líder de Equipe,
bem como +2 em todos os testes de habilidades sociais com
outros membros do grupo. Os outros ganham um nível em
uma das seguintes perícias: Ciência Forense, Conhecimento
(Cyriss), Criptografia, Engenharia Mekânica, Ofício (metalur-
gia) ou Pesquisa.
O CÍRCULO INTERNO
Os personagens são membros do círculo interno da Conver-
gência de Cyriss, com acesso a instalações astronômicas, de
engenharia e de pesquisa da mais alta qualidade. Além disso,
têm o privilégio de trabalhar e adorar ao lado de algumas das
maiores mentes de toda Immoren Ocidental.
Requisitos: cada membro deve ser um adorador de Cyriss e ter
o arquétipo Intelectual, a carreira de Sacerdote de Cyriss ou a
carreira Conjurador de Guerra Cyrista. O grupo deve ter um
ou mais Clérigos de Cyriss. Se houver vários clérigos, devem
escolher um para ser o líder.
Benefícios: os personagens tem oficinas e laboratórios parti-
culares dentro de um dos templos da Convergência de Cyriss
(equivalente a uma oficina mekânica). Podem entrar ou sair des-
se templo à vontade e serão reconhecidos por seus guardiões.
Além disso, cada personagem ganha a habilidade de Educação
Universitária cumprindo ou não seus requisitos.
45
 A CONVERGÊNCIA DE CYRISS
A MAGIA DE CYRISS
As listas de magias estão divididas por carreira e custo.
MAGIAS DO SACERDOTE DE CYRISS
Descarga Elétrica*, Espectro Total*,
CST 1
Lâmina Guiada, Proteção contra Eletricidade.
Bênçãos da Guerra, Escudo de Polaridade,
Olhos da Verdade, Raio Arcântriko,
CST 2
Raio de Decomposição*, Metal Temperado,
Visão Verdadeira, Visão.
À Prova de Falhas, Campo de Força,
CST 3 Desaceleração, Miragem, Purificação,
Rajada Elétrica, Retenção Magnética*.
Eletrodinâmica *, Onda de Choque,
CST 4
Realinhamento*.
MAGIAS DO CONJURADOR
DE GUERRA CYRISTA
CST 1 Golpe Arcano, Impulsionar, Locomoção.
Advertência*, Aríete, Carga Positiva,
Convecção, Exímio*, Fortificar,
CST 2 Grupo de Disparo, Metal Temperado,
Parede de Lâminas*, Raio Arkântrico,
Sinergia*, Transferência.
Agressão de Ferro, Caminho Verdadeiro,
Consciência, Dominação*, Enxame de
CST 3
Estilhaços*, Fenda, Repercussão*,
Retenção Magnética*, Vigia*.
Martelo de Força, Reconstrução*,
CST 4
Tranca Voltaica.
As magias marcadas com * são novas e apresentadas a seguir.
DESCRIÇÃO DAS MAGIAS
MAGIA CST ALC ADE POD MAN OFE
ADVERTÊNCIA 2 6 — — S N
Quando um inimigo avança e termina seu movimento a 6˝ do
alvo que esteja no grupo de batalha do mago, o alvo pode avan-
çar imediatamente até 3˝, então Advertência expira. Não pode
ser alvo de ataques gratuitos durante este movimento.
CARGA ELÉTRICA 1 CJR — — N N
O próximo ataque corpo a corpo do mago, causa 1 ponto adicio-
nal de dano elétrico. Gigantes-a-vapor danificados por esse ata-
que sofrem Interrupção (perde seus pontos de foco e não pode
sofrer alocação de foco ou de canalizar magias por um turno).
DOMINAÇÃO 3 8 — — N S
Assuma o controle do gigante-a-vapor inimigo que tenha um
córtex funcional.
Você pode fazer um avanço completo com o gigante-a-vapor e
então, fazer um ataque normal, então Dominação expira. Domi-
nação pode ser lançada apenas uma vez por turno.
Se o gigante-a-vapor alvo está ligado, o mago faz um teste dis-
putado de Força de Vontade contra seu controlador, se for bem
sucedido, a magia tem efeito, se perder o teste, a magia falha.
46
MAGIA
ELETRODINÂMICA
CST ALC ADE POD MAN OFE
4 CJR CTR — S N
Enquanto estiverem na área de controle do mago, aliados ga-
nham +2 em suas jogadas de dano elétrico e construtos causam
1d3 adicional de dano elétrico com ataques corpo-a-corpo.
ENXAME
DE ESTILHAÇOS 3 8 * 13 N S
Em um acerto direto contra um inimigo, centralize um AOE 4˝
no alvo. Depois de resolver a jogada de dano, personagens den-
tro da AOE são atingidos e sofrem 1 ponto adicional de dano.
ESPECTRO TOTAL 1 CJR — — S N
O mago trata qualquer condição de luz como brilhante.
EXÍMIO 2 6 — — S N
O personagem aliado no grupo de batalha do mago ganha joga-
das de dano de ataques a distancia ampliadas.
PAREDE DE LÂMINAS 2 CTR MURO — S N
Coloque um modelo de parede dentro na área de controle do
mago, não tocando na base de um personagem, uma obstrução
ou obstáculo. Quando um personagem entra ou termina a sua
ativação na área da parede, sofre d3 pontos de dano.
RAIO DE
DECOMPOSIÇÃO 2 8 — 12 N S
Um personagem atingido por Raio de Decomposição não pode
canalizar magias por um turno.
REALINHAMENTO 4 CJR CTR — N N
Adoradores de Cyriss na área de controle do mago podem
refazer jogadas de ataque e perícias que falharam. Cada jogada
pode ser refeita apenas uma vez. Esta magia dura uma rodada e
só pode ser lançada uma vez por encontro.
RECONSTRUÇÃO 4 CJR CTR — N N
Remova d6 pontos de dano de cada personagem construto que
esteja na área de controle do mago e em seu alcance de controle.
REPERCUSSÃO 3 8 — 12 S S
Quando o gigante-a-vapor alvo desta magia e que faz parte de
um grupo de batalha sofre dano, seu controlador sofre 1 ponto
de dano também.
RETENÇÃO
MAGNÉTICA 2 8 — — S S
O alvo sofre –2 VEL e DEF. Personagens construtos aliados
fazendo investida no alvo ganham +2” de movimento.
SINERGIA 2 CJR CTR — S N
Os personagens no grupo de batalha do conjurador e em sua
sua área de controle ganham +1 para jogadas de ataque e dano
corpo-a-corpo para cada outro personagem no grupo de batalha
que atingiu um inimigo com um ataque corpo-a-corpo no turno.
VIGIA 3 CJR — — S N
Quando um inimigo avança e termina seu movimento a 6˝ do
mago, escolha um gigante-a-vapor no grupo de batalha que
está na sua área de controle. Esse gigante-a-vapor pode fazer
imediatamente um avanço completo e um ataque corpo-a-corpo
normal ou à distância contra o inimigo. As jogadas de ataque e
dano são ampliadas. Após o ataque ser resolvido, Vigia expira.
VETORES
Aperfeiçoados ao longo de séculos, os vetores da Convergência
das Cyriss são maravilhas letais. Embora parecidos com os
gigantes-de-vapor dos Reinos de Ferro, vetores não têm a inte-
ligência relativa concedida por um córtex. O Oitavo Harmônico
proíbe a construção de máquinas com falsa consciência, o que
levou a seita a desenvolver um dispositivo engenhoso: o nodo
de interface. Este nodo, desenvolvido especialmente para cada
vetor, permite ao conjurador de guerra infundir sua habilidade
pessoal, experiência de batalha e táticas na máquina. Assim, um
vetor não é nada mais do que uma extensão em engrenagens da
vontade de um conjurador de guerra.
Sem a capacidade de processar informações por conta própria,
um vetor não pode funcionar sem a atenção direta de um con-
jurador. Sem esta atenção, um vetor se torna inerte, como um
relógio de bolso cuja corda acabou. Isso limita a capacidade da
seita de usar vetores em combates menores, fazendo com que
dependam mais de outros recursos para preencher tais funções.
Os vetores são armas móveis e versáteis, cada um equipado com
um gerador de campo de deslocamento que nega parcialmente
o seu peso. Vetores se movem através de um campo de batalha
em várias pernas e o campo de deslocamento lhes concede
estabilidade adicional.
Vetores não dependem de combustível como os gigantes-a-
vapor dos Reinos de Ferro. Em vez disso, obtêm energia a
partir de uma infraestrutura complexa criada pelos adoradores
da Donzela das Engrenagens. Com base na coleta de energia
geomântica, o templo da seita transmite um campo voltaico de
corrente alternada que pode se estender por quilômetros. Um
vetor dentro desse campo pode operar continuamente e fora do
alcance de um templo, seus capacitores se esgotam lentamente,
dando a o vetor um tempo de operação prolongada em relação a
um gigante tradicional. Embora grande e pesado, existem equi-
pamentos móveis capazes de gerar campos voltaicos menores
para ampliar o alcance da Convergência.
Embora a Convergência use essa energia voltaica para alimentar
o sistema de um vetor e suas principais armas, a seita tem abra-
çado as fontes de energia mais simples para outras aplicações.
Os sistemas complexos de armas empregados por muitos veto-
res, por exemplo, contam com a energia potencial armazenada
em simples bobinas. Os engenheiros da seita atingem muita
eficiência com esses mecanismos simples.
REGRAS
Embore vetores compartilhem muitas semelhanças com gi-
gantes-a-vapor, também existem muitas diferenças. As regras
especiais a seguir se aplicam a todos os vetores.
Exceto onde for indicado, vetores seguem todas as outras regras
para gigantes-a-vapor.
NODO DE INTERFACE
Vetores não têm um córtex e não queimam carvão. No lugar do
córtex, vetores têm um nodo de interface que permite que se
tornem uma extensão da vontade de um conjurador de guerra
cyrista. Por não terem um córtex, vetores não possuem inteli-
gência artificial e nunca possuem vestígios de personalidade. As
funções do nodo de interface são idênticas as de um córtex para
efeitos de atribuição e gasto de foco (veja Reinos de Ferro RPG).
As caixas marcadas com “I” na matriz de dano de um vetor
representam o seu nodo de interface.
Uma vez que um nodo não é um córtex, os vetores são imunes
a efeitos que fazem com que um gigante-a-vapor sofra dano di-
retamente ao seu córtex ou que exijam que um gigante-a-vapor
tenha um córtex funcional.
Vetores não têm a capacidade de processar informações por
conta própria e não podem funcionar sem a atenção direta de
um conjurador de guerra.
Além disso, os vetores nunca desenvolvem impressões ou me-
lhoram suas habilidades de combate.
ACO E ADI DOS VETORES
Vetores não têm os seus próprios valores de ACO ou ADI. Em
vez disso, o ACO de um vetor é igual ao valor de MAE de seu
conjurador de guerra, enquanto que o ADI de um vetor é igual
ao valor de DES de seu conjurador de guerra. Por exemplo, um
vetor sob o controle de um conjurador de guerra que tem MAE
6 e DES 4 teria ACO 6 e ADI 4. Vetores não se beneficiam direta-
mente de bônus de ACO/ADI ou sofrem penalidades de ACO/
ADI, mas quaisquer alterações no MAE/DES do controlador de
um ou mais vetores terá consequências.
Magias e habilidades que afetam as jogadas de ataque ainda
afetam vetores normalmente.
INDUÇÃO DE FOCO
Uma vez que durante o turno de seu controlador, quando um
vetor gasta um ponto de foco, o conjurador de guerra pode alo-
car um ponto de foco para outro vetor em seu grupo de batalha
que esteja dentro de 6˝ (12 metros) do vetor que gastou o ponto
de foco. Cada vetor pode usar a indução foco apenas uma vez
por turno, mas um vetor pode ter atribuído para si mais do que
um ponto de foco em um único turno, se estiver dentro 6” de
vários outros vetores.
FONTE DE ENERGIA
Vetores não dependem de combustível convencional. Em vez
disso, um vetor obtém energia a partir da energia ambiental que
rodeia os templos de Cyriss. Enquanto no solo de um templo,
um vetor pode funcionar indefinidamente. Longe de um tem-
plo, o vetor deve contar com a energia armazenada em seus
acumuladores. O acumulador de um vetor leva até 10 horas para
ser completamente recarregado.
VÍNCULOS E REATIVAÇÃO
Um vetor não pode agir independentemente ou ser manobrado
por um Controlador de Gigantes. Apenas um personagem com
a habilidade de Conjurador de Guerra da Convergência pode
ativar ou controlar um vetor. A ativação de um personagem
com um vetor não precisa de uma senha ou o conhecimento de
um idioma específico, vetores não tem um idioma nem travas
de córtex (ver Controlando Gigantes-a-Vapor, em Reinos de
Ferro RPG).
47
 A CONVERGÊNCIA DE CYRISS
Um personagem com a habilidade de Conjurador de Guerra da
Convergência pode se vincular a um vetor em 6˝ (12 metros),
sem tocá-lo fisicamente. O personagem também pode reativar
remotamente um vetor inerte ao qual esteja ligado se estiver em
6˝. Um personagem não pode ativar remotamente ou reativar
um vetor com um sistema de nodo de interface danificado.
SISTEMAS DE ARMAS E MELHORIAS
Vetores têm seus próprios sistemas de armas e melhorias. Um
vetor não pode ser armado com uma arma projetada para outro
tipo de gigante-a-vapor (e vice-versa).
CHASSIS DOS VETORES
As configurações do vetor são o resultado de muita teoria, testes
e ajustes. Cada vetor é equipado com um conjunto de sistemas
e armas que a seita determina ser útil e necessário. As tentativas
de remendar armas projetadas para um vetor diferente são
trabalhosas, e o resultado imperfeito é uma afronta à Cyriss.
Os seguintes atributos definem os diferentes chassis de vetores
no jogo.
Descrição: descrição do chassi.
Altura / Peso: especificações técnicas do chassi.
Pico de Duração Operacional: o tempo que o chassi pode conti-
nuar a operar fora do campo de energia ambiental de um templo.
Data Inicial de Serviço: a data em que o chassi entrou em fun-
cionamento.
Estatísticas: as estatísticas do chassi. ACO e ADI são determina-
das por MAE e DES do conjurador de guerra no controle.
Regras Especiais: regras especiais que se aplicam ao chassi.
Matriz de Dano: matriz de dano do chassi.
CHASSI E SISTEMA DE ARMAS
GALVANIZADOR
Descrição: o Galvanizador é o principal chassi de vetor leve
da Convergência. Suas variantes incluem o Difusor e o Miti-
gador, cada um com um sistema de armas único.
Altura/Peso: 2,20m / 1,9 ton.
Pico de Duração operacional: 5 horas de combate.
Data Inicial de Serviço: 339 AR.
TABELA DE DANO
FIS 7
FOR 5 1 2 3 4 5 6
VEL 7
AGI 4 dura uma rodada.
ACO MAE do CdG
ADE DES do CdG
B B B B
DEF 12
M M I I M M
ARM 16
Regras Especiais: Visão Circular — o arco frontal deste perso-
nagem é de 360 °.
48
VETOR GALVANIZADOR
O Galvanizador é a configuração de vetor mais antiga ainda em
uso, capaz de executar reparos críticos de vetores no calor da
batalha. O Galvanizador é equipado com as melhorias Serra de
Metal e Matriz de Reparo em Campo.
SERRA DE METAL
Tipo: corpo a corpo.
Localização: cabeça.
Modificador de Ataque: 0.
POD: 5.
Descrição: uma serra rotativa para cortar ferro e aço.
Regras Especiais: em um acerto crítico, o personagem atingido
perde Resistência, não pode curar ou ser curado e não pode trans-
ferir danos por uma rodada. Para determinar o ACO do vetor, use
MAE + habilidade Combate Desarmado do conjurador de guerra.
VETOR DIFUSOR
Produzido em quantidades ligeiramente menores do que o
onipresente Galvanizador, a Convergência tem várias fundições
dedicadas a produzir um número suficiente dessas maravilhas
de engrenagens. O vetor Difusor é equipado com um Lançador
de Estacas Teleguiadas.
LANÇADOR DE ESTACAS TELEGUIADAS
Tipo: ataque à distância.
Localização: cabeça.
Munição: 8.
Alcance Efetivo: 22 metros (11˝).
Alcance Extremo: –.
Modificador de Ataque: 0.
POD: 11.
ADE: –.
Descrição: o lançador de estacas é um disparador alimentado
por uma mola de alta tensão. Cada estaca tem pequenas bar-
batanas para ajustar sua trajetória. A estaca também funciona
como um sinalizador, enviando a localização para outros ve-
tores, receptáculos de engrenagens e clérigos para facilitar a
eliminação do alvo.
Regras Especiais: esta arma pode refazer uma jogada de
ataque que tenha falhado. Personagens aliados fazendo inves-
tida em um alvo atingido recebe + 2˝ de movimento. Vetores
aliados podem fazer investida ou fazer um Ataque Poderoso
Lançar contra um alvo atingido sem gastar foco. Este bônus
Recarregar a munição para o lançador de estacas teleguiadas
fora de combate leva duas horas sem o equipamento especiali-
zado, mas pode ser feito por qualquer personagem com a perícia
Engenharia Mekânica sem uma jogada de dados.
VETOR MITIGADOR
Projetado para arremessar sua sofisticada boleadeiras de lâminas
para desestabilizar ameaças ou retalhar formações de soldados
inimigos, Mitigadores são armas de apoio eficazes no arsenal de Regras Especiais: se a base deste personagem está em contato
um Conjurador de Guerra. com a base de um vetor aliado danificado, o conjurador de
guerra pode, uma vez por turno, fazer um teste de Engenharia
O Mitigador é equipado com um sistema de armas boleadeira
Mekânica (número-alvo 14) para consertar o vetor danificado.
de lâminas.
Se a jogada for bem sucedida, remova 1d3 pontos de dano da
BOLEADEIRA DE LÂMINAS matriz de dano do vetor danificado. Se falhar, nada acontece.
Tipo: ataque à distância. Instalar uma matriz de reparo em campo em um vetor requer
Localização: cabeça. ferramentas adequadas, seis horas de trabalho e um sucesso em
um teste de INT + Engenharia Mekânica contra um numero-al-
Munição: 6.
vo 14. Em caso de falha, o teste pode ser repetido após uma hora
Alcance Efetivo: 14 metros (7”). de trabalho.
Alcance Extremo: –. Ter uma matriz de reparo em campo integrada em um vetor
Modificador de Ataque: 0. custa 80 CO adicionais.

POD: –. Tal como acontece com gigantes-a-vapor, a maioria dos danos

sofridos por um vetor pode ser consertada por um mekânico
ADE: 3. com as ferramentas adequadas e o tempo necessário. Às vezes,
Descrição: impulsionada por uma câmara de arremessos so- porém, um vetor sofre ataques tão devastadores que peças de
fisticada, a boleadeira de laminas é um projetil afiado de alta substituição são necessárias para o funcionamento completo. Os
velocidade que envolve seus alvos em uma teia de aço brutal a membros da Convergência, que procuram criar máquinas quase
cada impacto. perfeitas, veem tais instrumentos imperfeitos com substituições
como indesejáveis.
Regras especiais: o personagem atingido
por esta arma sofre d3 de dano.
Em um golpe direto, todos os personagens Vetor Galvanizador
atingidos são derrubados.
Uma vez derrubado, o personagem deve
ou gastar uma ação rápida e ter sucesso em
um teste de Usar Cordas contra um número
-alvo 12 para se soltar, ou gastar uma ação
rápida e ter sucesso em um teste de FOR
contra um número-alvo 14. Se a tentativa
falhar, o personagem pode gastar ações
rápidas adicionais para repetir a tentativa,
mas não pode fazer nenhuma outra ação
até se soltar.
Recarregar a munição da boleadeira de
lâminas fora de combate leva duas horas
sem o equipamento especializado, mas
pode ser feito por qualquer personagem
com a perícia Engenharia Mekânica sem
uma jogada de dados.

EQUIPAMENTO E
MELHORIAS DA
CONVERGÊNCIA
MATRIZ DE
REPARO EM CAMPO
Custo: 350 CO
Descrição: permite que um vetor restaure
vetores danificados. A matriz é forte o sufi-
ciente para remover chapas de aço esmaga-
das de um vetor pesado, mas habilidosa o
suficiente para lidar com a delicada câmara
essência de um receptáculo ferido.

49
 A CONVERGÊNCIA DE CYRISS
TABELAS DE DANOS
CATASTRÓFICOS EM VETORES
A seguir estão duas tabelas de dano catastrófico exclusivas para
os vetores da Convergência de Cyriss.
Assim como acontece com gigantes-a-vapor, jogue uma vez para
cada sistema do vetor que foi danificado na tabela apropriada.
Tal jogada é feita mesmo se o sistema foi consertado durante a
batalha. Jogue uma vez para cada sistema, mesmo se foi danifi-
cado várias vezes durante a batalha. Lembre-se, a jogada é feita
após a batalha.
TABELA DE DANOS CATASTRÓFICOS,
NODO DE INTERFACE
Se um nodo de interface sofre o mesmo efeito em um teste de
dano catastrófico posterior (um resultado de 3 a 11) antes do
efeito anterior ser consertado, não sofre nenhum efeito catas-
trófico adicional. Veja as regras e os custos associados com o
conserto e a substituição de sistemas catastroficamente danifi-
cados (Reinos de Ferro RPG, página 306). Um nodo de interface
só pode ser substituído com o equipamento especializado dos
templos de Cyriss.
2D6 RESULTADO
Destruído — O nodo de interface foi
destruído pelos danos que o vetor sofreu em
combate. Embora o nodo de interface possa
2
ser remendado durante a batalha, quando
o combate acabar, estará além de qualquer
chance de conserto.
Dreno Parasitário — O nodo de interface está
em curto-circuito, provocando um dreno
parasitário no conjurador de guerra.
Até ser consertado, cada vez que o
conjurador de guerra gastar foco para fazer
3-4 o vetor correr, investir ou executar um
ataque poderoso, sofre d3 de dano. Este dano
é aplicado a espiral de vida ou caixas de
dano do conjurador de guerra (ignorando
a armadura de campo de energia do
conjurador de guerra se aplicável).
Ruído no Sinal — Receptores críticos no
nodo de interface foram desalinhados pelos
danos, causando a degradação intermitente
5-6 na capacidade de receber comandos de um
conjurador de guerra. Até ser consertado,
o vetor deve perder ou seu movimento
ou sua ação a cada turno.
Saída Reduzida — Sistemas críticos no nodo
de interface foram seriamente danificados.
7 10-11
Até ser consertado, o alcance máximo de
indução de foco é 3’’ (6 metros).
Desalinhamento — O nodo de interface
foi retirado do alinhamento adequado
e, ocasionalmente, desliza em seu
8-9 compartimento. Até consertado, durante
cada fase de manutenção, role um d6.
Em um resultado 1, o vetor não pode
ativar nesse turno.
Tempo de Resposta Lento — O nodo de
interface ainda responde aos comandos
10-11 do conjurador de guerra, mas processa
a informação muito mais lentamente.
Até ser consertado, o vetor sofre –1 DEF.
50
Uso e Desgaste - Embora não sofra
efeitos imediatos pelo dano catastrófico
que sofreu, o nodo de interface do vetor
está começando a mostrar sua idade.
Cada vez que este resultado é obtido,
12 o número-alvo para todas as futuras
jogadas para consertar o sistema de nodo
de interface aumenta em +2 cumulativos.
O Uso e Desgaste de um nodo de interface
não pode ser consertado, apenas tolerado
até que seja substituído.
TABELA DE DANOS CATASTRÓFICOS,
MOVIMENTO DO VETOR
Se um sistema de movimentação sofre o mesmo efeito em um
teste de dano catastrófico posterior (um resultado de 3 a 11)
antes do efeito anterior ser consertado, não sofre nenhum efeito
catastrófico adicional. Veja as regras e os custos associados com
o conserto e a substituição de sistemas catastroficamente danifi-
cados (Reinos de Ferro RPG, página 306).
2D6 RESULTADO
Destruído — O chassi do vetor tem aguentado
todo o dano, mas agora não pode mais
2 suportar o peso da máquina. Embora o vetor
possa ter sido remendado durante a batalha,
ele só serve como sucata.
Trilho de Engrenagens Desalinhado — Os
complexos mecanismos de engrenagens do
sistema de movimentação do vetor estão
3-4
desalinhados, causando pequenas falhas no
mecanismo. Até ser consertado, o vetor não
pode correr ou fazer investida e sofre –1 AGI.
Mola Principal Rachada — A mola principal
do sistema de movimentação do vetor está
5-6
seriamente danificada. Até ser consertado, o
vetor perde Firme.
Campo de Deslocamento Danificado — O
campo de deslocamento do vetor está
7 extremamente danificado e já não pode
compensar a massa do vetor. Até ser
consertado, o vetor sofre –1 VEL e DEF.
Engrenagens Gastas — As engrenagens do
sistema de movimentação do vetor estão
muito danificadas. Até ser consertado, cada
8-9 vez que o vetor correr, fazer uma investida
ou executa um ataque poderoso de batida ou
atropelamento, o vetor sofre 1 ponto de dano
ao seu sistema de movimentação.
Mola Fora de Lugar — Uma mola de
retorno no sistema de movimentação do
vetor está propensa a sair do lugar. Até ser
consertado, se o vetor correr, fizer uma
investida ou executa um ataque poderoso
de batida ou atropelamento, imediatamente
depois de resolver a ação, o vetor fica
parado por uma rodada.
Uso e Desgaste — Embora não sofra efeitos
imediatos pelo dano catastrófico que sofreu,
o sistema de movimentação do vetor está
começando a mostrar sua idade.
Cada vez que este resultado é obtido, o
12 número-alvo para todas as futuras jogadas
para consertar o sistema de movimentação
aumenta em +2 cumulativos. O Uso e
Desgaste de um sistema de movimentação
não pode ser consertado, apenas tolerado até
que seja substituído.
Vetor Mitigador

51
 CEIFADOR DA RUÍNA
Por Will Shick e Jason Soles
Arte de Luis Gama, Imaginary Friends Studio, Mateusz Ozminski e Matthew D. Wilson
DIÁRIO DO CAPELÃO ELIAIS VALENTINI,
CORMANO – NORTE DE ORD
Cinten 3, 605 DR
Outro conflito aconteceu entre os mercenários contratados pelo nosso
amado rei e os khadoranos que constantemente espreitam nossas
fronteiras como lobos famintos. Enquanto a batalha ocorria a alguns
quilômetros da cidade, o som da luta ecoava claro como o dia. Eu co-
nheço bem a guerra, já provi ajuda aos feridos e moribundos no campo
de batalha durante minha juventude, mas devo admitir que os gritos
ameaçadores e selvagens que soaram em nossa pequena vila me deixa-
ram preocupados. Não era o som de homens e sim de algo muito mais
obscuro e animalesco. Amanhã eu e meus dois acólitos iremos até o local
da batalha e providenciaremos auxílio aos feridos, e ritos póstumos para
os caídos. Esse é nosso dever no serviço abençoado ao sagrado Morrow.
Apesar de prestar socorro aos que precisam ser o objetivo principal
de nossa jornada, devo admitir outro motivo oculto. Nossa missão irá
mitigar a crescente tensão entre o povo da vila preocupado com a guerra
vindoura. O desconhecido alimenta o medo, por isso meu objetivo é
desmistificar o espectro da incerteza com informações de que a morte
e a destruição não devem visitar nossa humilde cidade. Combates
próximos são apenas uma infeliz consequência de dividir fronteira com
a Floresta dos Espinhos, que os khadoranos insistem em atacar.
Cinten 8, 605 DR
A pena em minha mão treme e eu me encontro praticamente impossi-
bilitado de escrever tamanha minha animação, mas devo colocar meus
pensamentos no papel.
Nós visitamos o local do conflito e nada poderia ter me preparado para
tal chacina. Ao invés da visão familiar das tropas se arrumando e dos
soldados cuidando dos feridos, meus seguidores e eu encontramos um
abatedouro. Corpos desmembrados espalhados como restos descartados
de um banquete de pesadelo. Fortalecidos com nossa fé nós, começamos
a procurar por sobreviventes e dar as bênçãos finais para as almas dos
mortos serem acolhidas por Morrow.
Seria melhor ter esquecido os horrores que vi e eles certamente irão me
atormentar pelo resto de meus dias. Gastamos muitas horas antes de
descobrir o motivo da chacina. Sob uma pilha de corpos estava um bru-
tamontes caído. Sua face era coberta por um capacete de aço e sua pele
exposta era coberta com tatuagens com símbolos estranhos. Eu ouvi
histórias sobre esses guerreiros antes, mas não os havia reconhecido
até encontrar sua arma, uma gigantesca espada de duas mãos, então,
confirmei minhas suspeitas.
52
Ao longo da lâmina da espada eu via centenas de rostos me fitando. Eu
li muitos textos discutindo sobre as minas de Khardov e como os orgoth
levaram milhares à morte nesses poços sombrios para obter o ferro para
suas terríveis armas. As mais infames dentre elas eram as lâminas da
chacina. Os khadoranos encontraram muitas dessas espadas assoladas
pela morte sob o solo de sua cidade amaldiçoada.
Os condenados a empunhar tais espadas são conhecidos como ceifa-
dores da ruína e em batalha são acometidos por uma sede de sangue e
uma loucura extrema. Tinha minhas suspeitas que tais histórias seriam
mitos, talvez a loucura fosse devido a se usar criminosos sem nenhuma
restrição moral como cobaias. Os orgoth eram conhecidos por usarem
guerreiros inumanos portando espadas sobrenaturais e também por
serem brutais e cruéis. Até mesmo a menor chance de essas histórias
serem verdadeiras deve ser considerada com cautela. Procurando com
mais calma, encontramos uma segunda espada em meio aos corpos.
Cinten 10, 605 DR
Desde nosso retorno, não tenho conseguido dormir. Em meio a minha
insônia, decidi que eu mesmo iria pesquisar as lâminas da chacina ao
invés de enviá-las à capital. Eu duvido que haja alguém em Merin
que saiba o que fazer com elas e certamente haverão atrasos na co-
municação com o Sancteum. Eu me sinto preparado para iniciar as
investigações preliminares.
Sem dormir, fui até a antessala da igreja onde havia guardado as armas
e as examinei mais de perto. Apesar de apresentarem as mesmas faces
ameaçadoras ao longo dos dois lados da lâmina, os formatos eram
diferentes. A primeira que encontrei é mais simples e prática, o punho
simplesmente enrolado com couro de ovelha e um pomo sem adornos.
A outra é certamente uma obra de arte. Seu punho exibia mais rostos,
como se marcados no próprio couro e o pomo era um crânio gritando. A
lâmina da espada parecia estar marcada com o mesmo estranho padrão
de tatuagens que vimos no ceifador da ruína caído. Não há dúvidas que
essas armas foram feitas por diferentes mãos, a segunda mais refinada
e assustadora.
Enquanto examinava a segunda espada, não pude deixar de tocar o
cabo barroco. Um tremor terrível imediatamente me assolou e puxei
meu braço rápido, como se fosse atacado por uma serpente. Enquanto
tentava controlar meu coração disparado, senti uma determinação forte
tomar conta de mim.
Decidi que assim que tiver concluído minha pesquisa, devo entregar
tanto as espadas como meus relatórios para a Ordem de Iluminação.

Cinten 13, 605 DR
Meu trabalho com as espadas da chacina tem consumido todo meu
tempo. Sei que tenho negligenciado meus deveres de guia espiritual de
nossa população, porém as necessidades de meus amados companheiros
não podem ser comparadas à importância do que estou fazendo agora.
Que Morrow dê força para que eles resistam a minha ausência.
Não resta dúvida em minha mente de que essas armas são produtos
de magia negra, e seus adornos macabros não são apenas decorações.
Desde meu contato com a espada mais bem trabalhada as faces na
lâmina se tornaram vivas. Seus olhares atormentados às vezes se viram
e suas bocas se movem como se para falar quando eu estou próximo.
Posso escutá-las murmurando um zumbido em minha cabeça, mas as
palavras são incompreensíveis. Não tenho certeza se algum barulho
existe ou se é só a minha imaginação. Provavelmente é algum efeito da
magia orgoth presente na arma, destinada a desorientar e aterrorizar os
inimigos. Como o contato físico parece ter ativado a magia dentro da
espada, devo explorar que outros poderes adormecidos existem através
de um maior contato físico.
Lorio me pede para entrar em contato com a igreja e entregar as espadas.
Ele teme a influência corruptora, mas ainda preciso retirar amostras do
material. Mais pesquisa é necessária. Tenho que determinar que tipo
de poderes das trevas atribuídos às espadas da chacina são fatos e quais
são boatos criados para dar aos ceifadores da ruína uma reputação mais
sombria na mente dos inimigos de Khador. Devo me proteger.
Cinten 16, 605 DR
Meu trabalho continua ininterrupto, apesar das constantes reclamações
tanto de Lorio quanto da população da vila. Já fez algum tempo desde
que eu estive em serviço, e Lorio continua me importunando para que eu
entregue as espadas da chacina para a igreja. Não sei como eu aguentei
sua personalidade irritante por tanto tempo. Lorio é totalmente indigno
de ocupar qualquer lugar dentro da igreja de Morrow. Falta-lhe a força
de vontade necessária em um verdadeiro líder espiritual.
Buscando entender as estranhas e inquietantes propriedades das espa-
das da chacina, me permiti um contato físico maior. Descobri que se eu
me concentrar no zumbido enquanto seguro a espada, posso reconhecer
o som de vozes distintas. Algumas falam em línguas tão antigas e estra-
nhas que seus sussurros me causam arrepios. Outras falam em línguas
que conheço, mais especificamente khárdico antigo. Quanto mais eu es-
cutava as vozes, mais fácil era discernir uma da outra. Depois de várias
horas, era capaz de reconhecer o que seria uma centena de diferentes
vozes. Na hora que eu larguei a espada, mentalmente exausto do esforço
supremo, uma única frase continuou ecoando fundo em minha mente.
Liberte-nos
Essa noite fui atormentado por sonhos terríveis. Visões de batalhas
antigas queimavam através de minha mente. Algumas vezes eu olhava,
como se de cima, a chacina acontecendo, outras vezes eu via a batalha
como um participante. Na última eu segurava a antiga espada em
minhas mãos enquanto entrava na batalha cheio de alegria.
Quando acordei meus lençóis estavam emplastados em meu corpo
coberto de suor, meu coração martelava no peito enquanto o sangue
queimava minhas orelhas. Quando finalmente me acalmei eu escutei o
claro som de vozes clamando através do silêncio em meu quarto.
Liberte-nos
O falatório da espada da chacina dentro de minha cabeça agora não
para, independente de minha proximidade. Os poderes das trevas que
animam a arma devem temer quão perto estou de entendê-los. Eles
procuram me amedrontar e desvirtuar-me de minha pesquisa, mas eu
não irei ceder. Morrow irá me proteger.
53
 CEIFADOR DA RUÍNA
Cinten 22, 605 DR
Uma investigação mais profunda das espadas da chacina culminou
em uma descoberta mais aterrorizante. Testes alquímicos nas lâminas
mostraram que ambas são feitas de uma liga de aço comum, porém é
claro que existe muito mais nessas espadas. Baseada em minha intera-
ção pessoal, acredito que essas armas foram forjadas em um processo
necromântico que usa almas mortais.
Graças ao meu interesse em ocultismo, minha livraria pessoal contém
diversos livros sobre práticas necromânticas detalhadas pela Ordem
de Iluminação. Apesar de existir pouca informação sobre como os
orgoth praticavam sua mágica, existe conhecimento suficiente sobre as
práticas modernas para formular uma teoria. Eu estimo que as lâminas
da chacina possuem alguma similaridade com as blasfemas gaiolas de
almas utilizada pelos necromantes cryxianos.
Eu acredito que durante a criação de uma lâmina da chacina, centenas
de escravos eram sacrificadas em um ritual para transferir as almas das
vítimas para o aço fundido de uma nova espada. A liga de aço tem certos
vestígios de impurezas, eu pensava que isso era acidental, mas agora
eu acredito que elas facilitavam o processo assim como canalizavam o
poder dessas almas. Se a espada com a qual eu estive em contato servir
de exemplo, minha mente receia em saber quantos milhares de almas
foram forçadas nesse tormento eterno, escravizadas dentro de forjas
cruéis dos orgoth.
Talvez a minha descoberta mais chocante seja que a lâmina da chacina
menos adornada que eu possuo talvez não tenha vindo de forjas orgoth!
Tenho suspeitas de que tal espada é de uma origem muito mais recente
e agora acredito que tenha menos de 20 anos. Enquanto essa revelação
teria me aterrorizado até a alma no passado, agora entendo porque
Khador pode replicar o trabalho dos orgoth. O poder contido dentro das
lâminas da chacina é sem dúvida imenso. Agora, que a imperatriz e a
igreja no norte fingiriam não ver tais atos…
Quem está sendo sacrificado para criar essas novas espadas? Os Lordes
Cinzentos se rebaixaram à níveis que nenhum de nós havia imaginado.
Me sinto estranhamente relutante em tocar a espada mais nova, mas a
mais velha continua a me fascinar. Talvez o motivo seja que as almas
utilizadas para empoderá-la viveram há muito tempo e os horrores
que elas passaram seja menos recente. Qualquer que seja a razão, até
mesmo a idéia de tocar o cabo da mais nova me enche de pavor.
Cinten 26, 605 DR
Hoje fechei a igreja para forasteiros. Fiquei irritado com as constantes
interrupções por parte do povo da vila e suas insignificantes baboseiras
inúteis. Eles se preocupam e reclamam. São patéticos. Agora vejo o mo-
tivo de fortes como eu serem necessários para estabilizá-los. Eles estão
perdidos sem mim. Eu os desprezo. Como eu pude algum dia sentir
alguma coisa além de desprezo por esses idiotas?
Tive uma revelação noite passada enquanto continuava minha análise
das lâminas da chacina. Os fracos merecem seu destino. Eles que devem
servir. Eu entendo agora o motivo da imperatriz fingir não ver a produ-
ção khadorana dessas novas espadas. Os fracos devem servir os fortes.
Cinten 27, 605 DR
Lorio e um grupo do povo da vila, incluindo a patrulha invadiram
minha antecâmara hoje enquanto trabalhava. Eles estavam com rostos
bravos, mas eu podia sentir o cheiro do medo deles, como o cheiro de
animais no estábulo do açougueiro.
54
Lorio ordenou que eu entregasse as lâminas da chacina. Ele dizia que
temia por minha alma, mas eu podia ver que ele somente queria me
tornar fraco como ele.
Quando eu recusei, o capitão sacou sua pistola.
O que aconteceu depois disso... foi glorioso.
As vozes gritaram tão alto que eu achei que minha cabeça fosse explo-
dir. Eu era tão rápido. Mais rápido do que qualquer homem normal. A
lâmina da chacina antiga estava em minhas mãos antes que eu pudesse
pensar. Minha visão estava vermelha.
Como eles se atreveram! COMO ELES SE ATREVERAM?
Ovelhas não se rebelam contra seu pastor.
Como cordeiros, eu os abati.
As vozes riam. Elas regozijavam. Eu sentia seu júbilo. Eu senti o seu
poder dentro de mim enquanto o sangue espirrava no meu rosto.
Elas estavam livres.
Eu as havia libertado.
(Sem data, mas claramente
uma nova entrada no diário)
Liberdade. Liberdade da dor. Liberdade do constrangimento. Liberdade
da moralidade.
Liberdade para se deleitar com a chacina.
Essas são as benções que nós concedemos.
Os fracos devem perecer.
A vila é fraca.
Nós devemos afogá-los em sangue.
(Nota de rodapé da Ordem de Iluminação)
Quando cheguei na vila, quatro dias depois de receber a carta do acólito
Lorio, alertando que o pai Valentini estava escondendo as lâminas da
chacina, a vila de Cormano era uma ruína carbonizada. Somente a
igreja permanecia de pé.
Meu maior arrependimento será ter escolhido entrar naquele santuário.
Os corpos de pelo menos cinquenta habitantes da vila estavam espa-
lhados em uma obra de arte macabra, a maioria desmembrada. Ainda
posso ver a imagem clara em minha mente, apesar de meus esforços
para esquecê-la. Ninguém foi poupado no que eu só posso descrever
como uma orgia de assassinatos do pai Valentini.
Não havia sinal de Valentini e das lâminas da chacina. Somente seu
diário restou, abandonado dentro de seu quarto, aberto na última
página.
Eu fiz uma promessa a mim mesmo que irei perseguir esse louco e levá
-lo à justiça pelos crimes hediondos que cometeu. Vou apagar a marca
da blasfêmia que sua existência representa para nossa sagrada igreja.
É minha esperança que alguma redenção talvez possa ser encontrada
em suas terríveis descobertas e que nossa ordem enviará essas alegações
aos Pacto dos Lordes Cinzentos. Que nós tenhamos ficados parados por
tanto tempo enquanto eles usavam essas armas é uma coisa. Permane-
cer inativos enquanto eles fabricam novas lâminas da chacina é outra.
Sua dedicada serva,
— Rosa Pelario, Iluminada.
CEIFADOR DA RUÍNA
PRÉ-REQUISITOS: HUMANO (KHADORANO),
PODEROSO, CARREIRA INICIAL

Habilidades: Abominação, Destemido, Furioso, Sede de Sangue.

Perícias Militares: Arma Grande 1.
HABILIDADES,
PERÍCIAS E CONEXÕES Perícias Profissionais: Detectar 1 e Intimidar 1.
INICIAIS Especial: um personagem iniciante com a carreira ceifador da ruína deve escolher entre
assassino, ladrão, pirata, patrulheiro ou soldado como sua segunda carreira.

BENS INICIAIS Lâmina da chacina.

Abominação, Ataque Preciso, Destemido, Furioso, Idioma (orgoth), Investida Implacável,

HABILIDADES
Sede de Sangue, Silêncio, Urro Aterrorizante, Vontade de Ferro.

PERÍCIAS MILITARES Arma Grande 4, Combate Desarmado 3.

PERÍCIAS PROFISSIONAIS Perícias Gerais 4, Rastrear 3, Sobrevivência 3.

Khador desenvolveu uma punição pérfida aos que ficam contra

o império, infligindo dor na maioria dos desertores covardes,
assassinos e criminosos de guerra. Ao invés de ser condenado
à morte ou confinamento eterno numa prisão, esses malfeitores
são transformados nos malditos ceifadores da ruína. Guiados
insanamente pelo chamado insaciável de matança que emana
de suas lâminas profanas, esses lunáticos são usados para os
objetivos da Terra-Mãe. Não existe redenção, apenas uma farta
colheita de sangue e vísceras.
Embora aqueles que usam as lâminas da chacina tenham suas
almas e mentes irremediavelmente distorcidas, nem todos são
completamente insanos. Poucos ceifadores da ruína possuem
força de vontade suficiente para resistir aos sussurros secretos
de suas lâminas, sussurros que os incentivam a afundar na
loucura e depravação. Esses poucos são capazes de manter
alguma frágil essência de sua humanidade, ou, na falta disso,
uma mísera esperança de controle.
Jogando com um Ceifador da Ruína: restrito apenas para o
arquétipo Poderoso, o Ceifador da Ruína é mais eficaz quando
combinado com outra carreira focada em combate corporal,
como o assassino. Pode ser mais completo escolhendo uma
segunda carreira como patrulheiro, proporcionando uma ótima
gama de perícias. Habilidades como Abominável e Furioso
fazem deste personagem uma máquina extremamente mortal
de combate, até mesmo para seus próprios aliados.
A habilidade Investida Implacável é possivelmente a primeira
habilidade a ser adquirida, permitindo-o fazer ataques em
investida sem se preocupar com as penalidades de terreno e
se engajar em combate o mais rápido possível. Ceifadores da
ruína podem aperfeiçoar sua capacidade de causar estrago
psicológico entre os inimigos aprendendo a habilidade Urro
Aterrorizante. No nível veterano o ceifador da ruína pode ad-
quirir a habilidade Silêncio, aumentando assim sua capacidade
de auto-controle.

55
 CEIFADOR DA RUÍNA

NOVAS HABILIDADES
ABOMINAÇÃO
Pré-requisito: nenhum.
Você é uma entidade terrível e ganha Terror [NA igual ao valor
de VON do personagem +4] em batalha, que afeta tanto per-
sonagens aliados como inimigos. Pode jogar novamente falhas
em testes de Intimidar. Cada falha pode ser jogada novamente
apenas uma vez.

DESTEMIDO
Pré-requisito: nenhum.
Você é destemido e é automaticamente bem sucedido em testes
de Força de Vontade para resistir ao Terror.

FURIOSO
Pré-requisito: nenhum.
Quando você incapacita ou destrói um ou mais inimigos com
um ataque corpo-a-corpo durante seu turno, imediatamente
após o ataque ser resolvido, deve fazer um ataque corpo-a-
corpo adicional contra outro alvo em seu alcance corpo-a-corpo.

SEDE DE SANGUE
Pré-requisito: nenhum.
Você é um ceifador da ruína excepcional. Embora os
sussurros de sua lâmina da chacina ainda entrem na
sua mente perturbada, você mantém a razão e não se
entrega à loucura. Você não tem sua Força de Vontade
reduzida por empunhar uma Lâmina da Chacina e
nunca se torna um escravo da arma.

SILÊNCIO
Pré-requisito: Arma Grande 3, Furioso.
Quando você é forçado a fazer um ataque como resultado de
Furioso, pode fazer um teste de Força de Vontade contra NA 15
para resistir à influência da sua Lâmina da Chacina. Se o teste
for bem-sucedido, não precisa fazer o ataque. Se o teste falhar,
deve fazer o ataque normalmente.

URRO ATERRORIZANTE
Pré-requisito: Abominação.
Uma vez por turno, você pode gastar uma ação rápida para
fazer um urro aterrorizante. Neste turno ganha Terror [NA igual
ao valor de VON do personagem +6].

56
NOVO
EQUIPAMENTO DISPOSITIVO TRÁGICO
Lâminas da chacina são artefatos incrivelmente poderosos e
LÂMINA DA CHACINA
amaldiçoados. Seus usuários estão determinados a viver uma
Custo: estas lâminas não estão disponíveis por nenhum preço vida curta e muito violenta. Se você não está jogando como um
e são muito bem guardadas pela ordem dos Lordes Cinzentos Ceifador da Ruína e não deseja que seu personagem faça uma
e seus agentes. guinada drástica para a tragédia, pelo amor de Morrow, não
Perícia: Arma Grande. pegue uma espada coberta de rostos maliciosos e vacilantes.
Modificador de ataque: –2 (uma mão), 0 (duas mãos).
POD: 6.
Descrição: esta assustadora arma arcana é uma das relíquias
deixadas pelos orgoth. Sussurrando sons inarticulados e
mortíferos, as lâminas da chacina literalmente falam com seus
usuários. Praticamente todos que manejam uma lâmina da
chacina enlouquecem, mas recebem reservas incansáveis e
aterrorizantes de força e resistência. Com o tempo, estas armas
desgastam a sanidade de seus usuários, levando-os a surtos de
fúria assassina enquanto arrancam seus últimos resquícios de
sua humanidade. Embora os Lordes Cinzentos afirmem possuir
o conhecimento da criação destas armas, ele está entre os maio-
res segredos da ordem.
Regras especiais: um personagem precisa ter no mínimo FOR 5
para usar essa arma.
Esta arma possui Alcance e é uma arma mágica.
Enquanto carregar uma lâmina da chacina, o personagem não
pode conjurar magias, não pode ser alvo de magias e nunca
sofre efeitos de Terror.
Um personagem vivo que possua uma lâmina da chacina preci-
sa fazer uma jogada de Força de Vontade contra o número alvo
16 uma vez por mês. Se tiver sucesso, nada acontece. Se falhar,
sua Força de Vontade é reduzida em 1. O personagem deve fazer
uma jogada adicional imediatamente após qualquer encontro no
qual tenha destruído um ou mais personagens.
Além disso, se a qualquer momento um personagem vivo em
posse de uma lâmina da chacina tentar poupar a vida de um
inimigo, deve fazer uma jogada de Força de Vontade contra o
número alvo 16. Se falhar, deve tentar matar o inimigo.
Se a Força de Vontade do personagem for reduzida a 0 como
resultado da posse da lâmina da chacina, ele se torna escravo
da arma e um PdM sobre o controle do mestre. O personagem
se torna um monstro vivo que existe apenas para caçar e matar.
O personagem perde todos os benefícios de arquétipo exceto
Poderoso, rapidamente larga todas suas armas e equipamentos
exceto sua lâmina da chacina, e ganha as habilidades Abomina-
ção e Furioso (caso ainda não as tivesse).
Se um personagem que ainda não se tornou escravo de sua
lâmina da chacina é separado da arma, ele recupera 1 ponto
de Força de Vontade por cada 24 horas completas que estiver Lâmina da Chacina
separado da arma.

57
 WEXMERE
Por Simon Berman • Arte de Ross Grams e Brian Snoddy • Mapas de Ed Bourelle
A cidade mineira de Wexmere, no sul do ducado cygnarano
Terra-do-Meio, até pouco tempo atrás não era de grande
importância. As operações madeireiras e a extração de cobre
DEMOGRAFIA
DE WEXMERE
População: 1.300 povo-do-meio, 900 caspianos, 250 thurianos, 100
morridanos, 100 gobbers, 47 trolloides, 23 rhuleses e 11 ogruns.
Clima: temperado, com invernos mais frios que o normal devido
à proximidade com as Montanhas da Muralha da Serpente.
Terreno: Wexmere fica em um vale ao longo de um afluente raso
do Rio Negro. É cercada pelas colinas irregulares das Montanhas
da Muralha da Serpente, uma área coberta por densa vegetação.
Recursos Naturais: cobre, ouro, madeira, estanho.
Lorde: barão Allain Garret Horne.
58
empregaram grande parte da população por gerações, mas a
descoberta de ouro nas colinas vizinhas levou a cidade numa
espiral de expansão, ganância e, às vezes, violência.
HISTÓRIA
Wexmere fica a dois dias de cavalgada ao sul-sudeste de Vinha
Real, no fim de um vale coberto por florestas no sopé das Mon-
tanhas da Muralha da Serpente. A cidade repousa na sombra do
enorme penhasco de Monte Vygoff e se estende ao lado do raso e
pedregoso Rio do Salmão que flui do alto das montanhas e passa
por Wexmere ao sul, onde deságua no Rio Negro.
A cidade foi fundada em 1280 AR como um acampamento
madeireiro ligado à Estrada do Rei por uma trilha. Ao longo dos
séculos, a população de Wexmere foi crescendo até ser dizimada
durante a Ocupação Orgoth. Nas décadas seguintes a Rebelião,
Wexmere foi apenas mais uma das cidades do Baronato de
Wensfield, dentro do então Ducado da Terra-do-Meio. Com o
tempo a exploração madeireira voltou, rapidamente obscure-
cida pelos novos esforços mineiros quando foram descobertos
grandes depósitos de minério de cobre e estanho por agrimen-
sores a serviço da Coroa em 233 AR. No mesmo ano, a cidade
foi nomeada sede e única cidade do recém-fundado Baronato de
Wexmere, e reconhecida como tal desde então.
Nos séculos que se seguiram, a exploração madeireira e a
mineração continuaram em Wexmere, tornando-a um baronato
relativamente lucrativo para a família governante e os donos de
terras. No entanto, ficou esquecido pela grande política cygnara-
na. Quando o Rei Leto dividiu Terra-do-Meio em vários ducados
menores, Wexmere ficou nos confins do Ducado de Terra-do-
Meio Sul, sob o comando do Arquiduque Fergus Laddermore,
Senhor de Forte Durn.
As operações com cobre e madeira foram lucrativas o suficiente
para a construção de um trecho da estrada de ferro, conectando
a cidade a grande Linha do Mercado. No entanto, lutou-se muito
para se tornar algo mais que um campo de trabalho. Wexmere
teria ficado no escuro se não fosse a descoberta de ouro nas
colinas vizinhas durante a primavera de 606 AR.
O ouro foi descoberto depois de enchentes causadas por uma
forte tempestade. O barão Allain Garret Horne vendeu contratos
para mineradores profissionais para a exploração dos maiores
depósitos, abrindo a venda dos direitos de extração dos depó-
sitos menores para extratores independentes. O baronato fica
com a maior parte — sessenta por cento de todo o ouro extraído,
dos quais vinte por cento vão para o arquiduque —, mas mesmo
tirando a parte da Coroa, um contrato de extração é suficiente
para enriquecer. Nos dois anos desde a descoberta do ouro, a
população de Wexmere quase dobrou. Milhares de homens e
mulheres seguiram a promessa da fortuna e decidiram testar a
sorte no baronato. Poucos desses esperançosos extratores ficam
ricos, mas para cada um que vai embora sem sucesso, dois ou-
tros chegam. O dinheiro desses investidores flui nos bolsos dos
empresários que abriram lojas em Wexmere, procurando ganhar
seu próprio lucro na cidade em expansão.
A descoberta de ouro foi uma faca de dois gumes para Wexmere.
Enquanto a nova fonte de riqueza é inegável, os conflitos entre as
operações de mineração dividiram a população da cidade, refle-
tindo em toda sociedade. As ruas de Wexmere são lamacentas e
esburacadas, seu povo muitas vezes eufórico por ter encontrado
ouro ou triste por ter perdido tudo em uma expedição fracassa-
da. De dia, Wexmere é tensa, de noite, pode ser mortal, quando
brigas por dinheiro, ouro ou condições de trabalho surgem na
população inchada e gananciosa.
POLÍTICA
O Barão Allain Garret Horne governa Wexmere há mais de vinte
anos, desde a morte de seu pai. Na sua juventude serviu como
capitão do Segundo Exército, onde comandou espingardeiros
na Muralha Leste e foi muito elogiado por suas ações contra as
incursões menitas.
O barão é um governante competente, mesmo que não muito
interessado pelos grandes assuntos de Estado. Horne raramente
comparece a reuniões na Assembleia Real, a não ser quando é
AMBIENTANDO SEU
JOGO EM WEXMERE
Wexmere foi criada para ser usada pelo mestre tanto para
uma única aventura quanto para uma campanha inteira. Ela
é repleta de problemas, com conflitos entre companhias
mineradoras, nobres desonestos e garimpeiros gananciosos.
Esses confrontos desfiguram o conceito de lealdade até a mais
pura ganância, e qualquer indivíduo descrito em Wexmere
pode acabar enganando os personagens pela quantia certa.
O mestre pode envolver os heróis em disputas travadas por
residentes antigos e os que chegaram recentemente, a procura
de fortuna e ouro. Personagens podem facilmente se envolver
nos problemas da cidade por acusações de mineiros bêbados,
mercenários defendendo uma propriedade ou ajudando um
barão, um capataz ou um xerife.
Se os personagens já são residentes de Wexmere, provavel-
mente têm algum envolvimento nos conflitos das mineradoras.
Se chegaram a cidade recentemente, terão de escolher logo
um lado. Essa situação pode se tornar mais complexa se os
personagens descobrirem os crimes do barão ou capataz que
os envolveu. Se os personagens agirem de acordo com essa
informação, podem se envolver em problemas muito piores, se
o próprio arquiduque se envolver.
Um tema secundário é o bizarro. Wexmere é uma cidade em
expansão e cheia de pessoas estranhas… às vezes, muito
estranhas. O mestre tirará mais proveito disso se aprofundar-
se nas personalidades e hábitos peculiares dos moradores, e
é encorajado a interpretá-los da maneira mais direta possível.
Tais indivíduos serão mais interessantes se interpretados como
excêntricos e perturbadores do que simples esquisitões.
chamado pessoalmente para apoiar seu suserano, o Arquiduque
Laddermore. O barão é conhecido por sua barba preta farta e
densa, seu bom humor e seu governo brando. Ele passa a maior
parte de seu tempo caçando e pescando em uma área de colinas
arborizadas ao leste da cidade, sua reserva particular. Quando
chamado a receber convidados nobres e emissários importantes,
ou para decidir sobre disputas legais, ele o faz de sua proprie-
dade ancestral, Garreton. O imóvel fica nas cercanias de Wex-
mere e é uma mansão pouco fortificada. Mesmo sendo a melhor
construção da região, está longe das propriedades suntuosas
de outros lordes, um fato que causa certas dificuldades quando
o barão precisa entreter seus pares. Até recentemente, Horne
era um nobre de pouca ambição, feliz de executar suas poucas
responsabilidades e se divertir da forma normal a um lorde do
interior com poucas exigências da Coroa. Porém, a descoberta
do ouro em Wexmere complicou muito a vida do barão.
Lady Audra Isring Horne, de uma família de nobres menores de
Caspia, é quinze anos mais nova que seu marido. Lady Horne é
59
 WEXMERE

60
uma mulher inteligente e forte, de aparência mediana, notável
somente pelos cabelos vermelhos. Acredita ser uma esposa
razoável e até ama seu marido, de seu jeito. Lady Horne não
gosta da posição de sua família, pequenos nobres em uma cida-
de remota, e gostaria que seu marido fizesse mais para melhorar
seu status. Recentemente tomou medidas para garantir que sua
família se aproveitasse da descoberta do ouro. Lady Horne tem
duas crianças: um menino de dez anos de nome Bennon e uma
menina de dois anos, Katherine.
O barão prefere deixar a rotina administrativa aos cuidados de
seu capataz, Chester Dority. O capataz é um homem sombrio
que carrega as cicatrizes de várias velhas feridas de batalha e
serviu o barão Horne como seu braço direito na coleta de im-
posto e nas disputas legais e de mineração desde o tempo em
que era ajudante de Horne em Muralha Leste. O lacaio é fiel
ao Barão, mas guarda alguns ressentimentos por não conseguir
melhores posições da nobreza.
Dority não demorou para achar uma maneira de desviar uma
parte das transações de ouro entre os mineiros e o baronato,
como uma recompensa pelo seu trabalho. Ele, astutamente,
percebeu que tal fraude poderia ser mais recompensadora se
fosse expandida sistematicamente e arquitetada para explorar a
insegurança do barão Horne quanto seu decadente imóvel fami-
liar. Mais importante para Dority é que, se a fraude pudesse ser
feita com o conhecimento do Barão, seu próprio desvio de ouro
seria bem mais difícil de ser notado nos registros. Assim, Dority
mantém três registros de transações do ouro: um público, um
alterado para contabilizar os benefícios do barão e um registro
secreto com a contabilidade acurada de seu próprio roubo. Ape-
sar do bom senso, o barão Horne permitiu que Dority enrique-
cesse os cofres do baronato com os fundos que deveriam ir para
o arquiduque. Lady Horny descobriu tais transações, mas não
tomou nenhuma atitude. Na verdade, ela até que gostou de ver
a ambição de seu marido crescer, mesmo se preocupando com
as consequências de suas ações. O esquema financeiro de Dority
parece bom na teoria, mas o fato de estar tirando uma parte do
ouro fará que algum contador do arquiduque
perceba que algo está faltando em Wexmere.
Recentemente, um trem com um coletor de
impostos e um carregamento de ouro e cobre
de Wexmere foi emboscado na rota para Vinha
Real. Todos os passageiros e a tripulação foram
mortos, seus corpos saqueados e o carrega-
mento roubado, juntamente com um gigante-
de-guerra exonerado que fazia a segurança
do trem. Enquanto é opinião pública que o
roubo foi obra de bandidos ou de um bando de
foras da lei, o arquiduque Laddermore notou
algo a mais no ocorrido e ficou pessoalmente
interessado nos assuntos de Wexmere. Assim,
Laddermore mandou agentes de confiança
para Wexmere com o objetivo de investigar
melhor os fatos.
O representante de Laddermore é o coletor
de impostos do ducado, Leland Whitney.
Whitney é um homem com cerca de sessenta
anos e com uma mente muito afiada e uma
habilidade descomunal para reconhecer mentiras. Desde que
chegou, Whitney recusou as acomodações oferecidas pelo
barão Horne, preferindo ao invés disso ficar na Hospedaria
Muralha da Serpente, a melhor taverna e pousada em Wexmere.
Seus subordinados, que incluem também alguns mercenários
da companhia Lâminas de Daggot, estão hospedados do outro
lado da cidade, no consideravelmente menos confortável
Saloon Jóia.
Desde sua chegada, Whitney e seus homens começaram não
apenas uma investigação sobre o roubo do trem, como também
um inquérito sobre a situação geral da mineração e taxação do
ouro. Ele já descobriu diversos esquemas de algumas operações
de mineração para sonegar os valores ao Baronato. Mesmo que
Whitney ainda não tenha descoberto o devio de Dority, ele
suspeita de todo mundo e fez poucos amigos em Wexmere.
Complicando ainda mais as coisas em Wexmere, tem as pró-
prias operações de mineração. Existem duas grandes empresas
de mineração: a Companhia de Madeiras e Cobre de Wexmere,
local e fundada há muito tempo; e a Prospecção Água de Aço,
uma empresa recém-chegada e subsidiária da Ferrovia Água
de Aço. As duas companhias consideram estar em competição
direta pelo controle da mineração do ouro em Wexmere e
começaram atos de sabotagem uma contra a outra e até, dizem
os rumores, assassinatos. Brigas entre os empregados das
duas empresas São comuns nas tavernas e ruas de Wexmere,
o que não é desencorajado pelos seus empregadores. Muitos
desses trabalhadores dizem ser membros do Sindicato dos Tra-
balhadores de Vapor e Ferro, mas nenhuma das companhias
integra o sindicato e, além disso, existe pouca união entre os
trabalhadores. O barão Horne não gosta da Prospecções Água
de Aço, principalmente pelo fato de não suportar a falta de
investimentos dos estrangeiros em seu baronato, mas entende
a necessidade de lidar com eles para manter vivo o serviço de
trens em Wexmere. De qualquer forma, se o barão descobrir
evidências de que a Prospecções Água de Aço está desviando
ouro do baronato, ficará feliz de lhe ensinar uma lição.
61
 WEXMERE
A CIDADE
A avenida principal de Wexmere é uma rua lamacenta que passa
no meio da cidade, se conectando com a Estrada do Rei. É para-
lela ao Rio do Salmão e à ferrovia, ambos ao norte na estrada. A
rua divide Wexmere entre os bairros Norte e Sul, cada um com
cerca de cinquenta edifícios que incluem tavernas, pousadas,
casebres das empresas de mineração e residências. Os imóveis
mais valiosos da cidade ficam ao longo da avenida principal,
entre os quais a hospedaria Muralha da Serpente, o Escritório do
Capataz e Examinador, os escritórios da Ferrovia Água de Aço e
a Companhia de Madeira e Cobre de Wexmere.
Ao norte e ao sul da avenida principal as construções ficam mais
rústicas e as pessoas mais rudes. O status dos habitantes de Wex-
mere é medido pela proximidade à avenida principal e aqueles
que vivem mais longe dela são os mais bêbados e devassos. Os
miseráveis são marginalizados no terreno úmido e rochoso ao
norte da cidade, entre a ferrovia e a beira do Rio do Salmão.
ACAMPAMENTO DO RIO
A região entre a ferrovia e a margem meridional do Rio do
Salmão é cheia de tendas e alpendres erigidos pelos mais
desesperados da população de Wexmere. Em sua maioria, são
garimpeiros falidos e mineiros bêbados demais para fazer um
dia de trabalho honesto. As condições aqui são esquálidas, e
a pároca Gersten Langrish tem se preocupado que uma praga
comece a se desenvolver entre os indigentes.
ARMAZÉM & EMPÓRIO BLACKBURN
Uma adição recente à cidade, o armazém de Blackburn é o
melhor entre muitos estabelecimentos comerciais que servem
os mineiros de Wexmere. Morgan Blackburn é um veterano de
trincheira e um pequeno herói da Guerra Llaelesa. Depois de se
aposentar em Caspia ao se ferir na retirada de Merywyn, fundou
uma pequena, mas lucrativa, forja. Ao saber da descoberta de
ouro em Wexmere, Blackburn deixou a forja nas mãos de seu
filho mais velho e se mudou com a mulher e o filho mais novo
para procurar fortuna. Desde então, a loja de Blackburn se
tornou conhecida por oferecer ferramentas de mineração de
boa qualidade a preços razoáveis, além de uma boa seleção de
outros bens, como equipamento de sobrevivência. Blackburn é
considerado um homem racional, mas ganhou certa fama por
um acidente que aleijou um ladrão que tinha sido avisado a ficar
fora da loja.
CAMPO DO OLEIRO
Localizado ao sul da cidade, o recém-criado cemitério público
da cidade é um largo campo com lápides simples. A menos de
uma centena de metros dos limites dos pântanos meridionais
de Wexmere, é o descanso final da maioria dos não-residentes
que morrem em Wexmere. Até a descoberta do ouro, poucos
corpos foram sepultados no local, mas se tornou cada vez mais
necessário enterrar corpos de mineradores e garimpeiros mortos
em acidentes, brigas ou doenças comuns nos residentes do
Acampamento do Rio. A sacerdotisa da paróquia, Langrish, faz
o possível para dar a todos os corpos ritos morrowanos simples,
para garantir seu descanso eterno, mas ela tem tido muito traba-
lho e alguns corpos são enterrados sem os rituais.
62
ESCRITÓRIO DO
CAPATAZ E EXAMINADOR
Esse modesto prédio de madeira de dois andares no meio da rua
principal é o escritório e residência do capataz Chester Dority.
Uma varanda grande corre por todo o comprimento da parede
dianteira do edifício, da qual o capataz às vezes observa o ir e
vir dos cidadãos de Wexmere. A porta da frente do escritório
se abre para uma sala pouco decorada. Diversas escrivaninhas
se encontram ao longo das paredes e são usadas para a função
principal do escritório: a solução de disputas, a confrontação
de questões legais e a aplicação de testes alquímicos simples
para verificar a pureza e autenticidade do ouro, pelo qual o
escritório cobra 20 CO para cada onça de material testado. O
chão de madeira não é coberto e muitas vezes fica bem lama-
cento pelas dúzias de visitantes vindos das minas ou estradas.
O escritório particular do capataz é separado por janelas que
permitem que ele observe a frente do escritório quando as corti-
nas estão abertas. Dority mantém toda sua contabilidade diária
nesse escritório, apesar dos livros públicos serem alterados para
esconder seus negócios ilegais. Os livros acurados, detalhando
sua imensidão de desfalques, são mantidos no segundo andar,
entre seus pertences pessoais.
Os visitantes podem ir ao escritório do examinador para com-
prar um contrato de mineração, testar a pureza do ouro ou abrir
qualquer atividade legal na cidade ou nas terras do baronato de
Wexmere. Na maioria dos casos, o capataz não se envolverá pes-
soalmente, atuando apenas nos casos mais complexos. Quando
precisa conduzir um processo, cancela todos os negócios no
escritório e convoca o tribunal. Whitney às vezes leva processos
de crimes sérios, como assassinato ou o roubo de pessoas impor-
tantes, para o Barão Horne.
ESCRITÓRIO DO XERIFE
O escritório do xerife pode ser encontrado na rua principal, a oeste
da estação de trem de Wexmere. É um prédio modesto de madeira
de dois andares que contém a sala do xerife, um pequeno arsenal
e a cadeia, que pode conter até vinte prisioneiros. Os quartos do
xerife e de três de seus agentes ficam no segundo andar.
O xerife Windom Blazanov está no cargo há sete anos, desde que
foi selecionado pelo capataz Dority. Apesar do sobrenome de
Khard, a família de Blazanov tem raízes em Wexmere há séculos,
e o xerife é ferozmente leal à cidade, ao capataz e ao Barão Hor-
ne. Blazanov começou sua carreira como encarregado nas minas
e chamou a atenção de Dority por causa de seu julgamento justo
e direto e sua disposição a agir com decisão, e violência, quando
necessário. Como xerife, Blazanov tem o poder de agir como juiz
e júri na maioria das situações, mas leva qualquer coisa mais
complexa a Dority. Quando tem que interferir em brigas ou in-
vestigar roubos, Blazanov prefere prender os envolvidos o mais
pacificamente possível, apesar de não ter problemas em usar sua
confiável quadrangular quando a situação exige.
Blazanov teve alguns problemas a se ajustar ao fluxo de garim-
peiros e à crescente violência entre a Prospecção Água de Aço e a
Companhia de Madeira e Cobre de Wexmere. Ele é auxiliado por
quatro agentes, todos residentes de Wexmere há muito tempo,
e faz o possível para acabar com qualquer distúrbio antes que
saia do controle. Quando Blazanov sabe que algo vai dar em
problemas de verdade, não hesita em contratar mercenários, No presente, a hospedaria conta com o coletor de impostos do
tipicamente por 20 CO por dia. O xerife abomina os representan- arquiduque, Leland Whitney, como hóspede. Desconfiado e
tes da Prospecção Água de Aço, mas tenta não ficar claramente esperto, ele faz reuniões numa mesa no canto da sala de jantar.
contra eles. Também está muito preocupado com a presença do Samuel não confia em Whitney, mesmo com o estalajadeiro
coletor de impostos do arquiduque e certamente ficaria do lado fazendo de tudo para acomodá-lo da melhor forma possível.
do baronato em qualquer situação relacionado as indiscrições
Apesar de não ser um residente, o minerador local Ellsworth
financeiras de Dority.
Milford pode ser encontrado todas as manhãs na hospedaria
aproveitando o café da manhã. Ele é fácil de se reconhecer pelo
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA chamativo chapéu de couro do qual nunca se separa. Ele o deco-
A estação de trem de Wexmere foi construída pela Ferrovia Água rou com uma pena imensa, mas muda a cor dela todos os dias.
de Aço em 550 AR para facilitar o envio de cobre e madeira para Alguns dizem que é a mesma pena, com algum encantamento
as cidades do sudeste de Cygnar. É uma estrutura de pedra estranho, mesmo que Milford nunca tenha dito isso. A origem
com plataformas de madeira e fica ao lado de um grande pátio das penas é um segredo, e alguns acreditam que a escolha da cor
de carga usado para carregar e descarregar os trens. Estradas indica a probabilidade dele encontrar ouro naquele dia. Milford
conduzem para fora da estação em direção oeste e sul, entrando foi um dos primeiros mineradores independentes a ficar rico em
na estrutura através de portões. Os agentes da Ferrovia Água de Wexmere e tem uma intuição excepcional. Ele agora gasta seu
Aço controlam cuidadosamente cada carregamento e empregam tempo aconselhando outros mineradores na procura “da cor”,
diversos guardas como segurança. Os escritórios da Prospecção como ele o chama.
Água de Aço ficam fora das instalações.
Os guardas têm contratos com diversas companhias mercená- IGREJA PAROQUIAL DE WEXMERE
rias para segurança dos trens, e andam acompanhados de pelo DO ASCENDENTE SAMBERT
menos um gigante-de-guerra. Desde o recente roubo do trem,
A igreja morrowana de Wexmere fica a norte da rua principal,
os guardas da ferrovia contrataram mais mercenários que o
em uma parte decadente da cidade, e já teve dias melhores. Ela
normal, colocando notas no mural da estação. Os mercenários
foi destruída e reconstruída duas
são geralmente contratados por 30 CO por dia.
vezes: primeiro durante o Ex-
purgo Orgoth, e depois em
HOSPEDARIA MURALHA DA SERPENTE 607 DR, após um incên-
Localizada no fim da rua principal de Wexmere, a Hospedaria dio que queimou grande
Muralha da Serpente é um dos edifícios mais antigos da cidade.
Fundada em 301 AR como um refúgio para caçadores, a hospe-
daria hoje é uma das melhores pousadas das Montanhas Mu-
ralha da Serpente, mesmo sendo inferiores as de Cas- pia ou
até mesmo de Vinha Real. A Grande Muralha da
Serpente é uma construção de três andares feita
com os gigantescos pinheiros locais e com vinte
quartos para hóspedes, alguns ligados por pas-
sagens secretas. As paredes da hospedaria são
notáveis pelas cortinas de tecido vermelho, um
capricho de Samuel Lanterman, o proprietário.
Quartos podem ser alugados por preços a par-
tir de 7 CO, chegando às 65 CO da Suíte Real.
A hospedaria também é conhecida pelo ela-
borado café da manhã servido todas as ma-
nhãs na sala comum. Qualquer pessoas razoa-
velmente limpa e sóbria é bem-vinda se quiser
gastar 3 CO por uma refeição saudável acom-
panhada pelo excelente café importado de Zu.
O atual proprietário é uma das personalidades
mais famosas de Wexmere, lembrado pela
sua baixa estatura e um defeito na fala que o
obriga a alongar as palavras. Samuel faz questão que a
hospedaria somente sirva os melhores elementos de Wex-
mere, e tem recusado a permissão para jogos de azar em
sua propriedade. Ele faz de tudo para ficar de fora da briga
entre os empregados das companhias de mineração, mas
possui uma preferência inegável para a Companhia de
Madeira e Cobre de Wexmere, pois acredita que tem
os melhores interesses para a cidade.

63
 WEXMERE
parte da favela setentrional. A estrutura é um prédio achatado e
sem graça, adornado com símbolos morrowanos esculpidos em
estilo rústico. O maior cemitério de Wexmere fica ao lado da igre-
ja, apesar de que pelo influxo de garimpeiros, os não-residentes
são sepultados no Campo do Oleiro, no sul da cidade.
A pároca Gersten Langrish vive aflita pelo estado de sua igreja.
A congregação é muito leal e bem-intencionada, mas a invasão
de mineiros e garimpeiros em Wexmere a sobrecarregou com
seus hábitos violentos e seus modos rudes. Recentemente ela
escreveu para seus superiores em Caspia, pedindo permissão e
fundos para reconstruir sua igreja e fundar uma capela satélite
no sul da cidade.
MANSÃO GARRET
Situada logo a oeste da cidade principal, Garreton fica na bei-
rada meridional do Rio do Salmão. Uma humilde mansão, com
três andares construídos em pedra. É uma estrutura defensável
construída não muito após a Rebelião e foi usada inicialmente
como posto avançado para povoar a região. Porém, apesar de
ser estruturalmente sólida, está longe de ser suntuosa. Doze ser-
vos que vivem na casa em quartos separados atendem o barão
e sua família. O terreno da propriedade compreende dez acres
e inclui um estábulo bem cuidado, um pasto e baixos muros de
pedra nos limiares. O cemitério particular dos Horne também
está dentro da propriedade.
OFICINA DE VAPOR E REPAROS
DE RONKETETPETKETTELS
Chamado de “Ronk’s”, a gobber Ronketetpetkettels mantém
a mais bem equipada e mais profissional oficina mecanika de
Wexmere. Ronk é uma cidadã querida de Wexmere, e gosta de
conversar ou dar conselhos aos mecanikos de fora. A maior parte
de sua atividade é relacionada ao conserto de
equipamentos de mineração e gigantes-
de-trabalho usados pelos garimpeiros
independentes. Ronk tem dois cavalos
de tração e uma carroça que aluga
aos garimpeiros cujos gigantes
ficaram presos em ravinas
estreitas e precisam ser
removidos.
64
A loja fica perto do estaleiro dos trens, e é cercada por um muro
alto de pedra coberto por arame farpado que ela encontrou
nos campos de batalha. Ronk paga um vigia para proteger a
propriedade à noite, quando também ficam soltos dois cachor-
ros. O quintal da loja é cheio de apetrechos de mineração e até
podem ser encontrados componentes de gigantes-a-vapor de
qualidade variante. A loja é um armazém adaptado, equipado
com suportes e equipamentos que bastariam para construir um
gigante-a-vapor a partir de sucata. Ronk e todos os seus empre-
gados são membros do Sindicato dos Trabalhadores do Vapor &
Ferro, e seus deveres estão sempre em ordem. Até agora, Ronk
tem mantido sua loja fora dos problemas entre as companhias
de mineração, mas ela pode ter que escolher um lado. Se isso
acontecer, é mais fácil que ela fique do lado da Companhia de
Madeira e Cobre de Wexmere, pois detesta a Ferrovia Água de
Aço pelo seu desrespeito aos direitos dos trabalhadores.
SALOON JÓIA
O Jóia é uma construção recente de dois andares ao sul da rua
principal, em meio ao emaranhado de casas e estabelecimentos
de baixa renda. O andar de cima possui seis quartos, que no
momento estão todos alugados para os subordinados de Leland
Withney e para quatro membros da companhia mercenária das
Lâminas de Daggot. A Jóia é o mais conhecido entre os saloons
que abriram desde a descoberta de ouro em Wexmere, mas
existem outros estabelecimentos de qualidade similar.
Um grande bar com várias mesas de madeira, tipicamente
cheias de mineiros bêbados, trolloides disputando queda-
de-braço e apostadores inveterados dominam o térreo do Jóia.
O saloon foi construído logo após a descoberta do ouro em
Wexmere. Seu proprietário, Saul Tremayne, poderia ter feito
fortuna com a parcela da casa nos jogos de azar, se não fosse um
beberrão inveterado. Tremayne emprega vários trolloides como
seguranças e está envolvido no submundo do crime. Tremayne
e seus funcionários não tomam partido nas disputas entre os
mineradores, e as brigas são comuns, especialmente nos dias
de pagamento. Entretanto, o Jóia é cada vez mais frequentado
pelos empregados mais tacanhos da Prospecções Água de Aço,
e a lealdade de Tremayne seguirá aqueles que gastarem mais
dinheiro em seu estabelecimento.
AS MINAS
PROSPECÇÃO ÁGUA DE AÇO
A Prospecção Água de Aço opera somente uma
estação de mineração em Wexmere, uma mina
de ouro duas milhas a oeste da cidade. A gran-
de custo, a Água de Aço estendeu a linha ferro-
viária da estação de Wexmere até sua estação
de mineração, um luxo que negaram a seus
rivais. A companhia fez duas minas das
quais extraem ouro e empregam trezentos
mineiros e trabalhadores auxiliares,
bem como alguns controladores de
gigantes que operam os quatorze
gigantes-de-trabalho das minas.
A maior parte dos mineiros são dos Baixios da Água de Aço e
vieram com a companhia para Wexmere. Os empregados são
bem pagos, mas as condições nas minas as vezes são perigosas
e os chefes não aceitam desculpas dos trabalhadores doentes. O
roubo de ouro das minas não é comum, mas é sempre punido
com a morte e não é comunicado ao escritório do capataz.
O superintendente encarregado da mina é um thuriano grisalho
chamado Leon Murtell, que está com a Ferrovia Água de Aço há
vinte anos e antes de mudar para Wexmere era um dos homens
mais odiados dos Baixios da Água de Aço, onde passou anos
acabando com greves. Ele é um homem corpulento, o que dá res-
paldo ao seu comportamento perverso. Muitos acreditam que ele
pessoalmente matou um par de troloides que fomentaram uma
greve pouco tempo após a abertura da segunda mina de ouro. Es-
pecula-se que tenha jogado os corpos em um fosso abandonado.
COMPANHIA DE MADEIRA
E COBRE DE WEXMERE
Sendo a mais antiga operação mineira na cidade, a Companhia de
Madeira e Cobre de Wexmere foi capaz de reagir rápido a desco-
berta de ouro, construindo suas próprias minas no local do maior
depósito encontrado. Os donos da companhia e a maior parte de
seus empregados são moradores antigos de Wexmere e alguns
são descendentes das famílias que já trabalham nas operações de
madeira e mineração de cobre da companhia por gerações.
As condições para os mineiros são boas e a companhia emprega
mais gobbers e troloides do que qualquer outra operação em
Wexmere. Porém, uma série de acidentes mortais tem assolado
recentemente a operação e muitos acreditam que seja fruto de
sabotagem por agentes da Prospecção Água de Aço. O chefe
das minas, Daniel Briggs, começou uma investigação particular
e é encontrado patrulhando o local. Ele nunca é visto sem sua
machadinha enferrujada na mão, um resquício dos tempos que
trabalhava nas operações madeireiras da companhia.
ARREDORES
RESERVA DE CAÇA DO BARÃO
As colinas arborizadas a leste da cidade foram selecionadas
como reserva de caça privada do barão Horne. A área ainda
está preservada e mantém florestas densas, riachos traiçoeiros
e boa caça. O barão tem tanto orgulho da área que se recusa
permitir qualquer exploração mineira, desde a descoberta
de ouro na região, por medo de ter que abrir mão de sua
reserva. Cervos e perdizes são abundantes nessas florestas e
se encontram tão afastados de matas mais profundas, que
criaturas mais perigosas são raramente vistas, embora alguns
ursos tenha demarcado território na reserva. O guarda-caça do
barão Horne, Silas Brennan, patrulha a área com frequência,
mas é um homem piedoso e não persegue ninguém, exceto
os caçadores ilegais mais flagrantes. Brennan é conhecido por
afirmar repetidas vezes ter visto um búfalo raevhano imenso
nas profundezas das florestas perto do Monte Vygoff. Ele diz
que a criatura tinha doze metros de altura e o emboscou em
um vale. A história ainda conta que ele escapou vivo por pouco
e, nesse momento, a pelagem do búfalo ficou verde e ele se
fundiu com as sombras da floresta. Pelos detalhes a respeito
das cores mutantes do búfalo, seu tamanho desmesurado e sua
improvável habilidade de desaparecer nas sombras, muitos
acreditam que Brennan mantém sua própria “área privada”
dentro da reserva.
Brennan sabe que o povo de Wexmere não o leva muito a sério
e por isso não falou algumas das coisas mais estranhas que viu
nas florestas. A mais ameaçadora foi um grupo de trajados-em-
negro que observou discretamente em um estranho ritual nas
cabeceiras do grande riacho que alimenta o curso d’água que os
mineradores independentes prosperam.
RIACHOS DE OURO
Conhecidos coletivamente como os Riachos de Ouro, esses
arroios rochosos cruzam as colinas da região e são explora-
dos por mais de duzentos garimpeiros independentes, que
obtiveram licenças de mineração e concessões do baronato.
Muitos dos garimpeiros trabalham em pequenos grupos e
usam gigantes-de-trabalho. O terreno, que já é acidentado para
pessoas, é ainda pior para gigantes-a-vapor e muitos garim-
peiros preferem trabalhar sem eles. Concessões são mantidas
com muito cuidado e não são poucas as brigas, algumas letais,
entre garimpeiros que achavam que seus vizinhos tinham se
aproximado demais de seus territórios. Recentemente, dois
garimpeiros desapareceram enquanto trabalhavam em suas
concessões à noite, gerando várias acusações confusas entre
outros mineiros. O xerife Blazanov patrulha regularmente as
concessões, sempre de olho nos garimpeiros às vezes irascíveis
e territoriais.
MONTE VYGOFF
O penhasco do Monte Vygoff se ergue a apenas oito quilômetros
a oeste de Wexmere. Seu pico fica a mais de 2.500 metros de
altura e foi outrora um lugar de sacrifício ritual dos Orgoth.
Algumas ruínas desgastadas ficam no seu pico e a montanha
preserva uma reputação funesta entre o povo da região. Dizem
que trajados-em-negro, certas épocas do ano, se reúnem no topo,
e nenhum morador se arrisca a se aproximar das encostas da
montanha. O próprio pico desponta acima de todo o vale e ofe-
rece uma excelente visão, tanto da cidade de Wexmere quanto
da maioria das operações mineiras. Porém é sabido que vários
gorax fazem tocas nas florestas verdejantes espalhadas abaixo
da linha de neve, e partes da escalada são traiçoeiras, exigindo
equipamento especializado. Tais perigos são conhecidos pelos
moradores e poucas pessoas tentam essa subida.
RIO DO SALMÃO
O Rio do Salmão flui através de Wexmere, a partir de sua
nascente elevada, nos picos das Montanhas da Muralha da
Serpente, em seu caminho para o Rio Negro. O rio é rápido,
porém raso nas proximidades de Wexmere, com poucos metros
de profundidade, e passa por entre bancos de granito solto mó-
veis. É fácil de atravessar durante a maior parte do ano, porém
é sujeito a perigosas enchentes, causadas pelo derretimento da
neve e tempestades primaveris.
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 ESPÍRITO NO AÇO
Por Aeryn Rudel • Arte de Sang Han • Mapas por Laine Garret
Espírito no Aço é uma aventura curta para aventureiros inician-
tes. Na trama, os PJs investigam um ataque feroz a uma vila de
pescadores entre Portão Alto e Mercir. Com pistas descobertas na
vila, o grupo rastreia os agressores, e logo desvenda uma trama
INTRODUÇÃO
Bowden Haightly é um arcanista cygnarano jovem e talentoso,
mas com um passado sórdido. Um ano atrás, logo após ter in-
gressado na Ordem Fraternal de Magia, Bowden secretamente
gastou um tempo atrás de um sonho irreal. Embora fosse um
arcanista hábil, queria controlar o poder dos conjuradores de
guerra de Cygnar. Bowden começou a pesquisar maneiras para
ter tal habilidade. Falha após falha eventualmente o levaram a
trilhar um caminho sombrio.
A pesquisa inicial de Bowden se baseava na teoria equivocada
de que um conjurador de guerra transfere parte de sua alma para
66
nefasta envolvendo almas inocentes e experimentos necromânti-
cos conduzidos em uma fazenda abandonada. Porém, nem tudo
é o que parece e o verdadeiro vilão observa das sombras, enquan-
to os heróis lutam com seus peões.
o gigante-de-guerra, para comandá-lo. Tal crença o fez explorar
a necromancia. O arcanista finalmente alcançou um ponto onde
teoria e experimentação não eram mais suficientes: ele precisaria
de almas. À beira do abismo da verdadeira maldade e da loucu-
ra, Bowden não conseguia dar o próximo passo. Sentindo sua
própria alma mortal em perigo, abandonou seus estudos e jurou
nunca retornar. Ao invés disso, se concentrou em seu trabalho
na sede da Ordem Fraternal em Mercir, auxiliando arcanistas
seniores com suas pesquisas.
Infelizmente, as atividades de Bowden foram notadas. Logo
após ter abandonado sua pesquisa, ele foi contatado por agentes
a serviço de um poderoso homem chamado Vladislav Abrosim,
um exilado da Irmandade dos Lordes Cinzentos. Os agentes
traziam um ultimato: Bowden continuaria seu trabalho para
conceder talentos de conjuradores de guerra aos que não os pos-
suíam ou sua pesquisa ilícita seria exposta à Ordem Fraternal e à
Ordem de Iluminação. Sabendo que a Ordem de Iluminação —
uma ordem morrowana incumbida em erradicar magia negra —
provavelmente o sentenciaria à morte por praticar necromancia,
Bowden concordou relutantemente.
Vladislav montou um laboratório para o arcanista em uma
fazenda abandonada, na zona rural entre Mercir e Portão Alto,
com guardas e um gigante-de-guerra. Bowden deixou abrup-
tamente a ordem e a cidade, esperando voltar após terminar
seu trabalho para Vladislav. A nota que ele deixou para seus
superiores apenas dizia que precisava dar atenção a uma
emergência pessoal.
O arcanista rapidamente ficou num impasse em sua pesquisa.
Ele não possuía o conhecimento em necromancia necessário
para prosseguir, mas sabia onde podia encontrá-lo. Ulther Vara,
o mais antigo membro da sede da Ordem Fraternal de Mercir,
havia recebido uma dispensa especial para traduzir um frag-
mento do temido Librum Mekanecrus para cygnarano. Bowden
havia sido um dos aprendizes favoritos de Ulther, que tolamente
confiou nele.
Bowden sabia que a cópia fragmentada estava trancada em se-
gurança no cofre da loja, mas que Ulther mantinha seu trabalho
pessoal em seus aposentos. Ele retornou a Mercir e usando uma
combinação de furtividade e magia de ofuscação, entrou nos
aposentos de Ulther na calada da noite e fugiu com a tradução
do Librum e as notas do arcanista. Ulther comunicou o roubo
para a Ordem de Iluminação e logo Bowden virou suspeito.
O desespero do homem o tornou descuidado: ele foi visto nas
redondezas, apesar de sua suposta partida e muitas pessoas o
viram entrando e saindo de Mercir na noite em que o livro foi
roubado. A Ordem de Iluminação colocou um grupo de caçado-
res de bruxas, chamado os Iluminados, no rastro dele.
Uma vez que Bowden examinou o texto roubado, ele perce-
beu, para seu desgosto, que não havia maneira de continuar
os experimentos sem o sangue e as almas dos inocentes. Sem
muita escolha, Bowden encarregou os homens de Vladislav de
reunirem o que precisava. E eles logo lhe trouxeram os materiais
necessários, amarrados, amordaçados e aterrorizados.
ENVOLVENDO OS JOGADORES
A aventura começa em uma pequenina vila de pescadores, oito
quilômetros ao sul de Escudo do Sul, uma torre de vigília na
costa oeste de Cygnar, ocupada por uma pequena guarnição.
Os homens enviados por Vladislav para proteger Bowden
Haightly e vigiar sua pesquisa atacaram o lugarejo dois dias
atrás, matando quase todos os doze moradores do local. Eles
levaram dois reféns, pois precisavam de vítimas vivas para os
experimentos de Bowden.
A forma mais simples de envolver os PJs é deixar que encon-
trem o massacre. Viajando entre Mercir e Portão Alto, os PJs
veem fumaça à distância e aves de rapina voando em círculo,
indicando um provável local de batalha. Quando os heróis
vão investigar, encontram os restos sombrios dos lacaios de
Vladislav. Veja a Cena 1: O Massacre.
ALUGUEL DE
MERCENÁRIOS
Se você quiser um início mais tradicional para a aventura,
pode fazer os personagens estarem atrás das atividades de
bandidos na área, por um contrato mercenário fechado em
Mercir ou Portão Alto. O contato deles na região será a Capitã
Evlin Finnean na Guarnição Escudo do Sul. Sobre um pináculo
aparentemente inacessível, na beira do oceano, Escudo do
Sul é uma atarracada e bem construída torre de vigília, pro-
porcionando uma grande vantagem a linha costeira sudoeste
cygnarana. Além da torre, a guarnição inclui uma série de
câmaras claustrofóbicas no subsolo, as quais são capazes de
comportar dúzias de soldados. A geografia a faz facilmente
defensável por poucos soldados, uma vez que o único acesso
se dá por um cais estreito que leva a um túnel estreito e
sinuoso que desemboca na parte baixa da guarnição.
Uma vez que os heróis informem os terríveis eventos na vila, a
Capitã Finnean inclui em seus contratos encontrar os respon-
sáveis. O bônus é de 500 CO e os PJs recebem o direito de se
apropriar do equipamento dos saqueadores.
Pela natureza do ataque e a localização remota, os PJs são
investidos com plenos poderes para usar todos os meios
necessários para levar os assassinos à justiça. Embora o
exército cygnarano prefira evitar o derramamento de sangue
desnecessário e julgar os agressores por seus crimes, é deixa-
do bem claro que matar os saqueadores é uma forma aceitável
de cumprir o contrato.
CENA 1: O MASSACRE
Investigação/Interpretação
A aventura começa quando os PJs chegam na vila de pescadores
massacrada. Independente de estarem investigando os bandidos
da área ou simplesmente terem se deparado com a chacina du-
rante suas viagens, a cena se desenrola da mesma maneira.
Quando os PJs chegarem à vila de pescadores, leia ou descreva
o seguinte:
Diante de vocês está uma pequena coleção de construções fumegantes,
queimadas até as fundações, saindo da praia cinzenta como dentes
podres e negros. Uma figura solitária se move em meio às ruínas,
arrastando algo pelo chão.
Quando os PJs se aproximam, descobrem a única sobrevivente
da vila, uma moça chamada Aideen Connolly, cavando sepul-
turas na areia para os restos carbonizados dos aldeões. Ela está
coberta de fuligem, suas roupas estão rasgadas e manchadas de
sangue e está em estado de choque.
Quando Aideen vê os PJs, leia ou descreva o seguinte:
67
 ESPÍRITO NO AÇO
LIBRUM MEKANECRUS
O Librum Mekanecrus é um tomo antigo e abominado, que deta-
lharia a fusão da mekânica com ritos ancestrais orgoth. Dizem
que suas páginas teriam vários projetos de terríveis construtos
necromekanicos. Segundo a lenda, os gigantes-do-inferno de
Cryx seriam baseados em tais diagramas. Organizações como a
Ordem Fraternal da Magia e a Ordem de Iluminação trabalham
para evitar que as poucas cópias conhecidas do Librum caiam
nas mãos dos que as usariam com propósitos nefastos.
A jovem está agachada em frente a uma linha de corpos escurecidos,
a fumaça da carne carbonizada ainda subia em rolos. Quando vocês
se aproximam, ela ergue o olhar, sua face está varrida pela dor e pelo
horror. Ela os encara por um momento e então diz “Preciso coloca-los
no solo. Os cachorros estavam na mamãe e no garoto dos Anderson. Eu
preciso coloca-los no solo para que fiquem em paz.” Ela então volta a
enfiar suas mãos na areia e volta a cavar.
Deve ser óbvio para os heróis que precisam afastar Aideen
daquela cena macabra, a carga física e emocional sobre ela é
imensa. Podem tentar removê-la à força, mas se o fizerem, ela
lutará e gritará horrivelmente. Os PJs podem também tentar
questionar Aideen, mas ela responde cada questão da mesma
maneira: “Preciso coloca-los no solo. Colocá-los no solo para que
fiquem em paz.” Porém, se os heróis conseguirem acalmá-la, ela
pode descrever o pouco que lembra. Os PJs conseguem isso e
a afastam da cena com uma jogada bem-sucedida das perícias
Interrogatório, Medicina ou Negociação, dependendo de sua
técnica, contra um número alvo de 12. Aideen dá as seguintes
informações do que ela lembra.
• “Eu estava no porão, mas eu ouvi os homens chutarem a porta.”
• “Eles mataram papai quando ele tentou lutar. E então a mamãe
eles, eles….”
• “Eu ouvi Kara e Kyle chorando. Eles só têm treze anos! Eu os
ouvi chorando mesmo depois que as mortes pararam, mas eu não
conseguia encontrá-los.”
Os PJs podem descobrir mais sobre os homens que atacaram a
vila de pescadores ao examinar os corpos e as ruínas.
OS CORPOS
Quando os PJs examinarem os corpos, leia ou descreva o
seguinte:
Aproximadamente uma dúzia de corpos está enfileirada no centro da
vila. Cada um está irreconhecível de tão queimado, seus corpos retor-
cidos e enegrecidos, mãos carbonizadas enroladas feito garras, faces
tensionadas no esgar de um grito.
68
Um exame mais detalhado dos corpos pode dizer aos PJs sobre
como eles morreram e talvez algo a respeito de seus agressores.
Um personagem pode usar Ciência Forense ou Medicina para
determinar as causas das mortes. Uma vez que Ciência Forense
é mais adequada para essa tarefa, os números alvos para essa
perícia são mais baixos.
• Ciência Forense sem jogada/INT + Medicina 12: embora os
aldeões estejam muito queimados, o fogo não os matou. To-
dos carregam ferimentos indicando morte violenta. A maioria
dos aldeões foi morta com armas de corte pesadas (machados
e espadas pesadas). Existem apenas dois ferimentos de tiro,
ambos pelas costas, como se as vítimas estivessem fugindo
dos agressores.
• INT + Ciência Forense 12/INT + Medicina 14: os corpos não
foram cortados ou mutilados e a maioria foi executada com
um único golpe preciso na cabeça ou no tórax. Isso demonstra
ao mesmo tempo habilidade com armas e uma postura calma
e profissional.
A VILA
Os PJs podem investigar a vila e seus arredores para conseguir
informações sobre o ataque. Cada fragmento de informação
pode ser obtido com o uso de diversas perícias. As perícias e
seus números alvos são descritas abaixo.
• INT + Ciência Forense 12/PER + Detectar 12: parece que a
maioria dos aldeões foi morta em seus lares e o fogo foi atea-
do depois. Objetos de valor foram deixados. Você encontra
ouro e prata derretidos em mais de uma casa.
• INT + Ciência Forense 12/INT + Comandar 14: o ataque
foi feito com precisão e rapidez por um grupo de homens
que sabiam o que estavam fazendo. Não foi o trabalho de
reles bandidos ou saqueadores. Havia um objetivo. O fogo
foi provavelmente para dissimular.
• PER + Rastrear 12/ INT + Ciência Forense 14: as pegadas
deixadas indicam um grupo de cinco ou seis homens de
armadura. Três rastros são mais fundos, significando que
tais homens poderiam estar carregando algo pesado.
Após os PJs terem reunido toda a informação que conseguirem,
seu caminho é óbvio: seguir os rastros que levam ao leste. A
trilha é muito fácil de seguir. Uma jogada bem-sucedida de PER
+ Rastrear 12 é necessária para levar os personagens à próxima
cena. Se falharem nesta jogada, os personagens podem fazer
uma nova tentativa após perderem trinta minutos e voltarem ao
começo da trilha.
Os PJs não podem levar Aideen com eles e tem poucas opções.
O mais fácil é levar a garota ao Escudo do Sul, o posto avançado
cygnarano a oito quilômetros norte da vila. Se os PJs não pensa-
rem nisso, Aideen menciona a ideia. A comandante de Escudo
do Sul, capitã Evlin Finnean, vai abrigá-la de boa vontade. A
capitã Finnean não possui recursos disponíveis para rastrear os
assassinos por conta própria e dá aos PJs um mandado, autori-
zando-os a persegui-los.

CENA 2: O
APAGAR DAS LUZES
Investigação/Interpretação
A partir da vila de pescadores, os PJs podem seguir os rastros
para o leste em direção à fazenda abandonada. Antes de chegar
lá, encontrarão Olver Marsden, um investigador da Ordem de
Iluminação (chamado de Iluminado) e parte do grupo enviado
para localizar Bowden Haightly.
Os Iluminados não esperavam que Bowden fosse bem defendi-
do e foram derrotados por seus guardas. Dois dos três foram
mortos e Olver foi ferido mortalmente, apesar de ter conseguido
escapar. Ele fugiu para oeste na esperança de alcançar Escudo
do Sul, mas seus ferimentos eram muitos e ele desabou em uma
clareira a três quilômetros da fazenda.
Quando os PJs entrarem na clareira, leia ou descreva o seguinte:
A floresta acidentada dá espaço a uma pequena clareira. Um homem
num sobretudo blindado senta apoiado em um tronco coberto de
musgo, uma mão apertada contra o corpo, a outra segurando uma
grande pistola. Ele olha para vocês quando entram na clareira, seus
olhos arregalados e com medo. Tremendo, tenta erguer sua arma, mas
desmaia antes de conseguir fazer mira.
Se os PJs examinarem Olver, vão descobrir que ele está vivo,
porém inconsciente e gravemente ferido. Um exame superficial
revela um tiro em seu ombro direito e outro em seu estômago.
Uma jogada bem-sucedida de INT + Medicina contra o número
alvo de 12 revelará que a ferida no ombro é superficial, mas
o tiro no estômago é mortal e muito além das habilidades de
cura do grupo. Os PJs podem tratar Olver até certo ponto, mas
uma jogada bem-sucedida de INT + Medicina contra o número
alvo de 13 o manterá vivo tempo suficiente para interrogá-lo.
Se ninguém do grupo tiver a perícia Medicina, os PJs podem
tentar uma jogada sem treino. Se os PJs falharem na jogada de
Medicina, Olver acordará por conta própria em vinte minutos.

VLADISLAV ABROSIM
Vladislav Abrosim já foi um membro do alto escalão da Irmandade dos Lordes Cinzentos, servindo Khador e sua ordem por aproximada-
mente vinte anos. Porém, por trás de uma fachada de extremo patriotismo e da defesa da pesquisa arcana, Vladislav escondia uma terrível
segredo: ele buscava a necromancia mais vil e estudava tomos e pergaminhos proibidos.
Em público, Vladislav defendia a política de revogar as salvaguardas que protegiam a nação de magias e conhecimentos considerados
muito perigosos para serem usados. Argumentava que homens com força de vontade e puros de coração poderiam controlar tais magias,
apesar de seu mal intrínseco e poderiam usá-las para o benefício da nação.
As palavras de Vladislav seduziram muitos, mas também levantaram suspeitas da irmandade dos Lordes Cinzentos, que iniciou uma
investigação clandestina das atividades dele. O que foi descoberto não era nada menos que horrendo. Vladislav havia montado labora-
tórios secretos em toda Khador, projetados para recolher poder e informação de tomos orgoth, capturar tecnologia cryxiana e outros
itens de magia negra. Muito piores eram as celas subterrâneas que Vladislav mantinha para conter cobaias de pesquisa. Tais prisões
estavam lotadas de soldados inimigos capturados, inimigos políticos de Vladislav e até mesmo meros mendigos recolhidos das ruas.
Escandalosamente, o ex-Lorde Cinzento estava clamando o sangue e as almas de ao menos três vítimas por dia.
Vladislav foi preso e sentenciado à morte por decapitação. Na manhã de sua execução, ele calmamente se ajoelhou frente ao cepo. O
carrasco ergueu o machado, mas a lâmina não tocou a carne de Vladislav. A multidão reunida assistiu horrorizada enquanto Vladislav
levantou, arrancou o machado das mãos do carrasco e o derrubou. Naquele momento, homens leais a Vladislav invadiram a prisão
para libertar seu mestre. Eles encontraram uma feroz resistência e Vladislav foi baleado inúmeras vezes na tentativa de fuga, antes de
desaparecer nas florestas. Nenhum vestígio de seu cadáver foi encontrado.
Na verdade, Vladislav havia se protegido com um obscuro ritual orgoth antes da execução. Ele possuía muitas contingências desse tipo
preparadas no caso de seus atos ilícitos fossem descobertos. Com Khador ficando muito perigosa para ele, o poderoso fugitivo escapou
para ao sul para Cygnar, onde continuaria sua pesquisa no anonimato.
Imediatamente Vladislav começou a construir laboratórios secretos em Ceryl, Caspia e Portão Alto. Além disso, estabeleceu uma vasta
rede de espiões e contratou capangas para servi-lo. Estes empregados eram supervisionados por tenentes leais, homens que trouxera de
Khador e compartilhavam o mesmo desejo pelo poder da magia negra.
Agora, Vladislav possui uma vasta rede que está em busca de tomos e itens específicos de conhecimento necromântico. Sua complicada
fuga de Khador o fez temer as fragilidades de sua própria carne, e ele busca magia que possa prolongar a vida. Para esse fim, ele
vasculha ruínas orgoth, sequestra, interroga e então mata sacerdotes thamaritas. E ele mantém um olhar atento naqueles que lidam com
infernalismo e necromancia.

69
 ESPÍRITO NO AÇO
OS OLHOS DE
VLADISLAV ABROSIM
Vladislav Abrosim investiu muito em Bowden Haightly e sua
pesquisa e faz questão de ficar informado sobre tudo que
ocorre em torno da área do laboratório de Bowden. Vladislav
animou corvos desmortos que estão ligados a ele e pode ver
através de seus olhos.
Os corvos estão em cada cena da aventura e os PJs podem avistá
-los e perceber que o grupo está sendo observado. Ao final de cada
cena, cada jogador faz uma jogada de PER + Detectar. Não diga
aos jogadores o motivo e não diga o número alvo. Se um jogador
tirar um 16 ou mais, diga que seu personagem viu uma estranha
ave negra em um cadáver, uma árvore, ou qualquer lugar próximo.
Este jogador deve imediatamente fazer uma segunda jogada de
PER + Detectar com um úmero alvo de 14. Se ele for bem-suce-
dido na segunda jogada, diga que a ave, um corvo, parece fraca e
doente, com penas faltando e outros sinais de decrepitude. Seja o
PdJ bem-sucedido ou não em sua segunda jogada de Detectar, o
corvo sai voando antes que possa ser analisado.
Os PJs devem perceber os corvos vezes o suficiente para terem
a sensação de estarem snedo observados. Se os PJs notarem
as aves três ou mais vezes, você pode permitir que um PdJ
com a perícia Conhecimento (mortos-vivos) faça uma jogada
de INT + Conhecimento contra um número alvo de 14. Com
um sucesso, o jogador adivinha corretamente que as aves são
seres necromânticos.
A Ordem de Iluminação não compartilha informações confiden-
ciais com estranhos, e mesmo em seu desespero, Olver irá contar
apenas as informações mais básicas.
• A Ordem de Iluminação está procurando Bowden Haightly,
um membro da Ordem Fraternal de Magia, para interrogá
-lo. Ele é suspeito de ser um praticante de necromancia.
• Bowden é suspeito do roubo de um livro necromântico ilícito.
Inicialmente, Olver se recusará a dizer o nome do livro, mas
uma jogada bem-sucedida de Negociação contra um número
alvo de 12 o convencerá a revelar que é uma tradução do Li-
brum Mekanecrus. Uma jogada de Conhecimento (mekânica
ou mortos-vivos) contra um número alvo de 14 dará aos PJs a
informação apresentada na seção Para o Mestre.
• O necromante montou um laboratório em uma fazenda aban-
donada ao leste. Ele está protegido por homens habilidosos o
suficiente para derrotar um grupo de caçadores de bruxas.
A informação de Olver deve deixar claro que Bowden é uma
ameaça terrível, mas isso pode não ser o suficiente para conven-
cer os PJs a arriscar suas vidas. Use um dos ganchos abaixo (ou
uma combinação de todos eles) para convencer os PJs a assumir
a causa de Olver.
70
• Se os PJs disserem para Olver que estão investigando o ataque
à vila de pescadores, ele dirá que Bowden e seus capangas
devem ser os responsáveis. Se os heróis desejam vingar a morte
dos aldeões, devem acabar com Bowden
• Olver diz aos PJs que, como seguidores de Menoth ou Morrow,
é seu dever proteger o reino do mal que Bowden representa.
Se um dos PJs é um claro seguidor de qualquer um dos dois
deuses—ou melhor ainda, um sacerdote—Olver se dirige a ele.
• Se os PJs não são exatamente do tipo heroico, e sabem um
pouco a respeito do Librum Mekanecrus, saberão o quão valioso
ele é e que certos compradores pagariam o resgate de um rei
para tê-lo.
Independente dos esforços dos PJs, Olver morre depois dessas
declarações. Com essa informação, os PJs podem encontrar o
laboratório de Bowden, ou podem simplesmente seguir o rastro
de Olver de volta à fazenda com uma jogada bem-sucedida de
PER + Rastrear, contra o número alvo de 12.
CENA 3:
NA FAZENDA
Combate
Quando os PJs chegarem à fazenda, leia ou descreva o seguinte:
A floresta dá lugar a um terreno aberto, que já foi uma pequena fa-
zenda. Ela foi abandonada há algum tempo, pois a área está coberta de
ervas daninhas e arbustos. Um grande celeiro cercado por um muro
baixo de pedra em ruínas fica no meio da fazenda. Dentro do muro
também estão um pequeno galpão, um curral e uma pilha de fardos de
feno embolorados. Ambas as construções estão bem estragadas e há um
grande buraco na parede leste do celeiro, que parece bem recente.
A cena é dominada pela comoção de uma batalha feroz. Um grupo de
homens armados combate um imponente gigante-de-guerra. O gigan-
te segura o que parece ser o corpo de um homem de vestes cinzentas
em uma mão e rechaça os guardas com os golpes devastadores de uma
grande lança. Dois cadáveres estão no chão, cada um deles vestido de
forma similar ao Iluminado mortalmente ferido que você encontrou
na estrada. Você ouve o inconfundível som de gritos vindos de dentro
do celeiro.
Os PJs podem querer simplesmente deixar a batalha se resolver
e ver quem é o vencedor. Se for o caso, lhes dê algum incentivo
para se envolver ou leia ou descreva o seguinte:
Um dos homens lutando contra o gigante-de-guerra é sonoramente
atingido pelo punho de sua lança e jogado contra a porta do celeiro,
abrindo-a. Vocês tem uma visão desobstruída do interior do celeiro,
mostrando mesas baixas cobertas por equipamentos alquímicos. Acor-
rentados na parede oeste estão duas figuras, um menino e uma menina,
em roupas esfarrapadas, cobertas de fuligem. Os dois gritam de terror
quando a batalha vai para o celeiro.
Se os PJs se envolverem agora, algumas coisas acontecem em
sucessão. Primeiro, o gigante-de-guerra subitamente abandona
o combate e corre para o leste desaparecendo na linha das
árvores. Em seguida, os guardas de Bowden viram-se contra
os PJs, acreditando ou que eles sejam membros da Ordem de
Iluminação ou representantes das autoridades locais.
 FAZENDA
ABANDONADA

G
G G G

I I
G

G – GUARDAS DE BOWDEN
A – ALDEÕES CAPTURADOS
I – CADÁVERES DA ORDEM DE ILUMINAÇÃO

TÁTICAS DOS GUARDAS DE BOWDEN
Os guardas de Bowden combatem como uma unidade organi-
zada, com táticas simples, mas eficazes. Quando a luta começa,
quatro homens entram em combate com os heróis, enquanto
o quinto saca uma adaga de aparência maligna e corre para o
celeiro. Os guardas restantes então atacam à distância com seus
rifles, usando Sentinela e Recarga Rápida para ganhar um tiro
extra a cada turno. Eles gastam uma ação rápida e se movem
para buscar cobertura atrás do muro, do cocho de água ou de
qualquer objeto sólido. Os guardas concentram seus ataques
à distância nos PJs que demonstram habilidade mágica, ou a
habilidade de atacar à distância. Se os PJs tentarem forçar com-
bate corpo-a-corpo com os guardas, três dos guardas correm
para cima deles com machados ou espadas, enquanto o quarto
fica para trás e tenta acertar PJs que não estão em combate com
seus rifles.
O quinto guarda tem a intenção de assassinar (dessa maneira si-
lenciando) os dois jovens reféns. Quando o combate começa, os
PJs tem exatamente três turnos para chegar ao celeiro e impedir
o guarda de matar as duas crianças. Esta não é uma tarefa fácil,
uma vez que os guardas restantes fazem tudo que podem para
conter os PJs com ataques à distância.
Se três guardas forem mortos, os dois restantes tentarão escapar.
Até certo ponto, eles são leais a Vladislav, mas não estão dispos-
tos a morrer por ele.
TERRENO
O campo de batalha para o encontro é mostrado no mapa, com
a posição inicial dos guardas de Bowden. Também apresenta as
seguintes características de terreno.
• Fardos de feno: a pilha de feno mofado tem três metros de
altura e pode ser escalada sem um teste de perícia. Ela é
muito instável e qualquer ação violenta em cima da pilha
pede uma jogada de AGI contra um número alvo de 12. Uma
falha significa que o feno desaba e os PJs caem no chão e
sofrem uma jogada de dano de POD 6.

71
 ESPÍRITO NO AÇO

Se os PJs investigarem mais para descobrir para quem os homens

GUARDAS DE BOWDEN (5) PE: 4 estão trabalhando, eles vão topar com uma resistência muito
VEL FOR ACO ADI DEF ARM forte, sofrendo uma penalidade de –3 nas jogadas de Interroga-
5 6 6 6 12 13 tório para tirar essa informação. Mesmo que os PJs consigam, só
VON INICIATIVA DETECTAR ESGUEIRAR-SE descobrem o nome Vladislav.
9 13 6 5
Se os PJs conseguirem salvar os aldeões, que são os gêmeos
MACHADO OU ESPADA mencionados por Aideen na Cena 1: O Massacre, podem
POD P+F conversar com as crianças (as chaves dos grilhões estão com
3 9
Bowden, ou os eles podem ser abertos com um teste bem-
RIFLE MILITAR sucedido de AGI + Arrombar contra um número alvo de
POD ALC ADE 12). Ambos estão apavorados e só conseguem dizer pros PJs
4 8 — partes de informação. Eles conseguem lembrar que logo após
HABILIDADES a batalha com os Iluminados, o homem de manto (Bowden)
voltou ao laboratório e começou a mexer no gigante-de-guerra.
Recarga Rápida: ganha uma ação rápida adicional que só pode ser usada para recarre-
gar uma arma de ataque à distância. Depois de mais ou menos uma hora, começou a ler algo em
Sentinela: uma vez por rodada, se um inimigo entrar na linha de visão, pode fazer
uma língua estranha, de um livro. Teve um lampejo brilhante
imediatamente um ataque contra esse inimigo. de uma luz esverdeada e ele tombou no chão. Pouco depois,
a fornalha e a caldeira do gigante-de-guerra acenderam e ele
VITALIDADE 7 começou a destruir o laboratório. Pegou Bowden, atravessou a
TAMANHO DA BASE PEQUENO parede e começou a lutar com os homens lá fora.
EQUIPAMENTO Os PJs podem perceber o que está acontecendo agora, embora
Machado ou espada, rifle militar, armadura de infantaria, 1d6 CO cada. as peças finais do quebra-cabeça estejam dentro do celeiro e no
laboratório de Bowden.
• Galpão: as portas do galpão estão destrancadas e seu inte-
rior está escuro. Não há janelas. Um barril ao lado do galpão
permite que um PdJ ou inimigo chegar ao telhado com uma
jogada bem-sucedida de FIS + Saltar contra um número
alvo de 14 seguida por uma jogada bem-sucedida de AGI +
Escalar contra um número alvo de 12.
• Muro: o muro tem um metro e oitenta de altura e é largo o
suficiente para se ficar em pé em cima dele. Escalar o muro HERÓIS AFOITOS
pede uma jogada bem-sucedida de AGI + Escalar contra um
número alvo de 12. Se os PJs não quiserem explorar o celeiro e, em vez disso,
escolham perseguir o gigante-de-guerra após derrotarem os
DESFECHO guardas de Bowden, deixe-os fazer isso e vá diretamente para
a Cena 5: O Homem na Máquina. Embora não tenham
Se os PJs forem vitoriosos no combate, podem examinar os cor-
toda a informação que precisam para negociar com Bowden, o
pos, (incluindo aqueles dos Iluminados). Uma jogada bem-su-
cedida de PER + Detectar contra um número alvo de 12 mostra encontro não precisa terminar em um combate sangrento. Se
que todos possuem equipamentos e armas similares, apesar de você jogar com a relutância do gigante-de-guerra possuído em
não usarem uniformes. E todos parecem ser do norte, e usam sua lutar com os heróis e dar um destaque especial ao seu desejo
barba e cabelo ao estilo khadorano. de proteger o corpo de Bowden, pode ser o suficiente para
os PJs terem uma resolução pacífica. Não esqueça que caso
Se os PJs conseguirem manter um ou mais guardas vivos, po-
os PJs não tenham tomado providências para que os gêmeos
dem tentar um interrogatório (os guardas têm uma combinação
resgatados fiquem em um local seguro, eles vão segui-los e
de FIS + INT de 9). Uma jogada bem-sucedida de Interrogatório
podem atrapalhar!
permite descobrir o seguinte:
• Eles receberam ordens de proteger o arcanista Bowden Se os PJs destruírem Bowden e então retornarem ao celeiro
Haightly enquanto ele faz sua pesquisa. e obterem a informação acima, a tragédia da situação do
arcanista aumenta mais ainda. Os heróis tiveram a chance de
• Eles atacaram a vila de pescadores para conseguir cobaias
consertar uma grave injustiça e falharam.
para a pesquisa de Bowden.
• Eles foram atacados mais cedo por três Iluminados. Eles
mataram dois e repeliram o terceiro.
• Bowden retirou-se para seu laboratório após a batalha. Cerca
de uma hora depois, o gigante-de-guerra irrompeu pela
parede do celeiro e os atacou.

72
CENA 4:
CELEIRO DE IDEIAS
Investigação/Interpretação
Com os guardas derrotados, os PJs podem investigar a área.
Porém, o único ponto de interesse é o laboratório no celeiro.
Quando os PJs entrarem no celeiro, leia ou descreva o seguinte:
O interior do celeiro é iluminado por um lampião pendurado nas vigas
por uma corrente e pela luz do sol que entra pelo buraco na parede oeste.
Uma coleção de mesas repletas de equipamento alquímico e arcano que-
brados domina a metade leste do espaço, enquanto a metade oeste está
tomada por equipamento visto em uma oficina de gigantes-de-guerra.
A busca no laboratório resulta em três itens importantes: a
tradução parcial do Librum Mekanecrus; as notas da pesquisa de
Bowden, e seu diário. Juntos, os três itens podem responder os
pedaços que faltavam da história. Uma combinação de pesquisa
e dedução diz aos PJs mais sobre os experimentos de Bowden e
o que ele pretendia fazer. O diário revela mais sobre porque ele
estava fazendo aquele trabalho para começar. Mais importante
ainda, lhes dará alguma informação sobre Vladislav Abrosim.
Os PJs não têm tempo suficiente para pesquisar direito o material
no local, mas uma leitura rápida pode fornecer boas informaçãos.
Após dez minutos virando páginas, deixe um jogador fazer uma
jogada de INT + Pesquisar para determinar o que conseguiu
a partir dos livros. A jogada pode ser feita sem treinamento. A
quantidade de informação obtida será determinada pelo total.
• 10 ou menos: Bowden estava interessado em necromancia e
magia das almas, mas abandonou sua pesquisa quando perce-
beu que teria de comprometer sua moralidade pra continuar.
• 11 a 13: a pesquisa de Bowden estava centrada na mani-
pulação da alma para conceder as pessoas a habilidade de
comandar gigantes-de-guerra. Ele estava usando a tradução
do Librum Mekanecrus pra aprimorar sua pesquisa.
• 14 +: Bowden continuou sua pesquisa contra sua vontade
sob ordens de um misterioso indivíduo chamado Vladislav
Abrosim. O laboratório, assim como os guardas, foram
providos por essa pessoa.
A última peça importante de informação vem do diário de Bow-
den, o último registro, escrito apenas algumas horas atrás. Deixe
os PJs a encontrarem sem uma jogada de Pesquisar.
Preciso apenas mergulhar completamente no horror e na loucura para
me ver livre de Vladislav e desta pesquisa infernal. Seria fácil matar
estas crianças, usar seu sangue e almas para terminar este trabalho.
Mas não posso. Temo que minha alma esteja irreparavelmente macu-
lada mesmo agora, e se tomar as vidas deles, não serei melhor que os
capangas de Vladislav. Não. O trabalho terminará logo e eu carregarei
o fardo de seu custo em minha própria carne, em minha própria alma.
Talvez este mal venha a ser a chave da minha salvação, seu poder seja
suficiente para libertar-me das garras de Vladislav. Que algum bem
possa vir deste dilema miserável.
Os PJs podem perceber o que aconteceu com Bowden e concluir
que sua alma e consciência agora estão no gigante-de-guerra.
CENA 5: O HOMEM
NA MÁQUINA
Combate/Interpretação
A cena final da aventura força os PJs a lidar com Bowden
Haightly, cuja alma e consciência agora estão no córtex do
gigante. Podem ter descoberto que Bowden fez sua pesquisa
necromântica contra sua vontade e que ele escolheu colocar sua
própria vida e alma em perigo em vez das crianças capturadas.
O sofrimento de Bowden pode gerar alguma simpatia, fazendo
os PJs irem atrás dele. Se não for o caso, ou se não tiverem enten-
dido que o gigante-de-guerra é Bowden, os PJs deveriam estar
preocupados em deixar um gigante-de-guerra descontrolado
solto pelos campos.
Rastrear Bowden é muito simples, já que ele deixou uma trilha
de destruição pela floresta. Nenhuma jogada é necessária para
seguir o gigante-de-guerra.
Quando os PJs encontrarem Bowden, cerca de um quilômetro e
meio a três, dentro da floresta, leia ou descreva o seguinte:
O gigante-de-guerra permanece protegendo o corpo do homem de vestes
cinzentas. Seu único olho brilha com um verde malevolente e quando
vocês se aproximam, ele solta um silvo de vapor e ergue sua lança.
Bowden está desesperado e aterrorizado. Ele acredita que os
PJs querem destruí-lo. Eles tem duas opções para lidar com o
gigante-de-guerra possuído: lutar com ele ou tentar acalmar o
arcanista aprisionado dentro dele. Se os PJs decidirem entrar
em combate com Bowden e tentarem destruir seu corpo de
gigante-de-guerra, descobrirão que não é uma tarefa fácil.
Ele controla a enorme máquina da mesma maneira que faria
com seu próprio corpo e ainda comanda as habilidades de um
formidável arcanista. Se os heróis escolherem tal caminho, vá
para Táticas de Bowden.
Supondo que os PJs conseguiram reunir as informações do
diário de Bowden e de outros documentos, poderiam se apiedar
do arcanista chantageado e tentar argumentar. Esta é uma tarefa
difícil, mas se abordarem a situação com cuidado, podem chegar
a uma solução pacífica. Se os PJs tentarem isso, continue em
Negociando com Bowden.
NEGOCIANDO COM BOWDEN
Se os PJs decidirem que querem tentar ajudar Bowden, podem
fazê-lo, porém é preciso acalmá-lo primeiro. O arcanista está
aterrorizado e hostil e acredita que os PJs querem capturá-lo
ou matá-lo. Ele está preparado para lutar e não quer conversa.
Para conseguir acalmá-lo, os PJs precisam primeiro atrair sua
atenção, com um a jogada bem-sucedida de Negociação contra
um número alvo de 15. Como este é um teste social, o Mestre vai
determinar o atributo usado na jogada de Negociação baseado
na abordagem dos PJs. Por exemplo, se tentarem dialogar com
Bowden, pode fazer uma jogada de INT + Negociação. Se ten-
tarem uma abordagem mais enérgica (o que é desaconselhável),
fazem uma jogada de FIS + Negociação. Com uma jogada bem-
sucedida, Bowden não ataca, dando aos PJs a chance de falar.
73
 ESPÍRITO NO AÇO

BOWDEN HAIGHTLY,
GIGANTE-DE-GUERRA POSSUÍDO FAZENDA ABANDONADA
VEL FOR ACO ADI DEF ARM
6 8 6 5 12 16 G
VON INICIATIVA DETECTAR ESGUEIRAR-SE
11 14 5 2 B
LANÇA
POD P+F
8 12
A lança tem Alcance.
Um personagem no arco frontal de um gigante-a-vapor armado com uma lança sofre –2 nas
jogadas de investida, ataques poderosos de lançar e ataques de impacto contra o gigante-a- B - CORPO DE BOWDEN
vapor. G - GIGANTE-DE-GUERRA
PUNHO
POD P+F Embora Bowden esteja incapaz de falar, ainda pode entender os
1 9 PJs e até mesmo se comunicar com eles de forma limitada, com
gestos simples e exalações criativas de vapor.
HABILIDADES
Magias: Arcano 5, tecelão da vontade. Uma vez que os PJs consigam a atenção de Bowden, podem
Conjurador Rápido: tem uma ação rápida adicional que só pode ser usada para lançar continuar o acalmando com mais testes de Negociação (a quan-
uma magia. tia exata o Mestre escolhe, entre três e cinco). Os PJs precisam
Pontos de Façanha: começa cada encontro com um ponto de façanha e recebe um convencer Bowden de duas coisas: 1) Eles não lhe desejam mal
ponto de façanha no começo de cada um de seus turnos. Só pode ter um ponto de façanha e não fazem parte da Ordem de Iluminação, nem tem ligação
de cada vez.
com Vladislav Abrosim e 2) eles entenderam o que aconteceu
Poder Maior: pode manter uma magia a cada turno sem gastar um ponto de foco ou e desejam ajudá-lo a retornar ao seu corpo. Personagens com
ganhar um ponto de fadiga.
o conhecimento ou as perícias apropriadas para situação de
MAGIAS CST ALC ADE POD MAN OFE Bowden podem reforçar os argumentos. Por exemplo, você
Aura de Proteção 2 CJR CTR — Sim Não pode dar aos PJs bônus de +1 ou +2 nos testes da perícia
Enquanto o conjurador controlar a área, personagens aliados ganham +2 ARM. Negociação se tiverem um mekânico arcano com eles, ou se
Raio Arcano 2 12 — 11 Não Não um deles possui conhecimento considerável sobre mekânica,
Raios de energia mágica saltam em direção ao alvo.
conhecimento arcano ou mesmo sobre mortos-vivos. Se os
Rajada de Vento 2 CTR 5 — Não Não jogadores possuírem outras perícias ou conhecimentos que
Coloque uma ADE de 5’’ dentro da área de controle do conjurador. Efeitos de névoa dentro
da ADE terminam e personagens dentro da ADE sofrem –3 no ADI. A ADE dura uma rodada. sejam apropriados, permita que usem essas habilidades caso
tenham um argumento convincente para elas.
TAMANHO DA BASE MÉDIO
Se os PJs conseguirem convencer Bowden de suas boas inten-
TABELA DE DANO
ções, ele irá cooperar. Se as negociações forem interrompidas
ou os jogadores fizerem um movimento ameaçador, Bowden
1 2 3 4 5 6 ataca. Porém, caso o combate aconteça, você pode deixar que
os jogadores bem-intencionados tenham uma segunda chance
de dialogar com Bowden se pararem o combate e tentarem
reestabelecer as negociações. Se os PJs falharem uma segunda
vez, Bowden estará além da razão e eles serão forçados a lutar
E D por suas vidas.

E E M C D D TÁTICAS DE COMBATE DE BOWDEN

M M C C Bowden é um oponente formidável em seu corpo de gigante-
de-guerra. Apesar de apavorado e enfurecido, ele conserva o
suficiente de suas faculdades mentais para usar efetivamente
suas magias. Ele já terá conjurado Aura de Proteção e irá
mantê-la a cada turno com Poder Maior. Se confrontado com
ataques a distância, conjurará Rajada de Vento a cada turno para
mantê-los sob controle.
Com suas magias ativadas, Bowden ataca visando PJs que
representam a ameaça mais imediata (óbvia habilidade arcana,
causaram dano no último turno, etc). Atacará este indivíduo com
sua lança e então usará uma ação rápida para alvejar outro PdJ

74
com Raio Arcano. Bowden gastará seu ponto de façanha para
usar Esquiva Heroica ou para reposicionar-se de forma segura
no campo de batalha com Aparar.
DESFECHO
Se os PJs destruírem o gigante-de-guerra de Bowden, sua cons-
ciência e alma serão destruídas com ele. É um destino terrível, e
os PJs devem ficar cientes disso.
Leia ou descreva o que vem a seguir quando os PJs derem o
golpe final contra o gigante-de-guerra:
O gigante-de-guerra cai de joelhos, vazando fluidos. Fagulhas saltam
de sulcos profundos em seu casco e o brilho esverdeado em seu único
olho bruxuleia e então se apaga. Ele cai para frente, liberando um
arrepiante guincho metálico, que você espera que seja simplesmente o
som de seu casco amassando sob o peso de seu corpo.
Se os PJs conseguiram acalmar Bowden, obtiveram um grande
êxito. Se desejam ajudá-lo a retornar ao seu corpo, precisam
preservar o córtex do gigante-de-guerra onde a alma e a
consciência de Bowden estão, mantê-lo abastecido de carvão
para que permaneça com movimento e de alguma maneira
esconder uma criatura que será vista como nada menos que
um monstro enlouquecido pela Ordem de Iluminação. Mais
informação sobre para onde os PJs devem ir a partir daqui está
na seção Conclusão.
Embora derrotar Bowden ou ser bem-sucedido na negociação
com ele termine esta aventura, os PJs chamaram a atenção de
um inimigo poderoso. Vladislav Abrosim estava observando-os
através de seus corvos mortos-vivos.
Se os PJs falharam em perceber os corvos mortos-vivos durante
a aventura, leia ou descreva o seguinte:
O estridente grito de um corvo corta o silêncio da floresta. Vocês vêem
o grande pássaro empoleirado em cima do galho alto de uma arvore pró-
xima. Ele vira a cabeça em sua direção. Seus pequeninos olhos negros
subitamente piscam com um estranho brilho esverdeado e ele solta um
último guincho penetrante antes de levantar voo.
CONCLUSÃO
Dependendo de como os PJs lidaram com Bowden, a aventura
os deixa com um número de possibilidades interessantes e o
potencial para mais aventuras. Abaixo estão as reações das dife-
rentes organizações envolvidas na aventura e como elas podem
reagir as ações dos PJs.
CAPITÃ FINNEAN/
GUARNIÇÃO ESCUDO DO SUL
Os oficiais da guarnição Escudo do Sul, mesmo não sendo tão
influentes quanto as outras organizações envolvidas na aventu-
ra, podem ser bons aliados dos heróis e servir como possíveis
provedores de mais aventuras.
Se os PJs devolverem os aldeões ilesos em Escudo do Sul, rece-
bem a gratidão da Capitã Finnean e uma pequena recompensa
em dinheiro (50-100 CO).
Se os PJs tiveram um desempenho particularmente bom, a
Capitã Finnean pode querer mantê-los por perto. Bandidos e
outras ameaças são bem comuns nos arredores de Escudo do
Sul e a Capitã Finnean vê muitos benefícios em ter um grupo de
mercenários habilidosos à disposição.
A ORDEM DE ILUMINAÇÃO
A Ordem de Iluminação é uma organização poderosa e impla-
cável, a qual não é bom contrariar. Dependendo das ações dos
heróis e de como eles lidaram com Bowden, eles podem tornar-
se aliados valiosos ou perigosos inimigos da Ordem.
Deve ficar evidente para os PJs que a tradução do Librum Meka-
necrus é muito perigosa e deve ser devolvida para a Ordem de
Iluminação. Eles serão generosamente recompensados (250 CO
ou o equivalente em equipamento) por devolver o Librum e
terão a gratidão da Ordem.
Se os PJs foram capazes de dialogar com Bowden depois de
sua transformação, tem um dilema interessante. Podem tentar
ajudar o gigante-de-guerra possuído, mas será difícil. Podem
tentar falar a favor de Bowden com a Ordem de Iluminação,
ganhar algum crédito com a ordem se devolverem o Librum
Mekanecrus e os corpos dos Iluminados mortos. Ainda assim
será uma tarefa quase impossível, uma vez que a Ordem vê
Bowden como uma terrível ameaça. Na melhor das hipóteses, é
quase certo que a Ordem não permitirá que ele permaneça livre
e desejará mantê-lo sob sua custódia.
VLADISLAV ABROSIM,
LORDE CINZENTO RENEGADO
O ex-Lorde Cinzento Vladislav Abrosim está deveras insa-
tisfeito com os heróis interferindo em seus planos. Ele estava
espionando-os através de seus corvos e está ciente das ativida-
des deles. Vladislav é um inimigo poderoso e pode facilmente
servir como vilão principal nas próximas aventuras. Com o que
aprenderam do diário de Bowden, os PJs podem ter uma boa
ideia de que contrariaram um indivíduo poderoso e malévolo,
que certamente buscará vingança.
Temos algumas sugestões sobre como Vladislav pode fazer sua
influência e presença conhecidas dos PJs no futuro.
• Embora os experimentos de Bowden acabaram fracassando,
Vladislav permanece interessado no Librum Mekanecrus. Ele
pode tentar recuperar a tradução antes que os PJs tenham
chance de devolvê-la a Ordem da Iluminação.
• Vladislav será perspicaz para manter sua identidade em
segredo o melhor possível. Seus assassinos podem atacar
quando os PJs menos esperam, enquanto viajam entre cida-
des, na sua taverna favorita ou mesmo enquanto dormem
em suas casas.
• Os PJs se mostraram capacitados, de modo que Vladislav
pode se interessar em contratá-los. Recusar tal oferta irá ape-
nas alimentar sua fúria e garantir que queira se vingar deles.
75
 A OCUPAÇÃO ORGOTH
Por Michael Sanbeg • Arte de Alberto Dal Lago e Chris Walton
Os anos finais do século 7 AR (antes da Rebelião) foram um
período de grande progresso em toda Immoren ocidental, já que
a consolidação de reinos fortes através da Era das Mil Cidades
permitiu uma estabilidade sem precedentes entre as nações
humanas. A prensa móvel foi vastamente utilizada nessa época,
permitindo a difusão de conhecimento e avanços científicos
como a alquimia, engenhos a vapor e maquinário de pistões.
608 AR
Uma vasta armada orgoth aporta na costa da Ilha Garlghast e co-
meça a construção da grande fortaleza de Drer Drakkerung. Ela
viria a servir como o principal ponto de entrada para a conquista
orgoth, assim como uma base para chegada de reforços e supri-
mentos, e envio de para sua terra natal. Os orgoth logo iniciam
uma série de pilhagens e ataques ao longo da costa immoresa.
600 AR
Os navios negros orgoth entram no Extremo Partido e aportam
em Ohk para a incursão inicial no continente de Immoren, come-
çando os ataques contra o império khárdico.
597 AR
Forças orgoth avançam para o sul e destroem a vila khárdica de
Borzovin, ao norte do lago Zeretsk. Os habitantes escravizados de
Borzovin iniciam a construção da cidade orgoth de Uld Vroggen,
que em breve serviria como a capital norte do Império Orgoth.
76
Construtores de navios tordoranos construíram o primeiro navio
oceânico movido a vapor em 620 AR, e a primeira locomotiva foi
desenvolvida em Korsk menos de duas décadas depois. Con-
forme o século se aproximava do seu final, os khards estavam
ocupados estabelecendo as bases da primeira linha férrea do
mundo. Isso seria o primeiro dos muitos avanços que teriam um
fim abrupto quando o século 6 começou.
595 AR
A Armada Tordorana, no ápice de seu poder, consegue diversas
vitórias menores contra a frota orgoth.
593 AR
Ocorre a Batalha das Mil Velas, a mais sangrenta batalha naval na
história de Immoren, onde a Armada Tordorana é destruída após
emboscar uma frota orgoth combinada no Canal do Açougue, a
oeste da Ilha Garlghast. Após essa vitória, forças orgoth destroem
a cidade tordorana de Corbhen. Preocupadas com as habilidades
de construtores navais e de navegação dos tordoranos, generais
orgoth ordenam que a maioria das populações desse e outros
assentamentos na costa fosse morta em vez de escravizada.
593 AR
Os navios negros orgoth saqueiam a cidade de Larkholm e a
queimam até o chão antes de aportar na Cidadela Monolítica no
oeste de Caspia. Ali, sacerdotes e bruxas de guerra conduzem
cerimônias negras para consagrar a invasão orgoth, assassinan-
do a população local e lançando os corpos mutilados no mar.
Escravos são reunidos da área ao redor e começam a construção
de uma fortaleza naval no Forte a Cidadela Monolítica.
592 AR
Navios negros velejam até Rohannor e avançam para a cidade de
Tordor, onde hoje fica Merin, para destruir a cidade e escravizar
sua população. A nação cai sob domínio orgoth pouco depois.
Escravos tordoranos começam a construir uma grande fortaleza
naval orgoth nas ilhas de Cinco Dedos.
591 AR
Um enorme acampamento escravo, no que hoje é conhecido
como As Tocas, é construído ao norte de Cinco Dedos, na recém-
construída estrada rumo a Tordor.
589 AR
Navios fluviais thurianos e caspianos começam a fazer saques
ocasionais contra postos avançados orgoth, mas não alcançam
vitórias substanciais.
588 AR
Navios negros avançam subindo o rio Poça de Asco e alcançam
Khardov, mas sem força suficiente para sobrepujar a cidade.
586 AR
Thuria e a maioria das Terras do Meio caem sob domínio orgoth.
As terras ao sul do Língua do Dragão e a oeste do Rio Negro são
consolidadas com um governo Orgoth único.
584 AR
Os orgoth conquistam Khardov, subsequentemente destruindo
boa parte da cidade e usando a população escravizada para
reconstruir a área. Durante a reconstrução, minério de ferro
é descoberto sob a cidade e nas colinas ao redor, que é então
largamente extraído para abastecer o esforço de guerra orgoth.
581 AR
A conquista do Império Khárdico diminui temporariamente
o avanço das forças orgoth no sul do Império Khárdico, em
Valozkya.
569 AR
Na derrota final do Império Khárdico, os Orgoth conquistam a
capital umbreana de Korska após um cerco prolongado.
557 AR
Os Orgoth começam a construção de uma série de fortalezas e
templos ao longo das Montanhas da Muralha da Serpente.
542 AR
Após um cerco prolongado, os Orgoth conse-
guem o controle da cidade fortificada de Leryn.
Rynyr e o leste de Umbrey são consolidadas em
um único governo. Um exército imenso avança de Ryn para
a fronteira sul de Rhul, eventualmente quebrando as defesas
externas do Forte Horgen e iniciando um conflito de três meses
que quase sobrepuja as consideráveis defesas internas do forte.
As perdas dos invasores, contudo, são tamanhas que Rhul é
declarado inconquistável pelo sul. Os planos originais de se
estabelecer um ponto em Rhul e, dali, começar a conquista
de Rhul e Ios são adiados. Tais avanços nunca são retomados.
Korska, considerado por Orgoth como um antro de insurgência,
é destruída e sua população massacrada.
538 AR
Buscando expandir suas terras além de Garlghast para o restante
das Ilhas Scharde, os navios negros orgoth destroem uma frota
satyxis enviada para interceptá-los. Em reposta, Lorde Toruk
toma pessoalmente os céus pela primeira vez em séculos e
aniquila toda a frota orgoth nas proximidades das ilhas. Orgoth
nunca mais desafiaria a nação de Cryx.
517 AR
Forças orgoth destroem Forte Rhyker, um baluarte para uma
pequena e bem armada resistência de morridanos.
503 AR
Sacerdotes orgoth começam a construção do Templo de Garrodh
dentro da Floresta dos Espinhos no local de antigas ruínas
morridanas. Nas décadas seguintes, milhares de escravos serão
brutalmente torturados e sacrificados para santificar o templo.
481 AR
Tendo conquistado a maioria dos centros de autoridade huma-
nos no oeste de Immoren, os governadores orgoth instituem
políticas que mudam seu foco de conquista para o aprimora-
mento das terras ocupadas e sua infraestrutura. Generais orgoth
trabalham para dominar assentamentos humanos pequenos e
remotos e começam um processo de séculos de rastrear e elimi-
nar grupos militantes.
462 AR
Tiranos orgoth ordenam a captura e execução de inventores,
cientistas e alquimistas. Isso inclui a destruição sistemática de
prensas móveis e uma ampla variedade de materiais impressos.
A Igreja de Morrow inicia um esforço para preservar e esconder
todo o conhecimento possível.
Coleira de ferro utilizada por escravos,
descoberta perto de Nova Vroggen
77
 A OCUPAÇÃO ORGOTH
Escudo de um capitão orgoth,
cerca de 400 AR
433 AR
Caspia Oeste cai sob controle dos Orgoth, efetivamente garan-
tindo aos invasores controle absoluto sobre Immoren ocidental.
A cidade murada de Caspia passa a ser o único assentamento
humano significativo livre do controle orgoth.
392 AR
Os Orgoth formalmente banem a Ordem da Muralha, agora
reconhecido como uma organização militante subversiva.
376 AR
Bruxas de guerra Orgoth estabelecem um posto avançado remoto
dentro das ruínas da Antiga Acrennia.
321 AR
Para consolidar o comércio ao longo dos maiores rios da região,
os Orgoth começam a construção da cidade hoje conhecida como
Corvis, na confluência do Língua do Dragão e do Rio Negro. A
cidade eventualmente servirá como a sede regional do governo.
289 AR
Tendo há muito abandonado seu nome de família e uma vida
de relativo privilégio, uma mulher agora conhecida como Ro-
wan ascende para se juntar a Morrow depois de um esforço de
décadas para diminuir o sofrimento do povo. Essa indisputável
evidência da compaixão de Morrow espalha ainda mais os ensi-
namentos de Morrow e aumenta o declínio da fé menita.
243 AR
Em retaliação por abrigar rebeldes, a cidade skirov de Porsk é
queimada e sua população executada.
150 AR
Thamar supostamente imbuiu o Dom da Magia na humanidade,
de acordo com presságios de seus mais devotos seguidores. Acre-
dita-se que uma cabala de ocultistas chamados de O Círculo do
Juramento se formou baseando-se nesses primeiros presságios.
78
140 AR
Sobrepujados por estranhas visões e separados de suas conexões
com os deuses, sacerdotes iosanos — exceto os sacerdotes da
deusa Scyrah — são levados à loucura. Nos anos seguintes,
alguns iosanos ligarão tal evento à ascensão da magia humana,
teoria que por fim fará surgir a Retribuição de Scyrah.
137 AR
A primeira feiticeira humana conhecida, uma thuriana chamado
Madruva Dagra, mata três soldados orgoth próximo a Tarna.
Em retaliação, Dagra e sua família inteira são caçadas e mortas
e Tarna é destruída.
129 AR
Os orgoth expandem uma prisão subterrânea existente sob a
base naval de Cinco Dedos, criando um local para interrogató-
rio, tortura e sacrifício ritual de magos rebeldes.
96 AR
Sebastian Kerwin publica Dissertações sobre Formulação
Taumatúrgica, um estudo sobre o controle da magia através
de runas.
81 AR
Kerwin institui a Academia de Arcanistas, a primeira assembleia
de magos conhecida, em Ceryl.
73 AR
Kerwin publica A essência da magia divina.
69 AR
Dominic Cavanaugh, um discípulo de Kerwin, organiza uma
investida para libertar mais de trezentos escravos thurianos. Os
orgoth retaliam rastreando e executando todos os responsáveis,
incluindo Cavanaugh. Acreditando que a Igreja de Morrow foi
responsável por esse levante, tiranos orgoth cometem a Matança
do Vicariato na cidade de Fharin, matando mais de quinhentos
sacerdotes das fés menita e morrowana.
67 AR
Kerwin e seus seguidores se unem ao Círculo do Juramento,
mas mudam seu foco do misticismo esotérico thamarita para o
refinamento sistemático de princípios arcanos.
64 AR
Kerwin publica Síntese, essencialmente inventando a mekânica.
Consideráveis esforços para copiar e distribuir conhecimento
arcano são iniciados dessa vez, contudo tais esforços acabam
permitindo que espiões orgoth rastreiem a Academia de Arca-
nistas até Ceryl.
63 AR
Os Orgoth destroem a Academia de Arcanistas, supostamente
matando Kerwin. Seu corpo, porém, jamais é encontrado.

59 AR
Agathius Nerrek, o discípulo mais poderoso de Kerwin, reorga-
niza o Círculo do Juramento. Sob sua direção estabelecem casas
seguras em Ceryl, Fharin, Merin e Merywyn.
54 AR
Os Orgoth iniciam uma caçada brutal a arcanistas conhecida
como Caçadas aos Magos, destruindo o Círculo do Juramento.
25 AR
Em seus esforços contínuos para combater os orgoth, membros
sobreviventes do Círculo do Juramento formam a Ordem do
Crisol Dourado em Leryn sob o disfarce de estudar alquimia.
1 DR
O governador orgoth destacado na fortaleza em Fharin se
prepara para enviar um dízimo de oito mil escravos através de
Meredius, entre eles todos os proeminentes sacerdotes menitas
e morrowanos da cidade. O incidente provoca um levante geral
entre os cidadãos que são auxiliados pela distribuição de armas
alquímicas da Ordem do Crisol Dourado. O governador orgoth
é morto com suas bruxas de guerra e a notícia desse sucesso inci-
ta uma ampla Rebelião contra os orgoth. A primeira organização
Rebelde recebe o nome de a Irmandade do Ferro.
7 DR
A Irmandade do Ferro é destruída depois que seus líderes são
capturados e publicamente executados por um grupo de guer-
reiros orgoth e bruxas de guerra. Isso não diminui a revolta na
população em geral, mas a aumenta. Os mortos são declarados
mártires da causa.
16 DR
Os descendentes dos senhores dos cavalos umbreanos e khards
cavalgam no terreno montanhoso próximo a Rhul para iniciar
ataques organizados contra os orgoth.
25 DR
Um ocultista estudioso chamado Nivara, considerado por mui-
tos como o legítimo sucessor de Kerwin ascende como Prole de
magos e feiticeiros thamaritas.
28 DR
O Alquimista Aurum da Ordem do Crisol Dourado, Oliver
Gulvont, inventa a primeira arma de fogo, utilizando um pó
alquímico explosivo para propelir o tiro.
32 DR
A Batalha dos Cem Magos. A cidade de Tordor é libertada com o
auxílio de mais de cem arcanistas, antigos estudantes de Kerwin
e Nivara, liderados pelo Arquimago Cortis Vendarl.
40 DR
Praticamente recuperados da derrota na Batalha dos Cem Ma-
gos, os Orgoth recapturam Tordor e executam todos os arcanis-
tas conhecidos. Muitos arcanistas e alquimistas escapam para o
sul e o leste, os seguidores dos que iriam eventualmente auxiliar
na construção dos primeiros colossais em Caspia.
79 DR
Alquimistas do Crisol Dourado melhoram seus projetos iniciais
de armas de fogo e passam a empregar um mecanismo de fecho
de agulha, começando a produção de armas de fogo em escala em
uma forja secreta próxima ao abandonado Coliseu de Merywyn.
83 DR
A praga rasga-pulmão começa, atacando severamente tanto
orgoth quanto immoreses.
84 DR
Rynyr é liberta por um exército de revolucionários armados com
rifles conhecidos como o Exército do Trovão.
85 DR
O Exército do Trovão interrompe linhas de suprimento orgoth
em Forte-do-Meio e Merin.
86 DR
A Batalha da Cabeça de Trovão. O Exército do Trovão repele dez
mil orgoth em Leryn com magias de batalha, granadas alquí-
micas e enormes salvas de tiros de rifle. Leryn se mantém livre
tornando essa a primeira grande vitória da Rebelião, contudo os
orgoth retomam o restante de Rynyr.
A Fortaleza Cabeça de Trovão é construída em Leryn como uma
base para o Exército do Trovão e o quartel general da Ordem
do Crisol Dourado. Embora o Exército do Trovão sofra pesadas
represálias e grandes perdas para os orgoth nos anos subsequen-
tes, mantém sua base em Leryn.
87 DR
Orgoth desenvolve suas próprias armas de fogo, conhecidas
como dragões negros, precursores das escopetas modernas.
Moedas do Império
Orgoth, coleção
da Fortaleza
Cabeça-do-Trovão
79
 A OCUPAÇÃO ORGOTH
93 DR
Após matar milhares de pessoas em Rynyr, Tordor e Caspia,
a praga rasga-pulmão é curada por um arcanista e alquimista
chamado Corben.
102 DR
Corben ascende como o patrono da alquimia, astronomia e do
arcano. Isso é visto como um sinal da aprovação de Morrow para
arcanistas que aplicam seus poderem em busca do bem maior.
107 DR
Usando os princípios arcanos expostos por Kerwin em Síntese,
Victor Baerd cria a primeira placa rúnica arcana.
111 DR
A Ordem Fraternal de Magia é fundada por Victor Baerd numa
rede de túneis sob Ceryl.
124 DR
O Mago Aurum Phineas Bainbridgem da Ordem do Crisol
Douradom cria um protótipo de um acumulador arcanodi-
nâmico capaz de armazenar energia arcana por um extenso
período de tempo.
147 DR
Senhores dos cavalos umbreanos, liderados pelo Príncipe
Buruvan Tzepesci unido a um exercido de nômades rynistas,
libertam Korsk e Rorschil do controle orgoth.
149 DR
Umbreanos e khards suportam um cerco em Korsk e com o apoio
das cidades livres de Caspia e Leryn, e repelem atacantes orgoth.
155 DR
Um alquimista chamado Maximillian Nivin, depois de se unir à
Ordem Fraternal de Magia, cria a primeira matriz cerebral – um
dispositivo capaz de raciocínio limitado.
158 DR
Usando a matriz cerebral, Nivin e o aprendiz Elias Decklan
criam o primeiro autômato de tamanho humano, um precursor
para os antigos colossais e os gigantes-a-vapor modernos.
164 DR
As cidades livres de Korsk, Rorschik, Leryn e Caspia formam a
Aliança de Ferro em Merywyn, sob a liderança do recém-forma-
do Conselho dos Dez. A Aliança de Ferro declara guerra contra
os orgoth.
177 DR
Depois de ser contrabandeado de Ceryl para Caspia, Decklan
propôs a criação de colossais ao Conselho dos Dez, utilizando
uma versão mais avançada da matriz cerebral.
178 DR
Tomando um papel sem precedentes nos assuntos externos,
Rhul concorda em ajudar as nações humanas na construção dos
80
colossais e começa a contrabandear metais, minérios e compo-
nentes manufaturados para Caspia.
181 DR
A Aliança de Ferro começa a construção de fábricas secretas de
colossais.
Ellinsburg é liberta do controle orgoth.
185 DR
Os khards começam a construção de seus próprios colossais.
188 DR
Os orgoth descobrem planos khárdicos para criar colossais e
voltam todas as suas forças contra as fundições do colossal
em Korsk. Subsequentemente surge o rumor de uma traição
de Caspia ou de Rhul, criando um ressentimento entre muitos
khárdicos que persiste até os dias atuais.
191 DR
Os primeiros colossais são terminados e marcham para fora de
Caspia para destruir uma fortaleza orgoth próxima a Fharin, a
primeira de muitas a cair conforme os orgoth são expulsos dos
territórios no sudeste. A década é consumida em uma batalha
sem fim. A Aliança de Ferro enfrenta revezes conforme os
Orgoth aprendem a atacar os magos de batalha que controlam
os colossais, o que pede mudanças nas táticas da Aliança. Exér-
citos de suporte são postos em campo com os colossais, tendo a
proteção dos magos de batalha como sua mais alta prioridade.
Esses magos mais tarde seriam considerados os precursores dos
conjuradores de guerra atuais.
201 DR
Os Orgoth iniciam o Expurgo, destruindo a vasta maioria
de seus registros e estruturas, envenenando poços, salgando
campos e massacrando milhares de escravos antes de serem
expulsos da costa de Immoren. Eles recuam para consolidar
suas forças em Garlghast. Embora os exércitos de Cryx nunca
houvessem se movido contra a presença orgoth em Garlghast,
por motivos desconhecidos isso mudou. Uma frota cryxiana
ataca e captura os navios negros no porto e ancorados ao longo
do Canal do Açougue, enquanto uma vasta ordem de servos
força os exaustos orgoth a recuar para as muralhas de Drer
Drakkerung. Lá os orgoth sofrem um cerco de quatro meses.
Quando finalmente as forças de Cryx entram pelas muralhas
de Drer Drakkerung, bruxas de guerra orgoth iniciam uma
contra ofensiva suicida que aniquila a cidade, destruindo os
orgoth remanescentes com a maioria dos atacantes cryxianos.
Embora fosse levar séculos para Toruk repor suas forças, o
ataque é considerado um grande sucesso, já que Cryx recupera
uma vasta quantidade de conhecimento e artefatos místicos
dos orgoth derrotados.
202 DR
Os Tratados de Corvis são ratificados pelo Conselho dos Dez,
criando os Reinos de Ferro e definindo as fronteiras originais de
Cygnar, Khador, Llael e Ord.