O documento resume um caso de apelação cível envolvendo execução de título extrajudicial. A instância superior rejeitou a alegação da parte agravante de prescrição intercorrente, concordando com a instância inferior que o cumprimento de sentença teve início em 2014, não 2018. No entanto, determinou a impossibilidade de declaração de indisponibilidade de bens sem intimação prévia para pagamento voluntário.
O documento resume um caso de apelação cível envolvendo execução de título extrajudicial. A instância superior rejeitou a alegação da parte agravante de prescrição intercorrente, concordando com a instância inferior que o cumprimento de sentença teve início em 2014, não 2018. No entanto, determinou a impossibilidade de declaração de indisponibilidade de bens sem intimação prévia para pagamento voluntário.
O documento resume um caso de apelação cível envolvendo execução de título extrajudicial. A instância superior rejeitou a alegação da parte agravante de prescrição intercorrente, concordando com a instância inferior que o cumprimento de sentença teve início em 2014, não 2018. No entanto, determinou a impossibilidade de declaração de indisponibilidade de bens sem intimação prévia para pagamento voluntário.
d) Qual a instância superior que proferiu a decisão analisada?
12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais
e) Em que consistiu o caso concreto?
A parte agravante afirma que já ocorreu a prescrição intercorrente sob o fundamento de que o processo ficou paralisado por mais de 3 anos, tendo em vista que o acórdão condenatório transitou em julgado em 2013 e que o procedimento de liquidação de sentença se iniciou apenas em 2018.
f) Qual o entendimento da instância inferior acerca dos fatos?
Entretanto, conforme observado pelo d. Julgador de primeiro grau, o cumprimento de sentença não teve início em 2018, como faz crer a parte agravante, e sim em 2014. Em 2018 houve apenas o desmembramento do cumprimento de sentença.
g) O que se pediu por meio da ação ou recurso?
Trata-se de agravo de instrumento interposto por Comercial Xapuri LTDA contra a
decisão de ordem 5 proferida nos autos do cumprimento de sentença aviada em seu desfavor por José Ricardo Cunha Melo Figueiredo e Maria Alves de Melo Figueiredo. Em suas razões de inconformismo, alega o agravante, ao contrario do entendimento externado pelo d. Julgador que, ainda que tenham os agravados iniciado o procedimento de liquidação de sentença em 17-01-2014, ocorreu à prescrição intercorrente, seja porque o processo ficou paralisado por mais de três (3) anos, seja porque houve renúncia de liquidação de sentença nos autos principais n. 0024.02.837.161-5, sendo esta ação distribuída somente em 24-05-2018; afirma que não é possível transformar ou converter liquidação de sentença em execução de sentença, pois somente a partir da "liquidação" é que o título judicial se apresenta líquido, certo e exigível, não sendo o caso destes autos; aduz que a "indisponibilidade dos ativos financeiros" da agravante somente teria cabimento no processo executório ou cumprimento de sentença, conforme dispõe o art. 523 do CPC, não sendo cabível na liquidação de sentença e antes da intimação/citação da devedora para o pagamento voluntário do valor exequendo; assevera que não há falar-se em arresto online dos bens do devedor antes de instaurado o procedimento executório, até porque tal constrição somente teria cabimento se o executado não fosse encontrado e não pagasse nem nomeasse bens à penhora, conforme determina o art. 830 do CPC. h) Qual o entendimento da instância que proferiu a decisão analisada acerca dos fatos? O entendimento foi feito a partir das seguinte consideração: A parte agravante afirma que já ocorreu a prescrição intercorrente sob o fundamento de que o processo ficou paralisado por mais de 3 anos, tendo em vista que o acórdão condenatório transitou em julgado em 2013 e que o procedimento de liquidação de sentença se iniciou apenas em 2018.
i) Quais os fundamentos utilizados pela instância que proferiu a decisão analisada?
Entretanto, conforme observado pelo d. Julgador de primeiro grau, o cumprimento de
sentença não teve início em 2018, como faz crer a parte agravante, e sim em 2014. Em 2018 houve apenas o desmembramento do cumprimento de sentença. Ademais, ainda que assim não o fosse, para que a prescrição intercorrente tenha início é necessária a configuração de desídia da parte, o que ocorre após intimação pessoal para praticar o ato processual a seu cargo e o desatendimento da ordem, no prazo estabelecido. Sem essa providência, não há se cogitar de prazo prescricional, após o ajuizamento do cumprimento de sentença. No caso em discussão, além de não ter ocorrido a intimação da parte agravada para praticar ato processual, tendo esta permanecido inerte, também não verifico que esta deixou de cumprir diligência que a cabia, o que poderia configurar a sua desídia. Rejeito, pois, a prejudicial de mérito.
j) Qual a opinião da equipe acerca do julgado?
A equipe representada fundamenta-se na seguinte opinião: “Em razão do exposto,
Rejeito a prejudicial de prescrição e dou parcial provimento ao recurso a fim de determinar a impossibilidade de declaração de indisponibilidade dos bens da agravante, sem que antes, esta seja intimada para pagamento voluntário do débito. Custas ao final, pela parte vencida. JD. Convocado Habib Felippe Jabour - De acordo com o(a) Relator(a). DES. José Augusto Lourenço dos Santos - De acordo com o(a) Relator(a)”.