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ALENTEJANA

FRONTEIRA
DA
CHAVE

FORTALEZA DA JUROMENHA
ALANDROAL, ÉVORA
A
| ÍNDICE

INTRODUÇÃO

LOCALIZAÇÃO

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

JUROMENHA COMO LIMITE DA FRONTEIRA PORTUGUESA E RELAÇÃO COM O TERRITÓRIO E


PAISAGEM

ÁNALISE DA ÁREA INTRAMUROS E EXTRAMUROS DA FORTALEZA

ESTADO ATUAL DA FORTALEZA


- Levantamento das Patologias

PROPOSTA DE INTENÇÕES DE REUTILIZAÇÃO

REGISTOS FOTOGRÁFICOS

CONCLUSÃO

BIBLIOGRAFIA
| INTRODUÇÃO

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
| LOCALIZAÇÃO

Carta Militar | Fortaleza de Juromenha e a sua envolvente

A fortaleza da Juromenha localiza-se no concelho de Alandroal, com um distanciamento de 17 Km de Elvas, 15 Km de Alandroal e


373,70 Km de Évora.
Encontra-se implantada num esporão estratégico, num conjunto fortificado, que tem ligação visual com o troço do Guadiana do qual é
permitido a olho nu observar as terras de Olivença e Alconchel.
O território é sensivelmente plano com solos de cálcario, registando-se apenas na cota mais elevada na zona do castelo 212 metros de
altitude, e na cota mais baixa localizada na margem do Guadiana, com cerca de -145 metros.
Num contexto geológico encontra-se zona de xistos mosqueados, argilosos ou quartzo.
Ortofotamapa | Vila de Juromenha
Ortofotamapa | Fortaleza de Juromenha
| CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

Os primeiros registos conhecidos surgem no período da rev-


olução Neolítica, este período retrata uma época de transfor-
mação a nível dos hábitos do Homem baseada nos aspetos
climáticos, procurando zonas de cultivo, pesca, entre outras.
Esta obtenção de alimento numa curta extensão de território mu-
dou a estadia do Homem nómada para uma vida sedentária.
Com estas transformações surgiram crescentes populacionais,
foram criadas as primeiras civilizações modernas que fixam
sobre este território da Juromenha com a vantagem da posição
estra-tégica do lugar.
Paralelamente com o avanço da tecnologia ocorre ataques de
outras civiliza-ções ao quererem possuí-la.
Ao longo dos anos foi agravando, originando as comunidades a
con-truírem as primeiras cercas e muralhas para se protegerem
dos invasores.
Na Juromenha os povos Galo-Celtas, terão habitado séculos an-
tes da ocupação romana, secedendo os visigodos e posterior-
mente, muçulmanos.
44 a.C.
Erguem-se os primeiros manifestos romanos segundo a técnica
castrense de um espaço fortificado de Jerumenha.
Estes manifestos eram assumidos pela sua estratégica implata-
ção junto aos rio conjuntamente aos seus recursos naturais, tais
como o mármore.
Foi considerado praça-forte de defesa da zona de Badajoz duran-
te mais de duzentos anos.

1167
A fortaleza é conquistada para a coroa portuguesa a mando de
D.Afonso Henriques, apelidado como Geraldo Geraldes, “Geral-
do Sem Pavor“.

1191
Conquistada por Califa Almôada Iaçube Almansor, retorna ao
dominio Islâmico.

1242
Esta data marca a reconquista pela Coroa Portuguesa na for-
taleza da Jorumenha.

1312
Ao reconhecer a importancia estratégica do Castelo, D.Dinis im-
põe a reconstrução e ampliação.
Fig 1 : Plano de Juromenha e as novas fortificações.
Resconstroí as muralhas a sudeste, o alçado que se delinea para
Elaborado por Nicolau de Langres nos anos de 1644 e 1657. o rio, recuperando também o troço de muralhas já existente a
Extraído de “Desenhos e plantas de todas as praças do Reino de Portugal pelo tenente-general
Nicolau de Langres, francês que serviu na Guerra da Aclamação” nordeste.
PERIODO PÓS - RESTAURAÇÃO
Na previsão de uma possivel invasão espanhola são fortaleci-
dos diversos pontos da “raia alentenjana“, onde Jurumenha é
abrangida.
Juromenha torna a permanecer sob a coroa portuguesa, ficando
a cargo do Eng. Nicolau de Langres como responsável das obras
de concilio da fortaleza medieval à artilharia seicentista.

Fig 2: Planta da Castelo da Juromenha


1646
Elaborado por autor desconhecido no ano 1509. Esta data marca o inicio das obras, onde terão ficados conclui-
dos os baluartes que envolveriam toda a cerca antiga medieval.

1662
A Coroa portuguesa perde a posse e durante 6 anos foi ocupada
pelas tropas de D.João da Áustria.
Regresa novamente à posse da coroa portuguesa na Paz Geral
de 1668.

1775
Este ano é interrompido com um terramoto, deixando a fortaleza
bastante afectada tanto no seu exterior como interior, sendo a
mais grave a área de edificação seiscentista, tendo sido então
rescontruida.
Extendeu-se a contrução para a existencia de um fortim nas
muralhas junto ao Guadiana para aportarem as barcas.

Séc. XIX
Tomada pelo exército de D. Manuel Godoy durante a Guerra
Peninsular, foi recuperada em 1808.
Esta época marca pela última vez a disputa do dominío de Ju-
Fig 3: Vista Norte. romenha, permanecendo até aos dias de hoje na posse de Por-
Elaborado por autor desconhecido no ano 1509.
tugal.
1920
A fortaleza entrou progressivamente em decadência no seu in-
terior, sendo despovoada e abandonada.

1950
A DGEMN iniciou obras de recuperação que se prolongaram
até 1996.
É classificada como imóvel de interesse público.
Actualmente, encontra-se abandonada há quase um século.
Actualmente, é possivel visitar este território único no património
militar de Portugal.
Este lugar único sensibiliza-nos ao observarmos as suas cama-
das de história que por ali passaram, as inumeras batalhas que ali
ocorreram, as centenas de homem que por ali viveram. A olho nu,
facilmente se distingue as diversas intervenções, o seu desenvolvi-
mento militar.
Este lugar foi indispensável para a defesa do território da coroa por-
tuguesa.
Hoje, despromovido do seu interesse militar, encontra-se encarreg-
ue do tempo, esse que a irá destruir a cada dia.
Um dia estas marcas que foram tão importantes para o território
serão esquecidas, e será o pó que marca a chave do Guadiana.
JUROMENHA COMO LIMITE DA FRONTEIRA PORTUGUESA
- RELAÇÃO COM O TERRITÓRIO E PAISAGEM -
A freguesia e Vila de Juromenha localiza-se no Alto Alentejo, no
nordeste do distrito de Évora e a norte do concelho do Alandroal.
Situa-se numa das margens do Rio Guadiana, num terreno mais
elevado e é assumida como fronteira natural e política com o país
vizinho, Espanha. A paisagem é definida pela morfologia do lugar.
O seu fator de geomorfológica está ligado à origem de fundação,
tirando como vantagem a defensiva militar. Nesta paisagem que
rodeia toda a Juromenha, é fortemente predominante os olivais e os
sobreiros. Sendo uma vila do interior de Portugal, possui uma baixa
densidade populacional, cerca de 130 habitantes. Da população
envelhecida que habita a vila de Juromenha, grande parte desta
Fig 4: Ortofotomapa
Vila de Juromenha (a amarelo) e o seu enquandramento geográfico dedica-se à exploração agropecuária.
A fortaleza da Juromenha insere-se no limite da fronteira portuguesa com Espanha, sendo o rio Guadiana o elemento que faz esta
separação. Esta fronteira assume-se como as mais antigas portuguesas, desde o tempo do Condado Portucalense e do Reino de Leão.
É caracterizada por duas estruturas fortificadas, o recinto interior (período medieval) e a fortificação abaluartada (Séc.XVII). Esta for-
taleza tem uma relação forte com a paisagem, pois domina visualmente este lugar, uma das margens do Rio Guadiana e onde podemos
avistar a cidade de Olivença e o município de Alconchel do território Espanhol. A sua relação com o rio Guadiana destaca-se a Este a
Sul. O rio foi um dos elementos que contribui mais para que as comunidades se fixassem neste local.
O Rio Guadiana nasce em Campo Montiel, em Espanha, e desagua no Oceano Atlântico entre Vila Real de Santo António e Aiamonte,
onde vai criando relações fronteiriças, como é o caso da Vila de Juromenha e a cidade de Olivença e também rotas comerciais como
é o caso de Mértola.
A importância histórica desta Fortaleza e a sua localização teve destaque em toda a história, pois era usada como defesa da fronteira,
dos inimigos espanhóis e franceses.
O elemento principal estruturante nesta paisagem é o Rio Guadiana,
tendo três elementos secundários de água permanente, tais como,
a Ribeira de Muges, o Ribeiro de Pero Lobo e a Ribeira da Asseca.
Sendo que todos estes elementos sofreram uma grande transfor-
mação com a construção da Barragem do Alqueva, com alterações
na subida da água e alteração nas suas margens.
A paisagem Alentejana sofreu uma transformação bastante grande,
após a construção desta barragem, que foi pensada desde 1975 e
concluida em 2004, uma construção que ultrapassou os 2,5 mil-
hões de euros. Esta barragem veio com o encargo de servir para o
regadio dos campos agrícolas do Alentejo, fazendo com que esta
zona fosse mais promovida e também gerar toda a energia consum-
Fig 5: Rio Guadiana e Fortaleza em 1988 ida no distrito de Beja.
Fig 6: Fortaleza da Juromenha e a sua relação com o Rio Guadiana

A construção do Alqueva trouxe ao território Português um espaço de “exceção”, modificando totalmente a paisagem ao longo das
margens, onde toda vegetação verde é “cortada” por o Rio Guadiana.
Com isto, apesar de Juromenha se encontrar mais a norte do Lago do Alqueva, a sua paisagem foi totalmente alterada, tendo um maior
impacto na zona junto à fortaleza, onde o rio tinha 152 metros de largura, passou a ter 300 metros. Os troços que antecedem e pro-
cedem junto à fortaleza, chegam a atingir os 2000 metros, que podem ser observados a partir do interior das muralhas, olhando sobre
toda a paisagem Alentejana.
| ANÁLISE DA ÁREA INTRAMUROS
E EXTRAMUROS DA FORTALEZA
| ANÁLISE DA ÁREA INTRAMUROS
No interior das muralhas encontra-se alguns edifícios que foram de extrema importância na época, como a Igreja da Misericórdia, a
Igreja Matriz, a antiga cadeia, os Paços do Conselho e uma cisterna de planta retangular, apoiada em um pilar e dividida em três tramos
de arcadas, que funcionava para abastecer a população e a guarnição.
Observa-se que essas construções se encontram em ruínas, ou seja, muitas delas estão com problemas no seu edificado e com de-
masiadas patologias. A situação está com desabamento de terras e pedras a cair, causando problemas na estrutura.
Pode-se afirmar que está localizada em um local estratégico para o objetivo militar que se tinha no passado e privilegiado no ponto de
vista paisagístico.
Atualmente o interior da fortificação está abandonado e esquecido, pois a última vez que foi restaurada foi em XVI e depois não mais.
Há algumas propostas de recuperação e de intervenções para reativar o espaço, mas ainda não foi aprovado.
A entrada da muralha é marcada por um elemento com cornijas e uma porta em forma de arco puro e um frontão encimado, de arquite-
tura que possui características medievais.
A fortaleza em planta poligonal em forma de estrela, irregular. Constituída por duas muralhas que se unem formando uma só. Uma
interna que está junto a Torre de Menagem, posicionada acima dos baluartes e a outra externa onde é possível visualizar os elementos
que constituem esse tipo de fortificação, como os fossos-secos, canhoneiras, revelins, cortinas e entre outros. Esta, construída no
século XIV, com a técnica da taipa e revestidas de alvenaria de pedra e rebocada.
O ponto mais alto do declive, está no interior da fortaleza então desde a entrada, é uma subida, sendo possível visualizar a paisagem e
como acontece a relação do exterior com o interior visualmente.
| ANÁLISE DA ÁREA EXTRAMUROS
A paisagem no exterior da fortaleza é sensível e forte devido a presença do rio e à série de acontecimentos históricos do local desde
os Romanos. Por isso é um território delicado, mas que apresenta bastante interesse. Motivo em que foi alvo de ocupação de difer-
entes povos ao longo dos anos, mas sendo recuperada por Portugal em 1808.
Existe a Vila de Juromenha que se encontra a norte da fortaleza, localizada entre a junção da Ribeira de Mures e o Rio Guadiana,
possibilitando a visão para o rio e a várzea de Olivença. O extenso Rio Guadiana, limite fluvial que marca a fronteira de Portugal e
Espanha, é um dos acessos ao Alentejo e limite do território português, este elemento de extrema importância para a população da
região.
Devido a presença abundante da água, o solo sempre foi aproveitado para a prática referente a agricultura de modo intensiva até os
dias atuais, predominando a cultura. Nos campos as árvores não existem com grande abundância, o solo é seco e não muito verde já
que não é comum chover com demasiada frequência durante o ano. Portanto, as culturas de sequeiro (técnica de agricultura utiliza-
da quando não chove com frequência durante o ano) e irrigadas são equilibradas; executadas de forma a que o solo esteja sempre
enriquecido nesta área podendo ser caracterizada por haver culturas rurais.
É uma paisagem natural pelo geral, mas com a vista da Vila de Juromenha e de algumas construções dispersas a volta.
É um cenário que expressa tranquilidade e frescor devido a proximidade do rio e por ser uma zona em que é distante de aglomerados
urbanos de modo que não há intensificação de fluxos. Ou seja, é um cenário que atualmente pode-se visualizar os moradores da
vila, os trabalhadores cultivando o alimento, as águas do rio a correr e o seu som, transmitindo sensações de fresco, o solo seco e a
vegetação rasteira, típica os campos. O contrário do passado que foi alvo de invasões então a natureza esbanjava tranquilidade, mas
em contrapartida, por ação humana havia guerras.
É caracterizado por um relevo suave, que se transforma em ondulado, a medida que se afasta da linha de água. A fortaleza está con-
struída em um dos pontos mais altos e a medida em que acontece a vila e o rio, também se apresentam declives pouco acentuados.
Um horizonte se estende desde a visão do alto da fortaleza.
A vista é da vila, dos campos e do rio. O rio Guadiana sempre foi um recurso apropriado para o transporte de pequenas embarcações
para ultrapassar a fronteira, mesmo antigamente quando o seu leito era diminuto e hoje em dia aumentou e continua por ser um
dos caminhos que correm nas proximidades da fortaleza. Além disso, é fonte que abastece a população e acultura da agricultura na
região.
Com o passar dos anos, a população extramuros diminui consideravelmente desde a metade do século XX pelo motivo de que as
pessoas começaram a procurar trabalho nas grandes metrópoles devido a Revolução Industrial.
É documentado que em 1950 havia 1399 habitantes e o último registo é que em 2011, 107 habitantes, o que pode-se colocar em
suposição que atualmente há ainda menos. É um problema porque a zona está sendo esquecida.
ESTADO ACTUAL DA FORTALEZA
- LEVANTAMENTO DE TIPOLOGIAS -
Fig 7: Extremidade Norte do troço Poente, pelo interior: pormenor da lacuna na base da muralha.

O estado atual da fortaleza revela um avançado grau de de-


gradação, sendo essas, as consequências do seu abandono por
parte das entidades envolvidas.
Na contextualização histórica anterior a este capítulo, já foram
referidos os danos e as várias reconstruções desta fortaleza ao
longos dos séculos que enfrentou.
Mas atualmente, esta fortaleza foi deixada ao esquecimento ou até
mesmo, salvo em dizer, à negligência, deixando-nos atualmente
patologias graves, tais como o estado que se encontra a Igreja da
Misericórdia e todas as outras construções que se implantam no
mesmo local.
Fig 8 : Troço Norte (extremo Poente), pelo interior. Zona intervencionada pela DGEMN na década de 80.
Fig 9: Muralha Norte, pelo exterior: presença de humidade nos paramentos e na torre, sendo
visíveis, a partir da base, manchas com cerca de 6m de altura.

Analisando estes princípios a partir de informações retiradas de uma


intensa pesquisa de investigação de anomalias, foi possível apurar
que a humidade no terreno seria um dos fatores de degradação de-
sta fortaleza, tendo contacto direto com essa presença de humidade
por capilaridade através das muralhas de taipa, alterando funcional-
mente e estruturalmente o desenvolvimento do sistema construtivo.
Troço Norte (extremo Poente), pelo interior: zona intervencionada
pela DGEMN na década de 80 – os fenómenos de degradação cau-
sados pela presença e ascensão de humidade não foram resolvidos
com a construção do muro de betão. A evaporação na base da mu-
ralha foi reduzida pela introdução deste elemento provocando um
Fig 10: Pormenor da angra da torre C: degradação da taipa, acompanhada pelo desprendimento
de “placas”. aumento da altura atingida pela humidade.
Fig 11: Troço Nascente: derrocada de materiais provocada pela perda de coesão, devido ao estado
de degradação atingido.

Pode ser possível de verificar na orientação Norte e Noroeste nos


topos das muralhas e nos seus paramentos que estes são zonas
mais expostas aos ventos dominantes e chuvas de grande inten-
sidade, originando a erosão dos materiais provocando a deterio-
riozação dos topos.
Concluindo assim, que devido à tomada de consciência durante
a investigação de levantamento de patologias a que esta fortaleza
se encontra, é importante intervir o mais ágil possível, não levan-
Fig 12: Troço Norte (extremo Poente), pelo interior. Zona intervencionada pela DGEMN na década de
80. do o tempo como passageiro.
PROPOSTA DE INTENÇÕES DE REUTILIZAÇÃO
| INTRODUÇÃO À PROPOSTA

Após a criação da barragem do Alqueva, criou-se uma forte perspectiva turística no território do Alentejo, em especial nas zonas situ-
adas nas margens do rio Guadiana. Como tal, o potencial da região atrai vários investidores, com Juromenha a não passar indiferente.
Surge então um projecto de uma entidade privada, que vê numa fortaleza desocupada um potencial local a explorar, num sistema de
Turismo de Aldeia. O projecto, que propunha a criação de dezenas de habitações no interior da fortaleza, assim como vários outros
serviços, foi aprovado pelo IGESPAR e Turismo de Portugal, I.P. sendo então a fortaleza cedida pelo Estado à Câmara Municipal do
Alandroal para que o projecto avançasse. No entanto, por motivos burocráticos, e mais tarde financeiros, o projecto estagnou, pelo que
a fortaleza volta a ser propriedade do estado e o seu futuro incerto.
Como resposta ao panorama geral do edifico e após termos analisado todo o seu contexto histórico, a relação com paisagem/território
e todas as suas patologias e anomalias analisadas nesta fortaleza, implantada num local estratégico de defesa do território português
e com um grande marco na história da arquitetura militar portuguesa.
Atualmente, esta fortaleza encontra-se sem um futuro certo e sem objetivos, mas nunca perdeu a sua notável e imponente presença
naqueles que a visitam, devido a uma forte presença turística após o projeto de criação da barragem do Alqueva, o rio Guadiana, au-
mentou o seu potencial e crescimento de visitantes, investigadores e investidores.
Planta de Implantação

Propomos assim, não deixar esta fortaleza somente como paisagem em segundo plano do Guadiana, propondo uma solução neste
património histórico da região um Centro Interpretativo do rio Guadiana, não alterando a sua forma e a disposição das construções já
existentes. Esta proposta enquadra-se em três diferentes programas, uma zona pública, zona semi-pública e zona privada.
O programa deste Centro Interpretativo do rio Guadiana, apresenta os mais variáveis momentos, tais como receção instalada na torre
localizada na muralha medieval cristã, oferecendo um espaço de miradouro que olha sobre toda a paisagem a sul do rio Guadiana.
Igreja Matriz

Edificio em elevado estado de degradação

Edifício da cadeia

Muralha medieval cristã

Capela da Misericórdia de Juromenha

Muralha Islâmica

Zona da Entrada

Planta da Fortaleza com o Existente Muralha Abaluartada


Muralha Islâmica
Igreja Matriz

Edificio da Cadeia

Zona de Entrada

Muralha Abaluartada
Muralha medieval cristã Capela da Misericórdia
de Juromenha

Axonometria com o Existente


Na capela da misericórdia de Juromenha propomos um espaço versátil para exposições, conferencias ou outro tipo de programa.
No edifício da cadeia encontra-se a zona de quartos, sendo estes apenas restritamente para investigadores, tento esta zona relação
com o edifício do lado, também encontrado em um estado de degradação avançado, onde se situa um refeitório/zona bar e instalações
sanitárias.
Na Igreja da nossa senhora do Loreto é proposto um espaço museológico onde é possível ao visitante observar os vestígios encontrados
na região. Este espaço tem em consideração um laboratório de investigação arqueológica.
A norte da Igreja da nossa senhora do Loreto, encontra-se um edifício ao abandono, em mau estado de conservação, onde propomos
uma zona de estudo e de arquivo da região para investigadores. Numa cota inferior deste edifício é proposto um miradouro que observa
todo o rio Guadiana a noroeste.
É desenhado também um espaço verde na fortaleza que oferece uma vista para toda a vila e que propõe ao visitante um espaço de lazer
em contacto entre o natural e o construído.
Planta com a Proposta Zona de estudo / Zona pesquisa e arquivo

Recepção

Quartos

Zona Entrada / Miradouro

Zona Exterior

Zona Museológica |Laboratório arqueologia

Refeitório | Zona Bar | Instalações


sanitárias
Sala Expositiva
| REGISTOS FOTOGRÁFICOS

Nota : Todos este registos fotográficos foram retirados do site do SIPA.


Nota : Todos este registos fotográficos foram retirados do site do SIPA.
| CONCLUSÃO
| BIBLIOGRAFIA

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