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Nome Completo
Documento de Identificação
Cartão de Cidadão n.º
Assinatura do Aluno
Observações
Duração: 90 minutos
2021
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final da prova. Neste caso, deves identificar claramente o item a que se refere a tua resposta.
COTAÇÕES
INÍCIO DA PROVA
GRUPO I
Para responderes aos itens que se seguem, vais ouvir o texto intitulado, Fundação
Gulbenkian expõe peças e objetos raros dos Descobrimentos1.
1
in https://sicnoticias.sapo.pt/incoming/2013-03-02-Fundacao-Gulbenkian-expoe-pecas-e-objetos-
raros-dos-Descobrimentos (consultado em 10-02-2019
1. Para cada item (1.1. a 1.4.), rodeia a letra que corresponde à opção correta, de acordo
com o sentido do texto ouvido.
(A) ser um exemplo do assombro sentido pelos portugueses, quando confrontados com
as novidades trazidas pelos nautas.
1.2. Com a expressão “Um novo mundo descoberto a partir da Península Ibérica”, o
jornalista mostra
(A) como, neste período, a exploração do mundo foi feita pelos portugueses.
1.4. Na conclusão do excerto, fala-se de um “convite” para que as pessoas vão à Fundação
COTAÇÕES
GRUPO II
Os alemães dão uns belos juízes: três portugueses entre os sete grandes navegadores
da humanidade. É o que afirma o magnífico museu da navegação que existe em Hamburgo,
grande cidade portuária. Lá estão à entrada os bustos de Bartolomeu Dias, de Vasco da Gama e
de Fernão de Magalhães. Também os do viking Leif Eriksson, do chinês Zheng He, do italiano
5 Cristóvão Colombo e do inglês James Cook. Nenhum espanhol!
Durante os séculos XV e XVI, os portugueses foram muito bons em algumas coisas:
navegar, guerrear, criar filhos com mulheres de outras raças, comerciar de tudo um pouco,
traficar escravos. De umas podemos orgulhar-nos ainda hoje, de outras não. Mas sim, como
navegadores não havia igual. Nenhum mar ficou por explorar, nenhuma terra por descobrir,
tirando os polos. Não é por acaso que mesmo os historiadores anglo-saxónicos falam de Portugal
10 como o primeiro grande império marítimo: já tínhamos começado a povoar a Madeira e os
Açores, também Cabo Verde e São Tomé, já Gil Eanes, Nuno Tristão, Diogo Cão e Bartolomeu
Dias tinham descido toda a costa ocidental africana e ainda nem sequer Colombo tinha chegado
às Antilhas.
Ora, falemos de Colombo. O francês Erik Orsenna dedica-lhe A Empresa das Índias, livro
que mostra como o italiano (de Génova) aprende cartografia e navegação em Portugal e só se
15 apresenta aos Reis Católicos quando D. João II não acredita no seu projeto de chegar à Ásia
navegando para Ocidente (nunca chegaria lá, e teve sorte de as Américas estarem no meio do
caminho). Já Fernão de Magalhães, que navegou ao serviço de Portugal até ao Oriente pela rota
do cabo da Boa Esperança, pôs os seus conhecimentos ao serviço de Carlos V, depois de se
zangar com D. Manuel I. […]
Magalhães mostrou sempre ser um navegador extraordinário. Partiu de Espanha em
20 1519 e não só descobriu a passagem para o Pacífico em terras hoje argentinas e chilenas (o
estreito de Magalhães) como convenceu a tripulação a cruzar o maior de todos os oceanos.
Teve de se impor e não poucas vezes usou a força contra quem desanimava e o contrariava.
Foi morto nas Filipinas em 1521, ilhas que seriam depois espanholas e batizadas em
homenagem ao filho de Carlos V, e a viagem de regresso foi comandada por Juan Sebastián
Elcano. Basco, portanto espanhol, Elcano não ousou voltar pelo caminho do Pacífico, atravessou
25 sim os mares controlados por Portugal. Desobedeceu às ordens e arriscou ser capturado, mas
em 1522 desembarcou em Espanha, completando a circum-navegação. Morreu poucos anos
depois no Pacífico, tal como Magalhães. Era um homem do mar e justo herói espanhol. […]
Tem havido uma pequena polémica em torno de Magalhães e Elcano nos jornais
portugueses e espanhóis. Mas sem sentido. Portugal e Espanha foram grandíssimos naqueles
séculos, um mais com navegadores, o outro mais com conquistadores (Hernán Cortés e
30 Francisco Pizarro). Basta olhar para a geografia e para a história de cada um dos países para se
perceber essa diferença de destino. E lembro que se Luís Vaz de Camões fala de “mares nunca
antes navegados” no poema épico que define Portugal,
já Ortega y Gasset diz que a Espanha “é a poeira que se levanta em turbilhão no caminho da
história, depois de um grande povo por ele ter passado a galope”.
COTAÇÕES
in DN.pt, https://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/leonidio-paulo-ferreira/interior/os-portugueses-sao-os-melhores-
navegadores-de-sempre-e-nao-so-magalhaes-10544397.html [com supressões e consult. em 10-02-2019]
A transportar
1. Tendo em conta o texto, indica se as afirmações são verdadeiras (V) ou falsas (F).
1.1. A postura dos portugueses também pode ser alvo de crítica. ______
1.2. Houve simultaneidade na povoação de São Tomé e das Antilhas. ______
1.3. De acordo com o texto, os portugueses fizeram, com sucesso, algumas atividades de
que não se podem envaidecer. ______
1.4. No entender do autor, a polémica que tem surgido nos jornais portugueses e espanhóis
em torno de Magalhães e Elcano é muito pertinente e justificada. ______
2. Para cada uma das alíneas (2.1. a 2.2) Seleciona a opção que completa as frases, de
acordo com o sentido do texto. Rodeia a letra que corresponde à opção correta.
2.1. A “diferença de destino”, que Leonídio Paulo Ferreira menciona na linha 39,
(B) que fez dos portugueses navegadores e dos espanhóis conquistadores, é justificada
pelo posicionamento territorial e pela história.
2.2. Com a frase que termina o texto (“a Espanha ‘é a poeira que se levanta em turbilhão
no caminho da história, depois de um grande povo por ele ter passado a galope’”), Ortega
y Gasset
A transportar
Transporte
GRUPO III
PARTE A
89 92
Em tão longo caminho e duvidoso Nestas e outras palavras que diziam
Por perdidos as gentes nos julgavam, De amor e de piadosa humanidade,
As mulheres cum choro piadoso, Os velhos e os mininos os seguiam,
Os homens com suspiros que arrancavam. Em quem menos esforço põe a idade.
Mães, esposas, irmãs, que o temeroso Os montes de mais perto respondiam,
Amor mais desconfia, acrecentavam Quase movidos de alta piedade;
A desesperação e frio medo A branca areia as lágrimas banhavam,
De já nos não tornar a ver tão cedo. Que em multidão co elas se igualavam.
90 93
Qual vai dizendo: “Ó filho, a quem eu tinha Nós outros, sem a vista alevantarmos
Só pera refrigério e doce emparo Nem a mãe, nem a esposa, neste estado,
Desta cansada já velhice minha, Por nos não magoarmos, ou mudarmos
Que em choro acabará, penoso e amaro, Do propósito firme começado,
Porque me deixas, mísera e mesquinha? Determinei de assi nos embarcarmos,
Porque de mi te vas, ó filho caro, Sem o despedimento costumado,
A fazer o funéreo enterramento Que, posto que é de amor usança boa,
Onde sejas de pexes mantimento!” A quem se aparta, ou fica, mais magoa.
91
Qual em cabelo: “Ó doce e amado esposo, Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas
(Canto IV, est. 89-93). Porto: Porto Editora, 2011
Sem quem não quis Amor que viver possa,
Porque is aventurar
1. Quando ao mar iroso
se apercebeu da aproximação do
Essa vida que é minha e não é vossa?
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Como, por um caminho duvidoso,
Vos esquece a afeição tão doce nossa?
Nosso amor, nosso vão contentamento
Quereis que com as velas leve o vento?”
C. Nas estâncias 90 e 91, assistimos aos discursos diretos de uma mãe / vizinha e de uma
esposa / tia que manifestam o seu desespero pela partida dos seus entes amados.
Transporte
A transportar
A transportar
PARTE B
Mar Português
Valeu a pena?
Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
10 Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
4.1. Redige um pequeno texto correto, bem estruturado e com correção linguística e
ortográfica, de 30 a 60 palavras, no qual comentes a última sextilha do poema (por exemplo:
os portugueses fizeram muitos sacrifícios, conseguiram ultrapassar os obstáculos que os
elevaram à categoria de heróis…).
A transportar
Prova 91 / 2.ª Fase Página 9 / 16
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GRUPO IV
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.
1. Indica o tempo e o modo das formas verbais destacadas nas frases que se seguem.
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B) “Tem havido uma pequena polémica em torno de Magalhães e Elcano nos jornais
portugueses e espanhóis.”
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2. Associa cada oração sublinhada (coluna A) à sua classificação (coluna B). Escreve os
números por baixo da letra correspondente.
Coluna A Coluna B
A. B. C. D.
A transportar
Prova 91 / 2.ª Fase Página 11 / 16
Transporte
(Confia-o / Confia-mo)
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(pediu-o / pediu-lhe)
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(desejarão / desejá-lo-ão)
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Coluna A Coluna B
A. B. C. D.
Transporte
GRUPO V
Escreve um texto narrativo, com um momento de descrição, em que imagines outra situação de
perigo vivida pelos portugueses, no mar, e relata como o conseguiram ultrapassar.
O teu texto deve ter uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. Deves escrever
entre 80 a 150 palavras.
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A transportar
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Caso a utilizes, não te esqueças de identificar claramente a questão a que se refere cada uma
das respostas completadas ou emendadas.
FIM DA PROVA
TOTAL
COTAÇÕES