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W p2
I= = I - Intensidade sonora [W/m2]
4πr 2 ρc W - Potência sonora [W]
P - Pressão sonora [Pa=N/m2]
γ ar * P 1 / 2
c ar = ( ) [m / s ] r -distância à fonte
ρ ar ρ - densidade do ar
c - velocidade do som
λ=
c
[m]
f
Níveis sonoros
p
L p = 20 * LOG
p0
p 0 = 20 * 10 −6 Pa
I Nível de potência sonora – LW
L I = 10 * LOG
I0 Nível de pressão sonora – Lp
Nível de intensidade sonora – LI
I 0 = 10 −12 W / m 2
W
LW = 10 * LOG
W0
W0 = 10 −12 W
2
Adição de níveis sonoros - ∑L pi = 10 * LOG ( ∑ 10
i =1
0,1× L pi
)
1
Regime Legal sobre a Poluição Sonora - RLPS - (Decreto-Lei n.º 292/2000, 14/11)
Avaliação de Incomodidade
O critério de apreciação da incomodidade, expresso no n.º 3 do Art.º 8 do Capítulo III do Regime
Legal sobre a Poluição Sonora, pode ser traduzido pela seguinte expressão matemática:
NI = LAr – LAeq, RR ≤ Valor Limite
Em que:
NI Nível de Incomodidade;
LAr Nível de avaliação no intervalo de tempo
LAeq, RR Nível sonoro contínuo equivalente do ruído residual ponderado A
⎡ 1 n LAeq ,i 10 ⎤ onde:
LAeq ,T = 10 lg ⎢ ∑ 10 ⎥ n é o número de medições
⎣ n i =1 ⎦ LAeq,i é o valor do nível sonoro correspondente à medição i
2
Critério de verificação da conformidade legal
Ao valor calculado do nível de avaliação do ruído ambiente, LAr,T, é subtraído o valor do nível sonoro
contínuo equivalente do ruído residual, LAeq, sendo o resultado comparado com os limites
estabelecidos legalmente (n.º 3 do artigo 8º e anexo I do RLPS), seguidamente indicados na Tabela
2.
Tabela 2 - Critério de verificação da conformidade legal
Valores limite
Duração acumulada de ocorrência do ruído Valor limite Valor limite
particular, no período de referência Período diurno [dB(A)] Período nocturno
[dB(A)]
T ≤ 1h 9 7* 5 **
1h < T ≤ 2h 8 6* 5 **
2h < T ≤ 4h 7 5
4h < T ≤ 8h 6 4
T > 8h 5 3
* Valores aplicáveis a actividades com horário de funcionamento até às 24 h.
** Valores aplicáveis a actividades com horário de funcionamento que ultrapasse as 24 h.
Caso o valor calculado seja inferior ou igual ao limite indicado, a actividade responsável pelo ruído particular em
análise cumpre a exigência legal.
Tempo de Reverberação
0.16V onde:
TrSabine = V – Volume do recinto
A
A=ΣαiSi – absorção sonora do recinto
Lei da Massa
i) Lei Teórica da Massa e da Frequência
- Para M = 100 Kg/m2 e F = 500 Hz => R = 40 dB
- Para:
• Divisórias Simples: Se M1 = 2*Mi-1 => Ri = Ri-1 + 4 dB
• Divisórias Duplas: Se M1 = 2*Mi-1 => Ri = Ri-1 + 6 dB
• Divisórias Triplas: Se M1 = 2*Mi-1 => => Ri = Ri-1 + 10 dB
ii) Lei experimental da Massa e da Frequência
- Para M = 100 Kg/m2 e F = 500 Hz => R = 40 dB
- Para:
• Divisórias Duplas: Se M1 = 2*Mi-1 => Ri = Ri-1 + 4 dB
C (m1 + m2 ) ρ
Frequência de Ressonância - fR = Com:
2π m1 m2 d ρ=1.18 kg/m3
C=340 m/s
3
Modelo Gráfico
Este modelo, baseado na Lei Teórica da Massa, estabelece uma clara distinção entre divisórias
simples e divisórias duplas.
No caso de divisórias simples, podemos recorrer ao gráfico representado na figura seguinte para
obter o valor do Dn,W. Neste gráfico, para uma dada massa superficial, existe um intervalo de valores
para dar conta da dispersão de comportamentos para divisórias com a mesma massa superficial,
devido às diferentes propriedades elásticas.
Figura 1 – Ábaco para estimar o índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea,
normalizado
É importante verificar a contribuição da transmissão marginal. Admite-se que:
Dn, W ≤ 35 dB → é desprezível a transmissão marginal
35 dB < Dn, W < 45 dB → estima-se em 3 dB a redução no Dn, W
Dn, W ≥ 45 dB → deve recorrer-se à verificação no local
O valor do isolamento sonoro de paredes não homogéneas pode ser obtido com o auxílio do ábaco
ou da equação seguinte:
R T = 10Log
∑S i
⎛ ⎞
⎜ S ⎟
∑ ⎜⎜ Rii ⎟
⎟
⎝ 10 10 ⎠
em que:
Si – área de cada um dos elementos
Ri – índice de redução sonora de cada
um dos elementos, para cada
frequência
Figura 2 - Ábaco para estimar o isolamento sonoro global de divisórias constituídas por elementos
com isolamentos diferentes
4
Lei da Massa - Modelo misto
Da energia sonora absorvida por uma parede, uma parte é dissipada sob a forma de calor, sendo a
restante transmitida pela parede para outros locais. A transmissão de energia sonora pela parede
depende de muitos factores, entre os quais se podem destacar:
• frequência do som incidente na parede;
• massa da parede;
• ângulo de incidência das ondas sonoras;
• porosidade da parede;
• rigidez das paredes.
No caso de sons aéreos, os parâmetros com maior influência na transmissão de sons são a massa
da parede e a frequência do som incidente.
25 kg/m2 32 dB
- 4 dB ↑ 50 kg/m2 36 dB
100 kg/m2 40 dB
+ 4 dB ↓ 200 kg/m2 44 dB
400 kg/m2 48 dB
A lei experimental da massa para um som de 500 Hz pode ser expressa pela seguinte expressão,
para massas inferiores a 200 Kg / m2:
Dn (500 Hz)=13.3 Log (m) + 13.4 dB
Para elementos de separação pesados, com m≥200 kg/m2, da análise experimental verifica-se que a
lei da massa apresenta uma maior inclinação, podendo neste caso utilizar-se a seguinte expressão:
Dn (500 Hz)=14.3 Log (m) + 11.1 dB
5
Relativamente ao traçado em frequência Meisser considera uma lei da frequência experimental
igualmente de 4dB, mas com um posterior ajustamento da curva traçada ao modelo analítico,
considerando a lei da frequência teórica (6dB por oitava) e as quebras de isolamento nas frequências
próprias de vibração transversal por flexão e por efeito de coincidência.
Os valores para marcação inicial da curva por frequências, definida a partir de Meisser, considerando
uma massa de 100 kg/m2 estão resumidos na Tabela 4, bem como na Figura 3 para paredes
simples, duplas e triplas:
Tabela 4 - Valores a considerar na curva para paredes com massa de 100 Kg /m2
Parede simples Parede dupla Parede tripla
125 Hz 32 dB 28 dB 20 dB
250 Hz - 4 dB ↑ 36 dB - 6 dB ↑ 34 dB - 10 dB ↑ 30 dB
500 Hz 40 dB 40 dB 40 dB
1000 Hz + 4 dB ↓ 44 dB + 6 dB ↓ 46 dB + 10 dB ↓ 50 dB
2000 Hz 48 dB 52 dB 60 dB
Figura 3 - Evolução em frequência das curvas de redução sonora para elementos simples, duplos e
triplos (Mateus 1999).
Em elementos duplos, dado o maior número de frequências próprias em jogo, esta lei experimental
de 6 dB / oitava conduz, em geral, a um menor rigor na previsão do índice de isolamento acústico,
quando comparada com a correspondente lei aplicável a elementos simples. Por outro lado, esta lei
geralmente só é válida para frequências de som superiores à frequência de ressonância do conjunto
massas-caixa de ar. Caso contrário os elementos de separação duplos não se mostram vantajosos,
do ponto de vista acústico, quando comparados com elementos simples com a mesma massa total.
Da análise experimental, verificou-se que um elemento de separação duplo apresenta geralmente
um isolamento acústico superior ao verificado para um elemento simples com a mesma massa
superficial total. Em situações correntes, esta diferença (Dif), para uma frequência de 500 Hz, é
próxima de 4dB, para caixas de ar de 2 a 4 cm para painéis de massa não muito diferentes. Pode
atingir diferenças de cerca de 9dB, para caixas de ar de 5 a 10 cm e painéis de massa também não
muito diferentes e com material absorvente a preencher a caixa de ar. Deverá assim ser corrigida a
lei experimental da massa com a diferença correspondente:
Dn (500 Hz)=13.3 Log (m) + 13.4 dB + Dif → m < 200 Kg/m2
Dn (500 Hz)=14.3 Log (m) + 11.1 dB + Dif → m > 200 Kg/m2
Depois de marcar a curva inicial, a partir das leis experimentais da massa e da frequência, terão de
ser efectuadas as correcções à mesma, nomeadamente as quebras nas frequências críticas nos
elementos simples e, nos elementos compostos, além destas as eventuais quebras ocasionadas
6
pelos modos próprios de vibração por flexão transversal do painel, pelas frequências de ressonância
do conjunto painéis / caixa de ar e pelas frequências de ressonância da(s) caixa(s) de ar.
Correcções
- Pelos modos próprios de vibração, por flexão transversal do painel
Um aspecto que diz essencialmente respeito ao desempenho acústico dos sistemas de construção
leves são os modos próprios de vibração, por flexão transversal do painel. Estes fenómenos podem
contribuir significativamente para a quebra de isolamento acústico do elemento, mas sucedem
apenas nas placas finas. Em elementos de espessura não muito pequena, e de área significativa (por
exemplo, paredes divisórias), as primeiras frequências próprias de vibração, relativas ao movimento
transversal do painel por flexão transversal do painel, situam-se numa gama de frequências muito
baixas, fora da zona audível, não afectando significativamente o isolamento acústico desse
elemento.
Terão de ser em primeiro lugar considerados os modos próprios de vibração por flexão transversal
do painel, através da seguinte expressão:
π ⎛ n2 m2 ⎞ D
f nm = * ⎜⎜ 2 + 2 ⎟⎟
2 ⎝a b ⎠ ρh
Onde:
a,b: comprimento e largura da placa
n,m: número de modos de vibração
ρ: massa por unidade de volume do material que constitui a placa (kg/m3)
h: espessura da placa
D: rigidez da placa (N.m), traduzida por:
h3 E
D=
12 * 1 − v 2
Onde:
E: módulo de Young (N/m2)
ν: coeficiente de Poisson
O número de modos de vibração obtidos a partir da fórmula anterior é teoricamente infinito. Contudo,
os modos que influenciam significativamente o isolamento acústico são os primeiros modos de
vibração, conforme se representa na Figura 4.
Figura 4 - Modos próprios de vibração transversal por flexão com influência no isolamento acústico.
7
É então conveniente determinar o isolamento da parede pela lei experimental da massa e colocar a
frequência crítica para verificar se esta não cai numa zona sensível.
A frequência crítica é a frequência mais baixa a que ocorre o efeito de coincidência.
Na Tabela 5 apresentam-se valores de frequências críticas para paredes de 1 cm de espessura, bem
como a quebra de isolamento por efeito de coincidência para cada um dos respectivos materiais.
Pelo efeito de coincidência a Frequência Crítica de cada painel pode ser calculada a partir dos
valores da Tabela 5 e dividindo pela espessura
Frequência crítica para uma espessura de 1 cm de material
fc =
Espessura do material em cm
Normalmente não se contabiliza o revestimento das paredes no cálculo da frequência crítica, porque
representa um valor desprezável.
No caso de materiais cujos valores não estão tabelados, a frequência crítica pode ser calculada a
partir da seguinte expressão:
c2 ρ (1 −ν 2 )
fc = *
1,8138 * h E
Onde;
c - velocidade do som (m/s)
h – espessura do elemento (m)
ρ - densidade do material (Kg/m3)
E - módulo de elasticidade (N/m2)
A frequência crítica pode também ser calculada a partir da seguinte expressão simplificada:
c2 ρ
fc = *
1,8 * h E
Onde;
c - velocidade do som (m/s)
h – espessura do elemento (m)
ρ - densidade do material (Kg/m3)
E - módulo de elasticidade (N/m2)
8
Se a frequência crítica estiver numa zona da sensibilidade auditiva humana (frequências médias, por
ex.), a queda de isolamento é muito acentuada. Para ser considerado no traçado do gráfico serão
considerados os valores das frequências centrais das bandas de 1/3 de oitava. Consoante os autores
estas variam entre 100 e 5000 Hz (segundo Mateus e Tadeu), entre 100 e 3200 Hz (segundo
Meisser) e entre 125 e 4000 Hz (segundo Martins da Silva). A gama referida nas normas CEN é
entre 100 e 3150 Hz, sendo esta a considerada.
Frequência de ressonância
Quando existe excitação do sistema de fachada (necessariamente com caixa de ar), com um tom de
frequência igual a um dos panos, é produzida uma grande acumulação de energia vibratória,
aumentando bastante a amplitude de vibração geral. A este fenómeno chama-se ressonância. A
frequência de ressonância é a frequência para a qual a amplitude de vibração, devido à sua própria
natureza estrutural, é máxima. Só deverá ser considerada se estiver dentro do intervalo das
frequências audíveis, ou seja, acima de 100 Hz e abaixo de 3150 Hz (NP 2073 1974).
No caso de paredes duplas em alvenaria convencionais, a frequência de ressonância encontra-se
geralmente fora da zona audível, pelo que é desprezável. No caso de divisórias leves ou de
envidraçados correntes, duplos, devido às baixas massas dos dois painéis e devido às pequenas
caixas de ar utilizadas, esta frequência situa-se no intervalo atrás referido, não podendo ser
desprezada a sua contribuição no isolamento sonoro, ocorrendo quebras da ordem dos 6 a 8 dB.
Panos duplos: A ressonância do conjunto de painéis das divisórias duplas / caixa de ar é dada pela
seguinte expressão:
c ρ⎛ 1 1 ⎞
f ress = ⎜ + ⎟
2π d ⎝ m1 m2 ⎠
Com;
c = velocidade de propagação do som em m/s (340);
mi = massa superficial do painel i (kg/m2);
ρ = massa volúmica do ar ao nível do mar em kg/m3 (ρarr = 1,22 kg/m3);
d = espessura da lâmina de ar em m (caixa de ar).
A partir da expressão anterior, tendo em conta um campo sonoro difuso e uma velocidade de
propagação de 1,4 vezes a velocidade do som, a frequência de ressonância do conjunto parede
dupla e caixa de ar pode ser calculada a partir da seguinte expressão simplificada:
1 1 1
f ress = 84 ( +
d m1 m 2
)
Com:
d: espessura da caixa de ar (m);
m1,m2: massa dos panos constituintes da parede (kg/m2).
Ressonância do conjunto (painéis das divisórias triplas / caixa de ar) O elemento triplo é constituído
por três massas m e duas caixas de ar com uma espessura total (d1+d2) igual a d.
A frequência de ressonância do conjunto é dada pela seguinte expressão:
Com:
ρ .c 2 ρ .c 2
K1 = e K2 = .
d1 d2
9
À semelhança dos elementos duplos, também neste caso é possível considerar uma velocidade
aparente de propagação, resultante da incidência do som nos painéis com diferentes ângulos (campo
difuso), igual a 1.4 vezes superior à velocidade correspondente a uma onda sonora perpendicular ao
elemento. Nestas condições, a frequência de ressonância do conjunto é dada por 1.4 x fress.
c c c
f1 = , f2 = 2 ,..., f n = n
2d 2d 2d
Com,
c – Velocidade do som no ar ao nível do mar (340m/s);
d – espesura da caixa de ar (em m);
Figura 5 -
Estas quebras atingem maiores valores na primeira frequência e tendem a decrescer nas frequências
superiores. A sua amplitude pode variar, dependendo sobretudo da absorção existente na caixa-de-
ar. A utilização de um material absorvente na caixa de ar permite melhorar as deficiências da caixa
de ar na zona da frequência de ressonância. No caso dos envidraçados correntes, não é possível
colocar material absorvente, devido à não transparência dos materiais absorventes, pelo que nestes
as quebras podem chegar aos valores máximos, próximos de 3 a 4 dB (Mateus 1999). No caso de
paredes de alvenaria e outras situações poderá admitir-se um valor de 2 dB. No entanto, se a caixa
de ar fôr totalmente preenchida com um gel transparente, este efeito é praticamente anulado. Outra
solução possível, apesar de menos eficaz, é a utilização de materiais absorventes em todo o
perímetro da caixa de ar, sendo, no entanto, mais eficaz no caso de vidros duplos não paralelos,
Qualquer uma destas soluções é economicamente pouco viável, pois são de difícil execução e não
estão vulgarmente disponíveis no mercado, não se adaptando por isso a utilizações comuns na
construção de habitação.
Traçado da curva
Paredes Simples: A determinação, através do método misto, do índice de isolamento sonoro a
sons aéreos de uma parede simples, tendo em conta a sua massa, rigidez e perdas internas, é
feita do seguinte modo:
1. Determinar o índice de atenuação dado pela lei experimental da massa (a 500 Hz);
2. Traçar a recta de declive de 4 dB por oitava correspondente à lei da frequência;
3. Determinar a perda de isolamento à frequência crítica tendo em conta as perdas internas do
material;
4. A partir do ponto correspondente ao isolamento na frequência crítica é traçada uma curva de
isolamento de 10 dB por oitava, do ponto de cruzamento desta com a lei experimental da
frequência é traçado um novo troço de 6 dB de inclinação por oitava.
10
5. O traçado da primeira inclinação de 6 dB por oitava é considerada geralmente na frequência dos
100 Hz, ou ligeiramente acima das primeiras frequências de ressonância, caso estas se
localizem próximo ou acima dos 100 Hz.
i) Determinar o índice de atenuação dado pela lei experimental da massa (a 500 Hz);
Figura 6 -
Paredes Duplas: Nas paredes duplas, deve utilizar-se sempre dois materiais de massa e rigidez
diferentes de modo a que os dois painéis da parede não tenham a mesma frequência crítica e as
quebras localizadas não coincidam, sendo assim inferiores às dos elementos com massas iguais. A
determinação do índice de isolamento sonoro a sons aéreos de uma parede dupla é feita do
seguinte modo:
1. Determinar o índice de atenuação dado pela lei experimental da massa (a 500 Hz);
2. Adicionar o eventual acréscimo de isolamento referente à diferença de isolamento entre
elemento simples e duplos com a mesma massa (Dif.). Este valor depende da caixa de ar e do
tipo de painéis utilizados;
3. Traçar a recta de declive de 6 dB por oitava correspondente à lei da frequência;
4. Se os elementos componentes das paredes forem de espessura reduzida, considerar os modos
próprios de vibração por flexão transversal do painel se este se encontrar simplesmente apoiado
nos quatro lados.
5. Determinar a frequência de ressonância do conjunto massa - caixa de ar e marcar a respectiva
perda se esta se encontrar dentro da gama de frequências audíveis. Em soluções construtivas de
parede esta frequência é normalmente inferior a 100 Hz, pelo que poderá ser desprezada. Para
envidraçados correntes, duplos, como possuem paneis com baixas massas e caixas de ar
pequenas, a frequência de ressonância do conjunto massa – caixa de ar situa-se acima dos 100
Hz, provocando uma quebra entre 6 a 8 dB. A lei da frequência geralmente só é válida para
frequências de som superiores à frequência de ressonância do conjunto;
6. Marcar as frequências críticas dos panos de parede considerando as respectivas perdas de
isolamento características para cada material;
7. Determinar e marcar as frequências de ressonância da caixa de ar;
8. Traçar a curva do índice de redução sonora considerando os declives indicados na Figura 3.
Paredes Triplas: Nas paredes triplas, tal como nas paredes duplas, deve utilizar-se
preferencialmente materiais de massa e rigidez diferentes de modo a que os painéis da parede não
tenham a mesma frequência crítica. A determinação do índice de isolamento sonoro a sons
aéreos de uma parede tripla é feita do seguinte modo:
1. Determinar o índice de atenuação dado pela lei experimental da massa (a 500 Hz);
2. Traçar a recta de declive de 10 dB por oitava correspondente à lei da frequência experimental;
11
3. Determinar a frequência de ressonância do conjunto massa - caixa de ar. A lei da frequência
geralmente só é válida para frequências de som superiores à frequência de ressonância do
conjunto;
4. Marcar as frequências críticas dos panos de parede;
5. Determinar a perda de isolamento nas frequências críticas tendo em conta as perdas internas
dos materiais;
6. Determinar e marcar as frequências de ressonância das caixas de ar;
7. Traçar a curva do índice de redução considerando os declives indicados na Figura 3.
O índice de isolamento sonoro (Dn), para uma dada frequência ou banda de frequências, pode então
ser calculado por:
1 A
D N = 10 log = 10 log
τ A1τ 1 + A2τ 2
Se a parede for constituída por n elementos de áreas A1, A2, …; Ai,…e An, e por coeficientes de
transmissão, respectivamente, de τ1, τ2, …,τi, …e τn, a equação de isolamento sonoro, para uma
dada frequência ou banda de frequências, transforma-se na expressão:
⎛ n ⎞
⎜ ∑ Ai ⎟
D N = 10 log = 10 log⎜ n 1 ⎟
1
τ ⎜ ⎟
⎜ ∑ Aiτ i ⎟
⎝ 1 ⎠
ou ainda na equação,
12
⎛ n
⎞
⎜ ∑ Ai ⎟
D N = 10 log⎜ n 1 ⎟
⎜ Ai ⎟
⎜ ∑ ( Ri / 10) ⎟
⎝ 1 10 ⎠
Onde Dn representa o isolamento sonoro do elemento i, para uma dada frequência ou banda de
frequências.
Da análise da equação é possível verificar a preponderante contribuição que as zonas de elementos
heterogéneos menos isolantes têm no isolamento global do elemento.
Uma outra forma de calcular um elemento de separação descontínuo, composto de elementos
simples ou múltiplos que apresentem diferentes características de isolamento sonoro ao longo do eu
desenvolvimento em superfície, pode fazer-se através do ábaco da Figura 2
Índice de Isolamento Sonoro a Sons de Condução Aérea Normalizado - Dn, W - e entre o exterior e o
interior da habitação - D2m,n, W
Dn - isolamento sonoro a sons de condução aérea é dado por:
A
Dn = L1 - L2 - 10 log
A0
D2m, n - isolamento sonoro a sons de condução aérea, de elementos de separação entre o exterior e o
interior:
A
D2m, n = L1,2m – L2 - 10 log
A0
L1 - nível médio de pressão sonora medido no compartimento emissor, produzido por uma ou mais
fontes sonoras [dB]
L1,2m - nível médio de pressão sonora exterior, medido a 2 m da fachada do edifício [dB]
L2 - nível médio de pressão sonora medido no compartimento receptor [dB]
10 Log A/A0 - correcção da influência da área de absorção sonora equivalente do compartimento
receptor
A - área de absorção sonora equivalente do compartimento receptor [m2] (A = 0.163 V/Tr, sendo Tr
o tempo de reverberação médio do recinto receptor e V o volume do recinto receptor)
A0 - área de absorção sonora de referência, em metros quadrados (para compartimentos de
habitação ou com dimensões comparáveis, A0 = 10 m2)
O Dn, W e o D2m, n W são obtidos através da comparação da curva descrita pelos valores de Dn ou D2m, n
por frequência, medidos, com uma curva convencional de referência que se apresenta na Figura 7.
13
Valor de
f [Hz]
Dn, D2m, n (dB)
referência [dB]
100 R
125 +3
160 +3
200 +3
250 +3
315 +3
400 +3
500 +1
630 +1
800 +1
1000 +1
1250 +1
1600 R+23
2000 R+23
2500 R+23
3150 R+23
Figura 7 - Curva de referência para as medições de isolamento sonoro a sons de condução aérea
normalizado - Dn e D2m, n.
Descrição paramétrica da curva de referência para isolamento a sons de condução aérea:
Frequência (Hz) 100 400 1250
Índice de redução sonora R R + 18 R + 23
Esta curva sobrepõe-se à curva de Dn ou de D2m, n em função da frequência obtida por medição.
14
Valor de
f [Hz]
referência [dB]
L’n, W 100 Lc
125 Lc
160 Lc
200 Lc
250 Lc
315 Lc
400 -1
500 -1
630 -1
800 -1
1000 -1
1250 -4
1600 -4
2000 -4
2500 -4
3150 -4
Figura 8 - Curva de referência para o isolamento a sons de percussão
Sobrepõe-se a curva de referência à curva dos valores medidos, considerando que o desvio
desfavorável para uma determinada banda de frequência é quando o valor da medição é superior ao
de referência. Os valores de R e de L’n devem ser incrementados em intervalos de 1 dB.
Na comparação das duas curvas deve ser satisfeita a seguinte condição, segundo a Norma ISO 717-
2.2, o somatório dos desvios desfavoráveis deve ser inferior a 32 dB e ser o mais próximo possível de
32 dB.
Conseguido este ajustamento, o Dn, W,e D2m, n, W ou de L’n, W é dado pelo valor da ordenada da curva
de referência para a frequência de 500 Hz.
REGULAMENTO DOS REQUISITOS ACÚSTICOS DOS EDIFÍCIOS - Decreto-Lei n.º 129/2002
CAPÍTULO II - Requisitos acústicos dos edifícios - Artigo 5.º - Edifícios habitacionais e mistos
1 - A construção de edifícios que se destinem a usos habitacionais, ou que, para além daquele uso,
se destinem também a comércio, indústria, serviços ou diversão, está sujeita ao cumprimento dos
seguintes requisitos acústicos:
a) O índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea, normalizado, D2 m, n, w, entre o
exterior do edifício e quartos ou zonas de estar dos fogos deverá satisfazer as condições
seguintes:
i) D2 m, n, w ≥ 33 dB (em zonas mistas);
ii) D2 m, n, w ≥ 28 dB (em zonas sensíveis);
b) O índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea, normalizado, Dn, w, entre
compartimentos de um fogo (emissão) e quartos ou zonas de estar de outro fogo
(recepção) num edifício deverá satisfazer a condição seguinte:
D n, w ≥ 50 dB
c) O índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea, normalizado, Dn, w, entre locais
de circulação comum do edifício (emissão) e quartos ou zonas de estar dos fogos
(recepção) deverá satisfazer as condições seguintes:
i) D n, w ≥ 48 dB;
15
d) O índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea, D n, w, entre locais do edifício
destinados a comércio, indústria, serviços ou diversão (emissão) e quartos ou zonas de
estar dos fogos (recepção) deverá satisfazer a condição seguinte:
D n, w ≥ 58 dB
e) No interior dos quartos ou zonas de estar dos fogos (recepção), o índice de isolamento
sonoro a sons de percussão, L' n, w, proveniente de uma percussão normalizada sobre
pavimentos dos outros fogos ou de locais de circulação comum do edifício (emissão),
deverá satisfazer a condição seguinte:
L' n, w ≤ 60 dB
f) A disposição estabelecida na alínea anterior não se aplica, se o local emissor for um
caminho de circulação vertical, quando o edifício seja servido por ascensores;
g) No interior dos quartos ou zonas de estar dos fogos (recepção), o índice de isolamento
sonoro a sons de percussão, L' n, w, proveniente de uma percussão normalizada sobre
pavimentos de locais do edifício destinados a comércio, indústria, serviços ou diversão
(emissão), deverá satisfazer a condição seguinte:
L' n, w ≥ 50 dB
h) No interior dos quartos e zonas de estar dos fogos, o nível de avaliação, LAr, do ruído
particular de equipamentos colectivos do edifício, tais como ascensores, grupos
hidropressores, sistemas centralizados de ventilação mecânica, automatismos de portas de
garagem, postos de transformação de corrente eléctrica e escoamento de águas, deverá
satisfazer as condições seguintes:
i) L Ar ≤ 35 dB (A) (se o funcionamento do equipamento for intermitente);
4 - Nas avaliações in situ destinadas a verificar o cumprimento dos requisitos acústicos dos edifícios
deve ser tido em conta um factor de incerteza, I, associado à determinação das grandezas em
causa.
5 - O edifício, ou qualquer dos seus fogos, é considerado conforme aos requisitos acústicos
aplicáveis, quando verificar todas as seguintes condições:
i) O valor obtido para o índice de isolamento sonoro a sons de condução aérea,
normalizado, D 2 m, n, w ou D n, w, acrescido do factor I (I = 3 dB), satisfaz o limite
regulamentar;
ii) O valor obtido para o índice de isolamento sonoro a sons de percussão, L' n, w, diminuído
do factor I (I = 3 dB), satisfaz o limite regulamentar;
iii) O valor obtido para o nível de avaliação, L Ar, diminuído do factor I [I = 3 dB(A)], satisfaz o
limite regulamentar.
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