Você está na página 1de 18

“ATROCHA”

Baseado em fatos reais

Série de ação e aventura

Escrito por

Irapuã de Oliveira Pires

Protocolo de registro 132/PR/21 em 17/08/20121


Curitiba, Paraná, Brasil
“Trocha: Caminho sinuoso. Atalho que por desvios, leva a algum lugar.”

Para os Venezuelanos:
Uma trocha, na Venezuela é um caminho ou estrada improvisada, quase sempre nos
campos.

Para o autor:
Uma palavra desconhecida, repetida centenas de vezes pelos refugiados na fronteira do
Brasil com a Venezuela.
O autor preferiu manter a grafia equivocada da palavra por haver registrado a obra com
este nome, na Biblioteca Nacional, por isto sempre escrita entre aspas: “ATROCHA”.
Apresentação - A história que originou a estória.

Em março de 2019, o calouro de jornalismo Irapuã de oliveira Pires, se propôs a


viajar até Pacaraima, RO na fronteira do Brasil com a Venezuela para conhecer a real
situação dos conflitos migratórios naquela região. Depois 10 dias em contato com os
refugiados, e de conhecer diversas histórias sobre o drama dos retirantes venezuelanos,
Irapuã retornou a Curitiba decidido a publicar seu trabalho em sua faculdade, mas a
instituição não lhe deu nenhuma atenção.

Afetado pelas histórias as quais vivenciou, buscou uma outra forma de contar a
extensão e os detalhes deste drama. Firme nesse propósito lançou-se a escrever um
roteiro de série para TV denominada “ATROTCHA – Baseado em fatos reais”.

-“O ônibus era abafado e fedorento e, ao desembarcar com minha mochila em


Pacaraima,
seis ou sete venezuelanos nos abordavam oferecendo seus serviços:
‘Trotcha! Trocha, señor! Quieres seguir por las trochas?
- Com mil carálhos! Que merda significa ‘TROCHAS’??”

Trecho dos primeiros rascunhos do livro homônimo “ATROTCHA”,


ainda não publicado.
Autor: Irapuã de Oliveira Pires

Diferente do livro que é auto biográfico, a série é baseada em fatos reais, onde
diversos elementos foram alterados como licença poética. Entretanto o pano de fundo
político que causou o cenário migratório caótico, os elementos fundamentais da trama
e suas crises são reais.

O personagem principal é uma pessoa com traumas de infância e que confunde


o sucesso na vida com a busca por fama e glamour. Muito inteligente e mecânico
habilidoso, nosso personagem tem grande paixão pelo jornalismo, mas, de forma
equivocada enxerga nessa profissão a chance de ser famoso e reconhecido pelos seus
talentos.
Entrando na obra de ficção: “ATROTCHA”

 Logline
Desempregado, aos 49 anos, deixou a esposa grávida e viajou para
Venezuela buscando a fama como jornalista em zonas de conflito. Terminou
como piloto de fuga para contrabandistas na fronteira.
 Design narrativo proposto:
Archplot de ação e aventura, abordando a temática da busca da fama e do sucesso sob
a ótica de um personagem, tendo como pano de fundo um cenário geopolítico real e
profundamente caótico. Um drama clássico, serializado, com uma narrativa
arquitetada dentro de uma temporada com 10 episódios de 40 minutos cada.
 Sinopse longa da primeira temporada
Carlos já havia abandonado a faculdade de jornalismo a bastante tempo. Casado pela
segunda vez, agora aos 49 anos e depois de tantos fracassos na vida, parece estar
vivendo seu melhor momento. O trauma de ser um derrotado como seu pai parece ter
ficado para traz. Trabalhando a dois anos como técnico mecânico na famosa companhia
canadense Cirque Du Soleil, o circo mais famoso do mundo, seus amigos o veem com
aquela “aura da fama”. Porém, a turnê na América Latina chega ao fim e a companhia
não providenciou seu visto para o próximo país. Carlos não terá seu contrato renovado.
Agora desempregado, Carlos sente falta do glamour de trabalhar em uma grande
empresa. Rejeita outras ofertas de trabalho e tem a ideia de retomar seu curso de
jornalismo para se aproximar dos conflitos na fronteira entre o Brasil e a Venezuela
buscando a fama como jornalista independente. Seu irmão que viveu 24 anos naquele
país e agora vive no Brasil, conhece profundamente a história e as origens da crise
humanitária da Venezuela e abastece Carlos com centenas de histórias de crimes e
perseguições que podem gerar grandes matérias se alguém tiver a coragem de conta-
las. Parece ser uma ótima pauta para buscar alguma fama como jornalista em zonas de
conflito. Carlos faz seus contatos e confirma que, de fato, estando na fronteira poderia
conseguir algum material que pudesse ser publicado. Carlos faz seus preparativos e
parte para a fronteira prometendo a sua jovem esposa que “serão apenas 10 dias”.
Marcela, sua esposa, está grávida no sétimo mês, mas mesmo isso não impede Carlos
de lançar-se na aventura: “Dez dias, amor! Logo estarei de volta!”. Carlos chega à cidade
de Pacaraima, Roraima, mas os conflitos cessaram e a calma reina no local. No entanto,
o fluxo de imigrantes ainda é intenso e Carlos busca gravar imagens relevantes para sua
pauta jornalística. Na TV e na internet este tema está bombando. Porém, sem
experiência e com dificuldades para gravar apenas com seu celular, Carlos logo percebe
que a missão não será tão simples. Com a ideia de aumentar a equipe, liga para suas
amigas espanholas, Vanessa e Chimena, que trabalham como documentaristas
profissionais na Espanha, e as convida para cobrirem sua história. Relutantes devido aos
altos custos da viagem, Vanessa e Chimena afirmam que só irão quando Carlos tiver
provas de uma pauta realmente interessante. Todos os dias então, Carlos vai para as
trilhas buscando gravar algum assunto de interesse, mas nada acontece. Finalmente, em
uma manhã tórrida do verão amazônico, por fim tem seu primeiro contato com um
grupo de refugiados. Corre de encontro ao grupo para gravar sua primeira matéria, mas
se atrapalha todo com a câmera do celular. Nervoso com o aparelho, Carlos escuta um
grito vindo do grupo de refugiados: é uma jovem grávida em trabalho de parto, ali
mesmo na trilha empoeirada. Carlos hesita, pensa, e por fim deixa de lado a gravação
da sua matéria e se envolve no parto ajudando a jovem mãe a dar à luz ao seu bebê. Os
refugiados se exaltam e dão graças a Deus por haver aparecido um “jornalista” de bom
coração. No calor do momento chegam alguns militares brasileiros e uma equipe de TV
que registra todo o ocorrido. Carlos trêmulo e emocionado depois de haver terminado
o parto, passa mal, vomita e desmaia em cima do seu próprio vômito. A atitude altruísta
de Carlos o torna conhecido entre os refugiados e o aproxima do Coronel Antônio
Valmilton, comandante da base militar brasileira na fronteira e chefe da Operação
Acolhida, em Pacaraima. Conquistando a amizade do Coronel, Carlos é convidado a ficar
hospedado nas instalações do Exército Brasileiro e logo os militares o parabenizam por
ele ter ficado famoso, pois sua ajuda no parto acabou saindo nas notícias do horário
nobre. Carlos se frustra e lamenta por haver perdido a chance de gravar sua primeira
matéria. No entanto, Carlos tem a chance de compartilhar essa história com suas amigas
espanholas e consegue convence-las a embarcarem para o Brasil e ajuda-lo na cobertura
dos eventos. Enquanto suas amigas não chegam, Carlos conhece um venezuelano de
nome Pexito, que ganha a vida como guia pelas atrotchas. Carlos não o reconhece, mas
Pexito afirma tê-lo ajudado no parto e oferece mais ajuda, caso queira conseguir
histórias mais intensas para suas matérias. Carlos pergunta como isso seria possível e
Pexito aponta para uma série de veículo 4x4 abarrotados de mercadorias e diz que esse
é o caminho para as melhores histórias. Carlos aceita e logo os dois estão envolvidos
com os comerciantes que traficam mercadorias pelos caminhos alternativos, já que as
fronteiras estão fechadas. Carlos e Pexito passam a trabalhar como motorista e
mecânico para os contrabandistas, mas na primeira viagem Carlos e Pexito são parados
pela Guarda Bolivariana e o veículo fica retido com toda a carga. Em dívida de morte
com os contrabandistas, Carlos afirma ter um plano. Marcela, sua esposa já está aflita
pois já se vai um mês e nada de seu marido retornar a casa: “Amor, tive uns problemas
aqui. Ficarei mais uns dias”. Carlos usa suas habilidades de excelente mecânico e faz um
acordo com os contrabandistas: Usando partes de outros veículos 4x4, ele constrói um
super potente veículo off road, e promete retornar para as trilhas e recuperar o veículo
retido juntamente com as mercadorias. Seu veículo de fato é imparável. Com uma
potência e ruído impressionante, rompe por caminhos que nenhum outro 4x4 poderia
passar. Carlos cria fama com sua criação e chama a atenção dos Generais do Cartel del
Soles que lhe entregam um telefone satelital e o obrigam a contrabandear ouro e pedras
preciosas da Venezuela para o Brasil, usando seu veículo agora conhecido como “La
ATROTCHA”. Relutante Carlos aceita, mas jornalistas locais o denunciam como o
“brasileiro que chefia o bando” e a notícia se espalha pela internet. Para provar sua
inocência Carlos concorda em levar a esposa de um jornalista e sua filha para o Brasil.
Acriança padece de leucemia e precisa de tratamento urgente. Na viagem de retorno,
Carlos é perseguido e, temendo por sua vida usa o telefone satelital para chamar sua
esposa. No calor da perseguição, Marcela chora e diz estar no hospital, em trabalho de
parto. Carlos pede perdão e promete voltar. Na fuga, em alta velocidade, uma peça da
suspenção quebra, o veículo gira com violência no ar, bate em um barranco enquanto
sua filha vem ao mundo no Brasil em um doce choro de bebê. Tristemente, a filha do
jornalista, perde a vida sem conseguir chegar ao Brasil. Carlos e a mãe da criança
escapam com vida, e são alcançados pelo exército Bolivariano que, com brutalidade
capturam todos sob ameaças de tortura e morte. Carlos e seu veículo destroçado são
salvos de serem detido graças à intervenção de uma patrulha do exército brasileiro que
invadiu o território venezuelano para salvá-lo dos perseguidores venezuelanos, porém
o declaram detido na base militar brasileira da fronteira. Toda a ação foi filmada por
Vanessa e Chimena que já estavam na fronteira. Ameaçando publicar as imagens da
ação ilegal do exército brasileiro, Vanessa e Chimena logram libertar Carlos, mas esse se
recusa a sair e deixar seu veículo retido em poder do exército brasileiro. Vanessa se
enfurece com Carlos e pergunta o porquê de tal comportamento. Carlos,
profundamente consternado pela morte da menina, mostra a Vanessa o ouro e as
pedras preciosas que estavam escondidas no veículo e jura provar que não é o traficante
que toda a mídia o acusa de ser. Vanessa vê a chance de uma grande história e o grupo
então se mobiliza para denunciar os crimes do Cartel del Soles. Buscando contato com
jornalistas venezuelanos que lutam contra o governo de Nicolás Maduro, Carlos e seu
grupo logram estabelecer conexões com políticos da oposição. Em contato com
assessores de Juan Guaidó, Carlos afirma possuir provas de que o General Yolman
comanda uma rede de tráfico de ouro e pedras preciosas na fronteira aplicando uma
política de terror e ameaças em toda a região da fronteira com o Brasil, impedindo a
entrada da ajuda humanitária para o povo venezuelano. A história de Carlos ganha
relevância e chega até uma importante jornalista venezuelana que vive nos Estados
Unidos, jornalista ativista Renéz de La Carmona. Com importantes conexões na CNN,
Renéz vaza essa história para seus contatos no governo americano que se mobiliza para
investigar os fatos. Em Pacaraima, o telefone satelital de Carlos toca e uma voz em inglês
pergunta: “Are you Carlos Binhares?”. Carlos treme e se dá conta que sua história
ganhou relevância geopolítica. Forças desconhecidas se unem para articular uma missão
maior para Carlos: Retornar para a Venezuela e encontrar o político Juan Guaidó, aliado
dos Estados Unidos, entregar as provas dos crimes do General Yolman e seus pares do
Cartel del Soles, buscando aumentar as chances de Guaidó de fato assumir o poder
como presidente da Venezuela. Para ter livre acesso nas barreiras do exército
Bolivariano, Carlos promete deletar o General Yolman para o próprio Cartel del Soles
como o General que rouba para si próprio e não para o Cartel. Na capital Carácas, dois
grupos antagônicos aguardam ansiosos pela chegada de Carlos e seu grupo: os
assessores do auto declarado presidente Juan Guaidó, e os Generais do Cartel del Soles
que ordenaram que ninguém toque em Carlos, seu veículo ou em seus amigos até que
ele chegue com as provas da traição do General Yolman. Como prova de amizade, o
Coronel Valmilton ordena que o veículo de Carlos seja concertado pelo exército
brasileiro. O ouro e as pedras preciosas são escondidos em um compartimento oculto
no veículo. Nas últimas ameaças do General Yolman residem os principais temores de
Carlos: “Tu mujer e tu hija... las voy a matar!”. Na sede do poder, em Carácas, entre
baforadas de charutos cubanos, os Generais do Cartel del Soles ordenam que ninguém
aborde Carlos e seu comboio. Entre os jornalistas da comunidade internacional essa
história ganha contornos de boato fantástico. Carlos agora está as portas de um país
corrupto e narcotraficante, com passe livre para entrar e tentar o improvável:
desequilibrar a balança do poder e da corrupção.

Apresentação dos personagens


O protagonista: Carlos Edivaldo Binhares – Aos 49 anos, casado com Marcela, Carlos
tem cabelos um pouco grisalhos, volumosos e sempre alvoroçados, nunca penteados;
alto, forte, cara de bacana. Um boa pinta, com barba e bigode bem marcados que
escondem um homem inseguro, perseguido pelo trauma de uma infância difícil. Criado
em uma família de 6 filhos, com uma mãe amorosa e um pai problemático que nunca
consegui dar conforto a família. O passado de Carlos é marcado pelo trauma de ver seu
pai ser derrotado pela vida e ter morrido pobre e solitário e uma casa humilde. Carlos
ama o jornalismo, mas nunca se formou. Ganha a vida como talentosíssimo mecânico.
A antagonista: Vanessa, a amiga espanhola – Vanessa é uma garota autêntica, objetiva
e pragmática. Já com seus 30 anos, absolutamente segura de si e dona do seu destino.
Lésbica, de personalidade forte e indomável, sempre muito reservada com suas escolhas
e preferências sexuais. Pessoa temperamental e metódica, sensível as causas
humanitárias e ambientais, amante da natureza e dos animais. Formada em
comunicação, ganha a vida com a produção de documentários na Espanha.
Personagem secundário: Chimena, espanhola, affair e amiga de Vanessa – Garota de
figura esguia, pele clara e riso fácil, Chimena é aos 28 a doçura em pessoa. Sensível e
amável, quase nunca discorda da nada. Evita conflitos e sempre prefere se submeter a
levantar polêmicas. Pouco se sabe sobre sua família, mas se tem algo que a incomoda
são temas relacionados a sua intimidade. Chimena sempre está envolvida em trabalhos
com Vanessa, o que as coloca algumas vezes como um “casal” em muitos aspectos.
O aliado: Luiz Ediberto “Pexito” – Venezuelano, guia de Carlos pelas trilhas e trochas na
fronteira entre Brasil e Venezuela. Sua idade é um mistério visto que aparenta um rosto
velho em um corpo de jovem. Carlos reencontrou Pexito pelas ruas de Pacaraima, e já
haviam se conhecido antes em um evento acidental nas trilhas da fronteira, quando
Carlos ajudou em um parto e Pexito se mostrou um líder pró ativo entre os refugiados.
Personagem secundário: O Gustavo Binhares, irmão de Carlos – Quatro anos mais
jovem que Carlos, Gustavo Binhares é uma pessoa introspectiva e pacata. Na juventude,
depois de formado em arquitetura, mudou-se para a Venezuela no ápice da economia
daquele país onde casou-se e teve 4 filhos. Viveu por 24 anos longe do Brasil até que a
crise política na Venezuela se agravou e decidiu abandonar o país com sua família,
retornando ao Brasil. Gustavo é a fonte de informações de Carlos sobre a Venezuela.
Personagem secundário: Marcela, esposa de Carlos – Jovem, 38 anos a bela e alegre
companheira de Carlos é uma mulher que distribui simpatia e alegria. Vive uma vida
leve, sem grandes problemas existenciais. Suas principais preocupações diárias são
Carlos, seu amado companheiro, sua casa perfeitamente limpa e organizada, suas
combinações de roupas para o dia-a-dia e seu pequeno negócio familiar: uma cafeteria
em Curitiba. Crises políticas e sociais passam longe da sua lista de interesses.
O aliado: Coronel Antônio Valmilton, Exército Brasileiro, Comandante da base militar
na fronteira, em Pacaraima – 49 anos, militar de carreira, homem correto e patriota, o
Coronel Valmilton assumiu com orgulho a missão de comandar a Operação Acolhida,
uma força tarefa do governo brasileiro para ajudar e organizar a entrada da massa de
imigrantes venezuelanos que lotam a pequena cidade fronteiriça de Pacaraima,
Roraima, na divisa com a Venezuela.
O vilão: General Santiago Yolman, chefe da Guarda Bolivariana e membro do Cartel
del Soles – General Yolman, como é conhecido dentro do exército venezuelano, foi
comandante de Hugo Chaves quando este era apenas um Tenente sem expressão
política. Na ascensão de Chaves ao poder, Yolman se aproximou como apoiador e amigo.
Romperam relações durante o golpe de estado em 2002, quando Hugo Chaves foi preso
e o empresário Pedro Carmona assumiu a presidência por apenas 48 horas.
A antagonista: Renéz De la Carmona, jornalista opositora do regime – Renomada
jornalista e opositora ao regime no poder na Venezuela, Renéz é nacionalmente
conhecida na Venezuela por ser filha de um rico empresário do setor das
telecomunicações do país. Exilada nos Estados Unidos da América por não aprovar os
acordos que seu pai estabeleceu com os governos de Hugo Chaves e Nicolás Maduro.
Com frequência é solicitada a dar entrevistas e opinar em grandes canais de notícias
como CNN, BBC, NBC, Globo News e Al Jazeera.
O antagonista: Oscar de La Rivera, jornalista que ainda vive na Venezuela – Osca de La
Rivera é antes de tudo um chefe de família dedicado que ama seu país e tem paixão pelo
jornalismo. Por ser reconhecido com o opositor do governo de Nicolás Maduro, Oscar e
sua família, sofrem constantes represália das forças ligadas ao governo.
Personagem secundário: Helena, esposa de Oscar, mãe de Rúbia – Essa mulher, simples
e batalhadora, de pouco estudo, mas totalmente dedicada ao lar, não consegue
compreender toda a extensão do problema político do seu país. Apenas se consola em
recordar os tempos de bonança do passado e enaltecer a dedicação e coragem de seu
marido.
Personagem secundário: Rúbia, filha de Oscar e Helena – Uma criança, pequena e
inocente que não conheceu outros tempos que não os de incerteza, perseguição e fome
que agora vive em seu país.
 Storyline de todos os episódios da série: Primeira temporada
Archplot do episódio piloto - A fama efêmera
 A apresentação do herói: Carlos estava de boas, casado e desfrutando da fama e o
glamour em seu trabalho em uma empresa famosa.
 Perde seu emprego dos sonhos, e busca a fama em outros caminhos: “E se... eu
buscasse fama como jornalista?” Para voltar a crista da onda, Carlos resolve ser
jornalista.
 Já na fronteira do Brasil com a Venezuela, Carlos não gravou nenhuma matéria, mas
ficou famoso mesmo assim!
 Carlos se encanta com a fama e busca mais histórias entre a desgraça do povo
venezuelano.
 Carlos fica íntimo das desgraças do povo venezuelano e passa a compreender que
tipo de mercadoria é “contrabandeada”.

Segundo episódio: Os Caminhos


 Em uma de suas viagens de transporte de contrabando, os soldados venezuelanos
descobrem seu celular ligado e confiscam a veículo e toda a carga.
 Avisam que Carlos pode recuperar tudo se voltar com dinheiro. Carlos e Pexito são
obrigados a retornar caminhando pelas trilhas empoeiradas.
 Carlos fica em dívida com os comerciantes, mas afirma ter um plano: construir seu
próprio veículo 4x4 off road.
 Em Pacaraima, Carlos e Pexito são abordados pelo exército brasileiro e são acusados
de contrabando: “Papel higiênico e shampoo??”
 Carlos leva adiante seu plano e graças a seu grande talento como mecânico
consegue dar forma ao seu veículo 4x4 off road: “La ATROTCHA” ganha forma.

Terceiro episódio: “La TROCHA” vive!


 Em Pacaraima, o Coronel Valmilton pede que Carlos não entre novamente no
território venezuelano.
 Em dívida de morte com os comerciantes da fronteira, Carlos precisa retornar para
recuperar o veículo e a mercadoria retidos na Venezuela.
 Com seu veículo off road pronto, Carlos afirma poder entrar na Venezuela por
caminhos que ninguém consegue passar.
 De fato, seu veículo é extremamente potente, mas por ser demasiadamente ruidoso,
o veículo não passa desapercebido pelos pontos de controle e é perseguido pela
Guarda Bolivariana.
 O veículo de Carlos é muito mais rápido e ágil e ele consegue, com ajuda de Pexito,
recuperar o veículo retido juntamente com as mercadorias.
Quarto episódio: O básico para viver
 Carlos e Pexito seguem para a primeira cidade venezuelana para entregar as
mercadorias contrabandeadas.
 Carlos e Pexito se deparam com uma cidade miserável que precisa de todo o tipo
itens básicos para a população.
 Carlos e Pexito realizam a entrega de papel higiênico e shampoo a um pequeno
comerciante local, mas são cercados pelos temidos “coletivos”.
 Para conseguir livre acesso na cidade, Carlos faz acordos de suborno com os
membros da Guarda Bolivariana que comandam os “coletivos” e os moradores
passam a ver o brasileiro como um dos membros da “banda podre” e Pexito se
desentende pela primeira vez com Carlos.
 Carlos faz acordos com os membros da Guarda Bolivariana prometendo trazer do
Brasil itens específicos como chocolates e pasta de dentes para serem entregues aos
“coletivos” e alguns militares. Assim consegue sair da cidade e retornar sem
problemas a Pacaraima, no lado Brasileiro.

Quinto episódio: Jornalistas de verdade


 Carlos e Pexito retornam a Pacaraima e estabelecem uma rota de comércio que
abastece somente aos corruptos da cidade.
 Em mais uma viagem de entrega de mercadorias dentro da Venezuela, Carlos é
abordado por um jornalista opositor ao regime que o questiona sobre estar servindo
somente aos interesses do Exército Bolivariano.
 Carlos se apresenta como “jornalista” e afirma estar fazendo isto para investigar a
real situação do povo venezuelano.
 O jornalista opositor ao regime, Sr. Oscar de La Rivera pede a Carlos que este lhe
mostre suas matérias informativas sobre a real condição do povo venezuelano.
Carlos não tem nada para mostrar.
 Envergonhado e solidário com a causa do jornalista Oscar, Carlos se compromete
em ajudar em segredo.

Sexto episódio: O direito pela terra


 Carlos conhece a filha doente de Oscar, o jornalista.
 Pelos depoimentos de Oscar, Carlos se aprofunda nas origens e conexões da
corrupção e caos social da Venezuela.
 Com a ajuda de uma rede de contatos entre jornalistas dentro e fora da Venezuela,
Carlos é orientado a escolher um lado e lutar pelo que é certo. Carlos, antes atuava
como um espectador da crise política e humanitária, agora é convidado a escolher
um lado nessa guerra política.
 Jornalistas que lutam para denunciar o regime de violência de Nicolás Maduro veem
em Carlos um delator que se preocupa mais em aparecer na mídia doque ser um
jornalista de verdade.
 Carlos é pressionado por sua esposa que implora por saber qual o motivo de seu
envolvimento com os Generais do Cartel del Soles. Carlo confessa ter ido longe
demais em sua aventura, mas não pode voltar atrás.

Sétimo episódio: Quer ajuda? Então ajude!


 Carlos é ameaçado por elementos dos grupos de “coletivos” e pede auxílio a Oscar,
o jornalista.
 Oscar aceita ajudar, mas pede em troca que Carlos leve sua filha enferma para o
Brasil para tratar sua leucemia.
 Com ajuda de Oscar e seus amigos, Carlos consegue se proteger das forças que
apoiam o regime de Nicolás Maduro e se comunica com jornalistas internacionais
para contar sua história.
 A versão deque Carlos não trabalha para os contrabandistas é desmentida pelos
integrantes da Guarda Bolivariana que afirmar que Carlos sim faz parte da rede de
corrupção na fronteira
 Carlos não convence a nenhum dos dois lados. Rejeita o título de “salvador dos
pobres” e apenas deseja voltar para casa e deixar todo esse caos político para traz.

Oitavo episódio: Parceiros no crime


 Acoado pelos dois lados, Carlos tem que se decidir: “Heres él malo o él bueno de la
película?”
 Carlos é recrutado pelo Cartel del Soles
 Buscando um local seguro, longe das milícias, Carlos se refugia nas aldeias indígenas
da região.
 Seguindo os passos de Carlos, membros da milícia o localizam e o obrigam a
transportar uma carga suspeita para o Brasil.
 Carlos joga com a sorte e arrisca atender aos dois lados: Aceita levar a filha de Oscar
para o Brasil e também concorda em transportar uma carga suspeita para o Brasil.

Nono episódio: O pior de todos


 Carlos conhece o General Yolman.
 General Yolman pede a Carlos que transporte uma carga suspeita para o Brasil.
 Em um encontro cara a cara com o General Yolman, Carlos é convidado para ser
sócio no comércio de ouro e pedras preciosas em estado bruto que Yolman planeja
levar para fora da Venezuela.
 Carlos aceita fazer o primeiro transporte das encomendas de Yolman, mas também
tem que levar a filha de Oscar o jornalista, para o Brasil para que a menina seja
tratada de sua enfermidade.
 Carlos parte com destino ao Brasil, com a missão dupla de transportar a encomenda
de Yolman e também a pequena Rúbia, filha de Oscar.

Décimo episódio: Morte nas atrotchas


 Carlos chega nas aldeias onde os minerais são roubados pelo Cartel del Soles.
 Carlos descobre que o General Yolman está roubando do Cartel del Soles.
 Carlos é perseguido pela Guarda Bolivariana e em pânico liga para a esposa.
 Na fuga, a suspenção do veículo se rompe causando o acidente com a morte da
criança.
 Resgatado pelo exército brasileiro, Carlos abalado pela morte da criança, decide
voltar para limpar seu nome e derrubar um governo corrupto.
 Arco dramático para as duas próximas temporadas:
A primeira temporada termina com a transformação do herói em uma pessoa
mais consciente do papel que passa a ocupar no cenário da fronteira. Ser um jornalista
famoso deixa de ser o seu objetivo. Na próxima temporada, uma ameaça real a sua
honra e a sua família.

SEGUNDA TEMPORADA: O Arco Narrativo

 Com suas ações em solo venezuelano, Carlos conquistou uma fama inesperada e
maldita: ser conhecido como “o brasileiro que trabalha para o Cartel Del Soles”.

 Com o peso da morte trágica de uma criança inocente sobre suas costas e sob
acusações de ter participação nos crimes do Cartel Del Soles, Carlos reúne seus
companheiros e parte em direção a Carácas para provar que é inocente.

 Com grandes dificuldades, desavenças entre seu grupo e problemas em seu veículo
4x4, Carlos e seus amigos chegam a cidade de Santa Helena de Uairén e fazem
contatos com jornalistas dentro e fora do país. Uma rede de jornalistas se forma para
pedir auxílio ao corpo diplomático dos Estados Unidos da América e Carlos ganha
aliados poderosos. Os Generais do Cartel del Soles percebem a ameaça e contra
tacam.

 Com a crescente fama de Carlos e com os boatos deque ele tem contatos estreitos
com os norte-americanos, Carlos passa a ser chantageado com ameaças a vida de
sua esposa. Seu irmão parte para convencer Carlos a voltar para casa mas é
sequestrado em Pacaraima. Carlos retorna em uma desesperada jornada para
localizar seu irmão e tentar resgatá-lo das mãos do Cartel del Soles.

 Enquanto Carlos retorna para a fronteira para localizar seu irmão, Vanessa e
Chimena logram concluir um importante documentário que aponta os nomes mais
fortes do Cartel del Soles e conseguem enviar o material para Espanha. Carlos é
reconhecido internacionalmente como um bem feitor que busca apresentar a
verdade sobre a corrupção na Venezuela. Ainda na Venezuela e próximo a fronteira
Carlos consegue contato com seu irmão, mas seu veículo é destruído em um
acidente e Carlos perde a vida antes de chegar ao Brasil.
TERCEIRA TEMPORADA: O Arco Narrativo

 Durante sua fuga para o Brasil, na tentativa de localizar seu irmão, Carlos sofre um
acidente com seu veículo e perde a vida nas trilhas da fronteira.

 Gustavo havia logrado escapar dos sequestradores que trabalhavam para o Cartel
del Soles e agora aguardava Carlos para tentar traze-lo de volta ao Brasil. Enquanto
se dirigia ao encontro de Carlos, nas planícies da fronteira, Gustavo é testemunha
do acidente que tirou a vida de seu irmão. Decidido a levar o legado de seu irmão
adiante, Gustavo assume a responsabilidade de mostrar para a comunidade
internacional as verdadeiras raízes da corrupção na Venezuela.

 Gustavo Binhares, um pacato arquiteto, com cidadania venezuelana, se vê rodeado


por jornalistas que o questionam sobre quem foi seu irmão e porque ele havia se
envolvido tão profundamente com o Cartel del Soles. Gustavo se mostra muito mais
inteligente e articulado frente as câmeras e lança uma ameaça publica ao General
Yolman, afirmando que sabe quem ele é e onde ele se esconde. Afirma que o próprio
Cartel del Soles vai se encarregar de dar seu castigo a Yolman.

 Vanessa, Chimena e Pexito estão agora em Santa Elena de Uairén, protegidos pela
anistia internacional e a comunidade de jornalistas internacionais que recebem seus
materiais em vídeo, documentando os horrores da corrupção do governo de Nicolás
Maduro. As denúncias de Carlos e as provas apresentadas a mídia internacional,
causaram um racha entre os corruptos. Outros generais do Cartel buscam um acordo
com Vanessa e Chimena para que as acusações recaiam somente sobre o General
Yolman. A promessa é que a morte de Carlos seja vingada punindo apenas um
integrante do Cartel del Soles. A proposta chega a Gustavo Binhares, que aceita e
rompe relações com Vanessa.

 Ainda em Pacaraima, Gustavo e recolhido ao quartel do exército brasileiro na


fronteira pois sua segurança está ameaçada. Na intenção de criar uma aliança entre
políticos opositores do governo e observadores do pentágono, jornalistas
estrangeiros articulam com Gustavo uma reaproximação com Vanessa para
fortalecer politicamente a Juan Guaidó e oferecer uma chance ao povo venezuelano.
Vanessa rejeita, afirmando que Guaidó “é mais do mesmo”. Em segredo Gustavo é
levado para Santa Elena de Uairén para um encontro com o General Yolman.
Vanessa Ximena e Pexito se encontram com Gustavo e tramam uma armadilha para
o General Yolman. Gustavo revela para Vanessa que a maldição de um país advém
de seu povo que aceita idolatrar um político populista. Lavando as suas mãos,
Gustavo leva a cabo sua missão e, com ajuda da CIA, explode um carro bomba em
frente a mansão do General Yolman pondo fim a vida de um lacaio.
Tônus e estilo da obra
Um drama de ação e aventura que apresenta elementos jornalísticos e políticos da
atualidade, apresentados em um estilo realístico com cores quentes, ambientes
degradados, figurinos suados e empoeirados demonstrando uma realidade sem charme
nem glamour, mas sim árida e desafiadora. O ritmo vai de médio a acelerado, muito
semelhante a Mad Max A Estrada da Fúria. Poeira e veículos 4x4 off road em
perseguições aceleradas fazem parte da trama, dando dinamismo e emoção aos
episódios.

O veículo off road usado pelo personagem é um modelo inspirado nas versões de
“carros para o fim do mundo”, em geral construídos com sucata:

As cenas ambientadas nas planícies áridas da fronteira entre o Brasil e a Venezuela:


Cena do filme que inspirou o projeto

“Se quiser ser um grande jornalista, você tem que ir para um lugar louco”
Alpaccino para Jay Bahadur no filme “Piratas da Somália – Dabka”, 2017.

Irapuã de Oliveira Pires (o autor), em Pacaraima, fronteira com a Venezuela, março


de 2019.

Fotos:
Irapuã
Pires.
Tônus e estilo

Show Cross
A inspiração para o projeto vem da história de Jay Bahadur, um jornalista amador autor
da obra "The Pirates of Somalia", livro que inspirou o filme "DABKA", "Piratas da
Somália", título em português. Ambas obras contam a história de um jovem que sonhava
em ser um grande jornalista. O destino levou Jay Bahadur a entrar em contato com os
piratas somalis que sequestraram o cargueiro Maersk Alabama, evento que inspirou o
filme Capitão Philips e diversos outros livros.

O projeto "ATROTCHA" é baseado na experiência vivida pelo estudante de jornalimo


Irapuã de Oliveira Pires, que em 2019 viajou para a fronteira do Brasil com a Venezuela,
em Pacaraima, RO, onde teve contato com os acontecimentos relacionados com a crise
da migração em massa do povo venezuelano. O drama portanto, é baseado em uma
história real.

A obra “ATROCHA” é em essência uma trama clássica de ação e aventura com um pano
de fundo político atual: as ameaças a liberdade e as escolhas equivocadas.

Toda a inspiração da obra “ATROTCHA” é devida a história de Jay Bahadur, um jovem


canadense que sonhava em ser um grande jornalista e neste intento viajou para a
Somália para investigar as tribos e clãs que atuavam como os “piratas da Somália”, uma
história que contada em seu livro “Piratas da Somália” e posteriormente no filme
homônimo, lançado em 2017.

Você também pode gostar