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PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL Em reunião realizada em seu escritório, a cliente Jéssica Moraes

apresenta a seguinte narrativa: em 22 de março de 2016, foi admitida pela empresa Cobranças
por Telefone Ltda., para exercer atividade de telemarketing, efetuando ligações para recuperar
créditos de clientes inadimplentes com o Banco Valor Financeiro S/A. Informa também que, ao
longo de todo o contrato de trabalho, auferiu salário mensal de R$ 2.500,00, enquanto uma de
suas colegas de trabalho, admitida em 16 de abril de 2015, recebia salário de R$ 2.900,00 por
mês; Jéssica entende que a situação era injusta, na medida em que exerciam a mesma função
e com a mesma qualidade e produtividade. Além disso, a cliente demonstra que sua jornada
de trabalho se estendia de segunda a sexta-feira, das 13 às 23 horas, com trinta minutos de
intervalo para refeição e descanso, e aos sábados das 08 às 14:20 horas, com vinte minutos de
intervalo para refeição e descanso, restando certo que ela usufruía dos intervalos intrajornada
típicos do operador de telemarketing. Não recebia horas extras e nem mesmo recebeu
adicional noturno no curso da contratualidade. De mais a mais, Jéssica exibe extratos
bancários que comprovam o pagamento de comissões extrafolha, jamais consideradas no
cálculo de outras verbas. Relata, ainda, que sofreu descontos a título de contribuição negocial,
embora não fosse sindicalizada. Menciona que seu superior hierárquico, João da Silva,
cobrava-lhe produtividade nas cobranças, reivindicando um número de 30 cobranças
realizadas no dia, com o fechamento de pelo menos 10% das ligações com sucesso. Por
diversas vezes, todavia, não conseguiu atingir os parâmetros exigidos, em função de fatores
alheios a sua vontade e dedicação. Quando tal ocorria, o seu superior gritava com ela no setor,
chamando-a de incompetente e preguiçosa, na presença dos demais colegas. Usufruiu férias
nos seguintes períodos: 01/04/2017 a 30/04/2017; 01/04/2018 a 30/04/2018. Seu contrato de
trabalho foi rescindido em 11 de novembro de 2019, por justa causa, sob a alegação que não
era profissional engajada nos propósitos da empresa. Por força da rescisão capitulada no
artigo 482 da CLT, não recebeu qualquer valor a título de verbas rescisórias. Considerando que
a empresa Cobranças por Telefone Ltda. está estabelecida na cidade de Gravataí/RS, apresente
a medida judicial apta para a defesa dos interesses de sua cliente.

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