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AS VANTAGENS DO SILÍCIO ORGÂNICO NA ESTÉTICA CORPORAL

Renara Santos de Araújo Gonçalves1

Silenir Cruz de Lima2

RESUMO

O envelhecimento cutâneo, seja intrínseco ou extrínseco pode acarretar alterações


na pele, unha e cabelos, decorrentes de processos como acentuada redução de
colágeno, glicosaminoglicanos e proteoglicanos, conjuntamente com a degeneração
de fibras elásticas, refletindo em atrofia da perda de elasticidade, rugas,
espessamento, manchas, ressecamento, desidratação fragilidade, queratoses
actínicas, alterações na estrutura de unhas e cabelos e neoplasias. Os materiais e
métodos utilizados foram a revisão de literatura, com a utilização de dez artigos
científicos em português e inglês publicados nos últimos dez anos. O silício orgânico
atua diretamente sobre o metabolismo celular, estimulando a síntese de fibras de
sustentação da pele, conferindo firmeza e tonicidade aos tecidos. Além disso, exerce
ação antioxidante, protegendo as células cutâneas, atua sobre o sistema de auto-
hidratação da pele, auxiliando na retenção do teor hídrico das células cutâneas e
permite a recuperação da capacidade de defesa natural da pele, afetada pela
exposição a radiação Ultra Violeta (UV). O uso do silício torna-se eficaz na
recuperação da pele envelhecida e desvitalizada, devolvendo ao tecido oxigenação,
nutrição, hidratação e vitalidade.

Palavras-chave: Saúde estética. Envelhecimento. Silício orgânico. Oligoelemento.

1
Acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Saúde Estética Instituto De Excelência Em
Educação e Saúde.Palmas-TO, Brasil. E-mail: nara.sabiomed@gmail.com
2
Acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Saúde Estética Instituto De Excelência Em
Educação e Saúde.Palmas-TO, Brasil. E-mail: silenirc@gmail.com
2

ABSTRACT

Skin aging, whether intrinsic or extrinsic, can lead to changes in skin, nail and hair,
resulting from processes such as marked reduction of collagen, glycosaminoglycans
and proteoglycans, together with degeneration of elastic fibers, reflecting in atrophy
of loss of elasticity, wrinkles, thickening. , blemishes, dryness, dehydration, fragility,
actinic keratoses, changes in the structure of nails and hair and neoplasms. The
materials and methods used were the literature review, using ten scientific articles in
Portuguese and English published in the last ten years. Organic silicon acts directly
on cellular metabolism, stimulating the synthesis of skin support fibers, giving
firmness and tone to the tissues. In addition, it has antioxidant action, protecting skin
cells, acting on the skin's self-hydrating system, helping to retain skin cell water
content and allowing the skin's natural defense ability to be restored, affected by
exposure to Ultra radiation. Violet (UV). The use of silicon becomes effective in the
recovery of aged and devitalized skin, returning to the tissue oxygenation, nutrition,
hydration and vitality.

Keywords: Aesthetic health. Aging. Organic silicon. Trace element.

INTRODUÇÃO

Sendo o segundo elemento mais abundante na natureza, o Silício é um metal


de transição. O mineral mais abundante na crosta da Terra e tem sido amplamente
utilizado na indústria, inclusive adicionado a alimentos e bebidas como um
conservante, porém em uma forma não absorvível pelo organismo (dióxido de silício)
(SCHOLZE, 2015).
O envelhecimento cutâneo, seja intrínseco ou extrínseco pode acarretar
alterações na pele, unha e cabelos, decorrentes de processos como acentuada
redução de colágeno, glicosaminoglicanos e proteoglicanos, conjuntamente com a
degeneração de fibras elásticas, refletindo em atrofia da perda de elasticidade,
rugas, espessamento, manchas, ressecamento, desidratação fragilidade, queratoses
actínicas, alterações na estrutura de unhas e cabelos e neoplasias (SOHAL, 2012).
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São diversos os fatores determinantes para o envelhecimento precoce, como


exposição crônica aos raios ultravioleta sem proteção adequada, razões biológicas e
genéticas, estresse oxidativo e tabagismo (JURKIĆ et al., 2013).
Desse modo, o silício tem sido proposto para ser utilizado na estética, pois
promove firmeza e força aos tecidos, fazendo parte de artérias, tendões, pele, olhos,
ossos e tecido conjuntivo. Além disso, é sugerido que o mineral pode auxiliar na
prevenção dos prejuízos à síntese e estrutura do colágeno secundários à toxicidade
do alumínio, pois atua conjuntamente com o cálcio e favorece a absorção de cobre e
magnésio, contribuindo para o crescimento e manutenção da estrutura óssea
(CRUZ; MANZANO, 2015).
O silício orgânico desempenha um papel essencial na saúde humana. Esse
importante oligoelemento regula o metabolismo de vários tecidos particularmente
dos ossos, nas cartilagens e é elemento chave dos tecidos conjuntivos. Na pele, é
indispensável à síntese das fibras de colágeno e de elastina, conferindo-lhe
elasticidade e flexibilidade. Desempenha também importante função na estrutura
dérmica através das ligações com macromoléculas tais como as
glicosaminoglicanas, proteoglicanas, glicoproteínas estruturais e ácido hialurônico,
determinando a formação estrutural dos tecidos da pele (CHRISTOVAM, 2016).
Com o objetivo de minimizar as marcas do tempo e melhor os aspectos do
envelhecimento, o uso do silício orgânico vem sendo cada vez mais utilizado pela
indústria cosmética. Deste modo, o presente trabalho irá demonstrar a importância
do Silício na saúde estética, enfocando como proposta seus aspectos positivos
visando à preservação e recuperação da pele.

1. SAÚDE ESTÉTICA E O ENVELHECIMENTO

O mercado mundial da estética está em constante crescimento em razão da


procura pelos mais variados tratamentos estéticos. O Brasil é o terceiro maior
mercado de beleza do mundo, já que movimentou mais de R$ 50 bilhões desde
2015, valor que tende a aumentar a cada ano (MANZANO, 2015).
Atualmente, com a evolução dos cosméticos e da saúde estética, o
consumidor tem cada vez mais opções a sua escolha, o que facilita o investimento
em produtos cosméticos para atingir os padrões de beleza que são impostos. A
história da evolução humana sempre foi acompanhada pela história do cosmético, e
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ambas as histórias estão ligadas à evolução científica e cultural. A partir do século


XX, com a modernização de recursos tecnológicos, surgiram microemulsões, ativos
produzidos por meio da biotecnologia, estimulação da produção de colágeno,
nanotecnologia e cosméticos orgânicos (HEEMANN et al., 2010).
Segundo Barros (2013) assim como existe os padrões de beleza, existem os
conceitos de belo e feio que também são relativos, pois dependem de culturas e
períodos históricos. Ademais, esses conceitos não se referem apenas à estética,
mas também aos aspectos morais, sociais e políticos.
Como um progressivo processo fisiológico, o envelhecimento da pele é
causado por uma combinação de fatores contínuos que se caracteriza por
alterações celulares e moleculares, com diminuição progressiva da capacidade de
homeostase do organismo, senescência e/ou morte celular. Para que ocorra o
envelhecimento, sua origem pode ser intrínseco, proveniente da idade, ou seja, sem
influência de agentes externos, diminuição da quantidade de elastina e colágeno,
afinamento da epiderme, porém, com a textura da pele lisa e homogênea, apresenta
um menor número de manchas e rugas. E de forma extrínseca ou
fotoenvelhecimento que é um processo gradual, que surge ao longo de décadas de
exposição solar crônica e descontrolada, sendo cumulativo e tendo início desde a
primeira exposição ao sol, na infância (BATISTTI, 2017).
O dano às fibras colágenas está intimamente envolvido nesse contexto. Os
fibroblastos são responsáveis pelo metabolismo do colágeno, sintetizando
procolágeno I, importante componente da matriz extracelular. Com a idade, ocorre
desorganização no metabolismo do colágeno, reduzindo, assim, sua produção e
aumentando sua degradação. A exposição solar, devido à radiação ultravioleta, por
sua vez, intensifica o envelhecimento da pele, processo chamado de
fotoenvelhecimento (MONTAGNER, 2009).
As radiações UVA, UVB e a luz visível afetam a saúde da pele, sendo que a
sua incidência prolongada contribui o aumento de melanócitos, produzindo as
manchas da pele. Tal efeito cumulativo acentua o envelhecimento cutâneo, que
pode ser considerado um mecanismo de prevenção contra o câncer, ou seja, o DNA
genômico apresenta-se danificado de forma contínua por fatores nocivos ambientais
e pelo metabolismo oxidativo interno, sendo que a capacidade de reparação desses
danos vai se deteriorando com idade. Assim, se não for reparado de forma
adequada, o dano acumulativo ao DNA interfere na divisão e funções celulares,
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contribuindo para que falhas homeostáticas se manifestem, bem como mutações


nas células em divisão, podendo, eventualmente, aparecer o câncer (BATISTTI,
2017).
Com o aumento da produção de radicais livres, ocorre o estresse oxidativo,
pois à medida que este fenômeno acontece, nosso sistema antioxidante endógeno
enfraquece proporcionalmente, levando a aceleração do processo de
envelhecimento. Os resíduos metabólicos são os principais responsáveis pelo
envelhecimento cutâneo, e com o tempo o organismo perde a capacidade de
combater a ação desses radicais livres. Entre os fatores que ocorrem na pele
através do envelhecimento estão a diminuição das secreções sebáceas e da
umectação natural, perda do brilho e viço devido a perda acentuada de colágeno
solúvel, as fibras elásticas se tornam mais frágeis, ocorre a diminuição da espessura
da hipoderme, causando o aparecimento ou aumento da profundidade de rugas,
linhas de expressão e sulcos; além de desacelerar significativamente sua
capacidade de regeneração (LIMA; MAZONI, 2016).
Na pele envelhecida, observam-se vários tipos de alterações, tais como:
alterações morfológicas macroscópicas, que compreendem o ressecamento da pele,
o aparecimento de rugas, flacidez, pigmentação irregular e diversas lesões na pele e
alterações morfológicas microscópicos, as quais são as consequências mais
importantes do envelhecimento, como o achatamento da junção dermoepidérmica,
comprometendo a ligação entre essas duas camadas, diminuindo a nutrição e a
força de tensão entre as camadas (TURRI; SOUZA, 2017).
De acordo com Cristhovam (2016) Um dos mecanismos importantes da
cosmecêutica antienvelhecimento é o combate ao estresse oxidativo causado
principalmente pelos radicais livres. O tratamento tópico do envelhecimento cutâneo
visa tornar a pele mais saudável, traçando um protocolo antienvelhecimento que
procure corrigir os problemas existentes através de:
 Regular a produção de queratinócitos: a correta restauração da função de
barreira da pele é assegurada pela produção regular de queratinócitos, sendo
o ciclo de maturação do queratinócito na pele saudável de sete dias. Na pele
danificada, este ciclo está alterado e a pele torna-se espessa, sensível e
desidratada.
 Regular o sistema de pigmentação: a cor saudável da pele resulta da
regulagem da transferência de melanossomas ricos em melanina para os
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queratinócitos epidérmicos. A exposição à luz UV (Ultra Violeta), mudanças


hormonais e inflamações frequentemente modificam a resposta dos
melanócitos, tornando a pele hiperpigmentada, com manchas distribuídas
irregularmente.
 Corrigir e reverter o processo de deterioração das fibras colágenas e elastina:
a pele firme é resultado da abundante produção de colágeno e elastina pelos
fibroblastos. Esses produzem fibras finas e organizadas de colágeno e
elastina e matriz extracelular hidratada. No entanto, os agentes externos e o
envelhecimento causam a perda e a degeneração destes elementos.
 Combater os radicais livres (RL): o protocolo antienvelhecimento deve ser
determinado de acordo com a necessidade individual de cada pele
respeitando as expectativas e o estilo de vida do paciente. Consiste na
combinação de várias substâncias com objetivos variados e ação sinérgica.
Produtos cosméticos apresentam efeitos benéficos quando aplicados
diretamente sobre a pele. A aplicação tópica de complexos de vitamina C e o silício
orgânico são eficazes na estimulação da síntese de colágeno, que é responsável
pela firmeza da pele e pela diminuição de rugas. Os antioxidantes tópicos exercem
função de fotoprotetor e o ácido Lascórbico se mostra eficaz em diminuir o eritema
desencadeado pela radiação UVB. A fotoproteção com ativos antioxidante tópicos,
como por exemplo vitamina C, seria uma estratégia bem interessante para formar
um reservatório persistente de antioxidante na pele quando aplicado diariamente
(ESCUDEIRO, 2011).
A degeneração senil ocorre de preferência sobre regiões que se acham
expostas às intempéries (face, pescoço, dorso das mãos e antebraços), provocando
o agravamento ou exagero dos sulcos e pregas naturais das regiões
comprometidas. Na conjuntura atual, com o expressivo aumento da expectativa de
vida, podemos compreender que o envelhecimento com aquela idéia de inatividade,
inutilidade, inatividade, vem sendo substituído, pela idéia de uma etapa destinada a
novas oportunidades e prazeres, a uma segunda vocação, ao descanso e a
qualidade de vida. Recentemente com o aumento da expectativa de vida, recaiu
sobre a ação de envelhecimento um olhar mais atento e este passou a ser analisado
sob a ótica de percurso de vida, em contraposição à antiga visão de ciclo vital. As
peculiaridades de vivências e estimulação diferenciadas de cada homem e cada
mulher que perpassaram grupos sociais distintos (SILVA, 2014).
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O envelhecimento é um processo lento, progressivo e irreversível,


influenciado por diversos fatores intrínsecos e extrínsecos. O envelhecimento
intrínseco pode também ser chamado de verdadeiro ou cronológico, sendo aquele já
esperado e inevitável. Já o extrínseco pode ser denominado também de
fotoenvelhecimento, no qual as alterações surgem em longo prazo e se sobrepõe ao
envelhecimento intrínseco (MOREIRA, 2012).
Para Moraes e Barbosa (2014) definir beleza tem sido o tema constante na
história da humanidade; procura-se compreendê-la pelas diversas perspectivas, na
tentativa de alcançá-la, conquistá-la e ter a fórmula para aprisioná-la. Encontrar-se
descontente com a própria imagem é habitual desde que não extrapole os contornos
do admissível e passe a ser um objeto de ansiedade, inquietação exagerada e
obsessiva com os contornos perfeitos levando a um descontentamento inflexível
com o próprio corpo, desvirtuando os pensamentos e conduta da pessoa na maior
parte do dia, pois isso já seria patológico. A busca pelo corpo ideal e perfeito está
indo além dos limites.
Pesquisas apontam o Brasil como um dos três maiores consumidores de
anorexígenos, os inibidores de apetite. Estudos apontam que boa parte dos usuários
estão totalmente desatentos as graves consequências desse consumo. O protótipo
de beleza cobiçado pelas mulheres foi construído por meios de imagens das
supermodelos, que se consagraram a partir dos anos 80 e conquistaram status de
celebridades nos anos 90. Nessa época, doenças como anorexia e bulimia
tornaram-se quase uma epidemia em uma geração que cresceu tentando imitar o
corpo magro de modelos (MOURA et al., (2013).
A busca pela beleza à custa de tecnologias mais simples empregadas pelas
técnicas estéticas tem tido maior receptividade nos últimos anos. Nesse mercado o
Brasil apresenta-se como uma nação que disponibiliza o maior número de
tratamentos e procedimentos para atender uma demanda de clientes em franca
expansão que buscam, além da melhoria corporal, também uma vida mais saudável
(PAIXÃO; LOPES, 2014).
Contudo uma preocupação deve ser constante em nossa área, que é a não
fragmentação dessa técnica e principalmente desse sujeito. Entretanto não é essa
realidade vista no cotidiano de nossa prática. Essa reflexão sobre a teoria da
fragmentação aponta como uma necessidade urgente de avanços, pois é preciso
ultrapassar a concepção de que o fazer “partido” em que se resume a uma aplicação
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do saber patológico sobre a queixa do individuo, sem levar em conta o contexto e o


todo desse sujeito. Esse é um método que busca esquartejar o sujeito, julgando o
mesmo em um aspecto tentando enquadrá-lo à força nos compartimentos da
constituição teórica acerca do corpo (PASCHOARELLI; CAMPOS; SANTOS, 2015).

2 A UTILIZAÇÃO DO SILÍCIO ORGÂNICO NA SAÚDE ESTÉTICA

Segundo Cristhovam (2016) os níveis de silício variam na relação inversa à


idade, sobretudo nas paredes arteriais e na pele. As artérias jovens têm mais silício
que as velhas. devido ao envelhecimento, entre os 25 e 60 anos, ocorre um
decréscimo de até 80% de silício nos tecidos. Por esse motivo, a reposição do silício
se torna tão importante. Sua principal função é desentoxicar e restabelecer as
funções vitais do organismo, reequilibrando a comunicação celular e amenizando o
prejuízo com a perda natural desse oligoelemento. O silício orgânico é capaz de
devolver até 40% da firmeza e tonicidade da pele, reduzindo a flacidez, fortalecendo
cabelos e unhas, remineralizando os tecidos duros (ossos) e contribuindo também
para reforçar as células do sistema imunológico.
O silício orgânico atua diretamente sobre o metabolismo celular, estimulando
a síntese de fibras de sustentação da pele, conferindo firmeza e tonicidade aos
tecidos. Além disso, exerce ação antioxidante, protegendo as células cutâneas, atua
sobre o sistema de auto-hidratação da pele, auxiliando na retenção do teor hídrico
das células cutâneas e permite a recuperação da capacidade de defesa natural da
pele, afetada pela exposição a radiação Ultra Violeta (UV) (LEONARDI, 2010).
O silício possui um poder regenerador e fornece o elemento catalisador
necessário ao relançamento do fibroblasto, que permite aos tecidos recobrar o tônus
e a sua elasticidade. Dessa forma, é possível determinar que o oligoelemento silício
seja o mais indicado no tratamento do envelhecimento cutâneo. O oligoelemento
silício tem como principais funções a síntese de colágeno e o aumento das fibras
colágenas e elásticas, trazendo para pele uma espessura firme e resistente, além de
captar os radicais livres que são responsáveis pelo envelhecimento precoce. (LIMA;
MAZONI, 2016).
Para Souza (2013) O silício orgânico atua sobre o metabolismo celular,
estimulando a biossíntese das fibras de sustentação da pele. Possui um papel
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essencial na saúde humana, pois é um importante oligoelemento que regula o


metabolismo de diversos tecidos, especificamente das cartilagens, dos ossos e do
tecido conjuntivo. Este, por sua vez, reforça a membrana celular, tornando-a mais
resistente a ataques de radicais livres, além de exercer ação protetora sobre as
células cutâneas, normalizando o teor hídrico destas células.
De acordo com Herreros et al. (2011) em 1992 um estudo realizado por
Aumjaud, preconizou o uso de um silício orgânico para o uso intradérmico em estrias
antigas e para peles com rítides e fotoenvelhecimento. No estudo, utilizou-se silício
orgânico associado a outras substâncias, no entanto, o autor não mencionou
qualquer estudo científico que apoiasse tal recomendação, referindo tratar-se de sua
experiência.
Já Maya (2011) citou o silício orgânico como uma medicação intradérmica
capaz de estimular a síntese de colágeno. Os alimentos ricos em fibras, como
vegetais e grãos integrais, são a maior fonte de silício na dieta, e experimentos com
o uso de doses de até 50mg ao dia de suplemento com silício orgânico não
relataram efeitos colaterais.
Com o envelhecimento da pele os fibroblastos ficam comprometidos, o que
causa à diminuição da síntese e atividade de proteínas importantes que garantem a
elasticidade, resistência e hidratação da pele, como a elastina, o colágeno e os
proteoglicanos. A utilização do silício orgânico como coadjuvante no tratamento,
atua sobre a matriz extracelular dos tecidos conjuntivos especificamente sobre as
fibras de colágeno. Com a evolução da indústria cosmética para prevenir o
envelhecimento cutâneo e retardar o máximo possível o processo fisiológico natural,
surgiram os nutricosméticos também conhecidos como a pílula da beleza. Esses
novos produtos na área dermatocosmética prometem ter um papel importante no
desenvolvimento terapêutico futuro (VASCONCELOS, 2017).
Em relação ao novo conceito de nutricosméticos em nível da proteção solar,
já existem evidências científicas de que o Silício orgânico evita os danos cutâneos
oxidativos provocados pelo sol. Pois, possui atividade antioxidante, o que permite
restabelecer a capacidade antioxidante normal do organismo após a perda de
antioxidantes endógenos durante a exposição UV (GONZALEZ et al., 2010).
O silício orgânico tem sido um bom adjuvante aos tratamentos de
rejuvenescimento facial e corporal, ajudando a potencializar os resultados dos
tratamentos estéticos. Uma boa associação de tratamento para atenuação da
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flacidez tem sido a de procedimentos que visam a aumentar a síntese de colágeno


por meio de aparelhos com o uso de silício orgânico. A reposição de silício se torna,
então, importante e tem como principal função desintoxicar e restabelecer as
funções vitais do organismo (COSTA, 2012). O efeito benéfico do silício orgânico
sobre o cabelo foi demonstrado durante um estudo clínico efetuado na Finlândia em
50 pacientes por um período de 90 dias. Neste estudo observou-se uma melhora
significativa em 47 pacientes no que diz respeito à densidade e à elasticidade
cutânea, com redução evidente das linhas de expressão e queda capilar, além do
fortalecimento das unhas (CAYE et al., 2013).
Dessa forma, o uso do silício torna-se eficaz na recuperação da pele
envelhecida e desvitalizada, devolvendo ao tecido oxigenação, nutrição, hidratação
e vitalidade.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O envelhecimento cutâneo é um processo inevitável, logo, os fatores


intrínsecos e extrínsecos modificam o aspecto da pele, sendo este o mais
significativo, que atuam em todo e qualquer ser humano.
Estudos realizados por Manzano (2015) e Heemann et al.,(2010) com a
evolução dos cosméticos e da saúde estética em constante crescimento, o
consumidor tem cada vez mais opções a sua escolha, que facilita o investimento em
produtos para atingir os padrões de beleza que são impostos.
De acordo com Battisti (2017) o envelhecimento ocorre de forma progressiva,
pois é um processo fisiológico do organismo. Há uma combinação de fatores
contínuos que se caracteriza por alterações celulares e moleculares, com diminuição
progressiva da capacidade de homeostase do organismo, senescência e/ou morte
celular.
E segundo Montangner (2009) essas alterações celulares causam dano às
fibras colágenas que está intimamente envolvido nesse contexto. São os fibroblastos
responsáveis pelo metabolismo do colágeno, sintetizando procolágeno I, importante
componente da matriz extracelular. Fatores como idade e exposição solar,
promovem essa ocorre desorganização no metabolismo do colágeno, reduzindo,
assim, sua produção e aumentando sua degradação.
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Concordam com Batistti (2017) e Montangner (2009), os autores Lima;


Mazoni, (2016) que afirmam que as radiações UVA, UVB e a luz visível afetam a
saúde da pele, sendo que a sua incidência prolongada contribui o aumento de
melanócitos, produzindo as manchas da pele. Tal efeito cumulativo acentua o
envelhecimento cutâneo. Assim, se não for reparado de forma adequada, o dano
acumulativo ao DNA interfere na divisão e funções celulares, contribuindo para que
falhas homeostáticas se manifestem, bem como mutações nas células em divisão,
podendo, eventualmente, aparecer o câncer.
Com o aumento da tecnologia e o desenvolvimento de produtos cosméticos, a
utilização de produtos a base do silício orgânico tem sido eficazes na estimulação da
síntese de colágeno, que é responsável pela firmeza. Esse antioxidante exerce
função de fotoprotetor e se mostra eficaz em diminuir o eritema desencadeado pela
radiação UVB (ESCUDEIRO, 2011; TURRI; SOUZA, 2017).
Cristhovam (2016) e Leonardi (2010) observaram que os níveis de silício é um
componente existente em nosso organismo, e que variam na relação inversa à
idade, sobretudo nas paredes arteriais e na pele, e devido ao envelhecimento, entre
os 25 e 60 anos, ocorre um decréscimo de até 80% de silício nos tecidos. Por esse
motivo, a importância da reposição do silício. Seu principal objetivo é restabelecer as
funções vitais do organismo, reequilibrando a comunicação celular e amenizando o
prejuízo com a perda natural desse oligoelemento. Ressaltando que, o silício
orgânico é capaz de devolver até 40% da firmeza e tonicidade da pele, reduzindo a
flacidez, fortalecendo cabelos e unhas, remineralizando os tecidos duros e
contribuindo também para reforçar as células do sistema imunológico.
O silício possui um poder regenerador e fornece o elemento catalisador
necessário ao relançamento do fibroblasto, que permite aos tecidos recobrar o tônus
e a sua elasticidade. Dessa forma, é possível determinar que o oligoelemento silício
seja o mais indicado no tratamento do envelhecimento cutâneo. O oligoelemento
silício tem como principais funções a síntese de colágeno e o aumento das fibras
colágenas e elásticas, trazendo para pele uma espessura firme e resistente, além de
captar os radicais livres que são responsáveis pelo envelhecimento precoce. (LIMA;
MAZONI, 2016).
Foi a partir de em 1992 que surgiram os primeiros estudos sobre o silício
orgânico, onde Aumjaud observou que uso intradérmico em estrias antigas e em
peles com fotoenvelhecimento agiu de forma progressiva e atuando sobre o
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metabolismo celular, estimulando a biossíntese das fibras de sustentação da pele.


Logo, esse oligoelemento regula o metabolismo de diversos tecidos,
especificamente das cartilagens, dos ossos e do tecido conjuntivo. No estudo,
utilizou-se silício orgânico associado a outras substâncias, no entanto, o autor não
mencionou qualquer estudo científico que apoiasse tal recomendação, referindo
tratar-se de sua experiência (SOUZA 2013; HERREROS et al. 2011).
Maya (2011) e Vasconcelos (2017) concordam com os autores e ressaltam
que o silício orgânico como uma medicação intradérmica é capaz de estimular a
síntese de colágeno, e pode ser utilizado como coadjuvante no tratamento, e esses
novos produtos na área dermatocosmética prometem ter um papel importante no
desenvolvimento terapêutico futuro.
Gonzalez et al. (2010) observa que já existem evidências científicas de que o
silício orgânico evita os danos cutâneos oxidativos provocados pelo sol. Pois, possui
atividade antioxidante, o que permite restabelecer a capacidade antioxidante normal
do organismo após a perda de antioxidantes endógenos durante a exposição.
Enquanto Costa (2012) acredita que a associação de um tratamento para
atenuação da flacidez tem promovido a síntese de colágeno por meio de aparelhos
com o uso de silício orgânico. Sua reposição se torna, então, importante e tem como
principal função desintoxicar e restabelecer as funções vitais do organismo.
Estudos realizados por Caye et al. (2013) demonstraram que o efeito benéfico
do silício orgânico sobre o cabelo foi demonstrado durante um estudo clínico
efetuado na Finlândia por um período de 90 dias. Observou-se uma melhora
significativa em 47 pacientes no que diz respeito à densidade e à elasticidade
cutânea, com redução evidente das linhas de expressão e queda capilar, além do
fortalecimento das unhas.
Por fim este elemento tem demonstrado uma ampla aplicação terapêutica
com uma margem de segurança máxima. A reposição desse do silício orgânico pode
ser feita, tanto de forma tópica, por meio de cremes, géis e séruns, quanto via oral,
como a ingestão de cápsulas ou gomas, resultando assim benefícios que produzem
pele mais firme, unhas mais resistentes e cabelos mais brilhantes com bulbos
capilares fortalecidos afirma Christovam (2016).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos estudos e reflexões trazidas, podemos perceber que o


envelhecimento cutâneo, embora seja um processo orgânico natural, pode ser
influenciado por vários fatores e nesse contexto, pode tanto ser acelerado quanto
retardado.
O envelhecimento da pele ocorre por fatores, intrínsecos e extrínsecos, dentre
os quais a redução da síntese de colágeno, e os glicosaminoglicanos e
proteoglicanos vão diminuindo e a sua capacidade em reter água reduzem, o que
provoca uma deficiência de silício.
Com o envelhecimento a capacidade do organismo de assimiliação dos
silícios diminui. Sua redução conduz a desestruturação do tecido conjuntivo, pois, o
teor de silício nas moléculas que constituem o colágeno, elastina e outras fibras são
abundantes. Sua utilização cosmética baseia-se no fato de que, com o passar dos
anos a capacidade do organismo de assimilação dos silícios diminui
consideravelmente, estando este fenômeno ligado ao aparecimento de sinais de
senilidade.
A suplementação de silício orgânico em sua forma mais biodisponível, tem
mostrado potencial para melhorar a aparência dos cabelos e unhas, assim como
pele. Entretanto ensaios clínicos envolvendo a suplementação de silício são
escassos, o que indica novas pesquisas que devem ser realizadas no intuito de
confirmar os resultados previamente encontrados, esclarecendo assim, os
mecanismos bioquímicos e fisiológicos envolvidos e determinar doses eficazes e sua
segurança.
Por fim, pode-se concluir que no combate aos sinais de envelhecimento da
pele, o silício orgânico utilizado em sua formas variadas resulta em uma manutenção
e conservação da estrutura da derme durante o processo de envelhecimento
cutâneo, pois este atua sobre a matriz extracelular dos tecidos conjuntivos
particularmente sobre as fibras de colágeno.
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REFERÊNCIAS

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