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Aula 6
Energias de Helmholtz e de Gibbs
29/09/2021
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Equação Fundamental
• dU = q + w (primeira lei)
• Para uma transformação reversível de um sistema fechado de
composição constante, que só efetua trabalho de expansão:
wrev = -pdV qrev = TdS
𝜕𝑔 𝜕ℎ
• df = gdx +hdy e = :
𝜕𝑦 𝑥 𝜕𝑥 𝑦
𝜕𝑇 𝜕𝑉
dH = TdS + Vdp → =
𝜕𝑝 𝑆 𝜕𝑆 𝑝
𝜕𝑆 𝜕𝑝
dA = -SdT - pdV → =
𝜕𝑉 𝑇 𝜕𝑇 𝑉
𝜕𝑆 𝜕𝑉
dG = -SdT + Vdp → − =
𝜕𝑝 𝑇 𝜕𝑇 𝑝
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Relações de Maxwell
𝜕𝑇 𝜕𝑝 𝜕𝑆 𝜕𝑝
=− =
𝜕𝑉 𝑆
𝜕𝑆 𝑉 𝜕𝑉 𝜕𝑇
𝑇 𝑉
𝜕𝑇 𝜕𝑉 𝜕𝑆 𝜕𝑉
= − =
𝜕𝑝 𝑆
𝜕𝑆 𝑝 𝜕𝑝 𝜕𝑇
𝑇 𝑝
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Propriedades da energia de Gibbs
𝜕𝐺 𝜕𝐺
= −𝑆 =𝑉
𝜕𝑇 𝜕𝑝 𝑇
𝑝
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Propriedades da energia de Gibbs
𝜕𝐺 𝜕𝐺
=𝑉 = −𝑆
𝜕𝑝 𝑇
𝜕𝑇 𝑝
9
Propriedades da energia de Gibbs
𝜕𝐺
= −𝑆
𝜕𝑇 𝑝
Com o aumento de T a
entropia aumenta muito mais
para um gás do que para um
líquido do que para um
sólido.
A inclinação das retas (-S)
são cada vez menores.
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𝜕𝐺 O volume da amostra varia significativamente com a
=𝑉 pressão quando a amostra encontra-se sob forma de gás.
𝜕𝑝 𝑇
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Variação da energia de Gibbs com a temperatura
• A composição de um sistema em equilíbrio depende da energia de
Gibbs;
𝜕𝐺
= −𝑆 e como G = H – TS, H-G = TS, e S = (H-G)/T
𝜕𝑇 𝑝
𝜕𝐺 𝜕𝐺 𝐺−𝐻
• Assim, = −𝑆 = - [(H-G)/T] → =
𝜕𝑇 𝑝 𝜕𝑇 𝑝 𝑇
𝜕 ∆𝐺 ∆𝐻
• Como G = Gf – Gi: = -
𝜕𝑇 𝑇 𝑃 𝑇2
➢ Se a variação de entalpia de um sistema que está sofrendo uma
transformação é conhecida, então sabemos como a variação da energia
de Gibbs do sistema muda com a temperatura;
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Variação da energia de Gibbs com a pressão
• dG = -SdT + Vdp - se fizermos dT=0 (T = constante), dG = Vdp
𝑝
• Assim: 𝐺 𝑝
𝑝𝑓 − 𝐺(𝑝𝑖 ) = 𝑝𝑑𝑉 𝑓 𝑝
𝑖
→ 𝐺(𝑝𝑓 ) = 𝐺(𝑝𝑖 ) + 𝑝𝑑𝑉 𝑓 𝑝
𝑖
p = (pf - pi)
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(b) Gases V cte no intervalo de pressão
𝑝𝑓
Gás ideal
15
Gás ideal
V= nRT/p
𝑝𝑓
𝑑𝑝
𝐺(𝑝𝑓 ) = 𝐺(𝑝𝑖 ) + 𝑛𝑅𝑇 න
𝑝
𝑝𝑖
𝑝𝑓
𝐺(𝑝𝑓 ) = 𝐺(𝑝𝑖 ) + 𝑛𝑅𝑇 𝑙𝑛
𝑝𝑖
𝑝
𝐺(𝑝) = 𝐺𝑜 + 𝑛𝑅𝑇 𝑙𝑛 𝑜
𝑝
𝑜
𝑓
𝐺𝑚 = 𝐺𝑚 + 𝑛𝑅𝑇 𝑙𝑛 0
𝑓 16
f: fugacidade
Energia (livre) de Gibbs
• O que queremos, afinal? Variações (ou diferenças) de energia livre →
condição de T e p fixos:
– Uma reação/transformação deve acontecer?
– Qual fase e mais estável?
• Como entalpia → energia livre absoluta não pode ser obtida → apenas
diferenças de energia livre entre dois estados.
• ΔG0f = ΔH0f−T ΔS0f → energia livre padrão (a 298 K e 1 atm) de
formação da substância.
• ΔS0f → entropia padrão de formação → referência entropia absoluta
das fases elementares mais estáveis a 298 K e 1 atm.
• ΔG0f = 0 → elemento na sua fase mais estável a 298 K e 1 atm →
consequentemente ΔS0f = 0.
• ΔG0f → valores tabelados para varias substâncias → e.g., seção 6 do
Lange’s Handbook of Chemistry.
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Exercício – Exemplo 1
Calcule G e A para a vaporização de 1,00 mol de água a 1,00 atm e 100 oC. Dados:
densidade da água a 100 oC, 0,958 g.cm-3.
Resposta:
GH-TS, a T=cte (mudança de fase) e G=G2-G1 e G=(H2-TS2)-(H1-TS1)=H-TS;
Considerando o processo reversível e isotérmico, de modo que dS=q/T e S=q/T
Como p=constante e somente trabalho de expansão (p-V) é realizado, temos que H=qp=q;
Assim: G=(H2-TS2)-(H1-TS1)=H-TS=q – T(q/T)=q-q=0 → G=0
Como o processo é reversível, G=0! A T e p constantes (equilíbrio) → dG=0
O volume molar do gás pode ser obtido utilizando-se a lei do gás ideal pV=nRT, onde
𝐿.𝑎𝑡𝑚
𝑉 RT 0,082057 𝐾.𝑚𝑜𝑙 373,15 (𝐾)
𝑉ത = 𝑛
= p
= 1,00(𝑎𝑡𝑚)
=30,6 (L/mol)=30,6x103 (cm3/mol)
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Logo V30,6 L
Exercício – Exemplo 1
Resposta (continuação):
𝟐
Como: 𝒘 = − = 𝑽𝒅𝒑 𝟏−𝒑∆𝑽=-[(1,00 atm)x(30,6 L)]= - 30,6 (L.atm)
Fazendo-se a conversão de L.atm para joules (J):
𝒘 =- [30,6 L.atm]x[(101,325 J)/(1 L.atm)]= - 3100 J = - 3,1 kJ
𝒘 = - 3,1 kJ = A
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Exercício – Exemplo 2
• Variações da energia interna com o volume: mostre que a pressão interna (T) é
𝝏𝑼 𝜕𝑝
𝑻 = 𝝏𝑽 = 𝑇 𝜕𝑇 − 𝑝.
𝑻 𝑉
Resposta:
Como dU = TdS – pdV; assim, dividindo ambos os lados da equação por dV e considerando
T constante, teremos:
𝜕𝑈 𝜕𝑈 𝜕𝑆 𝜕𝑈
𝜕𝑉 𝑇
= 𝜕𝑆 𝑉 𝜕𝑉 𝑇
+ 𝜕𝑉 𝑆
𝜕𝑈 𝜕𝑈
Sabemos que =T e = -p (ver slide 3)
𝜕𝑆 𝑉 𝜕𝑉 𝑆
𝜕𝑈 𝜕𝑆
Portanto, substituindo estas valores na expressão; assim: 𝑇 = =𝑇 −𝑝
𝜕𝑉 𝑇 𝜕𝑉 𝑇
𝜕𝑆 𝜕𝑝
Das relações de Maxwell sabemos que = ;
𝜕𝑉 𝑇 𝜕𝑇 𝑉
𝜕𝑈 𝜕𝑆 𝜕𝑝 𝜕𝑝
Portanto 𝑇 = =𝑇 −𝑝= 𝑇 −𝑝 → 𝑇 = 𝑇 −𝑝
𝜕𝑉 𝑇 𝜕𝑉 𝑇 𝜕𝑇 𝑉 𝜕𝑇 𝑉
Esta é uma equação termodinâmica de estado - é uma expressão para a pressão interna
em termos de várias propriedades termodinâmicas do sistema; 20
Exercício – Exemplo 3
• Mostre, termodinamicamente, que T = 0 para um gás ideal (perfeito) e calcule o seu
valor para um gás de van der Waals.
Resposta:
Devemos considerar as relações termodinâmicas gerais e equações de estado para ter a prova
“termodinâmica” de uma relação – assim, não consideramos argumentos moleculares, como os da
existência de forças intermoleculares;
𝜕𝑝
Para um gás ideal (perfeito) temos p=nRT/V; assim, como determinamos que 𝑇 = 𝑇 −𝑝;
𝜕𝑇 𝑉
𝜕𝑝
assim, como p=nRT/V, = nR/V, que é a derivada da equação de estado; Portanto
𝜕𝑇 𝑉
𝜕𝑝 𝑛𝑅
𝑇 = 𝑇 −𝑝=𝑇 − 𝑝 ; como ara um gás ideal (perfeito) temos p=nRT/V, logo
𝜕𝑇 𝑉 𝑉
𝑛𝑅
𝑇 = 𝑇 − 𝑝=0
𝑉
Podemos fazer um raciocínio análogo e considerar a equação de estado para um gás de van der Waals:
𝑛𝑅𝑇 𝑛2
𝑝= − 𝑎 2 , onde a e b são constantes e independentes da temperatura; assim, podemos
𝑉−𝑛𝑏 𝑉
𝜕𝑝 𝑛𝑅
escrever: = , que é a derivada da equação de estado; assim,
𝜕𝑇 𝑉 𝑉−𝑛𝑏
𝜕𝑝 𝑛𝑅 𝑛𝑅𝑇 𝑛𝑅𝑇 𝑛2
𝑇 = 𝑇 −𝑝=𝑇 −𝑝= − 𝑝; como 𝑝= − 𝑎 2 , teremos que
𝜕𝑇 𝑉 𝑉−𝑛𝑏 𝑉−𝑛𝑏 𝑉−𝑛𝑏 𝑉
𝑛𝑅𝑇 𝑛𝑅𝑇 𝑛𝑅𝑇 𝑛 2 𝑛𝑅𝑇 𝑛𝑅𝑇 𝑛2 𝑛2
𝑇 = −𝑝= − −𝑎 2 = − + 𝑎 2 → 𝑇 = 𝑎 2
𝑉−𝑛𝑏 𝑉−𝑛𝑏 𝑉−𝑛𝑏 𝑉 𝑉−𝑛𝑏 𝑉−𝑛𝑏 𝑉 𝑉 21
Exercício – Exemplo 3
Resposta (continuação):
𝑛2
Assim, como 𝑇 = 𝑎 , este resultado mostra que a energia interna de um gás de van
𝑉2
𝜕𝑈
der Waals aumenta quando ele se expande isotermicamente, onde > 0, e que o
𝜕𝑉 𝑇
aumento está relacionado ao parâmetro a;
Assim, um volume molar grande, que corresponde a uma separação média entre as
partículas também grande, corresponde a atrações intermoleculares em média mais fracas,
de modo que a energia total é maior;
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Exercício – Exemplo 4
• Calcule a variação de entropia para a reação de formação da alumina (Al2O3) a partir
de alumínio (Al) e oxigênio (O2) a uma temperatura T=298 K. Dados:
S0m (298K, Al(s)) = 28,32 JK-1mol-1
S0m (298K, O2(g)) = 205,03 JK-1mol-1
S0m (298K, Al2O3(s)) = 51,00 JK-1mol-1
Resposta:
Precisamos escrever a equação química balanceada para a reação em questão:
2 Al(s) + 3/2 O2(g) → Al2O3(s)
∆𝑟 𝑆 0 = S0m (298K, Al2O3(s)) – [2 S0m (298K, Al(s)) + (3/2) S0m (298K, O2(g))]
∆𝑟 𝑆 0 = 51,00 – [2x(23,32) +(3/2)x(205,03)]
∆𝑟 𝑆 0 = -313,18 JK-1mol-1
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Exercício 1
• Calcule rG0 para a reação de formação da H2O(l) a partir de
H2(g) e O2(g).
Dados:
S0m(298 K, H2O(l)) = 69,91 (JK-1mol-1)
S0m(298 K, H2(g)) = 130,684 (JK-1mol-1)
S0m(298 K, O2(g)) = 205,138 (JK-1mol-1)
rH0(298 K, H2O(l)) = -285,830 (kJmol-1)
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Exercício 2
• Calcule a variação de energia de Gibbs molar (a) da água
líquida, tratada como fluido incompressível, e (b) do vapor de
água, com comportamento de gás ideal (perfeito), quando a
pressão se eleva isotermicamente, a 298 K, de 1,0 bar para 2,0
bar.
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Exercício 3
• Quando se oxida 1,000 mol de C6H12O6(s) (glicose) a
dióxido de carbono (CO2(g)) e água (H2O(l)), a 25 oC, de
acordo com a equação:
C6H12O6(s) + 6 O2(g) → 6 CO2(g) + 6 H2O(l)
as medidas calorimétricas dão rU0 = -2808 (kJmol-1) e
rS0 = +182,4 (JKmol-1), a 25 oC. Que energia é possível
aproveitar:
(a) na forma de calor a pressão constante;
(b) na forma de trabalho;
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Exercício 4
• Qual a energia disponível para sustentar a atividade
muscular e nervosa na combustão de 1,00 mol de
moléculas de glicose nas condições normais, a 37 oC (a
temperatura do sangue)? A entropia padrão da reação é
rS0 = +182,4 (JKmol-1) e rH0 = -2808 (kJmol-1).
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