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INTRODUÇÃO

Um dos grandes problemas sociais atualmente é a permanência em


relacionamentos abusivos, seja ele físico, psicológico, sexual ou econômico. Muitas vezes
a vítima nem se dá conta da situação e acaba sendo prejudicada de várias formas,
podendo acontecer em qualquer tipo de relação, seja no âmbito amoroso, familiar,
profissional ou ciclo de amigos. Além de tudo, ele está diretamente relacionado a violência
doméstica contra a mulher, atingindo mulheres de todas as classes sociais, raças, etnias
e em quase todas as idades.
A relação abusiva ocorre quando um dos envolvidos, independentemente do
gênero, assume a posição de sempre satisfazer o outro, de forma que os desejos e
vontades do parceiro (a) sejam a prioridade na relação, enquanto os seus são anulados
ou colocados em segundo plano. Infelizmente, algumas características são naturalizadas
pela sociedade, ficando mais difícil de identificar as vítimas dessa violência sistemática.
Essas relações podem levar a baixa estima, depressão e a outros transtornos,
até mesmo a morte. Abusos não-letais podem cessar quando o relaciona‐ mento acaba.
No entanto, frequentemente o abuso continua ou piora quando o relacionamento termina.
Isto pode acontecer tanto se a relação termina por vontade de um dos parceiros quanto
por consenso.
O objetivo é esclarecer quais são os tipos de violências ligadas ao
relacionamento abusivo, mostrar as causas culturais e índices; e com isso conscientizar
as pessoas da importância de uma relação saudável. Além de mostrar quais atitudes
tomar quando já se está dentro desse tipo de relacionamento e como isso interfere na
vida da vítima.
A metodologia utilizada para a coleta de dados, foi por meio de pesquisas
bibliográficas em sites especializados relacionados ao tema. A partir dos quais foram
buscadas maneiras de sair desse tipo de relação e mostrar como evitá-los. Além do
referencial teórico, há a pesquisa de campo, baseada no preenchimento de um formulário,
respondido por homens e mulheres sobre relações abusivas.
A pesquisa foi desenvolvida em 4 capítulos. O primeiro, teve por objetivo
esclarecer quais são os tipos de violências ligadas ao relacionamento abusivo, tais como:
Abuso físico, sexual, psicológico e econômico. O segundo, revela as causas culturais de
um comportamento abusivo e a cultura do machismo. O terceiro capítulo explica os
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fatores correlacionados aos abusos, tais como: Assédio moral, assédio sexual, feminicídio
e estupros. Já o quarto capítulo consistiu em um questionário referente a esse tipo de
relação, que visou transparecer seu conceito e suas causas; no qual a maioria dos
questionados foram mulheres, nas quais afirmaram ser abusadas psicologicamente. Além
disso, foi constatado um grande número de pessoas que não denunciam ou que acham
que denunciar o abuso é uma perca de tempo.
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TIPOS DE ABUSOS

1.1- Abuso físico


A Política Nacional de Redução de Morbimortalidade por Acidentes e
Violências (BRASIL, 2001) conceitua abuso físico ou maus-tratos físicos como o uso da
força física capaz de produzir uma injúria, ferida, dor ou incapacidade. Tal definição, além
de explicitar a necessidade da força capaz de infligir dano, evidencia que esse dano é
perpetrado por diferentes agentes, em diversos contextos e espaços sociais. (Biblioteca
Digital, 2006)
Esse tipo de agressão pode manifestar-se por pancadas, chutes, beliscões,
mordidas, lançamento de objetos, empurrões, bofetadas, surras, lesões com arma branca,
arranhões, socos na cabeça, surras, feridas, queimaduras, fraturas, lesões abdominais e
qualquer outro ato que atente contra a integridade física, produzindo marcas ou não no
corpo. (Violência contra mulheres: Reflexões Teóricas; 2006)
Quando há denúncias desse tipo de violência, a vítima é encaminhada a fazer
o exame de corpo de delito, o que lhe causa situação de humilhação, vergonha e medo
de ser ainda mais maltratada. Esse é mais um motivo pelo qual a vítima, na maioria das
vezes não registra boletim de ocorrência (BO), nas delegacias. (Acervo digital, 2010)
De acordo com o Conselho Social e Econômico das Nações Unidas (1992),
violência contra a mulher consiste em “Qualquer ato de violência baseado na diferença de
gênero, que resulte em sofrimentos e danos físicos, sexuais e psicológicos da mulher,
inclusive ameaças de tais atos, coerção e privação da liberdade seja na vida pública ou
privada". (IPAS e a violência contra a mulher, 2004).
O comportamento abusivo causa nos parceiros íntimos, e frequentemente em
outras pessoas, sofrimento e injúrias emocionais e/ou físicas. Em casos extremos,
comportamentos abusivos terminam em mortes de um ou dois parceiros. Abusos não-
letais podem cessar quando o relacionamento acaba. No entanto, o abuso continua ou
piora quando o relacionamento termina. Isto pode acontecer tanto se o relacionamento
termina por vontade de um dos parceiros quando se termina por consenso. (Tânia
Marques, 2005)
De acordo com a Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, toda mulher,
independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível
educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana,
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sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar


sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social. (Lei nº
11.340, art. 2º)
Segundo dados do IBGE, a cada ano, cerca de 1,2 milhão de mulheres sofrem
agressões no Brasil. Pelas estimativas do Ipea, destas, 500 mil são estupradas, sendo
que somente 52 mil ocorrências chegam ao conhecimento da polícia. Até 1995, mesmo
depois da Constituição Cidadã, a mulher não poderia prestar queixa na delegacia contra o
companheiro, e até 2009 o estupro era um crime contra os costumes – não contra a
dignidade e liberdade sexual. Esta, segundo Daniel Cerqueira, um dos autores do estudo,
é uma história trágica, que começou a ser superada com a Lei Maria da Penha. (Ipea,
2015)
1.2- Abuso Sexual
Considera-se violência sexual a ação que obriga uma pessoa a manter contato
sexual ou a participar de relações sexuais com o uso da força, intimidação, coerção,
chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule ou
limite a vontade pessoal. Considera-se também como violência sexual o fato de o
agressor obrigar a vítima a realizar atos sexuais com terceiros. Consta do Código Penal
Brasileiro que: a violência sexual pode ser caracterizada de forma física, psicológica ou
com ameaça, compreendendo o estupro, a tentativa de estupro, a sedução, o atentado
violento ao pudor e o ato obsceno. (DOSSIÊ, Violência contra as mulheres, 2004).
Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em uma pesquisa
realizada em 2014, 527 mil pessoas são estupradas por ano no Brasil e que, destes
casos, apenas 10% chegam ao conhecimento da polícia. Os registros do Sistema de
Informações de Agravo de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan) demonstram que
89% das vítimas são do sexo feminino e possuem, em geral, baixa escolaridade. Para o
diretor do Ipea, “o estudo reflete uma ideologia patriarcal e machista que coloca a mulher
como objeto de desejo e propriedade”. O indivíduo desconhecido passa a configurar
paulatinamente como principal autor do estupro à medida que a idade da vítima aumenta.
Na fase adulta, este responde por 60,5% dos casos. Em geral, 70% dos estupros são
cometidos por parentes, namorados ou amigos/conhecidos da vítima, o que indica que o
principal inimigo está dentro de casa e que a violência nasce dentro dos lares.
A violência sexual é a mais cruel forma de violência depois do homicídio,
porque é a apropriação do corpo da mulher – isto é, alguém está se apropriando e
violentando o que de mais íntimo lhe pertence. Muitas vezes, a mulher que sofre esta
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violência tem vergonha, medo, tem profunda dificuldade de falar, denunciar, pedir ajuda
(Gonçalves; Dossiê: Violência contra as mulheres).
Do total de 22.918 casos de estupro registrados pelo sistema de saúde no ano
de 2016, 50,9% foram cometidos contra crianças de até 13 anos. As adolescentes de 14 a
17 anos são 17% das vítimas e 32,1% eram maiores de idade. De 2011 para 2016, houve
crescimento de 90,2% nas notificações de estupro no Brasil. Os dados fazem parte do
estudo Atlas da Violência 2018, apresentados Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). (Agência Brasil, 2018).
Segundo dados do Ministério da Saúde, 93,3% das vítimas adolescentes,
97,5% das vítimas adultas e 81,2% das vítimas crianças são do gênero feminino.
1.3- Abuso emocional
A agressão psicológica consiste em toda forma de rejeição, depreciação,
discriminação, desrespeito, cobranças exageradas, punições humilhantes e utilização da
criança ou do adolescente para atender às necessidades psíquicas do adulto.
(BIBLIOTECA DIGITAL, 2006)
O abuso emocional ou psicológico dentre os outros é o mais difícil de ser
identificado, visto que acontece de forma gradual e as marcas são emocionais e não
físicas, sendo de mais dificuldade de serem observadas e comprovadas.
Esse tipo de violência pode se exteriorizar de diferentes formas, como
ridicularização da vítima, intimidação, ameaças, controle excessivo da vida do outro, tratar
a vítima com inferioridade e controlar as finanças. (VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES:
REFLEXÕES TEÓRICAS; 2006)
Esse tipo de abuso, por interferir na saúde mental da vítima, pode causar a
baixa estima e fragilização da autoimagem, podendo serem mais propensas a quadros de
distúrbios alimentares e depressão, podendo levar muitas vezes ao suicídio.
Apesar de ser bastante frequente, ela pode levar a pessoa a se sentir
desvalorizada, sofrer de ansiedade e adoecer com facilidade, situações que se arrastam
durante muito tempo e, se agravadas, podem levar a pessoa a cometer suicídio. (Scielo-
SP, 2006)
É importante enfatizar que a violência psicológica causa, por si só, graves
problemas de natureza emocional e física. Independentemente de sua relação com a
violência física, a violência psicológica deve ser identificada, em especial pelos
profissionais que atuam nos serviços públicos, sejam estes de saúde, segurança ou
educação. Não raro, são detectadas situações graves de saúde, fruto do sofrimento
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psicológico, dentre as quais se destacam: dores crônicas (costas, cabeça, pernas, braços
etc.), síndrome do pânico, depressão, tentativa de suicídio e distúrbios alimentares. Como
já dito anteriormente, isso significa que a violência psicológica deve ser enfrentada como
um problema de saúde pública pelos profissionais que ali atuam, independentemente de
eclodir ou não a violência física. (VIOLENCIA SILENCIOSA, 2005)
O isolamento da mulher de seus ambientes sociais também é outro mecanismo
de abuso emocional. Esta pode ser considerada uma subdivisão da violência psicológica.
O isolamento social eleva a sensação de poder do agressor sobre a vítima, mas também
o protege. Se a vítima não possui contato direto com outras pessoas o agressor terá uma
probabilidade menor de ter que enfrentar repercussões legais que podem terminar a
relação.
1.4- Abuso econômico
Segundo o artigo 7º da Lei nº 11.340 de 2006, violência patrimonial, entendida
como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de
seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; ato de
violência que implique dano, perda, subtração, destruição ou retenção de objetos,
documentos pessoais, bens e valores. (Conselho Nacional de Justiça)
Diz-se que há abuso ou violência econômica ou financeira quando alguém faz
uso não consentido de recursos patrimoniais ou financeiros da vítima, como, por exemplo,
apossar-se total ou parcialmente de pensão, de aposentadoria ou de outros ganhos.
(Rede Capixaba de Direitos Humanos)
O abuso econômico, pode ser considerado uma subcategoria do abuso
emocional, pois causa os mesmos efeitos emocionais na vítima. Ele ocorre quando há
uma relação de dependência da mulher sob o homem financeiramente, visto que este,
priva a vítima de ter seu próprio salário. Há dois tipos de parceiros abusivos, o que
permite a mulher trabalhar, mas toma posse das economias, não a deixando administrar
seu próprio salário. Outro tipo é o parceiro que proíbe a mulher de exercer um trabalho,
dando quantias mínimas de dinheiro pra ela sobreviver, tendo que pedir mais, causando
humilhação. (Violência nas Relações Amorosas, 2008)
De acordo com a relatora da ONU, Raquel Rolnik (1956-) muitas mulheres não
conseguem romper o ciclo da violência porque não possuem alternativas
economicamente viáveis de moradia. Os salários mais baixos para a mesma atividade
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também impactam a dependência financeira que elas têm dos companheiros ou familiares
e, portanto, limitam sua autonomia. (SOCIOLOGIA EM MOVIMENTO; p. 242)
Assim, este comportamento intenciona fazer com que a vítima dependa
inteiramente do parceiro abusivo para suprir suas necessidades materiais básicas como
comida, roupas e abrigo ou para suprir os meios de satisfazê-las. Cabe ainda o
esclarecimento de que o desejo de isolar a vítima das outras pessoas também pode ser
um dos motivos para o abuso econômico. Geralmente, o homem economicamente
abusivo, ao casar, toma posse das economias da mulher dizendo que vai administrar o
dinheiro.
Antigamente, as mulheres não tinham tantos direitos quanto possuem hoje em
dia, o que a tornava-as totalmente submissas ao parceiro abusivo. Hodiernamente,
mesmo com leis específicas, as mulheres tem grandes dificuldades de denunciar, visto
que há uma relação de dependência financeira entre a vítima e o parceiro abusivo.
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POR QUE A VÍTIMA PERMANECE EM UMA RELAÇÃO ABUSIVA?

2.1- Causas culturais

A mulher permanece em um relacionamento abusivo porque obtém alguma


coisa que ela deseja (permuta) e apesar de pagar caro, ela faz uma escolha consciente,
considerando os prós e os contras. Uma das permutas feitas está relacionada ao dinheiro.
A mulher coloca-se em atitude de escolha entre desfrutar benefícios materiais e sofrer
humilhação e dependência ou ir embora e se tornar livre dos sofrimentos. Outra permuta
feita é a de evitar a solidão. Para muitas o maior medo não é a pobreza, mas a solidão.
Uma terceira permuta é realizada para a garantia do bem-estar dos filhos. O que estas
mulheres não percebem é que, grandes traumas na infância derivam de brigas entre o
casal. No que diz respeito à falta de recursos para a sobrevivência, evidencia-se muitas
vezes, o despreparo econômico para sair de casa, a necessidade de uma fonte de renda,
e a necessidade de amparo social. Outro fator que contribui para a permanência da
mulher em relacionamentos abusivos é o próprio tratamento jurídico. Estatísticas indicam
que os homens recebem melhor tratamentos dentro de tribunais do que as mulheres
(Estudo Sobre a Permanência da Mulher em Relacionamentos Abusivos, 2005)
Os valores socioculturais, ancorados numa identidade submissa do gênero
feminino, que difundem o casamento para a vida, impedem, em determinados contextos
sociais, as mulheres agredidas de denunciar o agressor, seu marido/ companheiro,
preferindo sofrer em silêncio a tomar uma atitude que passe pela ruptura da conjugalidade
e perda de uma posição social que as deixaria em situação de vulnerabilidade e
fragilidade social. Para além disso, existem por vezes fortes pressões familiares e sociais
com vista à resignação das mulheres agredidas, sendo injustamente responsabilizadas
pelos atos de agressão de que são vítimas: porque os “aceitam”, porque os “provocam”
ou porque se “conformam”. Talvez devido a isso, muitas delas sintam vergonha e culpa
sobre o que lhes aconteceu. (Violência nas Relações Amorosas, 2008)
Devido à sociedade tratar a mulher como um personagem subordinado e
estático, muitas vezes mulheres cedem à pressão e permanecem em relações, mesmo
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que elas sejam doentias. Dessa forma, a construção dos papéis de gênero e suas
respectivas funções na sociedade, além do imaginário da idealização do amor romântico
por parte das mulheres são fatores que podem corroborar com a permanência de
mulheres dentro de relacionamentos abusivos. O medo de perderem seus companheiros
e não atenderem às exigências incutidas pela sociedade fazem com que mulheres
aceitem todo tipo de abuso e, muitas vezes, se sintam responsabilizadas por serem
vítimas de violência. (Relatos Femininos De Um Relacionamento Abusivo, 2017)
2.2- Cultura do Machismo
No conceito de Arciniega et. al., (2008), o machismo é o comportamento,
expresso por opiniões e atitudes, de um indivíduo que recusa a igualdade de direitos e
deveres entre os gêneros sexuais, favorecendo e enaltecendo o sexo masculino sobre o
feminino. Em um pensamento machista existe um "sistema hierárquico" de gêneros, onde
o masculino está sempre em posição superior ao que é feminino. Ou seja, o machismo é
a ideia errônea de que os homens são "superiores" às mulheres. (A Cultura do Machismo
e sua Influência na manutenção dos Relacionamentos Abusivos, 2017)
A violência é um problema universal que atinge milhares de mulheres, na
maioria das vezes de forma silenciosa, é vista por parte da sociedade como se fosse um
problema distante. Trata-se de um fenômeno cultural, considerando que uma parte
significativa da sociedade ainda mantenha uma tradição machista e preconceituosa, onde
pressupõe que o índice de violência contra a mulher em relacionamentos abusivos ocorra
somente entre pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social e risco. A
convivência se torna difícil quando se vive de maneira precária, sem infraestrutura, e falta
de acesso à educação e emprego. (Violência Contra as Mulheres e Medidas Protetivas,
2010)
2.3- Causas do comportamento abusivo
Embora múltiplos aspectos psicossociais estejam envolvidos na gênese da
violência, o consumo inadequado de álcool e de outras drogas é um importante
complicador. O álcool é uma substância psicoativa intimamente associada a mudanças de
comportamento que podem resultar em violência. Quanto maior a frequência dos
episódios de intoxicação por álcool, maiores serão as chances de ações violentas.
(Violência entre parceiros íntimos e álcool: prevalência e fatores associados, 2009)
Alguns comportamentos que o parceiro abusivo pode apresentar é querer
saber onde a companheira está, questionar por que ela está vestida de tal jeito ou exigir
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fotos e provas de que a mulher esteve em determinado lugar. (Nações Unidas Brasil,
2017)
Outro recente avanço contradiz crenças duradouras de muitos teóricos: um tipo
de alta autoestima produz alta agressão. Indivíduos com autoestima instável (narcisistas)
tendem a raiva e são altamente agressivos quando sua alta autoimagem é ameaçada.
(Tânia Marques, 2005)
2.4- Como proceder diante de um relacionamento abusivo
Primeiramente a pessoa deve se atentar aos sinais e excessos em relação ao
controle: possessividade, ciúmes, violência, agressividade, e questionar se tais atitudes
têm causado desconforto ou mal-estar.
Sabe-se que no Brasil mulheres jovens são as maiores vítimas de
relacionamentos abusivos. Na Pesquisa Data Senado 2013, 30% das mulheres disseram
não confiar nas leis e nas medidas formuladas para protegê-las da violência. Somado a
tudo isso, a nossa sociedade persiste na cultura da culpabilização das vítimas.
As vítimas principalmente da violência física e abuso sexual, quando relatam a
possibilidade de denunciar o parceiro, sentem medo diante de um processo que ainda é
juridicamente longo.  Portanto, a dificuldade em sair de um relacionamento abusivo pode
passar por questões econômicas, emocionais e afetivas, legais e burocráticas.
Ao perceber que está sofrendo um abuso ou que está sendo abusivo é
fundamental que esse sujeito busque apoio especializado (psicológico e em determinados
casos jurídico). No Livre de Abuso, geralmente, encaminhamos todas as demandas para
clínicas com atendimento social, em localidades próximas de onde as pessoas residem.
O apoio familiar, dos amigos e conhecidos também é essencial, pois em um
momento no qual esse sujeito vem, principalmente, de uma relação desgastada, rompida,
é importante criar/fortalecer laços sociais, que o façam sentir seguro, ouvido e acolhido.
(Psicóloga Renata Barretto)
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FATORES CORRELACIONADOS AO ABUSO

3.1- Assédio Moral


Segundo Marie-France Hirigoyen, que em Assédio moral: a violência perversa
no cotidiano, disseminou amplamente a problemática desse sofrimento invisível, o
assédio em local de trabalho está ligado a qualquer conduta abusiva em relação a uma
pessoa (seja por comportamentos, palavras, atos, gestos ou escritas) que possa acarretar
um dano à sua personalidade à sua dignidade ou mesmo à sua integridade física ou
psíquica, podendo acarretar inclusive perda de emprego ou degradação do ambiente de
trabalho em que a vítima está inserida. (Roberto Heloani, 2004)
No âmbito individual, é a vida psicossocial do sujeito que é acometida por esse
fenômeno, que tem atingidas a sua personalidade, a sua identidade e a sua autoestima.
Pesquisas europeias e brasileiras trazem uma conta assustadora de problemas
relacionados à depressão, aos pensamentos autodestrutivos e às tentativas de suicídio
entre as vítimas desse tipo de violência. Afastamento do trabalho, perda do emprego,
sentimento de nulidade e de injustiça, descrença e apatia podem ter efeitos colaterais
assinados por alcoolismo e drogas, que geram um circuito fechado e que se auto
alimenta. (MARIA ESTER DE FREITAS, 2007)
3.2- Assédio Sexual
O assédio sexual é definido por lei como o ato de “constranger alguém, com o
intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua
condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego,
cargo ou função” (Código Penal, art. 216).
Trata-se de crime previsto na legislação brasileira e de uma violação de
direitos humanos. O assédio sexual fere a dignidade humana, viola o direito das
trabalhadoras à segurança no trabalho e à igualdade de oportunidades, além de
prejudicar sua saúde. É alimentado pelo sigilo, que esconde o tamanho real do problema.
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Segundo estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais de 50% das


trabalhadoras em todo o mundo já sofreram assédio sexual e somente 1% dos casos é
denunciado. (Senado Federal, 2011)
Este tipo de violência sobre as mulheres integra comportamentos como
conversas indesejadas sobre sexo; anedotas ou expressões com conotações sexuais;
contacto físico não desejado; solicitação de favores sexuais; pressão para “encontros” e
saídas; exibicionismo; voyeurismo; criação de um ambiente pornográfico; abuso sexual e
violação, entre outros comportamentos. Por vezes, é muito difícil que na sociedade e no
seio da própria justiça se reconheçam alguns destes comportamentos como sendo
assédio sexual. Isso ocorre devido a influência da ideologia patriarcal, que sustenta a
autoridade dos homens sobre as mulheres, legitimando todo o tipo de abusos de que elas
possam ser alvo, quer no espaço privado, quer no profissional. (Isabel Dias, 2008)
3.3- Feminicídio
O conceito de feminicídio foi utilizado pela primeira vez por Diana Russel em
1976, perante o Tribunal Internacional Sobre Crimes Contra as Mulheres, realizado em
Bruxelas, para caracterizar o assassinato de mulheres pelo fato de serem mulheres,
definindo-o como uma forma de terrorismo sexual ou genocídio de mulheres. O conceito
descreve o assassinato de mulheres por homens motivados pelo ódio, desprezo, prazer
ou sentimento de propriedade. O feminicídio, assim, é parte dos mecanismos de
perpetuação da dominação masculina, estando profundamente enraizado na sociedade e
na cultura. São expressões deste enraizamento a identificação dos homens com as
motivações dos assassinos, a forma seletiva com que a imprensa cobre os crimes e com
que os sistemas de justiça e segurança lidam com os casos. O fato das mulheres, muitas
vezes, negarem a existência do problema é atribuído à repressão ou negação produzida
pela experiência traumática do próprio terrorismo sexista, além da socialização de
gênero, em que a ideologia de gênero (ideologia considerada aqui no seu aspecto
negativo) é utilizada para naturalizar as diferenças entre os sexos e impor estes padrões
e papeis como se fossem naturais ou constituintes da natureza humana. (Feminicídios:
conceitos, tipos e cenários; 2017)
Segundo com a pesquisadora e professora da Universidade de Brasília,
Débora Diniz, “O feminicídio é homicídio de mulheres, mas importa a causa de matança
para uma morte violenta ser assim classificada: a mulher precisa ter sido morta por
violência doméstica ou familiar, ou por discriminação pela condição de mulher”. Este
conceito traz luz a um cenário preocupante: o do feminicídio cometido por parceiro íntimo,
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em contexto de violência doméstica e familiar, e que geralmente é precedido por outras


formas de violência e, portanto, poderia ser evitado. Trata-se de um problema global, que
se apresenta com poucas variações em diferentes sociedades e culturas e se caracteriza
como crime de gênero ao carregar traços como ódio, que exige a destruição da vítima, e
também pode ser combinado com as práticas da violência sexual, tortura e/ou mutilação
da vítima antes ou depois do assassinato. (Mapa da Violência Contra a Mulher, 2018)
De acordo com Patrícia Galvão, feminicídio é o assassinato de uma mulher
pela condição de ser mulher. Suas motivações mais usuais são o ódio, o desprezo ou o
sentimento de perda do controle e da propriedade sobre as mulheres, comuns em
sociedades marcadas pela associação de papéis discriminatórios ao feminino, como é o
caso brasileiro.” (Instituto Patrícia Galvão - Dossiê Feminicídio)
No Brasil, a taxa de feminicídios é de 4,8 para 100 mil mulheres – a 5º maior no
mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2015, o Mapa da
Violência sobre homicídios entre o público feminino revelou que, de 2003 a 2013, o
número de assassinatos de mulheres negras cresceu 54%, passando de 1.864 para
2.875, explicou a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman. (Nações
Unidas Brasil, 2016)
O Brasil ocupa a vergonhosa posição de 7º lugar entre os países que
possuem o maior número de mulheres mortas, num universo de 84 países. O Espírito
Santo é o Estado brasileiro com o maior percentual de mulheres vítimas de homicídio,
ou seja, “9,4 vítimas de homicídio feminino para cada 100 mil mulheres”. O Estado do
Piauí possui o menor percentual: 2,6 mulheres vítimas de homicídio a cada 100 mil
mulheres, segundo dados do Mapa da Violência de 2012. No Estado do Espírito Santo,
em razão do número elevado de crimes de homicídio contra mulheres, foi criada a
primeira delegacia de polícia do Brasil especializada em investigar, especificamente,
esse tipo de homicídio. (Alice Bianchini, 2012)
A Lei 13.104/2015 promulga o chamado feminicídio, que fora incluído no
Código Penal Brasileiro passando a ser agravante ao crime de homicídio, além de ser
classificado como hediondo. Existem 3 tipos de feminicídio: íntimo, não íntimo e por
conexão. No feminicídio íntimo, o autor do crime é o atual ou ex companheiro da mulher
com o qual a ela manteve algum tipo de relacionamento ou convivência conjugal,
extraconjugal ou familiar. O Feminicídio não íntimo é aquele que o autor do crime e a
vítima mulher não possuíam qualquer ligação familiar, de convivência ou de
relacionamentos. Já, o feminicídio por conexão, ocorre quando o homem tem por objetivo
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assassinar outra mulher, no entanto, a vítima que não era alvo, vem a ser assassinada
por estar na hora errada e no lugar errado pode-se dizer. (Feminicídio no Brasil, 2012)
3.4- Estupro
O crime de estupro é definido como qualquer conduta, com emprego de
violência ou grave ameaça, que atente contra a dignidade e a liberdade sexual de
alguém. O elemento mais importante para caracterizar esse crime é a ausência de
consentimento da vítima. É importante salientar que não é preciso haver penetração para
que o crime se caracterize como estupro. Desde 2009 o Código Penal Brasileiro prevê, no
artigo 213, que o estupro acontece quando há, com violência ou grave ameaça,
“conjunção carnal ou prática de atos libidinosos”, prevendo penas que variam de seis a
dez anos de prisão, podendo ser agravadas caso o crime resulte em morte, lesões
corporais graves ou for praticado contra adolescentes. (Mapa da Violência Contra a
Mulher, 2018)
A principal forma de tortura contra as mulheres na antiguidade era sexual,
somente pela questão do gênero, elas eram vistas como objetos de prazer e punição para
os policiais repressores. Eram de todas as formas humilhadas submetidas às situações
monstruosas. Nota-se ainda que historicamente seus corpos foram violados para que
fosse mantido o poder do homem sobre a mulher, considerando que a imagem da mulher
negra foi a mais estereotipada, principalmente no que se refere aos atos sexuais, isso
afirma a nossa atual conjuntura, com altos índice de violência contra as mulheres negras,
a das mulheres brancas ocuparem menos cargos de chefia no mercado, devido a uma
construção sócio histórica de que o homem é construído para o espaço público e
considerando o “forte e viril” e a mulher é constituída com o estereótipo de “frágil e
ingênua”. (VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: silêncio ou naturalização da violência sexual nas
relações conjugais, 2018)
O Brasil contabilizou mais de 66 mil casos de violência sexual em 2018, o que
corresponde a mais de 180 estupros por dia. Entre as vítimas, 54% tinham até 13 anos. É o
número mais alto desde 2009, quando houve a mudança na tipificação do crime de estupro
no Código Penal brasileiro. (Gauchazh Segurança, 2019)
A cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil, segundo dados do
Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgados em 2015. A violência de
gênero atinge centenas de mulheres diariamente de diversas formas: assédio, violência
doméstica, feminicídio, cultura do estupro, machismo, entre outros. Ela perpetua-se na
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sociedade e constrói um mundo cada vez mais perigoso para o gênero feminino.
(UNIFESP, 2015)

ESTATÍSTICAS REFERENTE AO FORMULÁRIO SOBRE RELACIONAMENTOS ABUSIVOS

Foi realizado uma pesquisa via redes sociais sobre relacionamentos abusivos.
A amostra foi constituída por 122 pessoas, cujo 66,4% foram do sexo feminino, e 33,6%
do sexo masculino. Das 122 pessoas, 74,3% acreditam estar dentro de um
relacionamento saudável, 15,9% acreditam não estar em uma relação abusiva, mas está
perto disso e 9,7% disseram estar dentro de um relacionamento abusivo.
Questionados de já sofreram algum tipo de abuso, 57,4% disseram que nunca
sofreram nenhum tipo de abuso, 29,5% já sofreram abusos psicológicos, 6,6% já
sofreram abusos sexuais e os outros 6,6% sofreram abusos físicos.
O fato mais chocante, é que das 122 pessoas, apenas 3,3% fizeram uma
denúncia e 22,9% não denunciaram pois acreditam que é perca de tempo.
4.1- Gráficos
Você conhece alguém que sofreu/sofre algum tipo de abuso?
18

Em quais desses tipos de relacionamento o seu se enquadra?

Você já sofreu algum tipo de abuso? Se sim qual?

Na formulação do questionário, foi esclarecido o que é um relacionamento abusivo e seus


principais indicativos como forma de concientização.
"Uma relação abusiva se caracteriza pela presença que qualquer tipo de
abuso, tal como pelo excesso de poder sobre o outro. É o sentimento de
controle e posse pelo parceiro. Principais indicativos de uma pessoa
abusiva são: ciúme, possessividade exagerados, controlar as decisões do
parceiro, querer isolar o parceiro até mesmo do convívio com amigos e
familiares; ser violento com palavras ou fisicamente etc." (Psicóloga Renata
Barretto)
19

CONCLUSÃO

Com essa pesquisa pode-se concluir que as mulheres são as principais vitimas
de abusos em decorrência das causas culturais e a cultura do machismo. A grande
maioria das vítimas que sofrem desse tipo de relacionamento acabam não denunciando o
parceiro abusivo por haver uma enorme culpabilização das vítimas por parte da
sociedade.
Em relação ao desenvolvimento da pesquisa, o grupo não foi 100%
colaborativo no decorrer dela. Parte dos objetivos foram concluídos, como o
esclarecimento dos tipos de violências ligadas aos relacionamentos abusivos, atitudes a
tomar quando já se está dentro desse tipo dessa relação, também como isso interfere na
vida da vítima.
20

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Amz-SignedHeaders=host&X-Amz-
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disposition=inline%3B%20filename%3DCrime_de_Estupro_e_Sua_Vitima_-
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Amz-SignedHeaders=host&X-Amz-
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