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estruturas de aço
Estruturas de Aço – Aula 01
Prof.: Jéssica Beatriz da Silva
jessicabeatriz18@gmail.com
Introdução
O aço aparece frequentemente como alternativa viável para diversos tipos de
empreendimentos, deixou de ser um material empregado predominantemente em
edifícios industriais e grandes coberturas, sendo utilizadas em diversos tipos de
edificações.
• Por possuir seções mais esbeltas, deve-se ter maior preocupação com a flambagem
de peças comprimidas.
• Maior vulnerabilidade em episódios de ventos fortes.
• O comportamento ao fogo exige maiores cuidados.
• O ruído gerado ou as vibrações, como em mezaninos, pode ser incômodo ao usuário
de edificações.
• Vulnerabilidade à corrosão.
• Por requerer mão de obra treinada e especializada, é comum falhas executivas na
concepção estrutural de elementos, podendo ocorrer danos à edificação.
Processo de fabricação
Em linhas gerais, a fabricação do aço compreende o aproveitamento do ferro, pela eliminação
progressiva das impurezas contidas no minério de ferro que, na forma líquida, recebe adições que
lhe conferem as características desejadas, sendo então solidificado e trabalhado para a forma
requerida.
Processo de fabricação
1. Preparação da matéria-prima;
2. Redução;
3. Refino;
4. Laminação.
Processo de fabricação
Preparo das matérias-primas: na coqueria o minério de carvão é transformado em
coque siderúrgico e na sinterização os finos de minério de ferro são aglutinados a fim
de conferir-lhes granulometria adequada ao processo siderúrgico, o produto resultante
é chamado sínter.
Processo de fabricação
Redução e produção do ferro-gusa: coque, sínter e escorificações são colocados na no alto-
forno, os materiais são fundidos e dá início ao processo de redução do minério de ferro em um
metal líquido chamado ferro-gusa, tendo como produto secundário escória de alto-forno, que
pode ser reaproveitada na fabricação de cimento.
Processo de fabricação
Refino e produção do aço: na aciaria, é feita a retirada de carbono do gusa, por meio
de injeção de oxigênio puro, que o transforma em aço líquido.
Processo de fabricação
Refino e produção do aço: O aço pronto é vazado para uma panela e transportado para
outro forno. No forno panela o aço passa por um refino secundário para ajustar sua
temperatura e composição química, algumas ligas metálicas são adicionadas
Processo de fabricação
DUCTILIDADE
São obtidos pela soldagem de chapas planas, para ser fabricado a partir do corte e da
solda de chapas planas, permite grande liberdade e variedade de dimensões. A norma
NBR 5884 estabelece as exigências e tolerâncias dimensionais para fabricação dos
perfis soldados e apresenta três séries padronizadas, em função da relação de altura e
largura do perfil .
Perfis Estruturais
PERFIS TUBULARES
Outra possibilidade de seções que podem ser utilizadas nas estruturas de aço são os perfis
tubulares, que podem ser circulares ou retangulares, obtidos por extrusão ou por
calandragem. Devido às particularidades das estruturas constituídas predominantemente por
seções tubulares, foi elaborada a norma NBR 16239.
Durabilidade das estruturas de aço
A durabilidade das estruturas de aço está fortemente ligada ao desenvolvimento de
processos corrosivos. Além do sistema de proteção adequado com pintura,
galvanização ou uso de aços especiais com alta resistência à corrosão, é necessária
atenção especial ao detalhamento, evitando pontos de acúmulo de umidade e poeira
que podem acelerar a corrosão.
A exposição a temperaturas elevadas, provocada pela ação do fogo é outro fator que
pode comprometer a durabilidade da estrutura ou até provocar o seu colapso. As
propriedades físicas dos aços comuns decrescem rapidamente a partir de 400°C de
temperatura. Em situações de incêndio a estrutura deve atender a NBR 14432 e sua
resistência deve ser verificada segundo a NBR 14323.
Principais normas
As principais normas ABNT aplicáveis para a construção com estruturas metálicas
são:
• Fator 𝑺𝟏 :
p
z
S 2 b.Fr .
10
Ação do vento
Ação do vento
• Fator 𝑺𝟑 :
A NBR 6123, define que 𝑆3 está relacionado com a segurança da edificação, após
tempestade destrutiva, utiliza conceitos probabilístico e o tipo de ocupação da mesma.
S é classificado por grupos, conforme tabela 3 da NBR 6123.
Ação do vento
● Velocidade característica 𝑽𝑲
VK V0 .S1 .S 2 .S 3
Segundo a NBR 6123, a velocidade básica do vento (𝑉0 ) em lugar aberto e plano e
pode ser excedida em média uma vez a cada 50 anos, que pode soprar de qualquer
direção horizontal.
Ação do vento
● Velocidade básica 𝑽𝟎
q 0,613.VK
2
De maneira semelhante as demais forças, a força de arrasto será obtida pela equação:
Fa Ca .q. A
𝑪𝒂 - coeficiente de arrasto
q - Pressão de obstrução
A: Área da superfície de referência para cada caso
Ação do vento
• Força estática (equivalente) do vento
Com os valores de pressão dinâmica (q) e dos coeficientes de forma e pressão (𝐶𝑝 ) é
possível calcular os carregamentos estáticos equivalentes através da equação:
F (C pe C pi )qA
b = 45,00 m
a = 135,00 m
h = 12,00 m
h1 = 3,97 m
Θ = 10 °
d = 15,00 m
Ação do vento
Velocidade básica do vento
𝑽𝟎 = 32,00 m/s
𝑽𝑲 = 32.1.0,93.0,95
𝑽𝑲 = 28,34 m/s
Pressão dinâmica
q 0,613.VK
2
q 0,613.28,34 2 0,49kN / m ²
Ação do vento
Força estática
𝑪𝒑𝒊𝟏 = +𝟎, 𝟐
𝑪𝒑𝒊𝟐 = −𝟎, 𝟑
Ação do vento
Força estática
Coeficiente de pressão externo (𝑪𝒑𝒆 ) PAREDES
Ação do vento
Força estática
Coeficiente de pressão externo (𝑪𝒑𝒆 )
PAREDES
TELHADOS
TELHADO
Força estática
F (C pe C pi )qA
-7,35 -7,35
-7,35 -7,35
Ação do vento
Lembre
Esforços resultantes a 0° e Cpi=-0,30 (+) : vento empurra para o interior (sobrepressão)
(-) : vento empurra para o exterior (sucção)
F (C pe C pi )qA
-3,68 -3,68
-3,68 -3,68
Ação do vento
Lembre
Esforços resultantes a 90° e Cpi=+0,20 (+) : vento empurra para o interior (sobrepressão)
(-) : vento empurra para o exterior (sucção)
F (C pe C pi )qA
-10,29 -4,41
+3,68 -5,15
Ação do vento
Lembre
Esforços resultantes a 90° e Cpi=-0,30 (+) : vento empurra para o interior (sobrepressão)
(-) : vento empurra para o exterior (sucção)
F (C pe C pi )qA
-6,62 -0,74
+7,35 -1,47
Métodos de dimensionamento
Dimensionar um elemento ou uma estrutura implica em escolher apropriadamente as
seções que irão compô-la garantido segurança e durabilidade com custos
compatíveis, ou seja, com a solução mais econômica possível. Dessa forma, o
dimensionamento e a execução de uma estrutura pressupõem o atendimento às
funções para as quais foi concebida, considerando sua vida útil estimada.
Os Estados Limites Últimos (ELU) estão ligados ao colapso total ou parcial da estrutura
provocado por perda de estabilidade, escoamento. Ou seja, está relacionado à segurança
da estrutura para as combinações de ações mais desfavoráveis ao longo da vida útil,
durante a construção ou em situações que atuem carregamentos especiais ou excepcionais.
Então no ELU devem ser verificadas condições de segurança.
• Deformações excessivas.
• Vibrações excessivas.
Método dos estados limites
No projeto com método dos estados limites, as ações, solicitações e resistência dos
materiais são tratadas de forma semiprobabilística e a segurança é introduzida
majorando as solicitações e minorando as resistências dos materiais em função de
suas variabilidades.
Segundo o método dos estados limites a segurança estrutural pode ser expressa
por:
Sd ≤ Rd
As condições usuais referentes aos estados limites de serviço são expressas por
desigualdades do tipo:
Sser≤ Slim
Sser - representa os valores dos efeitos estruturais de interesse, obtidos com base
nas combinações de serviço;
Slim - representa os valores limites adotados para esses efeitos em cada caso
específico.
Carregamento e combinações de ações
Combinação de ações para estados limites últimos
Combinação excepcional
Ação excepcional
Somatório das ações permanentes
Demais ações variáveis
Nas verificações de estados limites de serviço devem ser utilizadas ações nominais,
ou seja, com coeficiente de ponderação das ações igual a 1,0. Nas combinações de
ações de serviço são usados os fatores de redução das ações Ψ1 (frequente) e Ψ2
(quase permanente), conforme Tabela 2.
Coeficientes de redução
Carregamento e combinações de ações
Combinação de ações para estados limites de serviço
Combinações raras – Podem atuar no máximo algumas horas durante o período de vida da
estrutura. Utilizadas para os estados limites irreversíveis, isto é, que causam danos
permanentes à estrutura ou a outros componentes da construção, e para aqueles
relacionados ao funcionamento adequado da estrutura, tais como formação de fissuras e
danos aos fechamentos.
Ação variável principal
Somatório das ações permanentes
Demais ações variáveis
FQ1 – ação variável principal
com seu valor característico
Q (sobrecarga) + 500kN
V (vento) + 600kN
Exemplo 02
Calcular o esforço normal em um elemento de uma treliça de aço de um edifício
comercial assume os seguintes valores, para diferentes ações consideradas:
Q (sobrecarga) + 500kN
V (vento) + 600kN
Exemplo 03
Para a barra 1 da treliça que pertence a estrutura da figura abaixo, determinar os
esforços de cálculo para as ações atuantes na cobertura.