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TEXTO DE APOIO 2020 II

SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA II Prof. Tania


OBS.: Poderão haver diferenças na realização das técnicas de acordo com referências
consultadas. Também podem haver altercações de acordo com normas ou POP (Procedimento
Operacional Padrão) de cada instituição.

LEMBRANDO:
Entre as medidas de segurança adotadas em um ambiente de promoção e cuidado da saúde, a
higienização das mãos é uma das iniciativas simples e que garantem aos pacientes e profissionais
proteção contra várias doenças. Segundo OMS, infecções relacionadas à assistência à saúde
afetam milhões de pacientes e têm impacto significativo nos doentes e nos sistemas de saúde em
todo o mundo.

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: Termo genérico aplicável à higienização simples das mãos,
higienização antisséptica das mãos, fricção antisséptica das mãos com preparações alcoólicas e
antissepsia cirúrgica das mãos ou preparo pré-operatório das mãos.

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TERMOS IMPORTANTES:

ASSEPSIA: “conjunto de medidas utilizadas para impedir a penetração de micro-organismos em


local que não os continha” (MS). Conforme a definição, a prática da assepsia se utiliza de meios
apropriados para impedir a introdução de micro-organismos no organismo. Ela difere da
antissepsia, pelo fato de não empregar agentes terapêuticos. Neste contexto, os profissionais de
saúde utilizam medidas de assepsia para evitar, direta ou indiretamente, a transmissão de micro-
organismos.

ANTISSEPSIA: processo de eliminação ou inibição do crescimento dos microrganismos na pele e


mucosas, sendo realizado através da aplicação de um agente antisséptico. É quando substâncias
químicas são usadas para destruir microrganismos patogênicos sobre superfícies animadas tais
como a pele. Consiste na utilização de produtos (microbicidas ou microbiostáticos) sobre a pele
ou mucosa com o objetivo de reduzir os micro-organismos em sua superfície (ANVISA).

DESINFECÇÃO: é a destruição ou inativação de microrganismos, patogênicos ou não, situados fora


do organismo humano, ou seja, sobre superfícies inanimadas, tais como: bandejas, bacias,
assoalhos, mobiliário, paredes e outros.

ESTERILIZAÇÃO: processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas


formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou
químicos.

Sugestão:
SEGURANÇA DO PACIENTE EM SERVIÇOS DE SAÚDE: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS – Disponível:
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_servicos_saude_higienizacao_maos.
pdf
 De acordo com os códigos de ética dos profissionais de saúde, quando estes
colocam em risco a saúde dos pacientes, podem ser responsabilizados por imperícia,
negligência ou imprudência.

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FORMAS DE APRESENTAÇÃO DE MEDICAMENTOS MAIS COMUNS
 Cápsula – é constituído de gelatina com medicamento internamente de forma sólida, semissólida ou líquida,
sendo usado para facilitar a deglutição e a liberação do medicamento na cavidade gástrica;
 Comprimido – É o pó comprimido com um formato próprio, sendo redondo ou ovalado, podem trazer uma
marca, como sulcos que facilitam sua divisão em partes; essa dureza se desfaz em contato com o estômago
e/ou intestino, liberando assim a substância, que absorvida, passa para a corrente sanguínea e começa a agir.
 Pílula - Assim como o comprimido, é uma forma farmacêutica rígida, arredondada e que deve ser
deglutida sem mastigar.
 Solução - forma farmacêutica líquida, na qual o princípio ativo está dissolvido em uma solução à base de
água ou álcool. Normalmente são adicionadas aromatizantes e/ou corantes em sua composição.
 Drágea – O comprimido é revestido por uma solução de queratina composta por açúcar e corante,
proporcionando melhora na sua liberação entérica, sendo usado para facilitar a deglutição e evitar sabor e
odor característico do medicamento.
 Elixir – É uma solução que, além do soluto, contém 20% de açúcar e 20% de álcool;
 Emulsão – É composta por dois tipos de líquidos imiscíveis, que não se misturam, sendo caracterizados pelo
óleo e água.
 Gel – É uma forma semissólida, coloide, que proporciona pouca penetração na pele;
 Loção – São líquidos ou semilíquidos que podem ter princípios ativos ou não, geralmente para uso externo;
 Creme – Tem uma forma semissólida, possui consistência macia e mais aquosa, com boa penetração na pele;
destinada ao uso externo, constituída por substâncias gordurosas e aquosas, hidrossolúvel.
 Pomada – Possui forma semissólida de consistência macia e oleosa proporcionando pouca penetração na
pele. Para uso externo, de ação tópica ou geral, mas também com fins de proteção ou lubrificação.
 Pó – apresenta-se de forma a ser diluído em líquido e dosado em colher ou em envelopes em quantidades
exatas;
 Suspensão – É uma mistura não homogênea de uma determinada substância sólida e um líquido, em que a
parte sólida fica suspensa no líquido; por isso, quando lidamos com uma suspensão, é necessário agitar o
frasco.
 Xarope – solução que contém um soluto e um solvente e 2/3 de açúcar. Muito utilizada para mascarar o
sabor desagradável de determinada substância e também para facilitar às crianças a ingestão de alguns
medicamentos. Geralmente os xaropes contêm adicionados um aromatizante e um corante.
 Aerossol - Forma que apresenta pequenas quantidades de substâncias diluídas em gases. Para se utilizar
esse medicamento, são empregados aparelhos como nebulizadores, vaporizadores, etc.
 Injetáveis - Soluções líquidas para serem introduzidas no organismo, principalmente por via intravenosa ou
intramuscular.
 Colírios - Forma farmacêutica líquida, para ser administrada nas mucosas, como nos olhos, por exemplo.

Muitas formas farmacêuticas surgem a partir de adaptações das formas tradicionais, com o objetivo de facilitar
a administração ou garantir um efeito terapêutico mais eficaz, como, por exemplo:
 Comprimidos revestidos com membranas semipermeáveis.
 Adesivos transdérmicos.
 Implantes subcutâneos de liberação.
 Lipossomas.

 TIPO DE AÇÃO DOS MEDICAMENTOS:


# LOCAL: agem no local de aplicação;
# GERAL ou SISTÊMICA: circulam na corrente sanguínea e seu efeito atinge determinados órgãos, tecidos ou
todo o organismo.

Sugestão: Relação Nacional de Medicamentos Essenciais: Rename 2020 [recurso eletrônico] / Ministério da
Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Departamento de
Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relacao_medicamentos_rename_2020.pdf

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ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR
VIA ORAL
Via ORAL: via em que a administração de medicamentos acontece pela deglutição ou
da sua colocação diretamente no estômago, por meio de sondas. A absorção acontece na
boca, estômago e intestino delgado. Para o preparo da medicação usa-se técnica limpa,
dispensando-se a técnica estéril, já que a cavidade oral não é estéril.
Objetivo: Administrar medicamentos que serão absorvidos principalmente no estômago e
intestino, a pacientes conscientes.
Equivalência de medidas:
1 colher de sopa = 15 ml
1 colher de sobremesa = 10ml
1 colher de chá = 5ml
1 colher de café = 3ml
1 ml = 20 gotas e 1 gota = 3 microgotas

Material:
 Bandeja
 Copo descartável
 Medicação prescrita
 Etiqueta adesiva (cartão de identificação)
 Copo para água

Descrição
1. Lavar as mãos;
2. Ler a prescrição médica que deve conter o nome do paciente, nº do leito, nome do
medicamento, dose, via de administração, horário, frequência da administração;
3. Fazer o rótulo* do medicamento contendo, nome do paciente, número do leito, nome do
medicamento, dose, via, horário;
Adão Silva 521C
Nome quarto Exemplo de Dipirona 1 cp
Medicamento dose rótulo VO 10h
VIA HORA demedicação

4. Fazer a desinfecção do balcão de preparo de medicamentos e da bandeja;


5. Reunir o material necessário;
6. Conferir o nome do medicamento, dose, via e prazo de validade;
7. Colocar na bandeja o copo descartável contendo o medicamento e a identificação
(rótulo). Deixar para retirar o invólucro do medicamento diante do paciente, antes de
administrá-lo;
8. Evitar o contato dos dedos diretamente com a medicação;
9. Alguns comprimidos são sulcados (possuem linha dividindo-o), de modo que possam ser
partidos. Caso não haja sulco, não parti-lo pois não é possível uma medida exata;
10. Preparar o medicamento na apresentação de gotas, xaropes e suspensão ao nível dos
olhos fazendo exatamente a dose prescrita. Ler cuidadosamente o rótulo do frasco antes
de prepará-lo (lembrar que 1ml equivale a 20 gotas);

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11. Levar o medicamento próximo ao leito do paciente;
12. Conferir o nome completo do paciente, leito, medicamento e via de administração;
13. Explicar ao paciente o procedimento e informar o medicamento a ser administrado;
14. Posicionar o paciente com a cabeceira elevada, em uma posição favorável à deglutição;
15. Não permitir que a medicação permaneça na mesa de cabeceira para ser administrada
posteriormente, evitando que outro paciente a tome por engano e garantindo que a
medicação seja tomada;
16. Oferecer a medicação ao paciente; (abrir a embalagem na mão do paciente, deixar ele
levar à boca, caso ele não consiga fazer isso, coloque o medicamento em sua boca);
17. Oferecer água até a completa deglutição do medicamento;
18. Permanecer ao lado do paciente até que o medicamento seja deglutido;
19. Deixar o paciente em posição confortável e a mesa de cabeceira em ordem;
20. Recolher o que deve ser guardado, desprezar o material utilizado no lixo apropriado;
21. Higienizar as mãos;
22. Checar a prescrição médica.
-*

- APÓS ADMINISTAR, A MEDICAÇÃO DEVE SER CHECADA:

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ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR
VIA SUBLINGUAL
Objetivo: Obter um efeito sistêmico ou local.
Material:
 Bandeja
 Medicação prescrita
 Copo descartável
 Etiqueta adesiva ou cartão de identificação de medicação
Descrição do Procedimento:
 Lavar as mãos
 Certificar-se do nome do paciente, leito, medicamento, dose, via e horário;
 Colocar o copo descartável em uma bandeja;
 Depositar o comprimido com a embalagem original no copo descartável,
identificando-o com a etiqueta adesiva/cartão de identificação;
 Levar o copo descartável até o leito do paciente em bandeja;
 Identificar o paciente pelo nome, quarto e leito;
 Entregar o medicamento ao paciente, orientando-o a para colocá-lo embaixo da
língua, sem mastigar ou deglutir;
 Em caso de cápsula, envolvê-la em gaze, perfurar com agulha para facilitar a saída
do líquido e colocar sob a língua do paciente;
 Recolher o material e colocar na bandeja;
 Encaminhar resíduos para o expurgo e desprezar em recipientes específicos;
 Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e higienizar com álcool
70%;
 Lavar as mãos;
 Registrar o procedimento no prontuário do paciente.

IMPORTANTE: SOBRE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS:


 Ao transcrever ou preparar o medicamento, colocar um ponto ao lado do
horário da prescrição médica, evitando administração de dose dupla ou
não administração do mesmo.
 O medicamento deve conter etiqueta com o nome do paciente, número
do leito, nome do medicamento, dosagem, diluição, via de administração,
hora e nome de quem preparou.
 O profissional que preparou, deverá administrar o medicamento.
 Checar o medicamento somente após ter realmente administrado
 Circular o horário em que o paciente recusar ou, por qualquer motivo, o
medicamento não tenha sido administrado.

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ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS VIA PARENTERAL
Se caracteriza pela administração de medicamentos através da
perfuração da pele. Subdivide-se em várias vias de acordo com o local
de aplicação.

Partes da
seringa

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Tamanho/cores de agulhas

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Preparação da ampola ou frasco ampola:
Ápice ou
colo AMPOLA - Selecione a ampola com medicação prescrita. Confira rótulo e
nome descrito na ampola. Percuta o ápice da ampola de maneira suave e
Pescoço ou rápida com o dedo (indicador ou médio) até que o líquido saia do colo da
gargalo ampola; ou realize movimentos circulares suaves. Faça desinfecção do pescoço
da ampola com algodão embebido em álcool 70%.

Corpo

Proteger os dedos com algodão ou gaze não estéril ao destacar o gargalo da ampola. ‘Desnuque’ o
pescoço da ampola com uma um movimento contrário entre o ápice e o corpo da ampola. Não
aperte com muita força o ápice, pois pode fragmentar o vidro.
Segure a ampola entre o dedo indicador e médio ou coloque-o sobre uma superfície plana. Introduza
a agulha no centro da abertura da ampola. Não permita que a extremidade ou corpo da agulha
toquem na borda da ampola.
Aspirar a solução da ampola para dentro da seringa puxando suavemente o êmbolo para trás. No
momento de aspirar o líquido, mantenha o bisel da agulha imerso para evitar entrada de ar na
seringa. Quando as bolhas de ar são aspiradas, não expulse o ar dentro da ampola.
Para expelir o ar da seringa, retire a agulha da ampola, reencape (este é o único momento que é
permitido o reencape passivo da agulha). Segure a seringa com a agulha reencapada apontada para
cima. Percuta o lado da seringa para fazer com que as bolhas subam no sentido da agulha. Puxe
suavemente o embolo ligeiramente para trás e empurre-o delicadamente no sentido de ejetar o ar.
Não ejete o líquido.
TROCAR a agulha de preparo por agulha própria para administrar medicações parenterais, (de acordo
com a medicação a ser administrada, e VIA de administração)

FRASCO AMPOLA - retirar a tampa metálica do frasco e fazer a desinfecção da


tampa de borracha com álcool 70%.
Se precisar diluir, aspirar antes o diluente. Introduzir a agulha na parte central da
tampa de borracha (há um pequeno alvo). Introduzir o diluente devagar, deixando
escorrer pela borda do frasco. Homogeneizar o pó com o diluente com
movimentos delicados, sem sacudir e aspirar, mantendo a agulha dentro do
frasco. No momento de aspirar o líquido, mantenha o bisel da agulha imerso para
evitar entrada de ar na seringa.
Caso tenha aspirado ar na seringa, retire a agulha do frasco, reencape, segure a seringa com a agulha
reencapada apontada para cima. Percuta o lado da seringa para fazer com que as bolhas subam no
sentido da agulha. Puxe ligeiramente para trás e empurre-o no sentido de ejetar o ar.

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Usar máscara e luvas para preparar medicamentos liofilizados que sejam antimicrobianos e
antinflamatórios.
TROCAR a agulha de preparo por agulha própria para administrar medicações parenterais, (de acordo
com a medicação a ser administrada, e VIA de administração).
SUGESTÃO: https://www.youtube.com/watch?v=D0gjzJnllHQ
https://www.youtube.com/watch?v=7OaPU0kt7dE
IMPORTANTE
Potter, pg 543

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR


VIA INTRADÉRMICA (ID)
Objetivo: Empregada para fins diagnósticos, testes de alergias ou reação para tuberculose.
Injeções ID são administradas para testes cutâneos (p. ex., na triagem de tuberculose [TB] e
testes de alergia). Como esses medicamentos são potentes, eles são injetados na derme,
onde o suprimento sanguíneo é reduzido e a absorção do medicamento ocorre lentamente.
Material:
 Bandeja
 Medicação prescrita
 Seringa de 1 ml
 Agulha 13 x 4,5
 Algodão seco
 Copo descartável
Descrição do Procedimento:
 Lavar as mãos
 Reunir o material;
 Conferir o nome do paciente, quarto, leito, medicação e dose;
 Ler o rótulo e a dosagem do medicamento, verificando a data de validade;
 Separar o frasco ou ampola e fazer a limpeza com algodão embebido em álcool 70%
antes de perfurar o frasco ou quebrar a ampola*;

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*Relembrando:
Como quebrar ampola:

 Aspirar o conteúdo do frasco na dose prescrita;


 Identificar a seringa com a etiqueta adesiva;
 Colocar o medicamento preparado e identificado
em bandeja e levar até o quarto do paciente;
 Identificar o paciente pelo nome, quarto e leito;
 Colocar a bandeja em mesa auxiliar;
 Orientar o paciente quanto ao medicamento e a administração;
 O volume utilizado é de 0,1 a 0,5 ml;
 Escolher o local para aplicação que deve ser na derme.
 NÃO realizar antissepsia da pele com álcool 70%, usar somente algodão seco, pois
pode possibilitar reação de falso positivo;
 Distender a pele utilizando os dedos polegar e indicador com uma das mãos;
 Segurar a seringa utilizando os dedos polegar, indicador e médio com uma das mãos,
mantenha o bisel da agulha voltando para cima e introduza suavemente a agulha usando
um ângulo de 10 a 15ºC;
 Injetar lentamente a solução com a mão oposta à que segura a seringa, observando a

Pápula

formação de uma pápula ;


 OBS.: Se uma pápula não se formar ou se o local sangrar após a retirada da agulha, o
medicamento pode ter entrado nos tecidos subcutâneos. Nessa situação, os resultados
dos testes cutâneos não serão válidos Se uma bolha não aparecer ou se
o local sangrar após a retirada da agulha, o medicamento pode ter entrado nos tecidos
subcutâneos. Nessa situação, os resultados dos testes cutâneos não serão válidos
 Retirar a agulha com movimento rápido e firme; (não reencapar a agulha);
 Não friccionar o local da pápula com algodão ou outro material;
 Orientar o paciente para não tocar e nem esfregar o local;
 Recolher o material na bandeja;
 Encaminhar resíduos para o expurgo e desprezar em recipientes específicos
 Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e higienizar com álcool 70%;
 Lavar as mãos;
 Registrar o procedimento no prontuário do paciente.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR


VIA SUBCUTÂNEA (SC)
Objetivo: Introdução de medicamento no tecido subcutâneo (hipoderme ou tecido adiposo).
Tem absorção lenta.
As injeções subcutâneas envolvem o depósito de medicamento no tecido conjuntivo frouxo
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abaixo da derme. Uma vez que o tecido subcutâneo não contém tantos vasos sanguíneos quanto
os músculos, os medicamentos são absorvidos mais lentamente do que nas injeções IM.
Os medicamentos subcutâneos são administrados em pequenas doses, até 1 ml, que sejam
isotônicas, não irritantes, não viscosas e solúveis em água. Exemplos de medicamentos
subcutâneos incluem epinefrina, insulina, medicamentos para alergia, opioides e heparina.

Material:
 Bandeja
 Medicação prescrita
 Seringa de 1 ml ou 3 ml
 Agulha 13 x 4,5
 Algodão
 Álcool a 70%.
 Copo descartável
 Luva descartável

Descrição do Procedimento:
 Aplicação de injeção na região subcutânea e delimitação das áreas:
Lavar as mãos
Reunir o material;
 Conferir o nome do paciente, quarto, leito, medicação e dose;
 Ler o rótulo e a dosagem do medicamento, verificando a data de validade;
 Separar o frasco ou ampola e fazer a limpeza com algodão embebido em álcool 70%
antes de perfurar o frasco ou quebrar a ampola;
 Aspirar o conteúdo do frasco na dose prescrita;
 Proteger a agulha;
 Identificar a seringa com a etiqueta adesiva;
 Colocar o medicamento preparado e identificado em bandeja e levar até o quarto do
paciente;
 Identificar o paciente pelo nome, quarto e leito;
 Orientar o paciente quanto ao medicamento e à administração;
 Escolher e avaliar o local para aplicação do medicamento e posicionar o paciente;
 Os locais de aplicação são:
 Deltoide, face superior externa dos braços, laterais e frontais das coxas, na região
periumbilical, nádegas e flancos (região acima da crista ilíaca).

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 O local indicado mais frequente para a administração de anticoagulante é o abdome.
Outros locais alternativos para outras medicações compreendem as áreas escapulares e
as regiões glúteas ventrais ou dorsais superiores;
 O local deve estar livre de lesões cutâneas, proeminências, grandes nervos ou músculos
subjacentes;
 Em casos de medicamentos anticoagulantes já preparados/industrializados (Clexane por
exemplo) com dose única, não retirar a bolha de ar da seringa antes de fornecer a
medicação;
 O volume máximo para esta via é 1 ml;
 Fazer a antissepsia com movimentos circulares da pele com algodão embebido em
álcool a 70% (de dentro para fora); esperar secar.
 Pinçar o tecido subcutâneo utilizando o dedo indicador e polegar (fazendo uma prega)
e manter a região firme;
 Introduzir a agulha (13 x 4,5) num ângulo de 90ºC, na região eleita. A inserção rápida e
firme minimiza o desconforto. (Injetar o medicamento no tecido comprimido irrita as
fibras nervosas).
 A aspiração após inserção da agulha não é necessária.
 Injete o medicamento, empurrando o êmbolo com a mão oposta à que segura a seringa;
 Retirar a agulha e seringa com movimento rápido e único, aplicando pouca pressão no
local de aplicação com algodão seco;
 Verificar o local da punção, observando a formação de equimose ou reação alérgica;
 Recolher o material e colocar na bandeja (não reencapar a agulha);
 Encaminhar resíduos para o expurgo e desprezar em recipientes específicos.
 Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e higienizar com álcool 70%;
 Lavar as mãos;
 Registrar o procedimento no prontuário do paciente.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR


VIA INTRAMUSCULAR (IM)
Objetivo: Fornecer uma via de administração mais rápida quando a VO estiver contra indicada.
A via de injeção IM deposita medicamento no tecido muscular profundo, que tem um
suprimento sanguíneo rico, permitindo que o medicamento seja absorvido mais rapidamente do
que pela via subcutânea. Contudo, há um maior risco com a injeção de medicamentos
diretamente nos vasos sanguíneos.
Um adulto normal e bem desenvolvido pode tolerar com segurança 2 a 5 ml de medicamento
em músculos grandes, como a região ventroglútea e glútea. No entanto na prática clínica não é
comum administrar mais que 3ml de medicamento numa região (Potter, 2014).
Material:
 Bandeja
 Medicação prescrita
 Seringa de 3 ml ou 5 ml
 Agulha
 Algodão

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 Álcool a 70%.
 Copo descartável
 Luva descartável

Descrição do Procedimento:
 Aplicação de injeção intramuscular:
 Lavar as mãos
 Reunir o material;
 Conferir o nome do paciente, quarto, leito, medicação e dose (cinco certos da
medicação);
 Ler o rótulo e a dosagem do medicamento, verificando a data de validade;
 Separar o frasco ou ampola e fazer a limpeza com algodão embebido em álcool 70%
antes de perfurar o frasco ou quebrar a ampola;
 Aspirar o conteúdo do frasco na dose prescrita;
 Diluir o medicamento necessário para obter a dose prescrita;
 Proteger a agulha e retirar o ar da seringa;
 Identificar a seringa com a etiqueta adesiva;
 Colocar o medicamento preparado e identificado em bandeja e levar até o quarto do
paciente;
 Identificar o paciente pelo nome, quarto e leito;
 Orientar o paciente quanto ao medicamento e à administração;
 Escolher e avaliar o local para aplicação do medicamento (Ventro glúteo, vasto lateral
da coxa, dorso glúteo, deltoide) e posicionar o paciente;
 Fazer antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70% com movimento
circular, de dentro para fora;
 Segurar a seringa com a mão dominante, em forma de lápis ou dardo;
 Firmar o músculo com a mão oposta;
 Introduzir a agulha com rapidez e firmeza, com ângulo de 90º e bísel lateralizado;
 Tracionar suavemente o êmbolo da seringa para certificar-se de que não atingiu nenhum
vaso sanguíneo;
 Se houver retorno de sangue retirar a agulha e comprimir o local;

 Se não houver retorno de sangue, injetar o conteúdo da seringa empurrando o êmbolo


com a mão oposta à que segura a seringa;
 Retirar a agulha com um movimento rápido e firme;
 Comprimir levemente o local com algodão seco sem massagear até que ocorra a
hemostasia;
 Atentar para o local da aplicação observando a formação de equimose ou reação
alérgica;
 Recolher o material e colocar na bandeja (não reencapar a agulha);
 Encaminhar resíduos para o expurgo e desprezar em recipientes específicos;
 Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e higienizar com álcool 70%;
 Lavar as mãos;
 Registrar o procedimento no prontuário do paciente.

Delimitação do Ventro glúteo (hostetter)


A musculatura ventroglútea envolve os músculos glúteos médio e mínimo e constitui o local
preferido para adultos e crianças de todas as idades.

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- Primeiro local por ordem de prioridade.
 O paciente pode ficar de pé, sentado ou em decúbito lateral direito ou esquerdo;
 O volume máximo a ser injetado é de até 5 ml em adultos; porém o mais frequente é até
3ml.

 Espalmar a mão esquerda no quadril direito do


paciente ou vice-versa;
 Localizar com a ponta do dedo indicador a Crista
ilíaca ântero-superior;
 Apoiar a palma da mão sobre o trocânter maior do
fêmur;
 Afastar o dedo médio do dedo indicador ao longo
da crista ilíaca (parte posterior);
 Formar com o dedo indicador e médio um ângulo
em forma de V;
 Direcionar a punção no centro do V;
 Fazer antissepsia (circular de dentro para fora) do
local com algodão embebido em álcool a 70%;
 Injetar a medicação no centro da área do V, conforme técnica de administração de
medicação por via intramuscular.

Delimitação da FALC - face ântero lateral da coxa ou vasto lateral:


O músculo vasto lateral é outro local de injeção usado em adultos e é o local preferido para
administração de produtos biológicos (p. ex., imunizações) em lactentes.

 A FALC é indicada para qualquer idade


 Deixar o paciente em decúbito dorsal com a perna fletida ou sentado;
 Delimitar o local da aplicação:

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o Localizar a face ântero lateral da coxa que se estende em um adulto acima do joelho
e um palmo abaixo do trocânter maior do fêmur;
o A largura do músculo geralmente se estende desde a linha média da coxa até a linha
média do lado externo da coxa;
o Em crianças pequenas ou em indivíduos caquéticos, deve-se segurar a massa muscular
para se assegurar que o medicamento está sendo injetado no tecido muscular;
o Utilizar o terço médio desse músculo para aplicar a medicação;
o Traçar um retângulo delimitado pela linha média anterior da coxa e linha média lateral
da coxa;
o O volume máximo a ser injetado é de 3 ml em adultos;
o O terço médio deste espaço delimitado é o local indicado para a administração do
medicamento.

Delimitação do dorso glúteo ou nádegas:

 É contraindicado em criança de 0 a 2 anos, adulto muito magro, idoso com pequena


massa muscular e a realização do procedimento em pé;
 O volume máximo a ser injetado é de até 5 ml em adultos;
 Posicionar o paciente em decúbito ventral, posicionar os braços ao longo do corpo, com
os pés virados para dentro, observando a privacidade do paciente;
 Delimitar o local de aplicação:

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o Traçar uma linha imaginária na linha média do glúteo (direito ou esquerdo) no sentido
vertical e outra linha imaginária no sentido horizontal com início na prega Inter glútea
para a lateral, separando imaginariamente o glúteo em quatro quadrantes;
o Considerar o quadrante superior externo para a aplicação da medicação;
 A angulação da agulha deve ser de 90ºC com bisel lateralizado.

Delimitação da região do deltoide:


É o quarto e último local de escolha por prioridade;
 É contraindicado a aplicação em crianças de 0 a 10 anos e em pacientes adultos com
pequena massa muscular local, membros com sequela de AVE e parestesias ou paresias
dos braços, pacientes submetidos a mastectomia ou esvaziamento ganglionar;
 Usar esta via apenas para doses pequenas de medicamentos;
 O volume máximo permitido é de 2 ml neste músculo;
 Expor completamente o braço e ombro do paciente, (não enrolar a manga de uma camisa
justa);
 Solicitar para o paciente relaxar o braço ao longo do corpo e flexionar o cotovelo;

 O paciente pode ficar em pé, sentado ou deitado;


 Palpar a borda inferior do processo do acrômio, medir de 3 a 5 cm (+ ou – 04 dedos)
abaixo do acrômio (ombro) e de 3 a 5 cm acima da margem inferior do deltoide;
 Firmar o músculo e introduzir a agulha no centro do músculo Deltoide;
 A agulha deve ser introduzida com ângulo de 90º com bísel lateralizado.

REGRA DE TRÊS
Regra de três simples é um processo prático para resolver problemas que envolvam quatro
valores dos quais conhecemos três deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir
dos três já conhecidos. O valor desconhecido é tratado por ‘x’.

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Passos utilizados numa regra de
três simples
1º) construir uma tabela,
agrupando as grandezas da
mesma espécie em colunas e
mantendo na mesma linha as
grandezas de espécies diferentes
em correspondência.
2º) identificar se as grandezas
são diretamente ou
inversamente proporcionais.
3º) montar a proporção e
resolver a equação.

Exemplo:
PM: 150mg de amicacina e na clínica existem apenas ampolas contendo 500mg/2 ml. Quantos
ml devo administrar?
500mg 2ml
150mg X (esse é o dado que não sei)

500X= 150x2

500X= 300

X= 300
500
X= 0,6ml = > devemos aplicar 0,6ml.

PM: Garamicina (gentamicina) 60mg IM (tenho ampolas de 80mg/2ml). Quantos ml devo


administrar?
R=

- PM: Decadron 6mg EV. Temos frascos de Decadron 4mg/ml. No frasco temos 2,5 ml.
Quantos ml administrar?
Sugestão: ver - https://www.youtube.com/watch?v=GSX7XzexUsM&app=desktop

18
PM: Insulina NPH 60U via SC. Quantos ml serão aspirados na seringa? Temos frascos de Insulina
NPH 100U/ml.

PM: 3000 UI de heparina EV, quanto devemos aspirar do frasco? Temos frascos de 5m com
5000 UI por ml.

PENICILINA CRISTALINA - antibiótico apresentado em ampolas com as seguintes


concentrações de soluto (pó):
 5.000.000 de Unidades Internacionais (UI)
 10.000.000 de Unidades Internacionais (UI)
Unidades Internacionais (UI) - medidas farmacêuticas que tem a intenção de quantificar
o volume do medicamento.
Cada ml de penicilina equivale a 2.500.000 UI de penicilina.
Assim temos:
 5.000.000 de UI equivalem a 2 ml;
 10.000.000 de UI equivalem a 4 ml.
Ao diluir a penicilina, deve-se adicionar diluente até atingir a sua capacidade máxima
de armazenamento do frasco que é de 10 ml. Ou seja: na penicilina de 5.000.000UI
acrescenta-se 8ml de AD (agua destilada) e no frasco de 10.000.000 acrescenta-se 6ml
de AD, totalizando assim 10ml.
5.000.000 de UI equivalem a 2 ml + 8 ml = 10 ml;
10.000.000 de UI equivalem a 4 ml + 6 ml = 10 ml.

Exemplo: PM= Penicilina cristalina 3.500.000 UI EV de 8 em 8 horas. Na unidade temos


frasco ampola com 10.000.000 UI. Quantos ml serão administrados?
10.000.000 10ml (4ml do pó + 6ml de AD)
3.500.000 X (dado que não sei)
- 10.000.000x = 3.500.000 x 10
- 10.000.000x = 35.000.000
- X = 35.000.000
10.000.000
X = 3,5ml (serão aplicados 3,5 ml de penicilina.

EXERCÍCIOS DE CÁLCULO PARA DILUIÇÃO DE MEDICAMENTOS


1) Administrar 15 mg de Lasix; (ampola de 2 ml com 20mg/ml). Quantos ml administrar?

2) Administrar 40U de insulina NPH via SC, usando uma solução de 100 U/ml. Quanto deve ser
aspirado na seringa de 1 ml?

19
3) Em quantos ml de AD deve-se diluir 1g de Ampicilina para se obter 100mg em 1 ml?

4) Temos heparina, frasco de 05 ml que contém 5.000U/ml. Administrar 7.500 U via SC.
Quantos ml administrar?

5) Temos heparina, frasco de 5 ml que contém 5.000U/ml. Administrar 2.500 U via SC. Quantos
ml administrar?

6) Temos frascos de Decadron com 2,5 ml, que contém 4mg/ml. Está prescrito 5mg via EV,
quantos ml aplicamos?

7) Temos frascos de Decadron com 2,5 ml, que contem 4mg/ml. Está prescrito 10 mg via EV,
quantos ml aplicamos?

8) Temos um frasco de Keflin 500 mg a ser diluído em 5 ml, administrar 150 mg via EV; quantos
ml aplicamos?

9) Temos um frasco de Mefoxim 1 g a ser diluído em 5 ml, está prescrito 350 mg via EV; quantos
ml aplicaremos?

10) PM: penicilina cristalina 3.800.000UI de 6/6 horas. A unidade dispõe desse medicamento
em frasco de 5000000UI. Quantos ml deverão ser aplicados?

20
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR
VIA ENDOVENOSA (EV)
Trata-se da administração de medicamentos ou grandes volumes diretamente na veia.
Material:
 Bandeja
 Medicação prescrita
 Recipiente com bolas de algodão embebido em álcool a 70%
 Luva de procedimento
 Seringa e agulha descartável
 Soro fisiológico
 Garrote
 Agulha 25x7

Descrição do Procedimento:
 Administração de medicação por via endovenosa:
 Lavar as mãos
 Certificar-se do nome do paciente, leito, medicamento, dose, via e horário (cinco certos
da medicação);
 Reunir todo o material na bandeja;
 Ler o rótulo e a dosagem do medicamento, verificando a data de validade;
 Separar o frasco ou ampola e fazer a limpeza com algodão embebido em álcool 70%
antes de perfurar o frasco ou quebrar a ampola;
 Aspirar o conteúdo do frasco na dose prescrita;
 Diluir o medicamento necessário para obter a dose prescrita;
 Identificar a seringa com a etiqueta adesiva;
 Colocar o medicamento preparado e identificado em bandeja e levar até o quarto do
paciente;
 Identificar o paciente pelo nome, quarto e leito;
 Colocar a bandeja em mesa auxiliar;
 Orientar o paciente quanto ao medicamento e a administração;
 Posicionar o paciente adequadamente para o procedimento;

 Paciente com acesso venoso e fluidoterapia (aplicar a medicação no


injetor lateral do equipo):
 Reunir o material;
 Lavar as mãos
 Conferir o nome do paciente, quarto, leito, medicação e dose;

21
 Checar a permeabilidade do acesso venoso;
 Fazer assepsia do injetor lateral do equipo com algodão embebido em álcool 70%
Injetor lateral

EQUIPO

EQUIPO

Equipo macrogotas contendo injetor lateral


1 - Protetor da ponta perfurante: mantem a
esterilidade da ponta perfurante e do interior
do equipo.
2 - Ponta perfurante: para adaptação do
equipo aos frascos, bolsas ou ampolas
plásticas. Calibrado para 20 macrogotas/ml.
3 - Câmara de gotejamento flexível (copinho)
4 - Regulador de fluxo (clamp e rolete):
permite controle do gotejamento
5 - Tubo flexível: confeccionado em PVC
flexível, atóxico e transparente.
6 - Injetor lateral: acessório com membrana
auto cicatrizante que permite múltiplas
injeções de drogas.
7 - Conector luer macho
8 - Protetor do conector luer macho: mantem
a esterilidade do conector luer macho e do
interior do equipo.

Injetor lateral

 Puncionar o injetor lateral do equipo;

22
 Bloquear (fechar) a infusão do soro durante a infusão do medicamento;
 Tracionar o êmbolo da seringa até que reflua uma pequena quantidade de sangue;
 Administrar o medicamento preparado lentamente;
 Remover a agulha do injetor lateral;
 Desbloquear (abrir) a infusão do soro e controlar o gotejamento;
 Deixar o paciente confortável;
 Recolher o material e colocar na bandeja;
 Encaminhar resíduos para o expurgo e desprezar em recipientes específicos;
 Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e higienizar com álcool 70%;
 Lavar as mãos;
 Registrar o procedimento no prontuário do paciente

 Aplicação em caso de acesso salinizado (sem fluidoterapia, só com o


polifix):

Polifix

Clamp

 Limpar a conexão do acesso venoso com álcool 70%, sem remover a tampinha;
 Remover o protetor (tampinha) sem contaminar;
 Desconectar a agulha de proteção da seringa;
 Conectar a seringa ao acesso venoso; destravar o clamp;
 Administrar o medicamento lentamente;
 Desconectar a seringa e colocar o protetor (tampinha) do cateter venoso novamente;
 Administrar solução salina (solução fisiológica 0,9%) de 3 à 5 ml para manter a
permeabilidade do cateter;
 Travar o clamp.

 Paciente sem acesso venoso periférico (punção venosa direta):


 Reunir o material em uma bandeja;
 Selecionar o local para punção venosa periférica e manter em hiperextensão;
 Calçar luvas de procedimento;
 Garrotear o membro selecionado e selecionar a veia que será puncionada;
 Fazer a antissepsia circular (de dentro para fora) com algodão embebido com álcool a
70%;
 Esticar a pele e puncionar a veia, introduzir a agulha com o bisel voltado para cima;
 Aspirar sangue para verificar a permeabilidade do acesso;
 Soltar o garrote;
 Injetar lentamente a medicação;
 Retirar a seringa com agulha em movimento único e comprimir o local com algodão;
 Deixar o paciente confortável;
 Recolher o material e colocar na bandeja;
 Não reencapar a agulha;

23
 Retirar as luvas;
 Encaminhar resíduos para o expurgo e desprezar em recipientes específicos;
 Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e higienizar com álcool 70%;
 Lavar as mãos; registrar o procedimento no prontuário do paciente.

INSTALAÇÃO DE FLUIDOTERAPIA
Objetivo: Administrar medicamento intravenoso, reposição de líquidos, manutenção do
equilíbrio de eletrólitos e administrar nutrientes.
Descreva os seguintes soros:
SORO GLICOSADO 5% _____________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
SORO FISIOLÓGICO 0,9% __________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Material:
 Bandeja
 Frasco com solução prescrita
 Suporte de soro
 Equipo gotas ou microgotas
 Equipo extensor (polifix)
 Rótulo de identificação

 Dispositivo intravenoso (cateter


tipo borboleta ou cateter sobre
agulha)
 Algodão
 Copo descartável
 Álcool 70% ou antisséptico
preconizado pela instituição
 Fita adesiva ou fixador adesivo
transparente
 Garrote
 Luva de procedimento
 Compressa ou papel toalha
 Recipiente para lixo
 Bomba de infusão se necessário ou dispositivo de controle de volume
Descrição do Procedimento:
 Verificar a prescrição e transcrever no rótulo de soro o nome do paciente, quarto, leito,
horário do início e término da infusão, número de gotas por minuto, solução instalada e
nome de quem instalou, com letra legível;
 Lavar as mãos
 Reunir o material;
 Abrir o pacote do equipo e da solução prescrita;
 Fazer assepsia no local da conecção do frasco de soro com o equipo;

24
 Introduzir no frasco da solução, se prescrito: os eletrólitos e/ou outros fluídos
(realizando assepsia da ampola com álcool a 70%, e aspirando com seringa);
 Abrir o invólucro do equipo e retirar o protetor da parte que contém a câmara de
gotejamento;
 Conectar o equipo ao frasco de soro, obedecendo aos princípios de assepsia;
 Conectar a extensão de duas vias (polifix);
 Encher o equipo com a soro, retirando todo ar presente;
 Fechar a roldana do equipo;
 Rotular o frasco;
 Colocar essa solução já preparada na bandeja e anexar os demais materiais;
 Levar a bandeja ao quarto do paciente;
 Colocar o frasco da solução no suporte de soro e aproximá-lo do paciente;
 Explicar ao paciente o que vai ser feito;
 Conectar o equipo no cateter já instalado;
 Proceder a contagem de gotas ou instalar a bomba de infusão ou outro dispositivo de
controle de volume;

 Se houver necessidade de realizar punção venosa periférica:


Passos para punção venosa com agulha do tipo borboleta (Scalp ou
Butterfly):

 Abrir o invólucro contendo o scalp e conectar na extremidade distal do equipo;


 Escolher o local para punção de preferência em veia periférica distal;
 Escolher o calibre do cateter comparado ao calibre da veia;
 Calçar luvas de procedimento;
 Colocar a compressa ou toalha em baixo do local a ser puncionado;
 Cortar tiras de fita adesiva ou preparar o fixador adesivo transparente;
 Colocar o garrote uns 15 cm acima da veia escolhida e escolher a veia a ser puncionada;
 Fazer a antissepsia com movimentos circulares na região da veia com algodão embebido
com álcool a 70%;
 Esticar a pele e manter a veia fixa com o polegar da mão oposta à que vai fazer a punção;
 Introduzir a agulha com o bísel voltado para cima, aproximadamente um centímetro;
 Avaliar refluxo de sangue e introduzir o restante do cateter;
 Soltar o garrote;
 Abrir a trava do equipo e deixar o soro gotejar lentamente;
 Observar o local da punção quanto a extravasamento de soro (formação de soroma);
 Fixar o cateter com as tiras de fita adesiva;
 Identificar* o tipo de cateter utilizado quanto ao número, data, hora e nome do
responsável pelo procedimento;
*Identificação de punção

Scalpe 23
20/08/19 10h
25
AcEnf. Ana F.
 Controlar o gotejamento do soro conforme o número de gotas prescritas;
 Deixar o paciente confortável;
 Remover todo o material;
 Desprezar todo o material em local próprio;
 Retirar as luvas e lavar as mãos;
 Registrar o procedimento no prontuário do paciente.

 Passos para punção venosa com cateter não agulhado (Gelco, Abocath):
 Não fixar o abocath ao polifix, aguardar para abri-lo somente no ato da punção venosa;
JELCO OU ABOCATH
 Conectar o polifix à
extremidade do equipo; retirar o ar;
 Escolher o local para punção
de preferência em veia periférica
distal;
 Escolher o tipo de
dispositivo observando calibre do
cateter comparado ao calibre da veia;
 Calçar luvas de
procedimento;
 Colocar a compressa ou
toalha em baixo do local a ser
puncinado;
 Cortar tiras de fita adesiva ou preparar o fixador adesivo transparente (IV-FIX);
 Colocar o garrote 15 a 20cm acima da veia escolhida;
 Fazer a antissepsia da região com movimentos circulares com algodão embebido em
álcool a 70% ou outro antisséptico;
 Esticar a pele e manter a veia fixa com o polegar da mão oposta à que vai fazer a punção;
 Introduzir a agulha com o bísel voltado para cima, aproximadamente um centímetro;
 Avaliar refluxo de sangue no cateter e introduzir o restante do cateter retirando o mandril
(parte metálica);
 Soltar o garrote;
 Conectar o extensor (polifix) ao cateter;
 Abrir a trava do equipo e deixar o soro gotejar lentamente;
 Observar o local da punção quanto a extravasamento de soro ou soroma;
 Fixar o cateter com as tiras de fita adesiva ou fixador adesivo transparente no local da
inserção;
 Identificar* o cateter utilizado, com um pedaço de esparadrapo quanto ao número, data,
hora e nome do responsável pelo procedimento;
Abocath 22
20/02/19 10h
*Identificação de punção
AcEnf. Ana F.
 Controlar o gotejamento do soro conforme o número de gotas prescritas;
 Deixar o paciente confortável;
 Remover todo o material;
 Desprezar todo o material em local próprio;
 Retirar as luvas e lavar as mãos;
 Registrar o procedimento no prontuário do paciente.

26
ACIDENTES QUE PODEM OCORRER
Infiltração- passagem do líquido para o tecido subcutâneo. Ocorre por deslocamento da agulha
ou pela sua penetração na parede do vaso.
Choque – alguns medicamentos podem causar o estado de choque, com vasodilatação geral,
palidez, vertigem, agitação, cianose, ansiedade, tremores.
Pode se tratar do choque pirogênico que ocorre quando existe pirogênio no medicamento, ou
seja, substância produzida por bactérias, produzindo reações como febre e alergias;
*choque anafilático devido à hipersensibilidade do paciente ao medicamento.
Esclerose da veia – por aplicação sucessiva no mesmo local;
Abscessos- por adm. de medicamentos fora da veia, antissepsia inadequada e material
contaminado;
Hematoma- por extravasamento de sangue da veia no espaço intersticial por transfixação da
veia;
Flebite- causada por longa permanência de dispositivos endovenosos ou drogas irritantes;
Êmbolos – deslocamento de resíduos de medicamentos mal diluídos ou coágulos de sangue
podem agir como êmbolos.

Comentários IMPORTANTES:
 Não colocar a bandeja sobre a cama do paciente.
 Trocar o curativo do ponto de inserção sempre que estiver sujo ou molhado, cuidando
para recolocar a identificação no local.
 Controlar rigorosamente o gotejamento da solução para evitar desequilíbrio
hidroeletrolítico.
 Observar o local da punção frequentemente, identificando a presença de edema,
rubor, infiltração da solução e queixas do paciente, caso apresente qualquer sinal,
retirar o acesso e providenciar outra via.
 Manter o equipo sem bolhas de ar durante toda a infusão.
 Para certificar se a agulha está dentro da veia, baixar o frasco da solução a níveis
inferiores ao local da infusão, com a presilha aberta; ocorrendo o retorno de sangue
constata-se que o cateter está dentro da veia.

27
 Paciente que deambulam devem ser orientandos a manter o frasco elevado, com
gotejamento contínuo, evitando refluxo e obstrução do cateter.
 Sempre que possível iniciar a punção das veias pelas extremidades dos membros
superiores.
 O gotejamento não deve ser alterado em casos de atraso, evitando sobrecarga
cardíaca.
 A troca do frasco deve ser feita imediatamente após seu término, evitando interrupção
e perda da permeabilidade da via de acesso.
 Antes da realização de procedimentos que necessitem de movimentos excessivos
como transporte, higiene no leito e banho de aspersão, observar se as conexões do
sistema estão bem adaptadas e verificar a infusão durante o procedimento para manter
o fluxo constante.

RETIRADA DE ACESSO VENOSO PERIFÉRICO


Objetivo: Retirar acesso venoso periférico.

Material:
 Bandeja
 Algodão
 Copo descartável
 Fita adesiva
 Luva de procedimento
 Compressa ou papel toalha
 Recipiente para lixo

Descrição do Procedimento:
 Lavar as mãos
 Preparar o material;
 Orientar o paciente quanto ao procedimento;
 Fechar a presilha do equipo de soro;
 Providenciar tiras de fita adesiva;
 Calçar luvas de procedimento;
 Retirar a fixação de cateter existente lentamente;
 Tracionar o cateter lentamente até que seja exteriorizado por completo;
 Pressionar firmemente o local de onde foi retirado o dispositivo intravenoso periférico
com algodão seco, concomitantemente à retirada do cateter, não friccionar até obter a
hemostasia;
 Fazer curativo no local com algodão fixando com fita adesiva;
 Pedir para o paciente manter o curativo no local;
 Deixar o paciente confortável;
 Remover todo o material;
 Desprezar todo o material em local próprio;
 Retirar as luvas;
 Lavar as mãos;
 Registrar o procedimento no prontuário do paciente.

28
LEMBRAR

= O volume (V) a ser infundido se dá em ml (mililitros)


= O tempo (T) que leva para a solução ser infundida, pode ser em horas (h) e minutos (min)

FÓRMULA PARA GOTEJO EM GOTAS

FÓRMULA PARA GOTEJO EM MICROGOTAS

Exemplo: um soro de 500ml está prescrito para ser administrado em 8 horas. Como calcular o
número de gotas por minuto?
USAR a FÓRMULA=> gts/minuto = ____V_____
Tx 3

- Descobrir tempo total de infusão, já sabendo número de gotas e volume.


PM: 500ml SF 0,9% EV - 50 gt/m. QUAL O TEMPO QUE SERÁ INFUNDIDO ESSE SORO????

PM: 500ml SF 0,9% que deverá ser infundido a 45 gotas por minuto. Quanto tempo esse soro
demorará para terminar?

- Descobrir tempo total apenas com volume total mais ml/hora.


PM: 300ml de SF 0,9%, infundir 30 ml/h. Qual será o tempo total da infusão?

29
- Descobrir gotas por minuto num tempo menor que uma
hora:
PM: 100 de SF 0,9% em 30 minutos. Quantas gotas serão administradas por minuto?

PM: 100 de SF 0,9% em 30 minutos. Quantas gotas administrar por minuto?

EXERCÍCIOS:
1 - Foi prescrito para um paciente nas 24 horas: Soro fisiológico 0,9% 1000 ml EV + Soro glicosado 5%
1000 ml EV. Qual deve ser o gotejamento por minuto?
A) 14 gotas/minuto
B) 21 gotas/minuto
C) 28 gotas/minuto
D) 30 gotas/minuto

2 - Foi prescrito para um paciente nas 24 horas: Soro fisiológico a 0,9% 1000 ml EV + Soro glicosado 5%
1000 ml EV. Qual deve ser gotejamento em micro gotas?
A) 28 micro gotas/min
B) 83 micro gotas/min
C) 40 micro gotas/min
D) 65 micro gotas/min

3 - Quanto tempo deve durar um soro de 1.000 ml infundido a 20 gotas por minuto?

4- Temos um soro de 500 ml para correr em 6 horas. Quantas gotas deverão correr por minuto?

5- Temos um soro de 1000 ml para correr em 18 horas. Quantas microgotas deverão correr por minuto?

6- Temos um soro de 500 ml para correr em 3 horas. Quantas microgotas deverão correr por minuto?

7- Tem um soro de 250 ml para correr em 3 horas. Quantas gotas deverão correr por minuto?

8 – PM: soro de 100 ml para administrar em 45 minutos. Quantas gotas deverão correr por minuto?

30
SONDAGEM NASOGÁSTRICA
Objetivo: Drenar conteúdo gástrico, preparar o paciente para procedimentos cirúrgicos, aliviar
a distensão abdominal e administrar medicamentos.
Material:
 Bandeja
 Xilocaína geleia
 Seringa de 20 ml
 Estetoscópio
 Fita adesiva
 Abaixador de língua
 Luvas de procedimento
 Pacote de gazes
 Saco para lixo
 Compressas
 Biombo
 Sonda nasogástrica adequada (número e o tipo de sonda dependem da finalidade a que
se destina)
Descrição do Procedimento:
 Lavar as mãos
 Proporcionar privacidade ao paciente;
 Conferir a finalidade da sondagem na prescrição;
 Preparar o material e levá-lo até o leito do paciente;
 Preparar psicologicamente o paciente, orientando-o
quanto ao procedimento e sua colaboração;
 Posicionar o paciente em posição de fowler (45ºC), se possível;
 Limpar as narinas, caso necessário;
 Cobrir o tronco do paciente com uma compressa ou toalha de rosto;
 Colocar uma cuba rim próximo ao paciente;
 Dispor o material sobre a mesa;
 Cortar a fita adesiva para fixação e para marcar a sonda;
 A fita adesiva para fixação deverá ter aproximadamente 10cm – divida uma das pontas
da fita até o centro; pode-se usar uma parte do IV-FIX.
 Posicionar-se de pé ao lado do paciente, caso seja destro do lado direito e caso for
antidestro, do lado esquerdo – para facilitar a inserção;
 Calçar luvas de procedimento;
 Medir a sonda: da ponta do nariz ao lobo inferior da orelha e daí até o apêndice xifoide,
mais 02 dedos ou 03 cm, marcar nessa posição com a fita adesiva.
 Lubrificar a sonda com xilocaína geleia, com auxílio da gaze;
 Introduzir a sonda aberta, lentamente através de uma das narinas sem forçar,
(previamente escolhida a mais desobstruída, dirigindo-a para trás na direção da orelha e
para baixo);
 Solicitar ao paciente que respire profundamente e auxilie deglutindo a sonda quando
passar pela faringe (na garganta pode haver náuseas e vômitos, portanto deixá-lo
repousar alguns minutos);
 Paralelamente fletir a cabeça do paciente para frente, colocando o queixo na região
hioide, quando a sonda ultrapassar o obstáculo da parede nasofaríngea (mais indicado
quando o paciente está impossibilitado de deglutir);

31
 Introduzir a sonda pelo esôfago até a porção marcada pela fita adesiva;
 Verificar se a sonda está bem posicionada no estômago por meio dos seguintes
procedimentos: Colocar o estetoscópio abaixo do apêndice xifoide e introduzir 20 ml de
ar com ajuda de uma seringa– o ar introduzido produzirá ruídos hidroaéreos que serão
auscultados com o estetoscópio confirmando a posição correta da sonda; Aspirar o
conteúdo gástrico por meio da seringa de 20ml;
 Ajustar a sonda na posição correta e fixá-la com tiras de fita adesiva, sob o nariz, sem
comprimir a narina;
 Prenda a ponta da fita adesiva não dividida no nariz do paciente, e enrole as pontas em
torno da sonda;
 Se a pele do paciente estiver oleosa, limpe o local de fixação da sonda com uma
compressa com álcool;
 Se a sonda for para descompressão gástrica, deixar aberta em frasco utilizando o sistema
aberto;
 Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem;
 Recolher o material utilizado;
 Retirar as luvas e lavar as mãos;
 Registre o procedimento no prontuário do paciente e em formulário próprio, conforme
a rotina da instituição.
Comentários:
 Explicar o procedimento ao paciente e solicitar sua colaboração
 Enfatize que a deglutição facilitará o avanço da sonda
 Combine com o paciente algum sinal que ele poderá fazer para que seja interrompido o
procedimento brevemente
 Para facilitar a passagem da sonda, prepare um copo com água e um canudo e a menos que
haja contraindicação oriente o paciente a deglutir aos poucos a água enquanto a sonda vai
lentamente avançando
 Somente iniciar com alimentação, água ou medicamento via sonda após a confirmação do
correto posicionamento da sonda
 Testar a sonda SEMPRE antes da administração de qualquer substância, conforme técnica
descrita para a passagem da sonda.

SONDAGEM NASOENTÉRICA
Material:
 Bandeja
 Xilocaína geleia
 Seringa de 20 ml
 Estetoscópio
 Solução lubrificante
 Fita adesiva
 Abaixador de língua
 Luvas de procedimento
 Pacote de gazes
 Saco para lixo
 Compressas
 Biombo
 Sonda nasoentérica com fio guia

32
Descrição do Procedimento:

 Lavar as mãos
 Proporcionar
privacidade ao paciente;
 Conferir a finalidade da
sondagem na prescrição;
 Preparar o material e
levá-lo até o leito do
paciente;
 Preparar
psicologicamente o
paciente, orientando-o
quanto ao procedimento
e sua colaboração;
 Posicionar o paciente em posição de fowler (45ºC),
Mandril se possível;
 Conferir a narina mais permeável;
 Limpar as narinas do paciente, caso necessário.
 Cobrir o tronco do paciente com uma compressa
ou toalha de rosto;
 Colocar uma cuba rim próximo ao paciente;
 Dispor o material sobre a mesa;
 Cortar a fita adesiva para fixação e para marcar a sonda;
 A fita adesiva para fixação deverá ter aproximadamente 10 cm – divida uma das pontas
da fita até o centro;
 Posicionar-se de pé ao lado do paciente, caso seja destro do lado direito e caso for
antidestro, do lado esquerdo para facilitar a inserção;
 Calçar luvas de procedimento;
Medir a sonda: da ponta do nariz ao lobo inferior da orelha; do lobo inferior da orelha
até a cicatriz umbilical mais 02 dedos ou 03 cm. Demarcar com fita adesiva ou
esparadrapo.
Injetar a solução lubrificante dentro da sonda, como forma de lubrificar o mandril SN;
 Lubrificar a sonda com
xilocaína geleia, com auxílio da
gaze;
 Introduzir a sonda aberta
lentamente através de uma das
narinas, sem forçar, dirigindo-a
para trás na direção da orelha e
para baixo;
 Solicitar ao paciente que
respire profundamente e auxilie
deglutindo a sonda quando passar pela faringe (na garganta, pode haver náuseas e
vômitos, portanto deixá-lo repousar alguns minutos);
 Paralelamente fletir a cabeça do paciente para frente, colocando o queixo na região
hioide, quando a sonda ultrapassar o obstáculo da parede nasofaríngea (mais indicado
quando o paciente está impossibilitado de deglutir);
 Introduzir a sonda pelo esôfago até a porção marcada pela fita adesiva;

33
 Remover o fio guia, segurando a sonda na porção imediatamente após o nariz e
puxando-o delicadamente;
 Verificar se a sonda está bem posicionada no estômago por meio dos seguintes
procedimentos: Colocar o estetoscópio abaixo do apêndice xifoide e introduzir com
ajuda de uma seringa 20 ml de ar – o ar introduzido produzirá ruídos hidroaéreos que
serão auscultados com o estetoscópio confirmando a posição correta da sonda; Aspirar
o conteúdo gástrico por meio de uma seringa de 20ml, se refluir resíduo gástrico é pq
está no estômago;
 Ajustar a sonda na posição correta e fixá-la com tiras de fita adesiva, sob o nariz, sem
comprimir a narina;
 Se a pele do paciente estiver oleosa, limpe o local de fixação da sonda com uma
compressa com álcool;
 Prender a ponta da fita adesiva não dividida no nariz do paciente, e enrolar as pontas em
torno da sonda;
 Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem;
 Recolher o material utilizado;
 Retirar as luvas e lavar as mãos;
 Agendar exame de RX de abdômen conforme protocolo da instituição, para confirmar
o posicionamento da sonda – não administrar água, alimentos ou medicamento pela
sonda enquanto não houver a confirmação radiográfica do seu posicionamento;
 Registrar o procedimento no prontuário do paciente.

ALIMENTAÇÃO POR SONDA NASOGÁSTRICA OU


NASOENTÉRICA
Objetivo: Alimentar o paciente inconsciente ou impossibilitado de fazê-lo por via oral,
melhorar o aporte nutricional de paciente com diminuição da ingesta por via oral.

Material:
 Bandeja
 Frascos de alimentação em temperatura ambiente
 Equipo para dieta
 Seringa de 20 ml
 Água morna
 Estetoscópio
 Cuba rim

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 Luva de procedimentos
Descrição do Procedimento:
 Lavar as mãos
 Preparar o material;
 Certificar-se que a temperatura do alimento esteja adequada para ser administrada;
 Separar a dieta e levá-la até o paciente;
 Retirar o ar do equipo do frasco. Fechá-lo bem, levá-lo até a cabeceira juntamente com
o restante do material;
 Orientar o paciente sobre o procedimento;
 Posicionar o paciente em posição fowler (45ºC), se este tiver condições;
 Colocar o frasco com a alimentação no suporte apropriado;
 Calçar as luvas de procedimentos;
 Testar a sonda conforme técnica;
 Aspirar os resíduos com uma seringa, medir e registrar, de forma a verificar estase
gástrica, prevenindo vômitos;
 Caso o volume de resíduo drenado seja superior a 50% do volume administrado no
último horário, suspender a dieta para o presente horário;
 Limpar a extremidade da sonda com uma compressa limpa embebida em álcool 70%;
 Conectar o equipo no frasco de alimentação à sonda nasogástrica ou nasoentérica;
 Abrir a pinça do equipo e deixar gotejar aproximadamente 40 gotas/min. ou de acordo
com as condições do paciente, de forma a evitar desconforto;
 No final lavar a sonda com 20 ml de água morna, evitando a obstrução da sonda e
promovendo a remoção de resíduos alimentares;
 Limpar novamente a extremidade da sonda com uma compressa embebida em álcool
70%;
 Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem;
 Remover o material;
 Lavar as mãos;
 Na prescrição, checar o horário, anotar o tipo e quantidade de alimento e Intercorrências
se houver.

Comentários:
 Trocar o equipo a cada 24 horas
 Utilizar frasco específico para alimentação enteral
 Observar a frequência, consistência, odor e quantidade das evacuações.
 Avaliar a quantidade de resíduo gástrico sempre antes do início de uma nova dieta, sendo
que a não observância deste cuidado poderá acarretar risco de aspiração de conteúdo
gástrico em decorrência de episódio de êmese.
 Se a administração da dieta for contínua, manter o frasco de dieta com a presilha aberta,
a uma altura de 45cm da região epigástrica
 Conforme orientação médica e de nutricionista, nos intervalos entre as dietas
administrar água, a menos que o paciente tenha restrição hídrica.
 Não administrar dieta 30 minutos antes ou depois de procedimentos de fisioterapia.
 Desprezar o frasco de dieta caso o paciente esteja em isolamento de contato.
 Para a alimentação, priorizar o uso de sonda nasoenteral.

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LAVADO GÁSTRICO
Objetivo: Remover substâncias tóxicas ou irritantes, preparar o paciente para procedimentos
cirúrgicos e auxiliar no tratamento de hemorragia gástrica.
Material:
 Bandeja
 Xilocaína geleia
 Equipo
 Solução para lavagem SF 0,9% gelado.
 Luvas de procedimento
 Sonda nasogástrica
 Compressa
 Bolsa de drenagem sistema aberto
 Seringa de 20 ml
 Cuba rim
 Fita adesiva
 Estetoscópio

Descrição do Procedimento:
 Lavar as mãos
 Reunir o material e levá-lo até o leito do paciente;
 Orientar o paciente sobre o procedimento solicitando sua colaboração;
 Colocar o paciente em posição fowler ou decúbito dorsal;
 Promover a privacidade do paciente;
 Calçar luvas de procedimento;
 Realizar sondagem nasogástrica;
 Conectar o equipo na sonda nasogástrica e infundir lentamente e/ou com seringa a
solução prescrita;
 Coloque a compressa e a cuba rim sobre o tórax do paciente, se necessário;
 Desconectar o equipo da sonda ou abrir a sonda deixando fluir o conteúdo na cuba, ou
conectar a extensão do equipo ao recipiente de drenagem;
 Lavar com 250 ml de soro, após, medir o volume;
 Repetir o procedimento até que o líquido de retorno seja claro;
 Verificar se o paciente deverá permanecer com a sonda após a lavagem;
 Observar prescrição médica para manter ou não em sistema aberto;
 Deixar o paciente confortável e recolher o material;
 Desprezar no lixo no expurgo;
 Retirar as luvas e lavar as mãos;
 Na prescrição de enfermagem, anotar o horário, volume infundido e drenado, aspecto
do líquido drenado e reações do paciente.

Comentários:
 Testar previamente a sonda para iniciar a lavagem gástrica.
 Em caso de lavagem gástrica para pacientes com hemorragia digestiva alta, a infusão da solução
deverá ser gelada e administrada de forma lenta e gradativa.
 Deixar a mão equipamento de aspiração traqueal, caso o paciente apresente vômitos.
 A SNG deverá ser mantida aberta para drenagem de todo conteúdo gástrico, assim como deverá
ser realizado aspiração oro traqueal, evitando bronco aspiração
 A lavagem gástrica poderá ser contínua ou intermitente, dependendo da necessidade do paciente.
 A lavagem gástrica fica contra indicada depois da ingestão de substância corrosiva como
(destilados do petróleo, amônia, álcalis ou ácidos minerais).

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ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO POR SONDA
NASOGÁSTRICA OU NASOENTÉRICA
Objetivo: Administrar medicamentos a pacientes inconscientes ou impossibilitados de fazê-lo
por via oral.
Material:
 Bandeja
 Seringa de 20 ml
 Medicação
 Copo com água
 Luvas de procedimento
Descrição do Procedimento:
 Lavar as mãos
 Conferir as certezas relacionadas a administração de medicamentos;
 Se for solução: aspire a dose prescrita com uma seringa de 10 ou 20 ml;
 Se for comprimido: retire da embalagem, triture o medicamento em copo descartável
até tornar-se pó, dilua-o em 20 ml de água destilada e aspire com uma seringa;
 Proteger a seringa com a própria embalagem;
 Levar a medicação até a cabeceira do paciente, juntamente com o restante do material;
 Conferir quarto, leito e o nome do paciente;
 Orientar o paciente sobre o que lhe vai ser feito;
 Colocar o paciente sentado ou elevar o decúbito;
 Testar o posicionamento da sonda, com estetoscópio e seringa de 20 ml (para
conferir a localização da sonda);
 Adaptar a seringa que contêm o medicamento na sonda;
 Injetar toda a medicação (durante aproximadamente um minuto); Estar atento para
a homogeneização da suspensão preparada;

 Lavar a sonda administrando 20 à 30 ml


de água filtrada utilizando a própria seringa do
medicamento administrado;
 Fechar a sonda;
 Deixar o paciente confortável;
 Remover o material;
 Lavar as mãos;
 Registrar o procedimento no prontuário,
assim como as reações que ocorreram durante o
procedimento.

Comentário:
 Para pacientes com SNG em drenagem, manter a sonda fechada por 30 minutos.

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OXIGENOTERAPIA
RESPIRAÇÃO: troca de oxigênio e dióxido de carbono entre a atmosfera e as células do
organismo. O ar passa através das fossas nasais, faringe, laringe, traqueia brônquios,
bronquíolos e alvéolos pulmonares. Envolve os sistemas pulmonar e cardiovascular.

FATORES QUE AFETAM O FUNCIONAMENTO RESPIRATÓRIO:


Inalante tóxico Hipovolemia
Obstrução das vias aéreas Aumento da taxa metabólica
Altitude elevada Gestação
Fatores comportamentais: nutrição; exercício; Obesidade
tabagismo; ansiedade; abuso de substâncias Anemia
Diminuição do movimento da parede torácica Alterações no SNC
Anormalidades musculoesqueléticas Febre

Indicações para o uso do oxigênio:


 Respiração ruidosa
 Dificuldade ou impossibilidade de respirar estando deitado
 Saturação menor que 90%
 Taquipneia e ou taquicardia
 Batimentos de asa de nariz (é mais raro no cliente adulto)
 Tiragem supra clavicular e intercostal (manifestação visual da insuficiência
respiratória), ou seja, usa a musculatura acessória para respirar
 Cansaço e/ou agitação
 Sinais de desorientação, que antes não apresentava
 Cianose (sinal tardio de hipóxia)

FINALIDADE:
 Corrigir hipoxemia/hipóxia tissular.
 Prevenir trabalho cardiopulmonar excessivo.

Meios de administração de oxigênio:


 Máscara de Venturi
 Cateter nasal
 Traqueostomia
 Tubo T
 Tenda de oxigênio/HOOD
 Máscara facial
 Máscara de oxigênio
 Máscara laríngea
 Tubo endotraqueal (TOT/TNT)

OBS.: O ar ambiente fornece 21 % do oxigênio ao nível do mar, e o oxigênio


canalizado distribuído pela oxigenoterapia fornece 4 % por litro de oxigênio.

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CATETER NASAL

Este meio fornece uma quantidade baixa de oxigênio (20 a 28%) com um fluxo de 1 a 8 litros
por minuto.
Vantagens:
 É leve e bem tolerada
 Não interfere com a fala e a alimentação.
Desvantagens:
 Quantidade incerta de oxigênio fornecida.
 Resseca a mucosa nasal, pois fornece pequena umidade.
 Pode ser irritante e incomodo com o uso prolongado.
 Fluxos rápidos podem provocar dor nos seios nasais.

Técnica de instalação do cateter nasal tipo óculos


Material:
1. Cateter nasal tipo óculos
2. Umidificador (depósito de água estéril)
3. Extensão
4. Fluxômetro (mede o número de litros de O2 oferecido)
5. Água destilada

 PROCEDIMENTO
1. Lavar as mãos e reunir o material.
2. Explicar o procedimento ao paciente.
3. Instalar o Fluxômetro na rede de oxigênio e testá-lo.
4. Colocar água destilada no umidificador (até o nível indicado) e fechar bem e conectá-lo
ao Fluxômetro.
5. Conectar o extensor ao umidificador.
6. Identificar o umidificador (data, hora e assinatura).
7. Posicionar o paciente em posição de semi-fowler.
8. Instalar o cateter nasal no paciente e ajustá-lo bem.
9. Conectar o cateter nasal ao extensor, abrir e regular o Fluxômetro, conforme PM.
10. Recolher o material e registrar na folha de anotações da enfermagem.
11. Trocar o cateter nasal diariamente.
12. Trocar o umidificador e extensão a cada 24 horas ou conforme normas do hospital; caso a
agua do umidificador diminuir e ficar abaixo do nível mínimo, deve-se desprezar a água restante
e colocar novamente água estéril no nível indicado.

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CATETER NASOFARÍNGEO

O cateter nasofaríngeo fornece quantidade moderada de oxigênio (30 a 50%) a um fluxo de até
8l/min. É frequentemente utilizado para pacientes com infarto do miocárdio, pneumonia e
choque.
Vantagens:
 O paciente recebe oxigênio mesmo respirando pela boca ou pelo nariz.
 Seguro e simples
 Facilmente tolerado
 Não impede de falar
 Barato e descartável
 A quantidade de oxigênio fornecida geralmente é adequada.
Desvantagens:
 Resseca a mucosa e pode causar irritação cutânea e lesões auriculares ou das narinas
 Não permite um alto grau de umidificação.
 Não fornece uma concentração elevada de oxigênio.
 Se mal posicionada pode insuflar o estômago.
 Não pode ser usada se há obstrução nasal
Técnica para instalação do cateter nasofaríngeo
Material:
1. Cateter nasofaríngeo de numeração adequada.
2. Esparadrapo
3. Gaze com lubrificante
4. Umidificador
5. Extensor
6. Fluxômetro
7. Água destilada

 Procedimento:
1. Lavar as mãos e reunir o material.
2. Explicar o procedimento ao paciente.
3. Instalar o fluxômetro a rede de oxigênio.

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4. Colocar água destilada no umidificador e fechar bem e conectá-lo ao fluxômetro.
5. Identificar o umidificador (data, hora e assinatura).
6. Medir o tamanho do cateter a ser introduzido: da ponta do nariz até o lóbulo da orelha:
marcar o limite com uma tira de esparadrapo.
7. Posicionar o paciente em posição de semi-fowler.
8. Hiperestender o pescoço do paciente. Lubrificar o cateter com AD, SF ou xilocaína e
introduzi-lo em uma das narinas, até aproximadamente a marca do esparadrapo.
9. Conectar o cateter a extensão, abrir e regular o fluxômetro, conforme PM.
10. Registrar o procedimento no prontuário.
11. Trocar o umidificador e látex a cada 24hs.
12. Trocar o cateter a cada 08 horas ou conforme normas do hospital, alternando as
narinas.

OXIGENIOTERAPIA POR MÁSCARA


As máscaras de oxigênio apresentam diversos formatos e cada uma tem diferentes
propósitos, a citar:
 Máscara Simples: são máscaras utilizadas por pacientes que necessitam de baixas a moderadas
concentrações de oxigênio (40 a 60%);
 Máscaras de Reinalação Parcial: são máscaras indicadas a pacientes que necessitam de
moderadas a altas concentrações de oxigênio (50 a 70%), pois fornecem 100% de concentração
de oxigênio, no entanto a concentração fornecida varia de acordo com a respiração do paciente;
 Máscaras sem Reinalação: são máscaras indicadas para pacientes que necessitam de
aproximadamente 100% de oxigênio. Possuem válvula que impede o ar expirado de entrar na
bolsa.

Máscara simples Máscara facial com reservatório

MÁSCARA DE VENTURI

A máscara de Venturi fornece uma concentração de oxigênio


de 24% a 50%. O fluxo geralmente utilizado é de 4 a 12 litros
por minuto, conectada diretamente a rede de O2.

Conector Concentração O2 Fluxo O2


Azul 24% 4 L/min
Amarelo 28% 4 L/min
Branco 31% 4 L/min
Verde 35% 6 L/min
Vermelho 40% 8 L/min
Laranja 50% 12 L/min

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Vantagens:
 É leve e bem tolerada pelo paciente.
 Protege contra dosagens nocivas de oxigênio.
Desvantagens:
 Desloca-se facilmente.
 Dificulta a fala.
 Impossibilita o paciente de comer enquanto usa.

Material:
 Manômetro com válvula redutora
 Fluxômetro
 Bandeja
 Umidificador com água esterilizada
 Kit com máscara
 Gaze
 Cadarço
 Luvas de procedimento
 Compressa ou papel toalha
 Recipiente para lixo

PROCEDIMENTO
 Lavar as mãos;
 Reunir o material e levar até o paciente;
 Explicar o procedimento ao paciente ou acompanhante;
 Instalar o fluxômetro e umidificador;
 Montar a máscara e regular a concentração conforme orientação médica;
 Adaptar a máscara firmemente, cobrindo as narinas e a boca e prendê-la com cadarço
ou elástico próprio;
 Para evitar irritação na pele, proteja as orelhas e as saliências ósseas com gaze;
 Recolher todo material e encaminhar ao expurgo;
 Lavar as mãos;
 Registrar no prontuário.

OBSERVAÇÕES
 Seguir rigorosamente a prescrição médica quanto à quantidade de oxigênio por minuto
 Ligar sempre o oxigênio com a umidificação, para evitar lesões no trato respiratório.
 Ao utilizar o cilindro/torpedo de O2, observar os seguintes cuidados:
o Proibir o uso de fumo nas proximidades;
o Evitar substâncias e materiais inflamáveis como: benzina, éter, fio elétrico, entre outros
o Transportar em carrinho apropriado, evitando arrastar o torpedo/cilindro, para que não ocorra
explosão;
o Abrir lentamente a válvula com as mãos, sem o auxílio da chave inglesa, posicionando-se atrás do
manômetro, para evitar acidente devido à pressão do oxigênio, caso o manômetro não esteja bem
adaptado;
o Nunca segure o cilindro/torpedo somente pela válvula;
o Verifique sempre a pressão de gás existente no torpedo/cilindro e solicite sua reposição quando
estiver baixa;
o Trocar todo o sistema a cada 24 horas;
o Manter o umidificador sempre com água no nível indicado. Se a água estiver abaixo do nível,
despreze e coloque água novamente esterilizada até o nível indicado, nunca completar.

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ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES
Finalidades:
Eliminar as secreções do paciente sempre que não conseguir eliminar as secreções das vias
aéreas através da tosse.
Aspiração é a retirada passiva das secreções, com técnica asséptica, por uma sonda conectada
a um sistema de vácuo, introduzido nas vias aéreas. Essa técnica tem como Objetivo manter as
vias aéreas permeáveis, restabelecer as trocas gasosas melhorando assim a oxigenação arterial
e pulmonar além de prevenir infecções.

Tipos:
Existem três técnicas de aspiração de secreção quanto à localização da aspiração:
 - Aspiração orofaríngea e nasofaríngea,
 - Aspiração orotraqueal e nasotraqueal
 - E a aspiração do tubo endotraqueal ou traqueostomia.
A ordem de aspiração é, primeiro o tubo endotraqueal ou traqueostomia, segundo a cavidade
nasal e terceiro a cavidade oral, quando se trata de utilizar a mesma sonda de aspiração.

Aspiração orofaríngea e nasofaríngea: é indicada no paciente que consegue tossir normalmente,


mas que não consegue eliminar as secreções por deglutição ou expectoração. A aspiração é
realizada após tosse do paciente.

Aspiração orotraqueal e nasotraqueal: é indicada no paciente que apresenta secreções


pulmonares e capacidade de tossir diminuída. A sonda é introduzida até a traqueia pela cavidade
oral ou, através da narina preferencialmente.

Aspiração de tubo endotraqueal ou traqueostomia: O tubo traqueal pode ser endotraqueal,


nasotraqueal. Estes tubos permitem o acesso à traqueia do paciente e aspiração traqueal
profunda. A retirada das secreções da traqueia precisa ser asséptica, atraumática e eficaz. A
secreção deve ser aspirada durante a saída da sonda de aspiração. Este procedimento não deve
ultrapassar 15 segundos, pois os pulmões não recebem Oxigênio em quantidade adequada
durante a aspiração.

Materiais:
- luvas de procedimento
- luva estéril (de toque, mão única)
-cateter de aspiração
-gazes estéreis
-SF 0,9% 100 ml
-óculos de proteção
-máscara
-aspirador elétrico ou rede de vácuo
-extensão de látex/silicone

TÉCNICA
- Lavar as mãos;
-Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente se o mesmo estiver consciente;
-Elevar decúbito em 30º a 45º, se não houver contraindicação.
-Colocar luvas de procedimento máscara e óculos de proteção
-Testar o funcionamento do aspirador; verificando que a pressão é de 110 a 150 MmHg no

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adulto e na criança 95 a 110 a mmHg.
-Abrir o pacote do cateter de aspiração, de forma a expor apenas a válvula, a qual deverá ser
conectada à fonte de sucção, mantendo as demais partes no invólucro.
- Calçar luvas de procedimento
-Calçar luva estéril na mão dominante (mais comum a direita)
-Retirar o invólucro com a mão esquerda, segurando o cateter com a mão direita
-Ligar a fonte de sucção com a mão esquerda e desconectar a cânula de intubação ou traqueal
do ventilador
-Estimular o reflexo de tosse
- Segurar extensor ‘pinçado’ com mão não dominante e Introduzir o cateter de aspiração com
a mão D no TOT ou TQT até o ponto de resistência. Não se deve aspirar durante a introdução
da sonda.
- Soltar o pinçamento durante a aspiração.
-Retirar o cateter de aspiração com movimentos semicirculares suaves produzidos com os
polegares e indicador.
-Manter o cateter aspirando por no máximo 15 segundos.
-Repetir as aspirações quantas vezes forem necessárias, sempre intercalando com a ventilação
do paciente;
- Após o término da aspiração endotraqueal, realizar aspiração nasal e, em seguida, oral.
- Ao final desconectar o cateter da fonte de aspiração. Desprezar a sonda enrolando-a sobre a
mão calçada com a luva e puxar a luva sobre a sonda. Não esquecer de proteger a extremidade
da extensão de aspiração com outra sonda.
-Lavar o sistema de aspiração com SF 0,9%.
-Desligar o aspirador.
-Proteger a extremidade da fonte de sucção com invólucro do cateter de aspiração.
-Observar as características da secreção (espessa, fluida, odor, etc).
- Deixar sonda conectada na extensão preparada para a próxima aspiração.
-Fazer as anotações de enfermagem

OBSERVAÇÕES:
 A técnica de aspiração traqueal deve ser feita de preferência por duas pessoas, para evitar a
contaminação do sistema tubo/circuito.
 É necessário que o frasco de aspiração (coletor) seja trocado com todas as técnicas de
desinfecção de 06 em 06 h ou sempre que estiver cheio.
 Todo o sistema de aspiração deve ser esterilizado.
Dispõe-se no mercado de sistemas de aspiração de secreção descartável, o que possibilita um
melhor controle de infecções.
Ver: RESOLUÇÃO COFEN Nº 557/2017

OBS.: PODERÁ HAVER DIFERENÇAS NA TÉCNICA DE ACORDO COM


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.

Referências:
· MUSSI, N.M [et al.] Técnicas Fundamentais de Enfermagem. São Paulo: Editora Atheneu, 2007. 2a Edição.
· POMATTI, D.M; PETUCO, V.M. Manual Prático: Sistematização da Assistência de Enfermagem. Passo Fundo:
Berthier, 2008.
· TIMBY, B.K; Conceitos e Habilidades Fundamentais no Atendimento de Enfermagem. Porto Alegre: Artmed.
10ª Edição. 2014
· PERRY POTTER. Fundamentos de Enfermagem. Ed. Elsevier. 8ª ed. 2013.
· SILVA, S.C. de; SIQUEIRA.I.L.C. de; SANTOS, A.E. Boas Práticas de
Enfermagem no Adulto: Procedimentos Básico. São Paulo: Atheneu, 2008.

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Algumas Siglas e Abreviaturas encontradas nas Prescrições Médicas

 A/O: Ambos os Olhos ou Ouvidos  mm: Milímetro


 ACM: A Critério do Médico  MTN: Manhã, Tarde, Noite
 AMP: Ampola  NaCl: Cloreto de sódio
 BID: 2 vezes ao dia  NBZ: Nebulização
 BPM: Batimentos por Minuto  O2: Oxigênio
 cc: Centímetro Cúbico  OD: Olho ou Ouvido Direito
 Ca: Cálcio  OE: Olho ou Ouvido Esquerdo
 CAPS: Cápsulas  PA: Pressão Arterial
 cm: Centímetro  POM/PM: Pomada
 cm3: Centímetro Cúbico  QD: 1 vez ao dia (todos os dias)
 COL: Colírio  QID: 4 vezes ao dia
 COMP ou CP: Comprimidos  q.s.p.: Quantidade Suficiente Para
 CPM: Conforme Prescrição Médica  S/N: Se Necessário
 CR: Creme  SC: Subcutânea
 D: Dia  seg: Segundo
 DRG / DG: Drágea  SF: Solução Fisiológica / Soro Fisiológico
 ENV: Envelope  SG: Solução Glicosada / Soro Glicosado
 EV/IV: Endovenosa/Intravenosa  SGF: Soro Glicofisiológico
 FLAC / FL: Flaconete  SL: Sublingual
 FR: Frasco  Sol: Solução
 g/gr: Grama  SUP / SP: Supositório
 GT/GTS: Gota/Gotas  SUSP / SS: Suspensão
 INJ: Injetável  SY: Spray
 h: Hora  TB: Tubo
 H202: Água Oxigenada  TD: Transdérmico
 ID: Intradérmica  TID: 3 vezes ao dia
 IM: Intramuscular  TRO: Terapia de Rehidratação Oral
 IN: Intranasal  U: Unidades
 KCl: Cloreto de Potássio  U.I.: Unidades Internacionais
 kg: Kilograma  USO INT: Uso Interno
 KMnO4: Permanganato de Potássio  USO EXT: Uso Externo
 L: Litro  VD: Vidro
 µg / mcg: Micrograma  VOL.: Volume
 mg: Miligrama  V.O: Via Oral
 Mg: Magnésio  V.R: Via Retal
 mL: Mililitro  V.V: Via Vaginal
 min: Minuto  XPE/XP: Xarope

https://farmaceuticodigital.com/2016/06/siglas-abreviaturas-prescricoes-medicas.html

OUTRAS ABREVIATURAS
AAA - Anictérico, Acianótico e Afebril MMII: membros inferiores
ACM: a critério médico MMSS: membros superiores
AOE: abertura ocular espontânea MSD: membro superior direito
avc: acesso venoso central MSE: membro superior esquerdo
AVP: acesso venoso periférico MV+: murmúrio vesicular presente
BI - Bomba de Infusão Na: sódio
Bic: bicarbonato NPP: nutrição parenteral parcial
BH: balanço hídrico. NPT: nutrição parenteral total
BEG: bom estado geral, PCR: parada cardiorrespiratória
Ca: cálcio POI: pós-operatório imediato
CA: Câncer POT: pós-operatório tardio

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Cd: conduta QP: queixa principal
CT: tomografia computadorizada RA: ruídos adventícios
DC: débito cardíaco RCI: ritmo cardíaco irregular
DD: decúbito dorsal RCR: ritmo cardíaco regular
DV: decubito ventral RHA: ruído hidroaéreo
DM: diabete mellitus REG: regular estado geral
DLD: decúbito lateral direito RNM: ressonância nuclear magnética
DLE: decúbito lateral esquerdo RL: ringer lactato
DT: dreno de tórax SF: soro fisiológico
ECG: eletrocardiograma SG: soro glicosado
F.O.: Ferida operatória SIC: segundo informações colhidas.
h: hora s/n: se necessário
HAS: hipertensão arterial sistêmica SND: Serviço de nutrição e dietética
Hb: hemoglobina SpO2: saturação percutânea de oxigênio
HMG: hemograma SVA: sondagem vesical de alivio
Htc: hematócrito SVD: sondagem vesical de demora
HTD: hemitórax direito SSVV: sinais vitais
HTE: hemitórax esquerdo Tax: temperatura axilar
LCR: liquido cefalorraquidiano TVP: trombose venosa profunda
LOC: Lúcido e Orientado e coerente UI: unidades internacionais
MEG; mau estado geral US: ultrassonografia
MID: membro inferior direito VAS: vias aéreas superiores
MIE: membro inferior esquerdo VMin: volume minuto
mm: milímetro VSCD: veia subclávia direita
mmHg: milímetros de mercúrio VSCE: veia subclávia esquerda

ANOTAÇÕES
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